3 minute read

COIMBRA PODE DIZER QUE ESTÁ EM OBRAS

Oinvestimento público pode ser um motor da economia, ao adjudicar obras a empresas que têm de adquirir muitos materiais e serviços a outras entidades empresariais, proporcionando a movimentação económica e também postos de trabalho. Uma cidade viva vai-se renovando e não apenas ao nível de equipamentos, pois os privados também têm o seu importante papel e desejam investir, apesar de muitas das vezes terem de enfrentar constrangimentos que poderiam demorar menos tempo a serem ultrapassados.

Em Coimbra tem-se assistido, no último ano, à concretização de importantes obras públicas, mas também à renovação de estruturas industriais que estavam abandonadas, assim como à intenção de construir edifícios que tenham uma importante função para escritórios, dado que as novas tecnologias fazem com que muitas empresas grandes tenham pontos de trabalho em vários locais. Está previsto que a associação mutualista Montepio construa dois prédios no espaço da antiga fábrica da Triunfo, na Rua dos Oleiros, na Baixa de Coimbra. O piso inferior dos edifícios terá espaços comerciais e os andares superiores 94 apartamentos T1, T2 e T3.

Advertisement

Uma das grandes obras públicas a decorrer é a construção do edifício Biomed III, no Pólo 3 da Universidade de Coimbra, um dos maiores projectos de infraestruturas científicas em Portugal. São 12 mil metros quadrados de laboratórios de investigação, plataformas tecnológicas de apoio à investigação e, ainda, o MIA - Portugal, o Instituto Multidisciplinar do Envelheci- mento, o primeiro centro de referência no estudo do envelhecimento no sul da Europa. O próximo desafio será a necessidade de avançar com o desenho urbano do plano de loteamento Pólo III, que reabilite o espaço urbano em ligação com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Não muito longe do Pólo III, na Avenida Bissaya Barreto, decorre outra grande obra, que vai dar uma nova face ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra. Encontra-se em construção um novo edifício, com mais de 18 mil metros quadrados de área, para substituir o anterior espaço de Cirurgia/Imagiologia.

Mas não só de novos edifícios vive a cidade, pois Coimbra tem muito edificado que precisa de ser aproveitado e recuperado. Um dos bons exemplos é a requalificação do Colégio de Santa Rita, mais conhecido por Palácio dos Grilos, da Universidade de Coimbra, para aí se instalar a Entidade para a Transparência, conforme já decidiu o Tribunal Constitucional.

Outra recuperação que se irá iniciar será a do icónico edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones de Coimbra, para receber um centro TUMO, onde 1.500 jovens. O projecto representa um investimento de aproximadamente sete milhões de euros, nos primeiros quatro anos de funcionamento, e representa a preparação de 2.000 m2 do edifício centenário para acolher equipamento tecnológico ultramoderno e receber os primeiros jovens em Setembro deste ano.

Nas Ruas Da Cidade

Outra grande obra que é impossível passar despercebida em Coimbra é a do Metro Mondego e já decorrem os trabalhos das quatro empreitadas lançadas pela Infraestruturas de Portugal. Durante todo este ano de 2023 vão sentir-se os efeitos dos condicionamentos da construção do Sistema de Mobilidade do Mondego, o MetroBus.

O troço Serpins - Alto de S. João foi a primeira empreitada a iniciar-se e será a primeira a ficar concluída. Está a ter intervenções em toda a sua extensão (30 km) que incluem adaptações ou construção de 17 estações, requalificação de 13 pontes e pontões, reabilitação de 7 túneis, intervenções em 75 taludes e 25 intersecções rodoviárias e pedonais.

O troço Alto de S. João - Portagem está a ter intervenções em grande parte da sua extensão (5,2 km), nomeadamente nas zonas da Av. da Lousã, Arregaça, Praça 25 de Abril, ao longo de toda a Avenida Fernan- do Namora.e Avenida Emídio Navarro. Esta empreitada inclui também intervenções das empresas Águas de Coimbra e Águas do Centro Litoral, nomeadamente nas redes de abastecimento de água, nas redes de saneamento de águas residuais e a construção da estação elevatória do Parque.

No troço Avenida Aeminium - Hospital Pediátrico estão a decorrer intervenções na Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes e no interior dos HUC. Este ano iniciam-se as intervenções na zona de Celas e Avenida Sá da Bandeira. Esta empreitada inclui a remodelação das redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais por parte da Águas de Coimbra. Neste troço decorre também a empreitada de abertura do canal na Baixa de Coimbra, com a construção por parte da Metro Mondego do edifício-ponte na Rua da Sofia.

This article is from: