O Cavaleiro de São João - Ed. 36

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Orgão Informativo da Fraternidade Maçõnica | Distribuição dirigida Ano XVII | Edição 36 | 4º Trimestre de 2019 | Curitiba - Paraná

Liberdade Maçônica

A Síntese da Iniciação

Em Busca da Luz

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MAÇONARIA... Como entendê-la?

O Mito de Gilgamesh

O Sigilo Maçônico

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EDITORIAL “A profundeza e a largura de uma amizade se conhece nas dificuldades” (P. Ximenes) CCar.’. e diletos IIr.’., nos meandros desses caminhos palmilhados e ou escalado, passo a passo, na grande escada interna que se busca sempre. Recorro – sempre que careço – aos queridos jornadeiros amigos e grandes companheiros de sempre. Foi agora a vez de agarrar a beleza transcendente dos conhecimentos do Nobre pensador maçônico e digno observador de todas as nuances que é mister em busca do aprendizado. Destarte busquei a Múcio de Abreu – é o amigo que socorre – socorre sempre nas lides da fraternidade e que traz com ele o carinho daqueles que estão juntos sempre. O Ir.’. Mucio de Abreu – inspirado que foi e vem brindar a todos os Irmãos que já sabem da responsabilidade dessa Revista. Fala de maneira magistral sobre a LIBERDADE MAÇÔNICA. Melhor que eu, vejamos a sua mostra intelectual de abordagem profunda e responsável. Para a análise de todos aqueles que querem ir um pouco além do lugar comum. Liberdade Maçônica Lembro-me quando, há mais de 30 anos, deparei-me com esta frase, e o quanto demorei a compreender os conceitos, ou mesmo alcançar as consequências de tais referências em minha existência. “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” - (Constituição Brasileira, 1988). Estava começando a construir a relação entre liberdade e direitos, muito embora já houvessem alguns sentimentos, oriundos da compreensão pessoal que todo Sujeito possui a respeito daquilo que pensa de si, ou melhor, daquilo que acredita ser... Também compreendi que, ao realizar as coisas do Desejo, e trazendo-as para a Vontade, percebia as sensações como um misto de alegria e felicidade. Reside nisto, segundo algumas escolas de pensamento, aquilo que movimenta o organismo humano: as percepções do mundo, as percepções de si e os sentimentos de realização, pulsão freudiana, ou ainda, a alegria de realizar, como queiram.

Então, somos apresentados a maçonaria. Consequência da liberdade constitucional, somos convidados, segue processo de admissão, Iniciação, a dinâmica de Loja, os laços de fraternidade, a ampliação do Conhecimento, e o 3º Grau. Ser recebido no terceiro grau não significa maestria, ledo engano. Aliás, os conceitos de maestria podem ser os mais discutíveis e amplos possíveis, podendo passar pela satisfação pessoal em alguns quesitos fraternais e gostar da maçonaria enquanto a possibilidade de encontros fraternos organizados. Ou ainda como plataforma de realização política, e mesmo também enquanto Portal para os planos espirituais superiores, o horizonte é largo. E afinal, crer-se Mestre é uma liberdade... Mas ser recebido no 3º Grau é consequência, entre tantas condições inerentes do Direito, da Liberdade Maçônica. A compreensão de que jamais se é Mestre, quando existe honestidade intelectual suficiente de que tal condição é apenas isto: senão uma convenção, então apenas uma consequência organizacional, que embora desejável, é na verdade apenas um objetivo distante no horizonte das imperfeições humanas, continuamente cobiçado mas com pouco ou nenhum esforço sincero. Tudo depende do Homem, daquilo que o realiza e suas referências de percepção do universo. Embora pensadores pretendam delimitar onde começa ou onde acaba esta fraternidade, e das tentativas bem intencionadas de organização, como em tudo nas relações humanas, sem embargo, acabam se revelando um ideal muito distante no vasto horizonte da subjetividade da psique. A compreensão destes fatos nos traduzem a realidade, e enfim há um vislumbre daquilo que conceituamos como Liberdade Maçônica. “A Maçonaria é uma instituição filosófica”; “o caráter principal do maçom é ser livre e de bons costumes”; “O objeto essencial da Maçonaria é, na verdade, sua ação moral.” São conceitos que perpassam desde a legalidade das leis e normas, e se desdobram na multiplicidade das consequências das relações. Liberdade é aquilo que a lei determinou sob limites, mas também é uma Coisa perceptível filosoficamente; e embora não seja tangível, é inaceitável imaginar o universo maçônico sem esta imponderável figura. Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. Você é Livre? Ir. Mucio Ferreira de Abreu Jr. ARLS Luz Invisível 4160

Um longo abraço fraterno a todos os nossos IIr.’. que – de certa maneira – conhecem a grande responsabilidade do IR MAIS ADIANTE. “Se você ver algo que necessita conserto, e souber consertá-lo, então você encontrou um pedaço do mundo que Deus lhe deixou para aperfeiçoar. Porém, se você enxerga somente o que está errado e o que é feio, então é você mesmo quem precisa de conserto” O Rebe de Lubavitch SOMOS TODOS IRMÃOS Até breve e que o Grande Arquiteto do Universo nos ilumine e Guarde. Ir.’. Deolindo Dorta de Oliveira – AGI 2253 (MI.’. 33º MRA.’. SEM.’. PSS.’. KT.’. Cav.’. Noaquita)

EXPEDIENTE O CAVALEIRO de São João Órgão Informativo da Fraternidade Maçônica é uma publicação de TERRA SANTA Editora Maçônica Ltda. CNPJ 09.596.977/0001-98 Av. Rep. Argentina, 2150 - 4º Andar Conj. 42 - 80610-260 – Curitiba-PR Fone: (41) 3019-1723 E-mail: arterealjornal@gmail.com d.dortadeoliveira@gmail.com Registrado no 2º Ofício de Registros de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Curitiba. Sob o Nº 101 do Livro B. Em 01 de julho de 2004. Registro na ABIM – Nº 061-J • Associação Brasileira da Imprensa Maçônica AGI - nº 2253 Conselho Editorial: IIr.'. Aramis Salata, Deolindo Dorta de Oliveira (Diretor), João Krainski Neto, Paulo Roberto Brunkow, Rômulo Carlos Romero e Woldir Wosiacki. Jornalista responsável: Ir.´. Deolindo Dorta de Oliveira | DRT-7154/PR Diagramação: Carlos Deitos - Artes Gráficas E-mail: carlos@cdag.com.br Aceitamos colaborações de IIr.´., LLoj.´. e interessados na Fraternidade Maçônica. Os artigos publicados são de esponsabilidade de seus autores.

Se não se pode perdoar, não vale a pena vencer. (Victor Hugo)


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MAÇONARIA... Como entendê-la?

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que mais fascina em Maçonaria é sua capacidade de só ser vista por quem consegue desvendar seus mistérios. Frequentar seus trabalhos anos a fio não nos credencia a conhecê-la em sua verdadeira dimensão. Ler ou escrever dezenas de livros ou proferir inúmeras palestras, não torna nenhum de nós conhecedor profundo de seus mais sagrados conceitos. Esse é o grande diferencial dessa Instituição nascida, talvez sem esse objetivo ou pretensão de se tornar perene e enigmática. Sua História mostra que ela foi sendo construída de forma tão simples que a profundidade filosófica de seu formato só foi sendo evidenciada em fins do século XVIII, com a decadência do estilo gótico de construir, advindo dessa percepção a possibilidade de inclusão dos maçons aceitos, que já reconheciam a importância desse método para o aprimoramento moral e intelectual do homem. Criada inicialmente com finalidades peculiares, anexas às grandes obras, essas Lojas Operativas, visavam apenas tornar entendíveis normas de convivência em canteiros de obras na idade média. Normas essas que atendiam uma necessidade de agrupar, disciplinar e organizar socialmente milhares de obreiros, homens rudes, sem instrução, simples talhadores de pedras, advindos das mais remotas regiões. Esse método, embora simples, de transmissão de ensinamentos, foi sendo entendido pelos obreiros, facilitando a convivência, organizando os trabalhos e fomentando uma aproximação fraternal. Foi essa maneira não intervencionista ou impositiva, que respeita a liberdade de interpretação individual, promovendo crescimento pessoal, que rompeu as barreiras do tempo e alargando sua importância, fez com que tenhamos hoje uma das principais ferramentas de preservação dos valores humanos. Não podendo comunicar em outra linguagem o sentido do que queriam transmitir, mestres de obra, de forma genial, usaram instrumentos de trabalho de forma simbólica, para que cada um a seu modo pudesse tirar suas próprias conclusões. Com isso seus obreiros foram adquirindo conceitos próprios, fruto de suas próprias reflexões num processo contínuo de auto transformação que facilitando a convivência promovia entendimento, paz e harmonia coletiva.

