Jogos e brincadeiras

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Jogos e brincadeiras adaptados às faixas etárias!

Curso de Especialização em Habilitação e Reabilitação Auditiva

Produção: Camila Medina (Tecnologia Educacional FOB-USP)

Autora: Angela Alves Fonoaudióloga, Mestre CLIAL - BRASÍLIA – DF



Índice

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Objetivos deste material

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Introdução

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O Brincar

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A Família e a Intervenção Terapêutica Atividades apresentadas para bebês por volta de

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6 meses de idade

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16 meses de idade.

26

2 anos de idade.

33

3 anos de idade.

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Dica Importante

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Referências Bibliográficas

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Objetivos deste material

A

Privilegiar, por meio dos jogos e brincadeiras, em uma parte do dia, metas que farão a diferença no desenvolvimento da criança, a fim de transformar o sinal e o ambiente acústico, visando à facilitação da apreensão do significado no discurso do outro.

Apreender por meio dos jogos e brincadeiras, as diferentes visões sobre o mundo, compreendendo o pensamento de outras pessoas, suas percepções e motivações.

C

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B Promover o desenvolvimento da função auditiva, do sistema cognitivo e da linguagem oral.

D

Permitir o acesso ao simbólico e ao verdadeiro diálogo interdisciplinar.

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Introdução Os bebês necessitam de informações auditivas desde seus primeiros meses de vida, tendo, deste modo, melhor oportunidade para desenvolver as intrínsecas, complexas e abundantes vias neurais. Atualmente, por ser possível identificar a perda auditiva em recémnascidos e dispor de tecnologia, visualiza-se toda uma nova geração de crianças com deficiência auditiva, pois a intervenção ocorrerá durante o “período crítico” do desenvolvimento. Neste período o cérebro está definindo sua forma inicial e básica de processamento e tudo o que necessita, para a audição, é a exposição ao som. Do nascimento até os três anos de idade, a criança passa por um período de pré-condição para o efetivo desenvolvimento das habilidades auditivas. A acessibilidade acústica para inteligibilidade da fala aos níveis de audição e a distância são quesitos essenciais paro o enriquecimento do cérebro e ao desenvolvimento social e emocional da criança, considerando a audição a via sensorial que capacita bebês e crianças a aprender casualmente e incidentalmente. Destaca-se que o acesso à percepção auditiva dos sons da fala é possível, atualmente, com altíssima qualidade, por meio dos recentes dispositivos eletrônicos, nos casos das perdas auditivas de diferentes graus. Durante o processo de adaptação do bebê ou da criança é fundamental auxiliar os pais, tendo em vista que eles precisam se conscientizar de que o dispositivo eletrônico deve ser utilizado pela criança durante todo o tempo em que estiver acordada, pelo menos doze horas por dia, garantindo a oportunidade de receber o input auditivo, pois os centros auditivos do cérebro necessitam de acesso sonoro consistente, claro e completo para se desenvolverem (Flexer, 2011). Este material traz algumas informações importantes para serem inseridas e trabalhadas durante a terapia e na rotina diária da criança. Aqui você irá encontrar dicas de brincadeiras que podem ser adaptadas e, principalmente, dicas de metas terapêuticas para auxiliá-lo(a) na construção do planejamento terapêutico e na relação com família. BOA LEITURA!

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O Brincar Segundo Roza (1999), brincar é: Via privilegiada de expressão e apreensão da realidade. Processa-se a organização do indivíduo. Nasce e desenvolve-se a linguagem. Dá-se o aprendizado e o conhecimento do mundo. Seguindo esse raciocínio, é importante reconhecer os interesses do bebê e da criança, dirigir a atenção a eles, interpretar suas intenções comunicativas, incentivá-los à repetição de respostas positivas, encorajar interações iniciadas por eles e solicitar, naturalmente, a troca de turnos. Estabrooks (2006) relata que devemos conhecer a criança, pois o trabalho torna-se motivador em duas situações: quando buscamos o que eles querem e quando fazemos o que é encantador. Assim, toda sessão deve ser flexível e facilmente adaptável aos pais para possibilitar a reprodução das suas estratégias nas situações da vida cotidiana da criança, sendo que o terapeuta deve seguir a liderança da criança que “domina o momento” para focar o processo terapêutico nas metas selecionadas e estabelecidas com atividades divertidas e situações prazerosas. Existem cinco princípios importantes a considerar no trabalho com bebês e crianças (Estabrooks, 2006): ? Os materiais e brinquedos devem ser adequados à idade e cuidadosamente selecionados de acordo com o estilo e preferência da criança, respeitando suas etapas de desenvolvimento. ? Problemas de comportamento diversos são esperados em crianças com menos de três anos de idade e devem ser cuidadosamente administrados por profissionais da área. ? Os terapeutas devem alternar seu estilo como reabilitadores, reduzindo a ênfase em instruções didáticas. ? Reconhecer casa-família como primeira via para a construção da linguagem. ? O conhecimento sobre os dispositivos eletrônicos aplicados à deficiência auditiva auxilia a estabelecer o uso sistemático do equipamento, durante todo o dia.

