Criando filhos em BH
www.cangurubh.com.br | mai 2016 | nº 8
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ESPECIAL MÃES Empreender É UM BOM NEGÓCIO APÓS A
chegada dos filhos 10 conselhos
para mães de
PRIMEIRA VIAGEM
Madrastas
QUE NÃO LEMBRAM EM NADA AS DOS
contos de fadas
NOSSAS
estrelinhas
Como é a vida de cinco crianças que, como a cantora Iris Pereira, sucesso no programa The Voice Kids, brilham nos palcos, telas e passarelas
nesta edição3
seções
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Primeiras palavras Nossos leitores www.cangurubh.com.br Missão Instagram Eles dizem cada coisa Canguru viu e curtiu Mundo Kids Moda Comprinhas Viagens, modo de usar, por Luís Giffoni História de mãe, por Renata Schaefer Moura
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A instagrammer Carol Sausmikatt, de 7 anos: looks do dia com quase 30 000 seguidores
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Para ler com seu filho, por Leo Cunha Na Pracinha, por Flávia Pellegrini e Miriam Barreto Padecendo no Paraíso, por Bebel Soares e Tetê Carneiro Artigo, por Selmo Geber Artigo, por Aline Rodrigues Crônica, por Cris Guerra
Reportagens
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Izabela Andrade e a filha Gabriela, de 6 anos: domínio sobre a própria agenda após empreender
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Casamento | Como preparar a meninada que vai estrear como daminha ou pajem Showbiz | Pequenos mineiros que fazem do sonho de ser artista uma realidade Negócios | Após o nascimento dos filhos, mulheres abrem a própria empresa Dicas de mães | Pedimos a matriarcas experientes que nos contassem seus segredos Comportamento | Madrastas enterram o estereótipo dos contos de fadas Educação | Os erros mais comuns na criação dos filhos, para a americana Ashley Merryman
Rachel Silva, com a filha Maria Eduarda, de 12 anos, e as enteadas Thaís, de 6, e Alice, de 10: todas a chamam de mãe
Nossa capa Iris Pereira, de 9 anos, é filha de Kelen Cristina de Sousa Pereira e Alexandre Rubim Nogueira. FOTO: Gustavo Andrade
Chegou GENEO, o delicioso achocolatado da Santa AmĂĄlia, com NEURON B, uma combinacao de nutrientes essenciais (vitaminas E, C, complexo B, ferro, zinco e selĂŞnio) que fazem parte de uma alimentacao equilibrada.
De mulher para mulher SÓ DESCOBRI Iris Pereira no último dia 20 de março, justamente quando ela foi eliminada do programa The Voice Kids, depois de cantar lindamente Não é Proibido. É que quase não assisto à televisão. Naquele dia, porém, os parentes me arrastaram até a sala para ver a mineirinha que já era quase uma celebridade, com um fã-clube espalhado pelo país inteiro. Com apenas 9 anos, ela subiu ao palco como gente grande para realizar o sonho de encantar multidões com sua voz. E cheia de coragem para enfrentar o julgamento, nem sempre justo, da plateia. A garota meiga de Santa Luzia não levou o prêmio máximo no reality show da Rede Globo, mas deu um salto imenso na carreira de cantora depois da exibição em rede nacional. Nesta edição, a repórter Isabella Grossi conta a história de Iris e de outras crianças que, desde muito cedo, levam vida de artista, impressionando adultos pelo talento precoce. Como lidar com um filho que descobre, ainda tão novo, sua vocação? Como estamos no mês de maio, a Canguru não poderia deixar de preparar também um material especial para as mães. Nossa homenagem está em três reportagens, como a assinada por Sabrina Abreu, que traz relatos inspiradores de mulheres que encontraram na maternidade um novo rumo profissional e se tornaram empreendedoras. E está também nas promoções do mês. Nós nos reunimos aqui na redação da Canguru — que é predominantemente feminina, cheia de mulheres que já são mães ou que sonham em um dia se tornarem mães —, para pensar nos presentes que gostaríamos de dar a nossas leitoras. Como diz o slogan de uma grande rede varejista, queríamos sugestões do tipo “de mulher para mulher”. Nada de utilidades domésticas, pelo amor de Deus. Vá até a página 10 e confira o que preparamos. Você ficará muito sexy se for a sorteada na promoção deste mês. E vai se divertir muitíssimo se aceitar o convite para nossa celebração, digamos, diferente de Dia das Mães. Estamos daqui torcendo para que as mães compreendam nossa proposta. Escreva para cá e nos conte se gostou do “presente”. Feliz Dia das Mães para as leitoras que, como eu, têm a graça de ter crianças em casa.
Ivana Moreira, DIRETORA DE REDAÇÃO ivana@cangurubh.com.br
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FOTO: GUSTAVO ANDRADE
4primeiras palavras
Ivana e os filhos Gabriel e Pedro
DIRETOR EXECUTIVO: Eduardo Ferrari DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS: Ivana Moreira
Primeira escola de www.cangurubh.com.br DIRETORA DE REDAÇÃO: Ivana Moreira EDITOR EXECUTIVO: Alessandro Duarte EDITORA DE ARTE: Christina Castilho PROJETO GRÁFICO: Christina Castilho (Mondana:IB) REPÓRTER: Rafaela Matias ESTAGIÁRIA: Daniele Franco COLABORADORES DESTA EDIÇÃO: Cris Guerra, Isabella
empreendedorismo infantil do Brasil.
Grossi, Leo Cunha, Luís Giffoni, Sabrina Abreu FOTÓGRAFOS: Gustavo Andrade, Pedro Gontijo e Victor Schwaner REVISORA: Shirley Souza Sodré COORDENADORA DE MARKETING E PLANEJAMENTO DIGITAL: Camila Capone ANALISTA DE MARKETING E PLANEJAMENTO DIGITAL:
Juliane Ferreira
ATENDIMENTO AO LEITOR: Gabriela Linhares GERENTE COMERCIAL E ADMINISTRATIVA: Suellen Moura ASSISTENTE ADMINISTRATIVA: Laura Ramos
A Canguru é uma publicação mensal da Scrittore Comunicação e Editora Ltda. CNPJ 12243254/0001-10, Rua Alberto Bressane, 223, Belo Horizonte/MG, CEP 30240-470 TIRAGEM: 25 000 exemplares IMPRESSÃO: Log&Print Gráfica e Logística S.A. DISTRIBUIÇÃO: VIP BH
Gratuita na rede de escolas parceiras* e vendida em bancas de BH. * Instituições particulares de educação infantil que se encarregam de enviar a revista aos pais de seus alunos na mochila dos estudantes. A relação das escolas parceiras pode ser consultada por anunciantes.
PARA ANUNCIAR Suellen Moura: (31) 3656-7818 . (31) 98651-2047 suellen@cangurubh.com.br Fabiana Paiva: (31) 3656-7818 . (31) 99105-6994 fabiana@cangurubh.com.br Leré Silva: (31) 3656-7818 . (31) 99715-9375 lere@cangurubh.com.br PARA FALAR COM A REDAÇÃO: mande e-mail para redacao@cangurubh.com.br ENDEREÇO: Rua Rio Grande do Norte, 867 — sala 901, Savassi, Belo Horizonte — MG — CEP 30130-135. (31) 3656-7818 Artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião da revista e de seus responsáveis.
A EnterprisingUP - Academia de Ideias chega com uma proposta inovadora de enriquecimento curricular. Oferecemos um programa dirigido à crianças e jovens, entre 04 e 18 anos, que são estimuladas a empreender através de dinâmicas, jogos lúdicos e outras ferramentas motivadoras e prazerosas, desenvolvendo características essenciais para a fase adulta, como o pensamento de liderança, trabalho em equipe, planejamento financeiro, dentre outras importantes habilidades. Não deixe seu filho de fora dessa! Faça parte desse mundo de ideias!
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Canguru Sou apaixonada pela revista! É criativa, inteligente e cheia de informações importantes que são passadas de forma a dar vontade de ler a próxima. Meus filhos, Guilherme, de 6 anos, e Clara, de 4, a recebem na escola Néctar, onde estudam. — Renata Lommez Recebi a Canguru nº 7 e, com certeza, as palavras de Ivana Moreira, diretora de redação, sobre “fazermos uma revista cada vez melhor” são verdadeiras. A publicação está muito, muito legal. Além de mim, alguns professores que conheço parabenizam toda a equipe pelo profissionalismo e pela preocupação com a inclusão. — Miriam Oliveira Sou mãe de um garoto de 6 anos e gostaria de parabenizar a equipe da Canguru pelo lindo trabalho desenvolvido. Aproveito a oportunidade para falar de um tema que
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muito me agrada: a amizade. Meu filho frequenta a escola desde os 5 meses de idade e, por causa dessa necessidade, mantenho dois grupos de amizade. Um é da primeira escola (onde ele ficou do berçário até o maternal 2) e o outro, que tem o nome de família, é da segunda (do maternal 3 até o atual 1º ano). Quando um de nós precisa de ajuda, sempre tem alguém pronto para auxiliar, apoiar. Com o núcleo familiar reduzido e muitos de nós com parentes distantes, os amigos com origem na escola acabam se tornando uma nova família. E dedicamos boa parte dos nossos passeios a ela, com piqueniques, cinema, teatro, viagens, festas e comemorações. — Sabrina Vieira
Sorteio Canguru
Eles dizem cada coisa
Fui vizinha por alguns anos da Dona Hermengarda, lembrada por Eduardo Ferrari no texto “A professora de matemática do Barquinho Amarelo” (22/4/2016). Um amor de pessoa! Meu filhos a chamavam de vovó Hermengarda. Ganhavam biscoitos, presentes de Natal... Uma senhora que eu nunca vi sem um sorriso nos lábios. Vou querer ter certeza de que ela viu essa linda homenagem! — Mariana Lansky
A minha filha, Bia, saiu na coluna “Eles dizem cada coisa” da edição de abril. Ela recebeu a revista na escola (eu não tinha comentado nada) e quando chegou em casa veio toda contente me dar a notícia. “Mãe, saí na revista e um monte de gente que eu nem conhecia veio conversar comigo. Achei até que era para dar autógrafo!” Valeu, Canguru! Ela ficou muito feliz! — Luciana Souza Espírito Santo Para mim, esta é a melhor seção da revista, pois sei quanto a gente se diverte ouvindo as conversas das crianças! — Laura Alice Souza da Silva
Estamos encantados com tudo o que aconteceu! Vimos com esta experiência, de ter ganhado a festa no bufê Casa do Sol, que Deus contempla a inocência e a pureza das crianças capazes de um gesto de amor e compaixão ao próximo. Agradecemos a Deus primeiramente, autor da vida e senhor de tudo! Agradecemos à Canguru por nos proporcionar essa experiência maravilhosa e também a toda equipe da Casa do Sol Buritis, donos de uma excelência na prestação de serviços. Gratidão e gratidão, esse é o nosso sentimento! — Emerson Souza, ganhador do sorteio realizado em outubro de 2015
Papo de Menino
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Programação
especial para maio
festa
#Maedefolga, o presente da Canguru no mês de maio SER MÃE É uma delícia. Mas também é cansativo. Cansativo demais, às vezes. Que atire a primeira fralda aquela que nunca se pegou desejando uma folga das crianças. Quando a redação da Canguru se reuniu, no mês passado, para bolar uma ação especial em homenagem às mães, a proposta de fazer uma festa só para mulheres — sem filhos e marido por perto — foi aprovada em tempo recorde. É este o nosso presente para as mães que acompanham a Canguru: no dia 11 de maio, quarta-feira, vamos promover o #maedefolga, uma happy hour bem feminina, na boate do PIC (Rua Cláudio Manoel, 1185), das 19 às 22 horas. Com direito a música boa para dançar, comidinhas deliciosas, sorteio de brindes e outras
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surpresinhas. Todo o time de jornalistas, blogueiras e colunistas da Canguru estará por lá para confraternizar com as leitoras. Como diz a escritora Cris Guerra, “tudo o que uma mãe quer por algumas horas é que embale Mateus quem não o pariu” (leia pág. 58). Depois de algumas horas de bate-papo descontraído e risadas entre amigas, todas vão certamente voltar para casa com energias renovadas para cuidar dos filhos. Os convites para nossa festa são gratuitos, mas limitados. Então, não perca tempo! Entre no cangurubh.com.br e garanta sua entrada. A gente tem certeza de que você vai encontrar um pai, um tio ou um avô disposto a ficar com seus pequenos nessa noite. Afinal, você merece essa folga de presente.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Revista fará happy hour só para as mamães na boate do PIC
EDIÇÃO Alessandro
promoção
Um enxoval de lingeries para elas Canguru e Água Fresca vão sortear um kit com dez peças PARA MULHERES QUE adoram ser mães mas não abrem mão de se sentirem femininas e sensuais, a Canguru e a Água Fresca prepararam um presente especial. Vão sortear um enxoval com dez peças da coleção de inverno da marca mineira de lingerie: um corselete de renda com meia 7/8, um top sutiã supreme, uma calcinha biquíni, uma calcinha string de renda e tule, um robe longo, um camisão, uma máscara de dormir, um par de pantufas e um sachê perfumado. Não temos dúvida de que as delicadas peças (como a da foto ao lado) farão o maior sucesso na casa da feliz sorteada. Papais também podem — e devem — participar da promoção para presentear as mães de seus filhos. Confira as regras da promoção e faça sua inscrição no cangurubh.com.br.
