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Campanha pela democracia exige um trabalho diário
CONTINUAÇÃO...
Apesar dos 50 anos do 25 de Abril se assinalarem apenas em 2024, as celebrações já decorrem desde 2022 e vão prolongar-se até 2026. Maria Inácia Rezola não tem dúvidas de que estas acções são importantes para que a mensagem e o simbolismo da Revolução dos Cravos não se percam. “A preservação da história e da memória sobre o 25 de Abril, momento fundador da democracia portuguesa, é essencial para que possamos, em conjunto, afirmar uma sociedade mais participativa, plural e democrática”, sublinha, deixando também o alerta: “devemos, todos, como sociedade, contribuir para combater o esquecimento”.
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A assumir um papel fundamental neste processo estão as escolas que se têm aliado à Comissão Executiva para uma mais eficaz transmissão da mensagem. “A título de exemplo, vamos desenvolver, em parceria com a Associação de Professores de História (APH), cursos dirigidos a docentes, com o objectivo de apoiar a comunidade educativa no conhecimento e acesso a informação e a recursos sobre o período da Revolução e da consolidação democrática em Portugal”, revela Maria Inácia Rezola. Além disso, a Comissão também se associou ao Concurso Nacional de Jornais Escolares, promovido pelo jornal PÚBLICO, e que inclui, um Prémio Especial 25 de Abril, quer este ano, quer no próximo. Os jornais escolares podem candidatar-se até ao dia 31 de Maio.
No início do próximo ano lectivo será também lançada a campanha “Direitos Humanos consagrados na Constituição Portuguesa”, dirigida às escolas. “Este projecto contempla a divulgação de um conjunto de cartazes desenvolvidos por 16 reconhecidos ilustradores portugueses, e será desenvolvida em parce - ria com a APCC – Associação para a Promoção Cultural da Criança, uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem como princípios orientadores a solidariedade, igualdade, cooperação e defesa do ambiente”, expõe a Comissária Executiva.
De acordo com a responsável, esta iniciativa pretende “promover o conhecimento e o debate sobre Direitos Humanos nas escolas envolvendo os respectivos educadores”; “promover o conhecimento e o debate sobre Direitos Humanos na população portuguesa em geral”; e “dotar as escolas com uma exposição permanente sobre Direitos Humanos”. Todas as informações sobre as comemorações dos 49 anos do 25 de Abril podem ser consultadas no site da Comissão em https:// www.50anos25abril.pt/.
Com a certeza de que a luta pela democracia não está terminada e exige um trabalho quotidiano que cabe a todos desempenhar, Maria Inácia Rezola adverte, por fim, que “no tempo em que a palavra ‘literacia’ parece dominar o nosso léxico, talvez devamos prestar mais atenção à literacia democrática. Só assim poderemos combater as ‘sombras’ que ameaçam a democracia e envolver os mais jovens nesta luta”.