MM2016 REPORT

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Reporte de Delegação COORDENAÇÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES (CREX)

Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM) MARÇO 2016 | ASSEMBLEIA GERAL DA FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE ASSOCIAÇÕES DE ESTUDANTES DE MEDICINA (IFMSA)


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Reporte Delegação DENEM MM 2016 - Malta Coordenação de Relações Exteriores da DENEM

DELEGADOS FINANCIADOS PELA DENEM: MATHEUS RAVEL TIMO BARBOSA (UNB) -CREX LUIS FERNANDO FARIA (UIT) - CREX ERIKA ERMIDA (FAMERP) - CEV ATHOS MARTINI (UFSC) – CEV MAYARA SECCO (UFF) - CPS

DELEGADOS AUTOFINANCIADOS: CARLOS ANDRES ACOSTA CASAS (UFCSPA) – CREX ELKA KAROLLYNE – UFAL GABRIEL DOMINGUES- FEPAR


2 INTRODUÇAO À IFMSA É difícil explicar em poucas páginas a complexidade, importância e o papel da federação no mundo, mas espero que possamos te dar um vislumbre e te prover com as informações mais importantes sobre a IFMSA. •A organização foi criada seis anos após o fim da segunda guerra mundial por um ambicioso grupo de estudantes de medicina que estabeleceu os fundamentos do que a IFMSA é hoje: uma organização não profissional, não governamental e não partidária representante das associações de estudantes de medicina internacionalmente que atualmente mantém mais de 125 Nacional Member Organizations (NMOs) de mais de 100 países com aproximadamente um milhão de estudantes representados pelo mundo. É reconhecida como uma organização não governamental pelo sistema da ONU, da OMS e da EU, e é reconhecida como um parceiro chave na WMA. Em mais de 60 anos a IFMSA tem existido para unir a comunidade global de estudantes de medicina em nível local, nacional e internacional em assuntos sociais e relacionados a saúde. •A IFMSA opera um dos maiores e mais amplos programas de intercâmbio do mundo e continuamente debate planos e ações para a melhoria da saúde, educação e plena implementação dos direitos humanos. Seus membros representam as posições dos estudantes de medicina nas reuniões com importantes parceiros internacionais e ao mesmo tempo também implementam ações regionais, nacionais e locais que melhoram as condições de vida de suas comunidades Histórico e atuação. Um mundo em que os estudantes de medicina estão unidos por uma saúde global e são equipados com conhecimento, habilidades e valores para tomar posições de liderança em saúde localmente e globalmente. Visão •IFMSA une estudantes do mundo todo a lançar iniciativas que impactam positivamente as comunidades a que servem. A IFMSA representa as opiniões e ideias dos futuros profissionais de saúde no campo da saúde global, e trabalha em colaboração com parceiros externos. Constrói a capacidade através de treinamento, projetos e oportunidades de intercâmbio, enquanto abraça a diversidade culturas como um modelo de futuro sustentável e saudável. Missão •A federação opera mais de 12mil intercâmbios clínicos e de pesquisa anualmente para que os estudantes explorem inovações na medicina e sistemas de saúde. A experiência IFMSA mostra ao estudante que ele não é meramente sujeito passivo em um mundo rapidamente globalizado, mas sim valioso indivíduo com um poderoso papel potencial a desenvolver na saúde global. Consequentemente, a IFMSA oferece os estudantes de medicina um gosto dos reais e urgentes problemas de saúde ao redor do mundo, e ajuda-os a aprender que suas metas idealísticas podem ser alcançadas com conhecimento facilmente atingido e compromisso. Na IMFSA, a ênfase é colocada nos estudantes retornando aos seus ambientes locais com novas ideias de habilidades para implementar em suas vidas profissionais para que eles possam impactar positivamente as comunidades a que servem.


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Algumas siglas CCC – Costitution Credencial Committee (fica responsável pelo credenciamento das NMOs nas plenárias, bem como atua de forma consultiva ao estatuto, analisando a legalidade de ações durante a plenária). EB - Executive Board (líderes. Presidente e vice-presidentes da IFMSA) GA – General Assembly (Assembleia Geral) IAPO - International Alliance Of Patients' Organizations (Aliança Internacional de Organizações de Pacientes) IFMSA – International Federation of Medical Students’ Associations MoU – Memorandum of Understanding NMO – National Member Organisation (a DENEM é uma NMO, assim como a IFMSABrazil, e qualquer outra organização que seja membro da IFMSA. Para países que possuem mais de uma NMO, uma delas ganha o status de “full member”, permitindo que essa tenha o direito de voto nas plenárias. No Brasil, a DENEM é “full member”) PS - Policy Statment (posicionamentos da IFMSA) SCOME – Standing Committee on Medical Education SCOPH – Standing Committee on Public Health (o Comitê da IFMSA que fiquei responsável por acompanhar enquanto CPS, existem outros). SupCo - Supervising Counsil: um conselho que supervisiona e aconselha a IFMSA, composto por até 7 pessoas, normalmente ex-membros "experientes" (experiência contada em tempo de IFMSA). Muito poderosos, fazem um papel de vigilantes e tomam posicionamentos que influenciam toda a IFMSA. Eles podem investigar a todos, mas não há quem os investigue. SWGs: Small Working Groups (pequenos grupos de trabalho) TO - Team of Officials (demais cargos da IFMSA) WHO – World Health Organization / OMS WTO – World Trade Organization / OMC


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Regional Sessions (Timo) Sobre o Debate / Discussões (foram apenas 2 dias) Dia1: Pequenos grupos em que se discutiu principalmente o apoio a próxima GA ser no México (que foi votado a favor, no fim de tudo) e sobre a questão das dívidas da Venezuela. Atualmente o sistema de taxas cobradas pela IFMSA se baseia no PIB per capita do país da NMO. Como a Venezuela é um país rico, eles pagam uma taxa absurda, que a NMO não consegue pagar e vive negociando uma dívida impagável. Nesse debate de apoio a Venezuela se manter na IFMSA, a DENEM tomou um papel essencial de liderança, convencendo todos a se posicionarem a favor da proposta de cancelamento da dívida (com exceção do Canadá) e fazendo frente, debatendo e argumentando contrários as "sugestões" das lideranças da IFMSA, o que não é muito comum. Conseguimos nos sair muito bem. Dia2: Apresentação das propostas de próximos eventos que tomarão lugar nas Américas. Todos aprovados. Não muita coisa além disso.

Temas que não tocamos na executiva: Métodos alternativos e mais justos de categorização das NMOs para pagamento de taxas. Temas que tocamos na executiva que não se toca na IFMSA: Conjuntura Latina e latinidades.

President´s Sessions (Timo) Sobre o Debate / Discussões Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que esse relatório foi feito por meio da minha experiência e contém impressões que podem não ser consenso entre todos os presentes nesses espaços. Para um relato mais objetivo e contendo descrições mais detalhadas de alguns espaços que considerei menos relevantes, deem uma olhada em: https://docs.google.com/a/ifmsa.org/document/d/1XVy7KNK_kK2n0SnjfzNy6mTddNis7lSv_zKx6JBIW os/edit?usp=sharing

Dia 1 Chegada ao hotel. Plenária 1 aprovando o início do evento. Cerimônia de abertura. Dia 2


