portfolio
Camila Rodriguez
PUC-Rio 2016.2 DAU - Curso de Arquitetura e Urbanismo ARQ1109 - Proposta de Projeto Final
ARQ1338 - Atlântidas Reversas
Paisagens aflorantes Água como agente transformador do território Co-autoria: Luiza Waddington Natasha Amorim
TOPOGRAFIA 88m 0m - mar
Curvas de nível Maiores alterações: dunas
Rios, açudes e lagoas 107 corpos d’água: 76 intermitentes 31 perenes
Nível dos lençóis freáticos PIEZOMETRIA 0m -6m
O Ceará encontra-se no Semi-Árido brasileiro, apresentando um regime pluviométrico baixo e irregular, temperaturas altas. Tais características tornam o solo pouco fértil, quadro que afeta diretamente os pequenos produtores, que não possuem recursos para contornar tais fatores com o uso de tecnologias da agroindústria. Principalmente os de Pecém, que perderam suas terras com a construção do CIPP em 1995. Como meio de contornar ambos os problemas de falta de terra para plantio e baixa fertilidade do solo, analisamos as principais soluções para a falta d’água, como caminhões-pipa, poços e barragens subterrâneas. Essas são constituídas, basicamente, de uma lona que barra parte do leito de lençóis freáticos, elevando seu nível e irrigando a terra por baixo, sem risco de evaporação.
NNO
N
NNE
32
dez
ENE
0NO
jan
mm 600
fev
nov
28
500 400
26 24 22
300
out
mar
abr
set
ESE
OSO SO
SE SSO
SSE S
jul
clima
Focamos em pequenos e médios produtores, trabalhando com lotes de 8 a 20 hectares. Para isso, usamos barragens de 100 a 200m, que são implementadas perpendicularmente ao fluxo dos lençóis freáticos; tendo a Bacia do Rio Guaribas como base. Identificamos quatro situações chave nas quais as barragens podem atuar: urbano, industrial, ambiental e, principalmente, rural. CANAIS DE ABASTECIMENTO RIOS APARENTES LAGOAS E AÇUDES BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO GUARIBAS
Região Metropolitana de Fortaleza
jun
TEMP. MÁXIMA TEMP. MÍNIMA REGIME DE CHUVAS
VENTO PREDOMINANTE ventos
mai
ago
i ma te se
200 100 0
E
O
A Embrapa já implementa essa técnica em pequena escala no Ceará. Mas ela requer investimento do proprietário da terra e mão de obra especializada. Propomos, portanto, um método reverso, no qual a terra seria preparada pela irrigação da barragem para depois ser adquirida por um produtor, com ajuda estatal.
Tais barragens, construídas com tijolos ecológicos biodegradáveis, transformam diretamente a paisagem de forma muito sutil, apenas com um pequeno relevo linear; mas, indiretamente, reconfigura o território como um todo.
ºC
30
NE
NO
om b ago ro s t o il - de m arç o- a b r zemb ro
O projeto constitui-se de um novo método construtivo para barragens subterrâneas, que resultará em uma nova configuração do solo em Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza, a partir do uso de águas do subsolo de modo ascendente.
Fluxo subterrâneo escala 1:10000
Corpos d’água escala 1:10000
Uso do solo escala 1:10000
Eixos das barragens escala 1:10000
50-100% 30-49% 10-29 % 0-9%
Situação dos reservatórios escala 1:2500000 500km
0 100
300 500km
BARRAGENS SUBTERRÂNEAS RIOS LAGOAS E AÇUDES VIAS DE TERRA VIAS ASFALTADAS DUNAS ESTAÇÃO ECOLÓGICA AGRICULTURA URBANO INDUSTRIAL
As barragens, de 100 a 200m de comprimento, foram alocadas perpendicularmente ao fluxo dos lençóis freáticos, garantindo a retenção de água. Os principais lugares a receber barragens foram áreas agrícolas subutilizadas, que serão reloteadas e distribuídas entre os agricultores e artesãos removidos pelo CIPP.
