Pag 1
I Seminรกrio Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades: Espaços, atores e dinâmicas no Nordeste do Brasil
- Programação e livro de resumos -
São Bernardo - MA 28, 29 e 30 de Setembro de 2016 CITADINOS - UFMA
PROGRAMAÇÃO 6 COMISSÕES 7 CONFERÊNCIAS 8 MESAS 9 WORKSHOP 11 FORUM 11 MINICURSOS 12 OFICINAS 14 GRUPOS DE TRABALHOS 16
pag 5
Universidade Federal do Maranhão
Conteúdo
Universidade Federal do Maranhão
COMISSÕES
PROGRAMAÇÃO:
COORDENAÇÃO GERAL
QUARTA-FEIRA, 28 DE SETEMBRO
Tarde
Manhã
08:30 – 10:00 Minicurso / Oficinas (sessão 01) 10:00 – 12:00 Sessões de Comunicações (GT – sessão 01)
14:00 – 18:00 Credenciamento
14:00 – 16:00 Workshop (sessão 01) 16:15 – 17:45 Mesa 01
SEXTA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO 08:30 – 10:00 Minicurso / Oficinas (sessão 02)
PROF. DR. CLODOMIR CORDEIRO DE MATOS JÚNIOR (UFMA) COMISSÃO CIENTÍFICA
10:00 – 12:00 Sessões de Comunicações (GT – sessão 02)
PROF.ª DR.ª AMANDA GOMES PEREIRA (UFMA)
14:00 – 16:00 Workshop (sessão 02) 16:15 – 17:45 Mesa 03
PROF. DR. CLODOMIR CORDEIRO DE MATOS JÚNIOR (UFMA)
PROF. DR. ANTÔNIO MARCOS DE SOUSA SILVA (UNILAB)
PROF. MS. EDIMILSON MOREIRA RODRIGUES (UFMA) PROF.ª DR.ª FERNANDA RODRIGUEZ GALVE (UFMA)
Noite
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
QUINTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO
18:00 – 18:30 Mesa Institucional de Abertura 18:30 – 20:00 Conferência de Abertura 20:00 – 20:30 Atividade Cultural
18:00 – 19:30 Mesa 02
18:00 – 19:30 Mesa 04
19:30 – 20:30 Conferência
19:30 – 21:00 Conferência de Encerramento
20:30 – 21:00 Lançamento de Livros
21:00 – 21:30 Atividade Cultural
PROF. DR. IGOR MONTEIRO SILVA (UFC/UECE) PROF.ª MS.ª JANINE ALESSANDRA PERINI (UFMA/UDESC) PROF. DR. JOSENILDO CAMPUS BRUSSIO (UFMA) PROF. DR. RADAMÉS DE MESQUITA ROGÉRIO (UESPI) IDENTIDADE VISUAL CURADORIA DE IMAGENS, DIAGRAMAÇÃO E DESIGN GRÁFICO: CAMILA MARIA NOBRE ANDRADE
Pag 6
pag 7
DIA 28/09/2016 | 18:30 – 20:00 CONFERÊNCIA DE ABERTURA “GRANDES PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO, POLÍTICA E MEIO AMBIENTE” FRANCISCO HÉLIO MONTEIRO JÚNIOR (UFC / INTA / FLF)
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
DIA 29/09/2016 | 19:30 – 20:30
MESAS DIA 29/09/2016
|
16:15 – 17:45
MESA 01 - HISTÓRIA, LITERATURA E CIDADES. FERNANDA GALVE (UFMA) EDMILSON RODRIGUES (UFMA)
DIA 29/09/2016
|
16:15 – 17:45
CONFERÊNCIA 01
MESA 02 - GOVERNANÇA EM TURISMO, MARKETING ESTRATÉGICO DE CIDADES E CONSUMO CULTURAL DE CENÁRIOS TURÍSTICOS NO NORDESTE DO BRASIL.
“ESCOLAS DE LUTA: O MOVIMENTO ESTUDANTIL DE OCUPAÇÕES DE ESCOLAS NO BRASIL”
ANA CATARINA COUTINHO (UFMA)
RADAMÉS MESQUITA ROGÉRIO (UESPI)
CÉSAR ROBERTO CASTRO CHAVES EVERTON (UFMA) MAYANA VIRGÍNIA VIÉGAS LIMA (UFMA)
DIA 30/09/2016 | 19:30 – 21:00 CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO “DEMOCRACIA E DIVERSIDADE: DILEMAS E RISCOS DOS TEMPOS CONTEMPORÂNEOS” HELCIANE DE FÁTIMA ABREU ARAUJO (UEMA / PPGCSPA - UEMA)
DIA 29/09/2016 | 18:00 – 19:30 MESA 03 - CIDADES, MOBILIDADES E JUVENTUDES. MÁRCIO FONSECA BENEVIDES (UFC/LAJUS) IGOR MONTEIRO SILVA (UECE/UFC) ISAURORA CLÁUDIA MARTINS DE FREITAS (UEVA)
DIA 30/09/2016 | 16:15 – 17:45 MESA 04 - PEDAGOGIAS CULTURAIS E INTERVENÇÕES URBANAS: OCUPAÇÕES ARTÍSTICAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS NA URBE. ABIMAELSON SANTOS (UFMA) DANIELLE FONSÊCA (SEEDUC – MA)
Pag 8
pag 9
Universidade Federal do Maranhão
CONFERÊNCIAS
MESA 05 – COMUNIDADES TRADICIONAIS: EXPERIÊNCIAS E PERSPECTIVAS.
WORKSHOP
ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA (UFMA) ALEXANDRE OLIVEIRA GOMES (CAA/UFPE – UFRPE)
29/09/2016 | 14:00 – 16:00
FRANCISCO DAS CHAGAS SOUSA (ASSESSOR ESPECIAL DE ASSUNTOS INDÍGENAS – SEDIHPOP/MA)
WORKSHOP - PRÁTICAS LÚDICAS E ENSINO DA SOCIOLOGIA: JOGOS, BRINCADEIRAS E OUTRAS DIVERSÕES NO AMBIENTE ESCOLAR (E FORA DELE). DANIEL COSTA VALENTIM (UFC / LAJUS)
DIA 30/09/2016 | 18:00 – 19:30
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
MESA 06 - VIOLÊNCIA, SEGURANÇA PÚBLICA E DIREITO À CIDADE. ANTONIO MARCOS DE SOUSA SILVA (UNILAB)
FORUM
FRANCISCO THIAGO ROCHA VASCONCELOS (UNILAB) CLODOMIR CORDEIRO DE MATOS JÚNIOR (UFMA)
30/09/2016 | 14:00 – 16:00 FORUM NORDESTINO DE CURSOS SUPERIORES INTERDISCIPLINARES ANTONIO MARCOS DE SOUSA SILVA (UNILAB) FRANCISCO THIAGO ROCHA VASCONCELOS (UNILAB) JOSENILDO CAMPUS BRUSSIO (UFMA) CLODOMIR CORDEIRO DE MATOS JÚNIOR (UFMA)
Pag 10
pag 11
Universidade Federal do Maranhão
DIA 30/09/2016 | 16:15 – 17:45
QUINTA (29/09) E SEXTA (30/09) – 08:30 – 10:00
MINICURSO 02 A MOBILIDADE E A ESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO URBANO Ministrantes:
MINICURSO 01 TRÁFICO DE MULHERES E POLÍTICAS DE ENFRENTAMENTO NO BRASIL Ministrante: Thiago Pereira Lima
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Graduado em geografia pela universidade federal do maranhão (UFMA) e em história pela universidade estadual do maranhão (UEMA). Mestre em ciências sociais pela UFMA. Doutorando do programa de pós-graduação em políticas públicas, UFMA. É professor do curso de ciências humanas do campus de São Bernardo - MA, UFMA. Ementa: O tráfico de mulheres apresenta-se como uma prática que ocorre em diversos países, em diferentes escalas e dinâmicas. As mulheres são mais visibilizadas no contexto desta atividade. O minicurso tem como objetivo compreender a construção histórica do debate sobre o tráfico de mulheres no brasil. A proposta problematiza os pressupostos que fundamentam os dispositivos legais nacionais e supranacionais, bem como as políticas públicas de enfrentamento ao tráfico. Serão analisados como a ideia de gênero é construída no debate e os problemas de caráter teórico-metodológicos nas pesquisas sobre tráfico de pessoas.
Dr. José Odval Alcântara Júnior Professor do curso de ciências sociais e coordenador do grupo de estudos e pesquisas das formas sociais da universidade federal do maranhão – UFMA. Marcio Rodrigo Da Silva Pereira Mestrando em planejamento urbano e regional da faculdade de arquitetura e urbanismo da universidade de são Paulo – FAUUSP. Andrea Jane Arquiteta e urbanista, professora do curso de arquitetura e urbanismo da unidade de ensino superior Dom Bosco - UNDB. A proposta de minicurso tem como objetivo apresentar aspectos sociológicos e urbanísticos da relação existente entre os transportes e a estruturação do espaço urbano. Propomos a divisão do minicurso em 02 momentos: 01. Realizar uma análise histórica da relação dos transportes com o desenvolvimento das cidades, considerando que o transporte de pessoas e coisas tem uma longa relação com o ambiente urbano. Abordando questões que incluem transformações tecnológicas e uma mudanças nos padrões de viagens incluindo o tempo e os espaços percorridos, até mesmo ultrapassando as barreiras físicas. Dessa forma, pretende-se utilizar obras de Carme Miralles-guasch e John Urry para apresentar como um novo paradigma da mobilidade surge no campo das ciências sociais. 02. Busca-se discutir os desafios e as perspectivas da mobilidade urbana no brasil, considerando a lei nº. 12.587/2012, que instituiu as diretrizes da política nacional de mobilidade urbana. Nesse sentido, busca-se conscientizar a comunidade acadêmica da importância de um planejamento e uma gestão democrática do sistema nacional de mobilidade urbana. Nesse sentido, apresentaremos os princípios em que os planos de mobilidade urbana municipais devem ser elaborados, com o intuito de contemplar aspectos de infraestrutura de mobilidade, tendo em vista proporcionar uma cidade mais justa e democrática para todos.
Pag 12
pag 13
Universidade Federal do Maranhão
MINICURSOS
SEXTA 30/09/2016 – 08:30 – 10:00
QUINTA (29/09) E SEXTA (30/09) – 08:30 – 10:00
OFICINA 01 - ARTIVISMO E CIDADE: O CORPO COMO CENA PERFORMÁTICA Ministrantes: Abimaelson Santos Pereira
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Mestre em cultura e sociedade/UFMA. departamento de artes/UFMA Danielle De Jesus De Souza Fonseca Mestre em arte contemporânea/UNB. Secretaria de Educação do Estado do Maranhão/ SEEDUC Oficina intensiva de criação em arte da performance e realização de intervenções urbanas a partir de pesquisa e produção que tenham como tema a cidade, o corpo como dispositivo político e narrativas autobiográficas. Neste sentido, a nossa proposta consiste no entendimento e prática do corpo como acontecimento e potência afetiva na cidade. É indispensável, para táticas artísticas que serão experimentadas, que se construa uma cartografia poética e política dos possíveis territórios criativos de São Bernardo, afim que possamos habitar os espaços públicos comprometidos com uma prática artística que dialogue com a realidade social e política da cidade. Ao final, será proposta uma apresentação aberta ao público pelas ruas/praças de São Bernardo. QUINTA (29/09) E SEXTA (30/09) – 08:30 – 10:00
OFICINA 02 - PERCEPÇÃO E ANALISE DE CENÁRIOS PARA O TURISMO Ministrantes: Edilana Wasney Vieira, Gisselly Poliana Santos Muniz e Karlla Fabiana Lima Santos O turismo se apropria dos elementos naturais, culturais e arquitetônicos e os utiliza como oferta de atrativos turísticos, o que implica em transformações na reprodução da sociedade. Para o desenvolvimento de tal atividade econômica torna- se essencial conhecer os anseios e necessidades dos atores locais que agem como prestadores de serviço assim como, o mercado. Diante disso, objetivou se possibilitar aos participantes uma reflexão crítica a respeito da questão da interface do planejamento turístico a partir das potencialidades e fragilidades do turismo regional-local, desenvolvendo habilidades e competências para atuar na gestão da atividade.
Pag 14
QUINTA (29/09) E SEXTA (30/09) – 08:30 – 10:00
OFICINA 03 - NARRATIVAS DE VIDA COMO DISPOSITIVO DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE SOCIOLOGIA E FILOSOFIA inistrantes: Joana Elisa Röwer Doutora em educação pela universidade federal de Santa Maria/rs, mestre em educação pela Universidade Federal de Santa Maria/RS, especialista em gestão educacional pela Universidade Federal De Santa Maria/RS, licenciada em sociologia pela Universidade Federal De Santa Maria/RS e bacharel em ciências sociais pela Universidade Federal De Santa Maria/RS. Docente Da Faculdade Do Baixo Paranaíba/MA. Adelson Cheibel Simões Mestre em filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria/RS, graduado em filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria/RS. Docente da faculdade do baixo Paranaíba/ MA. Esta oficina é uma atividade didático-metodológica voltada a professores e professores em formação para o ensino de ciências sociais/sociologia e filosofia na educação básica. Propõe-se a construção de um espaço/tempo de narrativas individuais auto referenciais e momentos de reflexão/interpretação compartilhados, em uma proposta formadora de relações entre história e estruturas sociais e trajetórias individuais. Nesta proposta, os conteúdos curriculares (temas sociológicos e filosóficos) são rediscutidos na relação com as escritas de si e vice-versa, na geração de estranhamentos, na suspensão de saberes, na desconstrução de saberes do senso comum e na construção de novas interpretações sobre o mundo e sobre si. O objetivo geral refere-se a vivenciar experiências práticas à luz de uma reflexão teórica sobre o trabalho com escritas de si como dispositivos de formação no ensino de ciências sociais. Tem-se como objetivos específicos identificar e analisar as possibilidades do trabalho com relatos de si no viés da reflexividade de si e da aprendizagem e refletir sobre outras possibilidades formadoras com o uso da abordagem (auto)biográfica. Os resultados versam sobre sensibilizar os participantes das possibilidades do trabalho com a abordagem (auto)biográfica na formação do educando, no sentido de conscientizações e reflexividade de si, pela compreensão da relação entre história e estrutura social e trajetórias individuais.
pag 15
Universidade Federal do Maranhão
OFICINAS
A metodologia adotada será a aplicação do zoneamento dos atrativos e infraestrutura de apoio turístico (Salvati, 2003), que obedece às seguintes etapas: - Definição das áreas de uso turístico através de diagnóstico, para essa etapa serão utilizados conhecimentos dos participantes sobre o município onde residem e/ou municípios próximos que possuem atividade e/ou potencial turístico; - Mapeamento e hierarquização dos atrativos de acordo com o prazo para seu desenvolvimento, para essa etapa os participantes terão o apoio de mapas da região e trabalharão com possíveis projeções de cenários para atividade turística consolidada ou não; Definição da localização dos equipamentos necessários aos atrativos e identificação das principais potencialidades e fragilidades da atividade; - Elaboração coletiva do diagnóstico e proposições a partir dele.
GRUPOS DE TRABALHOS
03 - COMUNICAÇÃO ORAL: PROCESSO DE FORMAÇÃO DA CIDADE DE SÃO LUÍS: A HISTORIOGRAFIA, OS MITOS E OS NÃO-DITOS Darlan Rodrigo Sbrana
GT 01 CIÊNCIAS SOCIAIS: DEBATES SOBRE O URBANO E O RURAL SESSÃO 01 – QUINTA 29/09/2016 - 10:00 – 12:00
01 - O PLANO DE EXPANSÃO DA CIDADE DE SÃO LUÍS EMBASADO NO PRINCÍPIO DA CIDADE IDEAL MODERNA DE LE CORBUSIER
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Maria das Graças Veiga Pereira; José Antônio Viana Lopes Apresenta o Plano de Expansão e diretrizes que contribuíram para a formação da configuração da cidade de São Luís. Discorre sobre as vertentes urbanísticas e potencialidades da cidade para um desenvolvimento urbano em vias sustentáveis. Aborda uma reflexão sobre os impactos do plano de desenvolvimento da cidade de São Luís de acordo com os parâmetros dos ideais modernistas do século XX, investigando as relações que serviram de base para o projeto do Plano de Expansão da capital ludovicense a partir da busca de uma cidade funcional. Busca a compreensão do plano e suas propostas, analisando, de fato, quais realmente foram os pontos estabelecidos na sua implantação, considerando seu território e contexto social vivenciado na época. Analisa as cidades estabelecidas como ideais para o conceito modernista racional do século XX por meio de uma referência comparativa sobre a configuração espacial e ainda servindo para o estudo dos pontos positivos e negativos que atingiram, com grande ou pequena amplitude, o desenvolvimento do Plano de Expansão.
02 - AS POLÍTICAS HABITACIONAIS DO BNH E OS CONFLITOS URBANOS NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO EM SÃO LUÍS - MA: O CASO DO BAIRRO DA CIDADE OPERÁRIA Patrícia Rachel Pinto Silva Sob forte influência desenvolvimentista, após o golpe em 1964, deu-se início a maior iniciativa do governo federal voltada para produção de habitação para a classe trabalhadora já existente até hoje. Até então, a capital maranhense, nessa época sofre o maior processo de expansão da sua história, o que trouxe uma nova configuração social, econômica e espacial para a cidade de São Luís-MA. O bairro da Cidade Operária, criado para os trabalhadores que podiam adquirir seus imóveis através de financiamentos, cujas condições de inscrição na Cohab para aquisição da casa própria seriam ter até cinco salários mínimo e nenhum outro imóvel registrado no nome do inscrito. Deslocou para o centro-leste da ilha os olhares da população de São Luís, que sonhava com o seu primeiro imóvel e viam como uma nova alternativa de fugir do altos aluguéis da década de 80 - a “década perdida” - e acabou atraindo para o seu entorno uma parcela da população que veio do interior na década de 1970. Muitas dessas pessoas que hoje ocupam as chamadas “invasões” nas franjas do bairro foram pessoas que invadiram as casas do conjunto e foram expulsas pela polícia para que os mutuários legais tomassem posse das casas, tendo como alternativa criar suas moradias provisórias e que acabaram se tornando moradias fixas. Mesmo ficando durante um bom
Pag 16
O presente trabalho parte dos resultados de pesquisa acadêmica a respeito das aldeias tupinambás da então chamada Ilha Grande do Maranhão (Upaon-açu), e tem como objetivo fornecer elementos para o debate a respeito da chamada fundação de São Luís-MA. Para tanto, em um primeiro momento, reunimos informações referentes às antigas aldeias contidas em relatos e crônicas coloniais (ABBEVILLE, 2008; ÉVREUX, 2007; BETTENDORFF, 2010; MORENO, 2011), cartografias do século XVII (ALBERNAZ, 1627; 1629; 1640) e do século XIX (PEREIRA DO LAGO, 1820), documentos avulsos do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), registros de sítios arqueológicos tupiguaranis alocados no IPHAN e relatos de morados de comunidades da Zona Rural II de São Luís. Em um segundo momento, esses dados foram cruzados com a toponímia atual de bairros, vilas e lugarejos dos municípios que compõem a Ilha do Maranhão. Como resultado, apoiando-nos em autores como Freud (1996) e Foucault (2013), propomos o questionamento da ideia de uma fundação de São Luís pelos franceses ou pelos portugueses (LACROIX, 2006; 2008; MEIRELES, 2015; ARAÚJO, 2015) com a defesa de que o município se formou em um processo de longa duração no qual as aldeias tupinambás foram se transformando em vilas, freguesias e depois nos bairros e povoados atuais.
04 - NATUREZA, CULTURA, URBANIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE: PERSPECTIVAS SOBRE O “URBANO” E “RURAL” NO LITORAL PARNAIBANO ENTRE 1970 E 2015 Edgleison Souza dos Santos; Matheus dos Reis Lima; Pedro Freire de Lima O litoral da cidade de Parnaíba, no estado do Piauí não acompanhou os ritmos de urbanização de outras regiões litorâneas do nordeste brasileiro. Uma das características singulares desta região é a existência de comunidades pesqueiras, praieiras e extrativistas que se utilizam destas e outras atividades de subsistência como a cata do caranguejo e a produção de atividades artesanais, contribuindo para a manutenção da rica biodiversidade local. Estas comunidades separam-se da área “urbanizada” da cidade pelo rio Igaraçu, afluente do rio Parnaíba, onde se localiza o centro econômico da cidade, grandes casarões, pequenas e médias lojas, e atividades outras atividades comerciais. Surgiram então as construções de mundo “urbano” e mundo “rural” com o passar dos anos contribuindo para a noção de existência de dois universos distintos tanto na visão dos moradores da área citadina, quanto na visão dos moradores das comunidades praieiras. Tenho como objetivo principal discutir, á partir do Jornal Inovação e de outras fontes, as vivências e experiências ‘da’ e ‘sobre’ as comunidades nativas do litoral parnaibano entre os anos de 1970 e 2015, atentando para os discursos dos moradores e moradoras da região. Para tal, utilizarei os trabalhos de DIEGUES (1999), (THOMPSON) PADUA (2010) HOBSBAWN (1998), entre outros autores de extrema importância para a realização desta pesquisa.
pag 17
Universidade Federal do Maranhão
tempo à espera de melhorias em termos de transporte, comércios e serviços, o bairro deu suporte à instalação das ocupações espontâneas limítrofes ao bairro.
ciantes, o sexo (masculino e feminino), a escolaridade, entre outros fatores que compõem o perfil dos empreendedores daquela cidade.
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Matheus dos Reis Lima; Dayson Terto dos Santos; Edgleison de Souza dos Santos O presente estudo busca apresentar e problematizar o processo de urbanização na cidade de Parnaíba, Piauí, durante os surtos de urbanização das décadas de 1910 a 1940, questionando as relações entre a urbanização e as ideias de progresso. Tais relações acabaram por criar locais de exclusão social que estigmatizaram a população dos bairros periféricos, perpetuando relações de desigualdade social e o caráter de áreas marginais destes espaços. Discutindo juntamente com os impactos da construção de um bairro projetado, o bairro Nova Parnaíba, na dinâmica urbana da cidade. A análise social das consequências que a urbanização gerou, traz à tona questões importantes para se pensar as contradições e desigualdades sociais, partindo desta perspectiva, busca-se problematizar as contradições, descontinuidades, crescimentos e exclusões dentro da cidade de Parnaíba, debatendo o efeito disto na vida dos moradores, principalmente da parcela mais humilde. Esta pesquisa será realizada através de documentos como jornais e almanaques, dentre outros, de igual importância para a realização da mesma. Apresentando os aspectos do desenvolvimento econômico e urbano, refletindo assim, sobre a criação de espaços elitizados contrapostos contraditoriamente à negligência destinada aos bairros populares da cidade, problematizando a quem realmente pertence os espaços dentro da cidade, e a quem a urbanização trás os maiores benefícios.
06 - “CELEIROS” DA “CIDADE INVICTA”: O RURAL E O URBANO NA PARNAÍBA DOS ANOS 1970 Ana Beatriz Araújo de Freitas; Pedro Vagner Silva Oliveira Esta comunicação objetiva analisar por meio da imprensa de Parnaíba-Pi, a “cidade” e os povoados da Ilha Grande de Santa Isabel durante os anos 1970. A partir dos periódicos que circulavam em Parnaíba nesse período, observou-se as complexas relações entre a “cidade”, parte mais urbanizada, com os povoados situados na margem oposta do Igaraçu. A “cidade” era descrita na imprensa como “imã” e atraía os trabalhadores da região, já os povoados eram entendidos como provedores de alimentos para a urbes.
SESSÃO 02A – SEXTA 30/09/2016 – 10:00 – 12:00 07 - A DINÂMICA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE LUZILÂNDIA-PI Elenir Rocha Pinto; Maria Deusane da Silva Santos O presente artigo tem por objetivo mostrar a questão da urbanização no Brasil e no mundo focando no perfil do comercio de Luzilândia PI. Para isso nós buscamos os períodos sócios históricos anteriores para compreender como se deu a formação das primeiras cidades. E também mostrando a passagem do homem nômade para o homem contemporâneo, mostrando a evolução política, econômica e social. Para a realização do nosso trabalho, focamos na cidade de Luzilândia, Piauí. Onde fizemos uma pesquisa de campo entrevistando um determinado número de comerciantes para mostrar como se deu o desenvolvimento dessa cidade: desde o seu surgimento como fazenda até como ela se encontra urbanamente e comercialmente na atualidade. Vamos mostrar principalmente como está o espaço comercial e sua organização. Além dos aspectos como o perfil das construções comerciais e a dinâmica de geração de renda. Para isso levamos em conta a naturalidade de seus comer-
Pag 18
08 - REPRESENTAÇÃO SOCIOECONÔMICA NO MERCADO MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO – MA Renata Lima Ferreira; Marcileny dos Santos Almeida Este trabalho é resultado de uma pesquisa exploratória que teve por objetivo observar as relações sociais de solidariedade entre comerciantes e entre estes e os consumidores dentro do espaço físico do Mercado Municipal da cidade de São Bernardo-MA. Analisamos o cotidiano dos atores sociais envolvidos nas relações econômicas tanto de forma coletiva como individual. A metodologia utilizada foi à observação participante e entrevistas com depoimentos orais dos comerciantes e consumidores. As observações levaram a constatar que o espaço físico do mercado não propicia só relações comerciais, mas também um espaço de relações sociais interpessoais com demonstrações de trocas baseadas em uma reciprocidade afetiva entre os que frequentam esse espaço (MAUSS, 2003). Segundo os consumidores o espaço do mercado é compreendido como um ambiente de encontro onde ocorrem tanto trocas econômicas como baseadas em parentesco e compadrio. O mercado é um espaço onde é realizada uma continuidade entre o município e os povoados próximos de maneira mais complexa do que unicamente as relações de produção, compra e venda de mercadorias. Concluímos que determinados espaços alicerçados com fins de trocas racionais e econômicas também podem ser espaços de relações interpessoais (WEBER, 2004). Pois dentro das relações econômicas não se tem apenas as relações ‘frias’ de compra e venda, mas também aspectos simbólicos refletidos em relações de amizade, solidariedade, cumplicidade e fidelidade.
09 - PEQUENAS CIDADES, DIÁLOGOS E REFLEXÕES: CONVERSANDO COM A CIDADE - O CASO DE PAULINO NEVES-MA José Jeová Xavier Conceição Neste trabalho buscamos construir reflexoes sobre a categoria “pequenas cidades”, considerando a cidade de Paulino Neves, a partir de sua construção histórica e social, compreendendo a sua representação simbólica no imaginário de seus habitantes a partir. Consideramos na análise o olhar e a visão do pesquisador sobre os processos de sua consolidação como cidade frente aos movimentos sociais. Busca-se ainda, discorrer a cidade a partir do processo dialógico e histórico. Neste sentido, procuramos tecer um diálogo que leve em conta o saber popular e a identidade do lugar. A pequena cidade de Paulino Neves-MA, está localizada nos pequenos lencois maranhenses e consideramos um campo de estudo importante na compreensão de pequenas cidades e seus desdobramentos. Esta cidade cresce preliminarmente a partir de influencias provocadas pelo turismo e o crescimento especulatório de seu território. Faz-se necessário entender esta cidade “pequena” no auge de suas transformações socioespaciais. Procura-se neste trabalho identificar os principais fatores que contribuem para o crescimento urbano desordenado e os problemas ambientais que ocorrem atualmente no perímetro urbano da cidade de Paulino Neves. Faz-se ainda uma análise sobre os diversos papéis que assume frente a realidade que se apresenta, evidenciados com a construção da MA-315 e a consolidação do Parque de Energia Heólica no município.
pag 19
Universidade Federal do Maranhão
05 – URBANIZAÇÃO E EXCLUSÃO SOCIAL: A CIDADE DE PARNAÍBA DURANTE AS DÉCADAS DE 1910 A 1940
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Marciane Maria dos Santos O presente trabalho tem como objetivo demostrar a relação entre homem e natureza a partir das vivências da população da cidade de Joca Marques- PI no período das enchentes registradas em 2008 e 2009. Nas minhas indagações procuro compreender como a população vivenciou o período, assim também como uma cidade mal planejada é susceptível a este evento que tem fatores naturais e humanos. Metodologicamente no processo de construção desta pesquisa utilizo uma revisão bibliográfica com autores discorrem sobre conceito de cidades Jathay Pesavento (2005), Alburquerque (2012), somando a estes autores utilizo Santos (2011), Gandara (2008), Tucci (1997), Pádua (2010) e Drummond (1991) que discutem a relação da historia ambiental e também utilizo a História Oral de vida, segundo Pollak (1992) que diz “a memoria é um fenômeno construído social e individualmente” nessa perspectiva entendo que o trabalho com memória foi fundamental para compreensão do problema em discussão, pois os sujeitos que convive com o dramas das enchentes narram suas experiência no dia a dia . Portanto a população Joca Marquense já convive com o problema das enchentes desde a década de 1970, mesmo ante de a cidade ser emancipada, mas nos últimos anos tem intensificado degradamente. Compreendo que enquanto não existir políticas públicas para proteção ambiental nas áreas mais vulnerável, a população vai continuar sofrendo as consequências em anos que os invernos tirem uma precipitação maior.
11 - PRAÇA DA GRAÇA: ENTRE BANCOS E SUJEITOS, NARRATIVAS SOBRE A CIDADE DE PARNAÍBA Fernando do Nascimento; Luciane Moreira Andrade de Lima Este trabalho procura discorrer sobre a História de Parnaíba (PI) através do enfoque de um dos seus espaços, a Praça da Graça. A reflexão orientada pelos novos paradigmas historiográficos surgidos a partir de 1929 com a Nova História, permitem-nos enxergar os espaços das cidades para além de sua monumentalidade. Enquanto um ambiente de relações e práticas sociais, a Praça em questão serve para entender como este lugar se constitui, não apenas pela sua estrutura física, mas pelas relações estabelecidas entre os diferentes sujeitos que a compõe. Sendo a Praça da Graça um elemento que integra a memória e a identidade social da cidade Parnaíba, ela merece ser entendida através de suas imagens, (re)construções e narrativas de seus sujeitos integrantes. A maneira pela qual este espaço é vivenciado pelos seus usuários e os vínculos que ele cria entre os mesmos são alguns dos aspectos a serem refletidos neste artigo. A metodologia desenvolvida para a construção deste trabalho foi realizada através de pesquisas bibliográficas, entre elas livros publicado por autores locais, almanaques, artigos, revistas e fotografias da cidade, e para dar substância teórica a esta pesquisa utilizou-se como referência os seguintes autores Ana Fani Alessandri Carlos, Marc Augé, Michael Pollak, Sandra Jatahy Pesavento, entre outros.
12 – PROSTITUIÇÃO EM PARNAÍBA NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX (1915 – 1945) Brenda Pimenta De Oliveira A presente pesquisa busca analisar a mulher prostituta na cidade de Parnaíba durante a Primeira República, procurando responder: Qual a concepção social dessa mulher neste período. Quais as contradições de classe presente na “constituição” desta mulher. Como a
Pag 20
prostituição era avaliada por variados setores da época. Como a marginalização influenciava a saúde das prostituídas. O trabalho tem como método a pesquisa bibliográfica, com o enfoque teórico baseado na História Social. O trabalho subdivide-se em: Apontamentos acerca da Parnaíba dita como uma cidade com um forte “desenvolvimento” econômico, realizando um levantamento da cidade durante o período de destaque; as contradições sociais em Parnaíba na Primeira República; Percepções sociais da prostituição, objetivando o debate acerca da prostituição em diversas épocas dentro da República Velha na cidade de Parnaíba, e problematizar a sífilis em Parnaíba no início do século. A análise se dá também pelos discursos higiênicos que se propagam na cidade, sendo representados por médicos e advogados, e como esses discursos são capazes de reforçar uma estrutura normatizadora. Partindo desses pressupostos, poderemos avaliar o aburguesamento da cidade e da apropriação de valores morais nessas falas por parte, principalmente, das famílias sendo colocadas no cotidiano de Parnaíba. Resultados parciais, apontando as conclusões prévias da pesquisa realizada até o momento.
SESSÃO 2B – SEXTA 30/09/2016 – 10:00 – 12:00 13 - A IDEOLOGIA DO PLANEJAMENTO URBANO NO BRASIL Marcio Rodrigo da Silva Pereira. O presente trabalho tem como objetivo demonstrar de que forma a ideologia interfere no planejamento urbano brasileiro contemporâneo. O processo de urbanização no Brasil ocorreu de forma acelerada a partir da segunda metade do século XX, o que resultou em inúmeros debates sobre a produção do espaço urbano. A reforma urbana estabelecida no Brasil procurou criar um diálogo democrático das políticas públicas urbanas, resultando nos artigos 182 e 183 da Constituição Federal e no próprio Estatuto da Cidade, que são considerados um marco institucional da política urbana brasileira e representam um avanço na discussão sobre a cidade em que queremos viver. Contudo, existe uma ideologia no planejamento urbano atual resultante do Estado Patrimonialista, que é herança colonial e que o impede de atender aos interesses das diferentes classes sociais que vivem num mesmo território. Sendo assim, a “ausência” do planejamento urbano serve como ferramenta para esconder a triste realidade da pobreza urbana e atender aos interesses da classe dominante.
14 - GESTÃO URBANA E A ASSIMETRIA DO PODER LOCAL Jussara Martins Nogueira; Patrícia Rachel Pinto Silva A gestão urbana no Brasil apresenta assimetrias de poder na construção das políticas urbanas, que deveriam ter como objetivo o combate às desigualdades sócio territoriais. Mas determinadas classes impõe seus interesses em detrimento de outras classes, que não se entende com direitos dentro do universo urbano. Essa realidade se apresenta na contramão do previsto no Estatuto da Cidade, Lei Federal nº 10.257/2001 que estabelece as diretrizes gerais para a política urbana com normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos. Assim, os grandes municípios (que ocupam 2% do território nacional) estão contemplados por um “bom“ arcabouço legislativo na área urbanística. Entretanto o restante dos 98% do território onde estão os médios e pequenos municípios não se veem contemplados pelas diretrizes gerais das leis federais e permanecem à deriva e invisíveis para as políticas públicas na área de gestão do solo, seja urbano ou rural. Quando o olhar se desloca para o Maranhão, a reflexão ganha novos elementos: municípios com grandes áreas territoriais, baixa densidade populacional, concentração fundiária, desigualdades sociais, pouca ou ne-
pag 21
Universidade Federal do Maranhão
10 – ENCHENTES NA CIDADE DE JOCA MARQUES: UMA ANALISE DA ALTERAÇÃO DO COTIDIANO DA POPULAÇÃO (2008 E2009)
17 - URBANIZAÇÃO: DESENVOLVIMENTO DE SÃO BERNARDO-MA
15 - URBANISMO SUSTENTÁVEL: UMA ANÁLISE DAS POLÍTICAS DE HABITAÇÃO NO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS-MA
Neste presente artigo analisaremos o processo de urbanização a nível mundial sequenciado pelo processo de urbanização no Brasil, para ulteriormente abordarmos sobre o desenvolvimento histórico de São Bernardo – MA e, seu desenvolvimento urbano e econômico, para esse fim, lançamos mãos de uma pesquisa bibliográfica e também de uma pesquisa de campo com moradores da zona rural e urbana com a finalidade de obter informações para nos auxiliar no engendrar deste trabalho. Ao olhar o êxodo rural pelo viés econômico, nota-se que tal diáspora é empreendida pela busca de uma posição economicamente mais elevada, é claro que, esses eventos não são neutros no exercício de suas realizações, causando assim, grandes perdas como também grandes benefícios, tanto para o homem, quanto para cidade. Ao iniciarmos a pesquisa de campo observamos que muitos dos entrevistados residentes no município de São Bernardo – MA, migraram do campo, em busca de emprego, outros, para colocar os filhos na escola, visando uma melhora para família no geral. Na parte comercial encontramos uma férrea dificuldade na obtenção de resultados desejados e, que satisfizesse a construção da pesquisa em voga, ouve também, uma omissão de informações por partes de órgão competentes de nosso município.
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Muranna Silva Lopes; Ana Paula Braga Nascimento; Yuri Freire Sabry A Sustentabilidade Urbana é um debate que surge da necessidade de entendermos o conjunto de problemas da qualidade de vida urbana, tais como: alterações climáticas, esgotamento de energias fósseis e minerais, desmatamento desenfreado, violência, desigualdade social, transporte público escasso, entre outros. São inúmeras as questões levantadas nesse contexto, assim como a pluralidade com que o termo é empregado na literatura e documentos, pois, além da discussão urbana inserida na dimensão ambiental, o conceito incorpora as dimensões econômica, social, cultural e política. O objetivo deste trabalho é analisar e refletir o termo Sustentabilidade Urbana voltado para as políticas de habitação no Centro Histórico de São Luís/Maranhão. Para melhor esclarecimento dos conceitos, abordou-se inúmeras discussões, levantando-se questões, aspectos complementares que percorrem os temas: Sustentabilidade, Desenvolvimento Sustentável, Sustentabilidade Urbana. Para a realização do trabalho foram desenvolvidos os procedimentos metodológicos: levantamento e análise da bibliografia, documentos relacionados às políticas de habitação no Centro Histórico, além de observações diretas e indiretas. Os resultados obtidos demonstram diversas controvérsias analisadas entre autores acerca do tema Sustentabilidade Urbana. Espera-se que este trabalho possa contribuir para o levantamento de conceitos atualizados, esclarecimento da importância de como o termo é empregado nos diferentes contextos implícitos nas dimensões da Sustentabilidade.
16 - O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO E SEUS EFEITOS SOCIOESPACIAIS: CASO DO MUNICÍPIO DE CASTANHAL/PA Camily Aline Mesquita Rodrigues; Marilia de Oliveira Vieira A urbanização no Brasil e na Amazônia teve ação direta do Estado por meio de investimento na modernização e urbanização do país, que contribui para a organização das cidades. O presente trabalho pretende analisar por meios de autores contemporâneos como Castells (2000), Castro (2009) e Corrêa (2011) os efeitos positivos e negativos do processo de urbanização no município de Castanhal, em que, a cidade apresenta determinantes econômicos, sociais, históricos e locacionais que fortalecem a dinâmica da região, tendo em vista que as indústrias e os comércios de grandes portes contribuem para a polarização de pequenas cidades do entorno. Com a lógica da cultura urbanizada e de integração do município aos moldes capitalista de desenvolvimento, ocorreram transformações socioespaciais que modificaram a paisagem e a subjetividade da população, com isso houve o enfraquecimento das relações homem e natureza. Além disso, em decorrência desse processo e inclusão do município aos moldes capitalistas, os agentes sociais possuem diferentes interesses dentro de um mesmo espaço, que modificou expressivamente a estrutura física, ou seja, transformações observáveis, e os aspectos subjetivos do homem amazônico.
André Sousa Trindade; Antonio Carlos de Souza Oliveira Junior; Aline Silva Albuquerque; Milca Rocha Couto
GT 02 – POPULAÇÕES TRADICIONAIS NO NORDESTE DO BRASIL SESSÃO 01 – QUINTA 29/09/2016 - 10:00 – 12:00
01 - CAMPESINATO E MIGRAÇÃO: TRANSFORMAÇÕES EM TERRAS CAMPONESAS NO LESTE MARANHENSE Keliane da Silva Viana O presente trabalho dá continuidade às reflexões que venho desenvolvendo desde a graduação, sobre as transformações no processo de formação do campesinato Maranhense, e que buscarei ampliar com outras preocupações na minha pesquisa de Mestrado em Ciências Sociais. Apoiado em achados de referenciais teóricos diversos, além do uso da metodologia qualitativa com base em fontes orais, como as entrevistas realizadas com moradores descendentes de migrantes do sertão nordestino, constata-se que o campesinato maranhense se caracterizou pela presença de diversas matrizes identitárias; matrizes essas que deram base à constituição sócio-histórica da região Leste Maranhense. Na tentativa de apresentar ou caracterizar o campesinato que se constituiu na região, faremos uma análise das raízes históricas do povoamento e as formas como ele foi sendo moldado diante da implantação de empreendimentos econômicos de empresas destinadas à produção e comercialização em grande escala no Estado.
02 - CEMITÉRIO DOS PRETOS: LOCAL DE RITUAL E DE AGRADECIMENTOS Ellen Carla Ribeiro Cunha; Girlene Santos Silva Esta pesquisa é parte de um exercício etnográfico desenvolvido no povoado Bonfim, Município de São Bernardo, cujo foco foi a observação de um cemitério denominado “Cemitério
Pag 22
pag 23
Universidade Federal do Maranhão
nhuma mobilidade social, 95% dos municípios com menos de 50 mil habitantes, etc. Além dessas questões, cabe a reflexão: o que é urbano e rural em nossos municípios.
03 - O RIO, AS EMBARCAÇÕES E OS RIBEIRINHOS NA ILHA DAS CANÁRIAS Amanda Nascimento Gaspar O texto que segue é fruto de um projeto de pesquisa, que pretende realizar um levantamento etnográfico das embarcações presentes na Ilha das Canárias. Durante a pesquisa de campo foi possível observar que assim como as embarcações tradicionais, o rio Parnaíba que banha as comunidades pesquisadas, também se revela como parte do imaginário dos indivíduos em questão. Essa relação que é estabelecida entre o meio fluvial e marítimo no cotidiano dos habitantes da ilha é o que pretendo estudar. Assim como refletir a cerca das representações que os nativos têm. A constante presença dos saberes e fazeres advindos da oralidade que tomam forma em objetos como as construções artesanais e a maneira como elas exprimem o cotidiano desses indivíduos. A expressão cultural e a relação ente o meio fluvial e marítimo conferem características únicas às embarcações do Delta do Parnaíba. As transformações e adaptações que foram realizadas nessas essas embarcações. Assim como a adoção de elementos de fora da região que se incrementaram ao modo de fazer totalmente artesanal. Entender o lugar de fala dos construtores navais assim como dos proprietários das embarcações e a estreita relação entre a comunidade e o rio são oportunidades de descobrir um pouco mais sobre essa região do meio norte brasileiro tão escasso em produção a cerca da cultura tradicional.
04 - A “OUTRA BANDA” DA CIDADE: OS PESCADORES E MARISQUEIRAS AS MARGENS DO RIO ACARAÚ Brisa Pires Moura O Bairro de Outra Banda situado no município de Acaraú, região Norte do Ceará, tem sua história e de seus moradores ligados ao rio que inclusive batiza a cidade, parte dessa população é composta por marisqueiras e pescadores artesanais ou de médio porte que tiram parte ou todo o seu subsidio ligado de alguma forma ao próprio rio, que também aparece como um local importante para suas sociabilidades e até mesmo laser. Não podendo ser deixada de lado a análise das condições de vida e subsistência dessa população que tem uma história de segregação e de apartamento do resto da cidade até mesmo no nome que
Pag 24
lhe foi dado “Outra Banda” ou como alguns preferem “Outro lado” foi desde o início da vila que depois deu origem a cidade um termo utilizado para buscar uma diferenciação entre suas cidades, uma rica que morava aos arredores da igreja e uma pobre as margens do Rio Acaraú. Deve-se pensar que justamente o local de onde foi difundida toda a região, que cresceu através do pescado, é o primeiro lugar a ser marginalizado e esquecido pela cidade, sendo interessante perceber que mesmo com a atual desvalorização da profissão do pescador na região, a comunidade ainda sedia uma associação de pescadores e marisqueiras com mais de 80 anos de organização, que acaba sendo fundamental para a regularização e organização política de pescadores artesanais e profissionais, bem como marisqueiras que atuam na região.
05 - IDENTIDADES E REDES: O TRABALHO DOS PESCADORES DO DELTA DO RIO PARNAÍBA Guilherme Jorge Rodrigues Carvalho É interessante afirmar que quando o assunto se volta aos pescadores do Delta do rio Parnaíba, se faz mais do que necessário conhecer a história de um lugar acrescido de seus mitos e de suas peculiaridades. Desta forma, a referida pesquisa intitulada de Identidades e Redes: o trabalho dos pescadores do Delta do Rio Parnaíba, tem como objetivo analisar as memórias e práticas relacionadas à pesca artesanal em Ilha Grande do Piauí, contribuído para sua historiografia ainda pouco explorada. Foram apresentados aspectos gerais sobre sua formação. Os pescadores artesanais com suas peculiaridades, mostram um panorama da cultura do Delta do Rio Parnaíba, cultura de uma população intimamente ligada com a natureza que é marca da beleza do Delta. A identidade dos senhores do rio será mostrada e cultura do mesmo é viva onde em nada se parece estática, que mesmo a parte do processo de desenvolvimento trago pelo turismo, se mantém viva e orgulhosa do espaço que habitam e das técnicas que dominam. Para tanto, será utilizada como fontes, a pesquisa bibliográfica com a utilização de livros, monografias, jornais, músicas, além de realizações de entrevistas semiestruturadas e procedimentos da História Oral de vida e temática dos pescadores e pescadoras da região.