5 Chamada na e brincadeira introdutória. Apresentação do resumo, com dados estatísticos dos NMO reports (relatórios a serem enviados por cada NMO antes da GA para que tenham direito de voto. Constam perguntas de abrangência interna e externa). Nesse momento, uma crítica feita pela DENEM à relação NMO e Executive Board (liderança da IFMSA) esteve em destaque na apresentação. A crítica foi feita em apelo a uma maior horizontalidade da relação, que atualmente é completamente verticalizada. Houve um intervalo em seguida. Logo depois NMOs deveriam conversar de acordo com um sistema de parceria montado pelo EB. Não efetivo, pois nem todos tiveram acesso a esse sistema e acabaram conversando com qualquer outra NMO. Conversei com a IFMSA - Brasil. Foram apresentadas as candidaturas para novos membros da IFMSA, que seriam votadas mais tarde em plenária. Nesse sistema, o EB revisa as candidaturas e recomenda as NMOs a aceitarem ou rejeitarem levando em consideração se os relatórios de candidatura foram preenchidos adequadamente ou não. Lembrando que após cada uma dessas apresentações, se abre para perguntas. Na maioria das vezes são feitas perguntas irrelevantes e redundantes, com a única facilidade de se perguntar e se fazer conhecido nas president sessions e plenárias. Eu, como representante da DENEM, não creio que essa seja uma prática razoável e não fiz perguntas quando essas não eram necessárias. Seguiu-se a apresentação dos relatórios feitos por Task Forces (como se fosse um grupo de trabalho, mas com um perfil mais permanente, abrangente e de liderança para outros grupos de trabalho). Dentre esses relatórios, cabe destaque uma Task Force para mecanismos de investigação do SupCo, que achei extremamente problemática e não transparente. A Task Force é composta por pessoas próximas e amigas dos membros do SupCo, algumas que claramente aspiram a esse cargo e pouco repasse foi feito, pois estavam esperando a chegada de um membro da Task Force que ainda não estava em Malta. Prometeu-se mais detalhes em outro dia, mas isso não ocorreu. Cabe destaque ainda uma discussão em relação a eficácia de Task Forces em relação a SWGs, pois não conseguiam captar pessoas para preencher todos os cargos de algumas Task Forces. Foi uma longa discussão na qual o Quebec se destacou e acredito que precisava de mais experiência na IFMSA para poder participar, visto que a discussão foi feita por relatos de experiência. No fim decidiu-se que o EB iria assumir a liderança e tocar uma task force que não havia sido completada. Nessa decisão a DENEM votou contrariamente e foi uma das poucas a fazer isso, visto que acredito que se deve descentralizar as tarefas das lideranças da IFMSA para as NMOs que compõem a federação. Intervalo e em seguida, apresentação da proposta para a GA no México, que foi aprovada no último dia. Breve apresentação das PS a serem votadas nas plenárias. Sem detalhes e discussão. Apresentação do caso da Venezuela, para ser discutido em outra oportunidade. Dia 3 Apresentação de um relatório da parte de mídias da IFMSA, seguida por apresentação do relatório do SupCo. Comentaram sobre a suspensão e subsequente renúncia de um de seus membros após


6 ele não cumprir algumas tarefas e se ausentar. Comenta também o trabalho de investigação das finanças da IFMSA, após 100 euros sumirem e ter tido a renúncia do VPF (Vice-presidente para finanças). Tempo para perguntas. Apresentação dos programas da IFMSA, que é uma coisa nova que envolve diferentes comitês e debate e faz atividades em temas específicos, mais parecidos com a forma que a DENEM atua. Ainda está bem no começo e a discussão ficou girando em métodos de avaliação. Intervalo e Venezuela. Começou a discussão sobre o caso da Venezuela, que decidiram levar para a President Session após a repercussão da reunião com a regional das Américas. Nessa reunião (descrita na sessão de Regional Sessions), o EB e o SupCo chegaram com recomendações achando que acataríamos tudo de forma passiva. Isso não aconteceu e a DENEM foi essencial nessa discussão, quase que sendo a única NMO a responder a eles quando tentávamos nos convencer de desistir da ideia de levar a quitação da dívida da Venezuela para a plenária. Entretanto, a discussão na President Sessions foi bem menos profunda e o EB e o SupCo ganharam bastante espaço. Muitas NMOs "entendiam" a situação, mas ao mesmo tempo não queriam "abrir precedente” e o EB e SupCo se aproveitaram bastante disso. O SupCo inclusive teve a cara de pau de usar argumento de autoridade afirmando que entendiam das coisas, pois já haviam passado por crises financeiras da IFMSA e ido em pelo menos 10 GAs. E depois acrescentaram que "não queriam diminuir ninguém com esse discurso". Foi bem tosco. E vejo que falhei em muito nesse momento, visto que minhas falas durante o debate ficaram inconsistentes e creio que mal elaboradas, e nem sei se me fiz compreensível. Creio que a única fala que ficou mais clara foi criticando a argumentação do SupCo, mas que no fim acabava sendo uma crítica geral, sem muita contribuição para o caso da Venezuela. Fomos muito bem na Regional Session, mas sinto que falhei na President. De toda forma tivemos algum impacto, visto que o presidente da IFMSA pediu para tomar café da manhã comigo no dia seguinte para discutirmos essa questão, assim como ele fez com Peru, Uruguai (que iria propor a quitação da dívida na plenária) e a própria Venezuela, em outros momentos. Ficou claro nossa liderança nesse processo como um NMO que de fato de posiciona, que eu considero melhor que uma NMO que sempre tem comentários a fazer, mas que fica em cima do muro, como Quebec e Portugal (sim, Portugal foi bem decepção nessa GA. Acho que estão numa gestão menos combativa agora). Intervalo. Apresentação do SWG em NMO involvement, que foca nas barreiras para o envolvimento das NMOs, incluindo a parte financeira, a qual a DENEM faz parte com o objetivo de se revisar o método injusto de categorização e pagamento de taxas vigente na Federação. Em seguida, repasse sobre questões organizacionais das plenárias, com o relatório do CCC e discussão de alguns parágrafos do estatuto a serem alterados ou "suspendidos" para dinamizar a GA ou ampliar a participação de NMOs. Dia 4 Dinâmica para interação. Relatórios financeiros da GA de março do ano passado na Turquia e da IFMSA no período de 2014-2015. Depois discussão sobre mudanças e novas propostas para o


7 estatuto. De maior relevância foram os parágrafos definindo como se daria uma candidatura, estabelecendo número de palavras em uma candidatura, por exemplo. Dia 5 Repasse das relações exteriores da IFMSA. Discussão MoU da IAPO, cuja a aprovação do documento havia sido adiada na plenária do dia anterior por algumas NMOs (Medsin-UK e AMSAAustrália, principalmente) terem observado que em torno de 80% do financiamento dessa associação ser provido por indústrias farmacêuticas e que ela já votou seguindo os interesses dessas indústrias nas assembleias gerais da WHO. Na ocasião, além da aprovação da parceria com essa organização ter sido adiada para o dia seguinte, ficou de se discutir essa questão na President Sessions. A representante de relações em Educação Médica, responsável pelo planejamento dessa parceria, apresentou seus argumentos a favor dessa parceria, incluindo o fato deles já estarem se comunicando com a instituição e que ela (a instituição) já estava contando com algum tipo de parceria (precisa nem comentar a gravidade disso, né? Iniciar uma parceria sem ter sido passado em plenária…). Além disso, ela argumentou que essa não seria a primeira parceria da IFMSA com organizações financiadas pela indústria farmacêutica e que, tendo esse ponto sido levantado, todas essas parcerias, incluindo a da WHO e algumas NMOs, teria de ser revisada, deixando subentendido que isso seria considerado um trabalho exaustivo, inviável, insustentável e desnecessário. Ela ainda falou que o fato de uma organização ter financiamento de farmacêuticas não implica que a IFMSA estaria dando suporte a indústria farmacêutica e que continuaria seguindo seus princípios éticos de não financiamento por essas indústrias. Por fim, ela lembrou do propósito dessa parceria: poder também ouvir os posicionamentos dos pacientes no desenvolvimento de PSs e programas na IFMSA, principalmente na parte de uma educação médica focada no paciente. Medsin-UK e IFMSASpain fizeram boas falas contrárias a essa parceria, mostrando principalmente a motivação para se ser contra, que já citei anteriormente, bem como a Itália e a Austrália. Na nossa fala pontuamos mais os argumentos que estavam sendo utilizados em si, colocando que ter iniciado essa parceria sem ter se passado em plenária era errado e que não havia problema algum (eles falavam de "questões diplomáticas") em não fazer a parceria, pois seria uma decisão da plenária, que é a instância de deliberação na IFMSA (sério, é muito tosca a relação hierárquica do EB e TO em relação as NMOs). Falamos também que o trabalho de se revisar todas as parcerias é um trabalho que deve ser feito e necessário, caso queiramos a IFMSA como uma instituição coerente com suas PSs (tem PS em financiamento e outra em acesso a medicamentos). Por fim, pontuei que iniciar uma parceria com instituições com esse financiamento implica uma certa posição a favor desse financiamento (vi nas minutas das President Sessions que quase nada do que eu falei foi escrito lá… Inclusive tendo coisa que eu falei, eles começaram a anotar e depois não concluíram… To preocupado se me fiz entender :( Talvez precise melhorar minha pronúncia). Depois disso houveram mais repasses a respeito das finanças 2015-2016 e sobre a transição do EB. Falou-se da GA no México também. Dia 6


