Mónica de Miranda | Arquipélago

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MÓNICA DE MIRANDA

Arquipélago Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa

26 de Novembro 2014 a 24 de Janeiro 2015 | From November 26 2014 to January 24 2015


MĂ“NICA DE MIRANDA Come home to the place you have never left, 2012 | oxidized steel, variable sizes


MÓNICA DE MIRANDA Islands (from the series Arquipélago), 2014 | inkjet print , 91,5x800 cm, Ed. of 3


Views from the exhibition


MÓNICA DE MIRANDA Botanic gardens (from the series Arquipélagos), 2014, Inkjet print, photographic installation,230 x 340 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Lost Paradise (from the series Linetrap), 2014, Installation: wood, glass, printed vinyl, wheels, rope, 150 x 170 x 64 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, wood, printed vinyl, 219 x 150 x 33 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, wood, printed vinyl, 219 x 150 x 33 cm (detail)


MÓNICA DE MIRANDA, Islands (from the series Arquipélago), 2014, inkjet print, 91,5x600 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA island (from the series arquipelagos), 2014, Inkjet print, 80 x 100 cm


MÓNICA DE MIRANDA Twins (from the series Arquipélagos) 2014, inkjet print, 100x150 cm each (tryptich)


MÓNICA DE MIRANDA Twins (from the series Arquipélagos) 2014, inkjet print, 100x150 cm each (tryptich) (detail)


Views from the exhibition


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm (detail)


MĂ“NICA DE MIRANDA Untitled (from the series Linetrap), 2014, cotton threads on inkjet print , 40 x 60 cm (details)


MÓNICA DE MIRANDA Lagoa Amélia (from the series Linetrap), 2014, nylon threads on inkjet print , 50x70 cm


MÓNICA DE MIRANDA Lagoa Amélia (from the series Linetrap), 2014, nylon threads on inkjet print , 50x70 cm


MÓNICA DE MIRANDA Lagoa Amélia (from the series Linetrap), 2014, nylon threads on inkjet print , 50x70 cm (detail)


MÓNICA DE MIRANDA Lagoa Amélia (from the series Linetrap), 2014, nylon threads on inkjet print , 50x70 cm


MÓNICA DE MIRANDA Unfinished work, 2014, HD video



“Arquipélago”, é um projecto de criação e de investigação artística que reflecte a representação da paisagem como um teatro, ou seja, como um palco imaginado, recriada a partir do sentido ficcional que está por detrás da imagem de uma ilha e da ideia de jardim botânico. As ilhas têm sido uma fonte de fascínio na nossa imaginação porque, por serem um território separado de outras terras por água, prestam-se facilmente à fantasia e à mitificação. O trabalho de Mónica de Miranda re-imagina conexões geográficas, como um arquipélago de lugares reinventados a partir de paisagens ficcionadas entre vários espaços geográficos. Os espaços insulares são imaginados para explorar e criar pontes entre o real e a ficção, como uma resposta às realidades culturais e sociais, muitas vezes tomando a forma de utopias / distopias, édens, nações, meta-textos, encruzilhadas culturais e espaços fora dos seus lugares comuns. O sentido do imaginário que está por detrás da ilha é susceptível a interpretações que se formam pela articulação de perspectivas sobre a relação de deslocamento entre o eu e o outro, o centro e a periferia, servindo como locais de mediação entre culturas que se distanciam do seu lugar de origem e se constroem noutros lugares. Encontramos a ilha representada neste projecto como o locus de uma transformação, revelando uma tradução que levanta questões sobre a carácter metafórico da cultura, do desejo, do deslocamento, da solidão, do isolamento, do exílio ou da insularidade. O arquipélago têm em si outras fronteiras; existe separado do continente, ou entre continentes, e cercado pelo oceano ou mar e sempre no limiar de identidades. Estes são, pois, espaços suspensos, de trânsito e de mediação entre culturas, onde as delimitações cartográficas de sul e de norte são substituído pelo desígnios de interior e de exterior, de fora e de dentro, de

