Canguru | BH | Outubro de 2015 | Número 01

www.cangurubh.com.br | out 2015

Criando filhos em BH

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EXEMPLAR GRATUITO PARA ESCOLAS PARCEIRAS

QUANDO O

elogio elogio atrapalha

DÁ PARA FREAR O

consumismo dos pequenos?

COMO AJUDAR O

FILHO A LIDAR COM

a chegada de um

irmãozinho

20 programas

para a meninada se divertir longe das TVs, dos tablets e dos smartphones

Cuidados tamanho família.

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Agora você pode fazer testes rápidos e comprar vacinas com a garantia do Padrão Araujo de Medicamentos. A aplicação e os testes são feitos na hora pela Vacsim, uma clínica com 15 anos de experiência em medicina preventiva. É rápido, prático e perto de você.

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Araujo Centenário - Funcionários - Av. Getúlio Vargas, 840 • Araujo Cristiano Machado - Cidade Nova - Av. Cristiano Machado, 2.400 • Araujo Estoril - Estoril - Av. Professor Mário Werneck, 1.340 • Araujo Gil Diniz - Nossa Senhora do Carmo - Av. Prefeito Gil Diniz, 777 - Contagem • Araujo Gutierrez - Gutierrez - Rua André Cavalcanti, 222 • Araujo Matriz - Centro - Rua Curitiba, 327 • Araujo Miguel Perrela - Castelo - Av. Miguel Perrela, 530 • Araujo Padre Eustáquio - Padre Eustáquio - Rua Padre Eustáquio, 2.208 • Araujo Portugal - Jardim Atlântico - Av. Portugal, 2.841 • Araujo Praça da Bandeira - Mangabeiras - Praça da Bandeira, 180 • Araujo Savassi - Funcionários - Av. do Contorno, 6.115 • Araujo Sete Lagoas - Centro - Praça Alexandre Lanza, 141 - Sete Lagoas

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nesta edição3

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seções

Gabriela e Letícia (à dir.), filhas de Fábio Alves e Cláudia Antonini: diversão ao ar livre no parque do Cruzeiro

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4 6 14 16 18 20 46 48 50 51 52 54

Primeiras palavras www.cangurubh.com.br Canguru viu e curtiu Eles dizem cada coisa Mundo Kids Moda Para ler com seu filho, por Leo Cunha Na Pracinha, por Flávia Pellegrini e Miriam Barreto Padecendo no Paraíso, por Bebel Soares e Tetê Carneiro Artigo, por Filomena Camilo do Vale e Denise Alves Brasileiro Artigo, por Elizabeth Amaral Crônica, por Cris Guerra

Reportagens Paulo, filho de Maria de Assis Fernandes: aula de música para ficar menos tímido e mais concentrado

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Maria Eduarda e a bebê Manuella, filhas de Danielle Braga: ansiedade e reclamação com a chegada da irmãzinha.

Nossa capa A pequena Manuela, de 5 anos, é filha de Inácio Martins e Flávia Eto. FOTO: Gustavo Andrade

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Solidariedade | Campanha recolherá doações de brinquedos para crianças carentes Música | Aulas para tocar instrumentos estimulam outras habilidades Comportamento | Elogios exagerados por atitudes corriqueiras mais atrapalham do que ajudam Diversão | Confira um roteiro com vinte opções off-line para a meninada se divertir para valer Educação | Um raio X sobre os professores do ensino infantil em Minas Consumo | Como ensinar os filhos que nem tudo que se vê é para comprar Saúde | Qual a utilidade das vacinas que não estão disponíveis na rede pública?

Família | Quando um novo bebê chega em casa, é hora de administrar o ciúme do primogênito

Uma longa gestação QUEM TEVE FILHO prematuro certamente conhece a técnica canguru, na qual o bebê de baixo peso é colocado em contato pele a pele com a mãe, para estimular seu desenvolvimento e reduzir o tempo de internação no hospital.

Quando a colunista Cris Guerra sugeriu o nome Canguru para batizar a revista, não estava pensando nesse procedimento. Mas eu voltei onze anos no tempo e me vi novamente na UTI do Hospital Mater Dei. Meu filho mais velho nasceu na 31ª semana de gestação, com apenas 1 400 gramas. Saí da maternidade deixando-o para trás. Naquelas semanas de angústia, até que ele pudesse ir para casa, não havia nada mais prazeroso do que “fazer canguru”.

Quando o Pedro começou a frequentar a escola, aos 2 anos, pensei pela primeira vez em produzir uma revista com conteúdo para pais que vivem em BH. Eu lia publicações nacionais desse tipo e sentia falta de informações locais, da opinião de especialistas daqui, da indicação de serviços disponíveis na cidade.

Ao contrário da curta gestação do meu primogênito, a da Canguru foi bem longa: mais de oito anos. Precisei amadurecer como jornalista e mãe até me sentir pronta para o desafio. E não posso deixar de registrar neste espaço a gratidão a todos que contribuíram para o “parto” — uma lista imensa de pessoas especiais.

A cada edição, a Canguru terá reportagens sobre questões relacionadas às crianças: educação, saúde, comportamento, bem-estar e lazer. Sempre com um olhar de respeito aos vários modelos de família, a revista quer contribuir para que todos sejam muito felizes vivendo em Beagá. Por isso, a primeira reportagem de capa traz programas para se divertir com os pequenos bem longe das telas de TV e computador.

Criar filhos é embarcar em uma montanha-russa. Dá medo, frio na barriga, vontade de chorar e rir ao mesmo tempo. Com o Pedro e o meu caçula, Gabriel, a viagem tem sido daquelas que os guias sobre parques de diversão em Orlando, nos Estados Unidos, classificam como nível máximo de radicalidade.

Mas não há nada que valha mais a pena na minha vida do que ser mãe desses dois meninos. Pensa o mesmo em relação a seus filhos? Então, a Canguru é para você. Mande suas sugestões e ajude a construir a história desta nova plataforma de conteúdo.

Ivana Moreira, DIRETORA DE REDAÇÃO ivana@cangurubh.com.br

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FOTO: GUSTAVO ANDRADE

4primeiras palavras

Ivana e os filhos Gabriel e Pedro

DIRETOR EXECUTIVO: Eduardo Ferrari DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS: Ivana Moreira

www.cangurubh.com.br DIRETORA DE REDAÇÃO: Ivana Moreira EDITORES EXECUTIVOS: Alessandro Duarte e Paola

Carvalho

EDITORA DE ARTE: Christina Castilho PROJETO GRÁFICO: Christina Castilho (Mondana:IB) REPÓRTER: Rafaela Matias COLABORADORES DESTA EDIÇÃO: Cris Guerra, Cristiane

Miranda, Isabella Grossi (Agência Reporteros), Leo Cunha FOTÓGRAFO: Gustavo Andrade REVISORA: Shirley Souza Sodré

COORDENADORA DE PLANEJAMENTO DIGITAL E MARKETING: Camila Capone GERENTE COMERCIAL E ADMINISTRATIVA: Suellen Moura

A Canguru é uma publicação mensal da Scrittore Editora e Comunicação Ltda.

TIRAGEM: 25 000 exemplares IMPRESSÃO: Artes Gráficas Formato Ltda.

DISTRIBUIÇÃO: Gratuita na rede de escolas parceiras*

e vendida em bancas de BH.

* Instituições particulares de educação infantil que se encarregam de enviar a revista aos pais de seus alunos na mochila dos estudantes. A relação das escolas parceiras pode ser consultada por anunciantes.

PARA ANUNCIAR: ligue para (31) 3546-7818 ou escreva para publicidade@cangurubh.com.br PARA FALAR COM A REDAÇÃO: mande e-mail para redacao@cangurubh.com.br ENDEREÇO: Rua Paul Bouthilier, 207, Mangabeiras, Belo Horizonte – MG – CEP 30315-010.

(31) 3546-7818 Artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião da revista e de seus responsáveis.

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Encontro

Bate-papo de mães blogueiras A convite da revista, elas vão discutir os desafios da maternidade na atualidade

Oficina

Aprenda origami com os pequenos Alex Ferrari ensinará lições básicas da arte das dobraduras no dia 17 FUNDADOR DA ASSOCIAÇÃO Brasileira de Difusão do Origami e do grupo Origami BH, o relações-públicas Alex Ferrari pratica a arte da dobradura desde os 9 anos. Na manhã do dia 17 de outubro, ele fará oficina gratuita aos leitores da Canguru. Será um curso para pais e filhos se divertirem e aprenderem juntos. As inscrições deverão ser feitas por duplas: cada criança com idade a partir de 5 anos deve estar acompanhada por um responsável. Para participar, basta se inscrever no portal cangurubh.com.br e doar duas latas de leite em pó (por dupla) no dia do evento. As doações serão encaminhadas para a Assistência Social Kennedy (Aske), no Pindorama.

Não perca tempo. As vagas são limitadas.

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FOTOS: [1] ALEXANDRE FERRARI; [2] DIVULGAÇÃO; [3] ISTOCKIMAGE.

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Compartilhando suas experiências na internet, dando dicas de serviços e produtos, elas ajudam outras mães na deliciosa (e árdua) missão de criar filhos. Mas, desta vez, a troca de figurinhas será presencial. A Canguru reunirá, no dia 24 de outubro, mães blogueiras de Belo Horizonte para um animado café da manhã com nossa colunista Cris Guerra.

Bebel Soares e Tetê Carneiro, do Padecendo no Paraíso, e Miriam Barreto e Flávia Pellegrini, do Na Pracinha, são algumas de nossas convidadas para esse bate-papo sobre os desafios da maternidade na atualidade.

Acompanhe a cobertura desse encontro — que reunirá também as mães blogueiras do portal cangurubh.com.br — em nossos perfis nas redes sociais.

EDIÇÃO Alessandro

Palestra

Duarte

Todos os meses, a Canguru promove seminários gratuitos sobre temas relacionados à educação dos filhos. Fique atento à programação dos próximos eventos.

Aprenda a estimular o potencial empreendedor do seu filho No dia 31, Fernando Dolabela falará sobre o papel dos pais para que as crianças consigam transformar seus sonhos em realidade TODOS NASCEM COM potencial empreendedor.

Os pais podem transformá-lo em talento real. Ou inibi-lo. É o que diz Fernando Dolabela, um dos mais respeitados especialistas em empreendedorismo no Brasil. Autor de dezesseis livros sobre o tema, incluindo o best-seller O Segredo de Luísa, ele criou metodologias de ensino para serem aplicadas desde o ensino fundamental. “Um passo importante é perguntar a seu filho qual é o sonho dele e como ele pretende transformá-lo em realidade”, ensina Dolabela, que, a convite da Canguru, fará palestra gratuita no dia 31 de outubro, às 10h30, no Cineart Boulevard.

Segundo o escritor e professor, o espírito empreendedor diz respeito a valores, crenças, costumes e visões de mundo do grupo social ao qual a criança pertence. Pais empreendedores criam naturalmente um ambiente favorável aos filhos, mas aqueles que não o são também podem fazer isso, valorizando a capaci-

[3]

dade de inovar, de assumir riscos, de aprender com os erros e estimulando a autonomia e a autoestima.

“A capacidade empreendedora é um requisito não só para quem sonha em abrir o próprio negócio”, diz Dolabela. “É fundamental também àqueles que querem obter um bom emprego, porque as empresas cada vez mais procuram colaboradores que, além de conhecimentos técnicos, demonstrem criatividade e capacidade de liderança.” Por isso é essencial que os pais encorajem seus filhos a construir a própria história.

As inscrições para a palestra de Fernando Dolabela são gratuitas e devem ser feitas no portal da Canguru (cangurubh.com.br). As vagas são limitadas.