8 Esse dia nĂŁo teve muita coisa importante. Apresentaram os relatĂłrios da GA para finalizar tudo e serem aprovados na plenĂĄria final. O ponto mais importante foi sobre regionalização, algo que o EB vem tentando evitar e quase que nĂŁo acontece, sendo adiada vĂĄrias vezes. A discussĂŁo foi fragmentada em grupos de aproximadamente 10 NMOs, e depois um nĂşmero limitado de falas foram feitas de forma bem rĂĄpida. No meu grupo haviam 13, 10 eram da Europa e 3 de outras regiĂľes. A Europa ĂŠ a regional com maior nĂşmero de NMOs e a qual se referencia as tomadas de decisĂŁo na IFMSA. A sede da IFMSA ĂŠ na Holanda e a Federação estĂĄ sob regimento de leis Holandesas. Durante a discussĂŁo que tivemos, a Europa falava como que aconteciam as coisas na regional deles e como eles jĂĄ eram regionalizados. Levantaram o ponto de desenvolvimento de PSs regionais, por exemplo, que no caso da Europa jĂĄ existem, sendo sempre baseadas nas PSs da Federação (que jĂĄ sĂŁo europeias), com especificaçþes mais regionais. Nisso, as NMOs europeias se posicionaram contrĂĄrias as regiĂľes fazerem PSs independentes, mesmo tendo sido explicado que muitas PSs podem nĂŁo contemplar as nossas demandas e que essas nĂŁo podem ficar esperando o aval da IFMSA, em sua visĂŁo eurocĂŞntrica. Pontuou-se que a IFMSA ĂŠ completamente eurocĂŞntrica e alguns paĂ­ses europeus concordaram. A discussĂŁo nos grupos acabou sendo curta e nem todos os pontos planejados foram discutidos, mas normalmente a discussĂŁo obedecia a dinâmica de que NMOs nĂŁo europeias propunham algo e alguĂŠm da Europa refutava afirmando que aquilo nĂŁo daria certo pelos motivos que eles jĂĄ conheciam por jĂĄ serem regionalizados e quererem fazer uma regionalização de acordo com o modelo deles. Tudo isso embasado na argumentação de que a regionalização ĂŠ importante, mas que se deve ser cauteloso para nĂŁo se fragmentar a Federação đ&#x;˜’. No fim dos grupinhos fiz uma fala que foi bem apoiada pelas NMOs nĂŁo europeias presentes. Falamos como aquele era um espaço nosso, algo que iria nos afetar diretamente, e nĂŁo a Europa, que jĂĄ era regionalizada e que por isso eles deveriam rever a forma que estavam conduzindo essa discussĂŁo e dar mais espaço de fala a nĂłs, nĂŁo europeus. Fizemos uma fala aberta (em anexo) a toda a sessĂŁo tambĂŠm, um pouco mais cautelosa, mas tambĂŠm direcionada aos europeus, o que foi considerado um pouco nĂŁo diplomĂĄtico e a VPM (Vice-presidente para membros), que conduzia a discussĂŁo, tentou "aliviar" a fala tentando levar a um tom personalizado, como se eu tivesse me sentido ofendido por algo que tenha sido dito no meu grupo por alguma NMO europeia, e pontuou que nessa discussĂŁo todas as NMOs, independe de onde vĂŞm, deveriam manter a cordialidade (eles tĂŞm mania de personalizar as coisas na IFMSA e confundem isso com crĂ­ticas a problemas estruturais). NĂŁo fomos tĂŁo aplaudidos nessa fala quanto na fala sobre feminismo, mas creio que foi uma fala necessĂĄria, mesmo tendo divido opiniĂľes. Por exemplo, o presidente do Quebec nĂŁo nos aplaudiu, mas uma delegada do Quebec que estava na discussĂŁo comigo veio agradecer a DENEM (ela estava muito feliz, muito mesmo, foi lindo:')) pela fala, pois ela ĂŠ canadense, mas tambĂŠm argelina e sentia muito isso tanto na IFMSA, como na prĂłpria NMO dela.


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Temas que não tocamos na executiva: A maioria dos relatórios e parcerias… A DENEM não muitas formalidades nesses pontos e talvez fosse bom para gente começar a ter algumas "burocracias necessárias". Além disso, não tocamos internamente a maioria dos problemas da IFMSA e sua forma de fazer política e, ainda, diversos outros aspectos da IFMSA que acabam ignorados pela Executiva e são apenas discutidos internamente na CREx. Temas que tocamos na executiva que não se toca na IFMSA: As President Sessions tocam principalmente pautas da IFMSA em si, então praticamente inexistem pontos de congruência na discussão das duas instituições nessas sessões. Uma coisa que acontece é que conseguimos identificar opressões que permeiam o debate e que não são percebidas na IFMSA. Como foi a sua experiência? Boa, minha primeira vez. Espero conseguir me aperfeiçoar. Recomendaria este evento a outras pessoas da executiva? Porque? Sim!! Com certeza! A executiva ver o que é feito nesse espaço não é só uma questão de se dar a devida importância a esse espaço, como também de enriquecermos nossas próprias discussões e organização, bem como as discussões deles, que temos tanto a contribuir. Além disso, ajuda a aumentar a interação CREx-CENEPES, tão importante nesse período que estamos sendo ameaçados por IFMSA-Brasil e AEMED. Dá uma olhada no relato da May para ver o tanto que ela foi importante.


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Standing Committee on Public Health (SCOPH) (Mayara) Sobre o Debate/Discussões

Dia 1 (02/03) Chegada ao hotel. Cerimônia de abertura.

Dia 2 (03/03) Aconteceu o primeiro encontro de sessão do SCOPH, onde basicamente foi feita uma apresentação dos presentes e algumas atividades mais interativas – comumente chamadas de “energizers”, que envolvem abraços coletivos e tudo o mais. Todos os participantes da GA escolhem um comitê para participar (o que não o impede de comparecer a outros durante o evento), e cada NMO tem um representante nacional para cada comitê. No SCOPH, o representante nacional se chama NPO (National Public Health Officer). Na DENEM, os membros da CREx se dividem entre os comitês, e esse ano quem está como NPO é a Roberta. Foi feita uma apresentação dos programas da IFMSA, que pelo meu entendimento vêm no sentido de substituir as campanhas, pois incluem esse tipo de atividades, mas incorporam também ações de mudança na educação médica e de formulação de políticas. Os programas não são restritos ao SCOPH, mas os que enquanto CPS mais podemos intervir, ao meu ver, seriam os de Mental Health e Health Systems. Foi realizado também um quiz sobre o SCOPH, com algumas perguntas básicas sobre a história do comitê e tudo o mais. Nessa atividade, ficou evidente a relação de “correia de transmissão” que muitas vezes o comitê a IFMSA adotam em relação à WHO. Apresentaram também os Sustainable Development Goals adotados pela WHO. Depois disso, aconteceu um encontro da Regional Session. Como sabido, nossa regional é a América (hahaha), o que inclui não apenas a América Latina, mas também os EUA e o Canadá. Foi feita uma apresentação dos diretores regionais (existem um diretor geral para a região, e um assistente regional para cada um dos comitês), e depois fomos divididos nos comitês, onde deveríamos discutir as atuações das NMOs da nossa regional naquela área. Nesse momento, fiquei no SCOPH, onde aconteceu uma discussão sobre o Zika. O mediador foi o Jozo, SCOPH Director, que é da Croácia, porque a Regional Assistant das Américas não pôde vir para a GA. Ele se colocou mais em uma posição de escutar o que estávamos discutindo em nossas NMO’s sobre o assunto. Estão organizando um tool kit, que será dividido em duas fases – uma relacionada mais à campanha informativa (panfletos explicativos, etc) e outra à advocacy. Fiz uma fala expondo as críticas que


11 estamos tecendo na DENEM, com enfoque na responsabilização individual da mulher, em detrimento de abordagens mais estruturais e coletivas. Comentei também sobre a importância de advocacy no sentido da legalização do aborto e de fortalecer sistemas de saúde públicos. Após a GA, farão um grupo para trabalhar nisso, acho importante a DENEM estar.

