Jornal Bocas - 2ª edição

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BOCAS

Ilustração: André G. Silveira

CURITIBA, NOVEMBRO DE 2014

LITERATURA • RECEITAS • INDICAÇÕES • ENTREVISTAS


2ª EDIÇÃO | NOVEMBRO

Editorial Bom apetite!

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BOCAS surge, nesta 2ª edição, com algumas mudanças. Matérias aprofundadas, com mais detalhes e personagens, são o ponto-chave. Buscamos, ainda, ampliar o público-alvo, inserindo dicas direcionadas a quem tem algum tipo de restrição alimentar, como intolerância à lactose. Contextualizações históricas também não ficaram de fora! Desde curiosidades sobre a gastronomia italiana até a história da Boca Maldita, o BOCAS trouxe muita informação interessante para você, querido leitor! Mas não pense que deixamos de fora as sugestões, as receitas e a seção mais saudável do jornal, não! Nesta edição, você irá descobrir uma deliciosa sorveteria, conhecer a inspiradora Bela Gil e aprender como preparar tapioca e pastel de polvilho. Na seção Experimente, você saberá um pouco mais sobre dois estabelecimentos aconchegantes que oferecem boa comida em Curitiba. Além disso, verá como adquirir os ingressos para o Wikibier Festival 2014, evento direcionado aos apaixonados por cerveja. As adoráveis ilustrações do André G. Silveira também marcaram presença! Unindo gastronomia, belas imagens e textos pessoais, nosso jornal quer deixar seu dia mais gostoso. Como afirmou o irlandês George Bernard Shaw, “não existe amor mais sincero do que aquele pela comida”. Então aprecie o BOCAS sem moderação e bom apetite! BOCAS | PÁGINA 2

#Literaturando Bianca Ogliari

Una buona nonna vale cento maestre

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a história arqueológica, a mais antiga produção de vinho teve seu lugar na Geórgia, Irão, Turquia e até China. Mas é no distrito de Lourdes, localizado na cidade de Videira, Santa Catarina - que por coincidência, através do latim, Videira pode ser vīnum, que também quer dizer vinho -, que uma família vinda da Itália possui um gigantesco parreiral, conservando a fabricação do vinho colonial. Todo ano, as uvas graúdas eram depositadas em vagões e partiam rumo a outros comerciantes. Por infelicidade e má sorte do mundo capitalista, em sua última colheita, a família encheu os vagões do último cliente. Quando o trem deu sinal de partida, o comerciante partiu com as uvas e não pagou o valor da mercadoria.

Ilustração: André G. Silveira

Com o corrido, a família se obrigou a pensar uma outra forma para sobreviver na nova terra, com a língua e a cultura oposta da Itália. Eis que surge a ideia de abrir um hotel, e, nele, um dos melhores banquetes da cidade. É assim que dona Elmira Bertotti Ogliari, 82 anos, se orgulha de, apesar da culinária italiana ter evoluído com o passar dos séculos, de mudanças sociais, econômicas e políticas, as raízes e riquezas do século IV permanecerem em sua mente congestionada de lembranças. Até o fim do século XX, a polenta foi prato típico da Itália, depois, com o acréscimo de ingredientes, massa sovada e molhos tomaram conta de uma nova tradição de paladar italiano. Com caráter gorduroso, o norte da Itália usava a manteiga, gordura de porco, para enfatizar o que faltava no alimento, que, segundo Dona Elmira,

“parecia que não tinha gosto”. Já o Sul ficou conhecido pela leveza e suavidade na hora de cozinhar, usando o sal e azeite de oliva. No caminhar do Novo Mundo, foram acrescentados ingredientes como milho, batata e tomates. O orégano, manjericão, salsa, alecrim e sálvia tornaram-se os principais temperos. O queijo, sendo acompanhante principal de vários pratos, ganhou até um lugar de produção: Parma (terra do queijo parmesão). E o segredo de todos esses ingredientes que passaram pelas mãos de Dona Elmira? Al contadino non far sapere quanto è buono il cacio con le pere.