06 - POR TRÁS” DOS PESCADORES: DESMISTIFICANDO A INVISIBILIDADE DA PESCADORA DO DELTA Thalita Nascimento de Souza Ao longo do tempo a mulher vem marcando presença em espaços que antes eram de dominação masculina. Nas comunidades que exercem o trabalho da pesca, a mulher vem cada vez mais evidenciando sua presença nesse ofício, trabalho até então dito predominantemente masculino. Sobre elas, construiu-se um silêncio que se recusa muitas vezes a ouvir sobre a diversidade de papéis que elas assumem. Nesse trabalho procuro fazer uma análise acerca dos desafios de mulheres de comunidades tradicionais pesqueiras que se encontram ativas no ofício. Nesse contexto a história oral fez-se como a principal fonte para essa pesquisa, sendo assim a captação das narrativas das pescadoras foram as bases para se entender a importância de se discutir a importância da mulher na pesca, não como um trabalho de complementariedade, mas como agente principal de seu ofício. Apresentar essas práticas que são fatores vigentes na construção da identidade dessas mulheres em suas comunidades mostrando que elas têm seu espaço embora ainda sejam invisíveis, estão ali realizando seu ofício com os mesmos riscos e dificuldades dos pescadores, e ainda além, pois como mulher seu trabalho se estende para o lar. Para esse trabalho foram realizadas visitas e conversas gravadas com mulheres que exerceram e ainda exercem a pesca na ci-
pag 25
Universidade Federal do Maranhão
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
dos Pretos”, local que no período da escravidão era utilizado para sepultar os escravos (na maioria das vezes vivos) a mando dos senhores de engenho. Nossa intenção foi observar os rituais religiosos que ocorrem nesse espaço, em agradecimentos a supostos milagres realizados pelos escravos ali sepultados, a partir da narrativa de indivíduos que colaboram com a reprodução destas representações coletivas. Sendo considerando um ambiente sagrado, tanto para os moradores da comunidade quanto para os povoados vizinhos, os rituais de agradecimento pelas graças alcançadas ocorrem de forma mais intensa no dia 02 de novembro, data que no Brasil se comemora o dia de finados. Retribuição é em forma de cânticos, coroas, velas e água benta, colocados em volta de uma cruz chamada “Cruzeiro” que está localizada no centro do cemitério. Esta pesquisa se inscreve num debate histórico-metodológico que discute a legitimidade da narrativa histórica, sobretudo aquela oral, produzida pela necessidade de diálogo entre as distintas áreas do conhecimento. Os depoimentos orais serão aqui entendidos como uma fonte historicamente produzida, semelhante a qualquer outro documento, como atesta Pollack (1992) sobre a história oral como método apoiado na memória, capaz de produzir representações e não reconstituições do real. Assim, através de depoimentos, observações de materialidades (Henare, Holbraad e Wastell, 2007) e a criatividade envolvida neste processo trataremos de reconstruir memórias da escravidão neste local.
SESSÃO 02 – SEXTA 30/09/2016 – 10:00 – 12:00 07 - ESTUDO DA HISTÓRIA E MEMÓRIA DAS REMANESCENTES INDÍGENAS DE PIRIPIRI-PI
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Antonia Vanessa Gomes Pereira Farias; Samara Regia dos Santos Araújo O presente texto visa analisar e refletir historicamente, mediante a ótica de gênero, a condição de organização pela luta de terras das remanescentes indígenas Itacoatiara na cidade de Piripiri-Pi no tempo presente, procurar perceber as vivências na comunidade. Este trabalho é mediado por um novo diálogo da atualidade buscando perceber também os esquecimentos ou silenciamentos históricos sobre o papel da mulher ao longo dos tempos nas variadas formas de sociabilidade, assim sendo tornando-as sujeitos da história. Metodologicamente este trabalho se utiliza a historia oral como ferramenta de pesquisa, para tanto foram realizadas entrevistas tendo como foco ou objeto de análise às mulheres da Associação Itacoatiara com o intuito de perceber o papel da mulher na luta da terra, como também a memoria histórica e relações que as colocam na condição de “índios misturadas”. Tais entrevistas dão subsídios para a compreensão do conhecimento sobre a atual situação da mulher indígena no século XXI no território piauiense. Durante o texto, faremos também um cruzamento de fontes que objetiva construir um diálogo das entrevistas com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas-IBGE sobre o último Censo Indígena, em 2010, no qual cerca de 3000 pessoas se autoproclamam indígenas no estado do Piauí, com isso perceber qual a importância das mulheres para a Associação Itacoatiara O ser mulher indígena, fomenta inúmeros debates a cerca do assunto em nossa historiografia piauiense que durante muito tempo pouco se debateu sobre essa condição na formação histórica como um dos elementos formadores do ser piauiense.
08 - OS TERRITÓRIOS INDÍGENAS NO MARANHÃO: A QUESTÃO, OS CONCEITOS E OS CONFLITOS Thuanny Raphaelly do Nascimento Sousa; Luciana Freitas da Silva Para entender a discussão aqui proposta iniciaremos analisando e diferenciando os conceitos de terra e território, propondo justamente entender como estes se configuram para a nação brasileira e as nações indígenas. O território brasileiro possui grande extensão, em que sua área territorial o coloca em quinto lugar entre os maiores países em extensão territorial, com aproximadamente 8.514.876 km². Segundo a FUNAI, Hoje, no Estado do Maranhão, habitam aproximadamente 35 mil indígenas (Censo 2010, IBGE) pertencentes a sete grupos étnicos diferentes. Classificam-se em dois troncos linguísticos: Tupi-Guarani e Macrojê. Essa demarcação do que seria território brasileiro, maranhense e dos povos indígenas gera os confrontos territoriais, disputas constituídas justamente pela fricção interétnica que constrói no imaginário da nação brasileira uma ideia de superioridade na construção e formação do seu território, partindo da exploração das terras ocupadas, um fenômeno ocorrido desde o processo de colonização. Este trabalho tem como fundamento discutir conceitualmente a noção de território, a oposição entre terra e território, assim também estudar a perspectiva da lei de terra (1850), das políticas nacionais para povos e comunidades tradicionais, os confrontos territoriais, a questão dos territórios, a relação da sociedade brasileira com os territórios indígenas (fricção interétnica). Por fim compreender o campo legal das disputas
Pag 26
pelas “terras indígenas”, a resistência dos povos, a desarticulação da FUNAI, o quadro atual de disputas e seus principais antagonistas no Maranhão.
09 - MEMÓRIA E IDENTIDADE DA VILA DAS ALMAS: UM ESTUDO SOBRE O TRABALHO DA PASTORAL AFRO-BRASILEIRA NO QUILOMBO SACO DAS ALMAS, EM BREJO-MA Daciléia Lima Ferreira; Josenildo Campos Brussio A presente pesquisa aborda uma investigação sobre o trabalho realizado pela Pastoral Afro Brasileira com os moradores da comunidade Vila das Almas, no Quilombo Saco das Almas, a fim de perceber, através da memória coletiva de seus moradores, o imaginário e as representações simbólicas das identidades culturais quilombolas presentes nas práticas sociais, políticas e culturais cotidianas dos moradores desta comunidade no que diz respeito ao papel exercido pela Pastoral Afro Brasileira na construção destas identidades. Quanto a metodologia, fez-se o levantamento do material bibliográfico (livros, artigos, dissertações, monografias, internet) sobre memória, identidade, imaginário e a luta de territórios quilombolas, além dos registros do processo de reconhecimento do Quilombo Saco das Almas, principalmente, no que diz respeito ao seu trabalho comunitário de marcar as suas identidades culturais enquanto quilombolas, além da pesquisa de campo, com a investigação etnográfica das atividades do quilombo. Como resultados da pesquisa, constatamos que os trabalhos realizados pela Pastoral Afro-Brasileira nestes territórios quilombolas exercem um papel essencial no processo de construção das identidades culturais dos seus moradores, primeiro, porque trabalham com as massas, uma vez que os eventos de culminância congregam todas as comunidades dos quilombos, depois, porque há todo um percurso de formação e preparação destes trabalhos de construção de uma identidade cultural quilombola, que se vincula a influência religiosa da Pastoral Afro-Brasileira. Todavia, apesar do que tem sido feito, percebe-se que ainda há muito a ser feito para que os moradores destes territórios se reconheçam identitariamente como “quilombolas” de forma espontânea, livre e tácita.
10 - TÉCNICAS CONSTRUTIVAS TRADICIONAIS COMO PRÁTICAS ACADÊMICAS PARA UM HABITAR SUSTENTÁVEL Ingrid Braga; Izabel Nascimento Os espaços acadêmicos que trabalham a forma e modos de habitar precisam resgatar dentro da transversalidade de suas disciplinas, o modo tradicional de construir. É necessário um reforço crítico sobre modos e formas tradicionais de construir, valorizando materiais construtivos tradicionais, a arquitetura vernacular. Nas faculdades de arquitetura, com exceções, o projeto arquitetônico moderno marginalizou o vernáculo, a construção com terra como sinal de atraso e métodos arcaicos. Os espaços acadêmicos precisam romper com este preconceito e resgatar o modo tradicional de construção. É notório o crescente número de pesquisas e práticas que sinalizam um caminho futuro para a construção com terra. A cultura da construção tradicional, com recursos naturais existentes e os mecanismos desenvolvidos para a edificação permitem a criação de espaços habitáveis e integrados com os aspectos térmicos, luminosos, acústicos que são inseparáveis em um espaço arquitetônico. A abertura de linhas de pesquisa sobre o tema e experimentações das técnicas tradicionais construtivas, em canteiros nas nossas próprias faculdades precisam se solidificar, pois são espaços de formação construtiva contínua, de vivencias e ponte para temáticas transversais de pesquisa e extensão e vão além da teoria, para ensinar, aprender e apreender. Ele deve ser trabalhado nas universidades, como instrumento que vai além do teórico, praticado e com participação comunitária no processo para um habitar. Dentro deste contexto é funda-
pag 27
Universidade Federal do Maranhão
dade de Ilha Grande do Piauí, colaboradoras que tornaram esse trabalho possível, mulheres que tem sua vida marcada pela pesca artesanal, a ligação com suas famílias e ainda uma forte relação com rio.
11 - O COOPERATIVISMO NA CONSTRUÇÃO DOS/AS TRABALHADORES/AS DO CAMPO NA AGRICULTURA FAMILIAR
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Maria Dedita Ferreira de Lima; Maria Diana Sampaio Martins de Oliveira; Cleane dos santos de Medeiros . Em uma perspectiva etnográfica, este trabalho pretende analisar os impactos trazidos pela implantação de uma casa de sementes na comunidade de Umburana, localizada na região semiárida do município de Carnaubal/CE. A proposta das casas de sementes comunitárias, um espaço de articulação entre trabalhadores/as rurais para preservação, armazenamento e compartilhamento de sementes nativas, além de proporcionar a troca de informações e cooperativismo entre os agricultores, promove dentro da comunidade o desenvolvimento sustentável, ligado à agroecologia e à economia solidária. Diante de um sistema como o de uma casa de sementes, os trabalhadores rurais da comunidade estudada, vêm construindo sua autonomia enquanto agricultores e um novo olhar sobre a vida no semiárido, apesar de suas narrativas de sociabilidade, inquieto-me para o por que da nova dinâmica, quais interesses e motivos têm levado à nova organização. A partir da observação dos primeiros encontros e de entrevistas com os agricultores, busco discutir o contexto que se dá o percurso de mobilização dentro da comunidade em relação a outras comunidades sertanejas que desenvolvem esse sistema e quais os desafios, alternativas e dificuldades do novo arranjo, tal como percebidas e vividas pelos trabalhadores.
GT 03 - SOCIEDADE, DESENVOLVIMENTO, QUESTÕES AGRÁRIAS E MEIO AMBIENTE
foi pautado em um planejamento adequado e não permitiu aos gestores públicos locais estabelecerem o ordenamento do uso e cobertura do solo. Os conflitos ambientais estão relacionados com o uso e ocupação irregular de áreas protegidas e o descumprimento da legislação ambiental, pois a ilha está inserida na APA de Upaon-Açu/Miritiba/Alto Preguiça e abriga outras Unidades de Conservação, como o Parque Estadual do Bacanga; Parque Ecológico da Lagoa da Jansen e as Áreas de Proteção Ambiental do Maracanã e Itapiracó.
02 - AS CONTRADIÇÕES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO TERRITÓRIO DA CIDADANIA VALE DO ITAPECURU –MA: O CASO DA ASSESSORIA TÉCNICA NO PROJETO DE ASSENTAMENTO RURAL À REFORMA AGRÁRIA PADRE JOSIMO Samuel de Jesus Oliveira Maciel; José Sampaio de Mattos Junior A presente pesquisa tem como objetivo analisar as contradições das políticas públicas em especial a assessoria técnica nos Projetos de assentamentos rural à reforma agrária Padre Josimo no município de Presidente Vargas-MA. O município está dentro do Território da Cidadania Vale do Itapecuru – MA. Divido este trabalho em três partes, na primeira, trabalho de maneira geral sobre a questão agrária no Brasil em especial no Maranhão, mostro um pouco da linha do tempo dos conflitos passando pelos alguns momentos da história da luta pela terra e mostrando como está o cenário agrário brasileiro, enfatizo sobre a importância das políticas públicas no Brasil, dando destaque a assessoria técnica. Na segunda parte do trabalho faço uma análise do surgimento da política territorial passando por diversos períodos até a criação dos territórios da cidadania em 2008. Na terceira parte do trabalho apresento as contradições da assessoria técnica dentro do Assentamento, como se deu o respectivo contrato com assessoria através do INCRA e a metodologia para prestação desse serviço, para finalizar apresento os relatos dos assentados referentes algumas políticas públicas que tiveram acesso dentro do Assentamento rural, analisem feitas através de gráficos, entrevistas e conversas com os assentados.
SESSÃO 01 – QUINTA 29/09/2016 - 10:00 – 12:00 03 - TENSÕES SOCIOAMBIENTAIS: O CASO DA LAGOA DO BACURI 01 - A INFLUÊNCIA DOS GRANDES EMPREENDIMENTOS INDUSTRIAIS NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO E NO INCREMENTO DA PROBLEMÁTICA AMBIENTAL NA ILHA DO MARANHÃO Marinalva Costa; Elys Correia Cunha; Marcelino Silva Farias Filho Esta abordagem analisa a influência dos grandes empreendimentos industriais no processo de urbanização e no incremento da problemática ambiental na Ilha do Maranhão. O crescimento do setor produtivo no Estado do Maranhão não resultou na ascensão socioeconômica da população maranhense, pois ocorreu de forma concentrada e desigual. Tal realidade se constata quando são analisados os indicadores sociais do Estado, os quais se encontram entre os piores do Brasil. Essa questão está diretamente relacionada à inserção do Estado na rota do capital internacional, cuja base de sustentação é a industrialização e o agronegócio, os quais permitiram uma concentração de renda elevada e ampla desigualdade social, resultando em questões socioeconômicas e ambientais graves em todo o Estado, com relevância para a Ilha do Maranhão, composta por quatro municípios: São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. Tal processo proporcionou um vasto êxodo rural a partir da década de 1970, fato que provocou um crescimento urbano desordenado, impulsionado pelo processo de migração e pela “modernização” do setor produtivo. Esse processo não
Pag 28
Kadja Régia Silva Lima; Marinalva Costa A grande preocupação da humanidade em nossa atualidade é saber se a água potável disponível no planeta Terra é suficiente para atender as necessidades humanas. Isto é importante, pois, esse recurso natural permeia e determina a vida humana desde os primórdios e determinou as áreas de povoamento, quando a sociedade se tornou sedentária. Assim, cidades inteiras foram construídas considerando a localização e disponibilidade de água potável. Diante disso, este trabalho faz um estudo sobre os principais tensores que atingem a Lagoa do Bacuri, localizada no leste maranhense contemplando os município de São Bernardo e Magalhães de Almeida. Esses tensores tem relação com as atividades socioeconômica, a exemplo da sojicultura, pecuária extensiva e a psicultura. Este trabalho se justifica pois, a referida lagoa se configura na maior reserva hídrica dessa microrregião, com grandes potencialidades para o desenvolvimento das atividades produtivas supramensionadas, além das decorrentes do turismo. No desenvolvimento do trabalho foi possível identificar o crescente avanço, nos ultimos anos, no uso do solo pela sojicultura em direção as margens da lagoa. Decorrente disso, dar-se-á o deslocamento da pecuária extensiva para as matas ciliares configuradas como Áreas de preservação Permanentes (APP’s) resultando na alteração da paisagem local e o equilibrio natural desse ambiente lacustre. Igualmente o desenvolvimento da Aquicultura apresenta risco potencial às espécies nativas e a própria qualidade da água.
pag 29
Universidade Federal do Maranhão
mental incrementar o conhecimento sobre as técnicas construtivas tradicionais assim como dar uma resposta para uma nova consciência arquitetônica saudável, sustentável, inclusiva.
04 - SANEAMENTO AMBIENTAL E RECURSOS HÍDRICOS: UMA ANÁLISE SOBRE O RIO BURITI EM SÃO BERNARDO- MA
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Maria Jucilene Marreiro da Silva; Bianca de Souza Amorim; Naiane Guimarães do Nascimento Santos A questão ambiental é alvo de múltiplos discursos que persistem nas diferentes esferas sociais. Discursos em prol de uma reestruturação do meio em que há ação antrópica como elemento principal. Assim, o saneamento básico é importante, pois nele encontram-se os serviços de água tratada e a coleta de esgoto e tratamento, os quais são necessários à promoção da saúde pública. As crises ambientais são respectivamente relacionadas às atividades do homem, como a exploração dos recursos naturais e o desmatamento. Realizamos nosso estudo no município de São Bernardo, Estado do Maranhão, que está situado na mesorregião do Leste Maranhense e na Microrregião do Baixo Parnaíba Maranhense. Corresponde a uma área de transição entre os “Lençóis” Maranhenses ao Norte e as Chapadas de baixas altitudes, no interior do estado (VAZ, 2008, p. 46). Nosso trabalho tem como objetivo realizar uma reflexão sociológica acerca dos usos do Rio Buriti em São Bernardo - MA. O Rio Buriti banha os lugares Santa Rosa, município de Buriti, Carrapato, em Brejo, Forquilha, Lamarão, Jenipapo e \Lagoa Seca em Santa Quitéria e a cidade de São Bernardo (VAZ, 2008, p. 43). O Rio Buriti é uma fonte de extrema importância à população Bernardense, considerado como um bem inesgotável, mas, que está se deteriorando. Na pesquisa empírica, foi possível perceber o imenso desmatamento o que rodeia as margens do rio, a presença de esgotos vindos dos restaurantes e bares construídos próximo ao Rio Buriti em pleno centro da cidade de São Bernardo- MA.
06 - COMUNIDADES DO ENTORNO DA RESEX DE TAUÁ-MIRIM: NARRATIVAS, HISTÓRIAS E LUGARES EM QUESTÃO Tayanná Santos de Jesus Sbrana No presente trabalho apresentaremos dados a respeito de três comunidades rurais de São Luís, Maranhão – MA, especificamente três – Murtura, Maruaí e Laranjeira – que se situam na região circundante do território autodeterminado Reserva Extrativista de Tauá-Mirim. Esta RESEX foi autodeterminada em 2015, por moradores, lideranças, parceiros e outros agentes, em assembleia popular, mobilizados contrários à demora na efetivação jurídica da referida reserva por parte do Estado, representado pelo governo estadual. Objetivamos apontar temporalidades e perspectivas de pertencimentos distintas presentes em comunidades com processos históricos diferenciados de consolidação, homogeneizadas pela definição de zona de amortecimento da RESEX de Tauá-Mirim, que é como as três comunidades de nossa análise, juntamente a outras quinze, foram elencadas para fins de demarcação de territórios protegidos e zonas de impacto próximas à RESEX. Como fontes, elencamos bibliografia específica e entrevistas a partir de trabalho de campo durante o levantamento sócio antropológico para a composição do Relatório sucinto de levantamento de comunidades tradicionais no entorno da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim, elaborado em 2015 pelos grupos GEDMMA, NERA, NEGO e NUPEDD. Nossa percepção parte da perspectiva histórica dos conflitos ambientais, buscando apontar questões que não puderam ser completamente esboçadas no relatório sucinto, além de um debate a respeito das noções lugar, território e pertencimento.
07 - IMPACTOS SOCIO AFETIVOS DA POPULAÇÃO QUITERIENSE APÓS A CHEGADA DAS PLANTAÇÕES DA SOJA Jair Emanoel Castro Sousa; Cristiano Galvão Viana; Josenildo Campos Brussio
05 - A IMPORTÂNCIA DA ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA PARA AS LOCALIDADES DE FAZENDA CURTUME, FLORES E BATOQUE Cleane dos santos de Medeiros; Maria Diana Sampaio Martins de Oliveira; Jocilene Ramos Bastos . As comunidades de Fazenda Curtume, Flores e Batoque são localidades do estado brasileiro do Ceará situadas no interior do município de Cariré. Estas localidades englobam em sua maioria terras as margens do rio Acaraú, possui como fontes econômicas principais a agricultura, a retirada das folhas de Carnaúba e a pesca. A ausência de diferentes formas de emprego em detrimento do baixo grau de escolaridade é realidade de muitos moradores, em meados de 2013 nem água encanada e saneamento básico estas possuíam. A aração da terra para o plantio era feita a partir do capinar e da queima em “coivaras”, assim como o debulhar do milho e do feijão que eram feitos de forma braçal. A partir de um olhar mais global a respeito dos dados de crescimento das fundações e associações sem fins lucrativos (FASFIL) no Brasil registradas entre os anos de 2006 a 2010 no Brasil, analisei os desafios, conquistas e progressos ocorridos nas localidades acima citadas após a criação em 08 de janeiro de 2010 da então denominada Associação Comunitária das Localidades de Fazenda Curtume Flores e Batoque (ACFB). Levando em consideração a afirmativa de que cada entidade com fins sociais possui áreas específicas de atuações, compreende-se também que cada uma apresenta importância especifica para a comunidade, desta forma, trazendo esta reflexão para a nossa realidade pode-se pensar na existência de inúmeros questionamentos referentes ao associativismo aqui desenvolvido.