Dia 3 (04/03) Nesse dia, aconteceu a discussão de policy statements. Os policy statements são documentos que a IFMSA aprova durante as GA’s com posicionamentos da federação sobre determinados assuntos. É interessante porque antes do posicionamento propriamente dito é feito um aprofundamento teórico sustentando as decisões. Além disso, os textos são extremamente bem referenciados, o que acaba trazendo mais legitimidade. Os policy statements que serão discutidos na GA são enviados para as NMOs aproximadamente duas semanas antes do encontro. Toda NMO pode propor a atualização de um policy statement, ou a criação de um novo. Os participantes desse espaço se dividiram em grupos, onde cada um ficou responsável por discutir um policy statement que seria votado na plenária. Esse foi o único momento onde poderiam ser sugeridas mudanças no texto, então o esperado é que as NMOs tenham lido antes, e cheguem com sugestões prontas para o espaço. Os consensos são automaticamente incorporados, e se houver alguma divergência ela é encaminhada para a plenária onde os statements são aprovados. Eu fiquei no grupo que discutiu o statement sobre comércio e saúde, problematizando a interferência de trade agreements nos sistemas de saúde. Em geral, o conteúdo estava bom. Ainda assim, alguns pontos poderiam ser mais claros e progressistas, ao colocar o papel da World Trade Organisation na eliminação de barreiras financeiras e não financeiras para o comércio, e também alguns posicionamentos mais incisivos. Havia outros policy statements interessantes e nos quais poderíamos contribuir. Nesse sentido, é importante pensar formas de o CENEPES atuar de forma conjunta com a CREx na elaboração e modificação desses documentos. Outro ponto também é que diversos policy statements trazem algumas discussões que não temos tanto aprofundamento na DENEM e que são importantes em um contexto global. Assim, acho que vale a pena também que o CENEPES conheça os posicionamentos da IFMSA e os policy statements, não somente para podermos intervir, mas também para começarmos a discutir alguns temas que podem impactar diretamente o SUS e o contexto nacional. Não acompanhei a plenária nesse dia. Acho que foi durante esse momento que foi levantada a situação da Venezuela. Vou tentar resumir, mas acredito que o Timo possa dar um feedback melhor desse assunto para a DENEM. A NMO da Venezuela está com dívidas acumuladas com a IFMSA e


12 havia o pleito de que essas dívidas fossem absolvidas, tendo em vista o contexto econômico do país. Vou pedir um repasse mais qualificado para o Timo sobre isso, ok?

Dia 4 (05/03) Fui à sessão do SCOPH, onde fizeram uma simulação de epidemia global. Foi interessante porque fomos divididos em diversos países fictícios. Existia um mapa dos países e informações socioeconômicas. Um representante fictício da WHO dava informações atualizadas sobre o vírus que causou a epidemia, assim como a situação em cada país. Nós tínhamos que discutir em grupo que medidas gostaríamos de adotar. Periodicamente, a WHO convocava uma reunião com representantes dos países, onde atualizavam a situação e também diziam os preços das possíveis medidas que escolhíamos (e se era um valor que retornaria a um médio-longo prazo ou não). Nessas reuniões, poderíamos também negociar ajudas de outros países. Na simulação, envolveram ainda dois outros atores – Banco Mundial e Médicos sem Fronteiras. Foi um exercício bem interessante, que acho que pode ser legal alguma atividade semelhante para recepção de calouros, por exemplo, pois prende a atenção e podemos inserir algumas discussões importantes no meio. Não consegui ficar até o final, pois fui ajudar na Exchange Fair. Na Exchange Fair, cada NMO organiza uma mesa com alguma atividade e brindes. A ideia é divulgar o país para que outras NMO’s se interessem pelos programas de intercâmbio. Fizemos um quiz sobre o Brasil tentando desconstruir alguns paradigmas, e distribuímos alguns brindes. Foi interessante, mas improvisado. No final da GA, as três melhores NMO’s são premiadas (só traz visibilidade, não existe um prêmio de fato). A IFMSA Brasil ganhou ano passado, e dessa vez ficou em terceiro lugar. No início da tarde, aconteceu o debate com os candidatos para o Executive Board (EB) da IFMSA. Fazem parte do EB o presidente, diretor de finanças, entre outros. O ponto alto dessa discussão foi uma pergunta sobre a pouca representatividade de mulheres nas candidaturas, já que dentre os 9 candidatos, havia apenas 2 mulheres. A qualidade das respostas foi pífia. Poucos comentaram essa questão como algo estrutural, opressões de gênero e tudo o mais. No máximo, pincelavam essa discussão. Entretanto, o que chamou atenção foi o candidato a presidente (candidatura única), que comentou sobre a importância de desenvolver habilidades para a candidatura. A partir daí, decidimos votar contra a candidatura dele, e fazer uma fala na plenária sobre isso. Optamos por articular com outras NMO’s para conseguir suporte. O resultado final do nosso statement, que contou com o apoio de mais de 10 NMO’s, segue ao final desse relatório. Na plenária desse dia foram aprovados os policy statements. Além disso, foi colocado para a votação os Memorandum of Understanding (MoU), que são os acordos que a IFMSA faz com


13 entidades parceiras. Nessa discussão, houve um ponto polêmico, sobre o MoU com a IAPO – International Alliance of Patient’s Organisations. O Medsin-UK pediu fala, solicitando que a votação sobre aquele MoU fosse adiada, pois 82% do orçamento da IAPO vem de indústria farmacêutica, incluindo gigantes como a Roche e a Pfizer (em anexo ao final do relatório, vocês podem encontrar a fala do Medsin-UK). A resposta do Team of Officials (que inclui os diretores de cada comitê), representado pela diretora do comitê de Educação Médica (SCOME), foi que isso não seria possível, pois já havia sido discutido na President’s Session e essa discussão não havia sido levantada. Além disso, foi comentado fazer uma parceria com a IAPO, “que é uma organização de pacientes respeitada pela WHO”, é importante no sentido de focar o centro da nossa atuação no paciente, sendo de grande valor para as discussões do SCOME. Outras NMO’s reforçaram a preocupação do Medsin-UK, dizendo que a questão do financiamento não havia sido discutida durante a President’s Session. Frente a isso, o Team of Officials recuou e concordou em incluir isso na discussão da President’s Session no dia seguinte, e adiar a votação. (Nota explicativa: A IFMSA se divide em diversos comitês e a programação da GA inclui momentos para que esses comitês se reúnam, como é o caso do SCOPH. Concomitantemente a esses espaços, existe uma sessão dos presidentes das NMO’s, onde eles discutem tudo o que será votado na plenária.)