Expediente

Editora-chefe: Bianca Ogliari Redação: Ana Santos, Ana Plassmann, Bianca Ogliari, Camilla Oliveira, Josiane Souza, Maria Luiza Lago, Sarah Menezes e Stephanie Machado. Diagramação: Camilla Oliveira Ilustrações: André G. Silveira Impressão: Gráfica Exceuni Tiragem: 50 exemplares Contato: facebook.com/jornalbocas issuu.com/jornalbocas Projeto elaborado por alunas da Universidade Positivo e realizado para as disciplinas de Introdução ao Jornalismo e Legislação e Planejamento Gráfico, do curso de Jornalismo.


NOVEMBRO | 2ª EDIÇÃO

#ABocaDisse Ana Plassmann

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um novo formato, #ABocadisse inovou e vai trazer dicas especiais para pessoas que têm limitações e restrições alimentares. Para começar, trataremos de uma doença que atinge cerca de 70% da população brasileira. Procuramos a nutricionista Laura Ribeiro para entender sobre a intolerância à lactose, que é a incapacidade que o corpo tem de digerir lactose. Primeiro, a Laura explicou que lactose é um açúcar presente no leite e seus derivados, e a intolerância deve-se à pouca (ou nenhuma) produção de enzima lactase, responsável por digerir tal açúcar. Existem três tipos de intolerância: a primária, que é resultado do envelhecimento, comum em pessoas com idade mais avançada; a secundária, resultado de alguma

Ilustração: André G. Silveira

Intolerância à lactose doença ou ferimento; e a congênita, quando a pessoa nasce sem uma enzima que quebra a lactose. Se for intolerante, você poderá ter, após a ingestão do leite ou de alimentos que contenham lactose, náuseas, irritação intestinal e dor abdominal. Caso você tenha esses sintomas, desconfie e procure confirmar. Você pode obter o diagnóstico através de dois testes. No SUS, o paciente recebe, em jejum, uma dose de lactose, e, depois de algumas horas, colhe-se uma amostra de sangue, que indica os níveis de glicose. Se não houver alteração, a pessoa é intolerante à lactose. E há também um exame respiratório, que monitora a quantidade de hidrogênio nos gases exalados, também após a ingestão da lactose. Quem sofria esse mal e não sabia, é a Larissa Monteiro, 24 anos, que

tem intolerância à lactose, mas só descobriu há duas semanas, fazendo exame de sangue. Encontramos Larissa na fila para fazer o exame, e ela contou que passou a vida inteira tendo mal estar e azia sempre que ingeria leite. Por costume, desde pequena sempre tomava um copo de leite puro na hora do café, e logo em seguida sentia enjoo. Mas como era somente com o leite e não com seus derivados, nunca tinha cogitado a ideia de ser intolerante à lactose. Ela também tentou variar o leite, mudando para integral, desnatado, semi desnatado. Mas o que acontece, é que a concentração da enzima lactase é bem maior no leite do que em outros alimentos. O organismo dela rejeitava também os derivados, mas como a concentração da lactase é bem

mais baixa, ela praticamente não sentia nada, apenas quando tomava leite. E em casos como o dela, às vezes é preciso somente eliminar o alimento que mais provoca a doença, e não é necessário fazer uma dieta rigorosa. E foi o que Larissa fez. Entramos em contato com ela após alguns dias de tratamento para saber como ela estava passando, e Larissa estava muito feliz. “Eu nem acredito que não passo mais mal de manhã, porque era praticamente minha rotina, tomar leite, ficar mal e pronto. Se eu soubesse que era tão fácil de resolver, eu teria tido dias melhores”, disse rindo. E você? Fez um dos exames e descobriu que é intolerante? Não tem problema. Embora infelizmente não tenha cura, o tratamento é bem tranquilo. Só é necessário fazer uma dieta ou tomar medicamentos. Basicamente, diminuir ou eliminar de vez alimentos que contenham esse açúcar, como manteiga, iogurte, em geral leite e seus derivados. Uma observação legal da Laura é que, eliminando esses alimentos por conta da doença, seu organismo pedirá reposição do cálcio, que é fonte do leite e tudo que você não poderá comer, caso tenha a intolerância à lactose. Para isso, ela sugere que você faça uma substituição com bebidas à base de soja, vegetais escuros, peixes e outros. Anotou aí? Não esquece: sempre olhar os rótulos para checar se há leite na composição. O BOCAS disse pra você se cuidar, saúde sempre em primeiro lugar! PÁGINA 3 | BOCAS


