Trabalho Final de Graduação – Arquitetura e Urbanismo - Universidade São Francisco Orientadoras: Maria Beatriz Andreotti e Elaine Pereira da Silva
CCentro deAatençãoPpsicossocial S
Bruna Oliveira
Centro de Apoio Psicossocial no Centro Expandido de Campinas com terapias Alternativas
RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESP PIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESP PIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPI IRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPI IRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESP PIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESP PIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPI IRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA RESPI IRA RESPIRA RESPIRA RESPIRA
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AGRADECIMENTOS
Família Às mulheres da minha vida, minha mãe Cintia e minha vó Alayde que com certeza sem toda a dedicação que sempre tiveram comigo, não seria nem metade do que sou hoje. Ao meu pai Weberson e minha avó Eliane que de algum lugar eu sei que olha por mim e se orgulha. A minha prima Thainá por ser uma das pessoas que mais me apoia em todas minhas decisões e por estar sempre comigo. A toda minha família que de alguma forma sempre esteve presente e me dando apoio.
Amigos Aos que se não fossem eles, a universidade não teria graça: Carolina Abbud, Daniel Pereira, Gabriela Toretti, Micaela Molinari, Laryssa Nicola, Nicole Moreira e Wemerson Barbora. Larissa por desde a adolescência estar comigo, acreditar em mim mais que eu mesma e me acompanhar nessa jornada ainda que de longe. Michelle e Gabrielly por me fazerem rir em momentos que eu já não conseguia mais e me fazerem respirar em meio ao caos.
Mestres Aos professores: Barbara Perroni, Marcelo Piovani, Guilherme Carpinteiro, Laura Reily e Decio Pradela, reconheço um esforço gigante com muita paciência e sabedoria. Foram vocês que me deram recursos e ferramentas para evoluir um pouco mais todos os dias. Em especial Maria Beatriz e Elaine pela orientação, paciência e empatia quando mais precisei, vocês são inspirações, não só para mim, mas para toda universidade. Eu vou levar cada ensinamento para a vida. Obrigada por confiarem em mim quando eu mesma não fui capaz de confiar. E por último, mas nunca menos importante, professora Paula Braga. Sem você eu sequer teria continuado a graduação, se não fosse o seu olhar cuidadoso e preocupado, talvez eu tivesse desistido antes mesmo de tentar. Você é e sempre vai ser uma inspiração para mim. Tenho muita sorte de ter cruzado seu caminho.
SAÚDE PARA ALÉM DA SAÚDE Para que as trocas sociais ocorram, para que a vida seja vivida.
Sumário
01
Apresentação
Área de estudo
03
Estudo e propostas urbanísticas|
Escolha do tema
05
Justificativa
Objetivos
07
Análise de Caso
Projeto
09
Referências Bibiolgráficas
01. Apresentação
Apresentação O presente estudo é um trabalho final de graduação, do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade São Francisco, o qual foi orientado pelas professoras Elaine Pereira da Silva e Maria Beatriz Andreotti. O início do estudo se deu a partir de um trabalho em grupo desenvolvido na disciplina de P.I (projeto integrado), descrito no capitulo 2. Dentre as possibilidades de estudo foi escolhido um terreno para implantar o programa para um centro de apoio psicossocial. Centro de Apoio Psicossocial é um serviço de saúde com caráter aberto e comunitário que atua com uma ótica multidisciplinar, ou seja, tem uma equipe multiprofissional. “Lugar de referência e de cuidado, promotor de vida, que tem a missão de garantir o exercício da cidadania e a inclusão social de usuários e de familiares.” (Manual de ambientes, 2013)
Sendo assim, o projeto a ser desenvolvido priorizará uma arquitetura mais humanizada e que traga estrutura suficiente para atender o máximo de pessoas possível, visando a melhora das mesmas.