Dia 5 (06/03) No SCOPH, o tema desse dia era Health Systems. Entretanto, os trinta minutos iniciais – dedicados ao debate de Universal Health Coverage, TTIP (um trade agreement entre USA e União Européia) e food systems – foram suprimidos por causa do atraso. Fizeram um workshop sobre modelos de financiamento de saúde, que foi incrivelmente ruim. Debate raso, não falaram de diferentes modelos (Beveridge, Bismarck...), nem nada do tipo. Foi super perda de tempo. Depois teria um espaço sobre recursos humanos para saúde, mas eu fui pra President’s Session porque ia acontecer a discussão sobre o IAPO e Timo me chamou para acompanhar com ele. Lá, as representantes do Team of Officials colocaram diversos argumentos a favor da parceria com a IAPO, os quais vou tentar listar. Houve uma fala que, se formos contra a parceria com a IAPO, deveríamos rever todas as outras, pois diversas entidades, caso procuremos, têm financiamento de indústrias farmacêuticas, incluindo a WHO. Além disso, colocaram que já estavam em um estágio de negociação, e que seria muito ruim voltar atrás. Que o fato de a IAPO ter financiamento de farmacêuticas não implica que a IFMSA também teria, já que seria uma parceria institucional com a IAPO, e que isso não iria interferir nos posicionamentos da Federação. Acho que esses foram os argumentos mais utilizados – um mais absurdo que o outro. E bateram na tecla de que a parceria com uma organização que representa os interesses dos pacientes é importante para termos uma


14 educação médica focada no usuário. As NMO’s mais enfáticas na argumentação contrária a essa parceria fomos nós, Medsin-UK e IFMSA-Spain. Foi colocado que 82% é uma proporção inadequada, que existe evidência mostrando que a IAPO defende interesses da indústria farmacêutica nos espaços da WHO, que não necessariamente é uma organização que representa realmente os pacientes, que somos uma organização independente, e não podemos nos pautar pelos julgamentos da WHO para tomar nossas próprias decisões. O Timo ainda colocou que, se necessário, deveríamos ter o trabalho de rever todas as nossas parcerias sim. Além disso, passamos o dia articulando apoio para nosso statement sobre gênero, e conseguimos algumas NMO’s importantes – várias das Américas, Medsin-UK e IFMSA-Quebec, por exemplo. Durante a plenária da noite, então, fizemos a leitura do statement, onde fomos bastante aplaudidos. O candidato a presidente fez uma resposta esclarecendo a fala dele, dizendo que poderia ter respondido isso caso o tivéssemos procurado pessoalmente, etc. Foi interessante porque, ao final, um menino da IFMSA-Marrocos (mesma NMO do candidato a presidente) me perguntou se eu achava que a questão do gênero era realmente forte na IFMSA (deu o exemplo de que no Team of Officials existem mais mulheres que homens), e por que não havíamos procurado o Omar (candidato a presidente) pessoalmente. Fui debatendo com ele e, no final, ele disse que concordava totalmente comigo. O restante da plenária foi bastante burocrático.

Dia 6 (07/03) De manhã, fui para a sessão do SCOPH e houve discussão sobre mudanças nas regulações do Comitê. Era bastante burocrático, a única coisa importante aprovada foi que NMOs sem direito de voto na plenária passaram a poder votar no comitê (mas nada importante é decidido no comitê). De resto, foram mudanças gramaticais no texto. No final da tarde, teve outra sessão. No SCOPH a programação era um feedback final e foto do grupo (eles amam essas coisas de abraços coletivos, etc, que não são muita minha praia). Fui com o Timo para a President’s Session porque ia acontecer a discussão sobre Regionalização da IFMSA e porque a IFMSA-Spain nos abordou pedindo apoio para uma nota que leriam sobre a parceria com a IAPO. Eu fiquei trabalhando na nota, enquanto Timo participou da discussão sobre Regionalização. Conseguimos dar algumas contribuições para o texto. É importante destacar que se fôssemos nós escrevendo um texto sozinhos, teríamos feito algo muito mais progressista e radical. Entretanto, na IFMSA muitas das vezes é importante fazer essas falas em conjunto com outras NMO’s, e algumas delas prezam muito pela ~diplomacia~. O texto lido na plenária que decidiu sobre a parceria com a IAPO segue em anexo no final do relatório.


15 O Timo voltou do grupo de discussão sobre regionalização extremamente revoltado com o colonialismo dos europeus, e fez uma fala bem importante sobre isso (e que foi bastante aplaudida), a qual segue em anexo no final do relatório. Na plenária desse dia, o ponto mais importante foi a votação sobre a parceria com a IAPO. A IFMSAMarrocos veio com uma proposta de reduzir a parceria para 1 ano, a fim de que tivéssemos maior flexibilidade caso a IAPO não tivesse defesas consistentes com a IFMSA (essa fala foi apoiada pela IFMSA-Brasil). O Team of Officials consensou com essa mudança. Mantivemos a nossa proposta de adiar a discussão para o August Meeting, e criar um grupo de trabalho para avaliar melhor a atuação da IAPO. Perdemos de lavada. Ao final, houve a cerimônia de encerramento.

Comentários finais A DENEM teve um papel político muito importante nessa GA, que trouxe uma visibilidade grande para a gente. Praticamente apagamos a IFMSA-Brasil, cujo único ponto alto foi ter sido terceiro lugar na Exchange Fair. Entretanto, fomos reconhecidos politicamente de forma crescente ao longo da GA. Vou dar alguns exemplos. Na última plenária, estava sentada ao lado de um menino do Medsin-UK (o que foi mais enfático na discussão da IAPO), que me perguntou da onde eu era. Disse que era do Brasil, e ele me perguntou se eu era da DENEM, todo animado, e elogiou muito os nossos posicionamentos e nossas falas. Além disso, já estávamos planejando articular com outras NMO’s uma fala sobre a IAPO – só que, antes disso, NMO’s que já estavam discutindo isso vieram até nós para pedir nossa opinião. Conseguimos avançar em articulações com algumas NMO’s mais progressistas, dentre as quais eu destacaria Medsin-UK, IFMSA-Sweden, IFMSA-Spain, IFMSAGrenada e IFMSA-Quebec. Pode ser que as outras pessoas da delegação façam algumas mudanças nessa lista que elenquei. Acredito que não possamos recuar nessa atuação dentro da IFMSA. Uma forma importante de avançarmos nisso que vejo é nos debruçarmos sobre policy statements e intervenções políticas desde antes das GA’s, e articular isso com outras NMO’s. Tentar atualizar statements e propor novos, com base nos posicionamentos que temos dentro da Executiva. Além disso, vale a pena discutir mais na DENEM por que disputar politicamente a IFMSA para além de intercâmbios, e como fazer isso. Um outro ponto é que, se quisermos nos comprometer com a construção dos comitês, temos que pensar uma articulação maior entre CENEPES e CREx. Não podemos deixar para intervir só na hora, pois as discussões que acontecem lá não deixam muito espaço para debate e abordam tópicos que nem sempre são os mais importantes. Teríamos que intervir desde a construção. Além disso, somos uma delegação pequena – eu, por exemplo, tive que sair do SCOPH para ajudar na Exchange Fair e


16 para participar da discussão da IAPO, que julgamos que seria mais importante pra DENEM. Então, não podemos contar apenas com a construção do comitê no momento da GA. Finalmente, um outro ponto que julgo muito importante é retornar o site da DENEM para trazer mais visibilidade para a Executiva dentro da IFMSA. Seria interessante termos uma versão em inglês do site, inclusive com nossos posicionamentos traduzidos. A CREx tem trazido essa discussão há algum tempo, e precisamos apoiar isso.

