Caraterização demográfica e socioeconómica

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DiagnĂłstico para o Plano EstratĂŠgico Educativo Municipal da Amadora (adaptado)

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Título: Diagnóstico e Linhas Gerais de Ação para o Plano Estratégico Educativo Municipal da Amadora Editor: Projeto ESCXEL – Rede de Escolas de Excelência Coordenação: David Justino Autores: Susana Batista, Eva Gonçalves, Marina Peliz, Teresa Pimentel Revisores: David Justino, Rui Santos, Sílvia Almeida Edição: Junho de 2016

© ESCXEL – Rede de Escolas de Excelência Avenida de Berna, 1069-061 Lisboa Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – UNL CICS.NOVA – Centro de Estudos Interdisciplinares da NOVA Endereço eletrónico: projectoescxel@gmail.com Sítio: http://www.cics.nova.fcsh.unl.pt

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Índice Conteúdo 1.

CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO E DEMOGRAFIA DO CONCELHO ................................................. 4 INSERÇÃO DO MUNICÍPIO NA REGIÃO DE QUE FAZ PARTE E DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO NO TERRITÓRIO .........................4 A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ............................................................................................................................8 ACESSIBILIDADES E TRANSPORTES ......................................................................................................................11 MOVIMENTOS PENDULARES .............................................................................................................................15 FECUNDIDADE, MORTALIDADE E MIGRAÇÕES ......................................................................................................15 Fecundidade...........................................................................................................................................15 Mortalidade ...........................................................................................................................................16 Migrações ..............................................................................................................................................17

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CARATERIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA DO CONCELHO ..................................................................... 24 INDICADOR SOCIOECONÓMICO ..........................................................................................................................24 TECIDO INDUSTRIAL E EMPRESARIAL ...................................................................................................................27 O EMPREGO NO CONCELHO DA AMADORA ..........................................................................................................38 DESEMPREGO ................................................................................................................................................42 ESTRATIFICAÇÃO SOCIOECONÓMICA ...................................................................................................................44 ESCOLARIZAÇÃO .............................................................................................................................................46

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1. Caracterização do território e demografia do Concelho O conhecimento da demografia de uma população, em termos restritos, do volume, estrutura e distribuição no território, permite identificar e quantificar diferentes grupos populacionais e elaborar políticas informadas acerca dos problemas assinalados em determinado grupo, de um território específico. É por este motivo que analisamos as dinâmicas demográficas municipais através do estudo do estado da população (ou variáveis macrodemográficas) no que toca ao seu volume, estrutura e distribuição no território, sempre tendo em conta a sua inserção na região a que pertence. A caracterização do território e a caracterização demográfica do concelho da Amadora foram realizadas seguindo o trabalho desenvolvido pela equipa de investigadores do CICS.NOVA no Projeto ESCXEL – Rede de Escolas de Excelência. Apostou-senuma lógica comparada de apresentação de informação, pelo que para além dos dados relativos à Amadora se apresentam, quando relevante, as características dos restantes concelhos da NUT III Grande Lisboa. Para a caracterização do Território recorreu-se a informação retirada da base de dados Sales Index da Marktest e dosite da Câmara Municipal da Amadora (cf. Plano Director Municipal, GeoPortal da Amadora, Carta Educativa), assim como a dados cedidos pela Câmara Municipal. Para a caracterização demográfica recorreu-se à metodologia utilizada pela equipa CICS.NOVA nos relatórios de diagnóstico e projeção da população, que se baseia nos dados censitários definitivos de 1981, 1991, 2001 e 2011 e nas Estimativas da População publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística, I. P. (INE) para o período 1992-2013.

Inserção do município na região de que faz parte e distribuição da população no território Inserido na Região de Lisboa e Vale do Tejo, o Município da Amadora integra a NUT III Grande Lisboa, que inclui também os municípios de Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira. Como é possível verificar na Figura 1.1, nem todos os municípios mencionados têm fronteira administrativa com a Amadora. O concelhoda Amadora pertence ainda ao distrito de Lisboa, juntamente com os concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Cadaval, Cascais, Lisboa, Loures, Lourinhã, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira. Por se localizar imediatamente a Noroeste da sede de distrito, Lisboa, tem uma relação próxima com este centro, também visível nas boas acessibilidades rodoviárias, nos transportes públicos e nos movimentos pendulares. Tal como é salientado no Plano Director Municipal da Amadora (PDM) 1, nomeadamente no Relatório do Estado do Ordenamento do Território que avalia a sua implementação, o município apresenta-se como predominantemente residencial, com uma estrutura económica apoiada no setor do comércio/serviços e com uma população cada vez mais escolarizada, embora ainda abaixo do recomendado (Estratégia Europa 2020). Para além de assumir a sua vertente residencial e promover o melhoramento da qualidade de vida no concelho, a Amadora pretende também fortalecer e diversificar a sua base produtiva, através da sua centralidade geográfica, das boas acessibilidades (dentro e para fora do concelho), da possibilidade de reconversão de áreas industriais (em declínio) com localização de excelência, da melhoria na qualificação da população e da aposta no ensino profissional ajustado ao tecido económico do concelho. Em 2011, o número de edifícios e alojamentos na Amadora aumentou em 2019 face a 1991, continuando a representar cerca de 4,9% do número de edifícios e alojamentos da Região Grande Lisboa (RGL). Os edifícios exclusivamente residenciais aumentaram para 10 892 (mais 1524 do que em 1991), os edifícios principalmente residenciais mas não só aumentaram para 2729 (mais 492 do que em 1991) e os edifícios de utilização principalmente não residencial aumentaram ligeiramente para 75 (mais 3 do que em 1991). Amadora dispunha, em 2011, de 71690 alojamentos familiares de residência habitual, dos quais 46188 eram ocupados pelo proprietário, 21833 eram arrendados e 3669 se incluiam noutros regimes de ocupação. Cerca de 48,3% do total de

1Consultámos o Relatório Final do Plano Diretor Municipal (PDM) de 1994, o Relatório do Estado do Ordenamento do Território (REOT)

2014, o Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Territorial (2015), o Retrato Municipal (INE) e o Amadora em Números (2014).

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alojamentos clássicos, propriedade dos ocupantes, ocupados como residência habitual não representaram encargos e 4465 representavam encargos iguais ou superiores a 500€ (incluindo 678 com encargos superiores a 800€). O concelho tinha ainda 9303 alojamento vagos naquele ano (10,6% do total de alojamentos), mais 3848 que em 1991. O concelho posiciona-se abaixo de Cascais, Lisboa, Loures e Sintra em quase todos estes indicadores mas destaca-se no tipo de utilização de edifícios não esclusivamente residenciais, onde se situa acima de Cascais e Loures; e no regime de ocupação por arrendamento, onde se situa acima de Cascais. Segundo o Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação elaborado pelo INE, em 2013, o valor médio dos alojamentos na Amadora é inferior ao verificado na maioria dos concelhos limítrofes(Lisboa, Cascais, Oeiras, Loures e Odivelas; 1131€/m2 face a 1781€/m2 de Lisboa e 1452€/m2 de Cascais, por exemplo)e superior ao verificado para Sintra quando consideradas as moradias isoladamente, sendo deste concelho que provém a maior percentagem de população que entra na Amadora para trabalhar ou estudar. Ao nível social, verifica-se um esforço de resolução de situações de habitação precária, pela diminuição de 95,6% no número de Barracas e outros Alojamentos entre 2001 e 2011 (INE, Censos da População). Segundo o Inquérito à Caracterização da Habitação Social realizado pelo INE em 2011, o município integra no seu território 20 bairros sociais, 301 edifícios de habitação social e tinha naquela data 165 pedidos de habitação social (mais 28 do que em 2009). Amadora estende-se por uma área de 2346 hectares (23,78 Km2) apresentando um comprimento máximo de 8 Km do extremo Norte ao extremo Sul e 6 Km de Este a Oeste. Na região considerada, o município com mais população em 2011 é, como seria de esperar, Lisboa, e o município com menos população é Mafra, seguido de Vila Franca de Xira e Odivelas, todos com menos de 150 mil habitantes (Figura 1.1). Comparando os municípios da Grande Lisboa, verificamos uma diversidade no que diz respeito à densidade populacional: os municípios com maior densidade populacional em 2011 eram Amadora, Lisboa e Odivelas; Mafra, Vila Franca de Xira, Sintra e Loures concentram menos população (menos de 1500 hab/Km 2) e Oeiras e Cascais encontramse em posição intermédia. Com uma população residente de 175 136 habitantes e 23,8 Km2, Amadora tinha aproximadamente 7363 hab/ Km2 em 2011. Em 2011, o município da Amadora representava 8,6% da população da NUT III Grande Lisboa, na região de Lisboa e Vale do Tejo, e a sua população estagnou entre 2001 e 2011 (Tabela 1.1), com uma taxa de crescimento inferior à verificada nos concelhos de Mafra (3,5%), Cascais (1,9%), Vila Franca de Xira (1,1%) e Odivelas (0,8%) e Oeiras (0,6%).

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Figura 1.1. População residente nos municípios da NUT III Grande Lisboa, 2011

Fonte de dados: INE (2011); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015) Nota: n.d. – dados não disponíveis no Sales Index. O valor apresentado diz respeito à diferença entre a população da Grande Lisboa e a população de todos os outros municípios que compõem a NUT, de forma a obter a população de Sintra.

Figura 1.2. Densidade populacional (habitantes por Km2) dos municípios da NUT III Grande Lisboa, 2011

Fonte de dados: INE (2011); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015)

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Tabela1.1.Indicadores de volume, distribuição e crescimento da população dos concelhos da Grande Lisboa e das freguesias da Amadora, 1991, 2001 e 2011 População Total Proporção da UT acima Densidade Populacional1 TCAM (%) 1991 2001 2011 1991 2001 2011 1991 2001 2011 2001 2011 Amadora 181774 175872 175136 9,48 9,03 8,57 7574 7328 7297 -0,19 -0,04 Alfragide 6148 8740 9904 3,43 4,97 5,66 4586 6519 7421 3,58 1,26 Brandoa 17865 15647 17805 9,96 8,90 10,17 8092 7087 8015 -1,32 1,3 Buraca 14741 16061 16081 8,22 9,13 9,18 8905 9702 9578 1,91 0,01 Damaia 23770 20590 20894 13,26 11,71 11,93 16881 14623 14811 -1,43 0,15 Falagueira 14597 14436 14531 8,14 8,21 8,30 9938 9828 9844 -0,11 0,07 Mina 24166 18915 17977 13,48 10,75 10,26 8536 6681 6391 -2,42 -0,51 Reboleira 16809 15543 14344 9,38 8,84 8,19 22330 20648 18902 -0,78 -0,8 Venteira 22243 19607 18539 12,41 11,15 10,59 4532 3995 3796 -1,25 -0,56 Alfornelos 11895 14305 10439 6,63 8,13 5,96 14191 17066 12358 1,86 -3,1 São Brás 15580 20694 26263 8,69 11,77 15,00 3003 3988 5072 2,88 2,41 Venda Nova 13960 11334 8359 7,79 6,44 4,77 11633 9444 7059 -2,06 -3 Cascais 153294 170683 206479 7,99 8,77 10,11 1580 1760 2129 1,08 1,92 Lisboa 663394 564657 547733 34,59 29,00 26,82 7805 6643 6444 -1,6 -0,3 Loures 322158 199059 205054 16,80 10,22 10,04 1906 1178 1213 -4,7 0,3 Mafra 43731 54358 76685 2,28 2,79 3,75 150 186 263 2,2 3,5 Odivelas n.d. 133847 144549 n.d. 6,87 7,08 n.d. 5148 5560 n.d. 0,77 Sintra 260951 363749 377835 13,61 18,68 18,50 818 1140 1184 3,38 0,38 Vila Franca de Xira 103571 122908 136886 5,40 6,31 6,70 326 387 430 1,73 1,08 Oeiras 151342 72251 79091 7,77 8,33 8,43 3301 3536 3758 0,69 0,6 Fonte: INE, extraído a 05/08/12, cálculos próprios. Legenda: UT – Unidade Territorial. TCAM - Taxa de Crescimento Anual Médio; n.d. – dados não disponíveis. 1 A densidade populacional é calculada com base na área em Km 2 do concelho em 2011. 2O valor apresentado diz respeito à diferença entre a população da Grande Lisboa e a população de todos os outros municípios que compõem a NUT, de forma a obter a população de Sintra.