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#CantinhoVerde Sarah Menezes

Dica: Bela Cozinha

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m meio a tantos brigadeiros, cup cakes, pizzas e coxinhas, há algumas pessoas no mundo motivadas a levar uma alimentação saudável. Convenhamos, é difícil recusar aquele sorvete que você sabe que é carregado de açúcar. E assim, surgem aquelas nossas inspirações, que fazem com que tenhamos vontade de preparar nosso próprio sorvete de morango (usando morango, é claro). Uma dessas pessoas que têm movido o Brasil em busca de mais saúde é a Bela Gil. Foi a partir da prática de yoga que Bela começou a perceber os benefícios de uma culinária saudável. Ao morar oito anos em Nova York, ela precisou cuidar da própria alimentação, e mantê-la

Ilustração: André G. Silveira BOCAS |PÁGINA 4

adequada. Assim, formou-se em Culinária Natural, pelo Natural Gourmet Institute, e Nutrição e Ciência, pela Hunter College. Bela ainda estudou a filosofia Macrobiótica e a Ayerveda. Ainda em NY, trabalhou como personal chef, nutricionista, e estagiou em dois restaurantes veganos em Manhattan: Candle Café e Candle 79. Hoje, no Brasil, Bela ministra aulas de culinárias, faz consultas particulares e atende como Health Coach. No GNT, a Bela tem o programa “Bela Cozinha”, onde ensina suas receitas, convida alguém e faz a refeição com essa pessoa. O programa é super descontraído, e as receitas podem ser conferidas no site do canal. Além disso, ela

também tem seu próprio blog. Algumas regiões do nosso país não nutrem a cultura de uma alimentação saudável. A maioria de nós já almoçou uma coxinha várias vezes, e achou isso totalmente normal. E o problema é exatamente esse! Não fazemos a ideia de como um almoço assim prejudica nosso corpo e mente. No seu programa, Bela explica por que precisamos recorrer aos alimentos naturais para beneficiar não somente nosso corpo, como também o nosso planeta. Em suas mini aulas, é possível entender por que fritura faz tão mal, por que comer abacate é importante, entre muitas outras coisas. Uma alimentação natural não apenas deixa nosso corpo mais bonito, nossa pele com mais vida e nosso cabelo mais brilhoso. Ela aumenta nosso rendimento, faz com que sejamos mais equilibrados, cuida de quem somos por dentro e por fora. Saber o que colocamos na nossa boca, é saber o que colocamos dentro da nossa vida. O que comemos está em nós, trazendo benefícios e malefícios. Realmente somos aquilo que comemos. São escolhas que fazemos várias vezes ao dia que decidem se nosso sono será agradável, se teremos dores de cabeça, se nossos órgãos funcionarão bem, se seremos mais ou menos ansiosos. É uma questão de cuidar de você e de todos que estão ao seu redor. Com carinho, Sarah.

Sabor e saúde

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ma das ondas do momento é a tapioca. Várias nutricionistas têm falado sobre substituir o pão pela iguaria originária do norte e nordeste brasileiro. Despertada pela curiosidade, pesquisei um pouquinho. Sempre pensei que a tapioca, por ser rica em carboidratos, engordasse muito. Realmente, ela ajuda a ganhar peso, mas o peso bom! Por ser desprovida de colesterol e gorduras saturadas, os açúcares contidos na tapioca são todos “amigos”. Além disso, descobri também que ela é rica em ferro (uma aliada àqueles que combatem a anemia). Por isso, ela também ajuda na circulação sanguínea, porque ajuda a produzir mais glóbulos vermelhos. E mais um bônus: ela é cheia de fibras! Ou seja, ajuda a melhorar a saúde digestiva. Cheia de coisas boas para oferecer, a tapioca ainda é extremamente fácil de fazer. Você só precisa comprar a farinha (preferencialmente orgânica), esquentar a frigideira, preenchê-la com tapica, e pronto. Em cerca de dois minutos ela vira uma goma. Depois é só escolher o recheio e saborear essa delícia que é super saudável! Uma dica de ouro: em um de seus programas mais recentes, a Bela Gil ensina a fazer uma tapioca com recheio de manga. Pode ser tanto um café da manhã super nutritivo quanto uma sobremesa diferente. Corre lá, é super fácil!


