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SPORT CLUB CONIMBRICENSE CELEBRA 113 ANOS COM “BAILE À MODA ANTIGA”
Os anos vão passando e o Sport Club Conimbricense vai ganhando cada vez mais vida e mais estatuto no mundo desportivo. Formado a 3 de Fevereiro de 1910, o clube situado na Baixa de Coimbra celebra precisamente amanhã (3) 113 anos de muita história.
Para celebrar a efeméride o Sport vai abrir as portas da sua sede, no pavilhão localizado na Baixa, pelas 21h00, para um “baile à moda antiga”, intitulado “A menina dança”. A música vai-se fazer com o grupo R Music, ao som de temas bem portugueses, e não faltará muitos momentos divertidos com várias temáticas e jogos tradicionais. Haverá ainda quermesse e comes e bebes.
“Como fizemos o jantar dos 112 anos apenas em Setembro passado, consideramos não fazer o jantar agora e sim um baile à moda antiga, com a dança do ramo e exatamente como se fazia à moda antiga e que muito se fez no espaço do Sport”, revelou Zita, directora téc- nica da equipa de futebol de cegos e tesoureira do clube.
O evento é aberto ao público tendo a entrada um custo de cinco euros, com uma bebida grátis, caso seja apenas uma pessoa, no caso de ser um casal a entrada tem um custo de 7,50 euros e inclui na mesma uma bebida grátis. Este valor de entrada servirá para angariar verba para levar a equipa de futsal de cegos ao Europeu na próxima época que começa em Setembro. “Apelamos aos conimbricenses, e aos que não são, a juntarem-se a nós para nos ajudar nesta iniciativa”, refere Zita.
Com cerca de 100 atletas entre as várias modalidades que têm, a directora técnica admite que há momentos díficeis. “Não é fácil levar um clube destes e mantê-lo em pé, no entanto temos tentado por todos os meios levar o Sport onde ele merece estar que é no topo, e penso que temos conseguido isso, temos feito um bom trabalho. A equipa é unida e estamos sempre a ajudar”.
Vivendo um dia de cada vez e conforme as
Para além da equipa de futebol para cegos e o showdown, têm também o basquetebol, jiu-jítsu, kickboxing, as escolinhas do basquetebol e futsal, ginásio, entre outras possibilidades, Zita realça que o Sport vai “sobrevivendo” com o apoio dos sócios e das ajudas que a União das Freguesias de Coimbra e as raras da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) vão disponibilizando.
Aposta Na Inclus O Social
Com o lema “O desporto à vista de todos”, o Sport Club Conimbricense destaca-se pelo seu apoio na inclusão social. O clube tem como uma das suas principais modalidades o futsal para cegos. Actualmente conta com 16 atletas oriundos de todo o país e treinam nas instalações do emblema todos os sábados. “Temos conseguido ajudar aos poucos estes rapazes e raparigas que têm vindo até nós”, declarou a tesoureira. Criado apenas em 2020, o futsal para cegos tem traçado o seu caminho e prepara-se para ir, em Setembro, ao Europeu onde será disputado em quatro países e terá participação de nove equipas.
O Sport Club Conimbricense financia a alimentação, a deslocação dos atletas para os respectivos treinos e a dormida dos mesmo também chegava a entrar nas contas da Direcção. Contudo, o clube conseguiu criar um dormitório nas suas instalações e vê agora mais um objectivo comprido.
“ Foi uma luta nossa. Não ficou barato e não foi fácil, mas conseguimos e foi mais um passo, mais um degrau e um objectivo que alcançamos”, reforçou.
Mais recentemente foi criada também a modalidade de showdown. Com nove elementos, o Sport aguarda a entrega das respectivas mesas a que a CMC se comprometeu a dar. O clube espera conseguir já em Abril realizar um torneio deste desporto.