Atualmente o Município é constituído por 6 freguesias –Mina de Água, Encosta do Sol, Falagueira-Venda Nova, Venteira, Águas Livres e Alfragide – no entanto apresentamos os dados das antigas 11 freguesias – Alfragide, Brandoa, Buraca, Damaia, Falagueira, Mina, Reboleira, Venteira, Alfornelos, São Brás e Venda Nova –devido à informação ainda não se encontrar disponível para as atuais. Na Amadora, verificou-se uma perda relativa de população nas freguesias de Alfornelos (-3,1%) e Venda Nova (-3%) e um ganho relativo de população nas freguesias de São Brás (2,4%), Brandoa (1,3%) e Alfragide (1,3%), segundo os dados censitários de 1991, 2001 e 2011 2. As restantes freguesias mantêm a sua importância relativa no que respeita ao peso da população no município (Taxa de Crescimento Anual Médio, TCAM, entre -1% e 1%). As freguesias com maior peso populacional no município em 2011 eram São Brás, Damaia, Venteira, Mina e Brandoa que representavam mais de 10% da população do município cada uma. Verificou-se um aumento considerável do número de habitantes por km 2 (densidade populacional, Figura 1.3) entre 2001 e 2011, nas freguesias de São Brás (mais 1084 hab/Km 2), Alfragide (mais 902 hab/Km2) e Brandoa (mais 927 hab/Km2). Também se verificou um aumento na densidade populacional nas freguesias de Damaia (188) e Falagueira (15). Inversamente, com perda de habitantes por Km2 neste período, encontram-se as freguesias de Alfornelos (-4709), Venda Nova (-2385), Reboleira (-1746), Mina (-291), Venteira (-199) e Buraca (-124).

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Ao nível da freguesia não estão disponíveis dados para os anos 1960 e 1981.

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Figura 1.3. Densidade populacional (habitantes por Km2) das freguesias do município da Amadora e das freguesias vizinhas, 2011

Fonte de dados: INE (2011); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015)

A Estrutura da população A estrutura da população da Amadora sofreu alterações consideráveis ao longo dos últimos 30 anos. Segundo os dados censitários (Figura 1.4), a população entre os 0 e os 14 anos diminuiu o seu peso no município entre 1981 e 2001. Em 2011 verificou-se a manutenção dessa proporção, ou seja, esta população representa cerca de 15% da população da Amadora. De 1991 a 2011, a população entre os 15 e os 24 anos decresceu cerca de 5%. A população entre os 25 e os 64 anos não apresentou uma tendência evolutiva clara, principalmente nos últimos 20 anos, em que aumentou a sua proporção na primeira década (1991 a 2001) mas voltou a diminuir na década seguinte (2001 a 2011). Por último, no que diz respeito à população com 65 e mais anos, verificou-se uma tendência de aumento considerável. Se, em 1981, 6% da população da Amadora era idosa, em 2011 essa proporção passou para 19%. Figura 1.4. Distribuição da população de Amadora por grandes grupos etários, censos 1981, 1991, 2001, 2011

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Fonte: INE, cálculos próprios

Analisemos a relação de masculinidade e os índices de estrutura (Tabela1.2). Tabela 1.2.Relação de Masculinidade e Índices de Estrutura na Amadora, 1960, 1981, 2001 e 2011 Relação de Masculinidade (%) Índice de Envelhecimento (%) Índice de Dependência de Jovens (%) Índice de Dependência de Idosos (%) Índice de Dependência total (%) Índice de Sustentabilidade Potencial (%)

1981

1991

2001

2011

95,37 23,22 38,56 8,95 47,52 1116,83

91,35 41,48 25,85 10,72 36,58 932,41

92,26 93,83 20,98 19,68 40,66 508,03

88,74 126,40 22,24 28,11 50,34 355,78

Fonte: INE, cálculos próprios

Em 1981 existiam na Amadora aproximadamente 95 homens por cada 100 mulheres, enquanto em 2011 existiam apenas 89 homens. Ao analisarmos os índices de estrutura deparamo-nos com alterações ainda mais profundas. No conjunto dos concelhos da Grande Lisboa 3, Amadora detinha o segundo maior índice de envelhecimento em 2011, sendo apenas inferior ao verificado em Lisboa (com 187 idosos face aos 127 idosos por cada 100 jovens da Amadora). Há ainda mais 26% de idosos dependentes da população em idade ativa do que em 1981. O inverso acontece com a dependência dos jovens face à população em idade ativa, embora em menor proporção, com um decréscimo de 16% nestes 30 anos. Estas duas tendências traduziram-se num acréscimo no índice de dependência total em aproximadamente 2%. A taxa bruta de natalidade da Amadora em 2011 é das mais baixas da Grande Lisboa (10,8%), superior apenas ao verificado em Oeiras (10,4%) e Lisboa (10,6%). O índice de sustentabilidade potencial reflete quantas pessoas em idade ativa existem por cada 100 idosos e registou um decréscimo de 761 indivíduos potencialmente ativos por cada 100 idosos entre 1981 e 2011. Por outras palavras, enquanto em 1981 aproximadamente 1117 pessoas se encontravam em idade de trabalhar por cada 100 idosos que existiam na Amadora, em 2011 apenas 356 pessoas estavam em idade de trabalhar por cada 100 idosos existentes no município. Fica assim patente a tendência de duplo envelhecimento da população, quer pelo envelhecimento na base da estrutura etária (diminuição da população dos 0-14 anos) quer pelo envelhecimento no topo (aumento da população com 65+anos). Na distribuição da população das freguesias da Amadora por grandes grupos etários (Figura 1.5) verifica-se que, entre 2001 e 2011, a população dos 0-14 anos aumentou a sua proporção nas freguesias de Brandoa, Damaia, Falagueira, Mina e Venteira, manteve-a na Reboleira e diminuiu-a em Alfragide, Buraca, Alfornelos, São Brás e Venda Nova. Em todas as freguesias diminuiu o peso da população 15-24 anos e aumentou o da população de 65 e mais anos no total da população. Como podemos observar na Tabela 1.3, entre 2001 e 2011, todas as freguesias viram a sua relação de masculinidade diminuir.

3INE,Estimativas

Anuais da População residente.

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Figura 1.5. Distribuição da população das freguesias da Amadora por grandes grupos etários, censos 2001, 2011

Fonte: INE, cálculos próprios Legenda: 01 – dados do ano 2001; 11 – dados do ano 2011.

Ao analisarmos a evolução do índice de envelhecimento (IE) verificamos que, em 2011, as freguesias de Alfragide e Brandoa eram as menos envelhecidas do concelho. Os índices de dependência total (IDT) e de idosos (IDI) aumentaram em todas as freguesias e o de jovens (IDJ) diminuiu. Tabela 1.3. Relação de Masculinidade e Índices de Estrutura nas freguesias da Amadora, 2001 e 2011 RM (%) 2001 93,75 2011 90,61 2001 95,81 Brandoa 2011 92,07 2001 93,83 Buraca 2011 89,59 2001 89,12 Damaia 2011 87,22 2001 91,23 Falagueira 2011 88,45 2001 90,60 Mina 2011 88,60 2001 88,83 Reboleira 2011 84,23 2001 88,40 Venteira 2011 85,30 2001 95,88 Alfornelos 2011 87,79 2001 97,27 São Brás 2011 92,57 2001 92,13 Venda Nova 2011 87,63 Fonte: INE, extraído a 05/08/14, cálculos de autor. Alfragide

IE (%)

IDJ (%)

IDI (%)

IDT (%)

ISP (%)

41,54 64,37 75,12 95,36 68,11 101,89 160,27 175,97 132,32 160,96 152,52 161,35 112,53 172,59 196,87 235,41 34,61 107,12 95,40 206,37 95,40 206,37

27,68 28,39 21,65 27,55 24,12 23,99 16,49 20,92 18,25 21,92 18,92 21,52 15,68 17,18 15,82 18,72 25,58 15,45 25,52 25,31 26,91 20,45

11,50 18,27 16,26 26,27 16,42 24,44 26,43 36,81 24,15 35,28 28,86 34,72 17,64 29,64 31,15 44,07 8,85 16,55 7,42 6,04 25,67 42,21

39,17 46,66 37,91 53,82 40,54 48,43 42,93 57,73 42,39 57,19 47,78 56,24 33,32 46,82 46,98 62,79 34,43 32,01 32,94 31,35 52,58 62,66

869,81 547,24 614,96 380,63 608,84 409,14 378,31 271,68 414,13 283,47 346,48 288,01 566,75 337,36 320,98 226,90 1129,62 604,13 1347,79 833,78 389,51 236,93

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Legenda: RM – Relação de Masculinidade; IE – Índice de Envelhecimento; IDJ – Índice de Dependência de Jovens; IDI – Índice de Dependência de Idosos; IDT – Índice de Dependência Total; ISP – Índice de Sustentabilidade Potencial.

Acessibilidades e transportes As acessibilidades são fundamentais para a integração do concelho ao nível regional e nacional, já que podem condicionar ou fomentar afinidades e complementaridades entre regiões, facilitando a sua afirmação regional. Tal como consta do PDM e do GeoPortal do município, Amadora tem bastantes acessibilidades tanto em termos de eixos nacionais como de estradas municipais e é servida por diversas empresas de transportes públicos, como se pode verificar nas Figuras 1.6 e a 1.8. Destaca-se a recente ligação do metropolitano de Lisboa à Reboleira e a ligação, em planeamento, à Atalaia, Amadora centro e Hospital Amadora-Sintra. A empresa Carris também efetua algumas carreiras na Amadora mas apenas para fora do município, nomedamente a partir das freguesias de Alfragide (carreiras 54 e 799) e da Damaia (carreiras 64 e 711) para Lisboa, com o custo de 1,40€ por validação, que permite viajar durante 1h tanto na Carris como no Metro. A tarifa de bordo tem o custo de 1,80€. As empresas Vimeca e Lisboa Transportes, que operam as carreiras de ligação dentro e para fora do município apresenta uma cobertura terrorial diminuta em algumas freguesias (sobretudo na fronteira com Sintra, freguesias de São Brás e Mina)e horários pouco frequentes para as ligações efetuadas, comparativamente ao que acontece nos concelhos limitrofes da Amadora (cf. Oeiras e Lisboa). A tarifa de bordo começa nos 2,25€ e a tarifa urbana nos 0,85€. As unidades de transporte por venda antecipada com carregamento em cartão Viva Viagem têm o custo de 1,36€ por cada validação mas a maioria das coroas exige mais do que uma validação, pelo que os percursos dentro do concelho atingem valores comparativamente elevados.

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Figura1.6. Acessibilidades RodoviĂĄrias ao municĂ­pio da Amadora

Fonte: Geoportal da Amadora

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Figura1.7. Rede do Metropolitano de Lisboa (existente, em execução e em planeamento)

Fonte: Metropolitano de Lisboa

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Figura 1.8. Mapa de Rede da Vimeca e Lisboa Transportes

Fonte: Carta Educativa de Oeiras

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Movimentos Pendulares Como forma de perceber as movimentações da população trabalhadora e estudante de e para a Amadora, analisamos de seguida os movimentos pendulares e a sua duração (indicador disponível a partir do Recenseamento da População de 2011, desenvolvido pelo INE) que dá conta da população trabalhadora e escolar residente por concelho/ freguesia e dos respetivos movimentos pendulares entre a residência e o local de trabalho ou estudo. Este indicador permite fazer uma aproximação à atratividade do concelho e da sua oferta escolar e também à atratividade dos concelhos vizinhos. Infelizmente, não dispomos dessa informação discriminada por idade, ciclo de escolaridade ou por estabelecimento de ensino. De acordo com essa informação, do total de população trabalhadora residente no concelho da Amadora, menos de metade trabalha no município (34,1%), e a maioria (46 306, 65,9%) trabalha noutro concelho. Dessa população residente que trabalha noutros concelhos, a prevalência recai principalmente no concelho de Lisboa (67,5%). Todas as freguesias têm entre 63% e 74% de residentes que trabalham noutro concelho, principalmente em Lisboa. Importa ainda referir que, da população trabalhadora do concelho, há também residentes noutros concelhos, em maior número de Sintra, Lisboa e Oeiras (8640, 4617 e 2658 trabalhadores, pela ordem, sendo que a maioria dispende em média 1h ou menos em movimentos pendulares). Do total de população estudante residente no concelho da Amadora 4, a grande maioria estuda no município (71,6%), havendo 8817 (28,4%) que estudam noutro concelho. Desses residentes que optam por estudar noutros concelhos, a escolha recai, tal como no caso da população trabalhadora, principalmente para o concelho de Lisboa (67,4%). É nas freguesias de Alfragide, Alfornelos e Venda Nova que mais residentes optam por ir estudar para outro concelho (50,7%, 48,2% e 33,8% pela ordem, principalmente para Lisboa). Todas as freguesias têm acessos rápidos para fora do município, com 87% ou mais dos residentes que estudam fora do concelho a dispender 1h ou menos em movimentos pendulares. Noutro prisma, importa referir que, da população escolar do concelho, há também residentes noutros concelhos, em maior número de Sintra (2552 estudantes), sendo que a maioria dispende em média 30 minutos ou menos em movimentos pendulares.