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#NaquelaRua... Ana Santos e Camilla Oliveira

...tem diversidade

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nquanto um grupo de homens conversava, uma italianinha muito bonita caminhava pela rua. Impressionado com os atributos físicos da moça, um mascate, que estava junto do grupo, gritou com sotaque turco: “Que bunda bonita!”. A moça, constrangida, respondeu: “O senhor tem uma boca maldita mesmo!”. Foi a partir da fala da italiana que, segundo o sírio Moutih Ibrahim, surgiu o nome “Boca Maldita”, apelido dado à avenida Luiz Xavier, no centro de Curitiba. A Boca é um espaço que reúne cafés, bancas de jornal e outros pequenos comércios. A maioria dos frequentadores faz parte da confraria dos Cavaleiros da Boca Maldita, criada, oficialmente, em 13 de dezembro de 1956, por Anfrísio Siqueira, e dedica-se a debater tudo o que for passível de discussão, como política, esportes e cultura. Entre os estabelecimentos da Boca, há o Café Avenida, localizado no tradicional Edifício e Galeria Tijucas, ao lado das Livrarias Curitiba. É lá que Ibrahim, que mora no Brasil desde 1980, passa suas tardes. “Ficar aqui é como um vício”, declarou com sotaque árabe. Apesar do delicioso café, as discussões políticas e reflexões sobre a vida são o destaque do local. Lauriano Rodrigues, conhecido como Dadá pelos amigos, frequenta o Café Avenida há muitos anos. “Aqui é um refúgio para os solitários, para quem quer jogar conversa fora, mas não encontra

Ilustração: André G. Silveira

companhia”, declarou o ex-jogador de futebol, que agora se intitula pensador. A atmosfera é realmente inspiradora. Todos os dias, há “cavaleiros” conversando, na entrada do Café, sobre temas aleatórios. Dessa vez, estavam lá Ibrahim e Dadá, divagando sobre o conhecimento e a ignorância. “O problema é que a maioria das pessoas não sabe não saber, diferentemente de um bebê, que sorri para o desconhecido”, filosofou Lauriano. Outro fato curioso é a predominância de homens. Segundo Dadá, raríssimas são as frequentadoras do Café. “De vez em quando, aparece alguma política por aqui”, afirmou. Moutih completou: “Somente os homens participam da reunião dos cavaleiros da Boca Maldita, que acontece

todo dia 13 de dezembro”. Além disso, as experiências dos integrantes da confraria são muito interessantes. O sírio Ibrahim contou que, certa vez, investigadores da CIA vieram ao Brasil procurá-lo porque pensaram que ele era um terrorista. A relevância histórica também merece destaque. A liberdade de expressão presente ali significou um grande avanço para a democracia. Ao criticar governos e políticos, muitos dos cavaleiros foram perseguidos, principalmente durante a ditadura militar, que durou de 1964 a 1985. Entretanto, eles não se calaram. A Boca Maldita foi, inclusive, cenário do primeiro grande comício das “Diretas Já!”, em 12 de janeiro de 1984. São os detalhes e o pluralismo que dão ao Café Avenida mais personalidade. A ambiente, que reme-

te ao século passado, desperta curiosidade e instiga conversas e reflexões. Seja para discutir política ou simplesmente relaxar, uma tarde ali é sinônimo de aprendizado. A visita é prazerosa e fundamental a quem queira conhecer mais da capital paranaense. Mais informações Apesar de pequeno, com capacidade para 14 pessoas, o Café Avenida é aconchegante. A iluminação é suave, o piso, decorado, e o aroma, de café fresco. No cardápio, há diversos salgados assados, como pão de queijo, empadinhas e pão de batata, e alguns doces. Como acompanhamento, há, entre as opções, cafés, capuccinos e chás. Os preços são bastantes acessíveis, e o pagamento pode ser feito em dinheiro ou cartão. O telefone de lá é (41) 3022-7314. PÁGINA 5 | BOCAS


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#AdoçandoAVida Maria Luiza Lago

Gelato Che Fa La Differenza!