Pag 30
O presente trabalho visa fomentar uma análise das perspectivas que se entrelaçam em decorrências dos impactos sócio-afetivos da população quiteriense após a chegada das plantações de soja. O referencial teórico abordado nesta pesquisa traz como foco central a relação entre estes fatores sócio-afetivos e a análise sócio-histórica de Lev Semenovich Vygotsky (Vygotsky), na qual demonstra a relação que se estabelece entre cada indivíduo com a sociedade, em decorrência das demonstrações e das atitudes que são estabelecidas em torno de um convívio social, categorizando que o indivíduo só consegue interagir mediante estas relações e que esta interação só se torna possível através da linguagem, que se situa neste momento como um intercâmbio destas configurações. Quanto à metodologia, fizemos uma pesquisa em torno desta temática, coletando dados com entrevistas semiestruturadas, as quais nos revelaram, como resultados, que estes impactos relacionados com a chegada das plantações de soja trouxeram inúmeros problemas para a população que se situa perto destas plantações, como por exemplo: o desmatamento, a morte de animais, abordando também, que o dinheiro ganho nestas áreas não traz nenhum benefício para a população local, que sofre com a perda da fauna e flora existente no local.
pag 31
Universidade Federal do Maranhão
Isto pois, uma “crosta” se forma nas margens da lagoa em virtude da ração utilizada na alimentação dos peixes, gerando composto químico, que poderá comprometer a sobrevivência das espécies locais.
03 - UNHA FEITA E ARMA NA MÃO: AS MULHERES ASSALTANTES DA CIDADE DE FORTALEZA
SESSÃO 01 – QUINTA 29/09/2016 - 10:00 – 12:00
Lerdervan Vieira Cazé; Brisa Pires Moura
01 - O JUDICIÁRIO BRASILEIRO EM DIFERENTES PERÍODOS DA HISTORIA POLITICA DO BRASIL REPUBLICANO
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Francisco Jose Machado Lopes; Antônio Ângelo Alencar Rodrigues Durante a História do Brasil republicano o judiciário brasileiro legitimou diferentes sistemas politico muitas das vezes diferentes um do outro, por exemplo, no período imperial onde o sistema politico estava centralizado nas mãos do imperador, foi substituída por um sistema decentralizado onde o poder politico passou para as mãos de uma elite agraria se antes a Constituição de 1924 coloca a vida financeira e politica das províncias nas do imperador agora na Constituição de 1891 o Brasil estava praticamente dividido, unido somente por uma questão de um acordo politico entre as elites dos estados, o judiciário foi essencial para que isso acontecesse. Uma das características do novo sistema era usar o judiciário para legitimar mandatos ou caçar de políticos dentro do sistema politico que ficou conhecido como politica do café com leite, o judiciário foi usado para manter o país unificado nesse período já que apesar de todos terem suas constituições teria que obedecer a uma Constituição federal com leis mais amplas, é na revolução de 30 Vargas tem como principal característica a unificação nacional, partindo de novas leis, ou seja, uma nova constituição, em 1937 com um golpe de Estado feito por Vargas e com apoio da nova elite urbana e das forças armadas, passa a governa o País ate 1945. Para intendemos a História do Brasil republicano, temos que analisar o judiciário, e como ele ao longo da Historia se aliou com as elites Brasileiras.
02 - IDENTIDADES EM MOVIMENTO: PERSPECTIVA IDENTITÁRIA DO MOVIMENTO SOCIAL LGBT BRASILEIRO Andre Fellype Prado Lopes Não precisamos revisitar a história da humanidade para localizar relatos das práticas sexuais que fogem a heterossexualidade. Seja na antiguidade ou na época moderna, os múltiplos aspectos do gênero e da sexualidade humana constituíram-se enquanto fato por muito tempo proibido e relegado à imoralidade de conduta em diversas culturas. Seja na Grécia clássica, o berço cultural ocidental, o percurso da idade média europeia, com Jefrey Richards (1993) e a problemática em questão na idade moderna com Foucault (1998), a sexualidade humana e suas práticas se constituíram enquanto tema de pesquisa. Não nos cabe nesse trabalho reconstituir a história da sexualidade humana, mas aproximar o tema duma realidade nacional e local. Quando abordamos o histórico do movimento social LGBT, é imprescindível relembrarmos a Batalhar de Stonewall, E.U.A, na década de 70, assim como as manifestações e grupos brasileiros que se organizaram em torno das mesmas reinvindicações, em 70 e 80, constituindo assim o início do movimento LGBT brasileiro. A construção das identidades é conceito essencial para fundamentar a presente análise, bem como tentar entender, através dos conceitos adiante desenvolvidos, o movimento LGBT enquanto organização social de luta por direitos. Julga-se necessária a seguinte pesquisa por, embora ainda tenha uma história recente, através de lutas e organização, conquistou visibilidade para a causa e políticas públicas fundamentais no estado brasileiro.
Pag 32
Pela “dominação masculina” exercida dentro da sociedade em que está inserida e por um estereótipo submisso que há muito lhe foi dado, a mulher, em diversos momentos, tem suas ações violentas ainda pouco mencionadas historicamente, sendo tratada em muitos sentidos como socialmente mais dócil e integrante da ação criminal apenas em cenários que envolvem menos violência, como o furto ou na qualidade de participe ou parente. Esta pesquisa, que ainda está em processo de construção, trata da realidade da cidade de Fortaleza, chamando atenção para o crescente aumento de crimes cometidos por mulheres, sobretudo, o crime de assalto, onde a estas rompem, de vez, com o perfil de passividade que lhe foi socialmente imposto e adotam, assim, uma postura da mulher forte e capaz de ter, na prática desse delito, uma expressão de subsistência ou de autoafirmação ideológica. Para tanto, buscamos como matriz metodológica a análise qualitativa da prática do crime de assalto (Art. 157 do CPB), observando tanto opiniões da mídia local como aplicando questionários e entrevistas com as próprias, que acabam por desconstruir a crença pouco fundada de que o espaço crime era dominado unicamente por um contexto masculino, colocando a mulher na condição de assaltante, indivíduo dotado de coragem e capacidade de ação criminal que agem desde sozinhas até mesmo em grupos alto intitulados como a “Gang das Loiras”, conhecida em Fortaleza por inúmeros assaltos a ônibus.
04 - PROTAGONISMO FEMININO E VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA SACO DAS ALMAS BREJO – MA Danielle Pereira Carvalho; Fabiana Teixeira de Souza; Thyarles Soares Lima O presente trabalho tem por objetivo analisar o protagonismo feminino e violência de gênero na comunidade quilombola saco das almas Brejo - MA. Destacando as experiências de lutas e resistência das mulheres negras. Com o intuído de compreender o poder que perpassam as relações de gênero. E também mostrar que esse papel de liderança se reflete no cotidiano dessas mulheres que se mantém em um universo demarcamente masculino, resguardando a memória e agregando valores que somados reforçam o sentimento de pertença e identidade étnica na localidade saco das almas Brejo-MA.
SESSÃO 02 – SEXTA 30/09/2016 – 10:00 – 12:00 05 - BIOPODER E A FUNÇÃO HOMICIDA DO ESTADO ATRAVÉS DO NEORACISMO Rafael S. Soares Este trabalho tem por objetivo fazer uma análise acerca do paradoxo presente na governamentalidade moderna. A partir de uma pesquisa bibliográfica, com embasamento teórico em Michel Foucault, procura-se explicar conceitos tais como: biopoder, biopolítica e racismo de estado. Traçando uma relação com tais conceitos, pode-se compreender que a gestão da vida na modernidade, opera segundo uma ordem política que tem como objetivo governar e controlar a vida de indivíduos e fenômenos referentes a população. Segundo Foucault, essa nova arte de governar (biopoder) começa a surgir no ocidente, a partir da época clássica, emergindo como contraponto da antiga modalidade de poder (a soberania), desencadeando uma transformação nos mecanismos de poder, deixa de ter por finalidade o direito de apreensão das coisas, do tempo, dos corpos, da vida, afim de suprimi-la, e passa a des-
pag 33
Universidade Federal do Maranhão
GT 04 - VIOLÊNCIAS, CONFLITOS E VÍTIMAS NO NORDESTE DO BRASIL
06 - COTIDIANO EM OCARA – CE: MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS COM A OCORRÊNCIA DOS ASSALTOS ÀS AGÊNCIAS BANCÁRIAS NA CIDADE
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Germana Nayara Lopes Lima Observa-se que algumas cidades do interior do Ceará vem sendo alvo de um intensificado número de experiências criminais dentre elas o “Novo Cangaço”, nome dado pela imprensa aos assaltos feitos por bandidos em veículos motorizados os quais atacam as cidades, explodindo caixas eletrônicos de agências bancárias e agindo com violência contra os policiais dos destacamentos dos municípios e a população que lá se encontra (TAVARES, 2013). A cidade de Ocara (95km de Fortaleza) vem conhecendo esses ataques de forma regular. Foram cerca de três ações deste tipo - 3 de fevereiro de 2015, 5 de março de 2015 e 25 de fevereiro de 2016, conforme notícias veiculadas pelo jornal O Povo. Interessante notar que nas reportagens desses ataques em nenhum momento aparece os sentimentos dos moradores da cidade em relação a esses assaltos e em como o município se percebe após esses crimes. Dessa forma, a pesquisa tem como objetivo compreender como as ocorrências de assaltos às agências bancárias afetam o cotidiano dos moradores da cidade de Ocara-CE. Para isso, busca-se fazer um breve levantamento de notícias de jornais, vídeos e comentários nas redes sociais, pocurando entender como se caracteriza esses assaltos; perceber os hábitos de convivialidade da população ocarense no seu cotidiano, buscando compreender como seus habitantes vivenciam a cidade; entender de que forma os moradores de Ocara percebem a cidade com a crescente ocorrência de ataques a banco na localidade; além de investigar se há alguma mudança no cotidiano e nas formas de praticar a cidade.
07 - JUVENTUDE E DROGAS: PLURALIDADES, SOCALIZAÇÕES E SONHOS Beatriz Silva Mourão; Dorysvanny Maria Alves da Silva; Luznarina da Silva Pacheco; Joana Elisa Röwer Neste trabalho debruçamo-nos sobre o tema da juventude na relação com o uso de drogas ilícitas. Apresentamos os resultados de uma pesquisa referente a jovens usuários de drogas, considerando sua forma de “ser jovem” na sociedade, olhando detalhadamente para os fatores que influenciam e regem seu cotidiano. Com o objetivo de compreender o que é a juventude por parte de jovens usuários de drogas, problematizamos a concepção de juventude no aspecto da pluralidade. Metodologicamente foi realizada uma pesquisa de campo de tipo qualitativa com utilização de entrevistas gravadas com três grupos de jovens: (1) usuários de drogas; (2) ex-viciados; e, (3) que nunca usaram drogas. Foram também realizadas pesquisas sobre o índice do uso de drogas pela juventude no município pesquisado, que se localiza no interior do Maranhão. Os principais teóricos para pensar a condição juvenil foram Juarez Dayrell, Pierre Bourdieu e François Dubet. Os resultados encontrados versam sobre a auto-compreensão dos jovens sobre uma juventude violentada, sem sonhos, temida, rejeitada e sem expectativas futuras. Ao mesmo tempo em que os grupos de usuários de
Pag 34
drogas ilícitas configuram-se como espaços de socialização e de experienciação da própria juventude. Contudo, analisando os relatos dos que deixaram o vício, identifica-se o desejo de mudança, que pode vir a emergir e tornar possível as transformações.
08 - AMEAÇAS E PERIGOS NOS BAIRROS EM PROCESSO DE PACIFICAÇÃO João Pedro de Santiago Neto; Clodomir Cordeiro de Matos Júnior O intuito deste trabalho é refletir sobre como os jovens da periferia de Fortaleza-CE, envolvidos em brigas territoriais entre grupos rivais, enxergam o fenômeno do acordo de paz estabelecido em algumas localidades. Jovens estes que circulam nas esquinas e praças da cidade através de lógicas de práticas desviantes, como o tráfico de drogas, assaltos, pichações e seqüestros. Tomando-se como referencia as entrevistas e observações realizadas entorno do cotidiano de regiões que estão em processo de pacificação, influenciadas por ordens ditadas muitas vezes nas cadeias, pretende-se analisar as percepções que tais desviantes tem em relação aos riscos e perigos de serem assassinados por membros de grupos rivais neste contexto de alianças entre facções . Sendo assim, pretende-se problematizar quais as implicações que estes acordos de controles e negociações possuem sobre a dinâmica dos homicídios no cotidiano dos bairros. Sendo assim, a idéia seria entender como decorre as interações entre (ex) inimigos que convivem em regiões próximas, ressaltando os dilemas e dificuldades de permear territórios encarados como “perigosos”. Neste sentido, para entender a pacificação, pretendo refletir sobre os riscos e as possibilidades de vinganças no cenário dos homicídios fortalezenses entre jovens.
GT 05 - POLITIZAÇÃO DA VIDA SOCIAL E LÓGICAS DA AÇÃO COLETIVA SESSÃO 01 – QUINTA 29/09/2016 - 10:00 – 12:00
01 - SOCIEDADE CIVIL E POLITICA PARTIDÁRIA: UM ESTUDO COMPARATIVO DE NOVAS EXPERIÊNCIAS DEMOCRÁTICAS DAS CIDADES DE PORTO ALEGRE E MONTEVIDÉU Alejandro Lezcano Schwarzkopf Este trabalho analisa de forma comparativa o Orçamento Participativo de Porto Alegre e a Descentralização Participativa de Montevidéu, tendo como centro analítico o papel desempenhado pelos sistemas político-partidários no Brasil e no Uruguai. Nas duas cidades, os modelos participativos foram consolidados institucionalmente na década de 1990. Nos dois casos, existiu um papel determinante do Executivo Municipal, formado por novos governos de esquerda que alcançaram o poder pela primeira vez, a Frente Ampla (FA), em Montevidéu, de 1990 até o presente, e o Partido dos Trabalhadores (PT), em Porto Alegre, entre 1989 e 2004. Essas forças políticas podem ser classificadas como partidos de massas segundo a tipologia de Duverger (1980), isto é, com forte vínculos extra-parlamentares em diferentes organizações da sociedade civil. Estas forças políticas formaram-se em sistemas políticos com marcadas diferenças. Uruguai e Brasil apresentam casos antagônicos de institucionalização partidária. Por um lado, no Uruguai, que, segundo Mainwaring; Scully (1995) apresenta alta institucionalização partidária e elevados índices de apoio à democracia. O sistema partidário brasileiro tem o menor grau de institucionalização partidária da América
pag 35
Universidade Federal do Maranhão
tinar-se a produzir forças, fazendo-as crescer e ordenando-as, em vez de destruí-las. É, através dessa mudança que o poder de morte desloca-se para as exigências de um poder que gere a vida. E a morte, antes fundamentada no direito do soberano para defender-se ou exigir que o defendessem, converte-se em um direito para o corpo social, para assim, garantir sua própria vida, mantê-la e desenvolve-la. Porém, observa-se, que no desenrolar desse processo alguns Estados passam a adotar o princípio de “poder matar para poder viver” e em prol da existência de uma população saudável são mortos legitimamente os que representam uma espécie de perigo biológico para os outros. Por esse motivo o século XX presenciou tantos genocídios proporcionado por estados totalitários.
02 - ENGAJAMENTO POLÍTICO E EXPERIENCIAS MILITANTES: PERIFERIA E RESISTÊNCIA POLÍTICO-CULTURAL NO MOVIMENTO HIP HOP DO MARANHÃO
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Wherlyshe Sousa de Morais Este trabalho tem por objetivo analisar as trajetórias de engajamento cultural e político de membros de um grupo de Hip-Hop militante Quilombo Urbano, de São Luis - Ma. O Movimento Hip Hop Organizado do Maranhão Quilombo Urbano uma organização negra, socialista e revolucionaria, fundada em 1989, mas batizada com o nome apresentado aqui em 1992. Como relatam suas lideranças, o grupo usa sua arte para combater as incongruências capitalistas que estão presentes principalmente nas periferias, demarcando um foco de resistência político-cultural especialmente para a juventude negra (SANTOS, 2015). Dessa maneira, seus participantes concebem o movimento como centrado no caráter organizativo e político, a partir do qual o aspecto artístico ganharia sentido e pertinência. Ante o exposto, no presente trabalho apresentaremos, inicialmente, a história do engajamento político dessa organização militante com base na bibliografia já produzida a respeito (SANTOS, 2008; 2015). Em seguida, tentaremos apresentar algumas das principais mobilizações coletivas e repertórios de confronto utilizados pelo Quilombo Urbano ao longo de sua história. Por fim, voltamo-nos à tentativa de recompor as trajetórias de engajamento militante de lideranças que, além de apresentarem algumas similaridades disposicionais (origem social, pertencimento étnico, investimentos e destinos escolares), delineiam as condições simultaneamente individuais e coletivas com as quais se constrói um movimento social da periferia.
03 - CAMINHOS QUE LEVA À MILITÂNCIA: CARREIRAS MILITANTES E ORGANIZAÇÕES ASSOCIATIVAS DE LAGO DO JUNCO-MA. Eugenio Sousa de Jesus; Wheriston Silva Neris Inscrito em uma pesquisa mais ampla sobre as lógicas do engajamento associativo no Médio Mearim maranhense (NERIS, 2015), o objetivo do presente trabalho consiste em discutir os resultados parciais de uma pesquisa ainda em curso que tem como foco a análise de carreiras militantes de associados, dirigentes e ex-dirigentes de organizações associativas localizadas no município de Lago do Junco/MA. O ponto de partida da pesquisa, como problema analítico, são indicações de diversos trabalhos que recentemente têm posto o acento sobre a importância do exame da lógica de constituição dos gostos, das expectativas e disposições favoráveis à participação militante em contextos variados Recorrendo a estratégias metodológicas variadas, tais como pesquisa em arquivos (atas, jornais, fotos), em acervos documentais das associações e a realização de entrevistas biográficas com militantes vinculados a causas diversas (quebradeiras de coco, cooperativas de pequenos produtores rurais, associação de área de assentamento e de jovens rurais) temos procurado identificar as principais matrizes e padrões de adesão individual à ação coletiva, com foco sobre os interesses, expectativas e modalidades de retribuição simbólica e material implicados.
04 - IGREJA CATÓLICA E A CULTURA LETRADA DO MARANHÃO Hugo Freitas de Melo Este trabalho objetiva examinar a atuação de elites eclesiásticas e culturais que protagonizaram o processo de criação e estruturação do ensino superior no Maranhão, entre os anos de 1950 e 1980. Tomando como pano de fundo as múltiplas dinâmicas de poder e os condicionantes sócio-históricos que presidiram a constituição da primeira universidade num estado dominado por frações de classes e grupos dirigentes que gravitam nas fluidas fronteiras da religião, da política e da cultura, tem-se como foco analítico a sociogênese da instituição universitária e o exame das bases sociais de seleção e recrutamento de seus quadros dirigentes, agentes bem situados na estrutura hierárquica da Igreja, de agremiações literárias e da burocracia estatal. Desse modo, ancorando-se no arcabouço teórico-metodológico da sociologia do poder e das elites, intenta-se compreender o peso relativo das dinâmicas sociais que favorecem o surgimento de uma instituição de ensino superior num dado contexto urbano, no bojo do poder político e cultural exercido pela Igreja Católica no Maranhão, bem como o desnudamento de recursos e estratégias acionados para a conquista e manutenção de posições dominantes no âmbito de produção de bens simbólicos, base constitutiva da formatação de papéis de “intérpretes” da história e da cultura do Maranhão.
SESSÃO 02 – SEXTA 30/09/2016 – 10:00 – 12:00 05 - ESPIRITISMO NO CAMPO SOCIAL, POLÍTICO E RELIGIOSO NO ESTADO NOVO Antônio Ângelo Alencar Rodrigues; Francisco José Machado Lopes De 1937 a 1945, cujo período da história brasileira ficou conhecido como Estado Novo se organizaram várias frentes religiosas com o intuito de se legitimarem frente ao sistema politico do Estado. E uma dessas frentes religiosas é o espiritismo. Com um forte sentimento nacionalista e totalitário de Getúlio Vargas, os espíritas tentavam colocar a doutrina espírita como uma nova religião pertencente ao campo religioso nacional. Tirando o principio universalista do espiritismo para um sentimento mais nacionalista. Essa análise se dá a partir de vários mecanismos utilizados pelos espiritas para tentarem se colocarem em igual posição a Igreja Católica. Por meio de revistas, livros, palestras e a unificação dos centros espíritas nacionais pela FEB (Federação Espírita Brasileira). O espiritismo brasileiro como é conhecido hoje se organizou nesse momento. Principalmente através do médium mineiro, Chico Xavier. Esse homem de origem religiosa católica incorporou várias praticas do catolicismo ao espiritismo. Fato esse que se pode facilmente constatar nos centros espíritas kardecistas regidos pela FEB. Então, notasse que esse sistema de apropriação de práticas católicas foi mais um mecanismo de legitimação, pois a religião católica era praticamente a religião oficial do Estado nesse período mesmo este tendo um ar de laicidade. Outro mecanismo de maior impacto do movimento no campo social e religioso foi a literatura espírita. Por exemplo, o livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho de 1938, Chico Xavier junto a FEB colocou o espiritismo mais próximo do governo de Vargas.
06 - TEOLOGIAS FEMINISTAS E EDUCAÇÃO SEXUAL DE ADOLESCENTES EM PARNAÍBA-PI Vicente Gregório de Sousa Filho As teologias feministas deixaram suas contribuições à educação sexual no sentido de auxiliar na desconstrução de postulados patriarcais e excludentes, onde mulheres e homosse-
Pag 36
pag 37
Universidade Federal do Maranhão
Latina, apresentando uma organização fragmentária, com baixa identificação entre seus eleitores. A partir desta realidade, a investigação pretende oferecer elementos que auxiliem a responder a seguinte pergunta: até que ponto as diferenças do sistemas partidários do Brasil e do Uruguai afetam a criação e o funcionamento das novas Instituições Participativas?