Fecundidade, Mortalidade e Migrações Como parte integrante da análise da população e passo essencial para a projeção da população da Amadora, focamonos em três classes de acontecimentos que influenciam o estado da população - os nascimentos, os óbitos e os movimentos da população - que se traduzem nos conceitos principais (ou variáveis microdemográficas) e que fazem a ponte entre o estado atual da população e a sua projeção no futuro: a fecundidade, a mortalidade e as migrações.

Fecundidade A taxa de fecundidade por grupo etário da mãe (TF/GE) refere-se ao número de nados-vivos de mães em determinado grupo etário5 por cada 100 mulheres pertencentes a esse mesmo grupo etário. Este indicador permite-nos perceber que entre 1995 e 2011 se verificou um adiamento da maternidade, i. e., em 2011 nasceram menos 2 indivíduos por cada 100 mulheres entre os 25-29 anos do que em 1995. Já no grupo das mulheres entre os 30-34 anos verificou-se um aumento da taxa de fecundidade e no grupo etário seguinte aumentou o número de nados-vivos por cada 100 mulheres de cerca de 3 em 1995 para cerca de 5 em 2011. O índice sintético de fecundidade (ISF) indica-nos também que na Amadora uma mulher no final do seu período fértil (49 anos) deixou em média 1,52 filhos em 2011, valor que não tem sofrido grandes alterações nos últimos 15 anos (Figura 1.9). Assim, verificamos que o adiamento da maternidade tem conduzido ao decréscimo da população entre os 0 e os 14 anos de idade (apesar da manutenção verificada entre 2001 e 2011 que se deveu largamente ao saldo migratório) e que

4

Não estão disponíveis dados discriminados por ciclo de ensino, o que determina que a informação apresentada diga respeito a todos os ciclos, incluindo o ensino superior, cuja oferta é particularmente forte em Lisboa. 5Grupos etários quinquenais entre os 15-49 anos.

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o facto de cada mulher deixar em média o mesmo número de filhos ao longo do período considerado (cerca de 1,5 filhos) significa que não houve renovação de gerações durante este período 6. Tendo em conta esta análise, estabeleceram-se as projeções refletidas na Figura abaixo7. Figura 1.9. Índice Sintético de Fecundidade, Amadora, 1995-2013 e projeção 2013-2040 por cenário

Fonte: Estatísticas do INE e resultados definitivos do Censos 2011, cálculos e projeção próprios.

Mortalidade Devemos também ter em atenção o número de anos que, em média, um indivíduo pode esperar viver quando nasce. O cálculo da esperança média de vida à nascença (EMV) para o município da Amadora pressupunha o acesso a dados sobre a mortalidade, que não se encontram disponíveis. Assim, optou-se por considerar os cálculos EMV efetuados pelo INE para a NUT II Lisboa e Vale do Tejo, da qual faz parte a NUT III Grande Lisboa, que por sua vez é a unidade territorial acima do município da Amadora. Para a projeção da EMV foi utilizado o modelo de aumento da esperança de vida durante um período de 5 anos, elaborado pelas Nações Unidas, que assume para um intervalo de idades inicial um valor de aumento por ritmo (rápido, médio ou lento) e por sexo. A partir desta Tabela estabeleceu-se que a EMV cresceria a um ritmo lento no cenário pessimista, a um ritmo médio no cenário moderado e a um ritmo rápido no cenário otimista (Figura 1.10).

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Para que uma população renove a geração anterior, cada mulher deve deixar em média 2,1 filhos, a média necessária para que cada mãe deixe uma futura mãe. 7 Pressupostos: No cenário pessimista a TF/GE e o ISF decrescerão, refletindo o adiamento da maternidade (decréscimo das TF/GE até aos 29 anos e aumento entre os 30 e os 44 anos) e assumindo-se o valor médio de 1,4 filhos por mulher em 2040 (valor aproximado dos verificados em 1995, 1997, 1999 e 2011). No cenário moderado adotou-se um aumento moderado da fecundidade nas idades mais jovens, mantendo-se o ISF em 1,5 filhos por mulher em 2025, fazendo refletir o adiamento da maternidade depois deste ano e até 2040, mantendo-se o ISF em 1,51 filhos por mulher. No cenário otimista assumiu-se um progressivo, ainda que ligeiro, aumento da fecundidade, com um ISF de 1,63 filhos por mulher em 2040.

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Figura1.10. Evolução da Esperança Média de Vida (em anos) na NUT II Lisboa e Vale do Tejo por sexo 1999-2011 e projeção 2012-2040 por cenário

Fonte: Estatísticas do INE, projeção própria

Migrações Apesar de não ser possível projetar as migrações por imigrantes e emigrantes no sentido de observar a sua evolução isoladamente, podemos, no entanto, deixar algumas pistas sobre o seu comportamento nos últimos 50 anos. Tabela 1.4. Migrações na Grande Lisboa e na Amadora, 1960, 1981, 2001 e 2011 Anos

Grande Lisboa

Amadora

1960 1981 2001 2011 1981 2001 2011

1214523 1897628 1947261 2042477 163878 175872

População que não mudou de município n.d. 1775075 1828763 1.920.573 150907 165383

175136

163633

População total

Migrantes provenientes de outro município Total % 51993 4,28 77519 4,09 64963 3,34 75624 3,70 8836 5,39 5553 3,16 7346

4,19

Imigrantes provenientes de outro país

Migrantes para outro município

Total 1823 14477 28473 20313 1080 2680

% 0,15 0,76 1,46 0,99 0,66 1,52

Total n.d. 79360 76456 n.d. 4522 8177

% n.d. 4,18 3,93 n.d. 2,76 4,65

1892

1,08

n.d.

n.d.

Fonte: INE, cálculos próprios Legenda: n.d. – sem dados.

Entre 1981 e 2011 (Tabela 1.4) verificou-se, quer na Amadora quer na NUT Grande Lisboa, uma diminuição da proporção de imigrantes provenientes de outro município na população, mantendo-se no entanto em torno de 4%. A população proveniente de outro país apresenta percentagens muito baixas (1% ou menos) tanto no município como na respetiva NUT. Para efeitos de projeção da população, verificou-se um aumento do saldo migratório total entre 2003 e 2011 face ao verificado nos anos anteriores (Figura 1.11), passando a negativo em 2012 e 2013, pelo que não se pode projetar um saldo positivo no cenário pessimista, optando-se por um decréscimo pouco acentuado até aos 861 indivíduos. No cenário moderado pressupõe-se a estabilização do saldo migratório nos valores verificados para 2012 e 2013, mantendo-se em -501 indivíduos. Já para o cenário otimista pressupõe-se que o saldo migratório retomará valores positivos a partir de 2029 e aumentará ligeiramente até 2032, estabilizando depois nos 49 indivíduos até ao fim da projeção.

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Figura1.11. Evolução do Saldo Migratório na Amadora 1992-2013 e projeções 2013-2040 por cenário

Fonte: Estatísticas do INE, extraído a 25/11/2014, cálculos e projeção próprios

Projeções da população Na análise deste exercício prospetivo, importa salientar as diferenças verificadas na população projetada para os vários cenários. Privilegia-se a análise dos valores projetados para 2025, servindo os valores de anos posteriores como extrapolação das tendências assumidas nos pressupostos, como já referido. Apresentam-se de seguida os resultados obtidos em cada um dos cenários. Entre o cenário sem migrações e o cenário moderado podemos verificar o impacto dos movimentos migratórios projetados na população da Amadora (Tabela 1.5 eFiguras 1.12 e 1.13). Não se verificam grandes diferenças entre os dois cenários, uma vez que o saldo migratório assumido no cenário moderado é muito baixo, apesar de positivo. Importa, por isso, recuperar a atratividade do município que se verificou em anos anteriores e promover assim a imigração. Se vierem a verificar-se os pressupostos assumidos para o cenário otimista, a população da Amadora decrescerá a um ritmo menos acelerado, em quase 4 mil habitantes até 2025, passando a contar com um total de 171 419 habitantes. A pirâmide etária (Figura 1.14) reflete, por isso, uma evolução mais lenta no estreitamento da base e alargamento do topo, o que traduz uma menor variação das proporções dos três grupos funcionais na população total, com a proporção da população jovem a diminuir cerca de 1% e a proporção de idosos a aumentar cerca de 4% até 2025. Já no cenário pessimista, a população do município decrescerá fortemente até 2025 (cerca de 5 mil habitantes) para aproximadamente 165 688 habitantes, com forte estreitamento da pirâmide etária (Figura 1.15) até aos 44 anos e forte alargamento no topo (neste com particular incidência nas mulheres). Neste cenário torna-se particularmente evidente a importância de inverter o saldo migratório negativo através de uma maior atratividade do município que convide à imigração e fixação de população jovem no concelho. No que diz respeito à evolução da população em idade escolar, optou-se por uma apresentação desagregada por idade normal de frequência dos diferentes ciclos de ensino (Tabelas 1.5 e 1.6). Entre 2015 e 2025, no cenário pessimista, estima-se uma quebra acentuada da população em idade de frequência (cerca de 3 mil alunos), com perda de população com idade de frequência até ao 3º ciclo e aumento da população em idade de frequência do Ensino Secundário (388 indivíduos). Já o cenário otimista aponta para um decréscimo menos acentuado, na ordem dos 2 mil indivíduos. No que diz respeito ao envelhecimento populacional na Amadora, o cenário moderado (Tabela 1.5) para o ano de 2025 aponta para 199 idosos por cada 100 jovens, mais 73 idosos do que em 2011, o que se encontra acima dos 182 idosos por cada 100 jovens que a projeção elaborada pelo INE apresenta no cenário central para a Área Metropolitana de Lisboa, mas abaixo dos 211 idosos por cada 100 jovens que a mesma projeção aponta para o total nacional.

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O envelhecimento reflete-se também na relação entre a população ativa e a população idosa: segundo o cenário moderado, em 2025 existirão na Amadora menos 123 ativos por cada 100 idosos do que existiam em 2011, passando o município a contar com 233 ativos por cada 100 idosos. Figura 1.12.Pirâmide etária da Amadora em 2025 e 2030, cenário sem migrações

Figura 1.13. Pirâmide etária da Amadora em 2025 e 2030, cenário moderado

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Figura 1.14. Pirâmide etária da Amadora em 2025 e 2030, cenário otimista

Figura 1.15. Pirâmide etária da Amadora em 2025 e 2030, cenário pessimista

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Tabela 1.5. Principais indicadores de volume e estrutura populacional na Amadora segundo os dados Censitários e resultados da projeção da população nos cenários sem migrações e moderado

População Total (N) População Total – Homens (N) População Total – Mulheres (N) Pop. 0-14 anos (%) Pop. 15-24 anos (%) Pop. 25-64 anos (%) Pop. 15-64 anos (%) Pop. 65+ anos (%)

Recenseamentos Populacionais 1981 1991 2001 2011 163878 179293 175872 175136 79998 87029 84394 82342 83880 92264 91478 92794 26,14 18,93 14,91 14,79 14,37 16,50 14,32 11,12 53,42 56,71 56,77 55,39 67,79 73,22 71,09 66,51 6,07 7,85 13,99 18,70

n.d.

n.d.

n.d.

n.d.

5368 7467 3731 5407 5006

95,37 n.d. 23,22 38,56 47,52 1116,83

94,33 n.d. 41,48 25,85 36,58 932,41

92,26 n.d. 93,83 20,98 40,66 508,03

88,74 n.d. 126,40 22,24 50,34 355,78

87,75 44,00 144,94 24,00 59,24 287,48

Pop. 3 a 5 anos (N)

n.d.

n.d.

n.d.

n.d.

Pop. 6 a 9 anos (N)

n.d.

n.d.

n.d.

n.d.

Pop. 10 e 11 anos (N)

n.d.

n.d.

n.d.

n.d.

Pop. 12 a 14 anos (N)

n.d.

n.d.

n.d.

n.d.