Missão Instagram: Dia das Crianças É uma delícia testemunhar o momento em que uma criança ganha um brinquedo muito esperado. Fotografe a reação do seu filho ao receber um presente no Dia das Crianças e compartilhe a imagem no Instagram usando a marcação #cangurubh. As melhores fotos serão publicadas na próxima edição da revista.

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Nossos blogs

EDUARDO FERRARI

FERNANDA AGOSTINHO

Com oito irmãos e dois filhos, o escritor e jornalista vive num mundo bem masculino, onde carros, futebol e videogames são assuntos levados muito a sério. No Papo de Menino, Eduardo fala sobre esse universo cheio de significados para os homens.

Em seu Ciranda, a jornalista sugere um olhar atento ao mundo e aos movimentos sutis que culminam em mudanças e transformações. Sua proposta é estimular outras mães a curtir, juntinho com seus filhotes, as árvores, as plantas, as flores e os pássaros.

FLÁVIA RIOS

IKELINE DE PAULA

Relações-públicas, jornalista e empreendedora, ela tem três filhas (Stela, Letícia e Júlia).

Recebeu a missão de ser mãe de uma criança especial: a Stela.

Em seu Mães de Consultório, fala sobre as descobertas ao lado dessa menina que tem uma história diferente mas não menos especial.

Mãe de três crianças com temperamentos bem diferentes, Ikeline tem as mesmas angústias das mães que frequentam seu consultório de psicopedagogia. No Lição de Casa, ela dá dicas para lidar com os desafios do cotidiano e ter mais harmonia em família.

FLÁVIA FONSECA

LUÍS GIFFONI

Mãe de um menino que nasceu muitas semanas antes do previsto, a jornalista escreveu um livro para compartilhar sua experiência. No blog Mãe Prematura, ela fala desse tema e das surpresas e inseguranças que marcam a maternidade.

Romancista e cronista consagrado, Giffoni conta, no Avoando, histórias sobre filhos e netos — sobretudo as engraçadas. Examina as dificuldades de relacionamento avô-filho-neto e fala ainda de viagens bacanas (uma de suas paixões) para fazer em família.

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FOTOS: GUSTAVO ANDRADE; [1] FOCA LISBOA.

Dez blogueiros — mães, pais e avós — revezam-se diariamente no portal cangurubh.com.br, onde publicam posts sobre suas experiências com as crianças. Cada um a seu modo, eles inspiram, provocam reflexões, divertem e, às vezes, fazem rolar lágrimas no rosto dos leitores.

roteiro MARCÍLIO LANA Ao primeiro contato com os filhos, na sala de parto ou na casa de adoção, não nasce instantaneamente um pai. O professor e jornalista diz que a paternidade é construída a cada dia, nos diálogos e conflitos com as crianças.

No Sem Manual, ele conta histórias sobre seu aprendizado com Lucas e Teresa e propõe reflexões.

NINA GUEDES Receitas e dicas sobre alimentação saudável recheiam o Mãe na Cozinha. A chef e barista conhece por experiência própria como é difícil introduzir certos alimentos na rotina dos filhos e ajuda outras mães na tarefa de fazer com que as crianças gostem de verduras e legumes.

PAOLA CARVALHO A jornalista criou o Conselho de Mãe para compartilhar suas descobertas com Otávio, que nasceu em agosto.

De cara, uma rasteira: Tavinho chegou com catarata congênita, o que tornou maior para ela o desafio da maternidade.

O que Paola descobriu em poucas semanas é que as preocupações de mãe são grandes, mas as alegrias, ainda maiores.

Escolha um bom programa para as crianças O portal da Canguru reúne um roteiro completo de lazer NÃO SABE O que fazer com seus filhos no próximo fim de semana? O que não falta é programação bacana em Beagá.

Acesse cangurubh.com.br e encontre uma opção sob medida para sua família.

O portal reúne um roteiro completo de lazer para as crianças: cinema, teatro, oficinas, exposições e passeios. E, na seção Tudo Grátis, várias alternativas de entretenimento na cidade sem que os pais precisem gastar nada.

Com informações atualizadas diariamente, o cangurubh.com.br tem o mais completo roteiro de entretenimento para os pequenos na cidade.

SÍLVIA DALBEN Ela é uma mãe que adora a internet.

Não gosta de proibir seu filho de assitir à TV e brincar no celular. No Bom para Criança, a jornalista dá dicas sobre aplicativos, jogos e séries de TV e animação que entretêm e educam. E mostra que há um mundo de possibilidades a serem exploradas no YouTube, no Netflix, no Google Play e na Apple Store.

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promoção

fique ligado

Ganhe uma festa de aniversário no Casa do Sol Inscreva-se até o dia 29 e concorra QUEM NÃO GOSTARIA de comemorar o aniversário do filho em grande estilo, sem precisar gastar nada, em um dos bufês infantis mais bacanas da cidade? Para celebrar o lançamento da revista, a Canguru, em parceria com o Casa do Sol Festas Infantis, sorteará uma festa completa* entre seus leitores.

Acesse o portal cangurubh.com.br, confira as regras e par­ticipe desta promoção, que será encerrada no dia 29 de outubro. * Festa de segunda a quinta-feira, limitada a 100 convidados, na unidade Buritis.

Canguru no rádio Todas as terças e quintas-feiras, às 10h40, a diretora de redação da Canguru, Ivana Moreira, conversa sobre temas relacionados à criação dos filhos com os âncoras da rádio CBN BH. Acompanhe o boletim ao vivo sintonizando no dial 106,1 FM ou acesse os podcasts no portal cangurubh.com.br.

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As escolas parceiras da Canguru, uma rede de instituições de educação infantil que mensalmente distribuem a revista aos pais de seus alunos, vão participar do sorteio de uma festa de encerramento do ano letivo de 2015. Será uma tarde bem divertida na primeira semana de dezembro, quando o bufê Casa do Sol estará fechado só para as crianças da escola ganhadora. O sorteio será no próximo dia 8, na redação da Canguru, com a presença de representantes dos estabelecimentos de ensino. Confira o vídeo que será exibido na TV Canguru, nosso canal no YouTube.

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TV Canguru O vídeo de lançamento da Canguru está em exibição em salas de cinema da rede Cineart, na emissora Band Minas e também na TV Canguru, nosso canal no YouTube. Acesse e assista.

FOTOS: [1] DIVULGAÇÃO; [2] SÍLVIA DALBEN.

Fim de ano divertido

Governo de Minas Gerais e ArcelorMittal apresentam:

Diversão em Cena ArcelorMittal É o aço da ArcelorMittal abrindo as cortinas da imaginação

ittal, ArcelorMrde. a n e C ta o em Diversã mingo, às 4 da o d o d o t ultural C | Centro radesco ênis Clube.

B ro t a e T sT do Mina

A ArcelorMittal investe no teatro infantil e leva diversão, cultura e educação para toda a sua família. E no mês das crianças, as princesas, fadas e palhaços vão dividir o palco com o seu filho. Confira a programação de Outubro e descubra como o seu pequeno pode participar dos nossos espetáculos. Não perca! /diversaoemcena

Apoio:

www.famb.org.br

Incentivo: Projeto executado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais

4solidariedade

Dê um presente a seu filho e outro a uma criança carente Canguru, Leitura e Brinkel vão recolher doações de brinquedos para meninos e meninas de creches de Belo Horizonte Para proporcionar um pouco de alegria a pequenos como os da Aske, a Canguru, em parceria com a livraria Leitura e a loja Brinkel, vai recolher doações de brinquedos até o dia 17 de outubro. “ ‘Dê um presente a seu filho e outro a uma criança carente’ é o mote da campanha”, explica a diretora de redação, Ivana Moreira. Os brinquedos arrecadados serão distribuídos em creches da cidade. E a meninada da Aske não vai ficar sem sua comemoração. Com direito a muitas guloseimas, a festa lá, organizada pela revista, será no dia 20. “Quanto mais doações recebermos, mais creches serão beneficiadas”, diz Ivana. Uma excelente oportunidade para ensinar os nossos filhos sobre a importância — e o prazer — de ajudar quem mais precisa.

Toda a distribuição dos brinquedos será registrada nos perfis da Canguru nas redes sociais. Serão aceitos brinquedos novos e usados, desde que estejam realmente em bom estado. Haverá oito pontos de recebimento das doações. Confira.

4LEITURA: lojas dos shoppings BH, Boulevard,

Cidade, Del Rey, Minas e Pátio Savassi.

4BRINKEL: Rua Padre Eustáquio, 2030, Padre

Eustáquio.

4CANGURU: Rua Paul Bouthilier, 207, Mangabeiras.=

FOTOS: DIVULGAÇÃO.

“NESTE ANO NÃO planejei festa de Dia das Crianças nem distribuição de presentes”, conta, com a voz embargada, Wanderley Campos, diretor voluntário da Assistência Social Kennedy (Aske). A comemoração é uma tradição por lá, embora seja realizada sempre com muita dificuldade. Em 2015, no entanto, todos os escassos recursos da creche — que acolhe 240 meninos e meninas de 0 e 5 anos — vêm sendo aplicados na obra para a construção de um espaço coberto, onde os pequenos poderão brincar nos dias de chuva. A realidade dos menores que passam o dia na entidade é dura. “Alguns só se alimentam bem quando estão aqui, porque em casa falta até comida”, diz o diretor. Instalada no bairro Pindorama, na Região Noroeste da cidade, a Aske tem outras 250 crianças inscritas à espera de uma vaga.

LAZER E NATUREZA PARA TODOS E EM TODO LUGAR. A Prefeitura de Belo Horizonte mantém hoje 61 parques municipais abertos ao público gratuitamente. Espaços perfeitos para praticar esportes ao ar livre, cuidar da saúde, se divertir com a família e entrar em contato com a natureza. Além disso, a Prefeitura promove diversas atividades durante todo o ano nos parques da cidade. Confira a programação no site pbh.gov.br/parques e aproveite tudo o que a nossa capital tem a oferecer.

AJUDE A CUIDAR DAQUILO QUE CONQUISTAMOS.

www.pbh.gov.br

EDIÇÃO Camila

Capone

O QUE ESTÁ ROLANDO DE ÚTIL, DIVERTIDO OU CURIOSO NA WEB E NAS REDES SOCIAIS

Comida saudável e divertida

O batom da mãe não, Mariana!

E a Mariana fez coisa errada. Ah, Mariana! Batom não é para comer... é para passar. E ainda sobrou para a coitada da cachorra, a Amora. Não viu ainda?

Acesse bit.ly/ahmariana ou use nosso QR Code.

Monitore seu filho com o celular enquanto ele dorme O bebê dormiu? Que tal ter alguns minutos de descanso e, ainda assim, ficar de olho nele? Com o aplicativo DORMI, você pode usar seu telefone antigo ou tablet como câmera e ver tudo através do seu smartphone. Basta instalar o aplicativo nos dois dispositivos e pronto. O DORMI é gratuito, mas limita o uso a 4 horas de monitoramento por mês. Ele também possui uma versão paga. Ambas as versões são exclusivas para o sistema Android. Quer testar?

É difícil convencer seu filho a comer coisas saudáveis? Que tal transformar as refeições em momentos divertidos? Foi assim que essa mãe australiana conseguiu quebrar a resistência do filho, transformando pratos saudáveis em personagens infantis. Na página do Instagram Jacobs Food Diaries, você poderá acompanhar pratos como a Peppa Pig de ovos mexidos, presunto, queijo e frutas, e se inspirar neles. Ou quem sabe o Mike de Monstros S.A., feito de pedaços de wrap, pasta ao pesto com couve, espinafre, macadâmia e cenoura-roxa?

Quer ver mais?