pertença e de exclusão. O jardim botânico é um objecto de consumo estético que está implantado dentro da malha urbana e que aponta para um conflito com a própria natureza, pois é um espaço que invade o território de outras referências e é alheio ao contexto onde se insere - um lugar onde se constrói uma artificialidade para funcionar como jardim de recreio. Tendo relação a uma geografia urbana de fruição de um desejo pelo tropical, o jardim botânico é um lugar de contemplação, de ausência de uma natureza agora perdida e que foi substituída pelo ideal exótico. Constitui-se assim como uma experiência de viagem focada na reprodução do sentido do belo exótico, convertendo-se num objecto com fronteiras delimitadas. O jardim botânico é um lugar de deslocações, tal como se acolhesse uma colecção científica de espécies endémicas exportadas, catalogadas, ordenadas, que se tornam uma montra sensorial, uma atracção geográfica fora do seu lugar. Esta exposição mostra como a paisagem expõe o modo de participação do homem enquanto transformador do seu meio, através da sua função de referente visual fundamental para os fins de desconstrução territorial. Esta realiza-se no momento em que o espaço de natureza recriada se transforma em espaço de exportação cultural ao carregar-se de referências, de símbolos, de denominações que se irão converter em objectos de souvenir cultural ou de apropriação. As paisagens botânicas, replantadas de um lugar para o outro - propondo-se como palco ou teatro – são o modo pela qual a artista recita as suas próprias histórias através da imagem de um território imaginado. A paisagem faz-se imagem, uma representação

que aqui é auto-referencial. A imagem que se pretende construir é em si um fragmento de um espaço imaginado, uma montagem espacial e temporal, tal como um interface entre o fazer e o ver, ou seja, aquilo que se faz entre o observar-representar e o agir; entre o agir e o reobservar e o refazer. Mónica de Miranda nasceu em 1976. Vive e trabalha entre Londres e Lisboa. [Exposições individuais selection] Erosion (comissariada por curated by Gabriela Salgado, Appleton square, Lisboa, Portugal, 2013), An Ocean Between us (comissariada por curated by Gabriela Salgado, Plataforma Revolver, Lisboa Portugal, 2012), Tuning (National theatre, Utrech, Holland, 2009), Just do it (comissariada por curated by Fatima Lambert, Quase galleria, Oporto, Portugal, 2009), Underconstruction (comissariada por curated by Paul Goodwin, Pav. 28, Lisbon, Portugal, 2009), London caravan (INIVA, Londres, Inglaterra, 2008), New geographies (exposição itinerante, Plataforma Revólver,

Lisboa, Portugal; e ImagineIC, Amesterdão, Holanda), Tunning A1 (Voyeur project, Lisboa, 2008), New Geographies (198 Gallery, Londres, GB, 2007) [Exposições colectivas selection] Bienal de São Tomé (Cacau, São Tomé e Principe, 2014), Hotel Globo/ Ilha de São Jorge (14ª Edição da Bienal de arquitectura de Veneza, Fondazione Giorgio Cini , Venice, 2014), Artchipelago (Instituto Francês, Rosehill, Mauricias, 2014), A Visão Incorporada- Performance para a câmara, (Internacional de Vídeo, Museu do Chiado, Lisboa, Portugal, 2014), De Ultramar (The Pipe Factory, Glasgow, 2014), Analogue Eye (Cape Town, Africa do Sul, 2014), We are pleased to invite you#4 (Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal, 2014), ARCOMadrid (Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa, 2014), Paris Photo (Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Paris, France, 2013), Summa Art fair, (Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Madrid, Spain, 2013), Além das Margens, (Plataforma Revolver - apoiado pela FC Gulbenkian, Lisboa,