Pop. 15 a 17 anos (N) Relação de Masculinidade (%) Idade Média da População (N) Índice de Envelhecimento Índice de Dependência de Jovens Índice de Dependência Total Índice de Sustentabilidade Potencial Legenda: n.d. – não há dados

2015 175090 81833 93257 15,12 9,71 53,27 62,98 21,91

Cenário Sem Migrações 2020 2025 2030 173447 170485 166328 81040 79666 77840 92407 90819 88488 14,97 14,19 13,16 9,50 10,23 10,79 52,02 50,67 49,94 61,51 60,91 60,74 23,52 24,90 26,11

2015 175090 81833 93257 15,12 9,71 53,27 62,98 21,91

Cenário Moderado 2020 2025 173447 170485 81040 79666 92407 90819 14,97 14,19 9,50 10,23 52,02 50,67 61,51 60,91 23,52 24,90

2030 166328 77840 88488 13,16 10,79 49,94 60,74 26,11

4426 6971 3564 5682 5560

3811 5593 3098 5393 5458

3592 4964 2620 4263 4910

5362 7457 3724 5394 4990

4364 6946 3551 5656 5526

3704 5481 3077 5380 5440

3526 4836 2554 4193 4894

87,70 45,00 157,17 24,33 61,58 261,51

87,72 47,00 175,46 23,30 62,54 244,58

87,97 48,00 198,50 21,66 63,36 232,61

87,75 44,00 144,94 24,00 58,78 287,48

87,70 45,00 157,17 24,33 62,57 261,51

87,72 47,00 175,46 23,30 64,19 244,58

87,97 48,00 198,50 21,66 64,65 232,61

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Tabela 1.6.Principais indicadores de volume e estrutura populacional da Amadora segundo os dados Censitários e resultados da Projeção da População nos cenários Otimista e Pessimista

População Total (N) População Total – Homens (N) População Total – Mulheres (N) Pop. 0-14 anos (%) Pop. 15-24 anos (%) Pop. 25-64 anos (%) Pop. 15-64 anos (%) Pop. 65+ anos (%) Pop. 3 a 5 anos (N) Pop. 6 a 9 anos (N) Pop. 10 e 11 anos (N) Pop. 12 a 14 anos (N) Pop. 15 a 17 anos (N) Relação de Masculinidade (%) Idade Média da População (N) Índice de Envelhecimento Índice de Dependência de Jovens Índice de Dependência Total Índice de Sustentabilidade Potencial Legenda: n.d. – não há dados

Recenseamentos Populacionais 1981 1991 2001 2011 163878 179293 175872 175136 79998 87029 84394 82342 83880 92264 91478 92794 26,14 18,93 14,91 14,79 14,37 16,50 14,32 11,12 53,42 56,71 56,77 55,39 67,79 73,22 71,09 66,51 6,07 7,85 13,99 18,70 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 95,37 94,33 92,26 88,74 n.d. n.d. n.d. n.d. 23,22 41,48 93,83 126,40 38,56 25,85 20,98 22,24 47,52 36,58 40,66 50,34 1116,83 932,41 508,03 355,78

2015 175131 81860 93271 15,13 9,71 53,26 62,96 21,91 5568 5568 2015 7160 7160 87,77 44,00 144,83 24,02 58,82 287,40

Cenário Otimista 2020 2025 173838 171419 81295 80289 92543 91130 15,09 14,47 9,47 10,18 51,91 50,42 61,38 60,60 23,53 24,93 5054 4710 4951 4484 2020 2025 7282 6432 7282 6432 87,85 88,10 45,00 47,00 155,98 172,31 24,58 23,87 62,91 65,01 260,89 243,09

2030 167986 78947 89040 13,64 10,70 49,50 60,20 26,16 4365 4067 2030 5858 5858 88,66 48,00 191,90 22,65 66,11 230,10

2015 175072 81820 93252 15,11 9,71 53,27 62,98 21,90 5568 2015 7160 7160 7160 87,74 44,00 144,94 23,99 58,77 287,54

Cenário Pessimista 2020 2025 173327 170156 80949 79422 92378 90734 14,96 14,17 9,50 10,25 52,04 50,75 61,55 61,00 23,49 24,83 4951 4484 2020 2025 7282 6432 7282 6432 7291 6602 87,63 87,53 45,00 47,00 157,03 175,20 24,31 23,23 62,48 63,92 261,98 245,73

2030 165688 77377 88311 13,09 10,83 50,10 60,93 25,98 4067 2030 5858 5858 6118 87,62 48,00 198,38 21,49 64,12 234,56

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Tabela 1.7. Leitura dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças 1. Dimensão Território e Demografia Sub-dimensões

Pontos Fortes

Pontos Fracos

Oportunidades

Ameaças

1.1. Contexto Territorial

- Integra a Área Metropolitana de Lisboa - Aumento no número de edifícios e alojamentos, especialmente dos alojamentos residenciais - Diminuição das situações de habitação precária (barracas e outros alojamentos) - Atratividade de população trabalhadora e estudante, principalmente proveniente de Sintra - Quarto concelho com menor preço por m2 da RGL - Bons acessos rodoviários e boa oferta de transportes públicos com ligaçõesdentro e para fora do município

- Grande parte dos residentes estuda ou trabalha noutro município, nomeadamente em Lisboa - Elevado número de alojamentos vagos denota fraca atratividade residencial - Elevado número de pedidos de apoio social das famílias (c.f. habitação social) - Persistência de algumas situações de habitação precária

- Aposta na atratividade do concelho enquanto promotor da qualidade de vida e de baixo custo da habitação

- Forte atração exercida pelos concelhos vizinhos a nível educativo e de emprego - Perceção menos favorável do concelho por parte da população interna e externa face aos focos habitacionais precários

1.2. Acessibilidades e transportes 1.3. Caracterização demográfica

- Oferta de transportes públicos comparativamente fraca em algumas freguesias periféricas do concelho - Densidade populacional mais elevada da RGL e população estagnada entre 2001 e 2011 mas com diferenças internas ao nível das freguesias (São Brás, Alfragide e Brandoa ganham população) - Terceira mais baixa taxa bruta de natalidade da Grande Lisboa - Saldo migratório negativo em 2012 e 2013

- Atração e fixação de população em idades ativa e escolar

- Perda de alunos para os concelhos vizinhos, nomeadamente Lisboa - Perspetiva de perda de população em idade de frequência escolar até 2025 - Aumento do número de dependentes(jovens e idosos) face à população ativa

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2. Caraterização socioeconómica do Concelho O ponto de partida para esta análise é o indicador socioeconómico concelhio construído pela equipa ESCXEL a partir de um conjunto de variáveis compósitas que resumem indicadores sociodemográficos (densidade populacional, percentagem de jovens na população residente e percentagem de ativos na população residente), de atividade económica (percentagem das pessoas residentes ao serviço por setor de atividade, taxas de desemprego total e na população com menos de 25 anos e percentagem de superfície agrícola útil no território do concelho), de estratificação socioeconómica (percentagem da população residente por classes socioeconómicas e grupos ocupacionais), de escolarização (percentagem da população segundo o nível de escolaridade) e de desvantagem socioeconómica (percentagem de alojamentos familiares com rendas de apoio social e de residentes beneficiários de Rendimento Social de Inserção)8. Após análise do indicador socioeconómico do município da Amadora em comparação com os outros concelhos pertencentes à Região da Grande Lisboa (RGL) foram também analisados, com maior pormenor, outros indicadores sempre numa lógica comparativa, de forma a melhor descrever a situação do concelho da Amadora relativamente ao seu tecido económico e empresarial, emprego, desemprego e escolarização da população.

Indicador socioeconómico A Tabela 2.1 resume os indicadores utilizados na construção das variáveis que serviram de base à construção dos indicadores socioeconómicos para os municípios que constituem a Região da Grande Lisboa.

8

Os indicadores foram construídos com base em modelos de regressão linear múltipla dos resultados médios dos exames dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário sobre este conjunto de variáveis concelhias. Resolvendo as equações dos modelos com os valores das variáveis em cada concelho, criámos um indicador socioeconómico para cada ciclo e concelho, que resume os valores dessas variáveis observadas no concelho.

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Tabela 2.1 – Variáveis utilizadas na construção das componentes que serviram de base aos indicadores socioeconómicos (I)

Amadora Cascais Lisboa Loures Mafra Odivelas Oeiras Sintra Vila Franca de Xira RGL Nacional

Pop. s/ Instrução (%) 1

Pop. Básico (%)1

Pop. Secundário (%) 1

Pop. Superior (%)1

% Mães c/ Ensino Superior2

Densidade Populacional1

Peso da Pop. Jovem (%)1

Peso da Pop. Ativa (%)1

Desemprego Total (%)3

Beneficiários RSI (%)4

Renda Social / apoiada (%)5

Sup. Agrícola Utilizável6

6,52 4,95 5,43 5,22 3,56 4,32 3,95 4,30

Desempregados < 25 anos (% pop 1524)3 2,65 1,64 2,00 2,02 1,06 1,57 1,17 1,62

7,86 6,58 6,45 7,91 8,05 7,79 6,03 7,30

10,15 9,04 7,86 9,81 8,65 9,70 8,46 10,82

11,91 12,71 9,63 11,23 11,71 11,87 12,10 13,33

10,68 18,72 22,93 10,93 11,17 11,26 22,50 9,48

10,41 21,25 28,94 14,35 21,89 15,18 29,74 15,01

7 363,30 2 119,40 6 447,00 1 211,20 262,90 5 484,30 3 751,30 1 183,60

14,79 15,82 12,87 15,64 18,73 15,17 15,43 17,64

66,38 66,24 63,01 67,00 66,36 68,47 65,28 68,54

7,87 3,93 6,02 4,93 1,80 3,34 2,82 3,07

3,36 2,07 0,78 2,75 0,27 0,67 3,88 0,85

7,86 2,42 6,44 25,28 31,84 7,79 6,02 16,09

7,68

10,24

13,73

9,64

18,02

430,30

17,18

69,22

5,00

2,46

2,85

1,54

41,81

7,29 10,81

9,41 8,87

12,02 8,72

14,14 6,85

19,42 13,18

3 139,26 311,49

15,92 13,38

66,72 62,43

4,81 5,15

1,80 3,01

4,07 4,51

1,80 0,76

16,17 30,77

1 Instituto

Nacional de Estatística (INE), Censos, 2011. Percentagens da População calculadas com base na população total do concelho (INE, Censos 2011). de Informação do Ministério da Educação (MISI): percentagem das mães dos alunos das escolas públicas com ensino superior. Em alguns casos de concelhos para cujos estabelecimentos de ensino esta informação era omissa ou insuficiente, imputámos a percentagem com habilitação escolar superior na população feminina residente, dentro do grupo de idades 25-44 anos (INE, Censos, 2011). 3 Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), 2011. As percentagens foram calculadas, a partir das variáveis originais em número, com base na População Total para a Percentagem de Desemprego Total e na População dos 15 aos 24 anos para a percentagem desempregados <25 anos. 4 Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS), 2010. Percentagem calculada com base na População Total do concelho (INE, Censos 2011). 5 INE, Inquérito à Caracterização da Habitação Social, 2011. Percentagens calculadas com base no Total de Alojamentos Familiares. 6 INE, 2009. A percentagem de superfície agrícola utilizada (variável original em Hectares) foi calculada a partir da sua divisão pela Área (Ha) (Fonte: DGA/IPCC, 1998), multiplicada por 100. 2 Sistema

25


Tabela 2.2 - Variáveis utilizadas na construção das componentes que serviram de base aos indicadores socioeconómicos (II)

Amadora Cascais Lisboa Loures Mafra Odivelas Oeiras Sintra Vila Franca de Xira RGL Nacional

Classe Baixa (%)1 19,10 15,50 20,30 19,40 22,30 18,80 11,90 16,10

Classe Média-Baixa (%)1 25,40 22,40 17,80 28,90 32,30 28,80 18,10 28,60

Classe Média (%)1 31,10 28,10 24,80 30,60 29,90 32,00 29,10 34,00

Classe AltaMédia-Alta (%)1 24,40 33,90 37,20 21,10 15,50 20,40 40,90 21,30

Pessoas Sector 1 (%)2 0,02 0,17 0,11 0,33 1,75 0,12 0,05 0,38

Pessoas Ind. Transformadoras (%)2 9,17 7,72 2,72 16,54 17,08 13,17 5,34 19,65

Pessoas Alojamento, Rest. e similares (%)2 19,06 13,87 9,22 6,12 5,89 7,09 5,84 5,75

Empregados Serviços, Comércio e Adm. (%)1 15,80 12,90 11,30 16,10 12,40 17,00 14,90 16,90

Quadros Médios Médios e Superiores (%)1 12,70 17,40 19,00 12,20 8,60 11,30 21,60 11,20

20,50

31,20

31,20

17,10

0,57

19,36

3,92

15,50

9,40

19,10

18,21 35,58

25,94 31,78

30,09 21,54

25,76 11,10

0,39 6,16

12,30 22,22

8,53 6,76

14,76 8,13

13,71 6,05

14,04 16,80

Trabalhadores Qualificados (%)1 12,80 11,70 7,40 16,00 17,70 16,20 9,10 16,40

1 Marktest,

2010, Classes Sociais e Grupos Ocupacionais. Ministério da Segurança Social e do Trabalho (MSST) – Classificação Portuguesa de Atividades Económicas (CAE) 3, 2010. As percentagens foram calculadas, a partir das variáveis originais em número, com base no Total de Pessoas ao Serviço nos estabelecimentos 2

26


Tabela 2.3. Indicadores socioeconómicos por ciclo de ensino da Região da Grande Lisboa e Nacional

Amadora Cascais Lisboa Loures Mafra Odivelas Oeiras Sintra Vila Franca de Xira

2º ciclo (2012-2014) 5,34 11,09 17,31 6,85 11,73 9,64 16,70 7,09 7,78

3º ciclo (2009-2014) 5,52 11,80 18,18 7,26 12,66 10,39 17,64 7,71 8,32

Secundário (2009-2014) 8,86 13,96 17,25 9,77 13,49 12,83 18,94 11,38 11,12

RGL (média) Nacional (média)

10,39 6,96

11,05 7,34

13,07 6,59

Fonte: Projeto ESCXEL

Analisando a Tabela 2.3, constatamos que o município da Amadora apresenta indicadores socioeconómicos bastante inferiores à média obtida entre os nove concelhos que constituem a RGL e inferiores aos valores nacionais nos 2º e 3º ciclos de escolaridade. Apenas no Ensino Secundário, o indicador socioeconómico da Amadora é superior ao nacional. Nos três ciclos de estudos, os indicadores socioeconómicos da Amadora são os mais baixos em comparação com os valores dos restantes concelhos da região (5,34, 5,52 e 8,86, pela ordem), sendo apenas próximos aos de Loures e aos de Vila Franca de Xira.