Duarte
www.cangurubh.com.br
entrevista
Todos os meses, a Canguru promove seminários gratuitos sobre temas relacionados à educação dos filhos. Fique atento à programação dos próximos eventos.
Cris Guerra fala sobre Mãe, seu novo livro Colunista fará sessão de autógrafos para leitoras da Canguru NOSSA COLUNISTA CRIS Guerra lança neste mês seu novo livro, Mãe, uma delicada e poética homenagem ao “ser vivo mais fascinante do planeta”. Na obra ilustrada por Anna Cunha e publicada pela editora Miguilim, ela mergulha na mágica do ofício de ser mãe, retrata a quase indescritível façanha da maternidade e o laço invisível que liga mães e filhos por toda a vida. “Quem é mãe irá se identificar com cada palavra. E todo leitor ou leitora aprenderá a amar ainda mais estas criaturas especialistas em operar milagres”, elogia Leila Ferreira. A jornalista é coautora de outro livro da nossa colunista, o Que Ninguém nos Ouça, que chegou ao mercado em março pela editora Planeta, responsável também pela nova edição do Moda Intuitiva. “Estou com três livros quentinhos, que acabaram de sair do forno”, comemora Cris Guerra. Em entrevista exclusiva para o portal cangurubh.com.br, a escritora e blogueira fala sobre a própria experiência como mãe de Francisco, de 9 anos, e o que a levou a escrever um livro em homenagem à maternidade. No dia 11 de maio, a escritora fará uma sessão especial de autógrafos para leitoras, durante o evento #maedefolga (ver nota na pág. 10).
palestra
Como lidar com os distúrbios emocionais na infância Patrícia Quaresma é a convidada do Encontro Canguru de maio O papel dos pais na prevenção dos transtornos emocionais. Esse será o tema do Encontro Canguru com Patrícia Quaresma Ragone, no dia 21 de maio (sábado), às 10h30, no Anfiteatro do Pátio Savassi. Psicóloga, pedagoga e especialista em terapia cognitiva, Patrícia é autora dos livros Laços – Contribuições da Terapia Cognitiva para as Relações Familiares e Laços – Um Longo Caminho a Dois. Segundo ela, os pais — e também os educadores — são fundamentais na formação dos esquemas funcionais em crianças e adolescentes. O objetivo de Patrícia é ajudar mães e pais a garantir a eficácia de suas ações na vida dos filhos, de modo a superar o estresse e os distúrbios emocionais dos pequenos. A palestra é gratuita, mas as vagas são limitadas. Para participar é preciso fazer inscrição no cangurubh.com.br.
às 10h40, acompanhe ao vivo o boletim Canguru: criando filhos em BH. Todos os áudios estão disponíveis no portal cangurubh.com.br.
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
NA CBN Às terças e quintas,
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Pedimos aos papais e mamães que compartilhassem a imagem de seu filho com o livro de que ele mais gosta usando a marcação #cangurubh. Confira algumas fotos.
O fofo Felipe Sans foi fotografado por @nandafcd divertindo-se com o Surpresa! Lugares.
@francielechagas clicou a pequena Anna Luiza curtindo à beça A Festa no Palácio das Fadas.
Próxima missão: Bigodinho de leite Como 24 de junho é o Dia Internacional do Leite, que tal compartilhar a imagem de seu filho com aquele simpático "bigodinho", usando a marcação #cangurubh? Os melhores registros serão publicados na edição de junho da revista.
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FOTOS: REPRODUÇÃO INSTAGRAM
Sempre que está com o livro Era uma Vez..., a princesa Isabella Cristina Leite de Souza e Silva diz que tem medo do Lobo Mau, mas logo depois cai na gargalhada, como contou @pontinhodefelicidade.
apresenta
FOTO: GUSTAVO ANDRADE
A nova epidemia Além de problemas políticos e econômicos, o ano de 2016 está batendo recordes quando o assunto é epidemia. Após os diagnósticos de infecção por zika vírus e dengue atingirem níveis alarmantes, é a vez de a gripe causada pelo vírus Influenza A H1N1 comprometer a saúde pública. Com sintomas mais intensos que os do resfriado comum, causados por outros vírus respiratórios, a doença é transmitida pelo ar ou através da saliva e afeta principalmente o sistema respiratório dos portadores. “Uma das principais causas de óbito é a evolução para um quadro de pneumonia grave”, explica o médico infectologista Adelino de Melo Freire Jr., gerente de vacinas do laboratório São Marcos e coordenador de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Felício Rocho. A principal forma de prevenção é a vacina contra a Influenza, que está disponível nas formas trivalente e quadrivalente. A vacina trivalente protege contra dois tipos de influenza A, incluindo o H1N1, e contra um tipo de influenza B, o Brisbaine. Já a quadrivalente, atua sobre esses três tipos e também sobre um segundo tipo do grupo B, o Phuket. “Essa dife-
Vacina que combate a gripe A: crianças a partir dos 6 meses de idade estão liberadas para receber a dose
rença pode trazer maior proteção para quem recebe a vacina quadrivalente em anos de maior circulação do vírus B. Em relação ao vírus influenza H1N1, a eficácia de ambas as vacinas é a mesma”, afirma o especialista. Crianças a partir dos 6 meses de idade estão liberadas para receber a dose. Ao contrário do que muitos pensam, a vacina não contém o vírus vivo e os sintomas que podem ser causados por ela, como desconforto no local da aplicação, febre e mal-estar, não prejudicam a saúde dos pequenos e duram, no máximo, 2 dias. Em 2016 a grande preocupação deve ser mesmo
em relação ao vírus H1N1, que tem causado um número maior de infecções graves dos que nos últimos anos. Em Belo Horizonte, a campanha de vacinação do Sistema Único de Saúde estava prevista para começar no dia 25 de abril, mas atende apenas os que estão no grupo de risco (crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes, profissionais de saúde e portadores de doenças crônicas). Quem não se encaixa nesse perfil, apesar de ter menor risco de complicações pela doença, deve se proteger com as vacinas disponíveis na rede privada.
Vacinas: proteção para toda a família. ARCOS NO SÃO M EM AGORA T VACINA! Responsável técnico: Dr. Cláudio M. M. Cerqueira - CRM MG 6888
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Resultados com precisão e carinho. Resultados com precisão e carinho.
POR Rafaela
Matias
Acho que a se deveria s mana er só sábado e domingo o fim de e se de segun mana ser da a sex ta.
CAIO, 10 anos, filho de Evandro Silveira Ivo e Cristiane Miranda.
A minha tia falou que o Toti é filho dela. Mas como pode um cachorro sair da barriga de uma mulher? Isso tá errado!
Olha o Han Solo velho! Eu queria ver o novo!
PEDRO, 6 anos, filho de Helton Silva Gontijo e Margaret Cristina Pinheiro de Matos Gontijo. JOÃO GABRIEL, 3 anos, filho de Paulo César Vicente de Lima e Fabíola Kipgen Taranto Lima, assistindo ao filme Star Wars: O Despertar da Força.
Papai, q não cr ue feio! Deu s iou a p r Ele só criou o eguiça. bichopregu iça...
GABRIEL, 8 anos, filho de Délio Carvalho e Cida Morangon.
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Se seu filho também diz pérolas, envie a frase para o e-mail redacao@cangurubh.com.br.
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
LUIZ ANTÔNIO, 4 anos, filho de Ana Paula Vicente de Lima e José Estevam Chaves Braga.
Essa revista se chama Canguru porque tem um neném dentro dela?
Informe Publicitário INST I TU TO MI N E I R O D E E N D O C R IN O L O G IA apresenta
Gravidez na linha
Cuidados nutricionais durante a gestação previnem problemas para a mãe e o bebê
FOTO: GUSTAVO ANDRADE
Caroline Fernandes: “O ideal é que a mulher procure um especialista assim que decidir engravidar”
Se tem uma coisa que tira um pouco o brilho dos primeiros meses de gestação, é o enjoo. Além de interferir no prazer de se alimentar, ele afeta o humor e a produtividade da gestante. Mas aí vai uma boa notícia: com pequenas mudanças na alimentação esse desconforto pode ser evitado. Fracionar as refeições, dar preferência a alimentos frios e evitar condimentos são boas formas de se manter longe das náuseas. Frutas cítricas, mas não muito ácidas, como laranja-lima e maçã, também podem ser aliadas nesse processo. Cuidados assim fazem parte de um plano nutricional adequado, que deve sempre ter o acompanhamento de especialista, especialmente durante a gravidez. Por isso, é importante que a mulher procure um nutricionista assim que decidir aumentar a família. Além de fazer um planejamento alimentar que favoreça o bem-estar da gestante, o profissional da área pode montar um cardápio completo, com nutrientes que serão essenciais à formação do feto. O ácido fóli-
co, vitamina que ajuda a prevenir a má formação cerebral, é um dos complementos que podem ser introduzidos antes mesmo do início da gravidez. “O ideal é que a mulher procure um especialista assim que decidir engravidar e mantenha o acompanhamento mensal durante a gestação, para que a alimentação seja adaptada às necessidades de cada fase”, explica a especialista em nutrição gestacional Caroline Fernandes, do Instituto Mineiro de Endocrinologia. Alguns mitos que rondam a gestação também podem ser esclarecidos com o apoio de um profissional. Comer por dois, por exemplo, é uma cilada que leva ao ganho exagerado de peso e pode comprometer a saúde de mãe e filho. “No segundo trimestre, quando o bebê entra em fase de crescimento, a gestante deve ingerir cerca de 300 calorias extras por dia. Mais do que isso, é excesso.” Além disso, a alimentação balanceada é o principal meio de controle do diabetes gestacional e da elevação da pressão arterial, contribuindo para o sucesso do parto e da amamentação.
EDIÇÃO Camila
Capone
O QUE ESTÁ ROLANDO DE ÚTIL, DIVERTIDO OU CURIOSO NA WEB E NAS REDES SOCIAIS
Grávida e divertida
Cada vez mais reais A campanha TOYS LIKE ME incentiva pais de crianças com deficiência a customizar seus brinquedos, para que estes se pareçam mais com seus filhos. Inspirada na ação, a empresa inglesa Makies desenvolveu uma linha de bonecas com aparelho auditivo, andador, cão-guia e marcas de nascença faciais, feitas com uma impressora 3D. Você pode acompanhar as criações através do Facebook. Para isso, use o nosso QR Code.
Está grávida? Que tal se divertir na hora de escolher o que vestir? Esta é a proposta da loja japonesa MAMAGAMA, voltada para gestantes. Foi criada uma série de camisetas com estampas hilárias, que brincam com o formato da barriga da mamãe, confeccionadas em bambu orgânico e stretch. As peças custam entre 22 e 39 dólares, mais frete. Quer conhecer as outras camisetas? Use nosso QR Code. Ou acesse bit.ly/Mamagama
Ou acesse bit.ly/Makies
Bagunças eternizadas no Instagram Crianças aprontam, isso é fato. E para eternizar esses momentos, foi criado um Instagram com as fotos e vídeos das situações mais inusitadas possíveis. Você também já fez das suas quando criança, não é mesmo? A sorte é que não havia Instagram na época. Quer conferir? Use nosso QR Code para morrer de rir e até se lembrar de algumas travessuras!
IMAGENS: REPRODUÇÃO
Ou acesse bit.ly/bagunceiros
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SEMANA é o tempo recomendado pelo Ministério da Saúde para realizar a PRIMEIRA CONSULTA MÉDICA DO RECÉM-NASCIDO
Bom, bonito e saudável BRÓCOLIS, ESPINAFRE, INHAME... Criança tem que comer de tudo, né? Mas mãe que é mãe sabe que nada é tão simples quanto parece e, muitas vezes, a correria do dia a dia dificulta a montagem de pratos saudáveis. Por isso, a gastrônoma Evelise Rosa, mãe do João Pedro, de 9 meses, teve a ideia de montar a Le Petit Chef, especializada em lanchinhos “do bem” para bebês e crianças. Inaugurada em março, a empresa oferece receitas com alimentos orgânicos, pouca ou nenhuma adição de açúcar e várias opções sem glúten nem lactose. Tudo disfarçado de gostosuras, para atrair o paladar dos pequenos. Papinhas, frutas picadas, pães de batata-doce e muffins de vegetais são algumas das opções. Por enquanto, as comidinhas estão disponíveis somente mediante encomenda e serão entregues na Grande BH. Os preços variam entre 7 reais (frutinhas) e 15 reais (cheesecake). Informações pelo site lepetitchefcomidinhas.com.br ou pelo telefone (31) 99804-8400.