02. Área de Estudo
Centro Expandido de Campinas
Delimitação da área de estudo. Imagem desenvolvida pela autora. 2020. Google Earth
Hospitais Particulates
CAPS - Cambuí
Área de estudo
03. Estudo e propostas urbanísticas
Histórico
ESCALA 1:25.000
ESTAÇÃO PAULISTA (CAMPINAS/JUNDIAÍ) ESTAÇÃO FUNILENSE (CAMPINAS/COSMÓPOLIS) ESTAÇÃO RAMAL SOROCABANA (CAMPINAS/INTERIOR) ESTAÇÃO GUANABARA (CAMPINAS/MOGI-MIRIM) 1774
Primeira Missa na Matriz Velha 1790 - Cultura da cana de açúcar 1835 - Início da Cultura do café
1842
Campinas é reconhecida como cidade 1842 - Mercado Internacional Café Campinas 1872 - Cia. Paulista de Estrada de Ferro 1875 - Cia. Mogiana de Estrada de Ferro
1876
Prolongamento da Cia. Paulista até Rio Claro 1882 - Imigrantes estrangeiros em Campinas 1887 - Cia. de Água e Esgoto 1889 - Estação Funilense
1900
Epidemia da febre amarela
1908 - Mercado Municipal 1924 - Estação Ramal Sorocabana 1991 - VLT Edifícios Verticais em estilo Art´déco
1940
1948 - Rodovia Anhanguera 1987 - CONDEPACC 1988 - Lei de Uso e Ocupação do Solo 1991 - 6 - Plano Diretor
Setores
ESCALA 1:25.000
35
SETOR 1: VILA INDUSTRIAL E BONFIM SETOR 2: CENTRO COMERCIAL E DE SERVIÇO SETOR 3: CENTRO HISTÓRICO SETOR 4: BOTAFOGO E VILA ITAPURA SETOR 5: JARDIM GUANABARA E BONFIM
Legislação
ESCALA 1:25.000
ZONEAMENTO ZM2 ZONEAMENTO ZC2
ZONEAMENTO ZC4
Morfologia Urbana
ESCALA 1:25.000
1: ORTOGONAL DE TRAÇADO ABERTO + IRREGULAR
Ortogonal de traçado aberto + irregular Edificações mais adensadas
2: GRANDE VAZIO URBANO
Edificações seguem a
Edificações pouco adensadas:
legislação da testada do
grande vazio urbano
lote de 8m 3: ORTOGONAL DE TRAÇADO SEMI-ABERTO + IRREGULAR Não segue a legislação da Quadras de 10.000
testada do lote de 8m e nem
m²
recúos frontais e laterais
Edificações menores e geminadas 4: ORTOGONAL DE TRAÇADO FECHADO + ADENSADO Ortogonal de traçado fechado
Não segue a legislação da testada do lote de 8m e nem recúos frontais e laterais 5: ORTOGONAL DE TRAÇADO FECHADO + RADIAL Edificações seguem a legislação da testada do lote
Topografia
ESCALA 1:25.000
725 700 675 650 625
Hidrografia e Áreas verdes
ESCALA 1:25.000
PRAÇAS CANTEIROS ÁREA VERDE PRIVADA
MACIÇO ARBÓREO CÓRREGOS APARENTES ÁREA VERDE PÚBLICA EM DESUSO Imagem 1: Córrego da Avenida Orosimbo Maia Fonte: Autoria do grupo, 2020
Imagem 2: Pátio da Fepasa Fonte: Prefeitura de Campinas, 2018
Imagem 3: Instituto Agronômico Fonte: IAC, 2018
Imagem 4: Praça Napoleão Laureano Fonte: Portal G1, 2020
Uso e ocupação
ESCALA 1:25.000
INSTITUCIONAL
QUADRA MISTA
COMÉRCIO
LOTE VAZIO
SERVIÇO
VAZIO URBANO
RESIDENCIAL
CANTEIROS E PRAÇAS
TIPOLOGIAS DE USO UNIFAMILIAR 1 - H-1 e H-2 2 - H-3 e H-4 Fonte: Desenvolvido pelo grupo, 2020