Tecido industrial e empresarial O Produto Interno Bruto (PIB) da RGL, a preços correntes, registou uma diminuição a partir de 2010, recuperando em 2013. Esta recuperação, no entanto, tal como representado na Figura 2.1, manteve os valores na ordem dos 54.000 milhões de euros, com um contributo de mais de 30% para o PIB nacional(Contas Regionais, INE, 2014). Figura 2.1. Evolução do PIB na Região da Grande Lisboa, a preços correntes (anual)

Fonte: Contas regionais, INE, 2014 Legenda: Pe – valores preliminares

O PIB per capita da RGL situava-se, em 2013, próximo dos 20 milhares de euros, valor que se manteve equivalente ao registado nos dois anos anteriores. Ao nível concelhio (Figura 2.2.), o poder de compra per capita

27


registava, em 2009, valores acima do índice da média nacional em praticamente todos os concelhos da região, excetuando-se os concelhos de Sintra e de Odivelas. O concelho de Sintra registou um aumento do poder de compra em 6 pontos percentuais em relação ao assinalado em 2009, mas manteve-se abaixo do índice da média nacional. Os concelhos de Lisboa, Cascais e Loures assinalaram as reduções mais elevadas no poder de compra (IpC) e os concelhos de Loures e Mafra desceram abaixo do índice da média nacional. Oeiras foi o concelho que menos desceu, e a Amadora foi o 5º concelho a perder mais poder de compra, mas mantendo-se, em 2013, ligeiramente acima do índice da média nacional (103,59). Figura 2.2. Poder de compra concelhio, per capita, na Região Grande Lisboa (índice 100 = média nacional), 20092013 250%

200%

150%

100%

50%

0% Amadora

Cascais

Lisboa

Loures

2009

Mafra

Odivelas

2013

Índice

Oeiras

Sintra

Vila Franca de Xira

Fontes: INE- estudo sobre o Poder de Compra Concelhio (PORDATA)

ARGL estava, em 2013, no topo das regiões do país com maior contributo para as exportações (mais de 30%), registando um total 11.599 mil milhões de euros em bens e serviços exportados.Lisboa, Oeiras e Sintra, representaram 75% das exportações da região (Anuário Estatístico da Região de Lisboa, 2013, INE, 2014) , e situaramse em 1º, 5º e 7º lugar, respetivamente, no ranking dos concelhos exportadores do país. Sintra foi o único destes concelhos que assinalou um aumento das exportações entre 2013 e 2014 (mais 74 milhões de euros). O concelho da Amadora não integra os municípios mais exportadores do País, e o contributo para a RGL situou-se perto dos 2% (1,7%), apresentando uma diminuição das exportações entre 2013 e 2014, de 15.514.324 de euros, acompanhando a descida de 800 milhões de euros registada na RGL neste período, e registando um acréscimo do peso das importações (5,4%). O número de empresas exportadoras era em 2014 de 302 e as empresas importadoras 209. O Valor Acrescentado Bruto (VAB) da RGL correspondeu, em 2013 e 2014, a perto de 37% do VAB do país que em 2014 foi de mais de 75.591 milhões de euros, de acordo com o Pordata (atualizado em Abril de 2016). Este indicador económico (das empresas não financeiras) do país, registou uma melhoria de 3,7% de 2013 para 2014 e a Região da Grande Lisboa acompanhou esta melhoria, registando um crescimento do VAB em todos os concelhos, exceto no concelho da Amadora que não inverteu a diminuição que tem vindo a ocorrer desde 2010.

28


Tabela 2.4. Evolução do VAB dos concelhos da Região da Grande Lisboa (milhares €) 2010 2011 2012 2013

2014

%

%

%

%

%

Amadora

1365

Loures

1589

Mafra

504

Odivelas

460

Oeiras

5190

Sintra

2979

Vila Franca Xira

869

3 5 60 4 1 1 15 8 2

1039

21505

4 5 60 4 1 1 15 8 3

1052

Lisboa

4 5 59 4 1 1 14 8 3

1119

1959

4 5 59 4 1 1 14 8 2

1250

Cascais

3 5 59 4 1 1 15 8 2

RGL

36.420

1774 20092 1505 465 422 4805 2694 898

1552 18881 1397 406 376 4611 2434 794

33.903

31.570

1540 18525 1330 413 369 4688 2427 750

1599 18921 1359 427 393 4735 2561 783

31.099

31.817

Fonte: INE- Sistema de Contas Integradas das Empresas (PORDATA)

O contributo da Amadora para o VAB da região em 2010 e 2011 rondava os 4% tendo descido a partir desse ano perto de 1 ponto percentual e situando-se, em 2014, nos 3,3%. Esta diminuição tendea verificar-se entre 2010 e 2014 neste concelho em todos os setores de atividade económica. As atividades de “alojamento, restauração e similares” e de “consultadoria, científicas, técnicas e similares” por seu lado, foram os dois únicos segmentos que registaram um aumento do VAB no concelho no período em referência, de 48,4% e 18,5% respetivamente. O crescimento do VAB das atividades de “consultadoria, científicas, técnicas e similares” é um importante sinal do contributo e integração do concelho da Amadora no eixo de especialização económica (serviços às empresas) da RGL. Figura 2.3. Valor Acrescentado Bruto do concelho da Amadora por setor de atividade económica (milhares €) Comércio por grosso e a retalho (...) Ati. de informação e comunicação Ati administrativas e dos serviços de apoio Construção Alojamento, restauração e similares Ati. de consultoria, científicas, técnicas e similares Ati. de saúde humana e apoio social Outras atividades de serviços (financeiras e seguros) Transporte e armazenagem Educação Ati. artísticas, espectáculos, desportivas e recreativas Ati imobiliárias Captação, tratamento, distribuição , saneamento de água Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 0

100 000 2014

200 000

300 000

400 000

500 000

2010

Fonte: INE- Sistema de Contas Integradas das Empresas (PORDATA)

29


Nota: Não existem dados disponíveis relativos às indústrias extrativas, às indústrias transformadoras e para as atividades no âmbito da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio para os anos em análise.

As atividades de “comércio por grosso e a retalho” contribuíram com 33% para o VAB do concelho e 1,1% para o VAB da região. As atividades de “informação e comunicação” registam o segundo lugar na contribuição para o VAB da região (11,4%)9 ultrapassando o setor da “construção” que em 2010 era o terceiro maior VAB do concelho. Os “serviços administrativos e de apoio social” registam um aumento do VAB em 2014, situando-se em 9,3% do VAB do concelho. Quanto ao tecido económico da RGL, em 2014, este era constituído por 243194empresas, correspondendo a mais de 20% das empresas do País. Em relação a 2013, este número aumentou 5083 empresas, aumento que se registou em praticamente todos os concelhos da região, excetuando-se os concelhos de Cascais (menos 3601 empresas), o concelho de Oeiras (menos 1907 empresas) e o concelho de Odivelas que perdeu 319 empresas. Lisboa e Sintra foram os concelhos que registaram os maiores aumentos com mais 2494 e mais 839, empresas respetivamente. Lisboa é o concelho com maior número de empresas representando perto de 39% do total de empresas na região, seguindo-se os concelhos de Sintra com 14,3% e Cascais com 10,4%. Mafra e Vila Franca de Xira são os municípios com o menor número de empresas da região. A Amadora contribuía com 6,2% das empresas da região, integrando 15089 empresas, na sua maioria (97,5%) pequenas e micro empresas com menos de 10 trabalhadores. Tabela 2.5.Número de empresas por município sede segundo o escalão de pessoal ao serviço da Região da Grande Lisboa e Nacional, 2014 <10 Trab. 10 a 49 Trab. 50 a 249 Trab. 250 ou mais Trab. TOTAL Empresas Amadora

14.714

305

55

15

15.089

Cascais

24.524

579

101

11

25.215

Lisboa

90.799

3 399

670

207

95.075

Loures

17.283

562

91

20

17.956

Mafra

8.836

238

27

7

9.108

Odivelas

13.376

306

21

4

13.707

Oeiras

20.843

638

214

59

21.754

Sintra

33.793

851

148

19

34.811

Vila Franca de Xira

10.741

301

50

14

11.106

RGL

234.909

7.179

1.377

356

243.821

1 086.816

34.518

5.196

787

1 127.317

Nacional

Fonte: INE - Sistema de Contas Integradas das Empresas,2014 (Sales Index 2015 v6.6.3)

A maioria das empresas do concelho são empresas privadas de capital social nacional (96%), e as empresas de capital estrangeiro (igual ou superior a 50% do capital social) representavam 2,3% do total das empresas.Importa referir que estas empresas geram cerca de 12% dos postos de trabalho do município e seis empresas com 100% de capital social estrangeiro empregam mais de 1.200 pessoas(CMA, Sistema de indicadores de Desenvolvimento Territorial, 2015). Em quatro anos, este concelho perdeu 2141 empresas, tendo sido criadas apenas 145. As perdas registadas verificaram-se em praticamente todas as atividades económicas com exceção para a “agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca” que obtiveram um aumento de 140 empresas, as atividades de “eletricidade, gás, vapor,

9A

leitura deste gráfico poderia ser diferente caso estivessem disponíveis os dados relativos às atividades nos setores em falta: indústrias extrativas, indústrias transformadoras e eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio.