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Acesse bit.ly/dormi_android ou use nosso QR Code.

Esse aplicativo é para você que já não é mais dono do próprio celular e vive desesperado arrumando a bagunça que seus filhos fazem no aparelho. Com o aplicativo Kid Mode, você cria uma área restrita e personalizada para cada criança. Ele permite acesso a jogos e tem uma área para colorir e desenhar, além de contar com livros em inglês. O aplicativo vem com várias sugestões de joguinhos por idade, mas você pode acrescentar outros que já estejam instalados no aparelho.

Para baixar o Kid Mode no seu aparelho Android ou iOS, acesse os links ao lado ou use os nossos QR Codes.

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Play Store bit.ly/kidsmode_android

Apple Store bit.ly/kidsmode_apple IMAGENS: REPRODUÇÃO.

Para os filhos que adoram brincar no seu smartphone

POR Rafaela

Matias

Descobri sereias e que xis Vi fotos d tem! ela no Google s .

ISABELA, 7 anos, filha de Simone Santos e Wagner Santos.

Eu quero muito um caiaque.

Fada do Dente, quero me mudar logo para a casa nova e que meu pai vire prefeito.

Por que a chuva cai em gotas e não tudo de uma vez?

Por qu mundo e todo coisas oferece p e você ra gente s nu quere nca m?

HENRIQUE, 2 anos, filho de Maria Thereza e Christian Casale, enquanto apontava para uma barra de chocolate.

JOÃO, 6 anos, filho de Roberta Ribas Meira e Marcos Lívio Longuinho Viana.

MANUELA, 5 anos, filha de Viviane Martins e Gilmar Luciano Santos, após seus pais rejeitarem os produtos do oitavo vendedor ambulante na praia.

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Se seu filho também diz pérolas, envie a frase para o e-mail redacao@cangurubh.com.br.

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL.

LÁZARO, 6 anos, filho de Sheila Santos e Wellington Tadeu Maciel.

é o número de crianças nascidas na Região Metropolitana de Belo Horizonte de janeiro a junho de 2015, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Quando chega um bebê, não sobra tempo para mais nada.

Entre banhos, mamadas e papinhas, alguns minutos de cochilo acabam se tornando um luxo. Fazer compras então, nem pensar. Para facilitar a vida das mamães e papais que estão na correria, uma boa opção é se inscrever no clube de assinaturas Go Baby’s. Funciona da mesma forma que os clubes de vinhos, cosméticos ou produtos naturais. Mas o que chega são brinquedos, itens de higiene, materiais educativos, roupas e acessórios de bebês. Para se inscrever, basta acessar o site gobabys.com.br e esperar pelas caixas no conforto de casa.

Grávida e na moda Quem acha que só de macacão e chinelos vivem as grávidas ainda não visitou o blog Chata de Galocha. Desde que a designer Lu Ferreira, fundadora da página, deu a notícia de que havia um bebê a caminho, o seu mais de 1 milhão de seguidoras acompanhou dicas de moda e looks para deixar a gestação ainda mais radiante. “Nessa fase, não é só a barriga que cresce. O corpo muda como um todo e as roupas precisam ser adaptadas”, conta.

Sua dica de ouro é investir em uma terceira peça — como coletes e jaquetas — para compor o visual e disfarçar a falta de cintura característica da gravidez. Sapatos baixos e tênis também estão entre os favoritos. “O essencial é se sentir confortável”, ressalta Lu, que já aguarda ansiosa o nascimento da Beatriz, previsto para novembro.

Para decorar Famosa pelas ilustrações inspiradas na maternidade, a designer Luisa Simão, fundadora do ateliê Abê Studio Criativo, lançará uma linha de tecidos e roupas de cama para bebês. As peças serão feitas sob encomenda e poderão ser customizadas ou estampadas com os requisitados desenhos do ateliê. “A ideia é possibilitar uma decoração personalizada”, afirma Lu. Além da novidade, o Abê conta com diários, acessórios e itens decorativos. As fotos dos produtos estão disponíveis no site eusouabe.com.

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FOTOS: [1] LEO HORTA; [2] REPRODUÇÃO; [3] ARQUIVO PESSOAL.

No conforto de casa

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POR Rafaela

Matias

eu já fui

criança

DIA DAS

CRIANÇAS é na

Paula Fernandes A infância da cantora Paula Fernandes, em Sete Lagoas, é constantemente ressaltada pela artista e já rendeu músicas famosas, como Seio de Minas e Jeito de Mato.

Aos 10 anos, Paula lançou o seu primeiro disco independente e aos 12 foi contratada por uma companhia de São Paulo.

“Os melhores brinquedos das melhores marcas”

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Antonio Anastasia Muito antes de ingressar no Senado, representando o Estado de Minas Gerais, Antonio Anastasia fazia arte pelas ruas do bairro Anchieta, em Belo Horizonte.

Ainda pequeno, o político demonstrava seu gosto pela organização. Aos 4 anos, ele elaborou um manual com regras que deveriam ser seguidas por toda a casa.

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Ziraldo Criador do menino mais maluquinho da literatura infantil, Ziraldo fez a alegria de muitas crianças pelo Brasil. Partes da história podem ter sido extraídas de sua própria experiência no Grupo Escolar Princesa Isabel, em Caratinga, onde estudou durante a infância.

Uma curiosidade: o nome do escritor veio da junção entre os nomes da mãe, Zizinha, e do pai, Geraldo.=

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4moda

Eu vejo flores em você A coleção verão já está nas lojas. Roupas, calçados e acessórios estampados de rosas, orquídeas e afins tomaram conta das vitrines. Abaixo, a pequena Bruna Coelho, de 7 anos, está com um vestido da marca italiana Monnalisa.

Confira outras dicas para arrasar por aí.

SAPATO com estampa da estilista Vivienne Westwood, R$ 110,00, da Melissa.

BH Shopping, Shopping Cidade, Pátio Savassi, Shopping Del Rey e Minas Shopping.

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Conjunto de BLUSA, R$ 119,90, e SAIA, R$ 129,90, da Marisol. BH Outlet Plus Shopping.

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SHORT, R$ 44,99, da Hering Kids.

Shopping Del Rey.

VESTIDO, R$ 479,00, da Monnalisa.

Rua São Paulo, 2150, Lourdes.

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FOTOS: [1] GUSTAVO ANDRADE; [2][3][4][5] DIVULGAÇÃO.

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VESTIDO, R$ 149,90, da Chicco.

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4música

Violões, xilofones e animação Com muita brincadeira, crianças aprendem desde bem cedo a reconhecer instrumentos e notas

OS PEQUENOS ENTRE 3 e 4 anos ouvem uma música sobre a história de um cavalinho e começam a andar em círculo, imitando o trote, com o animal de brinquedo entre as pernas. Sem muita pretensão, aos poucos vão percebendo os sons e tentam reproduzir as notas enquanto contam de 1 a 8. A brincadeira com alto grau de fofura faz parte da aula de musicalização infantil do Núcleo Villa-Lobos de Educação Musical, com sede no bairro Santa Efigênia. “Antes mesmo de compreender as palavras, a criança começa a entender a linguagem pela melodia, como a entonação da fala dos pais”, explica a professora Ana Oraide, com licenciatura em piano pela Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). “Com o passar dos anos, se não estimulamos o aprendizado pela música, o cérebro usa as habilidades destinadas a essa área para outras funções.” Segundo ela, introduzir a criança nesse universo aumenta sua capacidade de percepção, desenvolve a coordenação motora e contribui para a socialização.

As aulas ministradas pela professora Ana Oraide são essencialmente lúdicas. Em um primeiro momento, por meio de brincadeiras, ela instiga o raciocínio e permite o contato inicial com o som. Em seguida, as crianças são apresentadas aos instrumentos. “Vivenciamos os sons, os ritmos e as melodias, aprimorando

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Miranda

as habilidades musicais”, diz. “Com isso, outras áreas são beneficiadas indiretamente, como a psicomotricidade, a concentração e a acuidade auditiva.” Com 4 anos, Paulo, o filho da arquiteta Maria de Assis Fernandes, é um dos alunos da professora Ana. Ele participa das aulas desde 2013 e sua mãe já nota algumas mudanças positivas. “Ele está menos tímido e mais solto, atento, calmo e concentrado”, conta. Há dois Natais, Paulo pediu uma bateria de presente. Ganhou.

Neste ano, já decidiu o que quer ver embaixo da árvore no dia 25 de dezembro: um violino.

Bebês Os menorzinhos do Núcleo Villa-Lobos vão às aulas acompanhados dos pais. É o caso de João, que completou 2 anos em setembro e desde os 6 meses participa ativamente com a mãe, a pedagoga Fernanda Amaral. Ele já sabe diferenciar alguns instrumentos, inclusive seu preferido, o xilofone. Fernanda acredita que o gosto pelas notas musicais é coisa de família, pois seu irmão é músico. “Acho muito importante a criança aperfeiçoar esse dom por meio de brincadeiras”, diz. “O contato com o universo musical desde bebê ajudou o João a apurar a musicalidade que já nasceu com ele.”4

FOTOS: GUSTAVO ANDRADE

POR Cristiane

A pedagoga Fernanda, com Joรฃo, de 2 anos: dom natural aperfeiรงoado

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Canguru

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José Pedro, de 1 ano: desde cedo, ele consegue acompanhar músicas lentas ou rápidas

A professora Mara Rita Pompeu Coelho, da Play — Centro de Desenvolvimento Infantil, no São Bento, explica que os bebês sentem os batimentos car­ díacos da mãe, e esse é o primeiro contato com o universo dos sons. “Quando o bebê nasce, esse mundo sonoro é ampliado”, diz. “A linguagem musical permite à criança se comunicar de maneira espontânea e natural, partindo sempre do intuitivo para o lógico.”

Algumas mães aproveitam a gravidez para reforçar os estímulos. A coordenadora pedagógica Monica Salerno lembra que colocava a caixinha de música perto da barriga para que José Pedro, atualmente com 1 ano, tivesse contato com o delicado som. Ao retornar ao trabalho, ela optou por matriculá-lo na Play. “Quis oferecer ao José um lugar que o estimulasse com várias atividades, entre elas a música.” A mãe conta que o filho consegue reconhecer os ritmos e é uma criança calma. “Desde cedo, ele sabe acompanhar quando a música está mais lenta ou rápida.”

A linguagem musical permite à criança se comunicar de maneira espontânea e natural, partindo sempre do intuitivo para o lógico Diretora do Centro de Musicalização da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Betânia Parizzi estuda os benefícios da música para a meninada há mais de uma década. “Todo ser humano nasce com uma voz e uma musicalidade que mais tarde se transforma na fala e na língua”, afirma. “O bebê, por exemplo, chora, balbucia, gesticula e é assim que interage com os adultos. Sempre que faz isso, é como se estivesse treinando para cantar.” Um dos estudos coordenados pela professora Betânia foi realizado entre 2009 e 2014, com 44 bebês entre 3 e 6 meses de idade, no Ambulatório da Criança de Risco (Acriar),

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do Hospital das Clínicas. Todos haviam nascido prematuros. A pesquisa quis investigar as influências da educação musical no desenvolvimento infantil, com ênfase no progresso vocal e no relacionamento. Foram criados dois grupos — um experimental e o outro de controle — com 22 crianças em cada um. As do grupo experimental tiveram, junto com suas mães, vinte aulas ministradas pela pesquisadora. “Ao menos 17 das crianças que entraram em contato com a música mostraram uma melhor evolução em relação à fala e à interação social”, conta.=

4NÚCLEO VILLA-LOBOS DE EDUCAÇÃO MUSICAL Rua Padre Rolim, 201, Santa Efigênia.

Telefone: 3241-4177.

