EDIFÍCIO
ELO
O projeto proposto para a disciplina de Atelier de projeto VI, consiste em um edifício multifamiliar de uso misto, em um terreno localizado no Bairro das Graças na esquina de Av. Rui Barbosa com a Rua das Graças. O objetivo do projeto é criar um edifício que permita a conexão do do espaço público com o objeto arquitetônico afim de impulsionar a vitalidade da comunidade do bairro e estimular a fruição pública, além de criar diversidade tornando o edifício parte do meio urbano o tornando interessante para que cidadãos até que não morem nele passem a habitá-lo. Atualmente o terreno em questão é ocupado por uma farmácia, e percebe-se a necessidade de criar uma edificação que acrescente de forma positiva para cidade, dessa forma possuindo uso habitacional e comercial. Para desenvolver um edifício ativo que haja de forma positiva no bairro, foi estudado por um masterplan as potencialidades e peculiaridades da área, e o que poderia ser necessário para estimular o comercio daquela região e também fosse atrativo para as pessoas que o frequenta. A tipologia do bairro tem uma grande diversidade de usos, equilibrando o uso habitacional, comercial e de serviço o que promove sua atividade e fluxo nas ruas. A região possui pouca quantidade de áreas verdes, sendo a mais próxima a Praça do entroncamento, apesar de passar a sensação de que tem uma boa arborização a maioria das arvóres são intra lotes e distantes umas das outras, não colaborando positivamente para o conforto térmico da área.
Para definir os usos comerciais e os tipos de habitação da edificação, foi preciso estabelecer inicialmente o público alvo. De acordo com dados com do IBGE, a população que habita o bairro das graças, tem sua maioria mulheres, com idades entre 25-59 anos, e suas habitações ocupadas por 1 até 8 pessoas. Sendo assim o público alvo do uso residencial são de famílias pequenas, casais e pessoas solteiras. Analisando os usos da área, e levando em consideração os que se encontram distantes, em pouca quantidade ou até não existem nele e, tendo em vista criar um edifício que possua conexão com a comunidade, fazendo as pessoas transitarem pelo térreo do edifício, e habitarem esse elemento arquitetônico, surge a ideia de criar uma grande área central com lojas e quiosques em suas periferias, com usos que faltam na área e também outros que os complementam. Em questão a falta de áreas verdes e a arborização ruim da região, a ideia de criar uma praça pública com jardim e playground elevado no segundo pavimento vazado do edifício, criando um microclima para aquela região e também um ambiente de trocas sociais entre moradores do edifício e do bairro. Para manter este parque a edificação conta com reuso de águas pluviais para o paisagismo e no terceiro pavimento se encontra uma área de lazer privativa para moradores com com usos que poderiam ser usados de forma paga por pessoas do bairro e o lucro seria usado para a manutenção deste pavimento público.
PÚBLICO ALVO COMERCIAL - Alunos e pais das escolas da região - Moradores locais - Profissionais que trabalham na região PÚBLICO ALVO RESIDENCIAL - Famílias pequenas - Pessoas autônomas
LEGISLAÇÃO O terreno do projeto, localizado no Bairro das Graças, está dentro da ZAC controlada II, na Área de restauração urbana, ARU, segundo a lei dos 12 bairros, tendo que seguir diversas leis para construir nesta área. Inserida na Zona de restauração urbana, ZRU, no setor de restauração urbana 1, SRU1. Se encaixando na categoria B, de dimensionamento de vias, levando em conta a Rua das Graças, temos um gabarito máximo de 48m, taxa de solo natural 30%, coeficiente de utilização u=3,0, afastamentos mínimos AFI= 7 metros e ALI=3 metros. Segundo essa categoria também calculamos os afastamentos do lote segundo o número de pavimentos, levando em conta 10 pavimentos para a edificação: - AF= 7 + (10-3) x 0,25 AF= 8,75m - AL= 3 + (10-3) x 0,35 AL= 5,45m A Av. Rui Barbosa pertencendo a outra categoria, tem seu afastamento inicial de 8 metros, por isto se qualquer valor de recuo verificado no cálculo usando os 7 metros da Rua das Graças se for menor, deve ser considerado 8 metros na Av. Rui Barbosa O volume foi colocado um pouco mais para frente na Av. Rui Barbosa para obter um maior afastamento no fundo da edificação para melhorar a ventilação e iluminação Os afastamentos para o subsolo são considerados 3 metros para todas as fachadas.