30


água quente e fria e ar frio” com mais uma empresa e as atividades de “captação, tratamento, distribuição, e saneamento de água” e “administrativas e dos serviços de apoio” com mais duas empresas cada (Figura 2.4). Mas o fecho de empresas (2141), com particular relevo para as atividades de “comércio por grosso e a retalho” (-686 empresas) foi bastante expressivo (Figura 2.5.). Figura 2.4.Empresas por município sede na Amadora por atividade económica, CAE-Rev3 Ati. administrativas e dos serviços de apoio Comércio por grosso e a retalho (...) Ati. de consultoria, científicas, técnicas e similares Ati. de saúde humana e apoio social Construção Outras atividades de serviços (financeiras e seguros) Alojamento, restauração e similares Educação Ati. artísticas, espectáculos, desportivas e recreativas Indústrias transformadoras Transporte e armazenagem Ati. imobiliárias Ati. de informação e comunicação Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca Captação, tratamento, distribuição, saneamento de água Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio Indústrias extractivas 0

500

1000

2014

1500

2000

2500

3000

3500

4000

2010

Fonte: INE - Sistema de Contas Integradas das Empresas (PORDATA)

Figura 2.5. Natalidade e mortalidade de empresas no concelho da Amadora por sector de atividade económica. CAE-Rev 3, 2014 344

Outras atividades de serviços (financeiras e seguros) Ati. artísticas, espectáculos, desportivas e recreativas Ati. de saúde humana e apoio social Educação Ati. administrativas e dos serviços de apoio Ati. de consultoria, científicas, técnicas e similares Ati. imobiliárias Ati. de informação e comunicação Alojamento, restauração e similares Transporte e armazenagem Comércio por grosso e a retalho (...) Construção Captação, tratamento, distribuição , saneamento de água Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio Indústrias transformadoras Indústrias extractivas Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca

62 25 103 2 266 45 88 47 686 491 2 1 129 140 0 Fecho

100

200

300

400

500

600

700

800

Abertura

Fonte: Sales Index 2015 v6.6.3

31


A dinâmica do tecido empresarial apresenta-se bastante negativa neste concelho, que, no entanto, beneficia de dois eixos empresariais particularmente importantes em termos de potencial de clusterização, de criação de valor e de emprego, nomeadamente a concentração de empresas nos segmentos de computação e comunicação móvel, de multimédia e desenvolvimento de interfaces gráficas interativas, redes de dados, sistemas distribuídos e aplicações, protocolos de comunicação em rede, bem como nos segmentos de eletrónica e computação de elevada incorporação tecnológica e de produção de conhecimento. Estes setores de desenvolvimento económico do concelho situam-se em dois eixos de intervenção prioritária do município, nomeadamente o eixo da EN117 na freguesia de Alfragide e também na freguesia da Venteira, e o eixo da Falagueira/Venda Nova, uma zona industrial intervencionada para vir a constituir-se no novo centro empresarial e tecnológico do concelho. Figura 2.6. Localização das empresas de tecnologias de informação e comunicação do município da Amadora

Fonte: Geoportal – Câmara Municipal da Amadora

Estas empresas têm uma forte componente de investigação e desenvolvimento (I&D) na sua atividade. As indústrias químicas ligadas à fabricação de medicamentos (indústria farmacêutica) afirmam-se igualmente no concelho com a localização de alguns dos maiores laboratórios de capital maioritariamente estrangeiro e com uma das maiores empresas nacionais de fabricação de medicamentos genéricos.

32


Figura 2.7.Localização das empresas da indústria farmacêutica do município da Amadora

Fonte: Geoportal – Câmara Municipal da Amadora

São perto de 25 as empresas que prestam serviços em conhecimento de alta tecnologia. Estas estão localizadas fundamentalmente nas freguesias de Alfragide e Venteira, na fronteira com os concelhos de Oeiras e de Lisboa.

33


Figura 2.8.Localização das empresas do município da Amadora que prestam serviços intensivos em conhecimento

Fonte: Geoportal – Câmara Municipal da Amadora

34


Figura 2.9. Localização das empresas de forte intensidade tecnológica do município da Amadora

Fonte: Geoportal – Câmara Municipal da Amadora

Quanto ao volume de negócios, a RGL registou uma quebra continuada de 2010 a 2013, e só a partir deste ano se registaram ligeiros aumentos em alguns dos concelhos como Cascais, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras e Sintra. Lisboa e Oeiras geram 78% do volume de negócios da RGL. Figura 2.10. Evolução do volume de negócios nos concelhos da Região da Grande Lisboa (milhares €) 160 000

120 000

80 000

40 000

04 999 2010 Amadora

4 443 2011 Cascais

Lisboa

3 835 2012 Loures

Mafra

Odivelas

3 625 2013 Oeiras

Sintra

3 476 2014 Vila Franca de Xira

Fonte: INE - Sistema de Contas Integradas das Empresas(PORDATA)

35


A Amadora assinalou uma quebra continuada no volume de negócios no período em análise, tendo descido perto de 1 ponto percentual no contributo para a RGL (3,4% para 2,6%), perdendo 1.523 milhares de euros entre 2010 e 2014 e assim refletindo, junto com a quebra de empresas e do emprego (ver dados de desemprego abaixo), um desempenho desfavorável da sua base económica. A diminuição registou-se de forma acentuada em praticamente todas as atividades. Tabela 2.6. Volume de negócios das empresas da Amadora por atividade económica, CAE-Rev310 (milhares €) 2010 Setores Agricultura, Produção animal, Caça, Floresta, Pesca Indústrias extrativas Indústrias transformadoras Eletricidade, Gás, Vapor, Água, Ar Captação, tratamento, distribuição, saneamento de água Construção Comércio por grosso e a retalho Transporte e armazenagem Alojamento, restauração e similares Atividades de informação e comunicação Atividades Imobiliárias Atividadesde consultoria, científicas, técnicas e similares Atividades administrativas e dos serviços de apoio Educação Atividades de saúde humana e apoio social Atividades artísticas, espetáculos, desportivas e recreativas Outras atividades de serviços (financeiras e seguros) TOTAL

2014

Variação

N

%

N

%

1 835

0,04

3 327

0,10

0,06

n.d.

n.a.

n.d.

n.a.

n.a.

970 995 n.d. 1 164 753 288

19,42 n.a. 0,02 15,07

n.d. 94 970 223 435

n.a. 0,00 0,03 6,43

n.a. n.a. 0,00 -8,64

2 153 264

43,07

1 630 903

46,92

3,85

31 249 157 910 344 846 51 156 125 321 208 713 17 344 121 477

0,63 3,16 6,90 1,02 2,51 4,17 0,35 2,43

29 283 242 542 279 063 32 244 110 077 198 322 12 205 91 493

0,84 6,98 8,03 0,93 3,17 5,71 0,35 2,63

0,22 3,82 1,13 -0,10 0,66 1,53 0,00 0,20

7 788

0,16

5 495

0,16

0,00

52 849

1,06

37 669

1,08

0,03

4.999.380

3.475.723

Fonte: INE-Sistema de Contas Integradas das Empresas, 2015 (PORDATA) Legenda: n. d. – Não existem dados; n.a. – não aplicável.

Apenas as atividades de “agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca” e “alojamento, restauração e similares” aumentaram o volume de negócios entre 2010 e 2014. O “comércio por grosso e a retalho” decresceu 24,3% entre 2010 e 2014, mas mantém o maior contributo para o concelho (46,9%). As atividades da “construção” diminuíram em 70% o volume de negócios e as atividades de “informação e comunicação” afirmaram-se em 2014 contribuindo com 8% para o volume de negócios concelhio, apesar do decréscimo assinalado no volume de negócios entre 2010 e 2014. 11 Em termos de volume de negócios por empresa, o concelho ocupa o quinto lugar na RGL, com cada empresa a gerar, em 2014, cerca de 245 milhares de euros (Figura 2.11).

10

Não são fornecidos dados para as indústrias extrativas, nem para a eletricidade e gás em 2010, nem para as indústrias transformadoras para o ano 2014. 11Em 2010 a soma das parcelas conhecidas é de 4.999.199K€, menos 181K€ que o total (-0,004%). Em 2014, 2.897.122K€, menos 578.601K€ (-16.6%). A grande diferença em 2014 deve-se certamente à omissão das indústrias extrativas, que não representam menos de 16% do volume de negócios total, por defeito, o que seria uma queda de 3 pontos percentuais da sua quota no volume de negócios total. Permaneceria, em todo o caso e de longe, o segundo setor em volume de negócios no concelho, com o dobro do peso no total concelhio das atividades de “informação e comunicação”.

36


Figura 2.11. Volume de negócios por empresa nos concelhos da região da Grande Lisboa, 2014 (milhares €) 1200 994,6 1000

902,3

800 600 400 200

178,2

202,5

245,5

282,6

301

301,1

Loures

Vila Franca de Xira

102,8

0 Odivelas Cascais

Mafra Amadora Sintra

Lisboa

Oeiras

Fonte: INE: Sistema de Contas Integradas das Empresas, 2015

Quanto aos estabelecimentos, a Amadora apresentava 15 536 estabelecimentos, 97% dos quais com menos de 10 pessoas ao serviço, que geraram um volume de negócios de 4 091.493 de milhares de euros. Cada estabelecimento gerou cerca de 263 milhares de euros e a maior concentração de estabelecimentos verificou-se nos “serviços administrativos e de apoio” e nas “atividades do comércio por grosso e a retalho” com 21,6% e 20%, respetivamente. O peso dos estabelecimentos da indústria transformadora é de apenas 3,7% no total dos estabelecimentos, com pouco mais de 300 pessoas ao serviço. Em termos de empresas da indústria transformadora, estas têm um peso de 3,1% e empregam perto de 4000 pessoas (INE, I.P., Portugal,2015.) A especialização produtiva da RGL incide nos “serviços às empresas”, “transporte, logística e distribuição” e “energia e ambiente”, seguindo-se as “indústrias alimentares”, as “mecânicas e eletrónicas” e “químicas”, o que confere à região uma sólida base para uma forte industrialização em setores importantes e para o aprofundamento das cadeias de valor setoriais. O segmento dos “serviços avançados às empresas” é uma das componentes de especialização produtiva da RGL, quer em atividades que abrangem serviços especializados (jurídicos, contabilidade, informação, arquitetura, publicidade, consultoria, telecomunicações, alugueres de máquinas e atividades de serviços administrativos), quer na base da inovação onde se situa a investigação e de desenvolvimento tecnológico, com a transferência deste conhecimento e de tecnologia para o setor empresarial. Outras áreas de especialização económica regional são o turismo, a economia azul 12 e as indústrias culturais. O padrão de especialização da RGL (estendida à Área Metropolitana de Lisboa) assenta, assim, num conjunto de sectores diversificados e na concentração e densidade de estruturas de forte impacto no desenvolvimento económico, como o são o sistema de ciência e tecnologia, os grupos financeiros, as multinacionais, e as categorias socioprofissionais mais qualificadas com maior capacidade de consumo. 12A

estratégia «Crescimento azul» tem por objetivo apoiar a longo prazo o crescimento sustentável no conjunto dos setores marinho e marítimo, reconhecendo a importância dos mares e oceanos enquanto motores da economia europeia com grande potencial para a inovação e o crescimento. O «crescimento azul» é o contributo da política marítima integrada para a realização dos objetivos da estratégia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. A «economia azul» representa 5,4 milhões de postos de trabalho e um valor acrescentado bruto de quase 500 mil milhões de euros por ano. Em: http://ec.europa.eu/maritimeaffairs/policy/blue_growth/index_pt.htm

37


As áreas da energia e qualidade ambiental são uma forte aposta do município da Amadora que foi contemplada, em 2015, com o prémio “Green Project Awards” 13 na área da gestão eficiente de recursos com o projeto piloto de controlo de regas dos espaços verdes, que teve o envolvimento de empresas com atividade de I&D localizadas no concelho. É um projeto de boas práticas que se enquadra na linha dos projetos que o município promove, em parceira com o tecido económico e outras instituições de ensino superior e organizações prestadoras de serviços “intelligence”, integrando igualmente a RENER Living Labs14. Em termos de despesas de I&D na RGL atingiram em 2013, 1,91% do PIB, valor superior à média nacional que se situou em 1,41%. As empresas e as instituições de ensino superior são as estruturas que mais executam as despesas de I&D (48,7% e 34,6%, respetivamente), embora uma parcela destas despesas tenha origem em financiamento público. Em 2012/2013, havia 988 unidades de investigação nesta região, num total de 19092 pessoas afetas, 50% das quais em instituições do ensino superior e 30% nas empresas. As despesas médias em I&D por unidade de investigação rondaram os 1.009 milhares de euros, sendo as ciências sociais e humanas a área científica com maior realização (152.147,2 milhares de euros) seguidas pelas ciências de engenharia e tecnologia com 108.807 milhares de euros (INE, Contas Regionais,2015). A Amadora não apresenta instituições de ensino superior, e a componente de I&D incorporada no concelho é desenvolvida fundamentalmente pelas empresas.

O emprego no Concelho da Amadora Em termos de setor de atividade, a distribuição da população empregada do concelho de Amadora é semelhante à distribuição nacional. O peso do setor terciário, tal como na maioria dos outros concelhos, é mais forte (84,4%) do que no panorama nacional (70,2%), tendo os outros setores menor importância no município – 0,1% no setor primário e 15,5% no secundário – por comparação às mesmas percentagens no quadro nacional (2,9% e 26,9%, respetivamente). Tabela 2.7.Distribuição das percentagens da população empregada por setor de atividade na Região da Grande Lisboa e Nacional (2011) População emprePopulação emprePopulação empregada no setor prigada no setor segada no setor terTotal população Concelhos mário cundário ciário empregada N % N % N % Amadora 73668 103 0,1 11405 15,5 62160 84,4 Cascais 89934 336 0,4 11970 13,3 77628 86,3 Lisboa 229566 685 0,3 24195 10,5 204686 89,2 Loures 89853 456 0,5 16304 18,1 73093 81,3 Mafra 35929 940 2,6 8214 22,9 26775 74,5 Odivelas 66636 95 0,1 10468 15,7 56073 84,1 Oeiras 76717 200 0,3 9423 12,3 67094 87,5 Sintra 170202 805 0,5 33618 19,8 135779 79,8 Vila Franca de Xira 65536 372 0,6 13394 20,4 51770 79,0 RGL 898041 3992 0,4 138991 15,5 755058 84,1 Nacional 4150252 121055 2,9 1115357 26,9 2913840 70,2 Fonte de dados: INE (2014); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015)

13O

“Green Project Awards” é uma iniciativa da GCI, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Quercus que destaca iniciativas promotoras da partilha de boas práticas, de empreendedorismo, inovação, desenvolvimento sustentável e da economia verde. 14A RENER Living Lab – Rede Portuguesa de Cidades Inteligentes que pretende promover a reinvenção dos espaços urbanos, tornando-os mais criativos, inovadores, sustentáveis, inclusivos, participados e conectados e é atualmente constituída por 43 municípios portugueses. Esta rede integra a ENoLL - Rede Europeia de Living Labs.

