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Festival Dias de Dança está de regresso ao Grande Porto
de Medeiros são também alguns dos artistas que vão marcar presença no Festival Dias de Dança de 2023.
OFestival Dias de Dança está de regresso aos palcos do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos, entre hoje (18) e 30 de Abril. Ao todo, são 28 espectáculos, na sua maioria estreias nacionais, e 65 artistas/ companhias de nove nacionalidades (Portugal, França, Alemanha, Itália, Albânia, Turquia, Cabo Verde, Brasil e Estados Unidos da América).
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No que diz respeito ao programa desta 7.ª edição, a co-directora do Departamento de Artes Performativas da Ágora, Cristina Planas Leitão, revelou recentemente, em declarações aos jornalistas, que serão “duas semanas intensas, com espectáculos e actividades, nos quais a dança se questiona e se abre a uma noção de coreografia expandida, de um lugar transcendente onde o movimento acontece, dentro e fora dos corpos, sendo capaz de re-imaginar futuros”.
A mesma responsável adiantou ainda que, este ano, o Festival será distinto daqueles que foram apresentados anteriormente. “Esta edição traz nomes talvez não tão reconhecidos, mas acho que é isso mesmo, esperamos que haja curiosidade de saber quem são estes novos artistas, vários artistas emergentes, novos discursos e outras formas de dançar”, salientou.
Dentro da programação, o destaque vai para a coreógrafa Lia Rodrigues, que abre o palco do Rivoli, e para o Vogue PT Chapter, que será apresentado no Dia Mundial da Dança, a 29 de Abril. Faye Driscoll, Emmanuel Eggermont, Tânia Carvalho, Sofia Dias & Vítor Roriz / Filiz Sizanli e Mustafa Kaplan, Dori Nigro e Gaya
Uma das novidades deste ano prende-se com o facto de o público ser convidado a integrar a experiência e a partilhá-la com os demais. De acordo com Cristina Planas Leitão “nesta edição poderão encontrar (auto)cuidado e um sentido de comunidade, de encontro e de celebração. Acreditamos firmemente que a visão artística contemporânea pode ser de grande contribuição para a sociedade de hoje”.
Ao todo, são 14 palcos distribuídos pela cidade do Porto, por Matosinhos e por Vila Nova de Gaia: Rivoli, Campo Alegre, CAMPUS Paulo Cunha e Silva, Serralves – Museu de Arte Contemporânea, Coliseu Porto Ageas, Palácio do Bolhão, Estação de Metro de São Bento, Avenida dos Aliados, Alameda das Fontainhas, Parque da Cidade, Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery, Casa da Arquitectura, Auditório Municipal de Gaia e Afurada.
O valor dos bilhetes varia entre os 7 e os 12 euros sendo, contudo, de entrada livre os espectáculos realizados no espaço público.
Um estudo desenvolvido pela Universidade da Beira Interior (UBI), com o apoio do RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel, revelou que as fibras de Eucalyptus globulus são mais recicláveis em comparação com outras espécies de madeira. Os resultados do estudo foram divulgados no Tappi Journal, uma revista científica reconhecida internacionalmente há mais de 60 anos, e confirmaram as conclusões alcançadas pela Tokyo University of Agriculture and Technology em 2001.
Os testes realizados demonstraram que as fibras de Eucalyptus globulus, utilizadas na pasta não branqueada produzida pela The Navigator Company no Complexo Industrial de Aveiro, em Portugal, apresentam uma capacidade de suportar, no mínimo, cinco vezes mais ciclos de reciclagem do que fibras de outras espécies, sem perderem suas características de alto desempenho. Isso significa que a fibra celulósica de Eucalyptus globulus é mais resiliente e pode ser reciclada mais vezes, o que é um atributo importante em um contexto de economia circular, onde a reutilização de recursos é fundamental para a sustentabilidade.
Além disso, o estudo também destacou a excelente aptidão das fibras de Eucalyptus globulus na produção de papéis de embalagem. As folhas produzidas com pasta de eucalipto não branqueada conservaram suas propriedades funcionais chave e mantiveram-se aptas para uso em papel de embalagem mesmo após dez ciclos de reciclagem. Em contraste, as folhas obtidas a partir de fibra longa de pasta não branqueada de outra espécie de madeira perderam sua aptidão logo após o segundo ciclo de reciclagem, resultando em papel de menor resistência e qualidade.
Os resultados deste estudo têm implicações significativas para a indústria de papel e celulose, uma vez que a utilização de fibras de Eucalyptus globulus pode contribuir para garantir uma matéria-prima mais adequada para a produção de produtos de qualidade superior, mesmo após múltiplos ciclos de reciclagem. Além disso, a pesquisa também comparou a pasta não branqueada de Eucalyptus globulus com a de outra espécie de eucalipto, Eucalyptus urograndis, e concluiu que a primeira é mais vantajosa para a produção de papel de embalagem quando submetida a vários ciclos de reciclagem.
O sucesso industrial do Eucalyptus globulus é reconhecido desde 1957, quando a Fábrica de Aveiro, em Cacia, Portugal, se tornou o primeiro local no mundo a produzir à escala industrial pasta de celulose para o mercado pelo processo kraft ou ao sulfato, que é o principal processo de produção de pastas celulósicas a nível mundial.