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A Família e a Intervenção Terapêutica Durante o trabalho com crianças pequenas o principal objetivo é conscientizar a família sobre a importância do brincar com a criança em todos os momentos significativos do dia a dia. Por exemplo: troca da fralda, hora do banho, momento da amamentação, durante o preparo dos alimentos e a alimentação, quando estiver vestindo a criança, durante a organização da casa. Essas situações são ricas para desenvolver as habilidades de audição, principalmente os aspectos suprassegmentais da fala, onde a melodia, entonação e ritmo caracterizam esses momentos de brincadeira, de divertimento e de substancial interação afetiva. Exemplo: “AiAiAi! A sua fralda está molhada! Eu acho que você fez muito xixi! Vamos tirar a fralda! (cantando) Vamos trocar a fralda! Vamos ficar limpinho! Vamos ficar cheiroso!”.

A vivência está em todo lugar: no parque, no metrô, no supermercado, na vizinhança... Aproveitar as situações para auxiliar o desenvolvimento da criança, torna-se um modo de viver. Para as crianças menores de três anos o ambiente natural é aquele “onde” os pais estão e “o que” acontece neste ambiente. Desta forma, devemos incentivar a família a participar com prazer do processo terapêutico, pois “o que” fazer e “como” fazer com a criança em casa, fica distante sem uma parceria sistemática com os pais.

ONDE O QUE

FAZER!

COMO

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O uso da “Agenda” ou “Livro dos Pais” pela família na sessão permite o estabelecimento do “elo” entre a casa e a clínica, auxiliando na reconstrução dos eventos e na elaboração das metas terapêuticas que podem ser integradas na rotina familiar por meio de situações incidentais significativas. A partir destes materiais e das orientações do(a) fonoaudiólogo(a), quando a criança retorna para casa os pais têm ampla oportunidade para usar as habilidades e brincadeiras que beneficiarão a criança em seu desenvolvimento. Consequetemente a criança atingirá os resultados das metas terapêuticas com maior rapidez, e os pais terão a certeza, no final de cada dia, que privilegiaram a audição em todas as situações. Nas sessões, o terapeuta provê os pais com respostas e sugestões, denominadas de “orientação síncrona”. Na conclusão da sessão, é importante garantir que os pais estejam certos sobre as necessidades a serem trabalhadas em casa nas áreas da audição, fala, linguagem, cognição e comunicação. Para tanto, o fonoaudiólogo deve fazer, sempre que possível, uma revisão das anotações que os pais fizeram na agenda durante a sessão e discuti-las (Estabrooks, 2006). Ainda, a família pode construir o “caderno de experiências” com sua criança, desde pequena, contextualizando as situações sociais relevantes, como aniversários, passeios (Melo e Novaes, 2001; Estabrooks, 2006).

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Atividades apresentadas para bebês por volta de

6 meses de idade.

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Metas Terapêuticas

Detectar sons ambientais e de fala, indicado quando a criança para a ? atividade, sorri e movimenta os olhos. Localizar os sons apresentados em ambos os lados, indicado quando a ? criança procura pelo som movimentando a cabeça. Reconhecer vozes amigáveis. ? Atender a música. ? Aumentar o repertório de sons vocálicos. ? Experimentar e explorar suas próprias vocalizações encorajando a ? brincadeira vocal. Produzir uma variedade de suprassegmentos. ? Iniciar o reconhecimento do “Aprendendo a Escutar as Onomatopeias.” ? Imitar expressões faciais. ? Manter o foco em um brinquedo ou objeto. ?

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Bebês em Ação: Brincando de escutar Se pais e terapeutas entendem os fundamentos de como a linguagem é apreendida por meio da audição, e consequentemente usam habilidades para desenvolvê-las, saberão que as oportunidades para a generalização serão abundantes. Para tanto, é extremamente importante: Conscientizar a família da importância da audição dando foco contínuo ? nesta via sensorial. Levar a criança a despertar a atenção para os sons à sua volta. Apontar para o ouvido. Usar palavras auditivas como “Escuta! Você escutou? Eu escutei!”; Usar expressão facial de prazer quando se referir à audição; ? Enfatizar os sons antes da visão para a construção das habilidades ? auditivas é essencial, pois a audição deve ser vitoriosa; Fazer uso da técnica bimodal ou sanduiche auditivo, ou seja, dar a ? informação auditiva primeiro e posteriormente, quando necessário, dar a informação visual; Lembre-se que as situações devem ser realizadas de forma espontânea, sem comprometer a naturalidade da comunicação e que as melhores lições são apreendidas e reforçadas nas brincadeiras naturais e experiências diárias.

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Bebês em Ação: Brincando com músicas

A música tem um papel importantíssimo para o desenvolvimento da criança, pois é uma proposta diferenciada de interação com a criança. A música proporciona prazer e auxilia no desenvolvimento das habilidades auditivas, garantindo a percepção da fala. Ela mantém atenção auditiva, promovendo o aprimorando do feedback acústico articulatório. Brincadeiras musicais oferecem melodia, ritmo e entonação da fala, favorecendo o acesso à audibilidade dos sons da fala que essas crianças apresentam em todas as frequências. Além disso, proporciona momentos divertidos em casa, sendo uma forma de brincar com a linguagem desde os primeiros momentos de vida da criança.

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Sugestão para os pais: Cantar ou murmurar para seus bebês canções de ninar, músicas infantis.

Cantar músicas e acompanhar por meio de Compact-Discs (CDs) infantis, alertando sempre e prazerosamente para a presença e ausência do som.

Chamar a atenção da criança: “Você está escutando? - com expressão facial de prazer e apontando suavemente para o próprio ouvido e para o ouvido do bebê - É uma música! – fazendo movimentos corporais para acompanhar o ritmo da música. A música acabou! Chhh! - parando os movimentos corporais - Uau! Tem música outra vez! Que música gostosa!” recomeçando os movimentos corporais.

Lembre-se:

Cantar o que se fala também pode ser um recurso efetivo e prazeroso. Torna a mensagem mais fácil de escutar e mais atrativa para responder.

· Incentivar a família a cantar para a sua criança. · Preencher os seus dias com todo o tipo de músicas e canções.

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Bebês em Ação: Brincando com água

? Todos os momentos da rotina da criança são oportunidades valiosas

para trabalharmos as habilidades auditivas. Um exemplo claro e divertido é a inserção da água nas brincadeiras com a criança. ? Tire vantagem da água. Bebês e crianças demonstram muito prazer

nas brincadeiras com água; ? Coloque água em banheiras ou bacias e brincar com livros de plásticos

e brinquedos como bebê, pato, peixe, foca, barco, tubarão, sapo. ? Chame a atenção da criança para o som da água; ? Use vocabulário simples, sentenças curtas e músicas que se encaixam

na atividade, como: “Lava, lava, lava o bebê...” . E lembre-se que manter as regras simples é a chave para o trabalho com os bebês e que simples narrativas de sua rotina são mais fáceis para a compreensão. Respostas longas e elaboradas são mais difíceis para compreender e imitar e não são naturais.

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O palhaço na caixa

Passo a passo: Terapeuta liga a música do palhaço para observar a reação da criança que imediatamente para a atividade, sorri, movimenta os olhos e procura pelo som. O terapeuta, então, apresenta o brinquedo para ela. Terapeuta-mãe-criança escutam a música, dançam e apontam para o ouvido alertando para o som, dizendo:-Escuta! A música termina e o palhaço pula da caixa. Terapeuta diz: -Oh! Oh! É o palhaço! Ele faz Rá Rá Ra! Ele dá risadas! A criança explora o palhaço e vocaliza. O terapeuta diz: - Vamos apertar o palhaço! Vamos por o palhaço dentro da caixa! A mãe fala:- O palhaço sumiu! Onde está o palhaço? Aonde ele foi? Vamos chamar o palhaço? PALHAÇO!!! Vem cá! Vem, vem, palhaço! Mamãe, aperta o palhaço! Uau! O palhaço subiu! O palhaço apareceu! Agora o palhaço vai embora pra casinha dele! Tchau, tchau , palhaço!!!

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Rodando Piões... e outros brinquedos que rodam...

Passo a passo: O terapeuta e a mãe se mantêm quietos. O terapeuta começa a cantar “roda, roda, roda pião...” e observa o comportamento da criança. Assim que ela olha para o terapeuta a mãe canta. O terapeuta espera e depois mostra para a criança o pião que vai e roda...roda...

Sugestões: ? Pensar em vários modos que se pode incorporar este som e seu conceito

através do dia: mexendo a comida da criança, circulando com as mãos em seu pijama, em sua face, rodando o relógio de brinquedo, cata-ventos. ? Alertar para o que roda, piões, rodas em veículos, ventiladores, móbiles. ? Dizer ações rítmicas: “roda, roda, meu pião, bem aqui na minha mão (brincando de rodar na palma da mão da criança). ? Cantar! “Meu ursinho, meu ursinho, roda aqui e acolá! Roda, roda e cai na cama pois é hora de dormir!”