Pensando, trabalhadores sem instrução desenvolveram capacidade de entendimento, senso crítico e noção de sua própria capacidade de discernimento, adquirindo uma visão individual de liberdade e responsabilidade coletiva. Estimular o pensamento. Isso é o que a Maçonaria nos proporciona. Frequentar seus trabalhos nada mais é que um vislumbrar permanente de possibilidades nos mostrando uma instituição que não se restringe a régua, compasso e esquadro. Ela nos fala de tolerância na coluna do Norte, liberdade de trilhar novos caminhos buscando conhecimento na coluna do Sul, freia nosso entusiasmo no terceiro grau e nos ensina que a escada de Jacó tem muitos degraus. É o entendimento desse emaranhado de possibilidades filosóficas que nos intriga, estimula e a torna tão fascinante. Maçonaria é muito mais do que vemos, isso que se apresenta é o sentimento aglutinador de uma fraternidade nos atraí pela carência que temos de conviver com irmãos generosos, livres e de bons costumes. A Maçonaria verdadeira só será conhe-

cida se no início de cada ano, reavivarmos nossa disponibilidade afetiva para absorver, pela meditação, as lições contidas na subjetividade especulativa dos nossos símbolos e alegorias pra perseverantemente aplicarmos na transformação de uma sociedade sempre carente de valores éticos e morais. Na Maçonaria verdadeira não encontramos divisões administrativas que, advindas das vaidades egoísticas, nutrem comportamentos inadequados, fomentando divergências, promovendo discórdias e desarmonia. Na Maçonaria, o homem é consciente de suas fragilidades, sabe que paixões e preconceitos brotam das profundezas da esfera afetiva, precisando serem vencidas pela força cognitiva para que possamos ver brilhar as luzes do conhecimento, no domínio das vontades, favorecendo uma convivência calcada em princípios de retidão, desapego material e valorização das verdadeiras virtudes. Perseguir esses objetivos é nosso trabalho. Vestir nossos aventais, no início de cada ano, é se posicionar ao lado de nossos Mestres buscando na Harmonia a conciliação que nos elevará interiormente, dando-nos a certeza do desbastamento voluntário de asperezas profanas, proporcionando a cada um de nós uma sensação de paz interior e bem estar espiritual. É essa Maçonaria que aqui praticamos. É por encontrarmos clima de paz e Harmonia que aqui comparecemos. É por nos irmanarmos fraternalmente, na tentativa de desvendar seus mistérios, que vemos surgir comportamentos éticos, retos e justos. E para entender o verdadeiro significado dessa Sublime Ordem que levamos anos a fio a freqüentá-la semanalmente, sempre com a alegria de galgar com valorosos e queridos irmãos, os degraus que nos levarão a verdadeira Iniciação. É essa a motivação que nos faz presente. A certeza de que aqui entre essas venerandas paredes encontraremos aconchego fraternal e luzes que mostrarão os verdadeiros caminhos da conciliação na construção de um Templo de Paz, Concórdia e amor Fraternal. Ir.’. Genário Freire de Medeiros Past Master da ARLS.’. 24 de Junho, do GORN (texto publicado no Jornal Vozes do Templo Edição 190 de Janeiro/março de 2018) da ARLS.’. João da Escóssia – GORN)


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Aug.’. e Respeitável Loj.’. Simb.’. Irmãos e Amigos Nº 3804

GOB-PR Rito de York - ao Or.’. de Curitiba Paraná. Recebam todos vocês que integram esse maravilhoso quadro de Obreiros o meu ABRAÇO FRATERNO e a minha gratidão pela honraria que em 12-03-2019 ofereceram a mim por ocasião dos meus 45 anos de ORDEM MAÇÔNICA. Fica aqui o registro do carinho, da fraternidade e da verdadeira amizade – hoje tão rara – dos Irmãos dessa Loja Maçônica. QUE DEUS ABENÇOE A TODOS. O CCar.’. Ir.’. Omar Renato Miranda – Venerável Mestre – conduziu a bela Sessão. Ir.’. Deolindo Dorta de Oliveira. (Iniciado em 16 de fevereiro de 1974 na Aug.’. e Resp.’. Loj.’. Simb.’. Estrela de Cruzeiro do Oeste).


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O Ápice da Pirâmide

Pacheco

Dorta

Vidoti

Vicente Pacheco

Não tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo apenas de ficar parado. (Provérbio chinês)

O Supremo Conselho do Grau 33 do Paraná. RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO. Sob a dinâmica direção do Pod.'. Ir.'. José Carlos Oliveira Jarros - SOBERANO GRANDE COMENDADOR. Em 11 de agosto de 2018., no Or.'. de Curitiba Paraná (Templo Nobre do Grande Oriente do Paraná) propiciou a diversos IIr.'. a INICIAÇÃO ao Grau 33 (Grande Inspetor Geral). Como se fala em uma das mais belas frases já ditas: A ENCOSTA QUE SE CARACTERIZA PELA SUBIDA NA MONTANHA É ÍNGREME E MUITO TRABALHOSA, NO ENTANTO A VISTA LÁ DE CIMA É FANTÁSTICA! ELES, ENTÃO, ATINGIRAM O ÁPICE DA PIRÂMIDE!... Nossos cumprimentos a todos.


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A SÍNTESE DA INICIAÇÃO

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partir do momento de nossa Iniciação, a Maçonaria nos vai levando para caminhos diversificados, cuidadosamente escolhidos, para que nós possamos avaliar a escolha que fizemos quando de nossa decisão em aceitar o convite para ingressarmos na Ordem. – Sublime Oportunidade. Os ensinamentos que nos são ministrados, através das instruções, em cada sessão, tentam nos mostrar a essência da doutrina e sua filosofia, contida nos rituais da Maçonaria Simbólica, que representa uma nova visão do mundo, um novo método de comportamento e subsídios para que possamos ter um caráter mais forte e compromissado com os ditames de seus princípios, seus objetivos, seus projetos e, especialmente, buscando solidificar nossa condição de “Homens Livres e de Bons Costumes”. Encontramos na caminhada Maçônica, dentro de nossas próprias reflexões introspectivas, as bases fundamentais para que possamos, de fato, entender suas “Vigas Mestras”, assentadas sobre os pilares da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade. A Liberdade nos leva a praticar atos e ações que sejam compatíveis com a doutrina da Ordem. Permite-nos a buscar a verdade em todos os sentidos e propagá-la em todos os momentos. Somos livres, mas é necessário que sejamos corretos, honestos, participativos e sempre presentes. “A Liberdade aflora quando somos devidamente educados para exercê-la. É a chave que abre a porta deste presídio que se chama responsabilidade”. (1) A Igualdade nos leva a tratarmos a todos com respeito, com benevolência, com espírito igualitário, nunca nos colocando acima de nossos semelhantes. A Fraternidade, base fundamental da doutrina Maçônica, é a verdadeira viga mestra de nossa Instituição. Ser fraterno é ser solidário; é ser disponível; é ser amigo e companheiro em todas as horas; é, enfim, ser um verdadeiro homem prestador dos serviços de ajuda, de assistência, de beneficência, sempre com o coração e a alma voltados ao bem dos Irmãos, dos Familiares e da sociedade. “Ao comungarmos do ideal de felicidade estamos professando a ajuda silenciosa e fortalecendo os vínculos da solidariedade humana”. (2) O Maçom que absorve os ensinamentos de cada instrução encontra as bases necessá-

rias para que seja um verdadeiro defensor da verdade e um disciplinado soldado vanguardeiro da justiça. Dizer que isto seja fácil é negar que somos fracos e que, às vezes, nos deixamos levar pelos vícios da vida profana. A luta deverá ser contínua e sem esmorecimentos. As vaidades deverão ser deixadas de lado e que haja o fortalecimento da autoconfiança. Os vícios das conturbações do mundo profano tem de ser combatidos com todas as armas de que dispomos para tal. Eles são, em determinadas circunstâncias, diametralmente opostos às virtudes pregadas pelos princípios doutrinários e filosóficos de nossa Instituição. “O viciado vive ausente da realidade, alimentando-se da ilusão de ser feliz”. “O vício aprisiona a vontade e enegrece a luz interna dificultando a visão do caminho que liberta” (3) As instruções nos trazem sistematicamente, pequenas pedras que, aos poucos, nós vamos colocando-as no alicerce do “Edifício Social” que poderá nos abrigar quando estiver construído, depois de um projeto exeqüível e uma construção dentro dos parâmetros que são estabelecidos por nossas leis. A Iniciação é o começo de tudo. Partimos do “ponto zero” para a concretização de ideais e objetivos. Nem sempre conseguimos vencer os desafios e superar as dificuldades. Porém, nestes momentos encontramos Irmãos mais experientes que nos colocam, novamente, nos trilhos das sendas Maçônicas,

sem que haja relutância. São os Mestres bem preparados e diligentes. Somos orientados, por bons Mestres, sobre alguns caminhos e princípios a serem seguidos, tais como Perseverança, Coragem, Determinação, Boa Vontade, Participação e Presença. Cada um desses fatores é de fundamental importância para que possamos atingir degraus mais altos. Perseverança: É o ato de perseverar. É manter-se na decisão de não mudar ou variar de intento. Coragem. Decisão que tem de ser tomada sem receio de uma possível derrota. Determinação: Compreende uma decisão inabalável. Uma resolução que deva ser levada à frente. Boa Vontade: Disposição de sempre estar pronto a uma investida num objetivo determinado. Participação: Não se esqu8ivar de tomar parte em quaisquer empreendimentos da Loja. Presença: Compromisso assumido e que não pode ser desprezado ou deixado de lado. O Maçom que cumprir estes mandamentos, por certo, terá seus ideais e objetivos alcançados. Vencerá, com facilidade, os obstáculos que por ventura encontre em sua caminhada. Esses mandamentos representam, de certa forma, a “Síntese da Iniciação”. São os primeiros passos para vencer uma longa caminhada. Se cumpridos, facilitarão a ultrapassagem de qualquer dificuldade. Junto a eles, vamos encontrar outros fatores que também são fundamentais na


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vida Maçônica: Estudo, Pesquisas, Encontros, Simpósios, Reuniões de Lojas, entre tantos outros. A Iniciação Maçônica é uma porta que se abre na vida do homem profano. É uma oportunidade que tem para desfrutar de um saudável congraçamento com outros Irmãos. Permite um contato, direto, com outros personagens e os necessários questionamentos quanto aos mistérios da Instituição. É como se fosse uma “Chave Mágica” que facilitasse o acesso pra o descobrimento do significado de uma série de símbolos e alegorias que integram todo o sistema maçônico, no seu mais intrínseco esoterismo. A Iniciação pode-se dizer, é o princípio de uma estrada sem fim. É o caminho que, se bem trilhado, poderá levar o Homem bem próximo de seu aperfeiçoamento social, moral, cristão, com sólidos conhecimentos e uma vasta bagagem de sabedoria, ilustrando, com detalhes, a sua vida cultural. É através da Iniciação que vamos conhecer um mundo novo. Uma nova forma de vida. Novos conceitos de comportamento, não apenas social, mas A Maçonaria passa a ser, para nós, uma bússola que norteará nossa vida em direção aos verdadeiros “Bons Costumes” que integram o nosso posicionamento em meio do próprio mundo profano. Que todos nós, possamos tirar proveitos em nossa nova caminhada pela estrada de um mundo mais solidário, mais fraterno, mais igualitário e de maior liberdade, dentro de nosso livre arbítrio. Que o Grande Arquiteto do Universo nos ilumine a todos e que guie os nossos passos nos ensinado o caminho da tolerância, da compreensão, e de todas as virtudes que possam elevar o nosso espírito. “A Sabedoria existe quando o saber é humilde, reconhecendo a existência de um Ser Superior que criou todas as coisas” “A sabedoria não é privilégio dos gênios, mais daqueles que sabem pensar em sintonia com o infinito”. (4) (OBS. Os encartes em negrito 1, 2, 3 e 4 foram extraídos do Livro “Para Você Meditar” de autoria do Dr. Libórni Siqueira – Escritor e Filósofo – Ir.’. José Vicente Daniel). Ir.’. José Vicente Daniel Loj.’. Maç.’. Theodórica – Or.’. de Pequeri – MG. Loj.’. Caridade e Luz IV – Or.’. de Bicas – MG.