Implementação das barragens escala 1:2500
0
1
3
5km
Configuração espacial do território escala 1:2000
01
3
5km
ARQ1108 - Projeto do Espaço Residencial II
HIS Porto Empoderamento e autossuficiência
Co-autoria: Beatriz Mello Natália Ávila
A habitação social provém de um subsídio financeiro do governo para uma população de baixa renda que, por 20 anos, deve pagar uma parcela de seu salário (já muito pequeno) para ter sua casa própria. Mas o acesso à moradia, direito de todos os cidadãos, não resolve o quadro da pobreza; não muda o status quo dessas famílias. E se, além de nos atermos somente à infraestrutura e à forma do edifício, nos preocupássemos também com os benefícios de seus moradores? Com seu crescimento? Mudança de vida? Rem Koolhaas disse recentemente que devemos pensar “na forma de conhecimento ou organização e estrutura de sociedade que podemos oferecer e providenciar”. Partindo desse raciocínio, mapeamos os comércios e serviços locais e constatamos um isolamento da região do Porto do Rio, próximo à Cidade do Samba. Vimos, então, uma oportunidade para o edifício e seus moradores: um Mercado, com lojas, quiosques e restaurantes, no térreo da construção, que suprirá as necessidades dos habitantes e lhes dará lucros revertidos ao condomínio. O crescimento do Porto também foi levado em consideração, sendo necessário preparar essas pessoas para a oferta de emprego que surgirá. Para tal, um curso profissionalizante, focado em mercado, empreendedorismo, gestão, administração e logística é locado junto ao mercado; que agora passa a atender também os novos trabalhadores desses mega empreendimentos portuários. Tais trabalhadores também poderão morar no edifício, que conta com sistemas de aluguel comum, aluguel social e compra social, por meio da Caixa Econômica. O que proporciona uma grande mistura de classes e formatos familiares no local.
Comércios
Área equivalente Aluguel das lojas revertido para o condomínio
+
compra aluguel 1 quarto 2 quartos 3 quartos
0.4% 0.6% 0.9% Prioridade de aluguel para moradores
Logística de área equivalente de compra/aluguel
Três tipologias foram adotadas - 1, 2 e 3 quartos - para atender essa demanda diversificada, todos baseados no módulo estrutural de 6mx6m, tendo 36, 54 e 72 m2, respectivamente. Os apartamentos foram distribuídos em 8 blocos de 5 pavimentos cada, com circulação e ventilação centrais. Deslocamentos de 1,5m foram feitos para otimizar a passagem de ar e luz nas unidades. O acesso dessas se dá pela cobertura do Mercado, que possui também dois módulos da Flatpack Farm - produzindo até 2t de alimentos por ano para os moradores -, uma creche e centro de recreação para idosos. Grandes clarabóias geram uma ligação visual e iluminam os quiosques do Mercado. Visando minimizar os custos de vida, além do aluguel das lojas ser revertido ao condomínio e da horta, os telhados e pisos captam água da chuva (suprimento de 13% da necessidade) e toda a energia necessária é produzida por placas solares localizadas na cobertura de três galpões da Cidade do Samba. Com despesas reduzidas, oportunidades de qualificação profissional e vagas próximas, prevê-se que o público de baixa renda ao qual o conjunto habitacional se destina à priori, consiga crescer, tornando-se autossuficiente em relação aos subsídios governamentais e experiencie uma grande mudança em qualidade de vida.
Planta baixa do “térreo” do conjunto habitacional
Praรงa gerada pelas ruas para pedestres
Entrada do Mercado
Quarto das crianรงas
Cozinha, รกrea de serviรงo e sala de estar integrados
Workshop Babilônia 2016
Balanceˆ CNC open-source stool Co-autoria: Beatriz Mello Manuella Muller Nathalia Perico Nozomi Koseki Papawee Sathawarawong
Crianças da Babilônia estreiando os novos bancos
Placa de corte para Router CNC
As crianças e professores da Escolinha Tia Percília usam o deck do prédio principal para praticar exercícios físicos, ter aulas ao ar livre, fazer festas de aniversário e outras comemorações. Tendo em vista um maior en- gajamento, o uso diverso do deck poderia melhorar a qualidade de vida da população do Morro da Babilônia, tanto para adultos, quanto para as crianças. Nosso design trabalha o duplo sentido Balance^; em portugués balance e movimento do corpo e balance significa estabilidade em ingles. a intencao e combinar essas duas ideias em um unico objeto. O projeto explora como a multifuncionalidade e o lúdico pode levar a uma estrutura simples. De forma ambígua e intrigante, o móvel convida o usuário a exercitar a sua imaginação. Com o lúdico em mente, a padronagem recortada também estimula os sentidos tátil e visual, promovendo sombras interessan- tes no chão. À primeira vista, o Balance^ é um banco com a base curva, que permite um movimento de balanço, sendo irresistível tanto para crianças, como para adultos. O banco é pequeno e leve o su ciente para ser carregado e grande o bastante para que uma criança possa rastejar por baixo. Ao rotacionar o móvel, assim como colo- cando-o sozinho ou na companhia de outras unidades, pode-se formar várias combinações, possibilitando de forma engenhosa a multiplicidade dos usos.