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Aprendendo a escutar as onomatopéias É fundamental auxiliar a criança a reconhecer os traços segmentais da fala (vogais e consoantes) que requerem mais audição funcional do que as informações suprassegmentais. Os ricos sons do “Aprendendo a Escutar as Onomatopeias” podem ser usados para desenvolver esta habilidade. O terapeuta apresenta cada um desses sons, que são relacionados com os seus respectivos brinquedos, durante a terapia e nas atividades de brincadeiras em casa. Lembre-se que os pais devem ser encorajados a usá-los do modo mais natural possível nas situações de linguagem.

“O Palhaço” “O Avião” “O Pato” “O Cachorro” “A Bola” “O Cavalo” “O Peixe” “O Relógio Musical” “O Trem” “O Ônibus” “O Carro” “O Gato” “As Bolhas de Sabão” “A Vaca” “A Galinha Có Có Có” “O Elefante” “O Passarinho”

Rá Rá Rá Ah Ah AuAuAu

BÚ BÚ BÚ Miauuu MUUU

Piu-Piu

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O avião Passo a passo: Assim que a criança olha para a mãe, o terapeuta canta a música do avião e espera pela reação da criança. A criança procura pelo terapeuta que sorri e mostra o avião para ela. O terapeuta se aproxima e gentilmente passa o avião na criança emitindo sua onomatopeia (“ah”). Em um outro momento o terapeuta apresenta novamente o som e espera pela resposta da criança. A mãe sinaliza para a criança que está escutando o barulho de um avião, alerta para a escuta e leva a criança até a janela, mostrando e falando sobre o avião que voa no céu. A criança explora o brinquedo e o terapeuta mostra suas rodas e canta: “roda, roda, roda.” Sugestões aos pais: Brincar com os sons “Aprendendo a Escutar as Onomatopeias” que a criança está começando a ouvir e que ainda são novos para ela. O pai pode imaginar que é um avião e que voa no ar com a sua criança emitindo sua respectiva onomatopeia; pode escutar e olhar para os aviões que passam por sua casa. Sinalizar, apontando para o ouvido, que ele faz um som. Mostrar as figuras de aviões em revistas, livros. Pensar em outras atividades que possa relacionar com o som do avião /ahahah/. Muitos desses sons “Aprendendo a Escutar as Onomatopeias” podem ser transferidos para outros brinquedos e situações. Quando brincar com esses sons, lembrar-se de criar um ambiente acústico favorável, para facilitar as respostas da criança nas frequências altas, como /ch; sss/. O mundo real não é tão silencioso como a sala de terapia, mas o bebê está aprendendo a escutar, e os sons de alta frequência são mais desafiadores para ele, mesmo fazendo uso do IC. Chamar a atenção da criança para estes sons no ambiente em que a criança estiver, apontar para seu ouvido e conduzir sua atenção para a fonte sonora.

Estabrooks, 2006.

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Sugestão para os pais: Brincar com os sons “Aprendendo a Escutar as Onomatopeias” que a ? criança está começando a ouvir e que ainda são novos para ela; O pai pode imaginar que é um avião e que voa no ar com a sua criança ? emitindo sua respectiva onomatopeia; pode escutar e olhar para os aviões que passam por sua casa; Sinalizar, apontando para o ouvido, que ele faz um som; ? Mostrar as figuras de aviões em revistas e livros; ? Pensar em outras atividades que possa relacionar com o som do avião ? /ahahah/; Muitos desses sons “Aprendendo a Escutar as Onomatopeias” podem ser ? transferidos para outros brinquedos e situações; Quando brincar com esses sons, lembrar-se de criar um ambiente acústico ? favorável, para facilitar as respostas da criança nas frequências altas, como /ch/ e /sss/;

Lembre-se:

O mundo real não é tão silencioso como a sala de terapia, mas o bebê está aprendendo a escutar, e os sons de alta frequência são mais desafiadores para ele, mesmo fazendo uso do dispositivo eletrônico. Chamar a atenção da criança para estes sons no ambiente em que a criança estiver, apontar para seu ouvido e conduzir sua atenção para a fonte sonora.

Estabrooks, 2006

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Livros Incentivar a família a ler-reler histórias, todos os dias, para seu bebê e sua criança. O ideal é muitos livros por dia. A prática de contar histórias deve ser iniciada o mais cedo possível na vida das crianças. Mesmo não compreendendo o significado das palavras ou desconhecendo onde uma palavra termina e a outra começa, as palavras evocam excitação, surpresa, curiosidade, mantendo a atenção auditiva da criança. No decorrer de seu desenvolvimento, enquanto ouvem as histórias, as crianças vão discriminando os sons da fala, reconhecendo vocábulos e estruturas simples de sentenças, compreendendo gradativamente as informações auditivas recebidas, tornando-se deste modo, ouvintes específicos da linguagem. “A noite chegou! A lua apareceu no céu! Uma pequena lagarta nasceu na folha da árvore. No outro dia, o sol apareceu! É dia! A lagarta andou...andou... andou... Ela estava com muita fome...”. E assim, na brincadeira com os livros, as crianças vão construindo as suas histórias do imaginário para o real. Flexer, 2010b.