Standing Committee on Medical Education (SCOME) Sem Representante


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Standing Committee on Sexual and Reproductive Health Rights including HIV/AIDS (SCORA) (Carlos) Sobre o Debate / Discussões Dia1: Dia introdutório à atividades e apresentação da equipe das sessões não houve muito debate, mais atividades de integração e “quebra gelo”. Fez-se apresentação do novo plano estratégico de SCORA que vai ser para os seguintes 3 anos. A DENEM teve intervenção neste novo plano estratégico adicionando o ponto sobre inclusão de minorias sociais dentro dos direitos sexuais e reprodutivos. O seguinte passo é começar e fazer parte de um GT para redação do plano estratégico o qual vai ser apresentado na AM- México. Prega Recap: Compartilhamento de experiências entre os participantes dos treinamentos da preGA que no caso de SCORA foram sobre aborto seguro e educação sexual compreensiva de pares SCORA X-Change: intercambio em serviços de saúde sexual e reprodutiva ao redor do mundo. Países com programas aceitos apresentaram as suas propostas: Itália, Portugal, Ruanda, Uganda, Catalunha, Turquia News in the SRHR world: na verdade não gostei muito deste espaço. A ideia era ter novas notícias sobre atualizações em procedimentos/tratamentos/debates de violações de direitos novas do mundo más a palestrante centrou-se no seu currículo e os eventos que tem ao longo do ano na agenda de SRHR como (ICPD: internacional conference on population development, CSW: comission of status of women, ICFP: international conference on family planning, etc.) De tarde houveram SWGs (small working groups- pequenos grupos de trabalho) (ocorrem em sessões paralelas, tinham vários tópicos, mas os relacionados com o comitê em si foram violência obstétrica, discussão de vacinação do HPV, Prep. i indigenous SRHR): Eu conduzi grupo de direitos de saúde indígena. Dentro do grupo foram discutidos os seguintes pontos (ANEXO 5) Dia2: Começa o dia com sessão sobre saúde LGBTQ+ (na federação utiliza-se muito o termo SOGIdiverse sexuality oriented and gender identified populations que está começando a aparecer em vários relatórios da OMS http://www.icj.org/sogi-un-database/) A sessão teve pontos fortes em termos de analisar as necessidades médicas mais prevalentes dentro da população LGBTQ+. Houve separação para grupos de discussão. A cada grupo foi assinada uma sigla do acrônimo. No final cada grupo apresentava e os facilitadores tiravam duvidas/ adicionavam informação sobre os procedimentos. Após discussão das características medicas fez-se um debate sobre o acesso universal à saúde e também como a discriminação pelas instituições de saúde e profissionais são umas das principais causas de falta de atendimento/tratamento/acompanhamento e resolubilidade Os pontos fracos foram especialmente para discutir a teoria quer e também novas sexualidades evidenciadas mais recentemente como assexualismo, pansexualismo, etc.


18 Dia3: SCORA Activities fair- espaço para apresentar os projetos dos diferentes países em relação a atividades que discutem direitos de reprodução e sexuais. Entre as atividades mais destacadas estiveram: monólogos da vagina de IFMSA Grenada (monólogos de mulheres de tema livre- tipo conta histórias), Sudão com projeto contra mutilação genital feminina, Slovenia com campanha para vacinação de HPV. Ganhador: Sudão com projeto contra a mutilação genital feminina Dia4:. Debate Forçado O debate forçado é um exercício para aprender a argumentar posturas diversas às nossas. O que é feito é que os participantes tem Acesso à documentação de base sobre um tema em específico e também argumentos a favor e em contra de um ditado específico. Neste caso foram debatidos 3 argumentos ●

Viabilizar outras identidades de gênero no documento de identidade

“Disclosure” de HIV ao parceiro

“Barriga de aluguel”

A ideia do debate não é tirar um posicionamento específico, mas sim ver e analisar diferentes posturas para saber como persuadir posturas distintas às nossas. Relatório completo pode ser encontrado no seguinte link: https://drive.google.com/file/d/0B7Px49e9sZ27ZXVQZnhrSmZwMkk/view

Temas que não tocamos na executiva: dentro de SCORA se trabalha muito a contracepção e pessoas vivendo com HIV ficando no preconceito por parte de profissionais. Temas que tocamos na executiva que não se toca na IFMSA: na executiva temos um aprofundamento muito melhor do que são políticas inclusivas da população LGBT com as que poderíamos contribuir assim como também direitos da mulher e violência obstétrica que está pegando auge na discussão internacional. Como foi a sua experiência? Esta GA foi diferente as outras porque teve muitos pontos positivos em termos de atuação internacional, tivemos uma política internacional feita em parceria com a DENEM e também iniciamos mais projetos em parceria com outros países como Reino Unido, México e Espanha. Como acha aporta a participação na IFMSA (este evento) à vida acadêmica/ movimento estudantil? Eu acho que dá uma atualização e legitimidade ao nosso movimento estudantil. A disputa é muito diferente pois aprendemos a ser mais ativos em um mar de pessoas com posturas muito divergentes assim como viabilizar nosso ponto de vista adequada para não ofender outras religiões e culturas. Podemos achar neste exercício mais estratégias para conversar melhor com a nossa base no brasil mais ainda neste contexto mais delicado.


19 Recomendaria este evento a outras pessoas da executiva? Porque? Recomendaria sim para que mais pessoas da executiva vejam um espaço onde seus projetos e sua luta podem evoluir. Literalmente é uma articulação global das nossas ideias e opiniões.

Standing Committee on Human Rights and Peace (SCORP) (luis) Sobre o Debate / Discussões: Dia1: Apresentação do grupo da MM2016 para o SCORP committee pela manhã. Introdução aos SWG (small working groups- semelhante a um GDT), foram 10 opções de SWG e participei do grupo sobre criação de um manual de trabalho para NORPs. Nesse primeiro dia foram mais sugestões de ideias do que os participantes esperam de um manual voltado para os Nationl Oficcer on Human Rights and Peace (NORP), foi uma atividade de chuva de ideias mesmo, nada concreto até então. Dia2: Palestra sobre “Extremismo e radicalismo”. Teve uma abordagem muito enfática e pontual sobre os casos de ódio e discriminação que vêm acontecendo na Europa com os refugiados, trazendo uma perspectiva de quebrar a relação que o europeu, e de certa forma o resto do mundo, entre “ser muçulmano e ser terrorista”. Abordou o aspecto de como um indivíduo chega ao ponto de ser radical, como o ser humano se perde a ponto de realizar tanta atrocidade. Foi um pouco superficial por não trazer nenhuma proposta de intervenção/campanha. Dia3: Continuação do SWG, onde colocamos no papel todas as etapas pra criação do NORP Manual. Colocamos passo-a-passo de como pretendemos fazê-lo, metodologia, objetivos. O processo se dará via email, e o prazo é até a GA de agosto, envolve NORPs de vários países com pelo menos um representante de cada continente, e das Américas apenas eu como colaborador. Após o SWG foi a feira de trabalhos, que muitas (a grande maioria) das campanhas, se tratavam de coisas pontuais e assistencialistas (Por exemplo, fazer um video escondido de uma simulação de um casal homoafetivo trocando carinho em público e esperar pela reação das pessoas que passaram, e o objetivo era pra postar no YouTube. E outras campanhas como juntar dinheiro pra doar pro


20 Medicos sem Fronteiras, ou vender cupcakes para pagar a cirurgia de um morador de rua com uma doença cardíaca). Dia4: Nesse dia participei de uma sessão coletiva entre todos os comites pra falar dos intercâmbios, e fui representando o SCOPH Exchange que aconteceu em janeiro desse ano. Muitas NMOs me procuram para falar do Intercâmbio, seja pra conhecer melhor, e alguns para elogiar, teve uma repercussão grande nos países que tivemos intercambistas aqui, especialmente a Alemanha, que tem um SCOPH exchange com a Tunisia, com uma abordagem bem diferente, mas que se interessou em conhecer como fizemos (tivemos 1 alemão e 2 alemãs participando). A continuidade da discussão se dará por email também.

Temas que não tocamos na executiva: Temas mais específicos dos paises europeus/oriente médio/ africa: refugiados, saúde dessa população, entrada na europa (acolhimento), que se dá mais pelo contexto e realidade que países estão vivendo, especialmente nesses ultimos meses.

