2 minute read

DANÇAR COM O CORAÇÃO E POR AMOR À ARTE

CÁTIA BARBOSA

(Jornalista do “Campeão no Porto)

Advertisement

Tinha apenas três anos quando descobriu a paixão pela dança. Desde as danças urbanas, à formação em Ballet, Jazz e Contemporâneo, Bárbara Duarte viveu várias experiências. Contudo, foi aos 16 anos de idade que se direccionou para o Hip Hop. Começou a dar aulas no Luso, concelho da Mealhada, onde a “muita adesão” motivou a criação de um grupo.

O Dance With Heart (DWH) nasce, assim, em Setembro de 2017 e dele fazem parte cerca de 200 crianças e jovens entre os quatro e os 20 anos. “À data de hoje, temos evoluído bastante e temos tido muita aderência por parte de crianças e jovens adultos”, explica a coreógrafa

Dance With Heart - Elite Crew na final da competição “Portugal a Dançar” do DWH, Bárbara Duarte, em declarações ao “Campeão das Províncias”. Com um estúdio no Luso e outro em Anadia, o grupo aposta não só em aulas de Hip Hop, mas também em vertentes como Pilates Clínicos, Yoga e Ballet. “A dança não é só um desporto e uma Arte, é também uma terapia”, afirma Bárbara Duarte. Sublinha ainda que há cada vez mais jovens a “amar a dança” e que “temos esta responsabilidade de inspirar os outros e de lhes mostrar de que forma é que esta Arte nos consegue mover”.

Nesse sentido, no ano passado, o DWH – Elite Crew decidiu participar no “Portugal a Dançar”, um concurso nacional de dança. A final foi disputada a 4 de Dezembro, na Mealhada, tendo este sido o único grupo “da casa” em competição. De acordo com a coreógrafa, esta realidade “representou muita responsabilidade, porque sabíamos que todo o município nos ia estar a ver e a apoiar. Não queríamos desiludir ninguém”. Bárbara Duarte considera ainda que poder disputar a final do concurso pode servir como um exemplo para outros grupos de dança. “Não tenham medo de avançar, façam coisas, porque vão chegar longe”, aconselha.

“PORTUGAL É UM PAÍS COM MUITO TALENTO”

Com uma licenciatura na área da saúde e a trabalhar a part-time numa clínica, Bárbara Duarte lamenta não poder transformar a dança na sua pro-

Iniciativa Decorre At 28 De Fevereiro

fissão a tempo inteiro. “É muito difícil focarmo-nos apenas nesta Arte porque, em Portugal, não é fácil viver dela a nível monetário”, critica. A coreógrafa garante que a oferta a nível de competições e formações é ainda menor na zona Centro do país. “É tudo muito focado no Norte e Sul. Por isso, o facto de termos o Portugal a Dançar aqui, na Mealhada, foi das melhores oportunidades que os nossos bailarinos poderiam ter tido”.

A respeito do concurso, o companheirismo, a aprendizagem e a inspiração são, segundo Bárbara Duarte, as palavras-chave que descrevem a experiência. “Não estávamos à espera do grande apoio que tivemos por parte do município e isso é muito bom. Quer dizer que há coisas que estão a mudar. (...) Além disso, todo o companheirismo que temos dentro dos balneários, aliado a ver o talento que temos a nível nacional, foi muito bom”, admite.

Cerca de dois meses após a final do Portugal a Dançar, o DWH promete “participar em mais competições”, afinal, “Portugal é um país com muito talento e é preciso alavancar esse talento e dar bases de apoio aos profissionais para que este deixe de ser um hobby e passe a ser um trabalho a tempo inteiro”, salienta a coreógrafa.

Com o lema “Dançar com o Coração”, o grupo pretende continuar a chegar ao público, fazendo aquilo que faz de melhor. “A dança não é só uma Arte, é uma terapia. Só a dançar com o coração é que podemos mostrar que, efectivamente, cura muitas doenças”, remata Bárbara Duarte.

This article is from: