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CHUC AFIRMA QUE PREVENÇÃO NA LUTA
Contra O Cancro Tem Sido Insuficiente
ODia Mundial do Cancro assinala-se, anualmente, a 4 de Fevereiro. A data foi criada, no ano de 2000, na “World Summit Against Cancer for the New Millenium”, realizada em Paris, e assinala-se por iniciativa da União Internacional de Controlo do Cancro (UICC). Este dia tem o intuito consciencializar, melhorar a educação e promover a acção pessoal e colectiva, na luta contra o cancro. Neste sentido, fomos conversar com vários profissionais do Hospital de Dia de Oncologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
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Campeão das Províncias [CP]: O cancro continua a ser uma doença assustadora. Porquê?
[CHUC]: O diagnóstico de cancro tem (quase sempre) um elevado impacto emocional associado, não só pelo prognóstico de algumas neoplasias quando diagnosticadas em fase avaçanda, mas pelo receio/dificuldades em compreender e cumprir todo o processo terapêutico
[CP]: Quantos doentes recebem por ano e qual a taxa de sucesso?
[CHUC]: Segundo os dados do RON (Registo Oncológico Nacional) (últimos de 2019) foram diagnosticados nesse ano 2348 novos casos de tumores sólidos. Em regra o número de novos casos no CHUC (totalidade das neoplasias) ronda os 3100 novos casos/ano.
[CP]: Foi noticiado, há pouco tempo, que o CHUC vai ter uma nova terapia contra o cancro utilizando células CAR-T. Em que consiste? A quem será aplicada?
[CHUC]: A terapêu- tica com células CAR-T é uma forma de imunoterapia celular, com um mecanismo de acção inovador, que recorre a células do sistema imune colhidas a partir do próprio doente (linfócitos T) que, depois de modificadas geneticamente, passam a expressar um receptor dirigido a proteínas localizadas na superfície das células tumorais e a designar-se como células CAR-T. Estas células são novamente infundidas no doente e vão promover a destruição das células tumorais. Trata-se de uma terapêutica individualizada, que está a ser avaliada e considerada para múltiplas patologias na área da Hematologia (também da Oncologia Médica) e que se poderá traduzir num prolongamento significativo do tempo de controlo da doença e de vida global do doente em múltiplas áreas. Actualmente, o tratamento com Células CAR-T está indicado em Portugal em doentes com alguns subtipos de linfomas não Hodgkin em recidiva ou refractários após ou mais 2 linhas terapêuticas prévias (como o linfoma B difuso de células grandes, o linfoma de células do manto ou o linfoma de células B grandes primário do mediastino) e em doentes com leucemia aguda linfoblástica, também em recidiva ou refractária a tratamentos anteriores. A terapêutica com Células CAR-T tem sido usada em alguns doentes para os quais apenas estratégias paliativas estariam indicadas, por se encontrarem esgotadas as opções terapêuticas eficazes dirigidas à doença oncológica.
Esta terapêutica personalizada permite, não apenas ampliar as opções de tratamento na zona Centro, mas também uma maior comodidade e autonomia para os doentes que sofrem de doenças hemato-oncológicas, com continuação dos cuidados no Centro com o qual já se encontram familiarizados, mais próximo da sua residência e da sua família.
[CP]: As inovações da medicina e na saúde têm permitido avanços significativos na cura de doença oncológica, mas espera-se que daqui a poucos anos metade da população portuguesa tenha um cancro. Como é que se contraria isto?
[CHUC]: Com recursos a medidas de prevenção: primária (atuando nos fatores de risco para o cancro, adotando hábitos de vida saudáveis), secundária (deteção precoce de cancro, por exemplo pelos rastreios de âmbito nacional) e terciária (prestando ao doente o melhor tratamento disponível e reabilitação do doente). Nalguns tipos de tumor, é importante vigiar o aparecimento de outras neoplasias (associadas aos factores de risco ou aos tratamentos realizados).
[CP]: O trabalho de prevenção feito até agora é suficiente?
[CHUC]: Não. A incidência do cancro está a aumentar, acompanhando o envelhecimento da população. As medidas de prevenção primária devem ser adoptadas numa fase precoce da vida. Numa idade mais avançada, os meios de rastreio de cancro já disponíveis em Portugal devem ser implementados de forma correta (população alvo), célere e eficaz, o que não acontece na prática clínica. Isto implica mais recursos humanos e materiais.
A prevenção terciária é tão ou mais importante que a primária ou secundária. Reabilitar um doente de modo a que possa voltar à sua vida social/profissional/ familiar, é um processo moroso que implica colaboração de equipas multidisciplinares, com profissionais não médicos (nomeadamente psicólogos, assistente social e nutricionista). Estas equipas ainda são insuficientes a nível nacional.