lLEI DOS 12 BAIRROS E LUOS Leis usadas para desenvolver o projeto
PROGRAMA USO COMERCIAL - Lavanderia self service - Livraria/ sebo - Café - Quiosques de comida - Praça e playground públicos PROGRAMA DE USO RESIDENCIAL - Apartamento tipo studio - Apartamento 2 quartos com sala de estar/ jantar N
Educação
Restaurante
Banco
Praça
Ponto de ônibus
Igreja
Academia
Supermercado
Pequeno comércio
Bike itaú
- Serão admitidas saliências sobre as fachadas, decorrentes de jardineiras, caixas de arcondicionado, colunas, vigamentos, pórticos ou outros componentes plásticos, desde que: I - Não caracterizem piso de compartimento; II - O avanço sobre o afastamento regulamentar não exceda a 0,70m (setenta centímetros); III - Não ocupem mais de 1/3 (um terço) de cada fachada lateral e de fundos excetuando-se os brises que poderão ocupar toda a extensão das fachadas
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EDIFÍCIO
ELO
lLEI DOS 12 BAIRROS E LUOS Leis usadas para desenvolver o projeto
- Art 21 - As exigências de vagas de estacionamento para as vias componentes da ARU:. De acordo com a tabela a partir de 40m² terá q ter uma vaga de carro, e menos de 40m² meia maga para uso residencial, e para uso comercial a cada 40m² uma vaga. Para o projeto desenvolvido considera uma vaga de carro para cada apartamento acima de 40m², tendo 14 vagas residenciais, apartamentos com menos de 40m² não vão ter vagas no estacionamento, para desta forma incentivar o uso de transportes coletivos e ativos; 3 vagas comerciais e 4 para deficientes e idosos no total tendo 20 vagas de estacionamento no subsolo. - Art 41 - É permitida a redução de afastamentos nos seguintes casos: III - As partes da edificação relativas às caixas de escadas, halls, by pass, elevadores e antecâmaras, não sendo entendidas como hall, as circulações condominiais que interligam as caixas de escadas, elevadores e / ou unidades autônomas, poderão ter os afastamentos reduzidos em até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) dos afastamentos exigidos, de acordo com as fórmulas indicadas no parágrafo 30 do Artigo 35, desde que o afastamento resultante não seja inferior ao afastamento inicial previsto no Anexo 6 desta lei; IV - Nos terrenos de esquina, as edificações poderão ter um dos afastamentos frontais, reduzidos em até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do afastamento exigido, de acordo com a fórmula indicada no parágrafo 30 do Artigo 35 , desde que o afastamento resultante não seja inferior ao afastamento inicial previsto no Anexo 6 desta lei. Desta forma a o saque onde se encotra a circulação vertical ultrapassa os afastamentos para o décimo pavimento, encostando no asfastamento inicial da Rua das Graças de 7 metros. O volume residencial é deslocado para frente além do seu recuo frontal permitido seguindo os 25% permitidos na legislação, para, desta forma gerar um maior vão no afastamento dos fundos e permitir iluminação natural e ventilação de melhor qualidade.
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EDIFÍCIO
ELO
CONCEPÇÃO O projeto tem intuito de criar um elemento arquitetônico que fizesse parte do espaço público além de criar um microclima e uma área para trocas sociais. Para concepção da forma, foi desenvolvido dois volumes retangulares, um seguindo o recuo mínimo e outro o recuo máximo de acordo com a legislação. O primeiro volume do térreo com medidas seguindo os afastamentos mínimos exigidos, foram feitas algumas aberturas para privilegiar a esquina e criar permeabilidade visual de vários ângulos. O segundo volume seguindo os afastamentos para o décimo pavimento, teve dois saques, um saque onde funciona a circulação vertical e o segundo saque um jogo de varandas e jardineiras. Foram colocados pilotis entre os dois volumes criando uma área vazada para promover a ventilação cruzada. Por último foram distribuídas jardineiras, em alguns lugares dos volumes. No primeiro volume térreo se encontram os usos comérciais do programa (livraria/sebo, lavanderia e quioques), no pavimento vazado foi feito um parque e playground elevados de uso público, já no segundo volume, na primeira lâmina se encontra o vazado com a área de lazer privativa do edifício (salão de festas, academia e sala de estar/ jogos), e as demais lâminas são de uso residencial.
A lâmina residencial conta com dois tipos de unidades, dois apartamentos do tipo 1 e um apartamento tipo studio. O apartamento tipo 1 conta com 2 quartos, sendo um suíte, sala de estar integrada com a sala de estar, cozinha aberta e área de serviço, as áreas são distribuídas de forma que as menos privilegiadas (cozinha, área de serviço e banheiro) se encontram na fachada poente e as mais privilegiadas se encontram na fachada nascente (quartos e sala de estar/jantar). O apartamento tipo studio conta com duas áreas fixas, o banheiro e a cozinha, o restante do espaço é á uma área comum onde é disposto um layout com quarto e sala de estar.
Croqui esquemático de zoneamento
Croquis do pavimento térreo
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Educacional
PLANTA DE SITUAÇÃO ESC: 1/1000 N
Pequeno comércio
Restaurante
Mercado
Ponto de ônibus
Bike do itaú
Perspectivas aéreas
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PLANTA DE COBERTA ESC: 1/125 N
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PLANTA SUBSOLO ESC: 1/125 N
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PLANTA BAIXA TÉRREO ESC: 1/125 N
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PLANTA BAIXA PAVIMENTO VAZADO 1 ESC: 1/125 N
8/20
PLANTA BAIXA PAVIMENTO VAZADO 2 ESC: 1/125 N
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PLANTA BAIXA PAVIMENTO TIPO ESC: 1/125 N
10/20
PLANTA BAIXA CASA DE MÁUINAS ESC: 1/125 N
PLANTA BAIXA RESERVATÓRIO SUPERIOR ESC: 1/125 N
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CORTE AA ESC: 1/200
12/20
CORTE BB ESC: 1/200
13/20
CORTE CC ESC: 1/200
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FACHADA AV. RUI BARBOSA ESC: 1/200
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CORTE CC ESC: 1/200
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Perspectiva da esquina do edifício
Perspectiva fachada Rua das Graças
Perspectiva da esquina do edifício
Perspectiva do pavimento térreo, vista da Av. Rui Barbosa
Perspectiva fachada leste
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Perspectiva interna apartamento tipo 1
Perspectiva interna do pavimento tĂŠrreo
Perspectiva interna apartamento tipo 1
Perspectiva interna do pavimento tĂŠrreo
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