4PLAY — CENTRO DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL Rua Soares do Couto, 156, São Bento.

Telefone: 2515-5158.

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Elogio é sempre bom, não? Não mesmo. Quando os pais exageram, podem até prejudicar. Saiba como fazer o reforço positivo trabalhar a favor das crianças Matias

PARA OS PAIS, todo filho é perfeito. Tudo o que ele faz, portanto, é digno de elogio. E bota elogio nisso.

Mas será que todo esse carinho no ego é positivo? Na opinião da psicóloga e pedagoga Renata Miranda, não. Mestre em educação, a especialista carrega uma experiência de trinta anos com estudos sobre o tratamento de crianças e garante que os elogios em excesso — ou aplicados em situações inadequadas — são capazes de produzir dificuldades para lidar com fracassos e frustrações. “Elas acabam se sentindo pertencentes a um mundo diferente do de outras crianças, algo superior”, explica. Parte desse conceito baseia-se em um estudo publicado em março deste ano por cientistas americanos e holandeses. Após analisar cerca de 600 crianças e 700 pais e mães, a pesquisa avaliou os efeitos do elogio excessivo na infância e concluiu que os filhos supervalorizados tinham maior tendência a comportamentos narcisistas e a uma visão irreal sobre si mesmos. Por outro lado, Renata acredita que o reforço utilizado na medida certa pode ser um grande aliado na educação, ajudando a fortalecer a autoestima e a valorizar atitudes positivas.

O problema é saber distinguir que tipo de tarefa deve ser exaltada. Segundo Renata, a dica é elogiar o esforço e as atitudes, sem enaltecer características da criança. Frases como “você é esperto” ou “você é muito charmoso” devem ser esquecidas. Uma boa nota após dias de estudos, por sua vez, merece um entusiasmado parabéns. É importante ressaltar que a dedicação e a tentativa precisam ser valorizadas, independentemente do resultado final, como explica a professora do curso de psicologia da UFMG Danielle

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Matos. “Assim, a criança poderá internalizar esse reconhecimento e crer na própria capacidade no futuro.” Isso explica por que a falta de elogio também pode ser prejudicial para a formação. A criança pouco reconhecida em suas atitudes positivas apresenta baixa autoestima e agressividade. Moderação é a palavra de ordem.

Um conselho importante: para ressaltar atitudes positivas, não só palavras devem ser usadas, mas também olhares, sorrisos e gestos de carinho. “A capacidade de reconhecer a singularidade da criança, mostrando que ela é amada e aceita mesmo com as suas falhas, é um dos maiores presentes que os pais podem dar aos filhos”, diz Renata.=

FOTO: ISTOCKIMAGE

POR Rafaela

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4diversão

FOTO: GUSTAVO ANDRADE.

O educador físico Fábio Alves, a arquiteta Cláudia Antonini e suas filhas Letícia, de 5 anos, e Gabriela, de 6, no parque do Cruzeiro: piquenique como manda o figurino

Off-line,

sim, senhor!

Vinte programas capazes de fazer qualquer crianรงa abandonar videogames, smartphones e tablets POR Isabella

Grossi

A

ntes mesmo de completar 1 ano de vida, Rafael Myssior ganhou o seu primeiro iPad. “Qualquer ajuda era bem-vinda. Mãe de primeira viagem, eu não tinha tempo nem para comer de garfo e faca”, lembra a advogada Bárbara Myssior, de 36 anos, que deu à luz seu segundo filho em fevereiro passado. Hoje, aos 2 anos e meio, o pequeno Rafael passa quase três horas por dia conectado — quando não está na rua, dormindo ou na escolinha, que frequenta no período da tarde. “Desde cedo ele já entrava sozinho nos seus vídeos preferidos do YouTube”, conta Bárbara. “Agora deu para cantar em inglês as músicas que descobre na internet.” O caçulinha, segundo ela, está seguindo os mesmo passos.

Apesar de favorecer o desenvolvimento de algumas habilidades cognitivas, especialmente a atenção e a memória, especialistas concordam que a tecnologia pode ser prejudicial à criança se não for utilizada de forma moderada. “O uso abusivo pode trazer inúmeras consequências, que vão desde comportamentos agressivos ou depressivos até sintomas como dores de cabeça e transtornos alimentares”, ressalta a psicanalista e psicopedagoga Cristina Silveira. Estudos da Academia Americana de Pediatria e da Sociedade Canadense de Pediatria, consideradas referências na área, mostram que bebês de 0 a 2 anos não devem sequer ser expostos aos eletrônicos, enquanto miúdos de 3 a 5 devem ter acesso a eles apenas uma hora por dia e, acima de 6, duas horas diárias. “As crianças só terão um desenvolvimento adequado se puderem brincar, socializar, interagir e conviver com outras crianças, com a natureza e com os animais”, complementa Cristina.

Para ajudar os pais nessa difícil tarefa de descobrir novas atividades, Canguru selecionou vinte programas perfeitos que farão a meninada largar mão das parafernálias eletrônicas e esquecer da hora de voltar para casa.

COLABOROU Rafaela

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Canguru

Matias

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Sob o pano xadrez Basta cobrir o gramado com toalhas coloridas, espalhar cestas com sanduíches, sucos, bolos e frutas, e a festa está armada. “É uma forma de nós, pais, interagirmos um pouco com as crianças, entrarmos no mundo delas”, diz a arquiteta Cláudia Antonini, mãe de Letícia, de 5 anos, e Gabriela, de 6. No PARQUE MUNICIPAL AMÍLCAR VIANNA MARTINS, é possível fazer um piquenique como manda o figurino, em um local aberto e bem arborizado. E com bastante sombra, diga-se de passagem. Aproveite para conhecer o primeiro reservatório de água construído em Beagá ou para dar um pulo no mirante que abraça a cidade. Vale tudo nos 18 000 metros quadrados de parque. Só não pode deixar a sujeira para trás.

Parque Municipal Amílcar Vianna Martins. Rua Cobre, 114, Cruzeiro.

Tel.: 3277-4161. 8h às 18h (ter. a dom.). Grátis.

Aventura pré-histórica Não é à toa que o filme Jurassic Park faz tanto sucesso com a garotada. O mistério que ronda a história dos dinossauros deixa qualquer criança intrigada. No MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS DA PUC MINAS dá para ver uma réplica do crânio do Tiranossauro Rex e de seis esqueletos completos dos grandes répteis. As peças dividem espaço com outros quatro esqueletos de aves, extintas e não extintas, e treze exemplares de animais taxidermizados. Dê um pulinho no 3º andar para contemplar o corpo de Idi Amin, o famoso gorila que viveu no zoológico da cidade. Ele foi tão bem preservado que parece ainda ter vida.

Museu de Ciências Naturais PUC Minas. Avenida Dom José Gaspar, 290, Coração Eucarístico. Tel.: 3319-4152. 9h às 17h (ter. a sáb. e feriados); 9h às 21h (qui.). R$ 5,00.

[1]

O administrador Inácio Martins, a jornalista Flávia Eto e os pequenos Davi, de 3 anos, e Manuela, de 5: esporte ao lado do estádio

Muito além do futebol O espaço gigantesco ­ — são 80 000 metros quadrados — e o chão lisinho transformaram a ESPLANADA DO MINEIRÃO no novo paraíso de quem quer andar de skate, patins ou bicicleta. Até mesmo se arriscar na corrida ou fazer uma caminhada. “Praças e ruas de bairro têm muitos desníveis e buracos, o que acaba dificultando para as crianças aprenderem”, conta a jornalista Flávia Eto. O importante é estimular a prática de esporte em um local adequado, com estrutura de banheiros, bebedouros e lanchonetes. E o melhor: é gratuito.

Esplanada do Mineirão. Avenida Antônio Abrahão Caram, 1001, Pampulha. Tel.: 3499-4300. 7h às 21h. Em dias de evento, não é permitida a visitação.

[2]

FOTOS: [1] MARCOS FIGUEIREDO; [2] GUSTAVO ANDRADE; [3] VALE VERDE/VALDO.

[3]

Além do horizonte

De tudo um pouco Ao misturar natureza e recreação ao ar livre, o PARQUE VALE VERDE tornou-se um dos mais concorridos pelas crianças de BH. Construído em Betim, a 42 quilômetros da capital, o lugar oferece um mundaréu de atrações aos pequenos. Tem tirolesa com 230 metros de extensão, arco e flecha, charrete, pônei, bungee trampolim, para subir e descer fazendo acrobacias, uma parede de 6 metros para escalada e, a favorita, a gigante bolha inflável Water Ball. A fauna e a flora são um chamariz à parte. Mais de 1 300 animais e um sem-número de espécies de árvore e plantas enriquecem a visita ao local. Quando der fome, vale fazer um pit-stop na lanchonete ou no restaurante de lá.

Parque Vale Verde. Rua Ary Barbosa da Silva, 950, Vianópolis, Betim. Tel.: 3079-9171. 9h às 17h30 (ter. a dom.). R$ 20,00 e R$ 10,00 para crianças entre 6 e 12 anos e idosos. Até 5 anos, grátis.

Com 400 000 metros quadrados, o PARQUE DA SERRA DO CURRAL — cartão-postal eleito pelos belo-horizontinos símbolo da cidade — agrada não só aos maiores de idade. Pelo contrário. É bem comum encontrar crianças em excursões ou em passeios com os pais. Fora a vista de importantes pontos turísticos (são dez mirantes espalhados pelo local), os contornos da capital acomodam trilhas e praças de convívio, onde é possível caminhar e descansar à vontade. Há água disponível para o consumo, mas é sempre bom levar um lanchinho para forrar o estômago.

Portaria 1 do Parque Serra do Curral.

Avenida José do Patrocínio Pontes, 1951 (Praça Estado de Israel), Mangabeiras. Tel.: 32778120. 8h às 17h (ter. a dom.). Grátis.

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Se BH não tem mar...

Não é por que os pequeninos foram criados longe da areia que eles não podem se perder nas maravilhas do mundo subaquático. Com 600 metros quadrados, o NO MUNDO DAS ÁGUAS reúne mais de 150 espécies de animal: são 38 aquários, sendo catorze de água doce e 23 marinhos. O espaço abriga também um lago de carpas, peças de naufrágio e esqueletos de corais. A maior aventura, sem dúvida, fica por conta do tanque de tubarões, a atração favorita das crianças, que se esbaldam, ainda, no aquário de toque. Lá, elas podem tocar em ouriços e ofiúros.

[1]

No Mundo das Águas. Rua Montes Claros, 322, Carmo. Tel.: 3264-4467. 13h às 18h (seg. a sex.); 9h às 17h (sáb.). R$ 18,00. Crianças de 3 a 12 anos e idosos pagam R$ 10,00. www.nomundodasaguas.com.br.

Bonecos para todos os gostos

[2]

Museu Giramundo. Rua Varginha, 245, Floresta. Tel.: 3446-0686. 9h às 12h e 13h às 15h (seg. a sex.). R$ 15,00.

Velha infância Imagine uma linda casa, bem parecida com as de boneca, e que tem, dentro dela, um acervo permanente de mais de 900 brinquedos. Sim, estamos falando do MUSEU DOS BRINQUEDOS, visita obrigatória para a meninada. Criado em 2006 para reunir a gigantesca coleção de Luiza de Azevedo Meyer, morta em 2000, o recinto guarda pérolas que vão fazer papais e mamães cair em nostalgia. Tem jogos de tabuleiro, Atari, Fofão, Playmobil, futebol de botão, autoramas, Genius e uma Legoteca. No mês de outubro, todo sábado tem programação especial.