MULTIFAMILIAR
3 - HMV-1,2 e 3 4 - HMV-4 Fonte: Desenvolvido pelo grupo, 2020
5 - HMV-4 6 - HMV-5
3
4
5
COMÉRCIO, SERVIÇO E INSTITUCIONAL
1
2
1 - CSE 2 - CSE-1
Fonte: Desenvolvido pelo grupo, 2020
3 - CSE-2, CSE-3 e CSE-4 4 - CSE-5 5 - CSE-6
USO MISTO
3
1 - HCSE 2 - HCSE-1 3 - HCSE-2, 3 e 4 4 - HCSE-5
Fonte: Desenvolvido pelo grupo, 2020
Pontos de Interesse Urbano
ESCALA 1:25.000
SAÚDE
CULTURA, LAZER E ESPORTE
COMÉRCIO SERVIÇO
INSTITUIÇÃO RELIGIOSA EDUCAÇÃO
TRANSPORTE Imagem 1: Hosp. Beneficiência Portuguesa Fonte: Autoria do grupo, 2020
Imagem 2: Mercado Municipal Fonte: Autoria do grupo, 2020
Imagem 3: SESC Campinas Fonte: Autoria do grupo, 2020
Imagem 4: Estação Cultura Fonte: Portal G1, 2020
Imagem 5: Terminal Rodoviário + Terminal Metropolitano Fonte: Wikipedia, 2016
Linhas de Ônibus
ESCALA 1:25.000
Terminal Central
PONTOS DE ÔNIBUS
LINHAS ÁREA 2: 211, 220, 241, 242, 244, 249
FUTURO BRT
DESLOCAMENTO ÁREA 2 LINHAS ÁREA 1: 335, 171, 190
LINHAS ÁREA 3: 312, 352, 369, 333, 353, 377
DESLOCAMENTO ÁREA 1
DESLOCAMENTO ÁREA 3
Fonte: EMDEC
REGIÕES ÁREA 1 (AZUL CLARO): OURO VERDE; VILA UNIÃO;
CORREDOR
AMOREIRAS;
CAMPO
BELO;
AEROPORTO DE VIRACOPOS REGIÕES
ÁREA
2
(VERMELHA):
CAMPO
GRANDE;
PADRE ANCHIETA; CORREDOR JOHN BOYD DUNLOP REGIÕES ÁREA 3 (VERDE): BARÃO GERALDO; SOUSAS; AMARAIS;
RODOVIA
CAMPINAS/MOGI
MIRIM;
CORREDOR ABOLIÇÃO REGIÕES ÁREA 4 (AZUL ESCURO): NOVA EUROPA; JAMBEIRO; ESTRADA VELHA DE INDAIATUBA
Diagnóstico Urbano
ESCALA 1:25.000
ÁREAS COM PATRIMÔNIOS QUE SÃO SUBUTILIZADOS LINHAS FÉRREAS QUE FORMAM BARREIRAS FÍSICAS
VIAS SOBRECARREGADAS E COM LEIS INEFICIENTES ÁREA COM GRANDE CONCENTRAÇÃO DE EDIFÍCIOS SUBUTILIZADOS COMPLEXOS TOMBADOS COM ÁREAS VERDES E EDIFÍCIOS SUBUTILIZADOS ÁREA COM RISCO DE ENCHENTES
LINHA FÉRREA DA FEPASA AINDA EM USO CONTINUAÇÃO DA LINHA DESATIVADA DA CIA. MOGIANA ENCHENTE NA AVENIDA OROSIMBO MAIA CALÇADA ESTREITA DA RUA BARÃO DE JAGUARA
Diretrizes Urbanas
ESCALA 1:25.000
TERMINAIS JÁ EXISTENTES REGIÃO CENTRAL QUE SERÁ BENEFICIADA COM NOVA INFRAESTRUTURA REGIÃO PROPOSTA PARA UM NOVO TERMINAL DO BRT PROPOSTA DE LIGAÇÃO ENTRE OS
PRINCIPAIS TERMINAS DO CENTRO REDISTRIBUIÇÃO DO FLUXO DA REGIÃO SUL, DIMINUINDO PRIVADOS
O E
FLUXO PÚBLICO
DE
VEÍCULOS
DAS
AVENIDAS
CENTRAIS NOVO
FLUXO
PROPORCIONADO
POR
NOVOS MODAIS QUE ATENDERÃO PRINCIPALMENTE
OS
BAIRROS
GUANABARA E VILA ITAPURA CORREDOR PROPOSTO PARA A EXPANSÃO DA LINHA DO BRT, INCLUINDO A RECUPERAÇÃO DE EDIFÍCIOS TOMBADOS PRESENTES NELE ÁREA COM PREDOMINÂNCIA DE SERVIÇOS E INSTITUIÇÕES QUE SERÁ BENEFICIADA COM A IMPLANTAÇÃO DE NOVOS MODAIS
Plano Geral
ESCALA 1:7.500
PARTIDO
CONCEITO