07 - O MUNDO DO TRABALHO FEMININO E SUAS EVOLUÇÕES: UM APANHADO SOBRE AS TRABALHADORAS DOMÉSTICAS NO BRASIL Esthéfane Machado Véras Este resumo surgiu através da percepção de uma clara diferença entre os direitos trabalhista da elite parnaibana e os trabalhadores, mas especificamente as domésticas de Parnaíba, cidade tradicional e ainda arraigada nos costumes do final do século XX. Esta classe desde suas raízes primordiais busca pela igualdade em seu ambiente de trabalho. Desde o Brasil colonial esta atividade era entendida como trabalho escravo pela qual faziam parte crianças, homens, mulheres negras que exerciam diversas funções domésticas nos casarões. Desde 1960 a mulher entra em um processo de inserção no mercado de trabalho, por conta do desenvolvimento de direitos individuais reprodutivos que são formados no pós-guerra. No entanto, somente na década de 70 que essa entrada é intensificada no ramo econômico, por conta de uma expansão econômica e uma rápida industrialização no país. As mulheres populares pela necessidade de manter sua família, foram principiantes nesse ramo do trabalho informal feminino. Neste ensaio iremos focar no trabalho doméstico feminino em Parnaíba nas décadas de 1970 a 1980. Para isso faremos uma breve retrospectiva do trabalho doméstico no Brasil e as relações de poder entre os dois lados. Em 1972 a classe conquistou a primeira lei que garantia a carteira assinada, 20 dias de férias e a contribuição para a previdência social. Com a aprovação das PEC das domésticas o assunto veio à tona com várias discussões a serem analisadas e discutidas, por se tratar de uma camada de classe social ainda tão discriminada na sociedade.
ciais, desafios e disposições sobre o próprio ofício (NERIS, 2016). Com efeito, essa pesquisa se insere numa dupla vertente de estudos que discute, por um lado, a recomposição de grupos dirigentes no espaço do poder, noutro, os efeitos das desigualdades de gênero sobre a condições de trabalho, produção de conhecimentos e progressão na carreira universitária de mulheres. A opção pelo estudo de trajetórias de docentes atuantes nos campi criados no recente processo de interiorização da UFMA decorre da concepção de que essas posições dramatizam de forma bastante acentuada tanto a complexificação das exigências a que se submete o posto na atualidade (deteriorização das condições de trabalho; diversificação do público acadêmico; aumento de competitividade científica, etc.), quanto as vicissitudes da necessidade de constituição de novos habitus acadêmico científicos (OLIVEIRA; CATANI, 2012), os quais não deixam de estar ligados às diferenças de trajetória e pertencimento social (de sexo, idade, cultura).
GT 06 - EDUCAÇÃO, CURRÍCULO E QUESTÕES DIDÁTICAS SESSÃO 01 – QUINTA 29/09/2016 - 10:00 – 12:00
01 - PROFISSÃO DOCENTE: INFLUÊNCIA DOS BENS CULTURAIS, ECONÔMICOS E SOCIAIS NO PROCESSO DA ESCOLHA PROFISSIONAL. Edineia Silva Alves A presente pesquisa tem por finalidade a realização de uma análise acerca das variáveis que perpassam o processo de escolha profissional, em especial da profissão docente. Participaram da pesquisa dezenove professores do 6º ao 9º ano do ensino fundamental maior, todos pertencentes à mesma instituição de ensino. Como procedimento metodológico optou-se pela entrevista semiestruturada a fim de apreender o máximo de informações acerca da relação entre a posse de bens materiais e simbólicos com as oportunidades de escolhas. A investigação tem como foco principal o estudo das propriedades culturais, sociais e econômicas pertences aos agentes participantes da pesquisa. Ressaltando os efeitos dessas disposições para a concretização das escolhas, tais como: origem social, nível de escolaridade e profissão exercida pelos pais e posse de bens culturais. A análise desses subsídios direcionam essa investigação a compreensão das variáveis que implicam no processo de escolha da carreira docente.
02 - DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: UMA RELAÇÃO ENTRE O MEIO SOCIAL E A SALA DE AULA Bruno Eduardo de Lima Souza; Jonas dos Santos Nunes
08 - AS MULHERES NA CIÊNCIA, A CIÊNCIA DAS MULHERES: TRAJETÓRIAS E CONDICIONANTES DE CARREIRAS ACADÊMICAS DE MULHERES NO MARANHÃO Raissa Araújo Lima; Wheriston Silva Neris O objetivo do presente trabalho consiste em discutir teórica e metodologicamente uma proposta de investigação ainda em curso sobre as carreiras científicas de mulheres docentes atuantes nas novas Licenciaturas Interdisciplinares (LI’s) da Universidade Federal do Maranhão, avaliando suas distribuições por área, produtividade científica, perfis, trajetórias so-
Pag 38
O presente artigo situa-se no estudo relacionado a pesquisa das dificuldades de aprendizagem ocasionadas por determinados aspectos sociais, dentre eles, violência e trabalho infantil enfrentadas por alunos do ensino fundamental maior na escola e também em seu meio familiar e social. A pesquisa aborda o que pode ser feito pelo pelos profissionais da educação em casos em que o mesmo perceba uma queda no rendimento escolar do aluno e seja levado a crer que a mesma é ocasionada por algum fator externo ao âmbito escolar, como a violência e o trabalho infantil, a pesquisa também busca ressaltar a importância da relação família/escola para o acompanhamento do aluno, e como pode acontecer esse acompanhamento dentro e fora do ambiente escolar, tendo como objetivo entender os principais aspectos sociais relacionados ou que causam essas dificuldades, e o que pode ser
pag 39
Universidade Federal do Maranhão
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
xuais são vistos como seres inferiores e submissos. A hermenêutica feminista questionou um modelo de Deus e de religião que aclamados como justos e bons, estiveram sedimentando ao longo dos séculos a injustiça contra todos os que não se enquadraram na ideologia patriarcal. Assim, o que se concluiu é que a Bíblia não foi escrita por mãos divinas, mas os hagiógrafos foram homens que viveram em contextos culturais também patriarcais. A pesquisa apresentou uma análise da situação real dos(as) investigados(as), de modo que os alunos são de família pobre, os pais e mães percebem apenas um salário mínimo. Vale lembrar que há também muitos desempregados; existe uma grande maioria de adeptos da religião católica, e os pais têm baixa escolaridade, perfazendo um grande percentual de apenas alfabetizados. A investigação evidenciou que os discursos das igrejas católica e evangélicas as quais os(as) alunos(as) frequentam ainda primam por uma visão patriarcal de gênero, onde as mulheres e os homossexuais parecem não exercer o devido protagonismo. Embora a pesquisa tenha ocorrido entre alunos(as) de escolas públicas não confessionais, ficou tangível a força que a religião ainda tem na vivência da sexualidade dos(as) questionados(as), vez que tanto católicos quanto evangélicos expuseram que as práticas sexuais fora do matrimônio redundariam em sentimento de culpa, o que vem ratificar uma visão repressiva, castradora e negativa da sexualidade por parte dessas denominações religiosas.
03 - ACESSO, PERMANÊNCIA E PERSPECTIVA PROFISSIONAL DOS DISCENTES DO PROJOVEM URBANO, DESENVOLVIDO NA UNIDADE DE EDUCAÇÃO BÁSICA ROSÁLIA FREIRE
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Marinalva Costa; Kadja Régia Silva Lima; Elaine de Jesus Melo Araújo O trabalho proposto aborda o “Acesso, permanência e perspectiva profissional dos discentes do PROJOVEM URBANO, na Unidade de Educação Básica Rosália Freire”, situado na Avenida dos Portugueses, Vila Isabel, São Luís–MA. Esse tema foi escolhido por apresentar desafios múltiplos, dentre estes podem ser citados a necessidade de acesso à educação formal e a formação profissional. O Programa Nacional de Inclusão de Jovens - PROJOVEM é regulamentado pela Lei nº 11.692 de 10 de junho de 2008. Para realização dessa análise, desenvolveu-se uma pesquisa a partir de revisão de literatura e trabalhos de campo com a realização de entrevistas formais e informais com os alunos desse programa. Tal estudo pauta-se em identificar os desafios encontrados pelos docentes e discentes - sobretudo o acesso, a permanência e a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho. Essa análise se justifica, pois a escolarização satisfatória representa o principal pressuposto para o estabelecimento de um padrão de vida digno e possibilidade de ascensão social. A educação configura-se como uma das principais ferramentas sociais relacionadas à conquista de seus direitos e deveres como indivíduo em uma sociedade moderna - que apresentou transformações significativas nos últimos séculos, sobretudo no mundo do trabalho e nas relações sociais. A execução de um programa de inclusão social como esse, dever favorecer aos discentes a identificação com os conteúdos e com os docentes, a possibilidade de entender e participar da elaboração das estratégias de ensino, compreender as metodologias adotadas pelos educadores e as dificuldades enfrentadas pelos sujeitos envolvidos nesse processo.
04 - A INCLUSÃO ÉTNICO-RACIAL NO CURRÍCULO ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE SÃO BERNARDO-MA Jaciene Machado O presente trabalho objetivou analisar a inclusão étnico-racial no currículo escolar no ensino fundamental (6º ao 9º ano) do município de São Bernardo-MA, fundamentado na Lei nº 10.639/03, em que a mesma reivindica no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Buscou-se compreender o que os profissionais da educação e os alunos do município pensam acerca da inclusão dos conteúdos étnico-raciais no currículo escolar, e o conhecimento que possuem a respeito do assunto em questão. A pesquisa seguiu a linha de uma abordagem qualitativa, dividida em duas partes: a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo. Fez-se uma narrativa sobre o negro na história da educação brasileira e, por fim, concluiu-se com os dados obtidos na pesquisa. A inserção da Lei nº 10.639/03 no currículo escolar da escola pesquisada, “Machado de Assis”, município de São Bernardo-MA, não acontece conforme a lei determina. Apesar dos doze anos desde sua implementação, ainda nos deparamos com esse dilema, à falta de trabalhos voltados à inclusão étnico-racial, cursos de aperfeiçoamento e incentivo à implementação da lei.
Pag 40
05 - O ENSINO DA CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL EM PARNAÍBA-PI. Felipe Farias Lira de Lima; José Carlos Monteiro Lopes O presente texto visa analisar, metodologicamente, as bases e aplicações utilizadas para o efetivo ensino da cultura afro-brasileira e africana no Brasil, mais precisamente na cidade de Parnaíba-PI. O alvo das pesquisas são as chamadas séries iniciais, que compreendem o ensino básico ofertado tanto em escolas públicas como em instituições privadas. Para a realização desta pesquisa, pressupõe-se que precisamos entender como e por que a cultura africana foi trazida ao Brasil, como se posicionou, como influenciou a formação da nossa própria identidade cultural. Seus símbolos e crenças foram inseridos em nosso meio e com a chegada da lei 10.639/03, foram obrigatoriamente adicionadas ao currículo escolar. A partir disso, tomaremos questões fundamentais para trabalhar a eficácia do ensino de tal segmento cultural. Questões como o racismo e o preconceito são indissociáveis nesta discussão. Estão arraigadas no contexto geral e são muito importantes. Visto isso, utilizamos o conceito de Africanidades Brasileiras, onde encontramo-nos com a formação e interação da África e suas culturas derivadas com as representações culturais que aqui já se encontravam. Estas interações formaram o que podemos chamar hoje de nossa identidade cultural nacional, com influências diversas, tanto europeias, - que são as mais trabalhadas, eventualmente – indígenas e africanas. Faz-se necessário que as corretas representações acerca dos povos que ficaram tanto tempo em segundo plano na educação sejam justas e tenham o devido espaço no âmbito escolar, e é isso que pretendemos analisar.
06 - A CULTURA-AFRO NO LIVRO DE SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO Marcos Antonio Bezerra Coqueiro O presente trabalho visa uma reflexão sobre de que forma a Cultura-Afro está inserida no livro didático de Sociologia nas três séries do Ensino Médio, tendo em vista que em 2003, sob o governo Lula, ocorreu a obrigatoriedade da inserção do ensino da História e Cultura-Afro na educação pública brasileira sob o número da lei 10.639. Sua aplicação e o processo pelo qual vem sendo implantada nas escolas do país, no entanto ainda parece sofrer de certa obscuridade. Num país que sofre de um racismo velado, mascarado sobre uma suposta democracia racial, torna-se imprescindível avaliar o impacto do ensino da Cultura-Afro através do livro de Sociologia numa perspectiva sociocultural e política. Visto que essa disciplina tem como função estudar a sociedade em toda sua complexidade, o seu livro deve apresentar os povos de forma igualitária, sem exibir de forma subliminar que exista certa inferioridade de uma cultura para outra. Dessa forma, esse trabalho visa contribuir com uma análise a respeito de como está inserida a Cultura-Afro no livro de Sociologia, tanto no sentido de colaborar para que haja uma reflexão a respeito das praticas pedagógicas sobre essa cultura nas escolas brasileiras quanto na cooperação acerca da construção do livro didático de Sociologia.
pag 41
Universidade Federal do Maranhão
feito para um melhor desempenho escolar do indivíduo, e para a manutenção desses alunos em sala de aula, auxiliando em casos de dificuldade e prevenindo a evasão escolar. A pesquisa apresentada foi constituída em forma de pesquisa bibliográfica tendo como principais autores pesquisados pensadores como Jean Piaget, Lev Vygotsky e Pierre Bourdieu, assim como outros artigos e sites extraídos da internet que abordam o tema.
07 - UMA ANÁLISE DO CURRÍCULO ESCOLAR: METODOLOGIAS QUE VISAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Guilherme Willisgnton Tavares Pereira; Nathália Cristielle Mouzinho de Oliveira Este trabalho objetiva apresentar metodologias que auxiliam o professor enquanto educador e intermediador do processo de ensino e aprendizagem, por meio da inserção de características externas sociais presentes em sala de aula, assim como indagar sobre as necessidades de melhorias que o currículo escolar deve apresentar como instrumento guia da inclusão dos indivíduos, de forma a proporcionar liberdade de acesso aos bens culturais no meio em que se vive, direcionando-os assim, para o desenvolvimento humano intelectual e social. Utilizando-se por base o texto de Elvira Sousa Lima, “Currículo e Desenvolvimento Humano”, foi realizada uma análise das formas e propostas que o processo de ensino e aprendizagem sob uma perspectiva de escala evolutiva, compreendida desde a imaturidade à maturidade do ser, deve ser incluído no currículo escolar juntamente com os métodos e as atividades desenvolvidas pelo professor. Tendo em vista que o currículo apresenta-se de forma direcionada a sociedade, dentro de um contexto histórico, político e cultural, e não diretamente ao aluno, faz-se do professor quase que o único instrumento no processo de desenvolvimento do aluno como ser pensante e interacionista, necessitando este dos objetos presentes no meio social para disseminação e formulação do conhecimento a partir da gama de informações que lhes são apresentadas e aparentemente não discutidas dentro do currículo para a ampliação do cognitivo.
08 - EDUCAÇÃO EM LIQUIDAÇÃO? FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – EAD Laércio Gomes de Albuquerque Este artigo é produto do Trabalho de Conclusão de Curso em Serviço Social e versa sobre a contrarreforma educacional pela qual a educação superior brasileira passou. Para sua construção, utilizou-se da metodologia exploratória, bibliográfica e documental na perspectiva qualitativa. Como cenário, temos o contexto dos governos FHC e Lula e seus respectivos direcionamentos às políticas sociais, em especial a educação e seus desdobramentos para o Serviço Social. Estando na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, o curso de Serviço Social sofre os impactos desta mercantilização, pois é visto pelos capitalistas como rentável, uma vez que seu custo é baixo se comparado ao lucro que se obtém com a venda deste serviço, trazendo algumas implicações para a formação do Assistente Social, bem como para o mercado de trabalho. (PEREIRA, 2007). Como contribuição nas discussões, apresentamos alguns apontamentos para o fortalecimento do direito a educação de qualidade. Do mesmo modo, constatamos que o capital não mede esforços para se estender. Ele nega, descentraliza, esfacela e coloca os trabalhadores numa situação de aviltamento de direitos sociais.
09 - BIBLIOTECAS COMO TERRITÓRIOS CRIATIVOS: LEITURA, ARTES E MÚLTIPLOS AGENCIAMENTOS Roosewelt Lins Silva; Danielle Santos de Freitas; Maria Cristina Villanova Biasuz A nossa proposta é apresentar uma discussão acerca da atuação das Redes de Bibliotecas Comunitárias Rede Leitora “Ler pra Valer” e Rede Leitora “Terra das Palmeiras”, instituições
Pag 42
engajadas na apropriação da leitura, informação e produção criativa em bairros localizados na Grande de São Luís. Enfatizamos as múltiplas reticulações e agenciamentos que efetuam conexões entre Bibliotecas Comunitárias, Instituições de Ensino e Sociedade Civil, movimento que emerge de um trabalho ativo, participativo e descentralizado. Deste modo, percebemos as ações que associam processos de experimentação criativa e micropolíticas que reivindicam outros modos de saber-fazer. O presente texto descreve vivências referentes as pesquisas de campo nas bibliotecas que compõe as Redes, referenciado por um estudo de caso sobre as ações sociais das bibliotecas comunitárias no bairro do Coroadinho (FREITAS, 2015) e o acompanhamento de processos de produção de subjetividades na região da Cidade Operária (SILVA, BIASUZ, MORIGI, 2016). Com base nesses estudos, mapeamos as enunciações coletivas que envolveram o plano coletivo e heterogêneo e revelamos que as instituições investigadas transfiguram a noção de biblioteca como instituição de acesso a serviços e produtos de informação, como é difundido pelos enunciados dominantes. As bibliotecas analisadas, ultrapassam as modelizações identitárias, pois além de cumprirem os objetivos de formação de leitores, potencializam processos de produção de subjetividade ao articularem em Rede modos de existência operados por intervenções que traçam confluências entre arte, biblioteconomia e tecnociência.
10 - O ATELIÊ DE INTERVENÇÃO URBANA EQUINOX COMO MÉTODO DE ENSINO PARA ESTUDO E PROJETO URBANO Nascimento, I. C. M. de O.; Wall, Marluce; Braga, I. G. Este artigo apresenta o método utilizado no Ateliê Internacional de Intervenção Urbana Equinox ocorrido em 2015, na cidade de São Luís, com a participação de alunos e professores do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão, do curso de Design da Universidade Federal do Maranhão e da Universidade La Sapienza de Roma, e representantes das comunidades estudadas durante o evento, como metodologia criativa de ensino para desenvolvimento de propostas de projetos intervenções na cidade mais adequadas a realidade local. O processo de conhecimento das áreas a serem estudadas inicia-se com a elaboração de um conceito que espelha em suas características particulares o universo da comunidade estudada considerando aspectos físicos, mas também socioculturais. Em seguida, conhecendo o perfil da comunidade, é feita uma pesquisa de referenciais de projetos já aplicados em outros lugares, com realidade semelhante às encontradas, como pontos de partida para o desenvolvimento do projeto. Ao final são feitas adequações e melhorias nas propostas referenciais encontradas a fim de moldá-las a área estudada e tornando-as próprias a aquela realidade. Este método mostrou-se eficaz para o envolvimento de alunos no desenvolvimento da cidade levando-os a refletir sobre as realidades sociais e culturais e a olhar a população estudada como pessoas com anseios e necessidades possíveis de serem concretizados em melhorias na cidade. Este método estimula também os alunos a dar continuidade a esta relação com a população através da busca por projetos de extensão que possam dar continuação destes projetos mesmo após o ateliê.
11 - AS NARRATIVAS AUTORREFERENCIAIS COMO POSSIBILIDADE METODOLÓGICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Jeciely Aguiar da Silva; Maria dos Milagres Diniz dos Santos; Joana Elisa Röwer O presente trabalho, que se refere a uma pesquisa em andamento, tem como objetivo aplicar e analisar uma proposta com narrativas autorreferenciais como metodologia de ensino para os anos iniciais do ensino fundamental. A questão central está embasada na perspectiva da relação entre biografia e aprendizagem. Tem-se que as narrativas autorreferenciais
pag 43
Universidade Federal do Maranhão
SESSÃO 02 – SEXTA 30/09/2016 – 10:00 – 12:00
o ensino básico ofertado tanto em escolas públicas como em instituições privadas. Para a realização desta pesquisa, pressupõe-se que precisamos entender como e por que a cultura africana foi trazida ao Brasil, como se posicionou, como influenciou a formação da nossa própria identidade cultural. Seus símbolos e crenças foram inseridos em nosso meio e com a chegada da lei 10.639/03, foram obrigatoriamente adicionadas ao currículo escolar. A partir disso, tomaremos questões fundamentais para trabalhar a eficácia do ensino de tal segmento cultural. Questões como o racismo e o preconceito são indissociáveis nesta discussão. Estão arraigadas no contexto geral e são muito importantes. Visto isso, utilizamos o conceito de Africanidades Brasileiras, onde encontramo-nos com a formação e interação da África e suas culturas derivadas com as representações culturais que aqui já se encontravam. Estas interações formaram o que podemos chamar hoje de nossa identidade cultural nacional, com influências diversas, tanto europeias, - que são as mais trabalhadas, eventualmente – indígenas e africanas. Faz-se necessário que as corretas representações acerca dos povos que ficaram tanto tempo em segundo plano na educação sejam justas e tenham o devido espaço no âmbito escolar, e é isso que pretendemos analisar.
12 - UM ESTUDO DAS IMAGENS POÉTICAS DO FOGO DE GASTON BACHELARD E SUAS CONSTRIBUIÇÕES PARA AS IMAGENS ISOTÓPICAS DE GILBERT DURAND
02 - SEXUALIDADE NA ESCOLA: UM DEBATE NECESSÁRIO
Pedro Henrique Lima Pereira; Josenildo Campos Brussio
Girlene Santos Silva
Este trabalho tem como proposta a “Análise das imagens poéticas do fogo de Gaston Bachelard e das imagens isotópicas de Gilbert Durand” com o objetivo de investigar as contribuições da obra A Psicanálise do Fogo, de Gaston Bachelard para As Estruturas Antropológicas do Imaginário, de Gilbert Durand. Adotamos como metodologia a análise bibliográfica referente à abordagem teórica em torno da fenomenologia poética e da classificação isotópica das imagens. A pesquisa deu-se de forma a analisar criticamente os textos previamente selecionados, junto com o coordenador do projeto, lendo-os, fichando e comentando-os. Como resultado da pesquisa descobriu-se que a filosofia de Gaston Bachelard precisa apenas que um estímulo material, estímulo este fruto do instinto animal ou de sua natureza passional do homem, toque de leve qualquer um dos órgãos cenestésicos para que a sensação e o êxtase, animados pelo inconsciente, floresçam através dos arquétipos, revelando a imagem poética. Quando passamos a analisar As estruturas Antropológicas do Imaginário, de Gilbert Durand (1997), encontramos várias imagens recorrentes do fogo, como a referência aos símbolos espetaculares, ou símbolos da luz, nos quais tudo se remete ao dourado, aos raios do sol ou ao fogo, em essência. São os símbolos espetaculares que combatem a escuridão e as trevas, neles o fogo exerce o princípio primordial, o fogo é a própria luz. Enfim, percebe-se que a fenomenologia poética de A Psicanálise do Fogo de Gaston Bachelard muito contribuiu para a classificação isotópica das imagens de Gilbert Durand, em sua obra As estruturas Antropológicas do Imaginário.