“A noite chegou! A lua apareceu no céu! Uma pequena lagarta nasceu na folha da árvore. No outro dia, o sol apareceu! É dia! A lagarta andou...andou... andou... Ela estava com muita fome...”. E assim, na brincadeira com os livros, as crianças vão construindo as suas histórias do imaginário para o real.

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Atividades apresentadas para bebês por volta de

16 meses de idade.

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Metas Terapêuticas

Localizar sons ambientais e da fala variando ângulo e distancia. ? Responder apropriadamente a sons com significado sem que a atenção ? esteja voltada para eles. Possibilitar o aumento do repertório dos sons vocálicos e consonantais. ? Responder apropriadamente a palavras-chave e frases comuns. ? Responder apropriadamente questões de sim/não de acordo com seus ? desejos e necessidades. Imitar padrões inflexionais da fala e alguns sons vocálicos. ? Imitar e emitir uma variedade de palavras altamente motivadoras e ? começar a aproximar frases comumente ouvidas. Relacionar simples combinações durante as brincadeiras: colocar ? pessoas ou animais dentro do caminhão e puxá-los. Desenvolver habilidades de troca de turnos. ?

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A Cobra Passo a passo: Auxiliar a criança a reconhecer os traços segmentais da fala (vogais e consoantes) que requerem mais audição funcional do que as informações suprassegmentais. Os ricos sons do “Aprendendo a Escutar as Onomatopeias” podem ser usados para desenvolver esta habilidade. O terapeuta apresenta cada um desses sons, que são relacionados com os seus respectivos brinquedos, durante a terapia e nas atividades de brincadeiras em casa. Os pais são encorajados a usá-los do modo mais natural possível nas situações de linguagem. O terapeuta emite: “/ssssss/” e a mãe diz: “Ei! Eu escuto a cobra.”. O terapeuta repete o som enquanto tira de uma cesta uma enorme cobra de borracha. A mãe canta a música da cobra que para na mesa próxima a sua mão. O terapeuta diz: “Vai embora cobra tola, você não pode picar a mamãe! Esperam pelas vocalizações da criança que se não responde, a mãe é solicitada. A criança brinca com a cobra enquanto o terapeuta oferece mais informações sobre a situação: “Vamos colocar a cobra dentro da cesta? Tchau cobra! Tchau Tchau!!!

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A Cobra e outros animais

Passo a passo: Tem outros animais dentro da cesta! Vamos adivinhar quem está dentro da cesta? Vamos fechar o olho? Outros três animais saem da cesta, o gato (“miau”), o coelho (“ih ih ih”) e o cachorro (“auau”). Abre o olho! Já dispostos na frente da criança, a mãe a auxilia a pegar os animais solicitados pelo terapeuta e os coloca dentro do caminhão que passeia com cada um, enquanto o terapeuta emite suas respectivas onomatopeias. A criança vai, dessa forma, familiarizando-se e tendo acesso a uma grande quantidade de informações auditivas. A habilidade auditiva para compreender o significado da fala começa a se ampliar, e a criança, além de imitar os sons apresentados, começa a demonstrar apropriadas respostas, embora assistemáticas, às solicitações do terapeuta.

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Sugestões aos Pais

Auxiliar a criança a seguir direções simples na sua rotina diária: dar tchau, jogar um beijo, abrir a porta.

Explorar diferentes odores no ambiente: brincando com o que cheira gostoso (Mmm) e o que cheira mal (Eca, é ruim) e falar sobre eles.

Comentar quando algum animal estiver dormindo: “Sssss.”

Ler livros encantadores. Cantar músicas referentes ás onomatopeias trabalhadas.

Brincar com jogos de dormir/acordar com os membros da família.

Os fantoches são estimuladores pois permitem brincar com as diferenças de vozes, imitação e troca de turnos de modo prazeroso.

Engajar em brincadeiras com bonecas/bonecos, animais e fantoches.

Vivenciar situações com animais, veículos e outros enfatizados nas sessões.

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Atividades apresentadas para bebês por volta de

2 anos de idade.

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Metas Terapêuticas

Preparar a criança para testes audiológicos na atualização do ? mapeamento. Detectar e reconhecer os “Sons do Ling.” ? Atender à tarefas de 1-2 minutos. ? Reconhecer frases comuns por meio da audição. ? Atender aos sons “Aprendendo a Escutar as Onomatopeias” sempre ? relacionadas aos vocábulos. Imitar frase quanto à duração. ? Compreender maior quantidade de frases comuns. ? Iniciar comunicação sobre suas próprias ideias. ? Desenvolver habilidades de troca de turnos. ? Atender a pequenas histórias. ? Aprender a interagir com os livros (virar a página, o que acontece na outra ? página).