[3]

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Museu dos Brinquedos. Avenida Afonso Pena, 2564, Funcionários. Tel.: 32613992. 9h às 17h (seg. a sex.); 10h às 17h (sáb. e feriados). R$ 20,00.

FOTOS: [1] [3] [5] GUSTAVO ANDRADE; [2] DIVULGAÇÃO; [4] PEDRO FURTADO/COLETIVO IMAGINÁRIO.

Quase toda criança aprecia um bom espetáculo. Se tem títere e fantoche, então, nem se fala. Inaugurado em 2001, o MUSEU GIRAMUNDO abriga o maior acervo de bonecos utilizados em tea­tro da América Latina. São mais de 1 300 exemplares, criados com os mais diferentes materiais — de cerâmica a acrílico — e levados ao palco ao longo dos 45 anos de história do Grupo Giramundo. Todas as experiências da trupe também estão registradas ali: fotografias, cenários, filmes e áudios. Além de desenhos e projetos técnicos assinados por Álvaro Apocalypse (1937-2003), um dos mais importantes bonequeiros do Brasil e do mundo.

Fiquem atentos à programação do Dia das Crianças. Tem visita guiada, oficina de teatro de sombras e esquetes.

Um dia na floresta Muita gente deve conhecer o MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL E JARDIM BOTÂNICO DA UFMG por causa do imenso — e delicado — Presépio do Pipiripau. A obra está fechada para restauração, mas o lugar continua sendo um bom refúgio para entreter a turminha. Somente no museu estão expostas mais de 70 000 peças arqueológicas, indígenas, botânicas e zoológicas. O espaço também é repleto de trilhas, lagos e nascentes.

Sem contar a quantidade de bichos andando soltos por lá: tem macacos-prego, micos-estrela, cutias e gambás. No Viveiro de Mudas, além de conhecer mais de 100 espécies coletadas na própria mata, dá para aprender sobre o desenvolvimento das árvores.

Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG. Rua Gustavo da Silveira, 1035, Santa Inês. Tel.: 3409-7650. 9h às 16h (ter. a sex.); 10h às 17h (sáb. e dom.). R$ 4,00. Crianças até 5 anos e idosos não pagam.

O céu não é o limite Não há nada melhor do que aprender brincando. Programe uma dobradinha PLANETÁRIO E TERRAÇO ASTRONÔMICO NO ESPAÇO DO CONHECIMENTO UFMG e transforme a ciência em diversão pura. Aberto à visitação de maio a outubro, o terraço possui teto retrátil, perfeito para a observação do céu por meio de telescópios. O planetário, por sua vez, cultiva uma rica programação durante todo o ano, que envolve, entre outros espetáculos, sessões com projeção dos corpos celestes e exibição de filmes ligados à astronomia.

[4]

Espaço do Conhecimento UFMG. Praça da Liberdade, s/nº, Funcionários. Tel.: 3409-8350. Planetário: 13h às 17h (ter. a dom.); 13h às 20h (qui.). R$ 6,00.

Terraço Astronômico: quinta, das 19h às 21h. Grátis.

Decifrando pistas Se existe uma brincadeira que nunca sai de moda e entretém a criançada, e também os adultos, é a caça ao tesouro. Reúna a turminha, prepare charadas, cruzadinhas, anagramas e outros enigmas e vá direto ao navio pirata do PARQUE MOSTEIRO TOM JOBIM. O aparato, supercolorido, é uma das atrações do lugar, que tem, ainda, playground, brinquedos de madeira, amarelinha, quadro-negro e, claro, uma extensa — e aconchegante — área verde.

Parque Mosteiro Tom Jobim. Rua Doutor Ismael de Faria, 150, Luxemburgo. Tel.: 3277-8816. 8h às 18h (ter. a dom.). Grátis.

Manobra radical

Vitor Bernardes, de 8 anos: esporte promete desenvolver reflexos e aumentar a concentração e o equilíbrio

Ficar em pé sobre quatro rodas pode parecer um desafio e tanto, mas é diversão garantida para a turminha mais despojada. Além de oferecer aulas de skate para crianças a partir dos 4 anos, a BLUNT SKATE PARK aluga a pista para quem quer se aventurar nas horas vagas. O esporte, que é perfeito para gastar energia, ajuda a desenvolver reflexos e aumenta a concentração e o equilíbrio. Incentive os pequenos e aproveite para brincar junto. Só não vale esquecer dos equipamentos de segurança: cotoveleiras, joelheiras e capacete são fundamentais para evitar maiores estragos.

Blunt Skate Park. Rua Montes Claros, 189, Carmo. Tel.: 32842161. Aula avulsa: R$ 35,00; aulas mensais: R$ 200,00. Aluguel da pista (duas horas): R$ 15,00; passaporte diário: R$ 25,00.

[5]

A designer de interiores Jaqueline Reis com a filha Maria Clara: bikes, patos e capivaras

Pé no pedal A LAGOA DA PAMPULHA não precisaria de mais atrativos para fazer a alegria da molecada. A ciclovia, no entanto, tem deixado a visita cada vez mais agradável. E não é preciso esquentar a cabeça com a logística do transporte da bike. Desde o ano passado, a BH Trans disponibilizou seis estações para aluguel de bicicletas nos arredores do cartão-postal. Baixe gratuitamente o aplicativo Bike BH, cadastre-se e escolha o tipo de passe mais adequado. O simples, de apenas um dia, custa 3 reais. ”Dá para observar os patinhos e as capivaras.

São fofos”, diverte-se Maria Clara, de 7 anos, que vai ali com sua mãe, a designer de interiores Jaqueline Reis.

Confira o endereço das estações no site www.bhtrans.pbh.gov.br.

Mata adentro Aproveite um sábado ensolarado para curtir o PARQUE ECOLÓGICO DA PAMPULHA junto com os rebentos. Sua imensa área verde — a maior de BH, com 300 000 metros quadrados — é ideal para qualquer tipo de atividade ao ar livre, de futebol a queimada. O playground de madeira dá outro tchan para as brincadeiras, que podem ser revezadas com o aluguel de bikes ou com uma bela caminhada. Dia 12 de outubro tem novidade por lá: a 1ª Feira de Troca de Brinquedos. As crianças se desapegam dos que não querem mais e escolhem outros para levar para casa.

Parque Ecológico da Pampulha. Avenida Otacílio Negrão de Lima, 7111, Pampulha. Tel.: 3277-7439. 8h30 às 17h (sex. a dom.) e terça a quinta para grupos agendados. Grátis. 1ª Feira de Troca de Brinquedos: dia 12, das 10h às 15h.

FOTOS: [1] GUSTAVO ANDRADE; [2] DANIELLA PAOLIELLO.

[1]

Nossa Disneylândia Faz mais de cinquenta anos que o PARQUE GUANABARA chegou a BH, e ainda hoje ele arranca suspiros de quem procura diversão em tempo integral. Além de abrigar a segunda maior roda-gigante do país, com raio de 36 metros, o espaço tem o Casarão do Terror (onde moram o Drácula, o Monstro do Frankenstein e o Maníaco da Serra Elétrica), A Monga, o Palácio do Riso e o Trem Fantasma. Outros dezesseis brinquedos fazem a alegria da criançada, alguns criados pelo fundador do parque, o mecânico capixaba Paulo Pereira Dias (1912-1995). Para os mais radicais, uma boa dica é a torre de queda livre SkyFall.

Parque Guanabara. Avenida Otacílio Negrão de Lima, 3333, Pampulha. Tel.: 3439-7300. Confira os preços e horários de funcionamento no site www.parqueguanabaradiversoes.com.

Diversão e arte Quem disse que arte contemporânea é feita apenas para adultos? Quem já foi ao INHOTIM sabe muito bem que existe ali uma oportunidade incrível de fazer a criançada ver e pensar o mundo com outros olhos. Cheque a previsão do tempo, vista uma roupa confortável nos pequenos e ande livremente pelas 22 galerias — com cerca de 800 obras. Vale demorar na Através, de Cildo Meireles, uma espécie de labirinto criado com cacos de vidro, grades, cortinas e outros materiais, e na Piscina, de Jorge Macchi (não esqueça a roupa de banho!). Tire um tempinho para curtir A Origem da Obra de Arte, de Marilá Dardot (foto). É possível plantar sementes em vasos em forma de letra e, depois, transformá-los em palavras.

Inhotim. Rua B, 20, Brumadinho, Tel.: 3571-9700. 9h30 às 16h30 (ter. a sex.); 9h30 às 17h30 (sáb., dom. e feriados. Grátis (qua.), R$ 25,00 (ter. e qui.) e R$ 40,00 (sex. a dom. e feriados). Crianças até 5 anos não pagam.

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Seu filho pode não entender ainda o conceito de liberdade e segurança.

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Mas vai aproveitá-las como ninguém.

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Colorindo a paisagem Em dias de muito vento, um bom programa é soltar pipa na PRAÇA DO PAPA. Localizada a 1 100 metros de altitude, sem fios ou árvores altas por perto, o lugar é ideal para colocar a brincadeira em prática. Separe as varetas, a linha e o papel e comece montando, junto com os pequenos, o próprio papagaio. Sem cerol, é claro. Trabalhe com as cores e as formas. Com pouca coisa, é possível fazer malabarismos céu afora.

Juan Moura, 5 anos, na Praça do Papa: a 1 100 metros de altitude

Praça do Papa, s/nº, Mangabeiras.

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História sem fim

Livraria Corre Cutia. Rua Outono, 579, Carmo. Tel.: 2516-0883. Dia 10, das 10h30 às 11h30. Grátis. Inscrições por telefone.

Com a mão na massa Se o seu filho é criativo e adora inventar moda, nada melhor do que mostrar a ele o fascinante universo das oficinas. Em outubro, a ORA BOLINHAS tem pacotes para grupos fechados. Jardinagem, quadrinho com cenário, bolsinha de feltro e tecido e brigadeiro gourmet, é só escolher. A CASA IDEIA não fica para trás, e oferece, por exemplo, workshop de ioga e artes plásticas. Lá, além de acompanhar os filhos, os pais também participam das atividades.

Casa Ideia. Rua Outono, 535, Carmo Sion. Tel.: 3281-2434. Rua Maceió, 32, Carmo Sion. Ora Bolinhas. Rua Raul Pompeia, 111, São Pedro. Tel.: 3282-5349.

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No mundo da lua Passear de dia pelo JARDIM ZOOLÓGICO já é um programa e tanto, vamos combinar. Agora, imagine levar o pequeno na Expedição Coruja, que promove visitas noturnas em noites de lua cheia, para mostrar um pouco dos hábitos notívagos de alguns animais. Entre eles tigres, leões, onças, lobos e corujas. Técnicos e monitores falam sobre a vida em cativeiro, cuidados com a saúde, curiosidades e sua alimentação. Não há criança que não cresça os olhos para a experiência, que dura cerca de três horas e acaba com um amistoso bate-papo.

Jardim Zoológico. Avenida Doutor Otacílio Negrão Lima, 8000, Pampulha. Tel.: 3277-7286.

Inscrições e informações pelo e-mail visitanoturnazoo@pbh.gov.br. R$ 30,00 (crianças de 7 a 12 anos) e R$ 40,00 (acima de 12 anos).=

FOTOS: [1] GUSTAVO ANDRADE; [2] SUZIANE FONSECA.

Qual criança não gosta de viajar no mundo da fantasia? Por causa da tecnologia, há quem diga que os livros estão sendo deixados de lado, mas as fábulas não podem ser abandonadas. Na LIVRARIA CORRE CUTIA, todo mês tem contação de histórias. No dia 10 de outubro é a vez da contadora Aline Medeiros e do músico Túlio apresentarem aos pimpolhos personagens muito legais do universo infantil. Mais do que distrair, a atividade cria um ambiente de encantamento e instiga a imaginação e a criatividade. Além de preservar a cultura, é claro.