Construtores de Templos e Trajano Reis Em data de 15 de junho de 2019 – sob a magistral condução do CCar.’. Ir.’. Christian Maldonado Flores, Eminente Grão Mestre Adjunto do Grande Oriente do Parana – aconteceu a belíssima Sessão Magna de Instalação e Posse dos IIr.’. Ricardo de Paula Feijó e Paulo Falavinha Ferrarini de Souza – como novos Veneráveis

Mestres nas valorosas LLoj.’. Maçônicas: CONSTRUTORES DE TEMPLOS e TRAJANO REIS (GOP-COMAB). Uma cerimônia recheada de boas emoções para todos os IIr.’. que ali estavam. Abraços fraternos aos novos Veneráveis e votos de grandes conquistas para a Maçonaria Universal. Curitiba Paraná. Junho de 2019.

Reassunção do CCAR.’. IR.’. OMAR Templo totalmente tomado por notáveis IIr.’. das LLoj.’. co-irmãs do Or.’. de Curitiba – que em 11-06-2019 foram abrilhantar a Sessão Magna de REASSUNÇÃO do querido Ir.’. OMAR RENATO MIRANDA na mais que amiga ARLS.’. IRMÃOS E AMIGOS,

3804 (RITO DE YORK) GOB-PR. Estará no comando da Loja por mais uma gestão. Nossas congratulações e os mais efusivos votos de sucesso ao Ir.’. Omar e sua dinâmica diretoria recém empossada. Curitiba – Paraná - junho de 2019.


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O MITO DE GILGAMESH

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e todos os problemas visivelmente insolúveis da humanidade, um continua sendo o mais intrigante: A MORTE. A maioria das religiões, ideologias e filosofias aceitava que a morte era o nosso destino inevitável. A morte como fonte significativa da VIDA.Um mundo sem mortes, imagine! Esta, pois, é uma revisita à busca incansável de Gilgamesh para vencer o dilema, já no Século XXI (a. C.). A narrativa ficou registrada, como o Mito de Gilgamesh. A morte invadindo o tempo e o espaço “cósmico” em que entramos por primeira vez sem conhecer sua “topografia” ou que rumo tomar desde os antigos textosrevelados. Paracriar um raciocínio desse espaço etempo, Shakespeare,(1564-1616), o apelida de “o país indescoberto” do qual ninguém jamais retorna. Cito o velho bardo tomando por contemporânea sua linguagem, invocada por Machado de Assis, in A Semana, de 26/04/1896: “um dia quando já não houver império britânico nem república norte-americana, haverá Shakespeare; quando se não falar inglês, falar-se-á Shakespeare”. Aqui entramos no artifício literário para manipular elementos linguísticos e provocar a visão renovada do objeto. A sensação do objeto como visão e não como reconhecimento, como conceitua Victor Chkloviski. O herói dessa epopeia é o mais forte e o mais capaz de todo o mundo – o rei Gil-

gamesh, de Uruk, filho de Ninsun – que poderia vencer qualquer trabalho. Um dia, Enkidu, seu melhor amigo, morreu. O rei senta-se ao lado do corpo inerme e o observa por muitos dias, até que viu um verme saindo da narina do companheiro. Neste momento tomou-o um grande horror. Então Gilgamesh decidiu que jamais morreria. Para encontrar um modo de vencer a morte, empreende uma jornada até o fim do universo, matando leões, enfrentando o homem escorpião, o monstro do intestino na cabeça, os asseclas de Humbaba – monstro gigante guardião da floresta do cedro, o Touro Celestial – besta devoradora – enfim, encontrando seu caminho até o submundo. Lá ele destruiu as misteriosas “coisas de pedra” de Urshanabi, obalseiro do rio dos mortos e encontrou Utnapishtin, o último sobrevivente (imortal) do primeiro dilúvio que o orienta sobe a impossibilidade de ter vida eterna. Um fracasso, pois, foi sua busca. Voltou para casa de mãos vazias, mortal como sempre, mas com um novo conhecimento: Gilgamesh aprendera que, quando criaram o homem, os deuses estipularam que a morte é o seu destino inevitável e que o homem precisa aprender a viver com isso. Desfeito o sonho da Humanidade. Derrotar a morte?! Um absurdo. Estão tentando, os cientistas, curar os males. Ali-

viar sofrimentos. Substituir artérias e órgãos do corpo humano. Implantar chips eletrônicos. Mas uma doce ilusão os acompanha: dar à humanidade a vida eterna. (não vou elencar centenas de projetos científicos - projetos Gilgamesh - a este respeito). Pelo menos seriámos “amortais”, (negação da morte por extensão dos avanços da biotecnologia), Cyborgs – ou seres biônicos. Ciariam, os cientistas, um Céu aqui na Terra? Uma elite super-humana? Querem brincar de Deus e criar vidas? (a literatura de ficção é vasta). Ao arrepio lembro “O Retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde que nos faz pensar. O que fazer com todo esse poder além de ameaçar o ecossistema à nossa volta, ou a destruição de outros animais (inclusive o homosapiens). Não esqueçam a Experiência Trinity, primeiro teste nuclear conduzido pelos EUA, em 16 de julho de 1945, em Alamagordo. Novo México, e o pouso na Lua que marcaram o processo histórico hoje conhecido como Revolução Científica. (Galileu, Newton, Descartes, Copérnico,Francis Bacon, Pasteur...). O tempo não para, como dizia o consagrado poeta e compositor Cazuza. Nem para Sua Majestade o rei Gilgamesh. Valfredo Melo e Souza Academia Maçônica de Letras DF


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DEVERES EM MAÇONARIA: é pegar ou largar

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s Landmarks de Albert Mackey constituem apenas uma das 18 ou mais compilações de landmarks existentes no mundo de hoje. Alega-se, portanto, sua relatividade ‒ pois nenhuma das Grandes Lojas dos Estados Unidos adotam os Landmarks “de Albert Mackey”; e a Grande Loja Unida da Inglaterra, que nem toca nessa questão, segue as “Rules” próprias para estabelecer no resto do mundo o que é certo ou errado. Reparem, portanto, que a coisa apenas muda de nome de lá prá cá (e de cá prá acolá): essas tais “Rules” são regras (tradução literal); são regulamentos, leis, preceitos, mandamentos, normas, ditames e prescrições (regulations, laws, precepts,commandments, norms, dictates and prescripts, na língua deles), o que dá na mesma: “table” não deixa de ser mesa; “pencil” não deixa de ser lápis e “recklessness” não deixa de ser imprudência. Na mesma linha de raciocínio, “land” é terra; e “mark” é marca ‒ donde Landmark deve ser entendido como “ponto de referência”, fronteira delimitativa de até onde se pode chegar, recomendação, conselho, aviso e ADVERTÊNCIA. O preceito é bíblico e está em Provérbios 22:28 “nolumus leges mutari”: não removam os antigos limites que teus pais fixaram. É neste sentido que as Grandes Lojas no Brasil, a COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes) e o GOB adotam e entendem os Landmarks de Albert Mackey. Uma vez iniciados numa dessas Potências, assumimos “um pacto” de observância dos Landmarks e das Constituições de James Anderson. Somos elevados, exaltados e instalados conforme as normas, ditames e prescrições desses antigos documentos;é pegar ou largar. Não vale aceita-los de joelhos, com as mãos sobre o Livro da Lei e depois negar-lhes a validade. Como dizemos no Direito, “pacta sunt servanda”, os acordos de vontades firmados entre duas ou mais partes têm que ser observados. Esses acordos (contratos ou pactos) resumem-se na ideia de que o que foi ajustado tem força obrigatória. Imaginem, os bondosos Irmãos, se não houvesse tais preceitos e governássemos a Maçonaria brasileira “de porteiras abertas”! Querem um exemplo? Tentem impedir a entrada de um desses Irmãos “modernosos” como visitante em Loja. Garanto-lhes que ele correrá aos tribunais maçônicos reclamar seus direitos fundamentados no

Landmark nº 14 de Mackey (direito de visitar e tomar assento em qualquer Loja) mesmo que, noutras ocasiões, ele questione os outros vinte e quatro da lista. Querem uma ilustração de nossa desobediência? No parágrafo 2 da página 62 das “Constitutions of The Free-Masons” (ou Constituições de Anderson, 1723) está pronunciado: “Por sermos de todas as nações, línguas e parentesco, prescrevemos contra todas as políticas, uma vez que elas nunca trazem bem-estar para a Loja, nem nunca trarão” ‒ no original: “We are also of all Nations, Tongues, Kindreds, and Languages, and are resolv’d against all Politicks, as what never yet conduc’d to the welfare of the Lodge, nor ever will.” Deste preceito decorre a proibição de não misturarmos a vida política cidadã com a vida das Lojas: uma vez na condição de maçons, não se discute política; em Loja (isto é, “como maçons”) não podemos tomar posições políticas que envolvam a escolha em favor de um lado, em prejuízo de outro. Contudo, não passa um ano sequer sem presenciarmos algum escândalo no mundo político que nos constranja diante de fotografias de maçons posando em fotos oficiais ao lado de alguém que tenha virado personagem da crônica policial por corrupção ou desvio de conduta. O desgaste decorrente desses constrangimentos a todos nos obriga, em justificativas e explicações perante nossas famílias, filhos e amigos, por uma falha que não cometemos. “Nolumus leges mutari”: não removam os antigos limites que teus pais fixaram, diz o Livro da Lei. Mas se tudo é relativo ao tempo e às épocas, vamos reescrever também os Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo. “O tempora o mores!” ‒ exclamou Cícero num de seus discursos contra Catilina: “Oh! os tempos! Oh! os costumes!” CONCLUSÃO: Se as Constituições de