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Bolas de Borracha Atividades de respostas-condicionadas: Quando o terapeuta brinca com este jogo, procura torná-lo o mais divertido possível. A criança segura pequenas bolas de borracha perto de sua orelha e as coloca dentro de um baldinho a cada vez que escuta e imita um dos sons do Ling: /a/ u/m/i/ch/s/. Depois de ter coletado várias bolas, ele as joga dentro do pote plástico com água. Outras ações podem ser: colocar as rodas na barriga do cachorro; o inseto na boca do sapo; os brinquedos de plástico no pote de água colorida ou qualquer outra brincadeira semelhante, que permita respostas repetitivas, que deverão ser sempre agradáveis, interessantes e reforçadoras após o estímulo sonoro. Outros sons podem ser adicionados aos sons do Ling.

6 sons de Ling (1976, 1984): /a/ /i/ /u/ /s/ /ch/ /m/ Sons padronizados, abrangem o espectro das freqüências dos sons da fala (500 a 4KHz)

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Brincando de Fantoches Os fantoches são estimuladores, pois permitem brincar com as diferenças de vozes, imitação e troca de turnos de modo prazeroso.

Passo a passo: O terapeuta usa a brincadeira de “adivinhar” para apresentar os fantoches para a criança: “Eu tenho dentro da cesta, alguma coisa que faz “Gu Gu” você sabe o que é? Ele procede igual com outros fantoches: um outro sapo pequeno, um cachorro, um menino, uma tartaruga e um barco. A criança manipula todos os fantoches emitindo suas respectivas onomatopeias. Uma história se inicia e os fantoches ocupam seus papéis. O terapeuta usa frases simples relacionadas ás figuras, dando destaques acústicos nas palavras chave. “ O sapo falou: Ou, ou, bom dia, tartaruga.” O terapeuta encoraja a mãe a ler a próxima página para a criança que é encorajada a contar para o terapeuta. No final da história, o terapeuta questiona a mãe sobre algumas partes do conteúdo que usa os fantoches para responder. A mesma solicitação é realizada com a criança que tem o auxílio da mãe para responder. O encantamento da criança enquanto manipula os fantoches na história demonstra o prazer. O terapeuta segue a liderança da criança e o encoraja a trocar turnos. Outros modos de usar os fantoches pode aumentar seu interesse por histórias e estender suas habilidades de brincar com dramatizações.

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Enquanto brinca com os fantoches a criança pode imitar as onomatopeias ou vocábulos várias vezes, aproximando-os em duração, emitindo suas vogais e fazendo precoce aproximação das consoantes. Manifesta-se o desenvolvimento das habilidades perceptuais quando procura fazer aproximação nos padrões de duração das frases apresentadas.

Lembre-se: Outros modos de usar os fantoches podem aumentar seu interesse por histórias e estender suas habilidades de brincar com dramatizações. Enquanto brinca com os fantoches a criança pode imitar as onomatopeias ou vocábulos várias vezes, aproximando-os em duração, emitindo suas vogais e fazendo precoce aproximação das consoantes. Manifesta-se o desenvolvimento das habilidades perceptuais quando procura fazer aproximação nos padrões de duração das frases apresentadas.

Seja criativo!

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Continuando as Brincadeiras Outras brincadeiras para enfatizar os sons “Aprendendo a Escutar as Onomatopeias”, ampliando vocabulário e estruturas frasais:· Mini fazendas, aeroportos; ? Esconder os brinquedos em objetos atípicos como dentro de meias, travesseiros, sapatos, embaixo de cadeiras, dentro dos armários; ? Colar bandeirinhas de papel em cima das figuras, colocadas em um painel no quarto da criança, na sala de terapia, no caderno de experiências, para chamar a atenção ao novo vocabulário; ? Repetir as músicas diferenciando as situações na clínica e em casa; ? Representar o conteúdo oferecido em desenhos no papel usando “crayons” de cores estimulantes; ? Usar CDs infantis para auxiliar a memorizar as músicas.

Atenção:

- O terapeuta deve seguir a liderança da criança que “domina o momento” para focar o processo terapêutico nas metas selecionadas e estabelecidas com atividades divertidas e situações prazerosas. - Os terapeutas devem alternar seu estilo como reabilitadores, reduzindo a ênfase em instruções didáticas.

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Sugestões

Iniciar as brincadeiras com ações e resolução de problemas sempre que possível, motivando a criança para usar a linguagem oral, oferecendo oportunidades para falar sobre ações e eventos: quando o leite está fervendo, o sapato precisa ser amarrado, os brinquedos quebraram, as portas precisam abrir e outras.