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4educação

Quem ensina nossas crianças Mulher, entre 33 e 50 anos e com nível superior.

Esse é o perfil de quem se dedica à educação infantil em Minas “QUE SAUDADE DA professorinha / que me ensinou o bê-á-bá”. Em 1957, o cantor e compositor mineiro Ataulfo Alves compôs Meus Tempos de Criança. A canção se transformaria em um de seus grandes sucessos e, desde então, vem sendo repetida nas homenagens do Dia do Professor, comemorado em 15 de outubro.

Mais de cinquenta anos depois, o cenário descrito pelo compositor ao homenagear sua mestra ainda é realidade nas escolas de Minas Gerais. As professoras compõem a imensa maioria entre os docentes que estão à frente das classes de educação infantil do estado. É isso o que mostram os dados relativos a Minas Gerais na “Sinopse Estatística da Educação Básica no Brasil 2014”, produzida anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Segundo o estudo, Minas tinha no ano passado 49 066 professores e 705 041 alunos matriculados em instituições de educação infantil. Ou seja, um para cada catorze crianças. Do total de mestres, apenas 1 183 eram do sexo masculino (2,4%). Entre os estados da Região Sudeste, o porcentual mineiro é bem parecido com o registrado em São Paulo (2,5%). Mas fica atrás do Rio de Janeiro, onde os homens representam 4% do total, e do Espírito Santo, com 4,4%.

Nesse universo predominantemente feminino, a maior parte dos profissionais mineiros tem entre 33 e 50 anos (31 912). Uma boa notícia: de acordo com o estudo do Inep, a preparação dos professores e professoras vem melhorando. Em 2004, somente 36% do total tinha curso superior. Dez anos depois, esse índice saltou para 65%. No mesmo período, a quantidade de professores com nada além do ensino fundamental caiu de 270 para 189.=

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49 066

DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO ESTADO..

97,6% SÃO MULHERES

65% POSSUEM CURSO SUPERIOR

65% TÊM ENTRE 33 E 50 ANOS

60% TÊM LICENCIATURA

68% TRABALHAM NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

FONTE: “Sinopse Estatística da Educação Básica no Brasil 2014”, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

PODER E VOZ PARA A JUVENTUDE. O Parlamento Jovem Minas 2015 é um projeto da ALMG em parceria com a PUC Minas. Se você é estudante do Ensino Médio, acesse o nosso portal, saiba mais e participe da plenária final. Serão discutidas e votadas propostas sobre Segurança Pública e Direitos Humanos.

23 de outubro de 2015, às 14 horas.

Em BH: na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

No interior: nas câmaras municipais participantes.

Confira a relação completa no site: www.almg.gov.br.

#MaisJovensNaPolitica

4consumo

“Manhêêê,

compra pra mim?”

O que fazer para frear o impulso dos pequenos diante da oferta de produtos e serviços POR Cristiane

os pais? Para o professor de publicidade da Universidade Fumec Sérgio Arreguy Soares, autor do livro Propaganda e Consumo Infantil, criança também tem o direito de consumir, mas é necessário impor limites.

“Não podemos pôr os filhos em uma redoma, negar tudo, mas cabe aos pais ensinar o equilíbrio a eles”, afirma. “A primeira responsabilidade é da família, cla-

FOTO: ISTOCKIMAGE

PAIS QUE LEVAM SEUS seus filhos ao supermercado ou a um despretensioso passeio pelos corredores de um shopping já sabem o que os espera. É quase certo que, em algum momento, a criança vai parar em frente a um brinquedo ou a uma roupa e soltar o temível pedido: “Compra pra mim?”. O que fazer se o consumismo exagerado do pequeno já preocupa

Miranda

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ro, mas a escola pode ser um agente fundamental para disseminar o consumo consciente.”

Com prefácio do cartunista e escritor mineiro Ziraldo, o livro, escrito em parceria com o também professor da Fumec Admir Borges, reúne seis anos de pesquisas com pais, educadores, psicólogos, empresários e publicitários. “A criança de hoje é mais conectada e mais bem informada, a partir dos 4, 5 anos já começa a influenciar os hábitos de consumo da família”, afirma o professor Soares. “É preciso ter uma disciplina de educação para o consumo nas escolas, ensinar os alunos a ter uma relação mais saudável com o comprar”, observa. A questão do consumismo na infância se tornou tão relevante que em 2006 o Instituto Alana, de São Paulo, criou o Projeto Criança e Consumo, com a ideia de promover a conscientização e a defesa dos direitos da criança frente à comunicação mercadológica. Durante seis anos, a psicóloga Laís Fontenelle Pereira coordenou o projeto e hoje é consultora do instituto. Ela diz que, por causa de impactos sociais, ambientais e econômicos, esse problema não está restrito apenas à esfera familiar. “Quanto mais consumimos, mais lixo produzimos, gerando impacto ambiental. E os recursos ambientais são finitos”, afirma.

Para Laís, é importante salientar as consequências sociais e econômicas desse comportamento. “A busca por produtos mais caros, por exemplo, denota a qual grupo a criança quer ou precisa pertencer”, diz.

“O consumismo exacerbado pode levar as pessoas a obter produtos não necessários, causando um endividamento com efeitos danosos.” Em casos extremos, enfatiza a psicóloga, a compulsão por comprar na fase infantil pode acarretar problemas como a obesidade e a erotização precoce. “Concordo que os pais tenham sua parcela de responsabilidade, mas esse assunto engloba outros atores como a escola, o mercado e o estado. É preciso que todos os envolvidos saibam de suas responsabilidades e tomem alguma providência.”

Não existem fórmulas mágicas para controlar a vontade dos pequenos, mas os especialistas ouvidos nesta reportagem elaboraram seis dicas preciosas para ajudar papais e mamães a conter o impulso de compra dos pequenos. Confira o quadro ao lado.

1. Mantenha um diálogo constante com os filhos

Deve-se conversar com a criança sobre o valor das coisas. “Temos de fazer a criança pensar: ‘Qual o valor disso para mim? Realmente preciso comprar?’ ”, observa o professor Sérgio Arreguy Soares.

2. Tenha atitude e comportamento coerente

Os pais são os principais exemplos para os filhos. “É preciso ter um comportamento coerente com seu discurso. Não adianta ir ao shopping e dizer ao filho que não vai comprar o que ele deseja porque precisa economizar e depois entrar numa loja e sair cheia de sacolas ao ver uma promoção. A criança ficará confusa”, diz Laís Fontenelle Pereira.

3. Ofereça alternativas de consumo

É imperioso incentivar a criança a um consumo colaborativo. “As feiras de troca de brinquedos são ótimas opções”, afirma Laís. E também repensar as formas de consumo, pois o individual tem impacto no coletivo. “O meio ambiente sofre. Quanto maior o consumo de certos bens, mais lixo é gerado.”

4. Limite os horários em frente à TV e outras mídias

As crianças de hoje não são apenas impactadas pela TV, mas pela internet, celular e tablet. Para diminuir o impacto da publicidade, é preciso fixar horários e limitar o tempo de uso dos eletrônicos.

5. Faça programas juntos que não envolvam consumo

É possível ocupar mais os espaços públicos, como os parques e as praças. Vale lembrar que levar os filhos às compras ou ao supermercado não é programa.

Existem muitas opções gratuitas na cidade.

6. Desacelere a rotina

Não só os pais precisam desacelerar o dia a dia, como também as crianças necessitam de um pouco de freio nas tarefas. Fazer várias atividades ao mesmo tempo, além de ser exaustivo para elas, é uma forma de consumo excessivo de serviços que estão disponíveis aos pequenos. “Tudo com equilíbrio é melhor e vai produzir um adulto consciente”, finaliza Laís. =

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4saúde

O calendário da prevenção Para garantir a imunização das crianças, é preciso se preparar, inclusive financeiramente. Mas nesse caso vale a velha máxima: prevenir é melhor que remediar

zações (SBIm) ou a Sociedade Brasileira de Pediatria são de grande ajuda nos momentos de dúvida. “Os profissionais de saúde têm a obrigação de informar os pais sobre todas as opções”, afirma a diretora médica da Clínica Vacsim, Paula Fernandes Távora, mestre em imunologia celular e especialista em patologia clínica. No Brasil, as ações relativas à imunização são organizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, que tem quarenta anos e segue as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Além da vacinas previstas no calendário definido pelo PNI, a Sociedade Brasileira de Imunizações e a Sociedade Brasileira de Pediatria, no caso específico das crianças, divulgam um calendário próprio, que conta com vacinas adicionais ou diferentes das disponíveis na rede pública e que são encontradas em clínicas privadas.

Cofrinho da vacina Com a expectativa de fazer o máximo para evitar que o seu filho adoeça, boa parte dos pais realmente gostaria de proporcionar a ele todas as vacinas dis-

Como funciona a imunização: A vacina é uma substância produzida com bactérias ou vírus (ou partes deles) mortos ou enfraquecidos. Ao ser introduzida no corpo do ser humano, provoca uma reação do sistema imunológico, promovendo a produção de anticorpos. Dessa forma, a vacina prepara o organismo para que, em caso de infecção por aquele agente patogênico, o sistema de defesa possa agir com força e rapidamente. Assim a doença não se desenvolve ou, em alguns casos, se desenvolve de forma branda.

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FOTOS: GUSTAVO ANDRADE.

EM 1904, A CIDADE do Rio de Janeiro foi palco de diversos conflitos entre a população e forças policiais. O motivo da revolta era a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola imposta pelo governo e comandada pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Como muitos moradores não conheciam como funcionava a vacina, não queriam tomá-la. O governo chegou a suspender a campanha, mas depois de debelado o movimento retomou a obrigatoriedade. Dentro de pouco tempo a varíola foi considerada erradicada da então capital federal. Do início do século XX para os dias atuais, a situação mudou consideravelmente, e a maior parte dos brasileiros concorda que a vacinação é importantíssima para prevenir uma série de doenças. Por isso mesmo, manter o seu calendário em dia é uma das tarefas que todos os pais e mães almejam cumprir sem falhas. Mas a quantidade de notícias sobre novas vacinas (como a da Meningite B, que chegou às clínicas particulares em maio) pode transformar a missão em angústia e em uma enorme fonte de dúvidas.

Pediatras, clínicas de vacinação, centros de saúde e organizações como a Sociedade Brasileira de Imuni-

Paula Fernandes Távora: informação é essencial

VISTA poníveis. As limitações financeiras, no entanto, tornam essa decisão mais complicada. De acordo com a imunologista, a solução é passar a incluir a vacina no planejamento financeiro de criação dos filhos, da mesma forma que o berço, a escola, as festas de aniversário e tantas outras coisas.

Criar uma espécie de “cofrinho” da vacina. “Antes de falarmos que determinada vacina é cara, precisamos nos perguntar se não é ainda mais caro adoecer.”

Paula garante que as vacinas atualmente são bastante seguras. Antes de vir à público, são testadas em animais de laboratório e em uma população voluntária. Só chegam aos postos ou clínicas quando um número bem significativo de pessoas tiver recebido as doses. “Hoje, temos 97% de segurança”, afirma. “De cada 100 pessoas vacinadas, 97 não têm nenhuma reação grave.” Ela recomenda ainda que os pais não tenham receio ou vergonha de pedir para conferir o lote, a validade da vacina, a temperatura do armazenamento e registrem essas informações.