O que você quer ser quando crescer? Se essa pergunta fosse feita à turminha do 1º ano do colégio Edna Roriz, boa parte teria a resposta na ponta da língua. “Jornalista!”, diriam eles. O gosto pela área foi descoberto a partir de um projeto desenvolvido pela professora Laura Filgueiras, com o objetivo de incentivar os pequenos a explorar o colégio e sua história. “Houve um interesse muito grande por parte dos alunos em se tornarem repórteres”, conta ela. Eles construíram microfones e passaram a entrevistar funcionários, professores e estudantes para apurar informações sobre a escola onde estudam. Também quiseram saber mais sobre o funcionamento dos veículos de comunicação e já montaram até o jornalzinho da turma. William Bonner que se cuide!
Sabe aquele dentinho de leite do seu filho que caiu e você pensou em usar como pingente de colar? Ele carrega tantas células-tronco que poderia ajudar no tratamento de doenças degenerativas no futuro, como alzheimer e diabetes. Pelo menos é o que defende uma linha de profissionais da área, como os do Centro de Criogenia Brasil, especializado na coleta e preservação de células-tronco. Para eles, a primeira dentição possui o mesmo potencial — ou maior — que o do cordão umbilical, já que a polpa dos dentes fornece células mesenquimais multipotentes e imunocompatíveis. Isso significa que elas podem servir não só ao doador, mas também à sua família. O que mais surpreende é o potencial regenerativo, que inclui os tecidos muscular, cardíaco e nervoso, dos ossos e da cartilagem, da pele e da superfície ocular. As pesquisas, entretanto, estão em fase de testes e não há comprovação de que os benefícios resistam a um longo período de armazenamento. Na rede particular de saúde, a coleta das células custa em torno de 2 000 reais, e a conservação, 600 reais por ano.
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
Mal sabia a Fada do Dente...
POR Rafaela
eu já fui
Matias
criança Fernanda Mello
Fábio Fábio Deivson Lopes Maciel firmou-se como um dos goleiros mais importantes da história do Cruzeiro. O pai, Antônio Maciel, era dono de um time de futebol de Mato Grosso, chamado Ecoplan, e contava com a ajuda do filho para engraxar chuteiras, levar água para os jogadores e separar os uniformes antes das partidas. Mas o que Fábio gostava mesmo era de assistir à TV, o que lhe rendeu o apelido de Zé Televisão. Quem diria!
Letícia Sabatella Embora já tenha declarado que seu coração é carioca, a atriz possui fortes raízes mineiras. Ela nasceu em Belo Horizonte, onde o pai atuava como engenheiro da Cemig. Morou na capital até os 2 anos e mudou-se para Volta Grande, no Triângulo. Quando a família viajava para Itajubá, no Sul de Minas, a pequena — que já mostrava talento para as artes — se deliciava com os pratos especiais e doces preparados pela avó materna.
Ela parece ter nascido com a poesia na alma. Desde pequena, gostava de escrever sobre seus sentimentos e experiên cias e, ainda no ensino fundamental, participou de seu primeiro concurso de redação. Os seus textos ganharam repercussão quando Fernanda se envolveu com o também mineiro Rogério Flausino, vocalista da banda Jota Quest. Uma carta escrita por ela foi transformada na música O que Eu Também Não Entendo, sucesso do grupo.=
4moda
Nerd não, geek! Muitos adultos aderiram às roupas com estampa de super-heróis ou bandas de rock e óculos retrô. Mas o estilo faz sucesso também entre as crianças. A moda geek já pegou entre a meninada e é impossível não amar o resultado, como mostra Samuel Santiago, de 2 anos, com roupas da loja Baby Star. Veja essa e outras opções para deixar os pequenos encantadores POR Rafaela
Matias [1]
BODY, R$ 39,00, da Nobres Pecadores. Avenida Cristóvão Colombo, 532, Savassi, tel.: 3261-4233.
BLUSA, R$ 219,90, da Tigor T. Tigre. DiamondMall, tel.: 3292-9067.
BERMUDA, R$ 101,90, da Marisol. BH Outlet, tel.: 3338-0111.
CAMISETA, R$ 49,90, da Baby Star. Rua Major Lopes, 109, São Pedro, tel.: 3223-0454.
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TÊNIS, R$ 389,00, da Monnalisa. Rua São Paulo, 2150, Lourdes, tel.: 3332-4992.
FOTOS: DIVULGAÇÃO; [1] GUSTAVO ANDRADE.
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
HQ JUSTIÇA — EDIÇÃO DEFINITIVA
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Matias
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4casamento
Estrelinhas da festa Saiba como preparar daminhas e pajens para que tudo corra bem no grande dia POR Rafaela
Matias
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# Estimule o entrosamento com os noivos. Quando não há qualquer vínculo ou contato, torna-se difícil envolver o pequeno na atmosfera de expectativa que ronda o casal. É importante que o evento faça sentido para a criança.
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# SÓ DE IMAGINAR os nossos pequenos entrando na igreja com a roupinha de gala e o sorrisinho no rosto, o coração palpita. Mas aí vem a dúvida. Será que eles realmente vão seguir o manual ou darão um show à parte quando se recusarem a atravessar o tapete vermelho? No mês das noivas, Canguru pediu a ajuda da produtora de eventos Luiza Nassau, especializada em assessoria de casamento, e da cerimonialista Ludmilla Barcellos para listar dicas que podem ajudar a evitar surpresas no dia do casório.
Em família As carinhas não mentem. As irmãs Antônia, de 1 ano, e Maria Clara, de 4, curtiram o momento e entraram tranquilamente na cerimônia, realizada na Caravaggio Eventos, no bairro Vila da Serra. Grande parte do sucesso se deve ao cuidado da mãe, a engenheira civil Lizana Zampier, que procurou deixar as filhas o mais à vontade possível. “As roupas, sapatos e enfeites dos cabelos foram escolhidos de forma que elas ficassem confortáveis. E expliquei quanto aquele momento era importante para os noivos e que todas as pessoas que estavam olhando eram amigas da família”, conta. O resultado não poderia ter sido melhor. “Elas se sentiram o máximo.”
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Respeite a individualidade do seu filho. Se ele é tímido ou inseguro em um ambiente com muitas pessoas, uma boa conversa explicando resumidamente a importância da participação dele e que você estará ali para apoiá-lo é fundamental para transmitir segurança.
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# Evite comparações negativas. Mostrar que outra criança da mesma idade deu conta e que ele também pode dar é diferente de dizer que ele está “bobo” ou “feio” porque não quis entrar. Isso só aumenta a insatisfação e torna o choro quase certo.
Experts
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As priminhas Beatriz e Joana, ambas de 6 anos, divertiram-se ao lado do pajem Pedro, de 5, na cerimônia realizada na Igreja Sagrado Coração de Jesus, no bairro Funcionários. Expert no assunto, Joana já atravessou o tapete vermelho dezoito vezes e a mãe, a empresária Thaisa Machado, tem um segredo infalível. “Gosto de chegar pontualmente no horário marcado pelo cerimonial. Assim, ela pode curtir as outras crianças e relaxar um pouco.” Se as daminhas e pajens já se conhecerem antes, é ainda melhor. “Acho que eles se sentem mais confiantes quando entram com alguém conhecido”, afirma a funcionária pública Renata Amédée, mãe de Beatriz. Pedro não conhecia as duas garotinhas, mas foi preparado de outra forma pela mãe. “Mostrei fotos de casamentos e pajens levando a aliança para que ele se familiarizasse com o assunto”, conta a empresária Manuela Paoliello. Foi uma boa maneira de deixar o pequeno mais seguro.
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Combine uma recompensa. Um certo grau de negociação é bem-vindo na hora de tentar persuadir o pequeno. Brinquedos, pirulitos ou um passeio há muito tempo desejado podem virar moeda de troca para que a entrada na cerimônia transcorra sem problemas.
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# Leve a criança para conhecer o local da cerimônia. Especialmente para as maiores de 6 anos, que já são capazes de assimilar melhor o espaço, é interessante agendar um ensaio e deixá-las explorar o ambiente.
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FOTOS: ROCK THE WEDDING
# Envolva o pequeno nos preparativos. Mostre vídeos, referências, pergunte a opinião sobre a roupa, deixe-o opinar. Tornar aquele momento importante também para a criança é meio caminho andado.
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Crie pontos de referência. O ideal é que os pais fiquem em um lugar onde as filhos possam enxergálos, como nas pontas dos bancos. Principalmente para os mais novinhos, um ponto de referência na entrada do cortejo e outro no final ajudam muito.
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Dê um lanche antes. O tempo entre a concentração e o fim da cerimônia pode ser longo. Por isso, é muito essencial que a criança esteja bem alimentada e hidratada. Mas não se esqueça de levá-la ao banheiro em seguida, para evitar imprevistos. =
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Nascidos para
brilhar Conheça a história de cinco crianças que conciliam os estudos com a movimentada carreira de celebridade mirim Grossi
TODA CRIANÇA, UM dia, já sonhou em ser artista. Para algumas, o desejo de viver no glamour não passa de uma fantasia. Para outras, porém, é mais do que isso: arregaçam as mangas, batem os pés e exigem, do pai ou da mãe, aquela forcinha. Cada vez mais presente na web, o público infantil tem elevado ao status de celebridade não somente os tradicionais modelos, cantores ou atores mirins. Uma nova leva de instagrammers, blogueiras e youtubers também vem dando show nas redes sociais e saindo do anonimato. Ser bem-sucedido numa atividade, e ter reconhecimento por isso, é, sob qualquer perspectiva, um ponto positivo. Mas quais os efeitos da fama precoce nos pequenos? “Seja na infância ou na vida adulta, tornar-se uma celebridade não traz, em si, nenhum prejuízo. Desde que se tenha bem claro que é uma situação momentânea, fugaz”, esclarece a presidente do comitê de Saúde Mental da Sociedade Mineira de Pediatria, Ana Maria Costa da Silva Lopes. Segundo ela, a criança tem de saber que o sucesso, para ser duradouro, vem com disciplina, humildade, esforço e reconhecimento de que ainda há muito a aprender. Só assim é possível lidar com as expectativas. “Quem percorre longos caminhos de êxito precisa, também, superar muitas perdas”, observa. Reunimos cinco talentos mirins que estão despontando na carreira. Sem prejudicar os estudos, é claro, e sem abrir mão das brincadeiras. Confira.
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João Monteiro, modelo, 5 anos
FOTO: GUSTAVO ANDRADE
POR Isabella
PAIS: 4 Raisla Monteiro, 33, mãe em tempo integral 4 Bruno Campos, 47, engenheiro civil
Diversão na passarela Desde que criou uma conta no Instagram (@joaomonteiro2011) para compartilhar o dia a dia do filho, João, de 5 anos, a mãe em tempo integral Raisla Monteiro, de 33 anos, viu o sucesso bater à sua porta. Moderninho e cheio de atitude, alardeando sua paixão por gravata borboleta e suspensório, o pequeno conquistou, em um ano, quase 11 500 seguidores. Fez curso de modelo e manequim e virou figurinha repetida nos desfiles das marcas infantis Tiger e Alphabeto. Apesar da pouca idade, João exibe um extenso portfólio na agência Mega Models e na Glam, resultado de muitas manhãs e sábados de testes e ensaios. Nos últimos dois anos, participou de comerciais do Festival Sarará, do banco Sicoob e da MRV Engenharia. Foi mini mister Brasil 2015 e fez testes para vinhetas da
Rede Globo, em São Paulo. Infelizmente, acabou desclassificado. “Eu sinto que os meninos branquinhos e loirinhos ainda são mais requisitados”, condena Raisla. A rejeição, em João, ainda não causa impacto. “Ele ama desfilar e participar de sessões de foto, é superespontâneo, mas não entende muito bem o que significa o trabalho.” Cada dinheirinho que entra na conta do ator e modelo mirim vai para uma poupança, que, mais tarde, poderá ser utilizada numa faculdade, intercâmbio ou viagem. O plano, por ora, é continuar focando nos estudos e tentar fazer carreira como ator na TV e no teatro. “Ele decora tudo, tem muita facilidade”, conta a mãe. Para o pequeno, que já está matriculado no curso, o motivo é ainda mais prático. “É o que eu mais gosto”, responde. 4
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Iris Pereira, cantora, 9 anos PAIS: 4 Kelen Cristina de Sousa Pereira, 34, cozinheira 4 Alexandre Rubim Nogueira, 34, autônomo
Quando completou 1 ano, Iris mal falava, mas já cantarolava as musiquinhas dos personagens Barney e Backyardigans. Aos 2, para o espanto da mãe, a cozinheira Kelen Cristina de Sousa Pereira, de 34 anos, acompanhava, com precisão, o refrão de Umbrella, da pop star Rihanna. Pouco tempo se passou até que a garotinha, hoje com 9 anos, bradasse, aos quatro cantos, que o sonho da sua vida era ser cantora. Quando soube da chamada para o The Voice Kids Brasil, ficou entusiasmada. “Mandamos o vídeo sem expectativa,
mas ela foi chamada”, conta Kelen. A pequena, que é fã do Vander Lee, do Marcelo Jeneci e das cantoras Rihanna e Alicia Keys, estreou no programa com Felicidade, de Lupicínio Rodrigues. Aplaudidíssima, chegou até a semifinal, quando foi desclassificada. Passado o furor do sucesso imediato, a mineira de Santa Luzia começou a fazer aula de canto, violão, balé, jazz e teatro. Ensaia, toda semana, no estúdio e em casa, com o produtor musical Tiago Nonato, que a acompanha num pocket show de quinze faixas Brasil afora. Agora, está prestes a estrear o projeto As Novas Vozes de Minas, junto com outros participantes mineiros do The Voice Kids. “Eu acho que a fama deve ser superdivertida, mas, também, difícil”, elabora Iris. “A parte ruim é ter que ficar até tarde e tirar muitas fotos”, diz. Apesar de apoiar, a mãe segura as rédeas. “A escola é prioridade. Vou continuar investindo na carreira dela, mas com equilíbrio, deixando acontecer com naturalidade.”