38


A distribuição da população empregada por setores de atividadeda Amadora é bastante semelhante à da RGL. Os 0,1% da população empregada no setor primário são iguais aos do concelho de Odivelas, surgindo inferiores aos dos restantes concelhos, sobretudo quando comparados com Mafra (2,6%). O município da Amadora apresenta uma das percentagens mais baixas de população empregada no setor secundário da região (15,5%), percentagem inferior à de Odivelas (15,6%), Loures (18,1%), Sintra (19,8%), Vila Franca de Xira (20,2%) e Mafra (22,9%). À semelhança do que acontece a nível nacional e na RGL, é no setor terciário que se concentra a maioria da população com emprego. Na Amadora, essa percentagem (84,4%) só é inferior em relação a Lisboa (89,2%), Oeiras (87,5%) e Cascais (86,3%). Tabela 2.8. Distribuição da população empregada, nas empresas e nos estabelecimentos por atividade económica na Amadora, 2013 Setores Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta, Pesca Indústrias extrativas Indústrias transformadoras Eletricidade, Gás, Vapor, Água, Ar Captação, tratamento, distribuição, saneamento de água Construção Comércio por grosso e a retalho Transporte e armazenagem Alojamento, restauração e similares At. de informação e comunicação At. Imobiliárias At. de consultoria, científicas, técnicas e similares At. administrativas e dos serviços de apoio Educação At. de saúde humana e apoio social At. artísticas, espetáculos, desportivas e recreativas Outras atividades de serviços (financeiras e seguros) TOTAL Fonte: INE, IP- Sistemas de Contas Integradas das Empresas, 2015 Legenda: n. d. – Não existem dados; n.a. – não aplicável.

Empresas N % 223 0,49 n.d. n.a. n.d. n.a. n.d. n.a. 32 0,07 4 325 9,52 10 627 23,39 882 1,94 8 330 18,34 2 365 5,21 478 1,05 2 714 5,97 9 933 21,87 1 160 2,55 2 288 5,04 517 1,14 1 554 3,42 45 428

Estabelecimentos N % 194 0,41 n.d. n.a. 3 935 8,30 32 0,07 79 0,17 3 427 7,23 12 845 27,09 934 1,97 4 707 9,93 3 221 6,79 493 1,04 2 804 5,91 9 291 19,59 1 051 2,22 2 331 4,92 554 1,17 1 519 3,20 47 417

As atividades do “comércio por grosso e a retalho”, “administrativas e de serviços de apoio”, “alojamento, restauração e similares” representavam 64% do emprego nas empresas da Amadora, e 55% nos estabelecimentos. Em ambas as estruturas o “ comércio por grosso e a retalho” absorvem a maior fatia de pessoas ao serviço. Quanto ao nível de habilitações da população empregada, a Amadora apresenta uma das posições mais elevadas no conjunto dos concelhos da RGL, com 27,1% de população empregada detendo um grau de ensino superior, percentagem inferior penas às de Lisboa e Oeiras. Sobressai no concelho a percentagem (2,4%) de população empregada com habilitações ao nível do Mestrado. Esta percentagem é a segunda maior dos concelhos da RGL, a seguir a Lisboa. Isto reflete a importância do tecido empresarial, cujas atividades intensivas em conhecimento requerem formações e qualificações mais elevadas.

39


Figura 2.9. População empregada (TCO) por nível de habilitações na Região da Grande Lisboa (%), 2013

Amadora Cascais Lisboa Loures Mafra Odivelas Oeiras Sintra V. Franca Xira

28 983 30 413 259 328 36 681 13 974 12 517 65 027 45 633 21 151

<1ºciclo N % 152 0,5 162 0,5 1 058 0,4 171 0,5 78 0,6 95 0,8 329 0,5 208 0,5 110 0,5

RGL

28 983

2 363

Total TCO

0,5

1ºciclo N % 3 331 11,5 2 967 9,8 16 818 6,5 4 640 12,6 1 978 14,2 1 718 13,7 4 839 7,4 4 845 10,6 2 254 10,7

2º ciclo N % 3 067 10,6 3 233 10,6 16 480 6,4 5 076 13,8 2 896 20,7 1 750 14,0 4 051 6,2 5 934 13,0 2 606 12,3

3º ciclo N % 6 966 24,0 8 077 26,6 45 782 17,7 10 804 29,5 4 441 31,8 3 811 30,4 11 671 17,9 12 640 27,7 6 111 28,9

E Sec. N 7 620 9 036 80 943 10 129 3 243 3 423 19 715 13 652 6 556

% 26,3 29,7 31,2 27,6 23,2 27,3 30,3 29,9 31,0

Bacha. N % 770 2,7 913 3,0 8 103 3,1 621 1,7 133 1,0 239 1,9 2 431 3,7 971 2,1 428 2,0

Licenc. N % 6 348 21,9 5 583 18,4 81 009 31,2 4 852 13,2 1 134 8,1 1 340 10,7 20 398 31,4 6 722 14,7 2 823 13,3

Mestrado N % 691 2,4 413 1,4 8 214 3,2 359 1,0 58 0,4 124 1,0 1 449 2,2 604 1,3 231 1,1

43 390

45 093

110 303

154 317

30,0

14 609

130 209

12 143

8,4

8,8

21,5

2,8

25,3

2,4

Doutor. N % 38 0,1 29 0,1 921 0,4 29 0,1 13 0,1 17 0,1 144 0,2 57 0,1 32 0,2 1 280

0,2

Fonte: INE, IP, Portugal, 2014; Ministério da Economia, Quadros de Pessoal

40


Em termos de ganhos médios mensais dos Trabalhadores por Conta de Outrem (TCO) por nível de habilitações, de uma maneira geral nos concelhos da RGLestes aumentam com o nível de habilitações, embora em 4 dos 9 concelho, incluindo o da Amadora, as habilitações ao nível do Doutoramento percam remuneração relativamente às de Mestrado. Na Amadora a prática é semelhante, mas é de referir que não só os ganhos da população nos diferentes níveis estão ao nível dos praticados nos restantes concelhos, como sobressai a valorização das habilitações de Mestrado, cujos ganhos são superiores aos praticados em todos os outros concelhos da RGL. Tabela 2.10. Ganhos médios mensais dos trabalhadores por conta de outrem por nível de habilitações nos concelhos da região da Grande Lisboa (unidade €), 2013 <1ºci1ºciBaLiMesDou2º ciclo 3º ciclo E Sec. clo clo cha. cenc. trado tor. Amadora 668 713 780 857 1190 2041 2131 2415 2177 Cascais 710 799 832 866 1098 2111 1857 1953 1760 Lisboa 692 816 897 1029 1377 2196 2251 2157 3218 Loures 691 820 876 931 1131 1955 1956 1850 1451 Mafra 691 795 806 801 935 1463 1430 1310 2576 Odivelas 696 773 807 806 963 1170 1355 1302 1492 Oeiras 663 787 951 1029 1537 2400 2426 2344 3039 Sintra 717 870 907 928 1178 1999 1999 2042 2208 Vila Franca de Xira 688 891 906 913 1145 1917 1946 1844 1682 RGL 691 807 863 907 1173 1917 1928 1913 2178 Fonte: INE,IP, Portugal, 2014; Ministério da Economia, Quadros de Pessoal

Quanto aos ganhos médios TCO por setor de atividade, as remunerações mais altas advêm do setor secundário em praticamente todos os concelhos, incluindo o da Amadora, com exceção para o concelho de Cascais onde os ganhos médios dos TCO no setor terciário são superiores embora com uma diferença pouco expressiva. No concelho de Odivelas os ganhos médios mensais dos TCO no setor primário registam os valores mais elevados dos três setores. Figura 2.12. Ganhos médios dos TCO por setor de atividade na Região da Grande Lisboa, 2013

Fonte: INE,IP,Portugal, 2014; Ministério da Economia, Quadros de Pessoal

41


Desemprego Analisando a Tabela 2.12, verificamos que as percentagens da distribuição da população desempregada por grupos etários do concelho da Amadora diferem das da RGL e das nacionais, e que, à semelhança dos outros municípios, é na faixa dos 35 aos 54 anos que se concentram as maiores percentagens de desempregados. Tabela 2.11. Distribuição das percentagens da população desempregada por grupos etários na Região da Grande Lisboa e Nacional (2014) Desemp. >55 Desemp. Desemp. Desemp. Total poanos < 25 anos 25-34 anos 35-54 anos Concelhos pulação desemp. N % N % N % N % Amadora 9484

1020

10,8

2030

21,4

4333

45,7

2101

22,2

9973

976

9,8

1797

18,0

4904

49,2

2296

23,0

27334

2469

9,0

5735

21,0

13026

47,7

6104

22,3

9875

982

9,9

1942

19,7

4646

47,0

2305

23,3

3036

246

8,1

564

18,6

1668

54,9

558

18,4

7155

541

7,6

1362

19,0

3585

50,1

1667

23,3

6669

595

8,9

1277

19,1

3209

48,1

1588

23,8

17462

1862

10,7

3315

19,0

8932

51,2

3353

19,2

5993

589

9,8

1256

21,0

2870

47,9

1278

21,3

96981

9280

9,6

19278

19,9

47173

48,6

21250

21,9

564282

68515

12,1

109838

19,5

262667

46,5

123262

21,8

Cascais Lisboa Loures Mafra Odivelas Oeiras Sintra Vila Franca de Xira RGL Nacional Fonte de dados: INE (2014); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015)

Amadora é o concelho da RGL com as maiores percentagens de desempregados com menos de 25 anos (10,8%) e entre os 25 e os 34 anos (21,4%), semelhante apenas ao caso de Sintra (10,7%) na primeira faixa etária e aos de Lisboa e Vila Franca de Xira (ambos com 21,0%) na segunda faixa etária. Ambas são superiores às percentagens médias da região e nacionais, com a exceção da percentagem de desempregados com menos de 25 anos que é mais elevada a nível nacional (12,1%). Relativamente aos desempregados entre os 35 e os 54 anos, o concelho da Amadora destaca-se como o que apresenta a menor percentagem da região (45,7%), inferior à média da RGL (48,6%) e à nacional (46,5%). Relativamente aos desempregados com mais de 55 anos de idade, este concelho apresenta uma percentagem (22,2%) semelhante à percentagem média da região (21,9%) e à nacional (21,8%), sendo a sua percentagem uma das mais elevadas, apenas ligeiramente inferior à de Oeiras (23,8%), Loures (23,3%), Odivelas (23,3%) e Cascais (23,0%).