Ainda assim, algumas reações podem assustar. É o caso da vacina contra o rotavírus. Como ela é aplicada via oral, pode haver uma pequena inflamação no intestino, capaz de evoluir para uma diarreia sanguinolenta na criança por dois dias. “Isso é absolutamente dentro do esperado e não é uma reação considerada grave”, diz Paula. Quanto às outras vacinas, reações como vermelhidão, inchaço e sensibilidade no local da injeção podem ocorrer nas primeiras 72 horas após a aplicação, assim como febre e dores de cabeça e muscular. Ninguém precisa se assustar. Como salienta Paula, o que as vacinas trazem de positivo supera em muito os riscos. Isso, mesmo a desconfiada e revoltosa população carioca do início do século passado descobriu.

Confira em www.cangurubh.com.br os calendários de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e da Sociedade Brasileira de Pediatria.=

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4família

Reinado dividido

A estudante de enfermagem Danielle com as filhas Duda, de 8 anos, e Manuella, de 5 meses: dificuldade de adaptação

Aprenda a lidar com a chegada de um irmãozinho na casa e como contornar o ciúme de quem, até então, era o dono do pedaço Matias

DESDE QUE, MOVIDO pela inveja, Caim assassinou Abel, a relação entre irmãos é motivo de preocupação. Afinal, os especialistas concordam que os laços de sangue não são suficientes para garantir o amor na relação fraternal. O ciúme pode, sim, pôr tudo a perder — ainda que as consequências não sejam tão dramáticas quanto as narradas no capítulo 4 do livro de Gênesis, da Bíblia. Assim que decidem ampliar a prole, os pais precisam começar a trabalhar duro com o objetivo de criar um ambiente de união e companheirismo entre os filhos. É o que pretende a decoradora Júlia Monteiro. Grávida de seu segundo bebê, ela e o marido, o engenheiro Gustavo Cambraia, já preparam a primogênita, Elisa, de 3 anos, para a chegada do irmãozinho. “Estamos levando a Elisa a todos os exames de ultrassom para que ela entenda que já existe uma vida se formando”, conta Júlia. Além disso, os pais a incluem em tarefas que envolvam o novo filho,

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como decorar o quarto do bebê e fazer compras para o enxoval. A psicóloga infantil Vânia Barros aprova a postura e explica que envolver o filho mais velho nas mudanças é o primeiro passo para tornar mais fácil a aceitação de um novo membro na família. “A criança precisa perceber que o irmão está vindo para somar e não para roubar o amor dos pais”, afirma. “É essencial mostrar os lados positivos dessa chegada.”

Vânia ressalta, entretanto, que o ciúme e a raiva são sentimentos naturais e é possível — até esperado — que o filho mais velho manifeste certa rejeição em um primeiro momento. Saber disso é um alívio para a estudante de enfermagem Danielle Braga, que está tentando ajudar a filha mais velha, Maria Eduarda, de 8 anos, a lidar com a frustração de não ser mais filha única. Há cinco meses, Duda ganhou uma irmãzinha, Manuela, mas está com dificuldades para dividir a atenção dos pais e avós. “Ela anda chorando por qual-

FOTOS: GUSTAVO ANDRADE

POR Rafaela

quer motivo e reclamando muito”, diz Danielle. Um dia, a mãe estava ouvindo um choro abafado e foi ver o que acontecia. Era Duda, que tentava tapar com as mãos a boca da irmã. “Mas essa menina é muito chorona”, reclamou, ao ser repreendida. Duda ficou mais ansiosa e está descontando na alimentação, o que já causou efeitos negativos na saúde. “O colesterol dela aumentou, e o médico desconfia que tenha relação com o lado emocional.”

Como preparar o primogênito 1

Converse muito e antecipe o que irá mudar na casa com a chegada do irmãozinho.

Assim, é possível diminuir as surpresas.

2

Entenda que o ciúme é um sentimento natural e ajude-o a lidar com ele.

3

Procure mostrar sempre o lado positivo de ter um irmão.

4

Inclua o mais velho nos cuidados com o recém-chegado.

5

Reforce que ele sempre será amado, até mesmo pelo novo membro da família.

Brigas X companheirismo Para que crianças como Duda arrumem formas mais saudáveis de compreender o novo momento, a psicóloga Vânia Barros dá algumas dicas (veja quadro).

Ela explica que é essencial que os pais se ponham no lugar do filho e entendam que aquele sentimento não é voluntário, mas inconsciente. Tirar um dia para passear com o mais velho e deixá-lo ajudar nos cuidados com o neném são boas opções para que ele se sinta amado e perceba que faz parte da família. “Dessa forma, a criança vai melhorando e se livrando aos poucos do comportamento regredido”, acredita Vânia. Também é importante explicar como será a realidade dos primeiros meses com um bebê. “Muitas vezes os pais criam uma expectativa muito grande na criança de que o irmão será um grande amigo. Mas aí nasce aquele ser que só dorme e chora e a decepção é inevitável.”

Se bem conduzida, a relação que à princípio era de ciúme e rejeição pode se transformar em uma grande amizade. É o caso das irmãs Gabriella Garcia, de 24 anos, e Raphaella, de 23. Elas lembram as brigas frequentes durante a infância, Na época, era difícil acreditar que as duas se transformariam nas companheiras de hoje. Após passarem anos pedindo à mãe para dormir em quartos separados, elas conseguiram esse luxo. Pouco tempo depois, no entanto, se arrependeram. Quebraram a parede que as dividia e unificaram os cômodos. “Quando amadurecemos e criamos independência, o ciúme passa e a gente consegue ver aquele irmão como um amigo”, afirma Gabriella.

“Hoje, eu não consigo imaginar a minha vida sem ela.”

Para as mamães Danielle e Júlia, não há forma melhor de vislumbrar o futuro dos filhos. Com uma relação de amizade e companheirismo, os irmãos podem dar a mais gratificante recompensa pelos anos de batalha dos pais.=

A decoradora Júlia, grávida de cinco meses, e Elisa, de 3 anos: a pequena participa de tarefas como decorar o quarto do bebê e preparar o enxoval

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FOTO: LUÍZA VILLARROEL

4para ler com seu filho

Jogos de imaginação Quando a gente pensa em livro-brinquedo, a primeira coisa que vem à cabeça são aquelas obras cheias de pop-ups, coisas de puxar, dobrar, girar...

Mas nem sempre é assim. Alguns livros infantis trazem outros tipos de brincadeiras, mais ligadas ao olhar, à fantasia e ao enigma. É o que acontece com dois livros recém-chegados ao mercado: Uniforme, de Tino Freitas e Renato Moriconi, e Bola vermelha, de Vanina Starkoff.

leo cunha e os filhos André e Sofia

Uniforme traz a história de um sujeito chamado Clóvis, que não gosta muito de ser diferente. Pelo contrário: ele se sente mais à vontade quando fica parecido com os outros. A história é bem simples, mas construída de forma poética e criativa pela dupla de autores. Lembrando aqueles livros do tipo Onde está Wally?, cada página traz o coitado do Clóvis tentando se camuflar no meio da multidão. Mas seu talento para camaleão não é tão forte assim... Resultado: o leitor, seja criança, seja adulto, vai se deliciar com as páginas-enigmas enquanto torce para Clóvis encontrar uma saída para seu dilema.

O livro é uma delícia de ler aos filhos ou com os filhos. Ou simplesmente de observar a criança puxando, dobrando e girando... a imaginação.

SOBRE OS AUTORES: Tino Freitas nasceu no Ceará e mora em Brasília. Já publicou cerca de vinte li-

vros para crianças e jovens. É também músico e compositor. Renato Moriconi é paulista de Taboão da Serra, um ilustrador muito premiado e autor de livros sem texto como Bárbaro.

UNIFORME. Texto de Tino Freitas, imagens de Renato Moriconi.

Edições de Janeiro, 2015.

O jogo que encontramos em Bola vermelha é, de certa forma, parecido com o criado por Tino e Renato. Aqui temos também uma história de adivinhações baseadas nas imagens e nas formas. Mas, desta vez, quem se transforma não é o personagem, e sim uma bola vermelha encontrada por ele. O leitor acompanha o personagem a cada passo e descobre (junto ou antes dele) que aquela bola vermelha pode ser muitas coisas. A brincadeira envolve, sutilmente, noções como tamanho e distância, muito adequados ao leitor iniciante. E quando eu digo “leitor”, pode ser uma criança que ainda não aprendeu a ler, pois Vanina bolou um livro quase sem palavras — tem um “opa” aqui, um “oh” ali, mais algumas interjeições. Fora isso, é o que chamamos de livro sem texto. Mas muito contexto.

SOBRE A AUTORA: Vanina Starkoff é uma ilustradora argentina com prêmios e exposições em

diversos países.

BOLA VERMELHA. De Vanina Starkoff. Editora Pulo do Gato, 2015.

Leo Cunha é escritor e publicou mais de 50 livros, como Vira-lata (Ed. FTD) e ABCenário (Ed. Autêntica).

Recebeu os principais prêmios da literatura infantil brasileira, como Jabuti, Nestlé e Joãode-Barro. Na Canguru, dá dicas de livros para crianças. leocunha@cangurubh.com.br

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4na pracinha

Seis dicas para se divertir na Praça Floriano Peixoto Entre as mais de 700 praças de Belo Horizonte, a Floriano Peixoto, no Santa Efigênia, também conhecida como Praça do Quartel, destaca-se pelo lindo paisagismo, boa estrutura e conservação. Por tudo isso, consideramos um dos melhores destinos para brincar ao ar livre com as crianças na cidade. Sabe o que dá para fazer por lá?

Balançar

A praça possui seis balanços para esvoaçar os cabelos dos pequenos.

Incentive o filhote a fechar os olhos, sentindo o vento bater no rosto.

Subir no trepa-trepa

Um dos queridinhos das crianças que adoram se aventurar nas alturas — vale o olhar atento do papai e orientações para a brincadeira se realizar com segurança!

Brincar com os bichinhos do mar

São dez brinquedos em forma de animais aquáticos coloridos, cinco em cada lado do parquinho. Ali, as meninas viram sereias mágicas e os meninos galopam mar adentro com seus ferozes animais!

Ler ao ar livre

Apreciar a natureza

São muitas espécies diferentes de árvores, flores e pequenos insetos.

Dê algumas voltas na praça com o pequeno e pare para observar os detalhes que estão por ali — um botão que ainda não desabrochou, um ninho de passarinho, borboletas coloridas.

Leve na mochila alguns livrinhos preferidos do seu filhote. Encontre uma sombra gostosa, estenda uma toalha na grama e leia com calma cada página, curtindo esse momento especial.

A Praça é convidativa também para muitas outras atividades, como brincar de peão, de barangandão, de corda e de pega-pega, além de andar de bicicleta e soltar bolhas de sabão. E o melhor: é de graça e fica aberta 24 horas. Sem desculpa para não sair de casa com as crianças.=

Um dos brinquedos no parquinho permite que a criança explore a criatividade e estimula a alfabetização — são quatro blocos giratórios contendo letras diferentes que formam palavras de acordo com a imaginação da meninada.

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Criado em 2011 pelas mães Flávia Pellegrini e Miriam Barreto, o blog tem o objetivo de incentivar os passeios e brincadeiras ao ar livre em família. Na Canguru, as fundadoras do Na Pracinha dão dicas de passeios divertidos para a meninada. www.napracinha.com.br

FOTOS: DUORAMA FOTOGRAFIAS

Montar palavras

4padecendo no paraíso

Pontos importantes para escolher a escolinha do seu filho Quando decidimos pôr nossos filhos na educação infantil, muitos ainda bebês, outros nem tanto, a preocupação não é com a nota do Enem. Selecionamos os critérios mais relevantes para as mães na hora de definir a escola dos seus filhos.

Não tem nada que deixe a mãe mais segura do que poder chegar à escola, entregar seu filho à professora e depois trocar duas palavras com ela na hora de buscar a criança. Esse relacionamento é fundamental para manter nossa confiança na instituição.