Talento global
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Primeiro sinal Maria Clara Rodrigues de Freitas, atriz, 10 anos
FOTOS: [1] GUSTAVO ANDRADE; [2] PEDRO GONTIJO.
PAIS: 4 Liláz Rodrigues Lima, 46, secretária 4 Raphael Eustáquio de Freitas, falecido Maria Clara, de 10 anos, estava na sala de aula quando recebeu um panfleto que mudaria a sua vida. Era uma propaganda das aulas de teatro e música do Centro de Atividades Musicais e Artísticas (CAMA). “Ela sempre me falou que queria ser atriz, então surgiu a oportunidade e eu fiz a matrícula”, lembra a mãe, a secretária Liláz Rodrigues Lima, de 46 anos. Não demorou muito para que a empreitada rendesse frutos. Depois de participar das apresentações anuais da escola, Maria Clara foi convidada a integrar o elenco da peça Noel e
os Duendes, da autora e diretora Joselma Luchini. Foi um mês de apresentações no Espaço Cultural Luchini, em dezembro passado. Nem bem acabou de descer do palco e a atriz mirim começou a ensaiar para outro espetáculo, com a mesma equipe: O Mágico de Oz, que, em fevereiro, cumpriu temporada no Teatro Francisco Nunes, dentro da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Sua agenda, para este ano, continua movimentada. A pequena se prepara para estrear no papel principal do musical Matilda, com produção do CAMA. “É a coisa que eu mais gosto de fazer na vida”, dispara Maria Clara, que é fã da atriz e cantora Lua Blanco e do comediante Paulo Gustavo. “Eu era tímida e agora não tenho mais vergonha de nada.” Embora os ensaios tomem duas tardes das suas semanas, e a atuação seja profissional — com cachê e tudo —, a escola não fica para trás. “A leitura das peças até me ajuda com o português”, garante. 4
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Show de likes Carol Sausmikatt, instagrammer, 7 anos PAIS: 4 Michele Moraes Antunes, 35, representante de roupas 4 André Ricardo Tobias Sausmikatt, 34, empresário Bastava pisar na escola para que Carol, de 7 anos, recebesse uma enxurrada de elogios pelo estilo fofo — e superdescolado — de se vestir. A situação se repetiu tanto que a mãe, a representante de roupas Michele Moraes Antunes, de 35 anos, resolveu aumentar o público da menina. Em 2012, criou uma conta no Instagram (@carolsausmikatt) para publicar seus looks do dia. “Ela ama se arrumar, e sempre pede opinião para saber se a roupa está boa”, conta. Os fãs logo começaram a aparecer, principalmente depois que a pequena foi parar num post da blogueira de moda mineira Tássia Naves, com quem encontrou durante um evento em BH. De lá para cá, além de arrebatar mais de 29 000 seguidores, fez campanha para marcas como Mio Bebê, Iorane Mini, Jolie et Jolie, Buá BH e Bué e virou garota-propagada do Petit Salon Magic, salão de beleza infantil lúdico, inaugurado no Belvedere. Sua rede social, hoje, é abarrotada de fotos dos modelitos que fatura. Os ensaios ocorrem todo mês. “Escolhemos seis vestidos e ela posa com todos no mesmo dia”, revela Michele. A rotina não chega a ser sacrificante, já que Carol tem carta branca para dizer que cansou de fotografar. A preocupação da mãe, atualmente, é outra. “Coloquei como usuário privado porque tenho muito medo dos casos de pedofilia”, confessa. Com o perfil gerenciado, a instagrammer segue caprichando nos looks e arrasando nas poses. Sua atual paixão, no entanto, são os tutoriais de beleza do YouTube. Seria um novo nicho? “Pode ser”, diz, timidamente, a minifashionista.
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Ele é bamba Cícero de Oliveira Lucas, percussionista, 10 anos
FOTOS: GUSTAVO ANDRADE
PAIS: 4 Wanderson Vieira Lucas (Dé Lucas), 42, músico 4 Viviane de Oliveira Cruz, 41, representante comercial
O músico Dé Lucas, de 42 anos, não acreditou quando o filho, Cícero, à época com pouco mais de 3 anos, foi para a beira do palco durante um show do músico e compositor Moacyr Luz e pediu a canção Zuela de Oxum. “Nem o Moacyr sabia executar de cor, ficamos todos impressionados”, lembra. O encontro de Cícero com a música aconteceu cedo. Com apenas 1 ano, já carregava seu baldinho de areia para as rodas de samba que frequentava com o pai. “Enquanto a gente tocava, ele ia batucando”, conta. Mais tarde um pou-
co, ganhou uma bateria júnior e começou a se esbaldar no som. Hoje, aos 10, só de observar a turma ao redor, o garoto se tornou um ás em instrumentos percussivos: toca surdo, tantan, pandeiro, caixa de guerra, repique de mão, repique de anel, bateria, tamborim, repinique e conga. E ainda faz aulas de piano. Em pouco tempo de carreira, já se apresentou no Festival de Arte Negra (FAN) e no Carnaval da Belotur. Quase todo domingo, acompanha a banda Dé Lucas e o Samba na Batuta na casa de shows Quintal do Divina Luz. Mas precisa voltar cedo, porque tem aula na segunda-feira. “Acho muito ruim sair antes, eu gosto de ficar até o final”, protesta o pequeno. Queridinho do carioca Nei Lopes, da paulistana Fabiana Cozza e do próprio Moacyr Luz, Cícero, como todo bom artista, descola seu dinheirinho. “Eu não dou a grana para ele, explico que é um trabalho que ele faz e que serve para pagar a escola, comprar cadernos e livros e fazer um lanche”, esclarece Dé Lucas.=
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informe publicitário
Vida saudável com Especialista em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva, o médico Mauro Lúcio Jácome inova no tratamento da obesidade com balão intragástrico em Minas
Nos últimos anos, o uso do balão intragástrico tem se tornado peça fundamental no combate à obesidade. O método tem atingido resultados extremamente satisfatórios, auxiliando no controle do apetite e na reeducação alimentar dos pacientes. E, a partir de 2015, o tratamento ficará ainda mais facilitado. Até o ano passado, os balões só poderiam permanecer no organismo por seis meses e, uma vez inseridos, não poderiam ter seus volumes alterados. Em 2015, chegou ao Brasil um novo balão, capaz de permanecer no estômago por um ano. Além disso, o sistema de válvula foi aprimorado, o que permite insuflar e esvaziar o O QUE É?
O BALÃO INTRAGÁSTRICO AJUSTÁVEL é um dispositivo de silicone preenchido com uma solução salina de soro fisiológico e corante azul de metileno. É colocado no estômago por endoscopia, sem cirurgia CEMAD Rua Pernambuco, 353- Sala 301 Funcionários | (31) 3285-4803 Responsável Técnico: Maurício Gustavo Bravim de Castro CRM: 29496 GASTROINTESTINALMED Rua Paracatu, 838 Barro Preto | (31) 25 14-1010 Responsável Técnico: Luiz Cláudio Miranda Rocha CRM: 21254 CRONOS Rua Joaquim de Figueiredo, 157 | Barreiro (31) 3384-3771 / 3322-4202 8881-0499 | Responsável Técnico: Mauro Lúcio Jácome CRM: 28114 RQE 23310 | RQE 23311 | RQE 23312
VANTAGENS
• Procedimento reversível • Sem necessidade de cirurgia • Maior tempo de duração em relação ao balão convencional • Possibilita inflar e desinflar o balão sem removê-lo do estômago
RESULTADOS
Os resultados são rápidos e duradouros. O tempo de 12 meses é mais adequado para que o paciente se adeque às novas rotinas de hábitos alimentares. Isto é ideal para manutenção do peso após a retirada do balão
EFEITO ESPERADO
Por ocupar espaço, o balão faz com que a pessoa coma menos, já que ele traz a sensação de saciedade precocemente. Consequentemente, há perda de peso
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balão intragástrico balão a qualquer tempo, inserindo ou retirando o líquido de acordo com as necessidades do paciente. Um dos pioneiros na utilização do novo balão em Minas Gerais é o médico Mauro Lúcio Jácome. Especialista em Gastroenterologia e Endoscopia e membro de algumas das entidades médicas mais prestigiadas do mundo, ele participou de todos os treinamentos de capacitação para o uso do balão intragástrico ajustável desenvolvido pelo médico e pesquisador norte-americano Jeffrey Brooks, da Universidade de Columbia, que ministrou treinamento na clínica do Dr. Mauro em Belo Horizonte. “O uso do balão ajustável permitirá
um maior controle no processo de perda de peso, principalmente após o sétimo mês, quando os índices começam a cair. Basta aumentar o volume, o que agora é possível com a nova válvula”, explica Jácome“. Nos casos de pacientes que apresentam intolerância ao balão, basta diminuir um pouco o líquido, sem precisar retirá-lo do estômago. As possibilidades são inúmeras, uma vez que os pacientes ganham o dobro do tempo para atingirem suas metas. “É como se fosse uma prova em que, ao invés de seis meses, a pessoa passa a ter um ano para se preparar. O paciente ganha mais tempo para atingir o peso e aprender a mantê-
-lo”, diz Jácome. “Após um ano, retiramos o balão, mas continuo a acompanhar os pacientes. É, sem dúvida, a parte mais importante do tratamento”, pondera. A importação do balão ajustável, cujo valor é igual ao de seu antecessor, começou recentemente no Brasil, apesar de já ser empregado no mundo inteiro há vários anos. De lá para cá, Dr. Jácome já realizou cerca de 300 procedimentos, todos com excelentes resultados. O médico acredita que, além das indicações clássicas, um leque de novas indicações surgirá a partir de agora, e o balão intragástrico de um ano será um importante aliado para tratar a obesidade.