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uando Cinthia Araújo, 31 anos, estava passeando pelas ruas da Itália, com a sua mãe, ela foi em uma sorveteria com vários sabores diferentes, que a inspiraram a abrir um estabelecimento no Brasil. No dia 17 de março de 2013, Cinthia inaugurou a “Bacio Gelato”, na Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1166, com dois objetivos principais: criar sabores de sorvete com a diversidade de frutas brasileiras e sorvetes com menos açúcar e gorduras hidrogenadas. Visitando a sorveteria num sábado à tarde, pude confirmar os dois objetivos de Cinthia e muito mais: o ambiente é agradável, assim como o atendimento, e os sorvetes... Uma explosão de variedade! Desde frutas típicas brasileiras, como o kiwi, até sorvetes típicos italianos, como o Fior de Latte, cioccolato e pistache, o Bacio Gelato oferece uma diversidade de sabores sem igual. Os doces são divididos em duas seções: os sorvetes em cubos de porções individuais, em copinhos e trufados, e os sorvetes de massa, para comer com casquinha ou no potinho. O que experimentei foi o Dopocena (o sorvete no potinho) de Fior de Latte com frutas vermelhas e a Tartufino de nocciola com chocolate, especialidades da casa. O Tartufino de nocciola com chocolate tem gosto marcante do creme de avelã, que lembra muito Nutella, porém, congelado. Primeiro, coloca-se uma base doce para montar a trufa, adicionando BOCAS |PÁGINA 6

a massa com o sabor e creme de leite fresco, batendo-se tudo depois. Quando se obtém a mistura, coloca-se o doce num ultra-congelador a -40ºC. Há, na sorveteria, 24 opções de sorvete, incluindo sabores diferenciados como torta de banoffi, physalis, abacaxi com gengibre, romeu e julieta, figo com nozes, e, o mais pedido, doce de leite. Além disso há sorvetes em porções individuais chamados “diet proteicos”, feitos com Whey Protein e com menos gordura e açúcar. Cinthia afirma que já fez sabores de sorvetes diferentes dos oferecidos no cardápio, como o sorvete de vinho, que um cliente seu gostava muito e trouxe a garrafa para ela fazer. Com essa variação de pedidos, o número de sabores pode chegar até 56, segundo ela. Além dos sorvetes tradicionais, sem lactose, com um mínimo de 50% de fruta, e as porções individuais, o Bacio Gelato oferece sobremesas, como brownie com sorvete, Fráppe (sorvete batido com leite gelado), Macedonia Do Frutta (salada de frutas com sorvete), Praline (sorvetes em formato de chocolates de caixinha) e tortas geladas, a “Torta Gelato”. Os gelatos, quando feitos com leite e/ou nozes, contêm mais proteína do que a maioria dos sorvetes e um número elevado de vitaminas, principalmente o sorbetti (sorvete de frutas). O gelato feito na sorveteria é produzido de uma forma artesanal com ingredientes naturais, como avelãs, pistaches frescos, leite

e frutas, para uma alimentação mais saudável e equilibrada. Há como você levar seus sorvetes para casa encomendando pelo telefone (41) 3223- 6423. A maioria dos gelatos da sorveteria tem a característica de contar com formatos diferentes, como as tortas de sorvete, redondas e de porções individuais, e os sorvetes em porções quadradas, com frutas puras congeladas em cima ou dentro do doce, dando um gosto e estética especial à sobremesa.Os produtos são feitos diariamente, preservando o gosto e a qualidade do sorvete. O espaço do Bacio Gelato é extremamente agradável, pequeno e aconchegante. A sorveteria funciona de terça a domingo, das 11 horas às 21 horas. Para as festas de final de ano, bolos de sorvete com frutas são os mais pedidos. Com fios de ovos como base, os bolos de sorvete são dos mais diversos, coloridos e saborosos. Para casamentos, aniversários, bodas, festas corporativas e chás de bebês, os sorvetes da Bacio Gelato são muito recomendados, havendo a possibilidade de personalizar os produtos com bandeirinhas, toppers, copinhos e outras ideias que a empresa Happy Things oferece, em parceria com a Bacio Gelato, podendo montar um kit especial para qualquer ocasião. A sorveteria “Bacio Gelato” é uma boa opção para quem procura variedade de sorvetes, aconchego e boa gastronomia, além de um atendimento exclusivo. Ilustração: André G. Silveira Experimente e delicie-se!