Tamanho das turmas Existe legislação para isso, mas em escolas particulares os pais exigem um pouco além do que manda a lei.

Localização Não adianta a escola ser maravilhosa se vamos perder muito tempo com o deslocamento. Escola boa perto da nossa casa ou do trabalho é o que buscamos.

Tipo de alimentação oferecida Se a escola fornece a alimentação dos alunos, o cardápio diário deve estar disponível para os pais. O ideal é que ele seja elaborado por um nutricionista.

Tipo de ensino A escola deve partilhar dos mesmos valores da sua família.

Diálogo com a família É importante que a escola mantenha a comunicação com a família, seja através da agenda, de reuniões de pais ou de atividades extras. O envolvimento da instituição com a família é o segundo ponto mais importante para as mães.

Estrutura física da escola Vale observar o tamanho das salas de aula, o espaço aberto para recreação, a ventilação e a iluminação. Além, é claro, da organização e da limpeza.

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Valor da mensalidade A escola perfeita às vezes não cabe no bolso dos pais. É melhor abrir mão de uma coisa ou outra e priorizar itens mais relevantes, conciliando-os com o que se pode pagar.

Transparência Quem não deve não teme. Se você sente que algo está sendo escondido dos responsáveis, se os colegas do seu filho começam a contar coisas que a escola não comunicou a você, fique atenta e converse com a coordenação.=

Ser inclusiva Nada melhor para as famílias do que a convivência diária com as diferenças, afinal, somos todos diferentes, mas nossos direitos são iguais.

Acesso às dependências Entrar na escola na chegada e na saída dos alunos ajuda a estabelecer uma relação de confiança.

Coordenado pela arquiteta Bebel Soares e pela designer Tetê Carneiro, o grupo Padecendo no Paraíso nasceu em março de 2011, no Facebook, e é formado atualmente por mais de 6 000 mães. Na Canguru, as fundadoras do Padecendo discutem assuntos como saúde, alimentação, sexo, viagens, educação, estética e beleza. www.padecendonoparaiso.com.br

FOTOS: ISTOCKIMAGE

Conhecer e poder conversar com a professora

4artigo | Filomena Camilo do Vale e Denise Alves Brasileiro

Açúcar é tóxico?

EM SETEMBRO DE 2012, as Nações Unidas declararam que, pela primeira vez em toda a história da humanidade, as mortes secundárias relacionadas às doenças crônicas não comunicáveis (NDC) foram superiores às mortes relacionadas a doenças infecciosas. Elas provocaram 38 milhões de mortes no ano de 2012 (68%). Mais de 40% dessas mortes (16 milhões) foram consideradas prematuras (acometeram pessoas com menos de 70 anos de idade). Três quartos (28 milhões) de todas as mortes por NDC e 82% das mortes prematuras aconteceram em países de baixa e média renda.

Fatores de risco que são modificáveis, tais como dietas pobres em nutrientes e sedentarismo, são causas importantes de NDC. O alto consumo de açúcares na forma livre é uma preocupação devido a sua associação com dietas de pobre qualidade nutricional, obesidade e risco aumentado para o desenvolvimento de NDC.

FOTOS: [1] DIVUGLAÇÃO; [2] GUSTAVO ANDRADE.

Um número cada vez maior de evidências epidemiológicas conclui que o consumo excessivo do açúcar afeta muito a saúde, vai além de simplesmente adicionar calorias.

Ao mesmo tempo, o açúcar por si só não é necessariamente prejudicial. Refrigerantes, açúcares e doces parecem ter um impacto negativo na qualidade nutricional dos alimentos, enquanto alimentos lácteos e cereais previamente adocicados podem ter um impacto positivo por estarem associados a nutrientes importantes, desde que consumidos adequadamente.

Um número cada vez maior de evidências epidemiológicas conclui que o consumo excessivo do açúcar afeta muito a saúde, vai além de simplesmente adicionar calorias. O açúcar eleva o fator de predispo-

[1]

[2]

sição para o desenvolvimento das doenças relacionadas a Síndrome Metabólica. Isso inclui: A- HIPERTENSÃO: a frutose aumenta os níveis de ácido úrico, o que contribui para elevar os níveis de pressão.

B- DIABETES E AUMENTO DOS TRIGLICÉRIDES: a ingestão de frutose favorece a lipogênese (formação e acúmulo de gordura) e facilita o processo de resistência insulínica (a qual a pode evoluir para diabetes).

C- ACELERAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENVELHECIMENTO: causada por alterações dos lipídeos, das proteínas e do DNA resultante da ligação da frutose a essas moléculas.

A frutose exerce efeitos tóxicos hepáticos semelhantes aos ocasionados pelo uso do álcool. Isso não é surpresa, pois o álcool é derivado da fermentação do açúcar. Alguns estudos têm mostrado associação do consumo exagerado do açúcar com câncer e alterações cognitivas.

O uso do açúcar pelo ser humano gera dependência. Ele age no centro regulador do apetite, diminuindo a supressão da grelina (indicador de fome para o cérebro), interferindo na liberação e sinalização da leptina (relacionada à saciedade).

O açúcar interfere também na função da dopamina, que age no centro de recompensa cerebral, diminuindo assim a sensação de prazer relacionada ao alimento e incentivando a ingestão de mais alimentos. =

Filomena Camilo do Vale é especialista em terapia intensiva pediátrica, mestre em pediatria pela UFMG, pediatra do CTI infantil da Santa Casa BH e da Clínica Criança e Companhia.

Denise Alves Brasileiro é especialista em terapia

intensiva neonatal e pediátrica, com atuação em nutrição infantil, pediatra da clínica Mon Petit e pediatra responsável pelo grupo de reeducação alimentar infantil da Unimed BH.

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Quem ama, educa

IMPOR LIMITES, REGRAS e ensinar a lidar com as frustrações é preparar a criança para ser um cidadão completo. O grande desafio da atualidade é educar para transformar os caminhos da vida de uma criança, de forma que ela viva em harmonia em seu entorno familiar, social e em sua comunidade escolar. As crianças de hoje, na sua grande maioria, têm muita dificuldade em lidar com regras e limites. Por consequência, não conseguem conviver com as frustrações da vida rotineira. Tornam-se, portanto, crianças agressivas, transgressoras e com grande dificuldade de relacionar-se com os adultos e as crianças do seu convívio. Correm o risco de ficar com o estigma de criança grosseira, pouco educada.

São normalmente pouco aceitas até mesmo no convívio familiar e social.

As crianças de hoje, na sua grande maioria, têm muita dificuldade em lidar com regras e limites. Por consequência, não conseguem conviver com as frustrações da vida rotineira.

Os pais e responsáveis devem estar comprometidos e cientes de que a vida impõe limites e regras em todo o seu contexto. Cabe então aos pais ouvir os educadores e fazer uma parceria com a escola do seu filho(a) na busca da formação de um ser humano completo. Não vale trocar o “SER” pelo “TER”. Não devemos ter culpa porque a vida hoje nos impõe muitas horas de labor. Os pais acabam carregando um fardo desnecessário, pois a regra do jogo hoje impõe que o homem e a mulher trabalhem no mínimo dez horas diárias.

Eles devem oferecer um tempo de muita qualidade à criança, mesmo que este não seja grande. O que vale é a qualidade do tempo que oferecemos aos nossos filhos. Eles se sentem mais amados quando percebem que os pais se preocupam e os amam muito quando os educam. Para casa redundante: quem ama educa.

Vamos, portanto, educar nossas crianças, e com certeza elas serão mais felizes.

Não duvidem disso. =

Elizabeth Amaral é coordenadora da Câmara de Educação Infantil e Fundamental do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SINEP-MG), conselheira titular da Câmara de Educação Infantil do Conselho Municipal de Educação de Belo Horizonte e diretora da Escola Officina das Letras.

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FOTO: ARQUIVO PESSOAL

4artigo | Elizabeth Amaral

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4crônica

Movidos a pilha cris guerra e o filho francisco

O CHÁ DE BEBÊ já é de praxe. Amigos e familiares cobrem a gestante de carinhos, bem como de pacotes de fraldas de todos os tipos e tamanhos. P, M, G; súper, plus, noturna, para viagem; piscina, com ou sem elástico. Mas ninguém se lembra das pilhas. Sim, um bebê precisa ter uma reserva delas — se for menino, então, é bom se preparar. Ainda nos primeiros anos de vida do meu filho, sonhei poder voltar atrás para ter feito um chá de pilhas. Pediria as recarregáveis e estaria garantida.

Já imagino você, caro leitor, argumentando que bastam os brinquedos pedagógicos. Bloquinhos de madeira, peças de Lego, pedaços de materiais recicláveis com os quais a criança pode construir cidades inteiras. Porém, por mais que se tente poupar o menino de um mundo frenético, em algum momento um brinquedo movido a pilha atravessará o seu caminho.

Ainda nos primeiros anos de vida do meu filho, sonhei poder voltar atrás para ter feito um chá de pilhas. Pediria as recarregáveis e estaria garantida.

E como todo aprendizado pede repetição, chegará a hora — provavelmente a errada — em que uma geringonça cessará de repente, disparando de imediato o alarme da criança. Então você entenderá que, assim como o gás de cozinha, as pilhas nos faltam quando mais precisamos delas.

A boa notícia é que a fase dos brinquedos a pilha passa. E vem outra mais avançada, como no videogame. Um belo dia, você procura pelo tablet que ainda não teve tempo de aprender a operar, e o flagra nas mãos do menino, que já o manuseia com propriedade. Hora de descobrir que recarregar baterias é muito econômico, mas vem com uma desvantagem: será

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Canguru

. OUTUBRO 2015

cada vez mais difícil manter seu filho desconectado.

E você passa a tropeçar em carregadores espalhados pelas tomadas dos cômodos da casa, o humor do filho por um fio diante do pouco tempo de duração da carga do aparelhinho.

Está certo, entre um eletrônico e outro surge uma série de gominhas coloridas. A febre se espalha pela escola, enchendo os braços do menino de pulseiras, que passa a ocupar seu tempo no tear. Você respira com alívio, já idealizando um bem-sucedido artista plástico. Logo vem a moda das cartinhas e você comemora a singeleza de um jogo de papel, nem um botão de liga e desliga.

Mais alguns dias e você também achará necessário um chá para angariar cartinhas do Pokémon — nem a história dos Cem Anos de Solidão tem tantos personagens. Se o governo corrupto é uma máquina de escoar dinheiro, os pacotes de cartas do Pokémon estão no páreo.

“Hoje é o dia mais feliz da minha vida”, diz Francisco ao passar por mim no corredor. Refere-se à sua última vitória no jogo da vez, disputado no tablet que já é seu velho amigo. Diante daquele território desconhecido, sou eu a condenada a 100 anos de solidão.

Cedo ou tarde, o menino dorme. E você está ali ao lado, de olho em cada movimento. Cartas se perdem ou cansam, pilhas acabam, baterias descarregam. Só a sua dura o suficiente, deixando qualquer Duracell no chinelo.=

Cris Guerra Cris Guerra é publicitária, escritora e palestrante. Fala sobre moda e comportamento em uma coluna diária na rádio Band News FM e a respeito de muitos outros assuntos em seu site www.crisguerra.com.br.

Na Canguru, escreve sobre a arte da maternidade. crisguerra@cangurubh.com.br

APRESENTA

Entre nessa aventura pelo meio ambiente De 29/9 a 18/10 Horário: das 14h às 20h – última turma às 19h Atividades para crianças de 4 a 8 anos. Entrada gratuita.

Local: BH Shopping (BR-356, nº 3.049, Belvedere) Piso Mariana