EMAGRECIMENTO, TRATAMENTO SEM CIRURGIA
Tecnologia que permite ao paciente utilizar o balão por até 12 meses
COMO FUNCIONA 1 O procedimento é feito como uma
endoscopia convencional, ou seja, não há incisões ou necessidade de internação
2 Na endoscopia, os médicos aplicam
um sedativo intravenoso e uma anestesia local na garganta para prevenir tosses ou engasgos
3 Para segurança do paciente é
extremamente recomendável a presença de um anestesista, mesmo que o procedimento seja sob sedação leve
4 Assim que os sedativos fazem efeito,
o endoscópio é inserido pelo esôfago até chegar ao estômago e ao duodeno
5 Não havendo alterações no esôfago,
estômago ou duodeno, o médico retira o tubo de endoscopia e o reintroduz com o balão intragástrico na ponta. O balão é, então, inserido no estômago e inflado
6 Meses depois de inserido, o balão pode
se acomodar em pequenas cavidades do estômago e esvazia-se um pouco. Com isso, o organismo passa a se adaptar e a “burlar” o tratamento, que perde parte do efeito
7 Nesse momento, os médicos
“reinflam” o balão, preenchendo-o novamente com a solução salina. Com mais volume, o balão sai do seu “esconderijo” estomacal e volta a cumprir seupapel de ocupar espaço no órgão
8 A “reinsuflação” pode ser feita de duas a três
vezes, o que resulta em uma vida útil de até um ano para o balão. Quanto mais tempo no organismo, mais tempo para o emagrecimento acontecer. A retirada do balão é feita também por meio de endoscopia
4negócios
Mães empreendedoras
POR Sabrina
Abreu
OUVIR UMA MÃE que trabalha fora dizer que se sente culpada pelo tempo longe de seu filho é quase tão comum quanto vê-la mostrar o retratinho da criança na tela do celular. A culpa “faz parte”, atestaria o senso comum. Sob o efeito dela, muitas mulheres optam por abandonar, desacelerar ou dar uma pausa na carreira. Para um grupo de mães, entretanto, nenhuma das opções apresentadas parece boa o suficiente. São profissionais que, após a maternidade, decidem criar o próprio negócio. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 52% dos novos empreendedores — com menos de três anos e meio de atividade — são mulheres. Não se sabe quantas são mães, mas o impacto do nascimento dos filhos na trajetória das empreendedoras vem chamando tanto a atenção, que a entidade deve incluir, ainda em 2016, perguntas sobre o assunto em suas pesquisas. “É comum as pessoas empreenderem em busca de mais tempo livre”, diz o analista técnico do SebraeMG Breno Fernandes. O que ocorre, no entanto, é justamente o contrário. “Empreendedores trabalham mais horas, em média, do que funcionários. Porém, por fazerem o que mais gostam, têm a percepção de que trabalham menos.” É o caso de Izabela Andrade, de 39 anos. Quando teve sua filha, Gabriela, atualmente com 6 anos, ela tentou diminuir o ritmo ditado pelo cargo de analista de negócios de uma multinacional de softwares. Formada em comércio exterior,
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FOTOS: GUSTAVO ANDRADE
Izabela Andrade, com a filha Gabriela, de 6 anos: ela ministra cursos de gastronomia e entrega cardápios personalizados
Inspiradas (e desafiadas) pelo nascimento dos filhos, mulheres decidem criar a própria empresa para conciliar os cuidados com a carreira e com os pequenos
Izabela amava o trabalho, mas logo no retorno da licença-maternidade percebeu que a rotina de viagens se tornara difícil de conciliar com os cuidados com a bebê. “Enquanto amamentava, fui remanejada para outras funções, mas, mais tarde, passaram a querer que eu voltasse a passar quinze dias em São Paulo, outros quinze em Porto Alegre”, lembra. “Também teria de fazer outras viagens longas, mas eu não queria me ausentar, por causa da Gabriela.” Apesar das insatisfações — e da culpa —, Izabela permaneceu no emprego até que a filha completasse 2 anos e meio. “Ela passava quase o tempo todo com a babá, e isso me deixava sempre chateada”, conta. A gota d’água foi o fato de a câmera de segurança da casa ter flagrado maus-tratos da empregada com quem a menina ficava depois que a babá ia embora. “Resolvi dar um basta”, afirma. Após pedir demissão, Izabela se viu sem rumo. Por sugestão do marido, matriculou-se em cursos de culinária e viu seu hobby virar uma nova oportunidade de trabalho. “Como dava treinamento na empresa em que trabalhava, decidi fazer o mesmo na
cozinha, ensinando grupos”. Três anos e meio após abrir o novo negócio, ela oferece cursos e entrega encomendas de cardápios personalizados. “Passo todas as tardes com ela, levo ao inglês, levo ao clube para praticar esportes, nunca imaginei que seria possível”, comemora. Apesar de contente com a nova rotina, Izabela esclarece que não trabalha menos do que antes, a diferença é o domínio sobre a própria agenda e possibilidade de gerir o seu tempo, de modo a conviver mais com a filha. Mesmo pessoas próximas se espantam quando algumas mulheres optam pelo empreendedorismo. “Você quer trabalhar menos?”, foi a pergunta que a empresária Olívia Fialho, de 35 anos, ouviu de seu pai, quando anunciou que deixaria a empresa da família, onde era diretora comercial, para se dedicar ao próprio negócio. Os quinze anos de experiência na empresa da qual é herdeira e o incentivo da mãe fortaleceram sua veia empreendedora e criadora. “Eu vendia bolsas, sapatos e outras coisas, desde a época da faculdade”, recorda-se. “Empreender não é algo 4
Olívia Fialho e Alice, de 2 anos: decoração para quarto de bebês e de crianças maiores
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Thaís, 8 anos, Melissa, 2, a empresária Karina Abreu e Guilherme, de 11: a confecção de itens de festa ajuda a turma a ficar junta
do tipo ‘um belo dia decidi mudar’, como algumas pessoas pensam”, adverte. A Mel Petit, especializada em decoração para quartos de bebês e crianças maiores, começou despretensiosamente. Olívia estava grávida da filha Alice, hoje com 2 anos, e procurava por um quadro de maternidade, quando se viu diante de um impasse: as lojas ou não deixavam que ela customizasse o produto como ela queria, ou ofereciam uma mercadoria abaixo da qualidade que ela esperava. Resolveu, então, seguir os conselhos maternos e fazer ela mesma o quadro. Orgulhosa, compartilhou sua produção no Facebook. Imediatamente começaram a pipocar elogios junto às primeiras encomendas. “O mais interessante é que os pedidos vinham de gente que eu nem conhecia.” A resposta para a pergunta de seu pai foi um “não”. “Trabalho muito, continuo perfeccionista, mas agora posso tirar uma semana para viajar com meu marido e minha filha”, explica ela, que trocou um telefone que tocava o dia inteiro por dois aparelhos, um para a empresa e outro para a família. “Alice é minha prioridade”, resume. Dar expediente na própria casa é outra vantagem. Mãe de três filhos, a pedagoga Karina Abreu, de 36 anos, cuidou de Guilherme, de 11 anos, e Thaís, de 8, enquanto trabalhava em uma instituição de ensino.
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“Sentia culpa demais, mas não tinha jeito, porque não contava com o apoio do meu ex-marido.” Depois de se casar pela segunda vez e dar à luz a caçula, Melissa, em 2014, ela se encantou com a decoração da festa do primeiro aniversário da filha. “Sempre tive talento manual, pesquisei sobre o ramo e descobri máquinas que ajudam a confeccionar itens da festa com perfeição, então quis fazer isso profissionalmente.” Há quase um ano como empresária, ela começa a rotina no ateliê das 6 às 8 da manhã, horário em que a turma ainda está dormindo. Depois que todos acordam, ela se dedica à casa. Só volta ao escritório à tarde, quando os mais velhos vão para a escola, e trabalha sob o olhar atento da caçula. Após buscar Guilherme e Thaís na escola e jantar com eles, retorna ao escritório quando os pequenos já estão acomodados na cama. Apesar de puxada, a rotina vale a pena, e não só por seus rendimentos já se equipararem ao salário que recebia antes. “Vi os primeiros passos da Melissa, o primeiro dentinho apontar, e, enquanto curto tudo isso, não posso deixar de pensar que não tive a mesma chance com meus outros filhos”, admite ela, que já recusa encomendas, para equilibrar o tempo que investe no negócio e no relacionamento com as crianças e o marido. 4
A jornalista Rúbia Lisboa também lamenta não ter testemunhado momentos importantes do desenvolvimento da filha Iasmin, de 2 anos. “A palavra ‘mamãe’ foi a última coisa que ela falou”, ressente-se. Trabalhando doze horas por dia numa instituição de ensino, Rúbia está de olho na transição de funcionária a empresária e já avisou a seu empregador que pretende se desligar da empresa. Ao perceber que outras mães estão na mesma situação que ela, insatisfeitas com horários inflexíveis e pouca chance de acompanhar o dia a dia dos filhos, criou o grupo Conecta Mães, em parceria com a engenheira Natália Gonçalves, mãe de Maria Eduarda, também de 2 anos. Na primeira semana em que foi criado, o grupo alcançou 260 interessadas, no Facebook, o que deixou suas criadoras animadas. A ideia é fazer eventos presenciais e também contar com o espaço virtual para auxiliar mulheres que são ou querem ser donas do próprio negócio. “Eu sonhava em ter mais tempo para ficar com minha filha, mas a mudança de rotina não foi fácil, nem para mim nem para ela”, conta Natália. “É também sobre isso que quero compartilhar no Conecta Mães.” No primeiro ano de Maria Eduarda, a mãe saía de casa
quando a criança ainda estava dormindo e, ao final do dia, passava pouco mais de uma hora com ela, entre o momento de buscá-la na escola e prepará-la para dormir. Depois que optou pela demissão compulsória, numa empresa que atravessava momentos difíceis, em novembro do ano passado, ela começou a vender cosméticos e a passar meio período em casa com a pequena. “Eu estranhava o novo ritmo, ela estranhava também, ficava cada uma chorando num canto da casa. Foi preciso persistência para superarmos”, conta ela que, nesse processo, se divorciou do pai da menina. Agora, Natália se prepara para ser sócia de uma empresa de produtos personalizados para festas infantis. “O plano de negócios está pronto e eu, muito animada”, garante. Sua própria história serve de incentivo para ajudar outras mulheres que querem mudar de rotina. “Penso que as empresas ainda penalizam muito as mães, não entendem quando temos de ficar com um filho doente em casa, por exemplo”, avalia. Cuidar de crianças, manter-se no mercado de trabalho e driblar a culpa parece uma missão impossível, mas, com muita coragem, esse grupo de empreendedoras mostra que não.=
Natália Gonçalves, com Maria Eduarda, de 2 anos; e Rúbia Lisboa, com Iasmin, também de 2: elas lançaram um grupo na internet que conecta mães
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Conselho é bom e a gente gosta Quando se trata do universo materno, não existem fórmulas mágicas. Por isso, é tão desagradável quanto inútil a tentativa de impor regras e limites para as matriarcas de primeira viagem. Mas, cá entre nós, algumas dicas podem ser muito úteis na hora de lidar com o mundo de novidades que acompanha os filhotes. Neste mês das mães, Canguru pediu a dez mulheres experientes que dessem seus conselhos àquelas que ainda estão aprendendo a conviver com as dores e delícias da maternidade
#1
“Acostume o seu filho a dormir em seu próprio quarto desde cedo. Coloque-o para deitar, converse um pouco com ele, conte uma historinha ou cante uma canção. Os meus amavam canções de ninar. Tente passar a eles que você estará sempre perto se eles precisarem, mas que cada um tem seu cantinho.” — Marilúcia Heitor, 67 anos, mãe de três.
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#2
“Faça as tarefas escolares com ele e não por ele. É importante respeitar o aprendizado da criança. Quando ele ficar bravo e chorar, não chore junto. Isso passa! (Mas eu sempre chorava.)” — Lea Lacerda, 86 anos, mãe de seis, avó de doze e bisavó de um.
“Não deixe o seu filho chorar sozinho até dormir. Isso pode gerar um sentimento de abandono. Dê autonomia aos poucos e ele aprenderá. Enquanto isso, reveze os momentos de insônia com pessoas próximas, como o pai ou uma babá de confiança.” — Rosângela Coimbra Brasil Amaral, 62 anos, mãe de dois e avó de quatro.
Mãe Para: Mãe
De:
Matias
ILUSTRAÇÃO: ISTOCKIMAGE
POR Rafaela
#4 #5 #6 #7
“Ponha música para seu bebê e converse com ele desde a gestação. Assim, construirão uma intimidade gostosa e pautada no diálogo.” — Simone Santos, 49 anos, mãe de duas.
“Faça festa de 1 aninho, mesmo que lhe digam ser bobagem. Eu adorei todas que fiz e os meus filhos curtiram muito. Mas não deixe de observar o perfil da criança para definir o horário e a duração da festa, assim não corre o risco de forçar a barra.” — Scheila Lavarini, 50 anos, mãe de quatro.
“Não se preocupe tanto com a idade certa para tirar a fralda. Cada criança tem seu tempo. Não deixe de encorajá-la, mas saiba que esse processo pode levar alguns meses.” — Zélia Guimarães, 75 anos, mãe de três e avó de oito.
“Seja educado sempre, especialmente na frente dos seus filhos. Não fale palavrões, respeite os mais velhos, diga por favor, bom dia e obrigada. A melhor forma de ensinar é pelo exemplo.” — Eunice Marília Martins, 76 anos, mãe de seis e avó de seis.
#8 #9 # 10
“Deixe o ambiente da casa mais escurinho e silencioso a partir das 19 horas e abra bem as janelas pela manhã, mesmo que o seu filho ainda esteja dormindo. Assim, antes dos 3 anos, a criança já saberá identificar a diferença entre o dia e a noite e isso facilitará na hora do sono.” — Hadrianne Sander, 30 anos, mãe de duas.