O presente trabalho tem como objetivo analisar o discurso dos/das professores/professoras da Escola Instituto Educacional Cônego Nestor de Carvalho Cunha em relação ao tema Sexualidade para os/as adolescentes, além de quais práticas pedagógicas estão sendo desenvolvidas para que a temática seja discutida na sala de aula. A Sexualidade se insere dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) sob o conceito de Orientação Sexual, que orienta sua discussão em todas as áreas do conhecimento na perspectiva da transversalidade. Para essa análise, realizei uma entrevista semiestruturada com dez professores de cada área do conhecimento, além da coordenação pedagógica, com a finalidade de investigar como a sexualidade é discutida dentro do ambiente escolar e sob qual sentido está sendo colocada, assim como analisar como ocorre um diálogo entre escola e professores em relação a discussão da temática sexualidade. A escola se institui como um dispositivo de poder, pois uma vez discutido a sexualidade, restringe-se a uma abordagem biológicizante e de prevenção de doenças, restringindo a sexualidade a fatores negativos que não promove o desenvolvimento do sujeito, mas o insere numa estratégia de poder que reforça a disciplina e o controle dos corpos, resultando em um silêncio em torno da sexualidade.
GT 07 - FORMAÇÃO DOCENTE, PIBID E ESTÁGIO EM QUESTÃO
Rayane de Jesus Santos Melo; Maria Consuelo Alves Lima
SESSÃO 01 – QUINTA 29/09/2016 - 10:00 – 12:00
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de educação que passou a ser reconhecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, que tem como finalidade atender cidadãos que não puderam concluir seus estudos na idade apropriada. Para atender essa clientela, o Parecer nº. 11/2000 que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA, destaca que as licenciaturas não podem deixar de considerar, em seus cursos, a realidade dessa modalidade de ensino. Amparados nesse documento oficial, essa pesquisa buscou investigar as práticas pedagógicas dos formadores de professores de matemática de universidades públicas de São Luís – Maranhão, quanto a abordagem da EJA, com o intuito de verificar se os cursos de Licenciatura em Matemática do munícipio estão contribuindo para a formação inicial dos professores que poderão atuar nessa modalidade de educação.
01 - O ENSINO DA CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL EM PARNAÍBA-PI Felipe Farias Lira de Lima O presente texto visa analisar, metodologicamente, as bases e aplicações utilizadas para o efetivo ensino da cultura afro-brasileira e africana no Brasil, mais precisamente na cidade de Parnaíba-PI. O alvo das pesquisas são as chamadas séries iniciais, que compreendem
Pag 44
03 - FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA EJA: O DISCURSO DOS FORMADORES DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS DE SÃO LUÍS
pag 45
Universidade Federal do Maranhão
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
que envolvem reflexividade comportam uma dimensão de aprendizagem e assim, torna-se possível a construção de espaços narrativos de si e do outro no ambiente escolar, também na relação com os conteúdos curriculares propostos pela Base Nacional Comum (BNC), na compreensão entre vida e aprendizagem. O objetivo versa sobre compreender como as narrativas de si estabelecem uma relação de reciprocidade e reflexividade com o outro e com a temática abordada. A proposta será desenvolvida inicialmente no 1º ano do ensino fundamental na disciplina de ensino religioso por seu caráter ético social e cultural ao apresentar objetivos coerentes com a metodologia em questão. O referencial teórico aborda, sobretudo, os conceitos e discussões a respeito de (auto)biografia, heterobiografia, estranhamento e desnaturalização. Baseando-se em Vigotsky, Passegi, Delory-Momberger, Josso e John Dewey. Os resultados esperados se referem a possibilidade de por meio da proposta metodológica com base em narrativas de si, produzir ressignificações e desnaturalizações de temáticas curriculares, aprendizagem de conceitos e a possibilidade da não formação de preconceitos em relação ao outro e a si mesmo em meio a diversidade social e cultural.
na internalização dos variados tipos de ritmos de dança da cultura africana. Nesta concepção do multiculturalismo no Brasil, as danças africanas estão presente em todas as regiões brasileira, fazendo parte do cotidiano da sociedade e também resgatando os valores dos negros.
SESSÃO 02 – SEXTA 30/09/2016 – 10:00 – 12:00 06 - PIBID E A FORMAÇÃO DOCENTE Wellington Mateus Ramos Moreira
04 - PIBID DE HISTÓRIA: O ENSINO DA TEMÁTICA INDÍGENA NA EDUCAÇÃO BÁSICA EM PARNAÍBA-PI
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Dayson Terto dos Santos; Edgleison Souza dos Santos; Matheus dos Reis Lima O presente artigo tem como foco abordar a temática indígena, e como ela vem sendo trabalhada no âmbito escolar na educação, entre os professores que ministram a disciplina de história no Colégio estadual CEEP- Liceu Parnaibano nas séries do 1ª, 2ª e 3ª ano do Ensino Médio. Resultante das experiências e atividades realizadas pelo subprojeto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) no ano letivo de 2015 até o primeiro semestre de 2016. O estudo prioriza analisar a aplicação e os valores culturais e historiográficos das populações indígenas, tomando então como base o artigo 26-A da lei nº 11.645 de 10 de Março de 2008. De cunho bibliográfico, a pesquisa toma corpo por meio do trabalho de campo, analisando e coletando dados. Com isso procura-se compreender como essas relações éticas e culturais vêm sendo trabalhadas na escola, a interação aluno professor, ou vice-versa. É importante enfatizar como essa temática busca contemplar o debate entre o ensino de História e o processo de produção historiográfica da história do Piauí em relação aos indígenas que habitaram essas terras. Alguns autores trabalham essa discussão com uma relevância significativa para a construção didática no ensino, como: Funari e Piñon (2011), Ribeiro (1996), Luciano (2006), Marques (1987), dentre outros com suas contribuições construtivas para esta pesquisa que está em processo de construção.
O presente artigo faz uma análise da importância do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) para a formação de professores, bem como para a melhoramento e reforço na educação básica, referente aos alunos do 8ª e 9ª ano do Ensino Fundamental das escolas de rede pública, Nilza Coleho Lima e Cênego Nestor de Carvalho Cunha, na Cidade de São Bernardo-MA. Nossa pesquisa, tem como base, além da fundamentação teórica, o contato empírico, através da minha participação e experiência no projeto, que é realizado na UFMA, campus São Bernardo Maranhão. Nesse sentido, nossa proposta é compreender como o PIBID contribui, de modo significativo, para a formação docente dos universitários, uma vez que lhes proporcionam um contato direto com o ambiente escolar, lhes conferindo, a partir dessa experiência empírica, a convivência com o ambiente escolar e, portanto, com a docência, para que, a partir de então, estes desenvolvam habilidades e competências educativas, estas que servirão tanto para os alunos beneficiados pelo programa, quanto para sua própria graduação, uma vez que o PIBID é um programa com o objetivo de formar/preparar professores, em que, através do contato com o programa, os discentes saiam mais habilitados para a prática docente.
07 - PROJETO PIBID: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL NILZA COELHO LIMA COMO CONTRIBUICÃO NA FORMACÃO DOCENTE Maria Deuzane da Silva Santos; Elenir Rocha Pinto
05 - RITMOS AFRICANOS E SUAS INFLUÊNCIAS NA CULTURA BRASILEIRA: UMA EXPERIÊNCIA NO PIBID, NA ESCOLA BERNARDO COELHO DE ALMEIDA, NO POVOADO BAIXA GRANDE/ SÃO BERNARDO MARANHÃO Benedito José Reis de Barros; Edmilson Rodrigues Este trabalho é resultado de uma experiência do PIBID –UFMA interdisciplinar com a temática da cultura Afro-brasileira e sua valorização acerca das influências dos ritmos Africanos no Brasil. Vocacionados pela lei nº 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africano nas escolas pública do Ensino Básico e Privado. Diante desta perspectiva, a temática da cultura Afro em diálogo com a LBD/96, sofreu alterações em seu artigo 26, acrescentando o Art. 26ª A, incluindo tais assertivas. As diversas manifestações culturais e os ritmos expressos nas danças existente no Brasil foram de influências africanas e hoje fazem parte de nossa herança cultural. A metodologia permitiu: mostra de vídeo dos ritmos de danças africanas, com destaque para a dança da capoeira, o reggae, o kuduro, maracatu, o samba, dança do coco, carimbó e lambada aos alunos da Escola Bernardo Coelho Almeida no povoado de São Beranrdo-MA. Segundo Stuart Hall, afirma que na situação da diáspora, as identidades tornam-se múltiplas, ou seja, a chegada dos africanos no Brasil durante o período colonial foram de suma importância para a influências
Pag 46
O presente trabalho visa relatar um pouco da minha experiência com o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Nilza Coelho Lima, desde marco de 2014 até o presente momento. Cujo projeto tem como Tema Ética pluralidade Cultural: Escola, Docência e Cidadania. Que revela-se ser de grande importância para a formação dos acadêmicos de licenciatura em Ciências Humanas em virtude da prática da docência ser imprescindível para a qualificação profissional do futuro professor. O estudante tem como desafio aplicar as teorias e desenvolver estratégias eficazes para o ensino e aprendizagem. Dessa forma os resultados evidenciam que o espaço do PIBID permite aos alunos o aprendizado prático, baseado na diversidade de atividades, nas reflexões sobre a importância do projeto na escola, bem como os eventos desenvolvidos por meio dos alunos dentro do projeto. Além disso, o projeto representa uma forma inovadora de inserção de alunos na escola pública. E através dessa experiência nós bolsistas tomamos consciência de nossa realidade do campo de trabalho, possibilitando a proporção de medidas para melhorar o processo de aprendizagem e interdisciplinaridade entre os profissionais deste estabelecimento de ensino.
pag 47
Universidade Federal do Maranhão
Foram realizadas duas entrevistas, sendo um professor da Universidade Estadual do Maranhão e uma professora da Universidade Federal do Maranhão e as respostas as entrevistas foram analisadas com o aporte teórico da Análise de Discurso de vertente francesa afiliada a Michel Pêcheux. Como resultado, constatamos que os professores não costumam discutir o tema EJA nas suas práticas pedagógicas e durante o Estágio Supervisionado no Ensino Médio alguns licenciandos desenvolvem suas atividades nessa modalidade de ensino sem instrução e preparo específico. O estudo sugere mudanças nas disciplinas pedagógicas dos cursos analisados, possibilitando a promoção de discussões sobre temas relacionados à EJA, em especial sobre a atuação do professor de matemática em turmas dessa modalidade de educação.
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
José Valterdinan Mesquita Xavier O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência é uma ação governamental recente. Mas nessa curta duração já foi palco de inúmeras experiências enriquecedoras para a formação docente daqueles e daquelas que fizeram parte de sua trajetória no campo educacional. Desta forma, o presente trabalho objetiva fazer uma análise das intervenções produzidas por pibidianos no subprojeto de Sociologia da Universidade Federal do Ceará, para refletir como o PIBID influencia qualitativamente na formação e quais os impactos que tais ações geram nos estudantes da educação básica. Assim, foi feita uma análise das atividades promovidas pelos seus membros através de entrevistas com supervisores, bolsistas de iniciação à docência, ex- integrante e coordenadora do subprojeto de Sociologia para termos uma base consolidada e geral sobre essa relação entre o PIBID, formação docente e aumento do rendimento escolar dos estudantes. Os resultados deste trabalho nos demonstram que não são poucos os impactos do programa naqueles que tiveram algum envolvimento com o mesmo. Isso vai desde a concepção das intervenções nas reuniões com supervisores e demais participantes, da observação das aulas nas três escolas onde o projeto se encontra, da sua aplicação com os estudantes dentro e fora das escolas, até a maneira como os estudantes avaliam as intervenções produzidas. A partir dessas ações percebemos como o programa é fundamental para a formação docente dos novos professores que se formarão, bem como aqueles que mesmo na educação básica entram em contato através da supervisão das atividades e gerenciamento do programa na escola de atuação.
09 - PIBID: CONTRIBUIÇÕES DO SUBPROJETO DE CIÊNCIAS HUMANAS NA ESCOLA NILZA COELHO LIMA EM SÃO BERNARDO –MA Annara Silva Costa; Ronilson de Oliveira Sousa O programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) é um projeto financiado pela CAPES com a finalidade de valorizar o magistério e apoiar estudantes de licenciatura plena. O programa elenca em seus objetivos elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação de professores, inserindo os graduandos no cotidiano de escolas da rede pública, promovendo uma ampla articulação entre educação superior e educação básica. O PIBID visa também proporcionar aos graduandos participação e experiências metodológicas, práticas inovadoras e interdisciplinares, visando o engajamento dos graduandos no processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo refletir a contribuição, produção e prática do Subprojeto PIBID de Ciências Humanas, na U. I Nilza Coelho Lima, no ano de 2015. Por meio de uma ampla fundamentação teórica, o subprojeto de Ciências Humanas propõe desenvolver atividades que promovam o conteúdo da ética e da pluralidade cultural, temas importantes e transversais, que podem auxiliar o aluno a entender o mundo em que vivem, dando-lhes condições de contribuir para torna-lo melhor, afinal somente o conhecimento garante isso. Diante disso, propomos um olhar sobre a contribuição do Subprojeto PIBID de Ciências Humanas na U. I Nilza Coelho Lima, com o intuito de promover o debate do uso de novas metodologias que apontem qualificar o ensino – aprendizagem visando auxiliar e enriquecer os conteúdos nas salas de aula.
Pag 48
GT 08 - TURISMO E CIDADES NO NORDESTE DO BRASIL SESSÃO 01 – QUINTA 29/09/2016 - 10:00 – 12:00 01 - ANÁLISE DO PLANEJAMENTO TURÍSTICO: UM ESTUDO SOBRE O PLANO DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DO ESTADO DO MARANHÃO DO POLO LAGOS E CAMPOS FLORIDOS Perla do Nascimento Rocha O turismo considerado fenômeno social, movimenta diversos setores da economia e utiliza os atrativos naturais, sociais e culturais para o seu desenvolvimento. Nessa perspectiva, o governo do estado do Maranhão tendo por base o Plano Nacional de Turismo criou 10 polos turísticos inseridos em duas versões de Plano de Desenvolvimento Integral do Turismo, cognominado de Plano Maior 2000-2010 e 2010-2020, os quais enquanto instrumentos de planejamento enfatizam as potencialidades com propósito de promover o desenvolvimento local e regional, a fim de minimizar a pobreza. O Polo Lagos e Campos Floridos, instituído na segunda versão era composto por 14 municípios, mas neste ano houve uma redução de municípios, ficando apenas 7. O presente trabalho tem objetivo de analisar o planejamento e dinamização turística nesse Polo. Os principais procedimentos metodológicos utilizados foram: revisão bibliográfica e documental; entrevistas semi-estruturadas; pesquisa in loco; registro fotográfico. O Polo mencionado recebeu essa denominação por apresentar unidades paisagísticas como lagos, campos inundáveis, espécies vegetais e animais característicos da Baixada Maranhense (MARANHÃO, 2011). Além disso, apresenta possibilidades turísticas culturais como manifestações folclóricas, conjunto arquitetônico colonial e arqueológico. A atividade turística ainda encontra-se de maneira tímida, devido a alguns fatores como, pouco investimento e divulgação irrisória para o desenvolvimento dessa atividade. A falta de profissionais exclusivos para o planejamento e gestão, a extensão territorial, ineficiente infraestrutura, o reduzido envolvimento e articulação do poder publico e iniciativas particulares conduzem ao fraco progresso da política pública de turismo e se contrapõe aos ideais do Plano Maior 2010-2020.
02 - DA REFLEXÃO TEÓRICA À ANÁLISE DO PLANEJAMENTO TURÍSTICO NO MARANHÃO: O POLO MUNIM Edilana Wasney Vieira Visando fortalecer o capital social, o governo do Estado do Maranhão, lançou em 2010 a segunda versão do Plano de Desenvolvimento Integral do Turismo do Maranhão (Plano Maior 2010-2020), que propõe estabelecer o desenvolvimento do turismo como estratégia para aliviar a pobreza através de ações para promover a sua indução de acordo com características e potencialidades municipais agrupadas em forma de polos turísticos, almejando, assim, à melhoria da qualidade de vida por intermédio da geração de emprego e renda para a população local. Nesse contexto, criou-se o Polo Munim juntamente com mais nove outros polos; polo esse, que possui forte apelo ao ecoturismo devido ao grande número de atrativos naturais, culturais e ambientais. Diante disso, buscou-se analisar as diversas formas do turismo no polo como prática social e a influência do planejamento turístico, pontuando os principais problemas para sua estruturação , bem como quais as intervenções necessárias para a efetivação do desenvolvimento. Os resultados iniciais, segundo a metodologia de estudo de caso e o uso de pesquisa exploratória, demonstram a existência de potencialidades turísticas; no entanto, constatou-se que o Polo Munim, ainda não dispõe de infraestrutura, monitoramento de impactos ambientais e nem de planejamento da atividade de forma a
pag 49
Universidade Federal do Maranhão
08 - O PIBID SOCIOLOGIA UFC EM QUESTÃO: UM NOVO OLHAR SOBRE A LICENCIATURA
05 - ECOTURISMO: IMPACTOS E ORDENAMENTO TURÍSTICO NO MUNICÍPIO DE CAROLINA-MA
03 - PORTO DAS BARCAS: UMA ANALISE DO CONTEXTO HISTÓRICO DO SEU SURGIMENTO E A PERSPECTIVA DE SEU POTENCIAL TURÍSTICO
Os impactos do turismo estão relacionados à forma como o território é organizado para a atividade, ou seja, revelam mudanças que podem concorrer de forma negativa ou positiva. Dessa maneira, o interesse dos turistas por ambientes naturais tem elevado as preocupações sobre os impactos gerados por tal prática social, já que a grande maioria dos lugares procurados possui fragilidades ambientais e que requerem acompanhamento (NASCIMENTO, 2008). O município de Carolina, sul do Maranhão, é um dos principais roteiros do segmento ecoturístico, apresenta características naturais que induzem a atividade, mas o que tem ocorrido é o consumo excessivo de paisagens, salvo alguns casos e falta de políticas que te fato corroborem para a manutenção dos recursos naturais. A massificação de territórios turísticos tem gerado impactos de ordem social, psicológica e ambiental, além da pressão por novos espaços para construção de balneários e/ou equipamentos de apoio a prática. Nesse sentindo, torna-se importante o ordenamento para atender a demanda e beneficiar a comunidade receptora, sem que o ambiente tenha que ser deteriorado e a preservação seja inclusa em planos e projetos que visem garantir a manutenção ambiental, assim o turismo preconizará uma relação entre população local e visitante de forma sadia e com fins para valorização da identidade e ambiente natural. Ressalta-se que o turismo de base comunitária seria uma alternativa para o ecoturismo visando à participação direta das comunidades de forma a agregar valor ao território.
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Jonas dos Santos Nunes; Bruno Eduardo de Lima Souza O presente artigo articula-se no estudo do patrimônio arquitetônico e turístico do centro histórico da cidade de Parnaíba. A pesquisa analisa o significado do patrimônio histórico para a história e a memória, além de analisar aspectos que apontam como se deu a criação do porto salgado ou porto das barcas, seu papel para o comercio e economia no surgimento da cidade, e na atualidade o potencial uso do mesmo como um dos principais pontos de turismo da região, objetivando investigar como surge o porto, quem foram os principais atores nesse processo, compreender os motivos pelos quais o centro histórico tem pouco ou quase nenhum investimento do poder público, como a sociedade se apropria deste patrimônio para a formação da memória coletiva da cidade e reconhecendo seu potencial turístico e sua importância histórica para a cidade de Parnaíba. A pesquisa inicialmente tem caráter bibliográfico contando também com a utilização de fontes iconográficas e dados extraídos de sites que disponibilizam os mesmos sobre o tema abordado, como: IBGE, Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba (IHGGP), assim como outros sites e autores como Jacques Le Goff, que abordam esta temática, não apenas como produção de um estudo, mas também para compreender a sua importância para a memória da sociedade a qual está inserida.
04 - A INSERÇÃO DOS FESTIVAIS E EVENTOS NA DINAMIZAÇÃO DA ATIVIDADE TURÍSTICA EM FORTALEZA-CE Anna Rhaissa Lima Souza; José Franzone de Sousa Vasconcelos; Daniel Guimarães Cordeiro Nos últimos trinta anos Fortaleza passou por profundas transformações, maioria delas tiveram como ponto de partida o turismo. Com essa nova lógica, novos espaços foram (re) produzidos e as políticas de turismo têm papel importante na metamorfose urbana que sofreu a cidade. Com a mudança de mentalidade das elites locais em relação ao mar, o litoral passa a ser visto como lócus de novas prática: a vilegiatura marítima e, posteriormente o turismo. O Ceará se insere então numa lógica de mercado, vendendo a imagem turística e moderna em contraponto da imagem da pobreza que lhe era atribuída até então. Nesse contexto o turismo, embora sua característica sazonal, passa a ser vislumbrado como um importante vetor de expansão econômica. Assim, parcerias entre o poder público e o capital privado são firmadas através de políticas de incentivo ao desenvolvimento dessa atividade. Na contemporaneidade, os eventos e festivais se inserem como impulsionadores do turismo. A implantação de novos empreendimentos possibilitou a realização de eventos de maior porte, consequentemente, atraindo consumidores e investidores. O objetivo central desse trabalho consiste em analisar se eventos profissionais, científicos e culturais contribuem, e de que forma, para a redução da sazonalidade do turismo em Fortaleza. Entende-se que o turismo característico de Fortaleza possui uma sazonalidade bem demarcada, com “altas e baixas” estações. A partir da inserção de novos eventos que não seguem essa lógica, observa-se uma dinamização no turismo na cidade.