Estudo Decorreu Em Colabora O Com O Chuc
Uc Destaca Import Ncia Dos Cuidados Paliativos Pedi Tricos
AUniversidade de Coimbra (UC), em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), acompanhou o último ano de vida de várias crianças com doenças crónicas que faleceram no Hospital Pediátrico de Coimbra e destaca a importância dos cuidados paliativos pediátricos para melhorar os cuidados prestados, sobretudo no que respeita à redução de terapêuticas e procedimentos agressivos neste grupo de crianças.
O estudo sublinha ainda o impacto positivo dos cuidados paliativos pediátricos na redução do consumo de recursos hospitalares.
“Esta investigação corrobora a urgência de se dotarem os serviços de pediatria nacionais de equipas com formação adequada na área de cuidados paliativos pediátricos, por forma a garantir resposta adequada a crianças com doenças avançadas e, na sua maioria, progressivas, cuja evolução para o fim de vida pode ser possível
CHUC ORGANIZA CONGRESSO DE ENFERMAGEM INTENSIVA
A Coimbra Business School vai receber, nos dias 23 e 24 de Março, o Congresso de Enfermagem Intensiva do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), subordinado ao tema “Compromisso com a Pessoa em situação crítica”. Ainda no dia 22 decorrerão no CHUC e na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), vários workshops pré-congresso inseridos na mesma temática. Trata-se de um evento promovido pela equipa de enfermagem do Serviço de Medicina Intensiva do CHUC com a finalidade de estimular o desenvolvimento do conhecimento científico, promover a partilha, a reflexão e o debate sobre desafios e práticas da enfermagem no cuidado à Pessoa em situação crítica, em contexto de cuidados intensivos. Uma importante mais-valia, na óptica dos organizadores deste congresso, foi a submissão da candidatura das actividades formativas do congresso ao processo de acreditação e creditação da Ordem dos Enfermeiros, culminando com atribuição de Créditos de Desenvolvimento Profissional (CDP), sendo a certificação garantida pelo Serviço de Formação do CHUC.
C Ritas
DE COIMBRA TESTA TECNOLOGIA
PARA CUIDADOS A PESSOAS MAIS VELHAS
O Departamento de Inovação da Cáritas Diocesana de Coimbra (CDC) testou, no final de Dezembro, a aplicação Zensi, no Centro Rainha Santa Isabel, com elementos da equipa de enfermagem. Esta tecnologia está a ser testada no âmbito do projecto Pharaon, do qual a instituição é parceira. A Zensi consiste num sensor colocado debaixo do colchão, que avisa os cuidadores quando o adulto mais velho abandona a cama e se este não regressa num determinado período. Permite, também, monitorizar em tempo real movimentos durante o sono sugestivos de quedas, de forma fácil, eficiente e em simultâneo com dezenas de pessoas. Sem nunca substituir o cuidado e supervisão humana, esta tecnologia pretende aliviar a auxiliar tarefas diárias dos cuidadores relacionadas com a segurança.
CHUC E LIGA CONTRA
A EPILEPSIA DO CENTRO PROMOVEM
ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO antecipar e planear, garantindo os melhores cuidados”, sublinha a equipa de investigação da UC.
Actualmente, “a literatura internacional é, ainda, escassa no que respeita ao consumo de recursos hospitalares com crianças com doença crónica complexa no seu último ano de vida”, contextualizam as investigadoras.
De forma a assinalar o Dia Internacional da Epilepsia que se celebra a 13 de Fevereiro, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) através do Serviço de Neurologia e do Centro de Referência de Epilepsia Refratária e a Delegação do Centro da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (DC-LPCE) associam-se associam-se à data com várias iniciativas. Uma delas é a campanha “50 milhões de passos pela epilepsia” cujo objectivo é dar um passo por cada pessoa com epilepsia no mundo, como forma de sensibilizar e alertar para os problemas que estas pessoas, os seus familiares e cuidadores enfrentam. Para que esta iniciativa alcance o seu propósito e seja um sucesso a nível internacional, as entidades fazem um apelo à comunidade a participar enviando, até ao dia 6, uma fotografia a correr ou a andar usando roupa ou acessório roxo para o endereço de email: cie@ chuc.min-saude.pt ou lpcecoimbra@epilepsia.pt .Uma outra iniciativa programada é o contacto de rua com os cidadãos com a oferta simbólica de um pequeno ramo de flores lilás e um cartão com o slogan da campanha Internacional #ENDSTIGMA.
Campe O Das Prov Ncias
www.campeaoprovincias.pt