“Acredite no seu potencial de amamentar e nos benefícios disso para o seu filho, mas não se cobre demais. Embora digam o contrário, a amamentação não é um processo tão natural. O bebê precisa aprender a sugar o seio e a mãe tem de ensiná-lo fazer a “pega” correta, evitando assim ferimentos ou mamadas não efetivas. Busque e aceite ajuda de profissionais capacitados.” — Aline Felix, 36 anos, mãe de quatro, incluindo trigêmeos.
“Encontre um tempo para brincar com seu filho. Isso fará toda a diferença no presente e no futuro.” — Roneida Gontijo Couto, 42 anos, mãe de duas.=
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Cinderela às avessas Eternizadas como bruxas nos clássicos infantis, madrastas da vida real mostram que é possível criar verdadeiros vínculos de afeto com os enteados POR Isabella
Grossi
DURANTE MUITO TEMPO, o estereótipo de vilã pintado nos contos de fadas acompanhou a vida real de muitas madrastas. No Brasil, a perversidade da companheira do pai foi reconhecida até no Dicionário Michaelis, que, em um dos verbetes, define-a como mãe que maltrata os filhos e, em outro, como ingrata e pouco carinhosa. “Antes da Lei do Divórcio de 1977, a entrada da madrasta ocorria após a viuvez. A tendência, então, era o modelo de substituição, o que significa que ela tomava o lugar da mãe”, explica a
psicóloga e professora da UFMG Laura Cristina Eiras Coelho Soares, que publicou o livro Pais e Mães Recasados — Vivências e Desafios no Fogo Cruzado das Relações Familiares. O tempo passou e o cenário mudou. Atualmente, com o alto índice de divórcios — mais de 340 000 apenas em 2014, conforme dados do IBGE —, as relações foram rearranjadas e, embora nem sempre as histórias de famílias recompostas tenham finais felizes, a figura da madrasta passou a ser mais querida e, principalmente, mais respeitada.
FOTOS: GUSTAVO ANDRADE
Walmer e Juliana estão juntos há oito anos, mesma idade do filho dele, Henrique: "A nossa relação sempre foi muito próxima e de muito carinho", diz a advogada
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A pedagoga Rachel Silva, mãe de Maria Eduarda (à esq.), tem uma excelente relação com Alice e Thaís: “Eu assumi mesmo as meninas"
“Não existe formação familiar melhor nem pior do que a da primeira união. O bem-estar decorre da qualidade das interações, das relações e não do formato”, reforça Laura. A advogada Juliana Magalhães Siqueira Virgínia, de 29 anos, é prova disso. Quando ela iniciou o namoro com o personal trainer Walmer Martins Santos, de 34, Henrique, hoje com 8 anos, ainda estava na barriga da mãe. “Eu o acompanho desde o seu nascimento. A nossa relação sempre foi muito próxima e de muito carinho”, conta Juliana, que, junto ao pai, participa ativamente do dia a dia do menino. “Desde pequenininho ele sabe diferenciar o papel de cada uma.” Para a psicóloga Laura, é importante que a mãe também saiba que o lugar ocupado não é substitutivo. Pelo contrário. É um novo espaço de cuidado. “Dessa forma, é possível propiciar um campo familiar menos conflitivo e possibilitar que os filhos estabeleçam laços verdadeiros de afeto com a madrasta”, garante. Em muitos casos, a criança recusa o convívio com a madrasta por considerá-la uma ameaça para o retorno do relacionamento dos pais, por ciúme ou até mes-
mo por receio de sucessivos divórcios, ou seja, medo de estabelecer um vínculo e logo depois o casal se separar. A pedagoga Rachel Álvares da Silva, de 34 anos, conseguiu driblar esses obstáculos, mas assumiu um outro grande desafio. Quando conheceu seu atual marido, o administrador Ricardo Góes Barbosa, de 43 anos, fazia pouco tempo que ele havia ficado viúvo. A caçula, Thaís, hoje com 6 anos, mal tinha completado 1, enquanto Alice, de 10 anos, estava com 5. “Eu assumi mesmo as meninas. Nunca teve esse empecilho de me aceitarem ou não, mas é claro que existem certas dificuldades, principalmente em relação à criação. Por isso é preciso muito respeito e paciência”, afirma Rachel, que também tem uma filha, Maria Eduarda, de 12 anos, fruto de outro casamento. As três, segundo ela, brigam o tempo todo, como se fossem irmãs. “Nós dois temos a mesma autoridade e lidamos com as três da mesma maneira. Eu dou a ele total liberdade com a Maria Eduarda, da mesma forma que ele me dá com as meninas”, revela. Os dois, aliás, ganharam há pouco tempo das enteadas a melhor alcunha com a qual poderiam sonhar: a de mãe e pai. 4
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Eles também amam. E como!
A produtora de moda Santuza Prado já era mãe de Julia, de 10 anos, e João, de 8, quando conheceu o publicitário Leo Sevaybricker: família cresceu com a chegada de Benjamim, em novembro
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FOTO: VICTOR SCHWANER
Ainda hoje, para muitos, mãe é uma só. Não tem substituta. Já o pai é aquele que cria. Embora seja abarrotada de preconceito e sexismo, a afirmativa faz jus, ao menos, à figura do padrasto. É cada vez mais comum ver famílias sendo reconfiguradas com o apoio incondicional do companheiro da mãe. É o caso do publicitário Leo Sevaybricker, de 42 anos. Quando começou a namorar a produtora de moda Santuza Pires Prado, de 42 anos, ele ganhou de presente Júlia, hoje com 10 anos, e João, de 8. “Meus amigos perguntavam: mas ela tem dois filhos, como é que vai ser? Eu me desliguei disso e não quis muito saber”, conta Sevaybricker. O encontro com os pequenos, um com 2 anos e outro com poucos meses, à época, foi, nas palavras dele, sem explicação. “Acabei virando um outro pai. Obviamente eu não substituo o pai verdadeiro, mas faço parte do dia a dia e da educação deles. Nossa relação é muito gostosa, muito intensa. Somos alucinados uns com os outros”, assegura. Em novembro passado a família cresceu com a chegada de Benjamim. Contrariando as previsões catastróficas dos amigos, o bebê não veio para tumultuar. “É uma experiência nova, uma descoberta linda. O carinho que os meninos têm com o Benjamim é demais, não há ciúme e eu duvido muito que haverá”, arremata.
7 mandamentos para a boa convivência 1
#
NUNCA TENTE SUBSTITUIR OS PAIS BIOLÓGICOS. O papel da madrasta e do padrasto deve ser construído junto à criança, numa relação edificada na cumplicidade, no amor e na confiança. Jamais teça comparações, pois são atribuições completamente distintas.
#
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OUÇA A CRIANÇA. Quando a figura da madrasta e do padrasto surge, cria-se, imediatamente, um período de reconhecimento e de adaptação. É comum os pais acharem que mau comportamento nessa fase seja sinal de birras, mas pode ser sintoma de angústia, dúvida e insegurança. Entenda o que a criança está sentindo e a ajude a se comunicar.
3
#
NÃO EMPODERE A CRIANÇA, NEM A COLOQUE ACIMA DE TODAS AS COISAS. O filho deve entender que o pai ou a mãe tem o direito de continuar a sua vida ao lado de outra pessoa e que, apesar de ser muito amado, ele não pode impedir isso.
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PRESTE ATENÇÃO AO AMBIENTE. Se o pequeno apresenta um comportamento repetitivo de recusa ou agressividade, pode ser que o ambiente esteja influenciando. Observar atitudes e comentários feitos na presença dos enteados é fundamental.
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Pela psicopedagoga e psicanalista
Cristina Silveira
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NÃO INVADA A VIDA DA CRIANÇA. Conquiste-a em vez de se impor. Deixe espaço para que ela se aproxime por livre e espontânea vontade caso surja alguma resistência.
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NÃO TRAVE COMPETIÇÕES PELA ATENÇÃO DO PARCEIRO. O máximo que conseguirá com isso serão infindáveis brigas em sua nova união e um stress com os enteados. Lembre-se que o adulto da relação é você.
7
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NÃO COMPRE A CRIANÇA COM PRESENTES E BENS MATERIAIS. Essa conquista é perigosa. Mostre a ela suas virtudes, seus valores e trate-a com carinho e cumplicidade. É o suficiente. =
4educação
Os 10 erros mais comuns Veja quais são os equívocos mais frequentes na criação dos filhos segundo a americana Ashley Merryman, que virá a BH em junho
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ELOGIAR DEMAIS. Segundo pesquisas recentes, dizer a seu filho quanto ele é especial pode “estragá-lo”. Trata-se de uma questão neurobiológica.
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# NÃO ESTIPULAR HORA PARA DORMIR. Em todo o mundo, as crianças estão dormindo uma hora a menos do que dormiam há vinte anos. O preço disso é ter menos pontos no QI, o bem-estar emocional comprometido, déficit de atenção e obesidade.
FOTO: CHRIS HARDY
udo em que acreditávamos sobre criação de filhos está errado. É isso o que diz a americana Ashley Merryman, coautora do livro Os 10 Erros Mais Comuns na Educação de Crianças, que se tornou um best-seller mundial sobre o tema e foi publicado no Brasil pelo selo Lua de Papel. Com base em modernas pesquisas da psicologia comportamental e da neurociência, a autora vem há anos publicando artigos em importantes veículos de comunicação dos Estados Unidos, como as revistas Time e New York, para mostrar que os instintos e o conhecimento popular a respeito de muitas questões relacionadas à educação de meninas e meninos estão equivocados. No mês que vem, Ashley virá pela primeira vez ao Brasil para falar de seus polêmicos textos, em Belo Horizonte. Ela será uma das palestrantes do 2º Seminário Internacional de Mães, que será realizado no dia 4 de junho, no Ouro Minas Palace Hotel. “A intenção não é fazer alarde, mas sim ensinar a pensar diferente, mais profunda e claramente, a respeito das crianças”, diz a escritora, que é bacharel em belas-artes e doutora em ciências jurídicas, além de comentarista de programas de rádio e televisão. Confira a seguir um breve resumo sobre os erros mais graves que os pais andam cometendo na criação dos filhos, de acordo com Ashley.
3
# NÃO FALAR SOBRE A QUESTÃO RACIAL COM OS FILHOS. Com medo de parecerem preconceituosos, os pais acabam reforçando a ideia de que esse é um tema proibido, grave e intimidador.
4
#
COBRAR HONESTIDADE E ACABAR ESTIMULANDO A MENTIRA. As estratégias clássicas para estimular a sinceridade apenas levam as crianças a mentir melhor. Elas se veem obrigadas a mentir aos pais para acobertar transgressões e não irritá-los.
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# BUSCAR ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL. Apesar de milhões de pais mundo afora matricularem os pequenos em programas especiais com esse objetivo, pesquisas revelam que em 73% dos casos o investimento é inútil. Cada criança tem seu tempo.
6
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TENTAR IMPEDIR AS BRIGAS ENTRE IRMÃOS. A média de conflitos entre irmãos com idade entre 3 e 7 anos é de 3,5 vezes por hora. A necessidade de compartilhar coisas é a principal razão da disputa. E apenas um a cada oito conflitos acaba em acordo ou reconciliação.
7
#
NÃO ACEITAR A REBELDIA ADOLESCENTE. Discutir com os adultos é um sinal de respeito e não o contrário. As discussões podem ser construtivas para o relacionamento e não apenas destrutivas.
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#
NÃO SABER ENSINAR AUTOCONTROLE ÀS CRIANÇAS. Os pais exigem que os filhos prestem atenção porque acreditam que eles não aprenderão se não forem capazes de evitar distrações. Na verdade, as crianças não se distraem quando estão envolvidas com atividades que elas mesmas escolhem.
9
#
SER PERMISSIVO DEMAIS. As pesquisas mostram que pais “modernos e engajados” não conseguiram criar uma geração de anjos. Filhos de pais progressivos são mais agressivos e dissimulados na escola, quase tanto quanto os filhos de pais ausentes e desinteressados.