Anderson estão incomodando ou “atrapalhando” a Maçonaria desses novos tempos nos quais tudo é permitido; ou se os Landmarks de Albert Mackey estão em choque com esses “evoluidíssimos” costumes sociais, restam-nos duas alternativas somente: 1) pararmos de “fazer de contas” e assumirmos, corajosamente, a disposição de rompermos com o passado Iluminista da Ordem; convoquemos novos gênios para reescreverem novas regras que se coadunem com nosso particular modo de pensar e agir; 2) pararmos de “fazer de contas” e assumirmos, mais corajosamente ainda, os deveres que assumimos na forma prescrita de nossa Iniciação. Eu, particularmente, opto pela segunda opção. Podem me chamar de velho. Ir.’. José Maurício Guimarães Belo Horizonte – MG

JACOB & GÓES – DOIS NOTÁVEIS IRMÃOS

Os queridos Irmãos Antônio Alves de Góes e José Maria Jacob – a quem eu respeito muito - envio o meus abraço fraterno. Duas VIGAS MESTRAS da Maçonaria Paranaense, da MAÇONARIA UNIVERSAL. São eles Obreiros das queridas LLoj.’. Maçônicas Barão do Rio Branco e Duque de Caxias II pertencentes ao Grande Oriente do Paraná. – Oriente de Curitiba – Paraná. Ambas as OOf.’. Maçônicas pertencem ao RITO BRASILEIRO. Eles tem a admiração de todos. Merecem o carinho e o respeito de todos. Prá eles o meu abraço fraterno. Curitiba – Paraná. Deolindo Dorta de Oliveira – Jornalista DRT-7154/PR.


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ARLS.’. Cavaleiros de São João tem novo Timoneiro O novo Venerável Mestre da querida Loja Maçônica, AUG.’. e RESP.’. LOJ.’. SIMB.’. CAVALEIROS DE SÃO JOÃO, 74 (REAA) GOP-COMAB é o muito querido Ir.’. GLÁUCIO ADRIANO HECKE – Sessão Magna de Instalação e Posse em 28 de junho de 2019 brilhantemente conduzida pelo Grande Mestre Ir.’. Vicente Pacheco – contou com a casa cheia para maior brilho do momento tão significativo para todos os IIr.’. pertencentes ao Augusto Quadro de OObr.’. da Loj.’. Registro para as dezenas de IIr.’. que foram abraçar o Venerável Mestre Gláucio – que estará conduzindo a Loj.’. pelos próximos dois anos. Votos de grandes conquistas para a MAÇONARIA UNIVERSAL.


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Lojas do Rito Brasileiro = Novos Veneráveis A data foi 13-06-2019 e é claro de significado pra lá de especial para os nossos queridos IIr.’. do RITO BRASILEIRO. INSTALAÇÃO E POSSE dos novos VENERÁVEIS MESTRES que estarão dirigindo agora suas laboriosas Lojas Maçônicas. São eles: Os IIr.’. Avelino Pinto Nogueira (ARLS.’. Apóstolos da Lealdade, 102), Rogério Victor dos Santos (ARLS.’. Barão do Rio Branco, 176), Fernando Moreira da Costa (ARLS.’. Rui Barbosa II, 128), Emerson Antonio Felix (ARLS.’. Estrela do Oriente, 144) e Jamil Alexandre Bonacin (ARLS.’. Duque de Caxias II, 124) – A Sessão Magna aconteceu no Templo Nobre do Palácio Maçônico do Grande Oriente do Paraná – com a brilhante condução do querido e dinâmico Ir.’. Ramiro dos Santos Jr. – Grande Secretário do Rito Brasileiro para o GOP-COMAB. Registro para as presenças de diversas autoridades do Grão Mestrado., entre elas a presença do Pod.’. Ir.’. Christian Flores Maldonado – Eminente Grande Mestre Adjunto do Grande Oriente do Paraná. Nossos cumprimentos aos eleitos e votos de sucesso a todos eles. Curitiba Paraná. Junto de 2019.

EM BUSCA DA LUZ

A

luz foi o início de tudo. Independentemente de qualquer versão sobre a criação e/ou surgimento das coisas, da vida, ela é mencionada. Para os cientistas o Big Bang, considerado a grande explosão luminosa, marca o início da história do universo e por consequência dos planetas e seres. Para os religiosos a luz foi uma das primeiras criações divina e dela a divisão entre o bem (luz) e o mal (trevas). Continuando o viés religioso recordo-me de uma citação do Padre Antônio Vieira, que dizia: “Há homens que são como as velas; sacrificam-se, queimando-se para dar luz aos outros”. Na Bíblia, como em qualquer outro livro religioso, a presença da palavra luz é uma constante, sendo que na maioria das vezes de forma simbólica e merecedora de reflexões metafóricas. Na filosofia, desde Platão na famosa Alegoria da Caverna, a luz deveria ser uma busca incessante dos seres humanos, pois ela é metaforicamente comparada com a sabedoria, com o conhecimento. Quem encontra a luz, encontra o saber. Da mesma forma, segundo o mito, quem encontra a luz (conhecimento) também corre o risco de ser morto pelos que vivem nas trevas (ignorantes). Como disse Antônio Costa: “Só quem está acostumado na escuridão, indigna-se com quem lhe acende uma luz”. Um paradoxo estranho, mas real. O século XVIII é considerado o Século das Luzes, pois neste momento histórico uma gama de teorias conhecidas como Iluministas revolucionou o mundo, modificando estruturas sociais, possibilitando mudanças na forma de pensar e agir. As luzes, que simbolizavam o conhecimento, deveriam iluminar os novos rumos das sociedades. Dentre os filósofos iluministas, Voltaire, ousou dizer já naquele séculouma grande verdade, que pode ser questionada por muitos, mas que não deixa de ser repleta de luz: “É mais claro que o sol, que Deus criou a mu-

lher para domar o homem”. Nem a biologia escapa da luz, primeiro porque não há vida sem luz, as plantas precisam dela para realizarem a fotossíntese e por consequência tornarem-se alimentos para os demais seres, movendo assim, a cadeia alimentar. E segundo, porque um dos atos mais belos da humanidade, o parto, é comparado ao ato de dar à luz. O ser humano necessita desejar a luz, sair das trevas. Buscar a luz deveria ser uma constante, um ato contínuo, prazeroso e essencial. Encontrá-la é o ápice da própria essência do ser. Se somos de fato animais racionais, a racionalidade só acontece quando iluminada. Ao contrário, uma racionalidade apagada, provocará atos danosos ao próprio ser e a todos que estão ao seu redor. A luz ilumina nossas escolhas; permite visualizarmos o nosso ambiente com mais clareza; induz à bondade, à tolerância, ao desejo do bem para si e para os outros. O ser que busca a luz acredita na vida e em si próprio. Martin Luther King disse, fazendo uma analogia muitopertinente e iluminada: “A escuridão não pode expulsar a escuridão, apenas a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio, só o amor pode fazer isso”. Termino esta reflexão com um pensamento de Carl Gustav Jung: “Até onde conseguimos discernir, o único propósito da existência humana é acender uma luz na escuridão da mera existência”. Por isso, quando alguém ou a nossa própria consciência perguntar o que queremos, não hesitemos em responder: queremos a luz. Walber Gonçalves de Souza é professor e membro da Academia Maçônica de Letras do Leste de Minas (AMLM). Obreiro da ARLS “Caratinga Livre”, nº 0922/GOB (Oriente Caratinga / MG)


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RITUAL MAÇÔNICO É UMA INOVAÇÃO

Q

uando o Venerável Mestre é perguntado, em sua instalação, se ele concorda que um homem ou qualquer corpo de homens, não podem fazer mudanças no corpo da Maçonaria, é importante compreender que isto se refere a preservação da estrutura organizacional da Ordem maçônica e não a seus rituais cerimoniais. Mais de um Grão-Mestre tentou aplicar esta advertência para o ritual maçônico em si. No entanto, uma breve análise do desenvolvimento dos rituais e suas muitas formas através do panorama das jurisdições maçônicas, vai mostrar rapidamente que esta pergunta veio das “Old Charges” e não tem nada a ver com os aspectos ritualísticos da nossa fraternidade. Nossos fundadores nunca tiveram a intenção de que os rituais cerimoniais permanecessem estáticos. A proibição de renovação não se aplica ao ritual maçônico, enquanto que esta é a única base sobre a qual toda a Luz da Maçonaria é transmitida e revelada. Ainda que a Grande Loja Unida da Inglaterra insista que “a antiga e pura Maçonaria consiste em apenas três graus, incluindo o Santo Real Arco” o que é historicamente impreciso, as Grandes Lojas sempre tiveram o direito de decidir por si mesmos, como os seus rituais serão. O único “antigo e puro” ritual maçônico no mundo é o ritual que existia em 1717, quando a primeira Grande Loja foi formada. Nós sabemos como foi aquele ritual porque ele foi amplamente publicado nos três primeiros manuscritos maçônicos, na forma de catecismos ainda existentes, em relação ao período de 1696-1715, os quais vieram da Escócia. O que é surpreendente sobre estas revelações é que elas encontraram o caminho para serem usados e adotados pelas lojas inglesas. Mais importante é que encontramos neles a maior parte do alicerce sobre o qual todos os rituais maçônicos foram erguidos mais tarde – a posição dos pés, a menção do “aprendiz” e “companheiro”, os cinco pontos do companheirismo, a menção do compasso, esquadro e Bíblia no mesmo contexto, o átrio do Templo do Rei Salomão, o sinal penal, existem muitas coisas para reconhecermos ali. É mais do que coincidência encontramos essas características em comum em todos estes catecismos antigos.. Um outro ponto é extraordinário em todos estes trabalhos: Graus não são mencionados. Quando a primeira Grande Loja no mundo foi criada, havia apenas a cerimônia