Corredores que integrem INTEGRAÇÃO
transporte público, pedestre e patrimônio;
Novos modais para melhor conforto e redistribuição do tráfego; Maior o fluxo, maior visibilidade, OCUPAÇÃO
maior o interesse de ocupação.
TIPOLOGIAS DE QUADRAS
Tipo
de
ciclofaixa
quadra
com
e
fechada
rua
terminal, para
circulação de pedestres
Tipo de quadra com rua fechada para circulação de pedestres e ciclofaixa
PONTOS DE ACESSIBILIDADE: OS TERMINAIS DE ÔNIBUS E BRT SÃO PONTOS DE CHEGADA NA CIDADE E NO CENTRO, PONTOS DE REFERÊNCIA E DE PARTIDA PARA OS CORREDORES CORREDORES
DE
LIGAÇÃO:
VIAS
COM
MELHORIAS
NA
INFRAESTRUTURA DAS CALÇADAS, EQUIPAMENTOS URBANOS E ILUMINAÇÃO
Projeto de Intervenção
ESCALA 1:7.500
PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS
TERMINAL CENTRAL
CORTES ESQUEMÁTICOS
ESCALA 1:75
ESCALA 1:75
Intervenções Urbanas
ESCALA 1:7.500
FAIXA DE SERVIÇO: LARGURA MÍNIMA DE 0,70M
FAIXA DE PASSEIO OU FAIXA LIVRE: LARGURA MÍNIMA DE DE 1,20M
FAIXA DE ACESSO: SÓ EXISTIRÁ SE A CALÇADA TIVER LARGURA MAIOR QU
ELEMENTOS PUBLICITÁRIOS: LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA, VISANDO promover a limpeza das fachadas e a despoluição visual nos comércios e patrimônios PERCURSO: Criação de corredores com percurso para ser realizado a pé, visando conectar os patrimônios históricos da área, bem como um percurso que pode ser feito pelas ciclofaixas para visitar pontos mais distantes CALÇADA: READEQUAÇÃO DO PASSEIO PÚBLICO, AMPLIAÇÃO DE
TRECHOS
PARA
GARANTIR
acessibilidade,
priorizando os pedestres MOBILIÁRIO URbano: Readequação do existente e inserção de novos mobiliários Colocação de postes de iluminação para aumentar a segurança
COMUNICAÇÃO VISUAL: PADRÃO
DE
INFORMAÇÕES 4
COMUNICAÇÃO
VISUAL
HISTÓRICO-CULTURAIS
COM PARA
ATENDER AS NECESSIDADES DOS PEDESTRES E CICLISTAS DURANTE O PERCURSO
Organização dos Corredores
ESCALA 1:7.500
CORREDOR - TIPOLOGIA 1 FAIXA DE ACESSIBILIDAD E Piso tátil, rampa de acesso e FAIXA DE sinalização SERVIÇO Paisagismo, equipamentos e mobiliários urbanos ESCALA 1:500
CICLOFAIXA Faixa central
CORREDOR - TIPOLOGIA 2 FAIXA DE ACESSIBILIDA DE Piso tátil, rampa FAIXA DE de acesso e SERVIÇO sinalização Paisagismo, equipamentos e FAIXA LIVRE mobiliários Circulação urbanos exclusiva para pedestres, sem piso tátil
ESCALA 1:500
com via de mão dupla
Detalhamento de projeto
Perspectivas corredores com canteiro central, árvores, mobiliários urbanos e piso tátil
Perspectivas corredores com ciclofaixa, piso tátil, sinalização e iluminação
DIRECIONAL