Temas que tocamos na executiva que não se toca na IFMSA: --Como foi a sua experiencia? Diria que excelente, conhecer tantas pessoas de tantos lugares diferentes, num encontro de +-1500 estudantes de medicina, todos com o objetivo de trazer discussões, aprender e voltar pra casa com uma bagagem e um acumulo maior do que chegaram. Conheci muitas pessoas que agora mantenho contato e que poderão e ajudarão muito na discussão de pautas que tocamos dentro das SCORP sessions. Como acha aporta a participação na IFMSA (este evento) à vida acadêmica/ movimento estudantil? É um evento onde se conhece muita gente diferente, com ideias de todos os tipos, existe uma troca de conhecimento e cultura muito grande. A importancia pro ME e pra vida acadêmica é total, trago tudo em anotações e materiais, e trabalhar isso pra trazer isso pra Executiva. Recomendaria este evento a outras pessoas da executiva? Porque? Com certeza. A GA MM foi um dos eventos que mais vi trocas de experiencias, seja como pessoa, seja como acadêmico de medicina, e como parte da gestão 2016 da DENEM. Foi muito gratificante, de verdade, em todos os aspectos, e recomendaria a outras pessoas da executiva.


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Standing Committee on Professional Exchange (SCOPE) (Erika) Sobre o Debate / Discussões Dia1: No primeiro dia foi feito um debate a respeito dos NMOs que estavam com pendências no SCOPE e foram apresentados os progressos feitos pelo IT desde a AM. Foram realizados grupos de discussão a respeito do novo database e como melhora-lo. Dia2: Foram debatidas as alterações propostas no SCOPE Regulation além de serem feitos SWG. Participei do SWG de Dual NMOs junto com a IFMSA Brazil, IFMSA Quebec, CFMS e Indonésia. Dia3: Não houve session porque ocorreu a Exchange Fair. Dia4:. Votação das alterações das SCOPE Regulations além de votação de manter os não o ACTIVE de comitês como a Colômbia e a Jamaica.

Temas que não tocamos na executiva: Como melhorar a Academic Quality dos intercâmbios de modo a favorecer o comitê do SCOPE nas universidades. Temas que tocamos na executiva que não se toca na IFMSA: Extensão universitária como forma de levar os nossos conhecimentos para extramuros e fazer com que a população se emancipe. Como foi a sua experiencia? A experiência do comitê do SCOPE é sempre um choque em relação a nossas experiência dentro da Executiva, uma vez que é um comitê mais fechado e burocrático. Contudo, acredito que a DENEM conseguiu se inserir bem e ter reconhecimento do nosso trabalho, tendo visto que o nosso SCOPE é considerado o 3º maior da IFMSA. Como acha aporta a participação na IFMSA (este evento) à vida acadêmica/ movimento estudantil? Para o movimento estudantil, acredito que as experência vividas dentro do comitê vão trazer benefícios para a CEV no intuito de melhorar a nossa coordenação e a dirigência do SCOPE. Para a vida acadêmica, acredito que o SCOPE cumpre um papel de questionamento a respeito de nossa formação e de certa forma é emancipador porque nos dar mais embasamento para lutar por melhorias no ensino médico. Recomendaria este evento a outras pessoas da executiva? Porque? Sim, recomendaria a participação no comitê do SCOPE para outras pessoas da Executiva e não apenas para a CEV, mas para toda a gestão para que essa possa dimensionar a importância desse comitê na luta pela melhoria do ensino médico.

Standing Committee on Research Exchange (SCORE) (Athos) Sobre o Debate / Discussões Dia1: Tivemos a apresentação das estatísticas do SCORE do ciclo anterior, com gráficos sobre números de intercambistas, novos projetos cadastrados, regiões e NMOs que mais recebiam/


22 enviavam estudantes, Academic Quality, etc. Em seguida um quiz para testar os conhecimentos dos participantes sobre o comitê e ensinar o básico dele pros novos participantes. Após isso tivemos um Small Working Group de Saúde Global e como inserir o SCORE nesse âmbito, através de projetos de pesquisa ou até GAP (Global Action Project). Dia2: No segundo dia foram apresentadas as candidaturas para Supervising Board do SCORE (eleitos um candidato do México e uma de Québéc, ambos da nossa Regional). Depois disso foram votadas mudanças nas regulações do SCORE, algumas das mudanças importantes foram: -

Mudança no número mínimo de EFs para que as NMOs tivessem voting rights (nós tínhamos cumprido com o mínimo, outras NMOs não).

-

Locais podem receber estudantes pelo SCORE de apenas 1 NMO (aquela que tiver um projeto mais antigo na Escola)

-

Estudantes que chegam sem falar a língua exigida pelo país pode ter o estágio cancelado mas deve permanecer a custo do país que acolhe por todo o período estipulado pela CA.

Depois disso foram mostradas as parcerias e reconhecimentos alcançados pela IFMSA. Ao final ocorreu o Small Working Group de SCOPE-SCORE exchanges, uma nova modalidade de intercâmbios discutida entre a CEV que facilitaria o envio e recebimento de intercambistas por outros países (por isso apoiamos) mas não é interessante para a DENEM. Dia3: Finalizamos o Small Working Group de SCOPE-SCORE exchanges e em seguida tivemos a Exchanges Fair, não tivemos sessões. Dia4:. Participei do Small Working Group de GAP (Global Action Project). Foi o dia para todos os Small Working Groups darem o feedback do trabalho feito durante o encontro e fazer o wrap up de tudo que foi debatido nas sessões.

Temas que não tocamos na executiva: O SCORE é um comitê bastante burocrático, então a maioria dos temas é debatido internamente entre os responsáveis pelo SCORE na CEV. O funcionamento interno da IFMSA, tocado no encontro, não é debatido na Executiva. O GAP (Global Action Project), discutido dentro da CEV e entre a CEV e as CLEVs, é interessante por ser um projeto que foca em uma visão global de formação sobre doenças negligenciadas. Temas que tocamos na executiva que não se toca na IFMSA: A visão da Executiva de Saúde Global é muito mais aprofundada e as implicações da determinação social no processo de saúde e doença em casos de doenças negligenciadas também, já que por ser um comitê de pesquisa médica eles têm uma visão bastante tecnicista. Como foi a sua experiência? Minha experiência foi boa visto que, por ter participado mais vezes nas sessões em outros eventos, tive a oportunidade de participar com mais efetividade e mostrar durante todas as sessões a forma com que a Executiva trabalha e estabelecer uma visão sobre a DENEM que realmente representa um pouco mais a Executiva a nível internacional, de forma combativa e com um acúmulo maior sobre temas mais amplos do que a maioria das NMOs.


23 Como acha aporta a participação na IFMSA (este evento) à vida acadêmica/ movimento estudantil? Acredito que a participação no comitê do SCORE é essencial ao Movimento Estudantil por ser uma das maiores fontes de financiamento da Executiva. Além disso, mostrar a visão da DENEM a nível internacional é importante para a propagação dos debates internos e acúmulos que temos. Em relação à vida acadêmica, dar a possibilidade de estudantes do Brasil participarem em projetos de pesquisa fora do País é emancipador e importante em questões de educação médica, visto que o acesso aqui nem sempre é possível. Além disso conhecer as pesquisas de outros países, com suas características específicas de dificuldades ou privilégios traz consigo um debate crítico sobre como fazer para melhorar o que ocorre localmente no Brasil. Recomendaria este evento a outras pessoas da executiva? Porque? Recomendaria para todos os estudantes de medicina do Brasil que tivessem a possibilidade de participar! É um evento que abre os horizontes em relação às diversas faces da medicina no mundo. Além disso, o SCORE precisa ser fortificado para aumentarmos o número de contratos, e pessoas participando dele além de aprenderem sobre o funcionamento do Comitê fortalecem a participação da Executiva nele.


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Documentos Anexos Anexo 1 – Nossa fala sobre a questão de gênero “Yesterday, during the Executive Board debate, there was a question about the low quantity of female candidatures. It is important to point out that there were only two women among the nine candidates. In answering this question, there were some comments regarding this issue as a matter of skills, rather than something about gender inequalities. In DENEM-Brasil, we understand gender inequalities as a structural issue, and a consequence of years under a system of oppression. This can be illustrated in many ways, from very high rates of domestic violence across the world to the low representativity of women in political discussions. Therefore, challenging these inequalities in our practice is essential to promote a society free of gender oppressions. As a Federation of medical students, we can do this by giving the necessary importance to the topic and stimulating women to have a say in decision-making processes. Generally, the statements showed a poor discussion about this issue, and diminished the structural aspects of gender inequalities in the space of the Federation. This demonstrated a lack of knowledge concerning SCORA and SCORP statements about gender issues. Regarding this, it´s inconsistent with our principles to have in the Federation an Executive Board who does not provide the proper relevance to the debate on gender inequality and its direct effect on the composition of the Board. In this sense, we ask that, once elected, the Board passes through a process of education in this issue so as to effectively represent the positions of the Federation regarding gender inequalities during its term.”