Use sempre frases significativas e contextualizadas, evitando o uso de vocábulos isolados. Há muito mais informação acústica em frases.

Listar atividades diárias que acontecem em terapia ou em casa, nas quais frases comuns podem ocorrer naturalmente.

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Perguntar para a criança o que ela está pensando, sentindo ou fazendo.

Criar oportunidades para a criança usar e repetir frases comuns ou outras, começando a dar sentido à cadeia de sons que recebe, como: “Ou, ou, a bola caiu!' “Pega o pato, por favor!” “ A mamãe foi embora!” “Tira o sapo da caixa!” “Abre a porta, por favor!”

A criança vai demonstrar compreensão da linguagem por meio da velocidade, ritmo e padrões de acentuação antes de compreender as palavras propriamente ditas.

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Atividades apresentadas para bebês por volta de

3 anos de idade.

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Metas Terapêuticas

Promover o desenvolvimento da memória auditiva e sequencial em ? situações de compreensão em conjunto aberto. Incentivar a criança a reconhecer dois elementos críticos na frase. ? Promover o sequenciamento em duas direções. ? Auxiliar a criança a sequenciar três direções. ? Promover a capacidade auditiva de compreender direções com múltiplos ? elementos. Promover o desenvolvimento da habilidade auditiva por meio do ? processamento de descrições e direções.

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Brincando com Miniaturas

Passo a passo: O terapeuta solicita à criança usando vários tipos de miniaturas: “Eu quero o gato que faz 'miau' e o sapo que faz 'gu gu'!” “Põe o urso no copo azul e a borboleta no copo verde!” “Pega alguma coisa que o elefante come e alguma coisa que serve para beber água.” Lembre-se de usar estratégias associativas (dicas) e adivinhações para tornar as atividades sempre mais prazerosas. O sequenciamento ou a estruturação dos elementos na frase reflete o conteúdo da linguagem apreendida, básico para a habilidade em determinar o papel semântico ou a função da palavra, de acordo com o lugar onde ela ocorre no padrão. Considerada uma habilidade necessária para o bom desempenho no seguimento de direções, é modificada pelo prévio conteúdo armazenado na memória, importante no processo terapêutico, pois a criança depende extensivamente da memória nas suas situações diárias. Alves e Bevilacqua, 2002.

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Ovos Coloridos Passo a Passo: O terapeuta dá dicas para a criança sobre os brinquedos escondidos dentro de ovos de plásticos de diferentes cores. Ele chama a atenção da criança para a escuta e inicia as informações, segurando o ovo na sua mão e causando grande curiosidade e expectativa. “Eu tenho, dentro do ovo amarelo, alguma coisa que dá o mel pra você beber! Você sabe o que é?” O terapeuta pergunta para a mãe se ela sabe. Ela confirma e diz que a criança também sabe. A criança faz uma pausa e em seguida responde, dentro das suas possibilidades linguísticas que é a “abelha”. O terapeuta então mostra-lhe o pequeno inseto de plástico, deixa-a manipulá-lo, e pede que o dê para a mãe guardar dentro do ovo amarelo outra vez. As informações continuam com mais três brinquedos: “Eu tenho, dentro do ovo azul, alguma coisa que roda, roda, roda!”. A criança imediatamente diz que é o pião e o mesmo procedimento continua. “Agora, dentro do ovo verde, tem uma pessoa que faz 'rá, rá, rá, rá, rá'!”. A criança, pouco segura sobre o que ouviu, olhou para a mãe, como que solicitando auxílio. O terapeuta aproveitou a situação e falou: “Pergunta pra mamãe se ela sabe” e continuou: “Mamãe, você sabe?” A cada intervalo, a criança vocaliza para a mãe, que responde que sabe e dá a resposta usando a pista auditiva. A criança repete a informação e o terapeuta mostra o palhaço engraçado. O último ovo é apresentado. O terapeuta continua: “Dentro do ovo vermelho tem um brinquedo que você chuta e faz gol!” Imediatamente, a criança responde: “Bola”. Os quatro ovos, fechados, são então colocados com suas respectivas miniaturas, em frente à criança, e ela tenta acertar o que tem, dentro de cada um, e depois abri-los outra vez. Quando a criança é solicitada a dizer o que ouviu, recorre a várias informações para chegar a uma resposta. Busca internamente a associação entre o estímulo sonoro e a fonte geradora, revelando as estruturas de conhecimento armazenadas na sua memória. O terapeuta usa várias técnicas terapêuticas nesta atividade, ou seja: “Conjunto Intermediário” - quando categoriza os brinquedos - “É um brinquedo!”, “É uma pessoa! "estabelecendo claramente o contexto; “Conjunto Aberto” quando fornece vários elementos para compreensão, fazendo uso somente da via sensorial auditiva; “Imitação Direta.” -