- Utilizado no sentido de deslocamento em áreas de circulação, para direcionar o caminho a ser feito - Textura com seção trapezional e largura entre 40 a 60 cm ALERTA - Perpendicular ao sentido de deslocamento - Indicado para rebaixamentos, obstáculos em balanço, entrada de estabelecimentos, embarque e desembarque, início e fim de rampas PAISAGISMO
Quaresmeira Rosa
Oiti
Gramínea esmeralda
Tibouchina granulosa
Licania tomentosa
Zoysia japonica
MOBILIÁRIO URBANO
Bancos de madeira
Lixeira seletiva
Postes de sinalização com indicação de pontos turísticos e acessibilidade
04. Escolha do tema
Escolha do tema A
Reforma
Psiquiátrica
realizada
no
Brasil
em
2003,
proporcionou um avanço para esse tipo de tratamento. Além de
uma
nova
visão
sobre
as
doenças,
baseadas
no
entendimento e na valorização do ser humano. Com essa reforma, o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) passou a substituir os leitos psiquiátricos. Ele atua com o tratamento das doenças de forma que os usuários consigam se reintegrar
na sociedade e, ainda sim, tenham acompanhamento clínico. Uma vez que antes de sua criação, em 2002, e da reforma, em 2003, os usuários ficavam enclausurados, sem contato com a sociedade ou com a família. Doenças psicológicas atingem cerca de 23 milhões de pessoas no Brasil, segundo o portal EBC. E, de acordo, com a ONU, 75% a 85% das pessoas no mundo não têm acesso ao tratamento
adequado. Portanto, acredita-se que as posições de destaque no ranking de doenças que mais atingem a população mundial seja consequência da falta de tratamentos adequados e acesso a informação sobre eles.
No entanto, por mais que a substituição de leitos psiquiátricos
por CAPS seja um enorme avanço para os tratamentos de tais doenças, ainda não se abordam maneiras alternativas de tratamento, tais como: reiki, musicoterapia, acupuntura, cromoterapia, yoga, entre outros. E, apesar de estarem ganhando espaço, esses tratamentos ainda são muito restritos e de difícil, ou quase nenhum, acesso para a rede pública de saúde.
Foto: Douglas Amorim. 2018
Foto: Douglas Amorim. 2018
05. Justificativa
Foto: Douglas Amorim. 2018
Justificativa
As cidades são lugares de trocas sociais, então porque não levar essas trocas de forma mais humanizada e leve possível para que já sofre? A Associação Brasileira de Psiquiatria afirma que transtornos mentais são a segunda causa dos atendimentos de urgência, a sobrecarga dos sistema público de saúde e necessidade Crescente de atendimentos psiquiátricos, nos dias atuais, levantou a discussão do tema aqui trabalhado, levando em consideração pessoas com baixo índice aquisitivo e que tem mais facilidade de chegar ao centro da cidade de Campinas. A falta desse tipo de equipamento e a enorme lacuna de terapias alternativas e espaços humanizados é o que idealiza o projeto.