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#
APRESSAR O DESENVOLVIMENTO DA FALA DAS CRIANÇAS. Apesar do alerta dos cientistas, pais estão gastando fortunas em parafernálias e vídeos para apressar o desenvolvimento da fala. No entanto, precocidade oral não é garantia de desenvolvimento acima da média em outras áreas.=
4NOVAS IDEIAS SOBRE EDUCAÇÃO, com Ashley Merryman Palestra no 2º Seminário Internacional de Mães DATA: 4 de junho (sábado) LOCAL: Ouro Minas Palace Hotel Inscrições pelo www.seminariodemaes.com.br
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AS PALESTRANTES
LÍGIA GABRIELA LAURA KAPIM GUTMAN GUERRA
Nutricionista, apresentadora do programa “Socorro, Meu Filho Come Mal”, do canal pago GNT
Psicopedagoga argentina, autora dos best sellers “A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra” e “O Poder do Discurso Materno”
ASHLEY
FILOMENA
MERRYMAN
Escritora americana, autora do livro “Os 10 Erros Mais Comuns na Educação de Crianças”, colunista das revistas Time e New York
PATROCINADORES:
CAMILA DO VALE (DRA. FILÓ)
Pediatra especialista em cardiologia, médica do CTI Infantil da Santa Casa de Belo Horizonte
Psicóloga, autora do livro “Mulheres às Avessas” e apresentadora do programa de mesmo nome, na RPCTV, afiliada da Rede Globo, no Paraná
A MEDIADORA
CRIS
GUERRA
Publicitária, escritora, palestrante e colunista da rádio BandNews FM e das revistas Canguru e Pais&Filhos
4viagens, modo de usar
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A cidade dos nossos anjos
Ali mesmo em Hollywood fica o Observatório Griffith. Ele oferece, além de refrescantes caminhadas pelo seu parque e belas vistas diurnas e noturnas da cidade, uma incursão até os confins do universo através de telescópios à disposição dos visitantes. Sem falar no show intergaláctico patrocinado pelo planetário e as exibições científicas voltadas, em especial, para o público jovem. Para adolescentes amantes de aventuras, há uma estradinha de ter-
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Getty, considerado um dos cinco melhores do mundo na atualidade. Os jardins, por si sós, são uma obra de arte.
ra que liga o Observatório Griffith ao grande letreiro de Hollywood. No caminho, eles conhecerão a rea lidade da região: um deserto que o ser humano transformou em megalópole. Ali se veem plantas, lagartos e pássaros nativos que sobrevivem com pouca água. A chuva é rara. Quando eu era rapaz, escalei o letreiro. Hoje, além de ser proibido, não recomendaria a experiência: não vale o risco da queda. Para quem aprecia caminhadas menos desérticas, os cânions de Topanga e Runyon são opções de contato com a natureza. Há, também, trilhas que exploram as magníficas vistas do Pacífico. Uma chegadinha à famosa Venice Beach deve ser incluída no roteiro. Tanto pela praia quanto pelo modo de vida local, descolado e original. No centro de Los Angeles, junto à Miracle Mile, fica o Rancho La Brea, no Hancock Park, onde o asfalto brota do solo. Essas fontes de piche viraram, durante milhares de anos, armadilhas para os animais que tentaram atravessá-las. Os esqueletos dos bichos, naturalmente bem preservados, estão no museu anexo. Não perca a visita ao Museu de Arte do Condado de Los Angeles. E, é claro, ao Museu J. Paul
Ao sul de Los Angeles, em Anaheim, fica a Disneylândia, a original. Ali nasceram os parques da rede que se espalhou pelo mundo. Possui algumas atrações que não se encontram em Orlando, Paris ou Tóquio. No caminho, há a pouco conhecida Knott’s Berry Farm, que serviu de inspiração para a Disneylândia, também repleta de atrações para crianças, como uma aventura marinha em quatro dimensões e muitas montanhas-russas. Quer mais? Pois LA tem. Para descobrir, consulte, por exemplo, www.lacitytours.com. Ao visitar Los Angeles, nossos anjos e anjinhos se sentirão em casa. A cidade tem tudo para ser o céu para eles. Um céu quase sempre azul.=
Luís Giffoni é cronista, romancista e palestrante. Autor de 26 livros, tem nas viagens uma de suas paixões. Nelas aprende a diversidade do mundo e das pessoas, experiência que acaba traduzindo em suas obras. Neste espaço, dá dicas sobre como aproveitar o mundo com os pequenos. giffoni@cangurubh.com.br
FOTOS: REPRODUÇÃO; [1] GUSTAVO ANDRADE.
EXISTE UMA CIDADE que se chama Cidade dos Anjos. Literalmente. Possui tantas atrações para crianças que poderia ser a Cidade dos Anjinhos. Nossos anjinhos. Trata-se de Los Angeles, a metrópole californiana, capital do cinema. Hollywood é apenas um de seus pontos turísticos. Andar pelo bairro, visitar o Teatro Chinês e a Calçada da Fama, na qual os artistas mais badalados deixaram suas marca e nome, bem como os estúdios onde os filmes são produzidos (a ida ao Universal Studios é imperdível) e eventualmente encontrar uma atriz ou ator famoso, para muita gente, justifica a visita. Há, contudo, mais. Muito mais.
luís giffoni
4História de mãe
Independência ou morte
FOTO: VICTOR SCHWANER
POR Renata
Schaefer Moura
ERA LEGAL, EU ganhava bem, fazia o que gostava, tinha autonomia. Aí resolvemos ter um bebê. Durante a gravidez, tudo continuou em ordem e as pessoas falavam: “Nossa, ela consegue fazer de tudo com essa barriga...”. Em agosto de 2010, o Bernardo nasceu. Marinheira de primeira viagem, não sentia segurança em cuidar dele, sofria quando ele não mamava, quando não dormia, com as dores de barriga... Sofria por tudo. Sozinha durante todo o dia e solitária durante as mamadas da noite, eu sentia o peso da responsabilidade. O final da licença-maternidade não entrava na minha cabeça. Como iria voltar a trabalhar e deixá-lo? Eu trabalhava em Congonhas (MG), saía de casa muito cedo e chegava tarde. Doía não o ver acordado, não dar vacina, não levá-lo ao médico, não estar quando sentou, quando andou, quando falou... Aos poucos comecei a repensar meu papel de mãe, de mulher, de profissional. Depois de refletir, não consegui chegar a nenhuma conclusão. Mas da maneira que estava não queria ficar. Comecei então a fazer um movimento “muda vida” e a procurar outras formas de trabalho. Consegui um emprego compatível com o que eu tinha em Belo Horizonte, matriculei o Bernardo em uma escola na parte da tarde e contratei uma empregada doméstica. Mas não era isso. Depois de dois anos, levantei a espada da “independência ou morte” e iniciei um antigo projeto. No começo foram muitos aprendizados, muitos erros, muitos acertos. No final de 2014 chegou a Manu. A Manu foi mais fácil, veio no flow e está linda. Contei tudo isso para exemplificar como é difícil viver o trade off de carreira de uma mulher quando ela tem filhos. Toda escolha traz perdas, não importa qual escolha. Você terá perdas! Se você es-
colhe ser uma excelente profissional e focar 100% sua carreira sem filhos, nunca vai saber o que é um beijo dizendo “mãe, eu te amo” ou ainda nunca vai saber a dor e a delícia de ver seu filho chorando porque você vai viajar a trabalho. Se você escolhe ter filhos, mas delega a outra pessoa, nunca vai saber como é ser mãe de verdade, mãe que faz “para casa”, que sabe das manias, que leva ao cinema, que canta as músicas dos filmes... Se você escolhe abandonar sua carreira em função dos filhos, nunca vai saber o valor de uma promoção conquistada com eles ou nunca vai saber como tocar um projeto em meio a uma crise de bronquite. Sempre fui radical em minhas decisões, mas depois da maternidade procurei a coluna do meio. Coluna no meio, para mim, significa que você pode e deve continuar sendo você depois de ser mãe, que você deve continuar a fazer o que gosta e o que lhe dá prazer sem negligenciar seus filhos. Coluna do meio significa escolher aquilo que é melhor para você. Quando me perguntam: “Você abriu a empresa para ficar mais próxima do Bernardo?”. Respondo: “Não! Eu abri por mim! Porque EU não daria conta de vê-lo crescer a distância, porque EU não daria conta de estar longe dele. Fiz por mim”. =
Renata Schaefer Moura é mãe de Bernardo, de 5 anos, e de Manu, de 1. Psicóloga, coach e instrutora de desenvolvimento, escolheu viver a maternidade sem abandonar a carreira por causa do filhos. Para isso abriu a COACHR, uma empresa de coaching e desenvolvimento de pessoas.
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Os caminhos de Juarez Machado MUITOS PAIS E avós que estão lendo esta coluna devem se lembrar do quadro semanal que Juarez Machado tinha no Fantástico, nos anos 1970. Era uma mistura de mímica, pantomima e desenho, uma verdadeira performance, cheia de humor e poesia, sem uma única palavra. Quem procurar no YouTube encontrará alguns desses episódios. O que talvez nem todos se lembrem é que Juarez, desde aquela época, criava livros sem texto para crianças (e adultos dispostos a mergulhar no encantamento das imagens). Pois bem, a editora Miguilim, aqui de Belo Horizonte, acabou de lançar um novo livro de Juarez, Saída, e aproveitou para relançar a obra de estreia do artista, Domingo de Manhã.
Como é típico dos livros de Juarez Machado, Domingo de manhã nos leva a um passeio. Aqui o trajeto é feito dentro de um carro. De forma bem cinematográfica, o leitor assume o lugar do personagem/motorista e vê tudo o que ele vê. Na primeira "cena", estamos dentro de uma garagem e, daí em diante, seguimos o percurso do carro. Primeiro atravessamos uma cidade cinzenta e sem graça. Algumas páginas depois, uma brecha de azul se anuncia. O carro sai da cidade e encontra a natureza, sol, chuva, arco-íris. Aonde aquele personagem nos leva? Vai ser perder no caminho? Quem ele vai encontrar? São surpresas que esperam o leitor deste livro de 1976, relançado em edição supercaprichada.
SAÍDA. De Juarez Machado. Editora Miguilim, 2016.
FOTO: LUÍZA VILLARROEL
4para ler com seu filho
leo cunha e os filhos André e Sofia
DOMINGO DE MANHÃ. De Juarez Machado. Editora Miguilim, 2016.
Em Saída, acompanhamos o personagem em seu caminho a pé. No início ele topa com um embrulho de presente, dentro do qual encontra uma chave. A partir daí, entram em cena vários tipos de portas e saídas, uma atrás da outra, lembrando, um pouco, a famosa cena inicial do seriado Agente 86. Novos objetos e enigmas vão surgindo a cada página, até que uma última saída, inesperada, se revela para nós.
SOBRE O AUTOR: Juarez Machado, paranaense de Joinville, é um dos principais artistas
plásticos brasileiros, reconhecido internacionalmente. Com múltiplos talentos, trabalha com pintura, escultura, fotografia, design, charge, caricatura e cenografia, além da mímica. Suas telas e cores inspiraram o visual do filme francês O fabuloso destino de Amélie Poulain, de 2001.
Leo Cunha é escritor e publicou mais de cinquenta livros, como Vira-lata (Ed. FTD) e ABCenário (Ed. Autêntica). Já recebeu os principais prêmios da literatura infantil brasileira, como Jabuti, Nestlé e João-de-Barro. Na Canguru, dá dicas de livros para crianças. leocunha@cangurubh.com.br
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4na pracinha
FOTOS: [1] PATRÍCIA DE SÁ; [2] [3] [4] ARQUIVO NA PRACINHA.
Parque Renato Azeredo QUANDO O FIM de semana chega, quais têm sido as alternativas de passeio para levar as crianças por aí? Você já se perguntou quantas oportunidades os pequenos têm de entrar em contato com a natureza na cidade grande? Muitas vezes, a comodidade e o cansaço do dia a dia acabam por nos convencer de que um restaurante com espaço kids ou a área de brinquedos do shopping são suficientes para nos fazer descansar e entreter as crianças. Não, não são suficientes. Levar os pequenos para passear ao ar livre será sempre a melhor opção se quisermos ver crianças saudáveis tornando-se adultos equilibrados. Os passeios ao ar livre trazem aquela reflexão, tão necessária, sobre o valor das coisas simples, além de contribuir para estreitar o vínculo entre pais e filhos. Um dos lugares perfeitos para levar as crianças a vivenciarem esse contato com a natureza é o Parque Renato Azeredo. Ele fica no Palmares, é muito amplo e tem várias opções para a diversão dos pequenos, distribuídas em aproximadamente 92 000 metros quadrados. Nas visitas que já realizamos, encontramos o Parque sempre cheio de crianças se divertindo. O Mateus (foto) frequenta o Parque Renato Azeredo desde os 6 meses de idade. A mamãe, Suenara Ramos, gosta muito do espaço por ser um ambiente seguro, onde o filho pode se divertir ao ar livre. “Chegar
[2] [1]
ao parque e ver estampado no rosto do Mateus a alegria de estar ali é gratificante. É um espaço grande, bem cuidado, com muitos brinquedos que agradam às crianças, equipamentos de ginástica e quadra. Sempre vemos por lá a Guarda Municipal.” O brinquedão é um dos grandes atrativos do Renato Azeredo, com escorrega, escalada, trepa-trepa e balanço. Além dele, o Parque oferece uma grande quadra, que está sempre recheada de grupos praticando esportes variados. Há muito espaço para correr, brincar de pique-pega, soltar bolha de sabão. O parque conta ainda com aparelhos de ginástica, pista de caminhada e áreas de convivência. Bebedouros e banheiros completam a estrutura. Não é permitida a entrada de cães, assim como bicicletas e skates (embora em nossas visitas tenhamos visto crianças brincando com esses equipamentos por lá).