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#PrazeresDaMesa Stephanie Machado

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abe aquelas comidinhas que só nossas avós sabem fazer? Aquele bolo de laranja, aquele empadão de frango... Hmmmm! Tudo isso é muito bom, mas hoje vamos aprender a fazer um pastel. Porém, não é um pastel comum de feira. Esse é de polvilho: o quase famoso Pastel de polvilho da Vó Tetê. Dona Terezinha Bassani da Silva (para mim, Vó Tetê) tem 74 anos e aprendeu a cozinhar com sua mãe, tias e irmãs. Hoje ela tenta passar para sua filha, netas e noras seu conhecimento. Vó Tetê tem vontade de abrir uma barraquinha, em alguma feira de Curitiba, para vender os pastéis, e sempre fala que nunca achou esse prato em Curitiba. Ela faz o melhor pastel de polvilho do mundo e diz que os curitibanos irão adorar a iguaria.

Pastel de polvilho da Vó Tetê to de polvilho, mas sim de uma massa particular, com o recheio de carne ou frango. Parece que estamos comendo uma coxinha, até mesmo pelo formato. As pessoas provam logo na primeira vez, ou algumas já recusaram? Depende de pessoa para pessoa. Na primeira vez que experimentaram, as minhas noras não gostaram muito, mas, hoje em dia, até pedem para eu fazer. Como eu disse, ele não tem o sabor de pastel comum.

Confira a receita! Ingredientes 2 xícaras de farinha de milho 1 xícara de polvilho azedo 1 ovo 1/2 xícara de óleo 1 1/2 L de água fervida Sal a gosto Recheio Normalmente é usado carne moída, mas pode ser feito com outro ingrediente de sua preferência.

Modo de preparo Em um recipiente, misture a farinha, o polvilho e o ovo. Lentamente, adicione a água fervida, o sal e o óleo. Vá mexendo com as mãos até dar uma liga consistente. Depois, faça bolinhas com a massa e abra-as para colocar o recheio. Em seguida, feche as bolinhas e frite-as em óleo quente. Bom apetite!

Por que esse petisco é tradição em Siqueira Campos? Porque lá tem a “Festa de Agosto”, em comemoração ao dia do Senhor Bom Jesus da Cana Verde. No evento há uma feira de artesanatos, outros produtos e gastronomia, mas o que mais faz Confira o bate-papo do BOCAS sucesso é o pastel de polvilho. E com a Dona Terezinha: tem ainda, toda a sexta -feira, a feirinha da Lua, na qual as barraComo surgiu esse pastel? Por quinhas vendem o pastel. O que que ele é preparado de forma chama a atenção é o fato de a rediferente? ceita ser antiga e gostosa. Eu sou de Siqueira Campos, norte do Paraná, e, desde muito pe- Qual é o seu segredo para o pasquena, minha mãe e minhas tias tel sair assim, tão saboroso e faziam esse pastel. Eu não sei de perfeito? onde ele surgiu, mas sei que na Acho que o segredo é fazer tudo minha cidade é tradição há mui- com muito amor e carinho. Mestos anos. mo que minha saúde esteja, hoje, um pouco fraca, procuro me deQual é o sabor desse quitute? dicar bastante às coisas que faço, Ele é preparado de uma maneira sempre agindo da melhor maneidiferente. A massa dele é à base ra para tudo sair do jeito que gosde polvilho azedo, então não fica to. Atenção na hora de preparar a igual aos outros pastéis. O sabor massa e fritar para não estourar Ilustração: André G. Silveira dele é leve. Não se sente o gos- são importantes também. PÁGINA 7 | BOCAS


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Eventos Gastronômicos Camilla de Oliveira

Wikibier Festival 2014 acontecerá dia 15 de novembro

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uem é fã de cerveja não pode perder a 4ª edição do Wikibier Festival, marcado para o dia 15 de novembro. O evento contará com mais de 100 rótulos nacionais e estrangeiros, incluindo as tradicionais Hacker-Pschorr e Paulaner, e a paranaense Way Beer. Além da bebida, haverá muita música. As bandas Hillbilly Rawhide, Duo in Blues e Klezmorim agitarão o festival.