06. Objetivos
Objetivos gerais O limite da área é formado pela Avenida Moraes Sales, Rua Irmã Serafina, Avenida Anchieta, Avenida Brasil, Avenida Dr. Alberto Sarmento, Avenida Sylvio Morô, Avenida Prefeito Faria Lima e Avenida João Jorge. -
Usufruir das potencialidades, Fácil acesso Evitar o bloqueio causado pela linha férrea Implantar corredores limitados para pedestres Ligar os principais terminais de ônibus da área
TERMINAL CENTRAL
Imagem desenvolvida pelo grupo. Google Earth. 2020
Objetivos Específicos
Atender a população que não tem oportunidade ou acesso à tratamentos psicológicos adequados, seja por falta de instrução ou por falta de condições financeiras, através de um centro de tratamento especializado em uma abordagem alternativa, juntamente com áreas livres. O projeto tem como objetivo um Centro de Apoio Psicossocial com foco em terapias alternativas e que garanta que pessoas com baixo poder aquisitivo possam ter acessos a tratamentos e informação. A escolha do tema Centro de tratamento para doenças psicológicas, veio a partir de tais informações, contidas acima e através de vivências presenciadas por causa de algumas doenças psicológicas, além de observar que grande parte da população que utiliza o Sistema Único de Saúde não tem acesso a informações sobre ou até mesmo a tratamentos adequados.
O local que será trabalhado é o centro expandido de Campinas, que é o ponto nodal da cidade no que se diz respeito a transporte público e tem acesso fácil da maioria dos bairros tendo aproximadamente 60 linhas de ônibus.
07. Análise de caso
1. Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura e Complementares Fundo II - Distrito Federal
Ano: 2016 Local: Riacho Fundo, DF Autores: Bernardo Richter, Fernando Caldeira de Lacerda, Pedro Amin Tavares, Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho, Guilherme Arnon Schmitt. Colaboradores: Priscila Milena Vicentim, Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo, Maria Isabel Seibel Reis. O projeto recebeu menção honrosa com destaque no concurso, direcionado para Unidades Básicas de Saúde (UBS). A proposta do projeto é criar um bem-estar a todos que frequentam a UBS, sejam pacientes, profissionais que ali trabalham e integrar o projeto à comunidade; possibilitando uma comunicação com os lotes vizinhos e maior permeabilidade.
Ligação com o externo. 2016. Fonte: arquea.com.br
para a Unidade Básica de Saúde (UBS) no Empreendimento Parque do Riacho
A ligação do edifício com a cidade acontece por uma grande varanda, tendo uma transição gradativa entre os espaços externos e internos, em que as pessoas se sintam protegidas (pela grande varanda) e tenham contato com o entorno arborizado. A varanda foi usada, para além de melhorar a ventilação e iluminação, e transformar o ambiente agradável, é um elemento arquitetônico tradicional no Brasil, sendo assim, o sentimento de pertencimento é aflorado, trazendo maior conforto aos pacientes e tendo um serviço público de saúde mais humanizado.
Varanda. 2016. Fonte: arquea.com.br
2. Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont
Arquitetos: Billard Leece Partnership Localização: Austrália Área:600.0 m² Ano:2012 O centro de reabilitação tem como objetivo ser um ambiente residencial, ele está localizado ao lado de um centro de saúde chamado Kardinia, são conectados por uma rampa o que contribuí para a integração dos serviços. Apesar de bastante fechado para quem olha de fora, sua materialidade chama atenção. A fachada principal é revestida com madeira de cipestre branca, além de ser articulada com janelas auto-sombreadas conta com brises nas janelas que estão voltadas para os jardins.
Fachada principal do centro comunitário. Fonte: https://www.blp.com.au/portfolio/belmontcentre/
Sua forma e áreas verdes chamam atenção por darem uma característica mais confortável e, como o objetivo dos arquitetos, aconchegante, assim como residências. Com tudo, sua parte interna ainda da a sensação, observando pelo projeto, de bastante restrição nos cômodos, método que não deverá ser adotado no projeto do Centro de Apoio Psicossoial.