Modelos de estudo
Prototipagem e produção
Proposta de Projeto Final
Emoções Plásticas Arquitetura e identidade
Rádio Televisão
Crescimento econômico
1900
Prisão de Rosa Parks
Four Freedoms
1945
Maturistas 1GM
Nazismo ANTI-NUCLEAR 2GM 2a Revolução Industrial
Sufragistas
“I HAVE A DREAM"
OTIMISTAS
CDROM EMAIL
CELULAR
ECO 92
Ditadura Militar Guerra Fria
CÉTICOS
PROATIVOS
Napster
Convenção do
DIREITO DA CRIANÇA
1981
X
Black Power
DONOS DA VERDADE
Fazemos parte de uma não-geração que busca insessantemente seu lugar individual num mundo opressor.
Microprocessador
INTEL 4004
1964
Baby Boomers
IBM
Protocolo de
KYOTO
4a Revolução Industrial
DISCRIMINAÇÃO
Máquina de TURIN
Wall ST
WORLD WIDE WEB twitter
Skype
Blogs
RIO+ 20 Convenção da ONU sobre
Direitos de PNE
1995
Y
Tinder
2011 hoje
Z
⍺
11/09
Direito à NÃO
Declaração Universal dos
DIREITOS HUMANOS
Apple I
World Wide Web
Comunicação por rádio
Congresso de
IGUALDADE RACIAL
Ida à LUA
Occupy
PC
Ethernet
penicilina
Pílula Anticoncepcional
1o voto feminino
Fim da 1a Guerra Mundial
Vôo 14-bis
Ethernet
1929
E é exatamente essa não identificação com a categorização forçada que gera essa enorme angústia de uma grande parte dos jovens hoje em dia. Não nos sentimos representados, não nos sentimos potentes, não temos voz e, consequentemente, não sabemos quem somos.
SMS
Revolução RUSSA
Num mundo onde o lucro é a maior ambição e objetivo, o mundo do marketing levou a psicologia a outra esfera e utilizou-se dela para a manipulação em massa. Uma das estratégias usadas foi a categorização da sociedade em gerações. Trabalhar em grupos grandes de afinididade torna o trabalho massificador mais fácil, mas há muitas falhas nesse sistema. Em 15 anos, muitos eventos de grande influência global/regional ocorrem, afetando diferentemente pessoas em fases diversas da vida; não se pode colocá-las todas na mesma esfera e dizer que elas se comportam do mesmo modo.
11/09
Iraque 3a Revolução Industrial 4a RI Movimento LGBT FEMINISMO Justiça Ambiental
FLUIDOS PREGUIÇOSOS
CONECTADOS COMPETITIVOS
MERITOCRACIA
Dobra de co
Experimento crítico de autoconhecimento e empatia
nhecimen to
Orientação: Verônica Natividade
MIMIMI
SONHADORES
Proponho, então, a criação de uma nova camada arquitetônica (parte de uma instalação artística interativa), que seja fluida e responsiva às emoções humanas. Para isso, algoritimizarei (com uma placa de Arduino) as respostas vitais do corpo, com base na psicofisiologia, captando as emoções-base inconscientes do indivíduo ao ambiente. A partir da psciologia das cores e do emotional design, tais emoções serão traduzidas fisicamente na instalação, por meio de uma arquitetura cinética. O caráter de retroalimentação do experimento faz com que as formas e cores mudem de acordo com cada variação da respiração, batimento cardíaco e ondas cerebrais do usuário, mostrando a esse que ele de fato tem a potência de mudar o ambiente. Ver-se refletido no espaço torna-o um interlocutor, uma extensão do “eu“, possibilitando uma experiência de autorreflexão e empoderamento.
16
3.00
12
2.25
8
1.50
4
0.75
0
0.00
-0.75
-4
Raiva
Medo
Tristeza
Alegria
Dor Ódio Fúria Inveja Frustração
Rejeição Humilhação Insegurança Ansiedade Pavor
Luto Desespero Culpa Abandono Solidão
Orgulho Confiança Amor Otimismo Esperança
Surpresa Histeria Espanto Distração Susto Incerteza
Nojo Julgamento Desapontamento Desaprovação Repulsa Aversão
Acréscimo na temperatura (ºC)
A Arquitetura não é empática. Ela não é afetada pelos nossos sentimentos, pelas nossas emoções. Desse modo, não nos sentimos confortáveis, não nos vemos refletidos, pertencentes.
Acréscimo no batimento cardíaco (bat/min)
Parte desse mundo opressor é a arquitetura. Ela não foi feita para nós como indivíduos e, muito menos, feita por nós. A imposição do ambiente estático não traduz a fluidez do nosso ser, não nos representando.
Anexo 4 Fluxograma de decodificação das emoções
SETAGEM INICIAL DO SISTEMA
SISTEMA EM USO
Neutro
Surpresa
Nojo
Alegria
Tristeza
Raiva
Medo