As opções de petiscos também serão fartas: Zapata Mexican Bar, Nebraska Burguers e Choripan são alguns dos estabelecimentos que já confirmaram presença. O Wikibier Festival é voltado a todos que gostem de cerveja e queiram conhecer novos sabores e rótulos. Além disso, a animação do pessoal, somada à cerveja gelada e boa música, faz do evento o lugar ideal para levar os amigos e jogar conversa fora.

Serviço O 4º lote de ingressos já está disponível e custa R$36. Eles podem ser adquiridos em diversos pontos de venda, incluindo bares, restaurantes e o Teatro Regina Vogue, ou via internet. O evento acontecerá das 11h às 23h, na Expo Unimed Curitiba, que fica dentro da Universidade Positivo, localizada na Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300.

Ilustração: André G. Silveira

Experimente Ana Santos

Café do Paço

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ocalizado no prédio histórico da primeira prefeitura da cidade, o Café do Paço é uma ótima opção pra quem aprecia boa gastronomia e um ambiente agradável. Com um clima retrô e muito aconchegante, quem frequenta o local, além de apreciar deliciosos muffins, cafés, chás e chocolates, pode também relaxar ao som de algumas apresentações musicais de boa qualidade, com pianistas e cantores diversos. O delicioso expresso sai por R$5, mas o chocolate quente (R$7) é a grande preciosidade da casa. Cremoso, quentinho e suculento, a bebida vem acompanhada de alguns marshmallows, que podem ser levemente mergulhados ao chocolate. Divino! Entre os salgados, você pode pedir um quiche (R$9), deliciosamente recheado com abóbora e carne seca, ou então um tradicional pão de queijo (R$3). História O Paço da Liberdade foi construído em 1916 com o objetivo de abrigar a primeira sede fixa da prefeitura de Curitiba. Cândido de Abreu foi o idealizador do espaço, que é riquíssimo em detalhes e preciosidades arquitetônicas. O local, atualmente, abriga uma biblioteca, sala de internet, estúdio de gravação, sala de cinema e diversas exposições artísticas, além do aconchegante café. BOCAS |PÁGINA 8

Forneria Copacabana

Maria Luiza Lago

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ugar aconchegante, que oferece pratos que incluem carnes, aves, peixes, massas, saladas e pizzas ao forno, com um atendimento de qualidade: essa é a Forneria Copacabana. Com duas sedes, na Rua Itupava, 1155, no Hugo Lange, e na Avenida Iguaçu, 2820, no Água Verde, a Forneria Copacabana dispõe de pratos variados e que não podem deixar de ser experimentados, como a Pescada Equatoriana, o Filé Spring, e, de sobremesa, os deliciosos Canudos Crocantes de Nutella. Os pratos de entrada variam de preço, em torno dos R$24, com delícias como bruschettas no pão caseiro, com quatro sabores diferentes, e queijo coalho no espetinho. Nos pratos principais, as porções são bem servidas, tanto massas quanto carnes, sendo estas sempre acompanhadas de um risoto, purê de batata ou maçã, ou polenta cremosa. As pizzas são servidas em porções individuais, assim como os calzones e o veggie burger. As sobremesas variam das mais clássicas, como o Petit Gateau e o Brownie, até as especiais do restaurante, como os Canudos Crocantes de Nutella (dois cones crocantes médios recheados com Nutella com sorvete de creme) e a Banana Assada (banana assada com licor de laranja e sorvete de creme). O local funciona de segunda a sábado, no almoço e no jantar. Para mais informações, ligue para a central de reservas ((41) 3372-1616).


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