Portugal, 2014) Um retrato quase apagado, (Bienal de Cerveira, comissariado por Fatima Lambert, Vila Nova de Cerveira, Portugal, 2014) Nas imediações do desenho (Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa, 2014), Private lives (Centro Cultural de Cascais, Cascais, 2013), Hetero QB (Museu do Chiado, Lisboa, 2013), Provas doadas (Palácio do Egipto , Oeiras, 2013), Between Document and Fiction (Marquee Theater, Madison, USA, 2013), Hetero Q.B. – Colectiva Internacional de Vídeo (Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, 2013), Devir Menor: Arquitecturas e práticas espaciais críticas na IberoAmérica (Guimarães capital Europeia da Cultura, Guimarães , Portugal, 2012), Do silêncio ao outro hino (Centro Cultural Português, Praia e Mindelo, Cabo Verde, 2012), Once Upon a time (Carpe Diem, Lisboa, Portugal, 2012), Arquivos secretos (Arquivo fotográfico de Lisboa, Lisboa, Portugal, 2012), L’art est un sport de Combat (Musée des BeauxArts, Calais, France, 2011), An then again (Pavilhão Preto, Museu da Cidade, Lisboa, Portugal, 2011), This Location (Mojo Gallery, Dubai, 2011), She is devil (Studio Stefania Miscetti, Roma, Italia, 2010), Teresias-videos de artists made in Portugal (Centro cultural de Espana, Montevideo ,Uruguai, 2010), Whose map is it? (Iniva, London, GB, 2010), New Territories (Pav 28, Lisboa,Portugal, 2009), Mundos Locais (Fundação Carmona e Costa . Lisboa, Portugal, 2008), Paradise (Museum of Modern Art Hertogenbosh, Hollanda, 2007), Do u hear me (Gulbenkian , O Estado do MundoInstalação de som, Lisboa, United Nation), Singapore Fringe Festival, Singapore, 2007), Un-furnished (File , Rio de Janeiro-Brasil, 2007), Lore and Other Convergence(com Janini Antonini, INIVA and Live development Agency, London, GB, 2006), De-colonized Bodies:Video portraits (com Guilhermo Gomez Penã and la Pocha Nostra, 2006), The art Pavilion (Live developmente agency, Londres, GB, 2006), Black sheep “Do not pull my hair”(Conjunction, Londres , Birmingham, Stoke-on-Trent, GB, 2006), Territories (October Gallery, Londres, GB, 2006), Changing Skins - Rencontres Internationales (roARaTorio, Paris e Berlin, 2006), In the back of our Hands (Centro Pablo de Cuba, Havana, Cuba, 2006), Road lines (Contemporary digital art museum, Buenos Aires, Argentina, 2006), Un-furnished (Node.London, Londres , GB, 2006), European’s Workers Union (Liverpool Biennale and London Biennale, Liverpool

and London, GB, 2006), London Biennale Self-portraits (ICAInstituto Contemporâneo de Artes de Londres, comissariada por curated by Guy Brett, Londres, GB, 2005), We are the revolution (Elastic Gallery , Whitechapell, London, 2005), In between the Lines: In Search of identity-New visions (Com with Mona Hatoum, Paula Rego , Shirazeh Houshiary and Balraj Khanna, Doncaster Museum, Doncaster, GB, 2004), Crossing The Borders (The Point, Doncaster, GB, 2004), Changing Channels (The Backfabrik, Berlim, Alemanha, 2004), London Biennale (Gallery 294, Londres, GB, 2004), Labyrinth (Horniman’s Museum, Londres, GB, 2004), Memories (Victoria & Albert Museum, Londres, GB, 2004).

Mónica de Miranda www.monicademiranda.org www.o-u-t.org http://carloscarvalho-ac.com/artists/monica-de-miranda_28.html http://www.artslant.com/global/artists/show/168429-monica-de-miranda http://issuu.com/carloscarvalhoac/docs/m_nica_de_miranda/1


CARLOS CARVALHO ARTE CONTEMPORÂNEA Rua Joly Braga Santos, Lte. F - r/c + (351) 217 261 831 | + (351) 217 210 874 carloscarvalho-ac@carloscarvalho-ac.com http://www.carloscarvalho-ac.com From Mon to Fri: 10am to 7:30pm / Sat: 12:00 to 7:30pm Artists Ricardo Angélico | José Bechara | Isidro Blasco | Daniel Blaufuks Isabel Brison | Carla Cabanas | Manuel Caeiro | Catarina Campino | Mónica Capucho | Alexandra do Carmo | Paulo Catrica | Sandra Cinto Roland Fischer | Javier Núñez Gasco | Susana Gaudêncio | Catarina Leitão | José LourençoJosé Batista Marques | Mónica de Miranda | Antía MoureÁlvaro Negro | Luís Nobre | Ana Luísa Ribeiro | Richard Schur Noé Sendas | Eurico Lino do Vale | Manuel Vilariño

All images © Paulo Simão


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