Janelas voltadas para área aberta. Fonte: https://www.blp.com.au/portfolio/belmontcentre/
3. Centro Psiquiátrico Friedrichshafen
Arquitetos: Huber Staudt Architekten Localização: Friedrichshafen, Alemanha Área: 3274.0 m² Ano:2011 Esse projeto, apesar de ser parte de um hospital, tem características a serem ressaltadas, a começar por sua materialidade: concreto aparente e a madeira sem tratamento. Com esse tipo de madeira implica ao local uma aparência mais aberta e arejada maior do que o projeto anterior. O concreto, da maneira trabalhada no projeto, traz uma sofisticação ao local. Além disso, o prédio conta com um amplo corredor totalmente envidraçado o que ajuda na observação da paisagem que o cerca e aproveita a iluminação natural. .
Foto aérea do centro psiquiátrico. Fonte: http://www.huberstaudtarchitekten.de/
Sua configuração com salas grandes de terapia com acessos ao jardim traz ao usuário maior confiança e tranquilidade em seu tratamento, apesar de ser configurado como hospital e tal segmento não ser mais uma possibilidade de espaço para tratamento no Brasil.
Jardim interno com vista para corredor envidraçado. Fonte: http://www.huberstaudtarchitekten.de/
Exemplo na cidade Cândido Ferreira Foi fundada no ano de 1924 com o intuito de cuidar de pessoas com doenças psicológicas. A priori, era um ambiente que não tinha em seu regimento a “liberdade”, seguindo o
antigo sistema manicomial.
O Cândido Ferreira conta com projetos institucionais como: coletivo da música, coletivo do esporte, coletivo dos encontros na arte, entre outros. Também, existe o projeto NOT (Núcleo de Oficinas e Trabalho) que tem como objetivo gerar renda para os usuários os e integrar, pois tem como público alvo
pessoas de baixa renda. Para participar, o usuário deve ser encaminhado por algum serviço de saúde da cidade.
Porém,
está
localizado
no
distrito
de
Sousas,
aproximadamente 10 km do centro de Campinas o que
dificulta
seu
acesso.
Seus
projetos
são
de
extrema
importância para o tratamento de pessoas que sofrem com doenças psicológicas, apesar de não abordarem tratamentos mais alternativos como os citados na introdução ao tema. Com um projeto arquitetônico que visa o bem estar do usuário, a facilidade de acesso e técnicas alternativas e novas, a probabilidade de melhora é muito maior, o que contribui
para o município como um todo.
Fachada Candido Ferreira. Imagem: Carlos Exaltação. 2018
Imagem: Caco Rios. Jan 2020
08. Centro de apoio psicossocial
Motivação Pessoa
É sabido que a fase da universidade, além de importante, é bastante desgastante, ainda mais com um curso como o de Arquitetura e Urbanismo que demanda muito tempo e psicológico para isso. Durante essa jornada, acabei desenvolvendo depressão, o que foi extremamente difícil de conviver, aceitar e explicar para quem estava a minha volta. Entretanto, encontrei apoio em minha família e amigos, e tenho o privilégio de poder fazer tratamento em rede particular, mas e quem não tem esse privilégio? Quem não tem esse apoio? E quem nem sabe o que são doenças mentais e como elas podem dificultar nossa vida? Tendo isso em vista e saindo da minha zona de conforto, veio a ideia de um Centro de Apoio Psicossocial que possa acolher, levar informação e tratar.
Respiro Existem 5 tipos de CAPS, cada qual com suas particularidades voltadas para o público alvo Para crianças e adolescentes: - CAPS i: Atende regiões ou cidades com pelo menos 70 mil hab. Para todas persistentes
as
faixas ou
etárias pelo
(transtornos mentais graves e uso de substâncias):
- CAPS I: Atende regiões ou cidades com pelo menos 15 mil hab. - CAPS II: Atende regiões ou cidades com pelo menos 70 mil hab. - CAPS III: Atende regiões ou cidades com pelo menos 150 mil hab., havendo 5 vagas destinadas para acolhimento noturno ou de observação.