Anexo 2 – Fala do Medsin-UK solicitando que a votação sobre a parceria com a IAPO fosse adiada STATEMENT ON MOU WITH THE INTERNATIONAL ALLIANCE OF PATIENTS’ ORGANIZATIONS Medsin UK, AECS Catalonia, IFMSA-Spain, SiSM-Italy, IFMSA-Sweden, IMCC-Denmark and AMSAAustralia deeply value the importance of the IFMSA building strong relationships with patient groups. However, the International Alliance of Patients Organization receives what we believe is an unacceptable proportion of its funding from the pharmaceutical industry. This yields undue influence over IAPO positions and therefore, adopting this Memoranda of Understanding would contravene existing IFMSA Policy on Ethical Financing.


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The IAPO Funding Transparency Document (2014) indicates that 82% of their funding was received from the Pharmaceutical Industry. Furthermore, 12% of their total budget comprised contributions from the Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (PhRMA) - a trade group representing the interests of the Pharmaceutical Industry in the United States of America. The IAPO Annual Financial Report 2014 details that in the financial year ending 31 December 2014 IAPO received over GBP30000 from each of Amgen, Eli Lilly, GSK, Merck, Novartis, Pfizer and PhRMA. In addition, a 2005 report on patient groups and industry funding from Health Action International, a respected advocate for access to medicines, stated that the IAPO has repeatedly “spoken (on behalf of) industry in the World Health Organisation”. As a representative of patients, the IAPO lends a legitimate voice to its sponsors in the pharmaceutical industry. The views expressed could contradict the IFMSAs policy passed today on Access to Medicines (2016) and the principles of the policy statement on Ethical Finance in IFMSA. While we respect the work of the IAPO and the potential value of a relationship, we believe that formalising a partnership with the IAPO will lend legitimacy to an organisation which has compromised its own integrity and independence through its acceptance of industry funding, and inadvertently undermine our own advocacy work on access to medicines. We therefore believe that voting on this motion should be delayed until NMOs have had time to be fully informed of the potential conflicts which could arise from formalizing a relationship between IFMSA and IAPO. In addition, IAPOs acceptance of pharmaceutical funding contradicts the essential principles behind our policy statement on ethical financing. The policy states that the IFMSA will not accept funding from the pharmaceutical industry in order to “maintain its integrity as an independent stakeholder in global health” Thank you. 1. Report from Health Action International http://www.epha.org/IMG/pdf/Unhealthy_influence_final.pdf 2. IAPO funding source - https://www.iapo.org.uk/gold-industry-partner-pfizer 3. Pharma backed patients group article http://timesofindia.indiatimes.com/business/international-business/Pharma-fundedpatients-groups-pushing-industry-agenda-on-biosimilars/articleshow/41193665.cms


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4. IAPO Funding Transparency Document (2014). Available at: https://www.iapo.org.uk/finances 5. IAPO Annual Financial Report 2014. Available at: https://www.iapo.org.uk/finances 6. IFMSA Policy Statement on Ethical Finance in IFMSA. Adopted on 9th August 2014, Taiwan. Available at: http://ifmsa.org/wpcontent/uploads/2015/05/SecGen_2014AM_PS_Ethical_Finance_in_IFMSA.pdf”

Anexo 3 – Fala do Medsin-UK, com nosso apoio, sobre IAPO

We (Medsin-UK, IFMSA-Spain, IFMSA-Palestine, SISM-Italy, AMSA-Australia, ABEM Burundi, ANEMF-France, HelMSIC-Greece, DENEM-Brazil, AMSI-Ireland, ALEMLuxembourg, LiMSA-Lithuania - )...

...deeply regret the late-stage at which this point was identified and recognise the hard work of TO in drafting this document over many months.

Whilst it is unfortunate this information came to light at such a late stage, we cannot emphasise enough the importance of these concerns.

Further, we believe that we should not feel restricted in expressing our views on an MoU, for fear of damaging our relationship with the relevant partnering organisation, as this implies that commitments have been made on behalf of the IFMSA, before the MoU has been agreed upon by the General Assembly - TOO STRONG?

We encourage our other NMOs to consider the most important issue - that of lending our recognition to an organisation we have such grave concerns about. We must uphold the reputation of IFMSA at all costs.

We recognise that giving institutional support to an organisation which is funded by the pharmaceutical industry is different from directly receiving financial support from this sector. However, IAPO has 82% of its funding coming from Pharma, which represents a huge portion of its budget. Moreover, they have already stated positions in international forums supporting views of the Pharma industry and are at odds with IFMSA positions and policies. In this sense, the main issue is that we are not confident of IAPO’s independence from its funders and integrity in representing the views of its patient body.

IAPO is not the only organisation which represents patients in the WHO, and we should be pursuing relationships with patient groups which do not present these same concerns.

We still feel we do not have all the information required to make an informed decision. We believe that delaying the MoU at this point would allow IAPO time to respond to our


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concerns and give confidence to all NMOs about the independence and legitimacy of their organisation. ●

We propose delaying this vote until August Meeting 2016, so all the facts are clear.

In order to achieve this we call upon our fellow NMOs to vote against the MoU in order for us to be fully informed about this organisation.

We also call upon the TO to form a small-working group on the issue of IFMSA partnerships in order to further inform our future position on this issue (sentence about using as a platform for further research?)

Anexo 4 – Fala do Timo após a discussão sobre Regionalização na IFMSA “Dear Presidents, we, from DENEM- Brasil, would like to raise awareness regarding the tone which was adopted during the regionalization discussion. We have to be careful in order to embrace the reality of every continent, not focusing only on Europe as it may have happened on past discussions in the Federation. Furthermore, Europe is the only region within IFMSA where regionalization have been actually implemented. In this sense, we feel that other regions are the one that will be more affected by the outcomes of regionalization policies. Thus, we kindly ask to European NMOs to reflect on this issue and reconsider their position on this topic. Have on mind that there are different contexts in each region and all of then should be considered. In this sense, sometimes it is reasonable to European NMOs to step back, as they are not the ones that are mostly affected by those specific topics.” Anexo 5- Nossa oficina sobre direitos sexuais e reprodutivos da população indígena Background: overtime we've seen indigenous populations as one of the least responsive communities to modern approaches to STI prevention and new treatments for IPLWH. Most of these manifestation is attributed to constant violations to indigenous rights as well as a difficult health access in their native territory. Objectives: ● ●

Know how to identify an indigenous or aboriginal population and understand their own characteristic health determinants Promote new methodologies of health prevention and promotion strategies for neglected populations

Break up:


28 Introduction to topic: discuss why is this topic important, what are the major matters of conflict between urban and rural areas (5 min) http://www.youthcoalition.org/wpcontent/uploads/YCSRR_CPD47_Watchdog_RVD.pdf Who is an indigenous person? UN definition and WHO definition. Why are indigenous populations protected from the urban areas and if so.. if this protection is working. What is Heritage? (10 min)http://www.firstpeoples.org/who-are-indigenous-peoples/the-indigenous-movement Different tribes, different rights: why are there differences in rights for indigenous peoples taking into account intercultural factors? are there differences being considered in treaties/agreements/manuals? what are the specific SRHR being violated for indigenous populations? (20min) https://7thapcrshr.files.wordpress.com/2014/01/track-3-6-1-specialpopulation-groups-improving-access-of-indigenous-people-to-srhr-information-and-services.pdf Climate change and SRHR: Interactive game (20min) Closure: round table (5 min)


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