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Plano de 40 milhões para os SMTUC inclui a compra de 15 autocarros por ano

OPlano de Renovação da Frota dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), apresentado esta quinta-feira, prevê a aquisição de 15 novos autocarros por ano, até 2030, com um custo a rondar os 40 milhões de euros, para reduzir a taza de imobilização dos veículos para 15 por cento.

No imediato (ainda em 2023) está previsto o aluguer de 6 a 10 autocarros standard, com dois a três anos, para suprir as necessidades imediatas, que fazem com que os SMTUC tenha uma frota disponível insuficiente para responder às necessidades, um constante supressão de horários e uma oferta reduzida e pouco fiável, que tem contribuído para a falta de confiança nos serviços.

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A apresentação do Plano para os SMTUC decorreu no Salão Nobre do Município, com a presença do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, da presidente do Conselho de Administração (CA) dos SMTUC, Ana Bastos, bem como dos vereadores Carlos Matias Lopes e Miguel Fonseca, que também integram o Conselho de Administração, e da directora delegada dos SMTUC, Maria João Melo.

No mais curto prazo possível, para além do aluguer de autocarros, o Plano prevê a aquisição de 10 a 20 autocarros diesel standard usados “com uma idade média e quilometragem aceitáveis” e ainda o abate de 15 autocarros, com a necessidade de um investimento de 3,3 milhões de euros.

No total, para concretizar o Plano até 2030 vão ser necessários cerca de 40 milhões de euros, pelo que o Município vai empenhar-se, recorrendo ao Estado Central, na procura de financiamento. Tal como referiu a presidente do CA dos SMTUC, o Município vai, numa próxima fase, empenhar-se na procura de linhas financiamento, sendo que se aguarda com grande expectativa as linhas de financiamento europeu.

“Os SMTUC são um desígnio de todas as forças políticas”, referiu José Manuel Silva, caracterizando este como um “plano de salvação municipal”. O presidente da Câmara de Coimbra sublinhou ainda que o plano representa o “maior investimento alguma vez feito nos SMTUC”, acrescentando ainda que este é um documento “flexível” e que será adaptado, quer às oportunidades de financiamento, quer à futura integração com o MetroBus.

O plano apresenta três cenários possíveis de concretização, sendo que o cenário apresentado foi o 3, com a vereadora Ana Bastos a justificar esta escolha do Conselho de Administração como sendo o cenário “mais realista” e “mais exequível”.

A concretização deste plano vai permitir que, em 2025, a frota se situe nos 136 veículos, valor que se mantém em 2030; ano em que os autocarros entre 0 e 5 anos vão ultrapassar os 50%, ou em que a idade máxima das viaturas se vai situar nos 14 anos.

Para além da renovação da frota, o plano contempla ainda a melhoria do desempenho da Divisão de Equipamen- to e Manutenção, através da contratação rápida de pessoal para as oficinas e para a gestão de sistemas e aumentar ac acções de formação / troca de experiência; da manutenção da prestação de serviço de manutenção externa; da melhoria dos sistemas informáticos, nomeadamente de monitorização da frota, custeio de “obras” e gestão do aprovisionamento; da melhoraria de gestão de stocks e uma maior celeridade nos processos de aquisição.

Segundo o que foi apresentado, para o cenário actual contribuíram “o desinvestimento que os SMTUC têm sofrido ao longo dos últimos anos, bem como a frota extremamente envelhecida”. Os 177 autocarros actuais contam com 119.736.705 quilómetros, representando uma média de 676.478,5 quilómetros. Actualmente, há 14 viaturas com idade inferior a dois anos e há 18 viaturas com mais de 25 anos, das quais, cinco contam com quase 40 anos. Por outras palavras 45% da frota tem mais de 20 anos. A maior fatia de autocarros conta tem entre 10 e 15 anos (55 viaturas), que contam com uma média de 694.446 quilómetros.

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