Pag 50
Gisselly Poliana Santos Muniz; Marlon Marcos Pereira de Sousa; Claudio Eduardo de Castro
SESSÃO 02 – SEXTA 30/09/2016 – 10:00 – 12:00 06 - OS MUSEUS DE SÃO LUÍS ENQUANTO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO DE CASO NA “CASA DA FÉSTA” Talita Cléa Soares Everton; César Roberto Castro Chaves Everton Estudo sobre a inclusão nos museus de São Luís, especialmente o museu Casa da Fésta, observando a presença do público de deficiente visual. O presente estudo parte da necessidade de análise crítica do Museu Casa da Fésta enquanto espaço de cultura, mas principalmente de educação e inclusão da pessoa com deficiência visual. Ao discutir o problema dos museus da cidade de São Luís no tocante a inclusão e a sua função enquanto espaço de educação, apresentou-se discussão sobre os conceitos e significados da palavra museu, através de uma pesquisa investigativa, no molde de estudo de caso, analisando a problemática da prática ineficiente da inclusão em museus de São Luís - MA. Discutiu-se também a função dos museus enquanto espaço não apenas de culto a memória, seja ela oficial, de massas ou popular, mas, sobretudo um espaço de educação não formal. Apresentaram-se as características, história, acervos e principais dificuldades de tornar o museu Casa da Fésta em um lugar de memória que proporcione a valorização das expressões da cultura do Maranhão ali expostas de forma plural e inclusiva. Assim, percebemos um entrave na legislação vigente de políticas públicas voltadas para pessoas com deficiência bem como um conjunto de leis preservacionistas que burocratizam a universalização desses espaços públicos de cultura.
pag 51
Universidade Federal do Maranhão
atender adequadamente a prestação de serviço para a comunidade e para os visitantes. Conclui-se que o que é proposto pelo Plano Maior, como estratégia que almeja ao desenvolvimento socioeconômico, continua algo somente descrito em documentos oficiais.
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Márlon Marcos Pereira de Sousa; Gisselly Poliana Santos Muniz; Claudio Eduardo de Castro O turismo abrange uma diversidade de elementos que o torna dinâmico e diverso, subdividindo-o em segmentos, esses definidos pelas motivações do visitante. A cultura presente nos destinos turísticos tem se tornado fundamental nesta atividade e valorizada pelo mercado, uma vez que o turista busca perceber e participar das diferentes manifestações culturais. Tem-se observado o fortalecimento das manifestações, o que remete ao entendimento das modificações dos conteúdos simbólicos, o que possibilita estabelecer critérios para o monitoramento do fluxo de turistas, a criação de políticas públicas, e a legitimação da prática turística como forma de valorização identitária. A motivação advinda da curiosidade dos visitantes em participar de festas populares, seja por devoção, no caso de festas de caráter religioso ou pela busca em vivenciar uma cultura diferente do qual esta acostumado é um exemplo dessa relação do turismo com a cultura. Em se tratando das políticas adotadas de apoio cultural verificou-se que estas buscam garantir o controle nacional da produção e emissão do repertório simbólico visando estimular a produção doméstica, que se bem equalizada, além de planejada, pode ser mais benéfica que negativa para a cultura que recebe o turismo. A adoção desse controle foi influenciada pelos impactos sociais, econômicos e políticos do turismo sobre a cultura, permitindo a adoção pelo Estado de políticas de proteção das indústrias culturais. Ademais, verificou-se a relação de atores sociais envolvidos na produção cultural e nas atividades de caráter turístico, o que permite a oportunidade de emprego e renda, além da valorização das manifestações e festas populares.
08 – TURISMO NO LITORAL DE FORTALEZA E TRABALHO INFORMAL: UMA EXPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL NO CEARÁ Lady Ellen dos Santos Silva; Ana Rafaelle Mascarenhas de Sá Ferreira Nas últimas décadas, o turismo tornou-se para os governos do Nordeste uma atividade propulsora para o desenvolvimento da economia. No caso do Ceará, foi a partir da década de 1980 que a atividade turística passou a ser percebida como um catalisador da economia cearense, tendo em vista as potencialidades do litoral para a atração de grandes empreendimentos, contribuindo para a geração de emprego e renda. Neste trabalho, destacamos a cidade de Fortaleza que é exaltada como paraíso natural, onde suas praias são alvo de principal destino turístico do Estado. Desse modo, buscamos compreender como se dá a relação entre o turismo e o trabalho informal na disputa do espaço da praia entre os vendedores ambulantes e os proprietários das barracas da orla marítima da Praia do Futuro em Fortaleza. Para isso nos utilizamos de pesquisa bibliográfica a partir de autores como Iamamoto (2001); Sánchez (2003); Bernal (2006), dentre outros; e pesquisa de campo. Foram realizadas entrevistas com 10 vendedores ambulantes da Praia do Futuro em Fortaleza a fim de apreender suas condições de trabalho, bem como compreender o trabalho informal como uma das expressões da questão social. Assim, percebemos que, embora os incentivos ao turismo que são realizados na capital cearense tenham dado ênfase à atividade turística como fonte de emprego e renda, a população de trabalhadores informais na faixa litorânea sofre limitações quanto ao uso do espaço, gerando tensões e contestações sobre a disputa.
09 - NAS REDES DA PROSTITUIÇÃO NA CIDADE DE TUTÓIA, MA Tomassia Gomes Nunes; Fiama Eduarda Valour; Pâmela Laurentina Sampaio Reis Este trabalho tem o objetivo de analisar a relação entre o turismo e as redes de prostituição na cidade de Tutóia, Maranhão. Trata-se, em primeiro plano de apresentar os perfis das mulheres que conformam as redes a partir da articulação dos marcadores sociais da diferença como gênero, raça, classe, sexualidade e geração. Em segundo plano analisaremos como se movimentam as redes da prostituição, ou seja, como são acionadas a partir do turismo? Qual é a sua abrangência? Por meio de quais fatores sociais ingressam nesse universo? Quais são os papeis que ocupam? Quais são as especificidades de sua integração? Qual é o lugar dos afetos e desejos? Por fim, incidimos o foco analítico nos campos de possibilidades e espaço de agência.
GT 09 - NARRATIVAS LITERÁRIAS E ARTÍSTICAS ‘NA’ E ‘SOBRE’ AS CIDADES
SESSÃO 01 – QUINTA 29/09/2016 - 10:00 – 12:00
01 - A CIDADE, ELEMENTO MÍTICO – MARAVILHOSO EM MIA COUTO: UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA Francisca das Chagas Silva Sousa Esta mesa redonda tem por objetivo alisar como a cidade é representada no livro “Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra” do escritor moçambicano Mia Couto. A narrativa se desenrola na cidade fictícia de Luar-do-Chão (uma Ilha), onde Marianinho retorna ao lugar para fazer a cerimônia do funeral de seu avô Mariano, e lá retoma os costumes, as tradições e a espiritualidade que perdera contato ao mudar-se para a cidade grande. Luar-doChão se torna um espaço de libertação, a partir do momento em que o rito do funeral do avô Mariano acontece de fato. Frente a isto, a Ilha passa a ser um espaço de (re)descobertas, sendo Mariano o guardador dos enigmas presentes naquele lugar, e Marianinho o decifrador dos mistérios que ali rondavam. Portanto, podemos compreender a Ilha de Luar-do-Chão como portadora dos males que afligem Moçambique, por não ter alcançado a tão desejada prosperidade, sonhada no período colonial, estando esta contaminada e devido a isto, a terra fecha-se como uma espécie de castigo. E a harmonia só pode ser reestabelecida após o cumprimento místico e natural de uma série de acontecimentos e descobertas em Luardo-Chão. Para fundamentar este trabalho foram utilizados como referencial teórico Moraes (2012) e Fonseca e Cury (2008).
02 - UM ESTUDO SOBRE A CIDADE EM PEDRO PÁRAMO DE JUAN RULF Jacqueline Almeida Brandão; Edimilson Rodrigues Neste trabalho, pretende-se fazer uma análise da obra latino-americana “Pedro Páramo” (1958) escrita por Juan Rulfo (1917- 1986), apresentando aspectos relevantes, tais como: o enredo da obra, personagens, as vozes narrativas e a importância da cidade de Coma-
Pag 52
pag 53
Universidade Federal do Maranhão
07 - RELAÇÕES ENTRE TURISMO E CULTURA: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A VALORIZAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES POPULARES
03 - ÁRVORES E PLANTAS QUE (RE)CRIAM E DESTROEM CIDADES: PENSANDO CIDADE E NATUREZA EM QUATRO TRABALHOS ARTÍSTICOS
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
João Miguel Diógenes de Araújo Lima Bruno Latour encara a ascensão do “antropoceno” como um atestado de importância da antropologia e os estudos dos agenciamentos humanos. Paralelamente, sociólogos e urbanistas têm se dedicado a compreender o fenômeno da “era urbana”, em que mais da metade da população mundial vive em cidades, e são os citadinos que impulsionam os fluxos da economia e orientam, também, as dinâmicas das zonas rurais. Compreendendo a era urbana como atual motor do antropoceno, esta comunicação aproxima-se de quatro trabalhos artísticos contemporâneos, produzidos na cidade e com a cidade: “Tree tenant” (como performance em 1973; e edificação em 1983), do austríaco Hundertwasser; “7000 Oaks – City Forestation Instead of City Administration” (1982), land art do alemão Joseph Beuys; “Weeds” (2014), animação em vídeo com fotos de murais da suíça Mona Caron; e a exposição de fotografias “Irrefreáveis”, da brasileira Paula Tabosa, de João Pessoa. Os quatro artistas incorporam árvores e plantas em suas obras (in natura ou em imagens) para construir suas proposições sobre cidades desejadas. Assim, envoltos em uma preocupação ética com o mundo e com o futuro, rejeitam a mimesis das cidades que habitam e operam, nas artes, entre a poiesis (criação) e a kinesis (destruição e recriação) para questionar as cidades e os modos de vida urbana. Com plantas e árvores, desafiam as estruturas do ambiente construído, questionam a relação cultura-natureza a partir das cidades e fazem brotar outras formas de habitar as cidades.
05 - O NORDESTE EM CENA: UM ESTUDO SOBRE A REPRESENTAÇÃO DA “NORDESTINIDADE” EM DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL Messias Araujo Cardozo; José Carlos Monteiro Lopes; Genivaldo de Oliveira Silva A relação entre o campo da história e o cinema tem ganhado força desde os anos de 1960, ensejando pesquisas que explorem esta relação. Neste sentido o trabalho pioneiro de Marc Ferro (1992), historiador francês se destaca abrindo uma perspectiva que pode ser apropriada para diversos trabalhos com outros objetos. O trabalho buscará através de uma leitura histórica do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, analisar as formas de representação e de certa visibilidade e dizibilidade (FOUCAULT,1996); DELEUZE, 2005) da “nordestinidade”, leia-se da cultura do Nordeste e suas características “essenciais”. Para tanto, iremos nos apropriar do filme em si, de fotogramas dele extraídos e da leitura historiográfica sobre ele efetuadas em outros trabalhos como (ALBUQUERQUE, JÚNIOR, 2011) e sobre Glauber Rocha o diretor do filme (LIMA, 2012) para discutir as formas de representação do Nordeste especialmente salientadas na filmografia Glauberiana, tomada como fonte para discutir ainda outros temas como: uma estética da fome, certo misticismo e a redução da região ao temário da seca e suas misérias.
SESSÃO 02 – SEXTA 30/09/2016 – 10:00 – 12:00 06 - O QUE VOCÊ TEM MEDO DE ESQUECER? RELATOS DE MEMÓRIAS GUARDADOS NO CORPO ERRANTE Danielle de Jesus de Souza Fonsêca A presente comunicação intenciona discutir sobre a performance Guardo memórias e instantes, realizada nas ruas da cidade de Caxias/MA. A proposta consistiu na criação de um vestido/corpo que foi preenchido/escrito com narrativas pessoais dos caminhantes da cidade, produzindo uma visualidade de memórias guardadas. Nesta ação, a memória foi pensada como acontecimento performático, assim como possibilitou, dentre outras experiências, o entendimento do espaço público como lugar de encontros que potencializam a existência.
04 - A MULHER NEGRA: A CONSTRUÇÃO MIDIÁTICA ACERCA DA IMAGEM NEGRA Isabela Viana dos Santos
07 - CORPO E BELEZA FEMININA NOS ANOS DOURADOS
O presente trabalho tem como objetivo analisar a imagem construída e repassada pela mídia sobre a mulher negra durante a primeira década do século XXI no Brasil, buscando construir um estudo crítico-reflexivo baseado sobre as diversas imagens associadas a essas mulheres no decorrer da história brasileira, desde a negra escrava até a chegada da protagonista de novela, e o seu espaço nas mídias voltadas para o público feminino, focando principalmente nas revistas desses anos, consideradas, com outros meios midiáticos, difusoras de tendências e padrões de beleza a serem seguidos pelas mulheres. Este estudo tem como finalidade investigar se existiram reais mudanças na maneira na qual a imagem negra é vista e recriada pelos meios midiáticos brasileiros, se seu passado como trabalhadora escrava nas lavouras, mulher exótica, meio de entretenimento e estudo, ainda está presente na figura que é associada a ela, servindo como modo de perpetuar e reestruturar o racismo brasileiro através do disfarce de uma falsa inclusão, ou se a participação da mídia foi capaz de influenciar em uma visão menos sexista e colonialista, contribuindo para o empoderamento dessas mulheres e na forma como as mesmas enxergam o seu próprio lugar frente à sociedade em questão, assim com também a valorização e reconhecimento da beleza negra como parte da identidade brasileira.
Mariane de Sales Silva
Pag 54
Ao longo da história as concepções de corpo e beleza sofreram variações, que foram marcadas pelo meio social que olhava e representava seus corpos. Da antiguidade à contemporaneidade temos a exaltação, a inibição, a descoberta e a procura do corpo perfeito. Podemos observar que os modelos corporais são impostos pela variação cultural e social de uma época e de um povo. O público feminino foi mudando ao longo do tempo, mas continuou com um único projeto: ser bela! No decorrer dos “anos dourados”, década de 1950, essa busca da beleza é notada através do corpo e principalmente o rosto, onde a perfeição de acordo com o padrão que se visa é considerada símbolo de sucesso pessoal. Essas mulheres deveriam ser modelos de boas condutas, e estarem sempre preocupadas com sua estética, afinal o grande objetivo era conseguir um bom marido! Mas nem todas estavam de acordo com o que a norma social pregava várias mulheres fugiram desses padrões, nos seus comportamentos, nas suas vestimentas e nas escolhas profissionais. A imprensa feminina foi grande responsável por disseminar esses padrões, já que estavam em todos os lares e falavam o que uma mulher bela, recatada e do lar necessitava. O corpo feminino tornou-se objeto a ser investido.
pag 55
Universidade Federal do Maranhão
la, elemento mágico da obra, dando ênfase à corrente literária: Realismo Mágico, que se iniciou no começo do século XX e é considerada uma característica própria da literatura latino-americana. Objetiva-se ainda, fazer uma análise sociológico-literário de seus aspectos mitológicos e imaginários da cidade de Comala. Um olhar além do visível, como desse Schollhammer (2007) que no permite dialogar com as áreas da sociologia e da geografia e da literatura.
Eudejames Lopes Caldas
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Este artigo apresenta parte de um estudo feito ao longo do curso de licenciatura em Teatro na Universidade Federal do Maranhão – UFMA com as experiências vivida em grupos de Street Dance (dança de rua) através da disciplina de danças dramáticas. Tendo como objetivo exponenciar uma análise etnocenológica sobre o processo de criação, montagem e caracterização coreográfica. Utilizando de tais conteúdos e características específicas contidas nas danças urbanas, serviram como base molde das concepções que forão aplicadas para alunos do ennsino médio de São Luís de uma forma prática, educativa e pedagógica, onde puderam dialogar com as questões socio – culturais do seu ambiente, da sua comunidade e de sua família em que viviam, encontrando relações de proximidade e soluções saudáveis para problematizações como violência e utilização de drogas que são comuns em ambientes de periferia que servirão de fomento deste trabalho e finalizando da pesquisa para produção de trabalho de conclusão de curso.
09 - APROPRIAÇÃO E RESIGNIFICAÇÃO NO ESPAÇO PÚBLICO: INTERVENÇÕES TEATRAIS NAS RUAS DE SÃO LUÍS Michelle Nascimento Cabral Fonseca O presente estudo busca apresentar as reflexões desenvolvidas no projeto de pesquisa, “A cidade como palco: texto, jogo e espaço no teatro de rua”, a partir de intervenções teatrais no espaço público contemporâneo. Entendendo a intervenção teatral de rua como um lugar simbólico onde interagem múltiplas relações, ressaltando o encontro deste teatro com o espectador e o espaço público na contemporaneidade. Compreendemos que este encontro inusitado, do teatro com o indivíduo, habitante ou transitório naquele lugar, é um momento singular, onde o discurso estético, apropriando-se do espaço público, vai desencadear um processo de apropriação e ressignificação no âmbito da cidade. Para tanto, dialogaremos com o conceito de espaço cunhado por Milton Santos, com as divisões do espaço a partir de Zygmunt Bauman, como também, o entendimento de cidade praticada no pensamento de Michel de Certeau. Assim, buscamos compreender as redes tecidas neste lugar simbólico, que é a fruição da arte teatral em relação ao organismo concreto da cidade.
10 - O QUE PODEM OS AGENCIAMENTOS AUDIO-VISUAIS NA DISPUTA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO DA PRAIA DE IRACEMA? Rafaela Kalaffa Sergio e Silva Sem a crença nos grandes relatos, a cultura ocidental pós-moderna abre-se para narrativas heterogêneas levando ao que se chamou a partir da década de 1980 de “jogos de linguagem” (LYOTARD, 1988). Atualizando a ideia desses jogos para hoje intentamos um agenciamento com produções audiovisuais que trazem a experiência da disputa de produção do espaço na área de afetação da Praia de Iracema (Fortaleza-CE). Pensamos a produção do espaço a partir de Henri Lefevbre, em que o autor elucida o espaço percebido, o espaço concebido e o espaço vivido em interação. Para delimitar o espaço a ser analisado, defino como área de afetação da Praia de Iracema onde localiza-se o empreendimento Acquario Ceará. Entendemos este empreendimento dentro da lógica do Planejamento Estratégico que busca nos conhecimentos do marketing empresarial formas de mercantilização das
Pag 56
cidades. Como método de pesquisa, propomos analisar videos produzidos sobre a Praia de Iracema, encontrados nas plataformas Youtube e Vimeo, a fim de entender o audiovisual como componentes áudio-visuais. Estes componentes, ao mesmo tempo que compõem um corte, fazem parte de um banco de dados que, segundo Priscila Arantes (2014), pode nos ajudar a problematizar a noção de narrativa única e linear.
GT 12 - PRÁTICAS URBANAS: A CIDADE EM ANÁLISE SESSÃO 01 – QUINTA 29/09/2016 - 10:00 – 12:00
01 - A SOCIABILIDADE CONSTRUÍDA NO BAR AVENIDA NA CIDADE DE TERESINA-PI Yêda Juliana Sousa Pinheiro; Karina da Rocha Freitas Lima; Ferdinand Cavalcante Pereira O presente trabalho tem como objetivo analisar como o espaço do bar pode ser construtor de laços sociais, que vão para além de uma relação utilitarista, de compra e consumo de bebidas alcoólicas, mas que se disponibiliza como um espaço de trocas, de conversas e criação de projetos, analisando a vida cotidiana desses sujeitos que se proporcionam esses momentos de ´´bar``, ou seja, o que significa esse pertencimento e utilização do espaço do bar. E nesta pesquisa fizemos um trabalho de campo, em um bar, no centro da cidade de Teresina- PI, através da observação participante, e ainda utilizamos entrevistas informais, com os clientes e o dono do bar, através de relatos, e anotações de observações.
02 - “UMA ILHA MARAVILHOSA”: SOCIABILIDADES E CONFLITOS EM ESPAÇO DE CONSUMO DE DROGAS E VIVÊNCIA NAS RUAS NO CENTRO DE CABEDELO/PB Ana Carolina Amorim da Paz
Cabedelo é a cidade portuária do Estado da Paraíba, cujo “centro” das interações sociais de trabalho e comércio tornou-se ao longo dos anos referência para o lazer através do consumo de bebidas alcóolicas e outras “drogas”. Diferentemente do processo por qual passam algumas das grandes metrópoles, o centro de Cabedelo não se constitui um espaço degradado e sim vigente mancha comercial, assistencial-administrativa e de lazer do município. Nesse cenário, chama a atenção a aglutinação espacial de pessoas em torno do uso visível, intenso e diário dessas substâncias nos arredores do mercado público municipal. Designado pela população local de “CTI”, essa formação espacial consiste em um espaço de relações onde coexistem diversas modalidades de encontros, porém, marcado pela grande vulnerabilidade social, econômica, física e emocional de seus frequentadores. Apropriado originalmente como espaço de sociabilidade de lazer através do consumo da cachaça, com o passar do tempo, veio acolhendo pessoas e práticas consideradas “marginalizadas”, desviantes ou moralmente reprováveis, como a vivência nas rua, uso intenso da cachaça, consumo e comércio da “pedra” de crack, práticas ilícitas entre outras. O presente trabalho é um recorte da pesquisa etnográfica de mestrado em Antropologia – PPGA/UFPB e tem como objetivo abordar, a partir do cotidiano, os diversos sentidos atribuídos ao espaço, as sociabilidades e conflitos existentes no “CTI”. Para tanto, foi utilizado como aporte teórico autores como Simmel (1983), Certeau (1998), Magnani (1994;1996), Goffmam (1985; 2012), Beccker (2008), Mary Douglas(1996), Elias e Scotson (2002), entre outros.
pag 57
Universidade Federal do Maranhão
08 - MOVIMENTOS URBANOS: CONCEPÇÕES ARTÍSTICAS QUE SURGIRAM NAS RUAS E SUAS CARACTERÍSTICAS DANÇANTES E TEATRAIS COMO METODOLOGIA DE ENSINO PARA JOVENS DO ENSINO MEDIO DE SÃO LUIS – MA
Pâmela Laurentina Sampaio Reis Esta comunicação é parte das reflexões de minha pesquisa de mestrado já concluída no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Piauí, na qual problematizei a conformação e os movimentos de redes de relações envolvendo mulheres na faixa de 28 a 46 anos que se relacionam afetivo-sexualmente com outras mulheres na cidade de Teresina, Piauí. Tratei especificamente de pensar o lugar dos afetos e dos desejos nas dinâmicas de interação e nas trajetórias de vida incidindo o foco na produção e na negociação de moralidades como meios de acesso à micropolítica particular, a partir da qual essas mulheres apresentam uma imagem de si, que são criadas, construídas e reformuladas em situações específicas. Para este trabalho, destaco as relações de gênero e sexualidade com a intenção de discutir através de uma proposta interseccional, as redes de sociabilidades urbanas na e da cidade de Teresina. Sendo assim, objetivo analisar os circuitos de lazer urbano significados pelas interlocutoras como campos de possibilidades e espaços de agência.
cerca de 10 mil passageiros/dia, constituindo-se no meio mais rápido e barato que liga os 04 municípios.Entretanto, tal meio aparece como marginal, no sistema de transporte público da cidade.Apesar de designado como “trem de João Pessoa”, o transporte público ferroviário apenas margeia o centro da cidade sem adentrar pelos bairros da capital. A partir do interesse em compreender os sentidos e usos atribuídos ao trem, assim como, lugar deste como dispositivo de circulação das pessoas, foi realizada uma pesquisa pelo Grupo de Estudo e Pesquisa em Etnografias Urbanas - GUETU/UFPB. Trata-se de uma pesquisa realizada através de incursões etnográficas coletivas nas viagens de trem, com objetivo de apreender e analisar as memórias, as diferentes experiências do uso do trem e o modo como este atua na organização das interações, práticas, sociabilidades e conflitos das pessoas que usufruem deste serviço.Como aporte teórico temos as contribuições de Park (1916), Proença (2002); Caiafa (2002), Augé (2010), entre outros.