Figura 2.13. Evolução da população desempregada por grupos etários na Amadora (2009-2014) (%)

42


60 50 40 30 20 10 0

2009

2010

2011

2012

2013

2014

< 25 anos

9,6

9,5

10,9

11,0

10,5

10,8

25-34 anos

23,7

22,8

23,3

23,6

21,7

21,4

35-54 anos

46,0

47,9

46,8

47,9

47,8

45,7

> 55 anos

20,6

19,9

19,0

17,6

20,1

22,2

< 25 anos

25-34 anos

35-54 anos

> 55 anos

Fonte de dados: INE (2014); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015)

Analisando a evolução das percentagens da população desempregada por grupos etários no concelho da Amadora, constatamos que estas se mantiveram consideravelmente estáveis entre 2009 e 2014, sendo sempre inferior à que se refere aos menores de 25 anos (cerca de 10%). As percentagens dos grupos etários dos 25 aos 34 anos e dos 34 aos 54 anos aproximaram-se em 2013, devido à ligeira diminuição da primeira dessas faixas e de uma subida, também de fraca intensidade, da outra para os 21% em 2014. Finalmente, a percentagem de desempregados com mais de 55 anos aumentou em dois pontos percentuais entre 2009 e 2010 (cerca de 48%), e tornou a baixar para menos de 46% (45,7%) no ano de 2014. Tabela 2.12. Distribuição das percentagens da população desempregada por tipo de procura de emprego na Região da Grande Lisboa e Nacional (2011) Procura de novo emProcura do 1º emprego Total de desempreprego Concelhos gados N % N % Amadora 12963 2457 19,0 10506 81,0 Cascais

12324

2506

20,3

9818

79,7

Lisboa

30839

6028

19,5

24811

80,5

Loures

13301

2538

19,1

10763

80,9

Mafra

3603

659

18,3

2944

81,7

Odivelas

9202

1767

19,2

7435

80,8

Oeiras

9242

1968

21,3

7274

78,7

Sintra

26650

5247

19,7

21403

80,3

Vila Franca de Xira

8354

1339

16,0

7015

84,0

RGL

126478

24509

19,4

101969

80,6

Nacional

630711

114999

18,2

515712

81,8

Fonte de dados: INE (2011); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015)

Entre o total da população desempregada do concelho daAmadora, 19,0% encontram-se na situação de procura do primeiro emprego, percentagem semelhante à da RGL (19,4%) e ligeiramente superior ao que se verifica no

43


quadro nacional (18,2%). Esta é uma das percentagens mais baixas da região, com os concelhos de Oeiras (21,3%), Cascais (20,3%), Sintra (19,7%) e Lisboa (19,5) a apresentar os valores mais elevados. Quanto aos desempregados que procuravam novo emprego a percentagem da Amadora é uma das mais elevadas da região (81,0%), apenas inferior a Vila Franca de Xira (84,0%) e Mafra (81,7%), apesar de semelhante à da região (80,6%) e à nacional (81,8%).

Estratificação socioeconómica O concelho da Amadora apresenta um cenário socioeconómico intermédio no que respeita à distribuição da população pelos quatro grupos de classes sociais: i) alta e média alta, ii) média, iii) média baixa e iv) baixa, por comparação com a distribuição dos outros oito concelhos que integram a RGL. Figura 2.14. Distribuição (%) da população por classes sociais nos municípios da Região da Grande Lisboa, 2013

Fonte de dados: INE (2013); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015)

Através da Figura 2.14 percebe-se que os concelhos da Amadora e de Odivelas se encontram numa situação intermédia relativamente ao peso das classes alta, média alta e média entre a população residente (54,9% em cada um). A distribuição das classes sociais destes municípios é mais desfavorável do que em Oeiras, Cascais e Lisboa onde as classes alta, média alta e média representam 69,4%, 61,6% e 60,5%, respetivamente, do total da população residente e, em simultâneo, mais favorável em relação a Loures (50,8%), Vila Franca de Xira (49,8%) e Mafra (48,3%). Analisando as percentagens das outras classes sociais verifica-se que a classe baixa assume maior peso na Amadora (19,4%) do que em Odivelas (18,6%), município que lhe é semelhante nesta distribuição.

44


Tabela 2.13.Evolução dos Índices de rendimento nos concelhos da Região da Grande Lisboa (2009-2014) Municípios Índices de rendimento 2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

Amadora

14,8

14,03

15,09

13,8

13,9

13,8

12,6

Cascais Lisboa Loures Mafra Odivelas Oeiras Sintra Vila Franca de Xira

25,6 123,1 20,0 7,4 11,0 21,4 32,6 11,4

24,8 114,2 20,2 7,3 11,2 22,3 33,3 11,2

24,7 114,0 19,5 7,3 11,2 26,4 33,7 11,3

23,9 114,9 21,6 7,2 11,1 27,4 32,1 11,0

23,6 114,8 21,8 7,1 10,9 27,4 31,9 10,8

24,2 126,6 17,7 6,4 10,2 29,3 34,3 9,9

25,7 108,9 26,8 6,7 11,0 22,1 30,8 10,5

RGL (média)

31,96

30,89

31,48

31,48

31,42

32,81

30,59

Fonte de dados: INE (2015); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015)

De uma forma geral os índices de rendimento diminuíram entre 2009 e 2015, mas com bastantes oscilações ao longo dos anos. O concelho da Amadora não foi exceção, apesar da subida que se verificou entre 2010 e 2011. Lisboa destaca-se com os índices de rendimento mais elevados, seguida pelos municípios de Sintra, Cascais e só depois de Oeiras, todos com índices superiores a 20. Amadora (12,6%), Odivelas (11,0%) e Vila France de Xira (10,5%), situa-se num nível médio-baixo à escala da RGL, tendo Mafra um índice consideravelmente mais baixo (6,7%). Tabela 2.14. Distribuição da população (com mais de 15 anos) por modos de apoio social na Região da Grande Lisboa e nacional, 2011 Concelhos Pop. com apoios Subsídio de deRendimento social Apoios sociA cargo da fasociais semprego de inserção ais mília N

%1

N

%2

N

%2

N

%2

N

%2

Amadora Cascais

149233

19,7

5155

3,5

2451

1,6

677

0,5

21150

14,2

173824

19,0

4630

2,7

1491

0,9

610

0,4

26298

15,1

Lisboa Loures Mafra Odivelas Oeiras Sintra V. Franca de Xira RGL Nacional

477239

17,5

10714

2,2

6882

1,4

1976

0,4

63932

13,4

172998

18,7

5367

3,1

1701

1,0

746

0,4

24584

14,2

62320

17,2

1586

2,5

244

0,4

203

0,3

8692

13,9

122637

17,9

3563

2,9

904

0,7

372

0,3

17146

14,0

145561

16,9

3539

2,4

868

0,6

375

0,3

19890

13,7

311202

19,9

11506

3,7

2120

0,7

1036

0,3

47326

15,2

113372

18,6

4097

3,6

712

0,6

309

0,3

15919

14,0

1728386

18,4

50157

2,9

17373

1,0

6304

0,4

244937

14,2

1,1

36453

0,4

1300656

14,5

8989849 19,2 286036 3,2 100389 Fonte de dados: INE (2011); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015) 1 Percentagem calculada sobre o total da população com mais de 15 anos. 2

Percentagens calculadas sobre o total da população com mas de 15 anos com apoios sociais.

A Amadora é dos concelhos com maior percentagem de beneficiários de apoios sociais no total da população com mais de 15 anos, registando uma percentagem superior à nacional e à da RGL. Apercentagem da população com mais de 15 anos com apoios sociais que se encontra “a cargo da família” no concelho da Amadora (71,9%) ébastante inferior à nacional (75,5%)e à da RGL (76,8%). É a mais baixa entre os concelhos da RGL,a grande

45


distância das dos concelhos de Mafra (81,0%), Oeiras (80,6%) e Cascais (79,6%), que são os que apresentam maiores percentagens de população beneficiária de apoios sociais nesta situação. A Amadora diferencia-se, por outro lado, como o concelho em que o rendimento mínimo de inserção tem maior expressão entre a população beneficiária de apoios sociais (8,3%) bastante superior à percentagem nacional (5,8%) e à do conjunto da RGL (5,4%), onde é seguida de perto apenas pela de Lisboa (8,2%) As percentagens nos restantes concelhos são bastante inferiores, com particular destaque para Mafra (2,3%). O concelho da Amadora apresenta também uma das mais elevadas percentagens de beneficiários do subsídio de desemprego entre os beneficiários de apoios sociais (17,5%) na RGL, inferior apenas às dos concelhos de Vila Franca de Xira (19,5%) e de Sintra (18,6%). A percentagem da Amadora é superior à nacional (16,6%) e à do conjunto da região (15,7%), onde Lisboa tem a percentagem mais baixa (12,8%). Amadora e Lisboa são os concelhos da RGL com percentagens mais elevadas de beneficiários de “outros apoios sociais” no total da população maior de 15 anos com apoios sociais (2,3% e 2,4%, respetivamente). No entanto, as percentagens neste indicador são muito baixas em todos os concelhos da região.

Escolarização A Amadora apresenta um cenário pouco favorável no que respeita à escolarização da população residente relativamente aos outros municípios da RGL (Tabela 2.16). As percentagens de população sem nenhum tipo de instrução (11,6%) e com o 1º ciclo de escolaridade completo (27,3%) ainda têm bastante relevância na RGL, sendo no entanto inferiores às mesmas percentagens a nível nacional (12,7% e 32,7% respetivamente). Nos dois indicadores, o município da Amadora apresenta das percentagens mais elevadas entre os concelhos da RGL, e superiores às respetivas médias nacionais. Quanto à população que não tem qualquer grau académico, a percentagem da Amadora (11,8%) é bastante semelhante à da RGL (11,6%), sendo apenas inferior às dos concelhos de Mafra (12,5%), Loures (12,0%) e Vila Franca de Xira (11,9%). No caso da população que tem o 1º ciclo de escolaridade completo, Loures (30,2%) e Amadora (30,0%) são os municípios com as percentagens mais elevadas, consideravelmente superiores à do conjunto da RGL. Nestes indicadores, destaca-se o município de Oeiras com as percentagens mais baixas (9,1% com nenhum grau e 19,3% com o 1º ciclo). Relativamente ao 2º ciclo a Amadora surge numa posição intermédia (7,9%), com uma percentagem semelhante à da RGL (7,7%) e inferior à média nacional (10,2%). Neste indicador, destacam-se de forma positiva, devido às menores percentagens, os concelhos de Oeiras (5,4%), Lisboa (5,9%) e Cascais (6,1%). No que respeita ao 3º ciclo, a Amadora situa-se entre os concelhos com as maiores percentagens (15,3%), valor semelhante ao da RGL (15,2%) e superior ao da percentagem nacional (13,9%). Apenas Vila Franca de Xira (15,8%) e Sintra (17,2%) apresentam valores mais elevados. Ao nível do Ensino Secundário, a Amadora apresenta a terceira percentagem mais baixa, em igualdade com Odivelas (17,9%), inferior à do conjunto da RGL (19,1%), embora bastante superior à nacional (14,6%). Lisboa apresenta a percentagem mais baixa na RGL (14,2%). As percentagens de população com ensino pós-secundário são residuais na RGL. No Ensino Superior, Amadora apresenta a terceira menor percentagem (16,1%), inferior à da RGL (18,4), onde se destacam de forma bastante positiva os concelhos de Oeiras (34,0%) e de Lisboa (33,7%), embora superior à nacional (15,1%). Com um cenário mais desfavorável relativamente às percentagens de população com Ensino Superior surgem apenas Vila Franca de Xira (14,9%) e Sintra (15,1%). Note-se que esta posição relativa do concelho da Amadora na RGL contrasta com a da escolaridade da população empregada, em que, como vimos acima, ocupava a terceira posição mais elevada no que respeita à detenção de um grau do Ensino Superior.

46


no

Tabela 2.15. Distribuição da população por níveis de ensino na Região da Grande Lisboa e nacional, 2011 Concelhos

Total

Nenhum

1º Ciclo

2º Ciclo

3º Ciclo

Secundário

Pós-secundário

Superior

Amadora

116280

N 13759

% 11,8

N 34842

% 30,0

N 9151

% 7,9

N 17780

% 15,3

N 20850

% 17,9

N 1195

% 1,0

N 18703

% 16,1

Cascais

135668

13583

10,0

28494

21,0

8237

6,1

18658

13,8

26249

19,3

1795

1,3

38652

28,5

Lisboa Loures Mafra Odivelas Oeiras Sintra Vila Franca de Xira

372606 135311 49307 96012 113729 237232 88502

35321 16225 6171 11257 10376 27579 10514

9,5 12,0 12,5 11,7 9,1 11,6 11,9

90883 40905 13588 28519 21959 59198 23601

24,4 30,2 27,6 29,7 19,3 25,0 26,7

21982 11232 4745 7700 6111 20425 7324

5,9 8,3 9,6 8,0 5,4 8,6 8,3

43051 20120 6636 14019 14552 40865 14021

11,6 14,9 13,5 14,6 12,8 17,2 15,8

52770 23032 8978 17162 20819 50357 18792

14,2 17,0 18,2 17,9 18,3 21,2 21,2

3026 1394 622 1082 1190 2988 1056

0,8 1,0 1,3 1,1 1,0 1,3 1,2

125573 22403 8567 16273 38722 35820 13194

33,7 16,6 17,4 16,9 34,0 15,1 14,9

RGL Nacional

1251677 6726522

144785 852608

11,6 12,7

341989 2198343

27,3 32,7

96907 687750

7,7 10,2

189702 933089

15,2 13,9

239009 981959

19,1 14,6

9114 56905

0,7 0,8

230171 1015868

18,4 15,1

Fonte de dados: INE (2011); Fonte: Sales Index v6.6.3 (2015)

47


no


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