de fazer um Maçom “Aceito” e a “Função do Mestre”. Na verdade, não temos nenhuma evidência de um sistema de três graus, ou de um terceiro grau, antes da famosa exposição de Samuel Pritchard intitulada de “A Maçonaria Dissecada”, publicado em 1730. Isso faz com que o grau de Mestre Maçom na Maçonaria seja uma inovação! Historiadores importantes concordam que o terceiro grau foi introduzido na Maçonaria em torno de 1725. Tornou-se popular ao longo das próximas duas décadas, principalmente porque os maçons adotaram a exposição de Pritchard como uma ajuda ao trabalho de memória. Sua obra não autorizada, se tornou o primeiro monitor maçônico e seria por décadas, o livro de rituais não oficial dos maçons. É também a primeira menção que temos da lenda de Hiram. Ninguém sabe de onde essa história veio, mas supõe-se que Desaguiliers pode ter sido o autor, sendo Grão Mestre em 1719 e Vice-Grão Mestre em 1722 e 1726. Este foi o período em que o terceiro grau foi introduzido nas cerimônias da primeira Grande Loja. A lógica sugere que Desaguliers e seus irmãos maçons da Royal Society, poderiam ter sido os responsáveis. Certamente, nada poderia ter sido introduzida sem a sua aprovação. Na verdade, o Craft mudou drasticamente, enquanto Desaguliers estava em cena. A Grande Loja passou de um banquete anual para um órgão administrativo, com atas e orientação política para lojas, incluindo a estrutura de seus graus. Se Desaguiliers e seus amigos de fato foram os autores do terceiro grau, voltaram a Maçonaria para um novo caminho. Em 1730, a cerimônia que conhecemos como Real Arco foi desenvolvida, a que reviveu uma história do grego antigo que data do ano 400. Em 1735, o Rito de Perfeição, consistindo de 14 graus, foi introduzido, estabelecendo uma cronologia bíblica para a estrutura do ritual maçônico. Tanto o Real Arco quanto o Rito

de Perfeição, inovadores como eram, foram declarados pelos membros como “restabelecimento” da maçonaria antiga, porque eles automaticamente transmitiam uma face artificial da idade do grau ou da ordem. Depois de alguns anos, até os historiadores da Grande Loja estavam escrevendo que estes graus adicionados eram restaurações de um sistema mais antigo. Tornou-se moda acreditar que não havia nada mais inovador do que eles! Claro que todos os novos graus/ordens foram adotados em uma única premissa – a que havia sido perdido no terceiro grau, tinha que ser encontrado. Por esta razão, todos eles apresentam uma semelhança surpreendente na estrutura e todos mostram que os sinais são provenientes da mesma fonte, com a mesma regularidade em sua forma. Mesmo com graus adicionais desenvolvidos, eles mantiveram uma estrutura “tradicional”. Esta semelhança na estrutura é mais uma prova de que os nossos graus maçônicos, foram na verdade, criados em uma onda de moda. Todos eles insinuam que há grandes segredos para serem encontrados pelo maçom dedicado. E, de fato, existem. Ao mesmo tempo que os graus e ordens foram crescendo aos trancos e barrancos, tanto no Rito de York quanto no Rito Escocês, ritualistas maçônicos nas lojas do Craft, continuaram a adicionar a linguagem dos três primeiros graus, acrescentando solidez à sua forma. Durante a segunda metade do século 18, um crescimento intelectual extraordinário foi adicionado ao velho conceito de “pura e antiga”, nos simples catecismos de 1717. Na verdade, o desenvolvimento e expansão do ritual, continuou a estar na moda como um dos meios de educar o Craft até a década de 1820. Realmente foi criada uma escola de educação que prosperou por quase um século até as Grandes Lojas, principalmente as dos Estados Unidos, que determinaram que deveria haver apenas um ritual, aquele adotado por


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eles e todo o resto não importava. As Grandes Lojas dos EUA estabeleceram mais uma inovação na Maçonaria, que o ritual fosse imutável. Eles decidiram por si mesmos que a Maçonaria pura e antiga era a sua Maçonaria somente. O ritual maçônico se tornou uma coisa fixa e estagnada. Esta inovação do século 19 pode ter marcado o início do declínio na Maçonaria. Foi durante essa época que as Grandes Lojas decidiram coletivamente, que não havia nada mais a ser aprendido no ritual maçônico. Nossas palavras foram congeladas no tempo. Agora eu quero saber se é hora de criarmos mais uma inovação na Maçonaria, o de educar os maçons de que o uso ritual deve ser um processo dinâmico, assim como a aprendizagem é dinâmica. Claro, nós não precisamos adotar mais palavras. Mas leve em consideração como instrutivo seria se a diversidade de rituais fosse introduzida como uma ferramenta adicional para instrução, se rituais alternativos já adotados em outras jurisdições em todo o mundo, poderiam ser utilizados por vontade da loja e sancionada pela Grande Loja. Imagine como emocionante e revigorante seria se tivéssemos dez ou doze diferentes rituais disponíveis para nós em cada grande jurisdição! Talvez seja hora de fazer a Maçonaria da moda outra vez, tanto através da variedade de sua forma de ritual e no desenvolvimento de sua forma intelectual, onde palestras, ensaios e diálogos são compartilhados regularmente em loja, todos focados em iluminar a mente. Talvez os jornais mais instrutivos e informativos, poderiam se tornar uma parte dos monitores impressos da Maçonaria, não deve ser memorizado, mas para ser sancionado e publicado para o benefício daqueles que querem ter acesso a mais conhecimento nas formas de maçonaria. Aqueles que sabem que mais luz na Maçonaria não é a propriedade da Grande Loja, mas sim, do indivíduo e seus irmãos em sua busca coletiva de uma vida, a busca por aquilo que foi perdido nas palavras e seus significados. Em práticas como essas, nós não devemos, mais uma vez exercitar a “pura e antiga” Maçonaria? Poderia ser apenas mais uma inovação digna de nosso antigo Craft. Um texto do Ir.’. Robert G. Davis Traduzido por Luciano R. Rodrigues - Um fraterno abraço, Nelson A. H. de Carvalho - BARLS Cidade de Viamão No. 99 - MM - GLMRS / MI Texto enviado pelo CCar.’. Ir.’. Jose Osvaldo do Prado Or.’. de Londrina – Paraná

LOJ.’. Maçônica Breno Trautwein Presidida pelo nosso Ilustre Ir.’. Francisco Trautwein – ocorreu em 15/06/2019 a Sessão Magna de Instalação e Posse do Ir.’. Emilio Antonio Trautwein – como novo Venerável Mestre da AUG.’. RESP.’. BENF.’. LOJ.’. SIMB.’. BRENO TRAUTWEIN. Fundada em 26-111981. Uma alegria enorme mencionar um nome tão notório para a Maçonaria Brasileira. TRAUTWEIN. A querida Of.’. Maç.’. tem o nome de um dos mais respeitáveis pensadores da nossa Instituição da ARTE REAL. Tive a oportunidade de conviver com essa célebre figura que era o DOUTOR BRENO. Saudoso

– brilhante escritor e pensador Maçônico que – de maneira fraterna – empresta para a satisfação de todos o seu nome para a Benfeitora Loja Maçônica que, agora, será dirigida pelo seu filho mais novo. Boa sorte CCar.’. Ir.’. EMILIO TRAUTWEIN. De algum lugar especial o nosso Grande BRENO TRAUTWEIN estará abençoando você. A Cerimônia contou com a presença do Pod.’. Ir.’. Christian Flores Maldonado, Eminente Grão Mestre Adjunto do Grande Oriente do Paraná. Nossos abraços fraternos a todos os bons OObr.’. do quadro da Loja. Curitiba Paraná. Junho de 2019.

“Se quiser conhecer um cavalo, monte nele; se quiser conhecer uma pessoa, conviva com ela (Provérbio japonês)


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Otávio Tucunduva Mattana – Venerável O CCar.’. Ir.’. Otávio Tucunduva Mattana – em 13-06-2019 – tomou posse como NOVO VENERÁVEL MESTRE da Aug.’. Resp.’. Loj.’. Simb.’. TEMPLÁRIOS DO MONTE SAGRADO (Rito Adonhiramita) pertencente ao Grande Oriente do Paraná-COMAB. Belíssima Cerimônia presidida pelo Valoroso Ir.’. Horácio Tucunduva. Registro para a presença marcante dos PPod.’. IIr.’. Cher, Eliseu e Zuir

– Grandes SSecret.’. do GOP – que junto ao Nobre Ir.’. João Krainski Neto, Grão Mestre de Honra – abrilhantaram a Magna Sessão de Posse do novo V.’.M.’. que agora substitui o Ir.’. Laertes Ribeiro, que até então vinha dirigindo a laboriosa Of.’. Nossos votos de sucesso a todo o quadro de OObr.’. em especial ao querido Ir.’. Otávio Tucunduva Mattana. Curitiba – Paraná. Junho de 2019.

CCAR.’. IR.’. Elias Dias dos Reis

É o novo Venerável Mestre da Aug.’. Resp.’. Loj.’. Simb.’. ROMÃ, 166 (REAA) GOP-COMAB. Em 21-06-2019 uma data especial quando da Sessão Magna de Instalação e Posse – concorridíssima – foi brilhantemente presidida pelo Mestre Ir.’. Afonso Carlos Spina. Dezenas de IIr.’. Mestres Instalados ali estavam fortalecendo as CCol.’. para êxito total da bela cerimônia que ficará gravada na memória de todos os OObr.’. presentes. Registro, também, para a presença de diversos IIr.’. das LLoj.’.

Có-irmãs – tal é o carinho que todos nutrem para com a querida Loj.’. Maç.’. Romã – até então dirigida com a maestria do valoroso Ir.’. Clóvis Maciel. Entre as autoridades presentes, destaque para a figura simpática do querido Ir.’. Paulo Henrique Carvalho, GRANDE PROCURADOR do Grande Oriente do Paraná. Nossos cumprimentos ao novo V.’.M.’. Elias Dias dos Reis e a todos os IIr.’. que compõe o fidalgo quadro de OObr.’.. Sucesso a todos. Curitiba Paraná. Junho de 2019.