Para todas as faixas etárias (especializado em transtorno pelo uso de álcool ou drogas): - CAPS ad Álcool e drogas: Atende regiões ou cidades com pelo menos 70 mil hab. - CAPS ad III Álcool e drogas: Atende regiões ou cidades com pelo menos 150 mil hab., havendo de 8 a 12 vagas destinadas para acolhimento noturno ou de observação. O escolhido para este estudo foi o CAPS III que tem como características: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas faixas etárias; transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes. O ministério da saúde disponibiliza uma cartilha com as dimensões mínimas para cada CAPS, porém, é pensado numa lógica mais prática do que humanizada. Tendo isso em vista, a ideia do projeto é fazer com que a arquitetura faça parte do bem estar dos pacientes e funcionários a fim de causa uma sensação de RESPIRO.
Implantação
Localização
O terreno escolhido está localizado no médio de três ruas bastante importantes para o município de Campinas. A Avenida Andrade Neves é uma via arterial, sendo assim, possui as características de um cruzamento horizontal geralmente controlado por semáforos, que pode levar a lotes contíguos e vias secundárias e locais, que possibilita o trânsito entre áreas urbanas. Uma das ruas mais movimentadas do centro de Campinas. Avenida Campos Sales, assim como a avenida citada anteriormente, é uma via arterial. Ela conta com 900 metros de extensão e engloba uma significativa infraestrutura de transporte. Segundo a EMDEC (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) passam por ela 63 linhas da empresa Intercamp e 7 linhas intermunicipais. Avenida General Osório, é uma via arterial, porém, dentre as três é a que tem menos movimento, por esse motivo, foi escolhida como entrada para o estacionamento da edificação.
Perfil do terreno
Terreno sem movimentação de terra. Escala: 1/450
Terreno com movimentação de terra. Escala: 1/450
Terreno aterrado. Escala: 1/450
Perfil do terreno
Planta baixa
Escala: 1/450
Planta baixa
Planta baixa
Escala: 1/450
Planta baixa
CORTES
Corte A-A. Escala: 1/450
Corte B-B. Escala: 1/450
Corte C-C. Escala: 1/450
CORTES
Setorização e fluxos
Setorização e fluxos
FACHADAS
Fachada oeste. Sem escala. Desenho produzido pela autora
Fachada leste. Sem escala. Desenho produzido pela autora
FACHADAS
FACHADAS
Fachada norte. Sem escala. Desenho produzido pela autora
Fachada sul. Sem escala. Desenho produzido pela autora
FACHADAS
Perspectiva Externa
Imagem produzida pela autora
Perspectiva Externa
Perspectivas Internas
Imagem produzida pela autora
Imagem produzida pela autora
09. Referências Bibliográficas
Cromoterapia – Benefícios estéticos e promoção da saúde. Disponível em: http://revista.uniplac.net/ojs/index.php/uniplac/article/view/3591 Impacto de um programa de musicoterapia sobre o nível de estresse de profissionais de saúde. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S003471672013000300013&script=sci_arttext SOUSA, Luciana Gomes Cariri. O auxílio da acupuntura no tratamento dos sintomas da ansiedade e depressão. Faculdade Fasam. BABENKO, Paula de Campos. Reiki: Um estudo localizado sobre terapias alternativas, ideologia e estilo de vida. São Carlos, 2004. Cândido Ferreira. Disponível em: https://armazemoficinas.com.br/ Ministério da Saúde. Manual de estrutura física dos centros de atenção psicossocial e unidades de acolhimento: orientações para elaboração de projetos de construção, reforma e ampliação de CAPS e de UA como lugares da atenção psicossocial nos territórios. Brasília, 2013. Walbert, Allan. Saúde mental: transtornos atingem cerca de 23 milhões de brasileiros. Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/05/saude-mental-emnumeros-cerca-de-23-milhoes-de-brasileiros-passam-por. PESSATTI, Mirela Pilon. Intercessão arquitetura e saúde: múltiplas vozes na composição de territórios habitacionais. 2015 - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Campinas, SP.