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Dando complexidade às brincadeiras Passo a Passo: Terapeuta dispõe os elementos na mesa. Faz uso de um interessante fantoche que representa uma vaca e solicita para a criança com voz grave do respectivo animal: “Eu quero comer o piu piu e o au-au.” (o esperado é que a criança dê os dois elementos para a vaca que os come e faz “nhóque”, na voz do terapeuta). Em outra etapa: “Eu quero comer o passarinho e o cachorro!” Em etapa mais avançada: “Eu quero comer um animal que voa e um animal que come osso!” Estas atividades devem ser movidas, sempre que possível, da técnica de conjunto fechado para conjunto aberto. A criança deve estar familiarizada com o vocabulário usado, inclusive com os dois elementos críticos inseridos como destaques acústicos na frase. A criança pode ser solicitada a manipular os brinquedos em miniatura que estão à sua frente. “Põe o bebê na cama, o palhaço no carro e a tartaruga na casa!” “O papai vai tomar banho, depois ele vai comer o pão e depois ele vai dormir na cama.” Este nível de audição envolve reconhecimento, compreensão e extensão da memória auditiva. Neste nível de complexidade, a criança necessita de tempo adicional para o cérebro processar as informações antes de seguir com as instruções. “Você pode pegar o peixe e a borboleta e colocar dentro do barco azul que está perto do menino?” “Eu vejo um animal que mora no mar, ele é enorme, bravo e guloso, mas não é o peixe.” “A mamãe foi ao supermercado e comprou alguma coisa que você gosta de por no leite e uma fruta que você não gosta de comer.”

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Brincadeiras com as cartas

Passo a Passo: O terapeuta tem uma grande e colorida figura na mão. A criança não vê a figura. Algumas características sobre ela são faladas para a criança que está de olhos fechados, imaginando sobre “o que” o terapeuta está falando. As regras da brincadeira são explicadas anteriormente e uma simulação é realizada com a mãe. “Eu vejo um menino. Ele está tomando sorvete no parque.” Se a criança processa a descrição, a brincadeira continua, com questões auxiliadas por dicas, estratégias delimitativas, aumento gradativo de informações auditivas, de acordo com a competência da criança. “Eu acho que o sorvete é de morango! O que você acha? De que é o sorvete? O sorvete é de chocolate ou de morango?” “O menino está usando uma bota ou um tênis?”. As respostas da criança são de acordo com o que ela imaginou. No final, o terapeuta mostra a figura real, para descobrir o que foi igual ou diferente do que se imaginou. Há vários níveis de aumento gradual de dificuldades dentro destes itens. O sucesso para que a criança vá alcançando esta etapa de habilidade auditiva requer mais alto grau de competência nos níveis semânticos, sintáticos e pragmáticos. A criança, deste modo, com confiança e divertimento, vai conquistando gradativamente sua independência auditiva à medida que seu cérebro processa cada vez mais velozmente as informações de fala recebidas.

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Dica Importante

Leia o capítulo e saiba mais sobre jogos e atividades lúdicas indicados para cada idade. Formigoni GMP. Atividades Lúdicas na Terapia Fonoaudiológica. In: Bevilacqua MC et al.(Org.). Tratado de Audiologia. São Paulo: Santos, 2011. p. 687-700.

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Referências Bibliográficas

? Alves, AMVS. Terapia fonoaudiológica: os primeiros anos. In: Bevilacqua ,

MC et al. (Org.). Tratado de Audiologia. São Paulo: Santos, 2011. p. 61135.(Bevilacqua et al., 2011). ? Estabrooks, W. Auditory-verbal therapy and practice. Washington:

Alexande Graham Bell Association for the deaf and hard of hearing, inc 2006. ? Flexer, C. Auditory-verbal practice: theory of mind development northeast

ohio au.d.consortim (NOAC) and the university of akron, 2010. ? Robbins, AM; Estabrooks, W. In: Auditory: verbal therapy and practice

Washington (DC): AGBell, 2006. ? Roza, ES. Quando brincar é dizer: a experiência psicanalítica na infância.

Rio de Janeiro: Contra Capa, 1999. ? Tannenbaum , S. Lesson plan for evan. In: Estabrook s, W. Cochlear

implants for kids. Washington (DC). A.G. Bell Assoc Deaf, 1998. p. ? Bevilacqua, MC; Alves AMVS. Plano Terapêutico Fonoaudiológico (PTF)

para o desenvolvimento das habilidades auditivas em crianças até 3 anos de idade usuárias de implante coclear. In: PRÓ-FONO (Org)./Planos Terapêuticos Fonoaudiológicos (PTFs)./Baruerí: Pró-Fono, 2012

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