AUG.’. e RESP.’. LOJ.’. SIMB.’. Barão de Mauá O CCar.’. Ir.’. Antonio Alberto Lourenço Lucas – em data de 05-07-2019 – presidiu a Sessão Magna de Instalação e Posse do Ir.’. LUIZ ZEUCLES FERREIRA BELLO JUNIOR como o novo Venerável Mestre da Aug.’. e Resp.’. Loj.’. Simb.’. Barão de Mauá Nº165 ( fundada em 13-09-2013) pertencente ao GOP-COMAB. A importante cerimônia prestigiadíssima por diversos IIr.’. que abrilhantaram a posse do Ir.’. Luiz. Registro para a presença sempre simpática do Pod.’. Ir.’. João Krainski Neto – Grão Mestre de Honra do Grande Oriente do Paraná. Parabéns ao Ir.’. Alberto Lucas – em primeiro lugar por haver me convidado e é claro pela condução dos trabalhos e a todos os OObr.’. da Loj.’. Maçônica Barão de Mauá. Curitiba – Paraná. Julho de 2019.


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A.’.R.’.L.’.S.’. Cavaleiros de São João de Curitiba

A data de 29-06-2019 foi especial para os OObr.’. da AUG.’. e RESP.’. LOJ.’. SIMB.’. CAVALEIROS DE SÃO JOÃO DE CURITIBA, 2903 (REAA) pertencente a constelação de LLoj.’. do GRANDE ORIENTE DO BRASIL-PARANÁ e é claro, muito marcante para o Nobre Ir.’. MILTON BATISTA MENDES – pois em Cerimônia de Reassunção presidida pelo Pod.’. Ir.’. José Edson Haesbaert, Eminente Grão-Mestre Adjunto do GOB-PR., assume a direção da valorosa Loja Maçônica. Diversas LLoj.’. Có-irmãs do Or.’. de Curitiba ali estavam

representadas. Registro para a presença de diversas autoridades maçônicas e entre elas os PPod.’. IIr.’. Rodrigo Larson Carstens, Dalmo Louzada, Gerald Koppe, Joselito Hencotte, Sérgio Araujo – entre outros notáveis IIr.’. que abrilhantaram a bela SESSÃO MAGNA DE REASSUNÇÃO DO IR.’. MILTON MENDES. Nossos cumprimentos ao querido Ir.’. Milton e a todos os VVal.’. IIr.’. que pertencem a aquela Loja Maçônica que tanto tem feito para o engrandecimento da MAÇONARIA UNIVERSAL. Sucessos muitos! Curitiba Paraná., junho de 2019.

“Quando a circunstância é boa, devemos desfrutá-la; quando não é favorável devemos transformá-la e quando não pode ser transformada, devemos transformar a nós mesmos.” Viktor Emil Frankl


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O SIGILO MAÇÔNICO “É o selo que nos mantém unidos e firmes: por isso, determina a garantia de segurança da Ordem”

E

stá expresso em João 8:33 (“Conhecereis a verdade e ela vos libertará”). Este ensinamento bíblico, de Cristo, é expresso na condição de que é ao conhecimento que nos permitirá a evolução, seja pessoal, profissional e, principalmente, espiritual. Há dois processos de aquisição do conhecimento, o Exotérico e o Esotérico. O primeiro é aquele disponibilizado livremente a todos, enquanto o segundo, mais intrínseco, identificado com as religiões e ordens herméticas, é reservado aos iniciados, selecionados dentre os demais e mais aptos para entenderem a “Iniciação” nos mais profundos mistérios religiosos. Diante disso, ao contrário dos estudos exotéricos, eles exigem algo a mais, notadamente a exigência do Sigilo, para que os mistérios e rituais religiosos cheguem somente aos que estão preparados para conhecê-los e entendê-los. Conta-se que um pouco antes do advento do Mestre Jesus, os hebreus, um dos raríssimos povos que acreditavam na existência de um Deus único, formavam uma ordem religiosa distinta dos demais judeus. Aberta a outras etnias, inclusive gentios, esta ordem, para fugir à perseguição e para preservar os seus segredos, transmitiam seus dogmas através rituais repletos de simbologia. Talvez, tenha sido nesta ordem que os primeiros maçons tenham se baseado, optando pelo processo esotérico, para transmitir os seus segredos e postulados, seguindo uma escala baseada em diferentes graus. O próprio Mestre, Jesus Cristo, quando de sua curta passagem pela Terra, utilizava-se de ambas as formas para expressar a Boa Nova. A exotérica quando falava às multidões, como no Sermão da Montanha, e a esotérica, quando nas reuniões fechadas com seus discípulos, chegando até a pedir-lhes sigilo daquilo que ensinava. E explicava que não podia dizer tudo, pois que era necessário, para alguns conceitos, que os ouvintes tivessem olhos para ver ou ouvidos

para ouvir, ou seja, precisavam desenvolver talentos especiais. A esse respeito, a Bíblia relata em Mateus 17:9 o ocorrido no episódio conhecido como Transfiguração, nas palavras de Jesus a Pedro, Tiago e João: “Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do Homem seja ressuscitado dentre os mortos”. Nossa instituição é regida por uma norma de conduta, a qual chamamos de Moral Maçônica, que elenca uma série de atitudes

e virtudes que devemos observar, seja nas sessões no interior dos templos, seja nas atividades profanas. Este comportamento é que nos identificará na sociedade em que atuamos, como homens livres e de bons costumes, obreiros comprometidos com a construção social do reino do Grande Arquiteto do Universo. E o que garante a nossa integridade e longevidade fica expresso já no processo de iniciação, quando nos é proposto o Sigilo, proposta esta que é constantemente renovada ao final de cada jornada de trabalho nas nossas oficinas. E por quê? Por mais forte que seja o pensamento, a filosofia que nos une, no fundo nossas barreiras de

segurança são frágeis. Afinal, reunimos pessoas de várias partes do mundo, de diversas culturas, de todos os níveis econômicos e sociais, credos e raças. Essa universalidade exige um alto nível de discrição. Aliás, é sempre bom lembrar que, hoje, a Maçonaria é discreta e não secreta. Para “entrar” na Maçonaria só existe um caminho, e é aí que tem residido nossa fraqueza. A invasão dos nossos domínios se dá na seleção dos profanos que virão em busca de um lugar entre nós. A infidelidade maçônica tem seu início na má indicação de candidatos, quase sempre apenas nossos amigos, não nos atentando sobre suas qualidades morais. Este é o nosso calcanhar de Aquiles. Profanos mal selecionados mesmo investidos com avental e até colares, se manterão sempre com os passos perdidos; e apenas passarão pela Ordem, não ficarão nela por muito tempo, entretanto, no pouco tempo que se assentarem nas colunas, farão sempre intrigas e comentários, incidindo reiteradas vezes em desagregar, desunir e fomentando a discórdia entre os irmãos. Portanto, para aumentar a nossa segurança é necessário apertar o cerco das nossas escolhas. Aliás, esse conselho é bíblico, já era uma advertência do Apóstolo Paulo de Tarso, no início do cristianismo, como está expresso em 1Co 15:33 – “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. Desta forma, comprova-se o imperativo do sigilo, conforme nos exige a prática da ritualística, que nos incita com o axioma: “Jurais e prometeis, na presença do Grande Arquiteto do Universo e de todos os Maçons aqui reunidos, nunca revelar os Mistérios da Maçonaria que vos forem confiados?” Isso não é gratuito nem descabido. Tem uma forte razão de ser. Aliás, nas organizações do mundo, não importa se religiosas, comerciais, industriais, intelectuais e familiares, existem coisas que ninguém sai falando e lançando aos quatro ventos. Quem sai contando tudo o que discutiu com a esposa ou filhos pela rua? Na sua empresa, quem é que relata aos funcionários as discussões que teve com seus sócios? Há


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fatos que devem permanecer na intimidade de nosso círculo de relacionamento, particularidades que só interessam àqueles envolvidos diretamente. São os nossos “Segredos de Estado”, uma condição para o sucesso de nossas empreitadas, pois que a regra não diz que o segredo é a alma do sucesso? E na Maçonaria, por extensão, o sigilo é a alma do segredo. “Ah, mas eu não conto para ninguém, nem para minha esposa. Só falo com os próprios irmãos”. Sim, porém, há segredos maçônicos que estão sujeitos até mesmo aos nossos irmãos. São aqueles que foram tratados nas câmaras, durante as sessões nas loja de cada grau. Para saber, é preciso participar, eis o ditame da regularidade maçônica, que nos determina a obrigatoriedade de freqüência nas sessões. “Puxa, mas, o que acontece quando algo importante é decidido numa sessão à qual não compareci? Ninguém pode me contar?” A priori, não, a não ser o Venerável Mestre, se acreditar ser isso necessário, geralmente quando alguma atitude ou ação diga respeito diretamente ao faltoso. Em suma, o que é discutido em loja, fica dentro da loja, e somente se tornará conhecido dos ausentes na próxima reunião do seu grau, na leitura do balaústre. Resguardar o sigilo da Ordem é condição indispensável para manter a integridade da loja e de seus membros, por isso a simbologia de não se grafar nos rituais as palavras sagradas e de passe, bem como obreviar os sinais e toques. Elas são sussurradas, vão direto da boca para o ouvido, como se faz na Igreja Católica, no antigo (hoje, já não se usa mais) sigilo de confessionário. Quanto maior o sigilo, mais seguro estaremos e a loja mais forte e unificada. Nosso templo é rico em simbologias, algumas são muito estudadas em loja, como o pavimento mosaico, painéis de grau e o delta luminoso, dentre eles. Talvez, o símbolo menos comentado na doutrina maçônica seja a româ. Em nossa escada de Jacó, a vemos apenas como símbolo da família maçônica, de todos estarmos unidos. Talvez, o motivo seja pelo fato de que as romãs decoram o templo, estando colocadas em Cida do capitel das colunas B e J. Quer dizer, estão acima do nosso olhar físico e na marcha, dificilmente olhamos para o que vai acima de nossas cabeças, não ser o teto da Loja. É a analogia (na Maçonaria, nada é aleatório, tudo tem significa) de que, na nossa vida, dá muito trabalho olhar para cima e sondar os nossos mais elevados ideais. Mas a simbologia das romãs vai muito além da “família”, elas encerram um ensinamento muito mais valioso. A começar pelo fato de que possui uma casca