06 - SOBRE SIMMEL E OS APLICATIVOS DE PAQUERA: UMA RÁPIDA VIAGEM PELA CIDADE
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Sheila Cavalcante dos Santos 04 - ESPAÇO LIVRE PÚBLICO E SENTIDO DE LUGAR: A “PRAÇA DEODORO” EM SÃO LUÍS – MA Débora Garreto Borges Se a cidade é um mundo, “vivemos em um mundo infinitamente rico na complexidade da vida cotidiana” (TUAN, 1983, p.191), neste contexto, as cidades são por excelência lo¬cais de convívio social, o que implica dizer que os espaços livres públicos urbanos, ruas, praças, avenidas, têm uma narrativa, um discurso peculiar que os constituem como o lugar onde a vida urbana cotidiana atinge sua expressão. Assim, é necessário revisitar a noção de lugar enquanto dimensão concreta e simbólica onde a cidade ganha materialidade. Nesta pesquisa optou-se pela definição de lugar como lugar antropológico (AUGÉ,1992), que se caracteriza: identitário – o “praticante ordinário” da cidade se reconhece e se define nele e através dele, relacional – no sentido em que os praticantes têm nele a relação que os une aos outros e ao espaço e histórico – conjuga identidade e relação, marcado pela inseparabilidade tempo-espaço o lugar evoca a continuidade e a memória. Nessa perspectiva, o cotidiano se constitui como categoria explicativa da realidade, a considerar que as práticas socioespaciais ocorrem nos lugares através da apropriação dos espaços para a vida na cidade. As práticas ligam-se à ideia de identidade, construída através das relações cotidianas; e a identidade liga-se à memória e a história. Logo o urbano designa uma realidade que engloba e transcende a cidade e o lugar.
No presente trabalho far-se-á o exercício de trazer concepções elaboradas por George Simmel como sociabilidade, jogo social e a vida na metrópole moderna para pensar as relações vivenciadas a partir do uso de aplicativos para dispositivos móveis (apps) voltados para o relacionamento afetivo-sexual na atualidade. Com o uso massivo de tecnologias como a internet móvel, os smartphones e o Sistema de Posicionamento Global – GPS as redes de sociabilidade já não obedecem a barreiras geográficas e os fluxos são ainda mais maleáveis e flexíveis; vive-se um mundo de mobilidade e constante conexão que produz modos de vida e modifica a experiência. Nesse contexto, a busca online por parceiros é dinamizada com a criação de programas para dispositivos móveis elaborados especialmente para esse fim. Os apps de paquera, como ficaram conhecidos, são ferramentas comunicacionais que chamam a atenção por influir no modo como seus usuários se comportam frente aos relacionamentos íntimos, e também frente aos espaços da cidade. Eles forjam formas específicas e distintas de interação com o outro: é o encontro da pós-modernidade da tecnologia com as emoções, expectativas e vivências dos usuários. E através de encontros como esse que os lugares da cidade, os físicos e os virtuais, vão adquirindo diversos significados; através das experiências potencializadas pelo uso dos apps na cidade os territórios vão sendo reconfigurados. Desse modo, propõe-se traçar um diálogo entre a teoria de Simmel e as experiências de usuários do Tinder, o mais popular app de paquera do país, pelas cidades nas quais circulam.
05 - A LINHA DA MARGEM: UMA ETNOGRAFIA SOBRE USOS E SENTIDOS DO TREM DE JOÃO PESSOA/PB Ana Carolina Paz; Anny Glayni Veiga Timóteo; Claudiovan Silva; Jocélio de Oliveira; Níobe Neves Henriques; Sarayna Martins Mendes A cidade de João Pessoa, capital paraibana, possui cerca de 800 mil habitantes distribuídos em 66 bairros. Teve sua origem às margens do Rio Paraíba, rio este que atravessa, margeia e faz divisa entre vários municípios do Estado. Foi à margem direita desse rio, que a linha férrea de João Pessoa foi construída, em 1871.Ao longo de sua história, o sistema ferroviário passou por inúmeras alterações, possuindo atualmente uma única linha de passageiros, Santa Rita – Bayeux - João Pessoa –Cabedelo, com 30 km de extensão.Por ele, circula
Pag 58
pag 59
Universidade Federal do Maranhão
03 - REDES DE SOCIABILIDADES URBANAS EM TERESINA, PIAUÍ
07 - A FOTOGRAFIA COMO FONTE DE PESQUISA HISTÓRICA DO ESPAÇO URBANO DE CODÓ/MA
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Nathália Cristielle Mouzinho de Oliveira Este trabalho pretende abordar o uso da fotografia como fonte de pesquisa histórica, considerando o seu valor enquanto documento relevante no processo de construção do conhecimento histórico. A partir da ênfase da fotografia como forma de registro, esta pesquisa tende a propiciar uma releitura acerca das praças do município de Codó MA, enquanto espaços públicos urbanos de convívio das relações sociais. O ponto de partida é a reflexão sobre o tempo e o espaço deste fragmento, tornando possível traçar a continuidade e modificação desses locais, por meio da identificação e compreensão dos elementos expressos na fotografia. O estudo da acepção e temática cultural desse recorte permitirá a contextualização históricosocial e atual desses espaços urbanos do município, evidenciando também as intervenções humanas presentes nesse ambiente. Para tanto, implicasse múltiplas Leiturashipóteses de um conjunto de fotografias adquiridas em site institucional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, IBGE. Em meio a este contexto, sugere-se um olhar sobre este documento material, símbolo da interpretação subjetiva e plural dos indivíduos, como fragmento sujeito à representação do imaginário social, propondo a prática discursiva e fontes de hipóteses de um determinado período histórico e especificidade cultural do município, ensejando à sua preservação cultural da sua memória.
08 - DESTRINCHANDO OS CAMINHOS DA METODOLOGIA PARA ESTUDO GEOGRÁFICO, NA REGIÃO DO ITAQUI - BACANGA, LOCALIZADO NA CIDADE DE SÃO LUÍS - MA Laécio da Silva Dutra; Marlon Marcos Pereira de Sousa No presente trabalho, considera-se os caminhos da metodologia, aplicada para pesquisa na Região do Itaqui - Bacanga, área da periferia da capital maranhense; caracteriza-se aqui historicamente essa região, tendo em primeira discussão uma descrição de como essa na década de 70 desencadeou seu processo de formação, sendo que a partir daí que irão surgir vários bairros nesta, dentre eles, o bairros Anjo da Guarda e Vila Embratel. Enfatizara-se aqui, o método de abordagem propício para estudo geográfico, destacando também a corrente filosófica. O método de abordagem compreende os procedimentos gerais utilizados na investigação de fenômenos, sendo o discutido nesta pesquisa, o dialético. Através da corrente filosófica, crítica – dialética, tem-se destaque os componentes doutrinários e ideológicos de autores que norteiam análises dentro da temática urbana. A metodologia deste trabalho é de cunho exploratório, partindo da sustentação embasada em autores como David Clark; Milton Santos; Ana Fani Alessandri; Henri Lefebvre; Eliseu Spósito; Antonio Carlos Moraes; que já discutem em seus trabalhos dialeticamente a geografia crítica e urbana, tendo a cidade como cerne de suas questões. Pode-se previamente considerar, que a geografia crítica, sobre perspectiva da geografia urbana; possui um teor de complexidade, isso por seus estudos serem predominante na cidade, por isso, a metodologia mais utilizada é a dialética, pois através dessa, é possível compreender o espaço citadino, que possuem diversas inter-relações, entre sociedade, espaço físico e espaço construído.
Pag 60
09 - EFEITOS E IMPACTOS DO PROGRESSO MILITAR NAS METALIDADES LOCAIS DA CIDADE DE PARNAÍBA Francisco José Da Silva Vieira O período do Regime Militar na história do Brasil foi marcado por uma forte propaganda desenvolvimentista feita pelo governo para publicitar às ideias de modernidade e progresso. Isso se evidenciou para as grandes obras executadas nesse período que tinha projeções continentais e revelavam através dessas propagandas a ideia de constituir na mentalidade de progresso como movimento nacional. O efeito dessas propagandas e ver esse processo como beneficiador a todos, contudo essas construções também repercutiram em cidades médias como Parnaíba e servira para validar tal gerência. . A propaganda desenvolvimentista feita pelos militares atingiu um grupo social da cidade de Parnaíba que em tal período sentia a queda de se apogeu econômico. Parnaíba com a queda dos preços de seus produtos e a centralização industrial no sudoeste brasileiro sofreu uma queda econômica que nunca foi refeita. O comercio internacional que se realizava pelo porto da amarração decaiu, as elites comerciais que outrora desempenhavam papel no contexto econômico e comercial do nordeste, perderam isso e muito mais. Nesse momento as promessas bem como as grandes obras do governo podiam servir com esperança para a restauração da economia da cidade. A cidade não terá mais o aspecto industrial que experimentou com a família Moraes, indústrias será uma eterna promessa para acidade em que suas atividades econômicas se concentrarão ainda no comercio e no turismo, com o Regime Militar e o “milagre” abrem portas para novas percepções por esses grupos e seus anseios.
10 - AS MULHERES DO PORTO DO CAPIM E A CIDADE: UMA ETNOGRAFIA DA CIRCULAÇÃO DO COPO FEMININO PELA CIDADE DE JOÃO PESSOA Sarayna Martins Mendes Maria da Penha, Da penha e Rossana são algumas das mulheres que moram na comunidade do Porto do Capim e consideram-se pertencentes a este lugar. Respectivamente, marisqueira, dona de um bar e liderança comunitária, são mulheres que circulam pela cidade de João Pessoa. O trabalho em foco pretende trabalhar com os conceitos de corpo, cidade e gênero, propondo criar uma cartografia da circulação dos corpos femininos pela cidade. Partiremos de algumas mulheres e moradoras da “comunidade do Porto do Capim” (assim denominado pelos próprios moradores do lugar), localizada na parte central da cidade de João Pessoa - um dos poucos espaços residenciais daquela localidade - para fazer um estudo etnografico do “andar” e “sentir” de seus corpos na cidade, buscando perceber as várias formas de circulação e de atuação desses corpor femininos na cidade de João Pessoa. Em que parte da cidade esses corpos femininos circulam? Como essas mulheres percebem esses espaçoes de circulação e a própria cidade? Quais seriam as várias formas de circular nesses espaços? Existem várias formas desses corpos circularem na cidade? Que obstáculos enfrentam, ou não, na circulação por esses espaços? Que relações criam-se nesses lugares por onde circulam? Seriam algumas das questões a serem pensadas. Dessa forma, entendendo o andar das mulheres do Porto do Capim pela cidade e o corpo como “intermediário obrigatório entre o mundo real e a percepção” (MERLEU-PONTY, apud, OLIVEIRA), este trabalho pretende reconstruir a cidade a partir das vivências, atuaçõs e subjetividades desses corpos femininos pelos lugares onde passam.
pag 61
Universidade Federal do Maranhão
SESSÃO 02A – SEXTA 30/09/2016 – 10:00 – 12:00
11 - SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL NA ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE CODÓ MA
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Hamilton Ferreira de Sousa; Natanael Araújo Faustino; Fabiana Pereira Correia. Este artigo tem o intuito de debater, o que se entende acerca do termo segregação socioespacial urbana e de que forma esse fenômeno se apresenta no cotidiano do município de Codó – MA, afetando visivelmente as relações entre o ser social e meio em que vive, resultando em alguns aspectos que serão nosso objeto de análise. Tendo como base o significado de segregação que está intimamente ligado a um sistema que divide, ou melhor, separa visivelmente nossa sociedade e acaba criando “novos mundos” ou espaços diferentes dentro de determinado local geográfico, faz-se necessário uma reflexão sobre a forma como este movimento toma forma e se faz presente. Nesse sentido, foi-se elaborado um esboço acerca desta temática, levando em conta algumas características para nossa pesquisa, em um primeiro momento serão expostos alguns conceitos referentes ao tema e algumas formas de expressão, contemplando o contexto da cidade de Codó, enquanto sociedade. O principal desígnio deste trabalho diz respeito à realidade da zona urbana do município supracitado, localizado na porção leste do Estado do Maranhão, onde, através das pesquisas, de cunho essencialmente qualitativo, utilizando-se dos métodos dedutivo, indutivo e fenomenológico foi possível evidenciar alguns aspectos referentes à segregação socioespacial, situação que afeta, direta ou indiretamente, a qualidade de vida dos agentes sociais locais.
12 - EXPANSÃO URBANA DE SÃO LUÍS: IMPLICAÇÕES PARA A DEGRADAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA ÁREA CENTRAL DA CIDADE Claudiceia Silva Mendes; Leandro Jane Andreia Câmara As características da urbanização brasileira, as políticas econômicas aplicadas no país durante o século XX provocaram grandes mudanças nas estruturas urbanas das cidades, principalmente a partir da década de 70, com a expansão do espaço urbano e a ocupação de novas áreas. É interessante notar como os investimentos públicos e privados tiveram um papel preponderante no processo de “decadência” e “abandono” das Áreas Centrais, assim como na promoção de novos espaços, através da expansão urbana e viária das cidades. O espaço urbano de São Luís acompanhou as políticas nacionais, tendo, na década de 70, à conquista de novas áreas, com a expansão urbana da cidade. A expansão da cidade de São Luís quanto a recuperação da área Central agora tombada como Centro Histórico, passou a ser alvo das políticas de preservação das Cidades Históricas desenvolvido também pelo Governo Federal, na década de 70. Este trabalho tem como objetivo analisar o processo de expansão urbana ocorrida na cidade de São Luís, do Maranhão desde a década de 70, relacionando-a com a degradação da área central e sua posterior valorização e preservação do patrimônio edificado.
13 - O LIXO COMO FATOR DE EXCLUÇÃO SOCIAL Francisco Camilo da Silva Ribeiro A sociedade contemporânea baseada sempre no consumo, descarta progressivamente aquilo que não lhe serve mais. Cada vez mais se produz e gradativamente mais se descarta, nada dura por muito tempo, ou pelo menos não e feito pra durar. Esse processo afeta dire-
Pag 62
tamente a produção de detritos. O lixo se apresenta assim como um grande problema para a sociedade e o meio ambiente, quanto mais resíduos se produz, maiores são os impactos causados a natureza, além disso o lixo apresenta-se também como fator de exclusão social. A os olhos da sociedade pessoas que trabalham diretamente com o lixo acabam se tornando parte dele. O presente trabalho tem como objetivo mostrar como lixo produzido na cidade de Parnaíba-PI, e descartado no aterro sanitário da cidade, acaba se tornando fonte de renda na mão dos catadores, e como esse oficio acaba excluindo da sociedade esse grupo de trabalhadores. A pesquisa de campo realizada no aterro sanitário entrevistou catadores e funcionários do local, na busca de mostrar qual a realidade do lixo em Parnaíba, e o quanto o meio ambiente é impactado com esse processo de desvencilhar-se do que importuno, e quais as políticas públicas voltadas ao melhoramento das condições dos lixões. E assim mostrar como o processo de urbanização faz com que a sociedade afaste do seu convívio aquilo que não lhe agrada, seja lixo seja pessoas.
14 - A CONTRIBUIÇÃO DA MULHER FEIRANTE E O MERCADO DE TRABALHO DE CODÓ/MA Antonia Tavares Gama de Castro Neta; Nathália Cristielle Mouzinho de Oliveira Este trabalho objetiva realizar um levantamento de informações acerca da participação das mulheres no mercado de trabalho do município de Codó, Maranhão, especificamente às que trabalham na feira da cidade. Pretende-se levantar informações de caráter pessoal, de trabalho, renda, condições do ambiente de trabalho e de identidade social deste segmento do mercado de trabalho codoense. É importante destacar o recorte de gênero presente desta fração, haja vista as desigualdades estruturais de participação das mulheres em segmentos específicos do mercado de trabalho bem como na desigual distribuição da renda entre homens e mulheres. Pode-se perceber na delimitação desse espaço que se trata de um ambiente de expressiva presença feminina, onde foi possível identificar que todas as entrevistadas possuem baixo nível de escolaridade, resultante da falta de acesso à educação e ao precoce ingresso no trabalho de lavradora. Porém, identifica-se que apesar do limitado conhecimento escolar, elas são em sua maioria as provedoras da renda familiar. Nesse contexto nota-se que essas mulheres ainda encontram-se num mercado de trabalho em que o aspecto estrutural do ambiente associado ao retorno financeiro ainda são elementos desfavoráveis de subsídio ao desenvolvimento de suas atividades. Em meio a este ambiente de desvantagens, verifica-se que as mulheres empreendidas neste mercado identificam-se com as suas atividades, na medida em que tomam o seu trabalho um aspecto libertador, já que são donas do seu próprio negócio.
15 - PERCURSOS PROFISSIONAIS E TRAJETÓRIAS DOS MOTOTAXISTAS EM CAMPINA GRANDE-PB Anny Glayni Veiga Timóteo Campina Grande/PB, localizada no interior da Paraíba, possui aproximadamente 400 mil habitantes (IBGE, população estimada em 2015), e apresenta como forte característica sua atividade comercial, o que a torna pólo de atração para diversas pessoas de municípios circunvizinhos. Diante do crescimento da Cidade, e a diversidade de ocupações trabalhistas encontrada no meio urbano, Campina Grande conhece uma nova categoria de trabalhadores: os mototaxistas. Por volta de 1996, quando as ruas da Cidade são “tomadas” por usuários de motocicletas que passam a utilizá-las como meio de transporte de passageiros e fonte de renda-trabalho. Com o crescimento exorbitante dessa categoria, a prefeitura juntamente com a superintendência de trânsito e transportes públicos (STTP) iniciou um
pag 63
Universidade Federal do Maranhão
SESSÃO 02B – SEXTA – 30/09/2016 - 10:00 – 12:00
Universidade Federal do Maranhão
cadastro para esses trabalhadores Diante deste cenário, surgiu o interesse em realizar esta pesquisa no mestrado, buscando apreender as diversas situações encontradas no cotidiano desses trabalhadores, a pesquisa voltou-se aos discursos dos mototaxistas, abordando as condições que motivaram seu ingresso no sistema, seu cotidiano nas relações com a família e nas relações de trabalho com clientes, associados, colegas, patrões, órgãos e agentes públicos.Buscamos perceber as tensões e conflitos decorrentes da relação cotidiana entre a “liberdade” -principal representação- justificando sua permanência nessa atividade “cansada” e as restrições às suas atividades, para isso,foi escolhido um ponto de apoio especifico para as incursões etnográficas, sendo este no centro da Cidade e abarcando um tipo de mototaxistas:os “das motos brancas”,que são os cadastrados na STTP e Prefeitura.
16 - PEQUENOS E MÉDIOS MUNICÍPIOS MARANHENSES: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DA GESTÃO E DO PLANEJAMENTO URBANOS
I Seminário Nacional de Pesquisas e Estudos sobre as Cidades
Jacilmara Santos Melo; Frederico Lago Burnett Com a aprovação da Constituição Federal em 1988, os municípios passaram a ser entes federativos, ganhando autonomia política, administrativa e financeira. Com esta competência, também lhes coube a responsabilidade pela política de desenvolvimento urbano e a gestão do solo das cidades. Estimulados pelas conquistas inscritas na Carta Magna, os Estados brasileiros passaram por um surto de emancipações, dando origem a milhares de novos municípios por todo o território nacional, com 71% deles classificados como de pequeno porte pelo IBGE, pois possuem população inferior a 20 mil habitantes. No Maranhão não foi diferente e, no pós-Constituição, nossas instâncias federativas passaram de 130 para 217 municípios, dos quais hoje 62% são de pequeno porte, enquanto que os médios e grandes correspondem a 33,18% e 4,15%, respectivamente. Apesar desta realidade nacional e estadual, as novas diretrizes para o ordenamento urbano, expressas no Estatuto da Cidade, foram direcionadas principalmente para as cidades com mais de 20.000 habitantes, aplicáveis aos grandes e médios municípios. Partindo desta constatação, e considerando as imprecisões das diretrizes de desenvolvimento do solo urbano para os pequenos municípios, o presente trabalho, resultante de pesquisa sobre Gestão e Planejamento Urbano no Maranhão, apoiada por Edital Universal da FAPEMA e com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento socioambiental de nossas cidades, analisa similaridades e diferenças em Pequenas e Médias Cidades da Mesorregião Leste do estado quanto ao enfrentamento dos problemas urbanos no que se refere à Capacidade Técnica e Legislação Urbanística dos órgãos municipais de controle do solo.
Pag 64
pag 65