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Com tantos atrativos, agora só falta programar um passeio — vamos brincar lá fora? = Rua Antônio Peregrino Nascimento, s/nº, Palmares
Criado em 2011 pelas mães Flávia Pellegrini e Miriam Barreto, o blog tem o objetivo de incentivar brincadeiras ao ar livre em família. Na Canguru, as fundadoras do Na Pracinha dão dicas de passeios divertidos para a meninada. www.napracinha.com.br
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4padecendo no paraíso
Coragem é a nova beleza POR Tetê
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UMA PALAVRA VINHA me perseguindo há um tempo: CORAGEM. Mas que diabos ela queria? Volta e meia ela aparecia em uma frase, texto, recado, e eu sem entender o que isso tinha a ver comigo. Até que, ao buscar inspiração para escrever sobre gênero, deparei com um vídeo do TED (veja link abaixo) que materializou o que ela queria me mostrar: “Ensine as meninas a ter coragem, e não a ser perfeitas.” Aí começa a percepção do que a sociedade espera de uma menina: que não dê trabalho, que seja bela, magra, simpática, amiga, disponível, cuidadosa, educada, inteligente... perfeita. Isso também se aplica a nós, mães: somos a maravilha de conciliar tudo em uma só mulher. E como isso nos faz sofrer e perder oportunidades, pois mesmo possuindo todo o prepa-
ro e capacidade necessários, não nos damos o direito de arriscar um resultado que não seja perfeito, ideal ou dentro das expectativas. O mesmo mundo que faz questão de nos cobrar perfeição está apenas perdendo com isso. Como diria Coco Chanel: “O maior ato de coragem é pensar por si mesma. Em voz alta”. É hora de buscarmos força e apoio umas nas outras para lutarmos pelo que acreditamos no lugar de aceitarmos o que esperam de nós. Incentivar a independência, a liberdade, a autonomia e a construção da autoestima nas nossas meninas. Ter coragem hoje é quase uma questão de sobrevivência e é isso que devemos mostrar para as novas gerações de mulheres. Muitas das expertises “da moda” estão ligadas a essa audácia feminina: inovação, liderança, criatividade, empoderamento. Não podemos mudar o passado, mas nosso futuro e o dos nossos filhos construímos agora. É isso que desejo a todas nós: que tenhamos coragem sempre. Feliz mês das mães.=
Coordenado pela arquiteta Bebel Soares e pela designer Tetê Carneiro, o grupo Padecendo no Paraíso nasceu em março de 2011, no Facebook, e é formado atualmente por mais de 6 000 mães. Na Canguru, as fundadoras do Padecendo discutem assuntos como saúde, alimentação, sexo, viagens, educação, estética e beleza. www.padecendo.com.br
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ILUSTRAÇÃO: ISTOCKIMAGE
Para assistir ao vídeo sugerido no texto, acesse bit.ly/TEDReshma ou use o QR Code.
FOTO: LEO NEVES E OSWALDO MARRA
4artigo | Selmo Geber
Quando o segundo filho não vem O PRIMEIRO FILHO já reina absoluto há um tempinho, e o sonho agora é aumentar a família. Começam os planos; a reforma do quarto; pensar para onde vão tantos brinquedos; como contar para o maiorzinho... Mas a gravidez não vem. Tentam, relaxam, marcam datas e horários e nada. Na medicina isso se chama infertilidade secundária. Para falar um pouco mais sobre ela, é importante, em primeiro lugar, entender o que é a infertilidade. Ela é definida pela ausência de gestação após um ano de relações sexuais, sem uso de métodos contraceptivos. Existem vários fatores que podem causá-la. A principal é a idade avançada da mulher, pois, com o passar dos anos, há uma diminuição na quantidade de óvulos, além da mudança na qualidade deles. Isso porque a taxa cumulativa de gravidez varia com a idade feminina, alcançando 85% para mulheres de até 35 anos. Por isso, a investigação para eventuais causas de infertilidade deve ser feita após doze meses de espera para mulheres com até 35 anos, e de seis meses depois dessa idade. Quando o casal não teve gravidez anterior, a infertilidade é chamada de primária, e quando ela já ocorreu, chamamos de secundária, bem mais rara. Ela pode ser causada por algo que tenha surgido após a gravidez anterior ou uma questão prévia, suficiente para reduzir as chances, permitindo a primeira gestação, mas dificultando a segunda. No primeiro caso, as razões mais comuns são a obstrução tubária secundária, que pode ser ocasionada por alguma infecção ou cirurgia; fator uterino por miomas que, ocasionalmente, aparecem depois da gravidez; alteração hormonal (hipotireoidismo, por exemplo);
ou fator masculino secundário à infecção. Outras causas podem ser provocadas por desejo do casal, como ligadura de trompas e vasectomia. O principal exemplo de motivo preexistente que pode interferir na segunda gravidez é a anovulação crônica, responsável, na maioria dos casos, por reduzir as chances de gravidez, mas não impedi-la. Um fator masculino leve ou moderado também pode interferir, mas seu impacto é maior na primeira gestação.
Em geral, em mulheres que já tiveram uma gestação, a probabilidade de ocorrer a próxima é maior. Não sabemos, ao certo, o porquê disso, mas acredita-se que o útero possa ter uma memória que facilitaria uma nova gravidez Em geral, em mulheres que já tiveram uma gestação, a probabilidade de ocorrer a próxima é maior. Não sabemos, ao certo, o porquê disso, mas acredita-se que o útero possa ter uma memória que facilitaria uma nova gravidez. É importante ressaltar que o tratamento indicado depende da causa, mas ele é conduzido da mesma forma que nos casos de infertilidade primária e com chances semelhantes. E aqui, o fundamental é não se desesperar e buscar ajuda especializada.=
Selmo Geber é professor titular do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da UFMG e especialista em reprodução assistida da clínica Origen.
MAIO 2016 .
Canguru
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Uma possibilidade de aprender MÃE CARINHOSA, BRAVA, ciumenta, perfeccionista, exigente, amiga. Várias formas de amar, sentir e agir em uma das missões mais difíceis da contemporaneidade: o ato de cuidar. Alguns dizem que ter filhos é importante e necessário pela continuidade do nome de família; por questões econômicas; para a realização de desejos; por ser uma experiência única e indescritível; por um sem-fim de razões. Com certeza, porém, a maior vantagem da maternagem é a possibilidade de aprender com os filhos. Esse aprendizado exige muito discernimento e maturidade. Pressupõe sair do lugar de quem já sabe e já viveu, para experimentar um amor e um vínculo que vão para muito além do que já sabíamos de nós mesmos. Muito já se pesquisou sobre o assunto e está mais que comprovada a influência dos pais sobre seus filhos. Novas pesquisas mostram, porém, que essa história tem outro lado. É uma via de mão dupla. O que os estudos indicam é que a relação afetiva com os pequenos, desde o seu nascimento, impacta e estimula o funcionamento neuroquímico dos pais, permitindo alterações na maneira de pensar e de agir. A relação com os filhos nos coloca diante novas responsabilidades e emoções, estimulando a criatividade e o aprendizado. Os desafios de cuidar dos filhos fazem com que áreas do cérebro de homens e mulheres sejam transformadas ou “reprogramadas” com o objetivo de facilitar a complexa tarefa de exercer o cuidado, educar e amar incondicionalmente. É importante dizer que esse aprendizado não se esgota. Ele se aprimora a cada dia e se revoluciona com a chegada de um novo ser à família.
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Canguru
. MAIO 2016
Cada filho exige que tenhamos uma nova aprendizagem específica, sem manual ou script. Tudo volta a ser novo, obrigando-nos a fazer novas escolhas sobre o que vamos deixar de lado para construir uma relação única e saudável, amando e crescendo de forma recíproca.
O que os estudos indicam é que a relação afetiva com os pequenos, desde o seu nascimento, impacta e estimula o funcionamento neuroquímico dos pais, permitindo alterações na maneira de pensar e de agir Outro traço importante desse aprendizado são as vivências mais subjetivas que enlaçam os aspectos profissionais, a relação a dois, o feminino e o stress que acumulamos ao exercer nossos diversos papéis. Diante da missão de educar, não se perder nas outras funções exercidas do cotidiano é o nosso maior desafio. E haja força para vencê-lo! Somente com coragem é que daremos conta de enfrentar — e vivenciar de forma plena — esse desafio tão complexo e fundamental para a existência humana: criar filhos saudáveis e felizes.=
Aline Rodrigues é psicóloga clínica, coordenadora da Clínica Le Sense e mãe de Giovanna, de 16 anos.
FOTO: ARQUIVO PESSOAL
4artigo | Aline Rodrigues
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4crônica
Um sonho secreto cris guerra e o filho francisco
EMBORA NÃO TENHA sido planejado, tive que voltar ao trabalho quando Francisco tinha 50 dias de vida. Dar ao bebê a primeira mamadeira de Nan foi inaugurar o passo que iria secar não só o meu leite, mas os sonhos cultivados por anos. Isso, até que eu entrasse no supermercado naquele mesmo dia: diante das prateleiras repletas, entendi que o leite em pó poderia me representar divinamente em casa, enquanto eu deslizava sem pressa por aqueles corredores enormes como quem patina no gelo. Percorrer as gôndolas sem o peso da barriga e examinar minuciosamente o rótulo de cada produto trazia uma colorida sensação de reencontro comigo, enquanto o meu maior presente me aguardava seguro em casa. A ideia de completude com liberdade tinha lá o seu encanto: era um alívio a sensação de não ter que voltar correndo. Antes, nove meses comendo por mim e por ele, fazendo de cada troca de posição uma baliza em pleno sono, pensando duas vezes a cada escolha que outrora parecia simples e trivial. Era estranho e ao mesmo tempo libertador voltar a carregar apenas a mim mesma. Meu laço com o Fran iria muito além do cordão. Em casa, Marisa Monte embalava as nossas noites. Culpa e cansaço sambavam lindamente enquanto dançávamos de rosto colado, o universo ao nosso redor. Quando ele adormecia, grudado a mim como um coala, eu seguia percorrendo a sala vazia, grávida de amor e música. Ser mãe não é para os fracos. Aprender a ser coruja sem perder o humor nem o entusiasmo, pautando o sono pelo adormecer do bebê. Dar o peito e ouvir arrotos como se fossem fogos de artifício. Varar a madrugada tentando aplacar as cólicas de um bichinho que chora a plenos pulmões. Tudo isso depois de meses em que o sono já não é mais o mesmo, muito menos o corpo, nunca mais a vida.
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. MAIO 2016
Ter um filho é o gesto transformador de estender a mão para não mais recolhê-la. (...) Amor tão forte e assustador, que pede ausência, vez por outra. Para evitar a ilusão de que a nossa presença é o maior alimento
Ter um filho é o gesto transformador de estender a mão para não mais recolhê-la. Um disparate, um exagero, uma loucura. Amor tão forte e assustador, que pede ausência, vez por outra. Para evitar a ilusão de que a nossa presença é o maior alimento. A maternidade sublinha o feminino com linhas grossas e definitivas. Para compensar, pede risadas, gritos, arroubos e uma generosa porção de Chico, para fazer samba e amor até mais tarde. O sonho secreto de toda mãe é uma folga comprida, caminho sensato para a sobrevivência que passa longe da falta amor. Um ritual de recarregamento da bateria espessa de que é feito o dia a dia de quem não vive só para si. Ligada a uma espécie de tomada, tudo o que uma mãe quer por algumas horas é que embale Mateus quem não o pariu. Para poder caprichar no batom e na máscara de cílios, correr para uma pista de dança cheia de gente e embalar, não um bebê, mas uma noite inteira no mais genuíno rock’n’roll.=
Cris Guerra é publicitária, escritora e palestrante. Fala sobre moda e comportamento em uma coluna na rádio BandNews FM e a respeito de muitos outros assuntos em seu site www.crisguerra.com.br. Na Canguru, escreve sobre a arte da maternidade. crisguerra@cangurubh.com.br
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Boulevard Kids
A melhor forma de terminar o fim de semana.
Programação EsPEcial do mês das mãEs 1o/5 8/5 15/5 22/5 29/5 gincana com oficina de Teatro cachinhos show de camarim show música pintura dourados mágica e oficina de desenho LocaL: Piso 2 | Horário: 16H às 17H30 /boulevard_bh
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