dura e resistente, nos remetendo à construção de alvenaria que nos abriga, o templo material, a nossa casa, a nossa casca. Já sabemos que as sementes representam os obreiros, tão diferentes no tamanho e formato, entretanto o sabor de cada uma delas é idêntico, salvo alguns grãos podres ou imaturos. È a primeira lição valiosa: não importa se as sementes são pequenas ou grandes, o que importa é que o gosto de uma é igual ao da outra, nenhuma é melhor que a outra, como assegura o princípio da Igualdade, enredando numa mesma condição irmãos de menor condição financeira ou intelectual na vida profana e outros com maior gabarito social e econômico. As sementes unidas representam mais que a família, o feixe de Esopo de que nos fala uma das instruções de Aprendiz, mas a advertência de que a mesma seiva que alimenta o grão menor alimentou igualmente o maior, pois que o resultado é que as tão disformes estão compondo um único fruto, que servirá de alimento e fonte de prazer ao paladar de quem o provar. A terceira lição está ligada ao tema desta pesquisa que é justamente o que mantém as sementes unidas, a pele interna, feita da mesma substância carnuda e consistente da casca. Essa pele é o selo do fruto e pode ser analogamente associada ao Sigilo Maçônico. Por quê? Se rompido esse selo, as sementes ficarão expostas ao ataque das pragas, deteriorando-as e apodrecendo o fruto de dentro para foram. Se rompido esse selo interno, a loja, no caso a romã, perderá a coesão, seu sentido de unidade. Por isso, fazemos o juramento, que foi contraído sem o mínimo de coação moral e sem reserva mental ou equívoco. Se rompido esse juramento, a chamada “Goteira”, a fruta definhará, secará e, por fim, apodrecerá. O sigilo é o que nos une e sela nossa irmandade, portanto, carece do máximo de nossos cuidados. Desde o soar da primeira batida do malhete até a última, a fruta precisa ser degustada a nacos generosos, mas, quando, à meia-noite, terminam os trabalhos, nada mais deve ser dito ou tratado. Só na próxima degustação. Assim, concluo a minha pesquisa e juro manter o mais profundo silêncio sobre tudo quanto aqui se passou! Ir.’. Orlando Dionizio Ribeiro Filho ARLS.’. José Ferreira Vieira, 168 Or.’. de Votuporanga – São Paulo (Texto publicado na Revista Maçônica A VERDADE Nº525 de março/abril de 2018 da GLESP)

Os Cavaleiros do Grande Templo tem Novo Venerável Mestre Trata-se do CCar.’. Ir.’. MARCOS DOFF SOTTA – que em belíssima cerimônia de Instalação, tomou posse como Venerável Mestre da AUG.’. e RESP.’. LOJ.’. SIMB.’. OS CAVALEIROS DO GRANDE TEMPLO, 3875 – GOB-PR. Sessão Magna que aconteceu em 06-06-2019 e presidida pelo seu irmão, o Ilustre Ir.’. Marcelo DoffSotta – M.’.I.’. da ARLS.’. Fraternidade Castrense, 366 (GOB-PR). A laboriosa Loja Maçônica OS CAVALEIROS DO GRANDE TEMPLO – estava sendo conduzida, até então, pelo dinâmico Ir.’. Marcelo Mokwa dos Santos. Diversos e queridos IIr.’. Mestres Instalados das LLoj.’. có-irmãs ali estavam para abrilhantar aquele momento tão importante para a Maçonaria. Nossos cumprimentos ao novo V.’.M.’. Marcos DoffSotta. Desejando a ele todo o sucesso que merece. E é claro, os nossos abraços fraternos a todos os IIr.’. pertencentes ao quadro de OObr.’. daquelaLoj.’. Maç.’. – Curitiba – Paraná, junho de 2019.


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A.’.R.’.L.’.S.’. Restauração dos Mistérios – York O CCar.’. Ir.’. CRISTIAN FLORES MALDONADO, Eminente Grão Mestre Adjunto do GRANDE ORIENTE DO PARANÁ – em data de 10-07-2019 Presidiu a magnífica Sessão Magna de Instalação e Posse do Ir.’. PAULO EDUARDO VIZZOTTO, como o novo Venerável Mestre da Aug.’. e Resp.’. Loj.’. Simb.’. RESTAURAÇÃO DOS MISTÉRIOS nº135 (RITO DE YORK) GOP/COMAB. Até então era dirigida pelo CCar.’. Ir.’. José Roberto Berdacki. A sessão foi maravilhosamente prestigiada por dezenas de IIr.’.

das LLoj.’. Maçônicas do Or.’. de Curitiba. Registro para as marcantes presenças de diversos GGr.’. SSecret.’. do Grão Mestrado entre outras autoridades na bela Sessão. Destaque também para os PPod.’. IIr.’. João Krainski Neto e Luiz Gastão Felizardo – Grão-Mestres de Honra do Grande Oriente do Paraná. Nossos abraços fraternos a todos os IIr.’. da laboriosa Loja Maç.’. Restauração dos Mistérios e em especial ao Paulo Vizzotto – desejando a ele muito sucesso nessa empreitada que começa agora. Curitiba Paraná. Julho de 2019.

TERMOS DE SUA MISSÃO 1. Você receberá um corpo: Goste ou não, mas ele será seu durante todo este ciclo. 2. Você aprenderá lições: Você entrará em uma escola informal chamada vida. Cada dia nesta escola você terá a oportunidade de aprender lições. Você poderá gostar das lições ou achá-las irrelevantes até mesmo estúpidas. 3. Não existem erros, apenas aprendizados: Crescimento é um progresso de tentativa e erro. Experimentação. Os experimentos “falhos” desempenham um papel tão importante quanto os experimentos que dão certo. 4. A lição é repetida até que seja aprendida: A lição será apresentada a você de diversas formas diferentes até que você aprenda, então você poderá seguir para a próxima lição. 5. As lições não acabam: Não há uma parte da vida em que não há lições. Se está vivo, existem lições a serem aprendidas. 6. “Lá” não é melhor do que “aqui”: Quando seu “lá” se tornar “aqui”, você imediatamente verá outro “lá” que, novamente, parecerá melhor do que “aqui”. 7. Os outros são apenas espelhos de você: Você não poderá amar ou odiar algo sobre alguém a não ser que este algo reflita um elemento que ame ou odeie em você mesmo. 8. O que você faz da sua vida depende de você: Você receberá todas as ferramentas e recursos que precisa para as suas lições, o que fará com estes é sua escolha. 9 – As respostas estão dentro de você: As respostas para as provas da vida estão dentro de você. Tudo que precisa fazer é procurar, prestar atenção e acreditar. 10 – Você poderá pensar que “consegue” ou que “não consegue”: Eem ambos os casos você estará correto. (Autor Desconhecido)

“Não pense que não há crocodilos só porque a água está calma” (Provérbio malaio)


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Bethel Lírio do Vale do Contestado

Em data de 10 de março de 2018 ao Oriente de Rio Negro – Paraná., aconteceu nas dependências da ARLS.’. Cavaleiros do Vale do Rio Negro (GOP-COMAB) a CERIMÔNIA DE INSTALAÇÃO do BETHEL LÍRIO DO VALE DO CONTESTADO. O CCar.’. Ir.’. Elói Ratacheski – informou que perto de 140 pessoas entre IIr.’. e familiares ali estiveram prestigiando o belo evento que ficará na história daquela comunidade maçônica. Or.’. de Rio Negro – Paraná.

Iniciação ao GR.’. 4 em Rio Negro

Em data de 06 de março de 2018 ao Or.’. de Rio Negro – Paraná. Sob os auspícios da Augusta Loja de Perfeição Cavaleiros Templários do Vale do Rio Negro. – Aconteceu a bela e magna Sessão de Iniciação ao Graú 4 do REAA. Os CCar.’. IIr.’. que foram galardoados com a referida promoção são: Anderson Rafael Wojt, Paulo Sergio Nadolny, Nivaldo Jorge de Oliveira, Walmir Antonio dos Santos. Registro enviados pelo Pod.’. Ir.’. Eloi Ratacheski. Parabéns aos novos IIr.’. Iniciados.

ARLS.’. Cavaleiros da Luz do Oriente Em data de 25-07-2019 a AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA CAVALEIROS DA LUZ DO ORIENTE, 136 REAA (GOP/COMAB) – que tem como seu Venerável Mestre o CCar.’. Ir.’. Ivan Marzollo. Realizou SESSÃO MAGNA DE SAGRAÇÃO DO SEU BELO ESTANDARTE presidida pelo Pod.’. IIr.’. RUBENS MARTINS JUNIOR, Grão Mestre do GRANDE ORIENTE DO PARANÁ. Na ocasião foram homenageados o G.’.M.’. e G.’.M.’. Adjunto, Rubens Martins Junior e Cristian

Flores Maldonado – pelo legado construído que permitiu ao Grande Oriente do Paraná tornar-se personalidade jurídica internacional de direito maçônico. Registro para a presença de diversas autoridades maçônicas e OObr.’. das LLoj.’. do Or.’. de Curitiba. Após magnífica cerimônia, todos foram recepcionados com uma deliciosa Paella Sevillana. Nossos abraços ao querido Ir.’. Ivan Marzallo e aos IIr.’. da Loj.’. Maçônica Cavaleiros da Luz do Oriente. Curitiba Paraná. Julho de 2019.


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Comanderia Marechal Osório Nº2 de Cavaleiros Templários Em data de 27 de julho de 2019 foi realizada a Cerimônia de Instalação e Posse da nova Gestão Administrativa da COMANDERIA MARECHAL OSÓRIO Nº2 DE CAVALEIROS TEMPLÁRIOS jurisdicionada à GRANDE COMANDERIA DE CAVALEIROS TEMPLÁRIOS DO BRASIL. O momento especial para todos os Cavaleiros Templários – contou com as presenças dos PPod.’. IIr.’. Companheiros - Past Grande Comandante de Honra da GCCTB, SK PAU-

LO ROBERTO CURI; do Grande Comandante da GCCTB, SK ROSSELBERTO HIMENES e do Grande Comandante Adjunto da GCCTB, SK LEONARDO H. SANT’ANNA. Sir NARCISO DA LOZZO NETO é o Eminente Comandante da COMANDERIA MARECHAL OSÓRIO Nº2 DE CAVALEIROS TEMPLÁRIOS. Nossos cumprimentos e votos de sucesso ao novo Eminente Comandante e seus Oficiais e Suboficiais. Curitiba Paraná., julho de 2019.