Luta Pelo Novo Pavilh O Continua
Há muito que o Sport anseia pela construção de um novo pavilhão a que a CMC prometeu o terreno para que fosse construído um novo espaço do clube de forma a proporcionar melhores condições aos atletas e demais. No entanto, essa promessa, feita em 2000, ainda não viu sinais de avanço e a Direcção lamenta que nada seja feito. “É uma vergonha não sabermos nada. Ninguém nos sabe explicar em que ponto está”, revelou Zita. Apesar da de- mora no compromisso, a tesoureira acredita que a situação pode mudar. “Estou convicta de que é este presidente (José Manuel Silva) que vai resolver esta situação e isso foi uma promessa que nos fez e como bom homem de palavra que é, acreditamos nele”.
Apesar disso, Zita admite que a aprovação do projecto seria uma excelente prenda de aniversário. “Para estes 113 anos queria que a CMC se decida finalmente fazer a escritura do terreno que está prometido, isso era uma boa prenda para que futuramente construíssemos o complexo do Sport que já está em papel e só falta realmente a CMC passar para o nome do Sport”.
Com perto de 500 sócios, Zita deixa o apelo para que continuem a apoiar o Sport Club Conimbricense. “Não se esqueçam de que nós juntos e unidos chegamos mais longe e que todos (sócios e adeptos) estão numa grande instituição que é conhecida além fronteiras”. A quota anual de sócio do clube é de 20 euros anuais.
CPC QUER DISCUSSÃO AMPLA SOBRE COIMBRA-B
Omovimento Cidadãos por Coimbra (CpC) exige uma discussão pública ampla em torno do projecto de criação de uma nova estação ferroviária de Coimbra-B e o plano de urbanização da zona envolvente.
O movimento, que conta com dois deputados municipais, defendeu, em conferêmcia de Imprensa. na terça-feira, a necessidade de se abrir “um processo de participação, à medida da importância que a matéria tem”, afirmou o coordenador do CpC, Jorge Gouveia Monteiro.
“Esta é a grande oportunidade não para pôr umas torres na gravata [o escritor Eduardo Lourenço referia-se a Coimbra-B como uma “gravata mal posta”], mas para coser toda a entrada norte da cidade com o centro […]. Isso obriga a que haja uma participação programada, em que as pessoas se possam pronunciar, não quando houver desenho de plano, porque depois diz-se que é extemporâneo, mas na fase de construção das ideias”, frisou.
Segundo Jorge Gouveia Monteiro, o CpC está a contactar outras forças políticas e movimentos associativos para que haja um envolvimento da cidade na discussão sobre o repensar daquela zona da cidade, referindo que já abordou o presidente da Assembleia Municipal, Luís Marinho (PS), para se avançar com uma Assembleia extraordinária sobre o tema. O coordenador do movimento refere que Luís Marinho mostrou-se receptivo à ideia (a Assembleia Municipal é liderada pelo PS, enquanto a Câmara pela coligação Juntos somos Coimbra).
Para o movimento, há três temas fundamentais: a necessidade de se apresentar uma grande requalificação de toda a zona abrangida pela nova estação de Coimbra-B; uma grande redução do tráfego automóvel junto ao Almegue e à Casa do Sal; e a garantia de preservação da Mata Nacional do Choupal contra quaisquer danos, durante e após a obra.
Jorge Gouveia Monteiro criticou a posição do Executivo, que defende uma nova ponte rodoviária do IC2 sobre o Choupal e o Mondego, considerando que qualquer solução para aquela estrada principal tem de ser “pensada para uma redução do tráfego automóvel e não para a sua manutenção”.
Sobre a necessidade de uma nova ponte ferroviária face à duplicação da Linha do Norte em Coimbra, o movimento não se mostra contra, mas considera que uma ponte rodoviária sobre o Choupal teria grandes impactos para aquela área verde situada junto à cidade.
“Têm de ser esgotadas todas as possibilidades de resolver o IC2 de outra maneira”, vincou.
Para o arquitecto e professor de arquitectura Adelino Gonçalves, dever-se-ia aproveitar o projecto da linha de alta velocidade e reconfiguração de toda aquela zona para se avançar com uma revisão do Plano Director Municipal.
“Está-se a planear a cidade para as necessidades de hoje e abdica-se de uma visão de futuro”, criticou o também membro do CpC, defendendo que Coimbra não pode continuar “subserviente da ditadura do automóvel”. “Somos contra a lógica do come e cala”, acrescentou Jorge Gouveia Monteiro.
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