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Misericórdia - Obra da Figueira com dificuldades financeiras

Na assembleia geral da Misericórdia - Obra da Figueira, que foi realizada na passada segunda-feira (27), foi discutida a sustentabilidade financeira desta casa de ajuda social.

“Ficou demonstrado que nos últimos dois anos, a pandemia, a guerra na Ucrânia e a crise que se vive, entre outras faltas de apoio, designadamente na energia, alimentação e sobretudo no gás, cuja factura aumentou 127% - um acréscimo de 97 mil euros, a Misericórdia - Obra da Figueira e outras instituições de solidariedade não conseguem encontrar soluções para ultrapassar as dificuldades”, afirma Joaquim de Sousa, provedor da instituição.

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Joaquim Sousa apresentou as preocupações que as instituições de solidariedade social estão a passar, lamentando, de acordo com as informações de que dispõem, o facto de que “o total das actualizações dos acordos cobre apenas 30%, sendo que deveria representar 50%”. Perante este cenário “já fecharam no país 127 unidades de cuidados continuados”, acrescenta.

“Neste período em que estamos a sobreviver é complicado, mas vamos continuar a não deixar pessoas à porta, embora estejamos a viver do nosso património e neste contexto seja muito difícil gerir sem retaguarda” explicou.

A reunião foi presidida por Teresa Machado, enquanto o director financeiro, Nuno Cordeiro, deu a conhecer os resultados pormenorizados do relatório e contas de gerência de 2022, que movimentaram cerca de cinco milhões de euros.

Como explica o provedor, o resultado líquido do exercício é negativo em mais de 261 mil euros, sendo que desse montante cerca de 136 mil euros correspondem a correcções contabilísticas, o que conduz a uma redução muito significativa das reservas financeiras, “que procuram religiosamente manter”, impedindo assim durante mais um ano a sua aplicação na valorização do Património da Instituição, tendo o documento em questão sido aprovado por unanimidade.

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