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CARTILHA DO MAÇOM

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onforme compromisso assumido durante as sindicâncias e no dia da iniciação, estabelecer como prioridade o dia da reunião em loja na semana. Colocar a roupa adequada sempre aos trabalhos, ou seja, terno escuro, gravata escura, meias e sapatos escuros, balandrau passado, e abotoado na gola. Sessões aonde profanos fazem parte, ex.: Magna Brancaou Pública, Adoção de Lowtons, Pompa Fúnebre, não é permitido o uso de balandrau. Balandrau, seu uso, ainda não foi totalmente identificado, em quais sessões, na Literatura Maçônica consta vestimenta usada para fins de urgência, e não de uso habitual. (Nós utilizamos em sessões não Magnas). Deve-se desde o início dos trabalhos alimentar seu lado espiritual, chegando cedo em Loja, em silêncio, de preferência em jejum, de banho tomado. Silêncio ... É uma palavra muito importante na Ordem Maçônica, quer na entrada da Loja, na entrada do Cortejo, durante os trabalhos em Loja, e por último, na saída do Cortejo. Firme seu propósito de vir para a Loja desenvolver seu lado espiritual Maçônico e não para ouvir fofocas, e sequer alimentá-las. Sente-se Maçônico na posição correta, treine os sinais secretamente, seja estudioso, tenha disciplina de postura, para sentar, ouvir, falar. Antes de apresentar seu trabalho em Loja, procure orientação junto a seu padrinho, para ser inscrito junto ao Secretário, antecipadamente, não esqueça que trabalhos extensos são cansativos e chatos, e muitas vezes perdem seu devido valor. Evite sacrificar os Irmãos em ter de aguentá-lo. Preste atenção ao desenrolar dos trabalhos em Loja, procure estar sempre atento, acompanhado do Ritual do Grau, aliás este deve vir sempre consigo, ele é a sua principal ferramenta de trabalho, acompanhando os trabalhos no Ritual você vai evitar de cometer gafes. Tenha sede de crescimento, querer subir de Grau é importante na sua Carreira Maçônica.Lembre-se que após a Loja base existem os Graus Filosóficos que vão do 4 ao 33 acredite em si próprio, no seu potencial, apresentando trabalho do Grau, trabalhos na Ordem do Dia, marcando presença em Loja, desenvolvendo o seu crescimento. Não espere por ninguém, assine revistas especializadas, consulte a biblioteca da Loja, pratique a leitura de um bom Livro Maçônico na sua casa. Exija do seu padrinho sempre o esclarecimento de dúvidas, não fique sendo apenas um espectador, caso o seu padrinho não seja atuante na Ordem, procure outros Irmãos Mestres que melhor lhe simpatize, eles terão o máximo prazer em lhe informar, esclarecê-lo e orientá-lo, não venha para a Loja somente por vir, faça valer a sua presença. Finalmente, leve uma vida Maçônica correta, com atitudes, e exemplos corretos, não somente com palavras, cumpra com suas obrigações familiares, financeiras, sociais e de negócios. Não adianta cumprir com obrigações Maçônicas e no mundo profano não ser idôneo. Autor: Desconhecido Texto enviado pelo CCar.’. Ir.’. José Aparecido dos Santos Or.’. de Maringá - Paraná

Sessão Magna de Iniciação na ARLS.’. Cavaleiros de São João A Aug.’. e Resp.’. Loj.’. Simb.’. CAVALEIROS DE SÃO JOÃO, 74 GOP/COMAB (REAA) que tem como seu Venerável Mestre o Ilustre Ir.’. João Eloi Olenike – realizou em data de 24-05-2019 – belíssima Sessão Magna de Iniciação – com seu Templo totalmente tomado pelos IIr.’. do quadro e valorosos IIr.’. visitantes que ali abrilhantaram o marcante evento, que destarte concedeu a VERDA-

DEIRA LUZ aos novos e queridos Irmãos Vinicius Belinati Loureiro e L.A.da Silva. Após a bela Cerimônia de Iniciação, todos os IIr.’. foram recepcionados com um deliciosos ágape fraterno – oferecido pela Loja Cavaleiros de São João. Nossos cumprimentos ao V.’.M.’. pela condução dos trabalhos e abraços fraternos aos novos Cavaleiros Iniciados. Curitiba – Paraná – maio de 2019.)

Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós. (Antoine de Saint-Exupéry)


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Sou tentado a repetir a história de um grande discípulo que foi a Deus pedir que lhe ensinasse a verdade. Disse o “pobre” Deus: “Meu amigo, hoje está fazendo muito calor; por favor, vai buscar-me um copo d’água”. O discípulo sai e vai bater à porta da primeira casa que encontra e uma linda jovem lhe abre a porta. O discípulo dela se enamora, os dois se casam e têm vários filhos. Então, um dia começa a chover, a chover sem parar. Os rios se engrossam, as ruas se inundam, as casas são arrastadas pelas águas. O discípulo se agarra à mulher, põe sobre os ombros os filhos e, ao sentir-se arrastado pela torrente, brada: “Senhor, imploro-vos que me salveis”. E o Senhor responde: “Que é do copo d’água que te pedi?”

AUG.’. RESP.’. LOJ.’. SIMB.’. Obreiros da Paz Nº2909 (GOB-PR) REAA Ao Or.’. de Pinhais – Paraná. Sob a direção dinâmica do CCar.’. Ir.’. Adir Rosa dos Santos – seu Venerável Mestre. Realizou uma belíssima cerimônia de Iniciação em data de 27 de outubro de 2018. Templo repleto de IIr.’. do quadro e visitantes que ali compareceram para abrilhantar a Magna Sessão que concedeu a VERDADEIRA LUZ aos novos IIr.’.

Bruno Felipe Klaar Pereira, Daniel Ribeiro Albini e Paulo Roberto Gubert. Nossos agradecimentos ao notável Ir.’. Adir Rosa dos Santos – pelo honroso convite e nossos abraços fraternos para os novos IIr.’. AApr.’. e para todos os queridos OObr.’. que compõe o quadro da Loja. Or.’. de Pinhais Paraná, 27 de outubro de 2018.

Texto do Livro: LIBERTE-SE DO PASSADO – Krishnamurti – pág.65

Luiz Henrique Rehme – Venerável Mestre Magnífica a cerimônia que aconteceu em 19-07-2019, quando da Sessão Magna de Instalação e Posse no TRONO DE SALOMÃO do nosso querido Ir.’. LUIZ HENRIQUE REHME – assume para o período de 2019/2021 o Veneralato da AUG.’. RESP.’. LOJ.’. SIMB.’. CAVALEIROS DE CRISTO, 162 (RITO AD0NHIRAMITA) fundada em 24-06-2013 – da constelação de LLoj.’. pertencentes ao GOP-COMAB-

-CMI. Sessão Presidida pelo Ilustre Ir.’. Aderbal Nicolas Muller. Um encontro fraternal digno daqueles que ali estiveram para ornamentar a bela e emocionante Sessão Adonhiramita. Temos a satisfação de registrar a presença elegante do Pod.’. Ir.’. CRISTIAN FLORES MALDONADO, Eminente Grão Mestre Adjunto do GRANDE ORIENTE DO PARANÁ – e muitos elogios para a sua participação ao destacar parte do Cerimo-

nial alusivo ao enredo daquela Ses.’. de Posse. Diversas autoridades do Grão Mestrado ali também estavam. Nossos cumprimentos ao Nobre Luiz Henrique e que tenhas uma ótima administração para o engrandecimento da querida Loja Cavaleiros de Cristo e é claro na fundamental valorização do RITO ADONHIRAMITA que tanto faz bem aos IIr.’. que o praticam. Curitiba Paraná. – julho de 2019.


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AO MEU FILHO

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oje eu abri um livro. Não sei exatamente porque, dentre tantos de minha biblioteca, escolhi aquele. Quando o abri, na primeira página, havia um desenho e o seu nome. Recordei-me do dia em que comprei a obra. Era um lançamento e muito caro. A capa encadernada, folhas de papel de primeiríssima qualidade, um autor famoso. Coloquei-o sobre a mesa da biblioteca, para o ler um pouco mais tarde. Lembro que quando descobri que você escrevera ali o seu nome, o chamei. Eu estava muito zangado. O livro era meu e você escrevera seu nome nele e fizera um desenho. Chamei-o para lhe dar uma grande bronca. Você veio sorrindo e, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, vendo que eu segurava o livro em minhas mãos, me disse: E daí, papai, gostou do coração que eu desenhei no seu livro? É o meu coração, papai... Para você. E também coloquei meu autógrafo. Como os artistas fazem. Gostou, papai? Você pulou no meu pescoço, beijando-me. Pois é, naquele dia não houve bronca. Como poderia? Eu estava preocupado com um livro que comprara e era precioso. Mas o meu bem mais precioso, você, tinha colocado nele a sua marca. Não por maldade ou por desejar estragá-la, mas para me dar um presente. Hoje, tantos anos passados, quando você já constituiu sua família e está distante, ao abrir o livro, tudo aquilo brotou dos arquivos da memória. Passei os dedos sobre aquelas garatujas que pretendiam ser um desenho do seu coração e seu nome. Você mal aprendera a escrever seu nome, em letras grandes. Você está longe, há tempos não nos falamos. A vida é tão estranha. Quantas vezes lhe disse para ficar quieto porque eu desejava ter um pouco de silêncio? Sabe, meu filho, daria tudo que tenho para ouvir sua voz, hoje, em minha velhice, aqui, na sala em que me encontro. Ter o seu abraço, outra vez. Não

sei quando tornaremos a nos ver. Seu trabalho o mantém muito distante de mim. Mas, saiba filho, foi muito bom encontrar seu nome e seu coração grafados em meu livro. Fez-me muito bem à alma relembrar tudo isso. E fico feliz em não lhe ter dado a bronca, naquele dia. Você me deu um grande presente. Deu o que você tinha de melhor: o seu afeto grafado. Sinceramente desejo que seus filhos façam o mesmo com você. Porque chegará sempre o dia em que, distantes, você ansiará por vê-los, por tê-los ao seu lado. Sinceramente espero que encontre escritos, bilhetes, desenhos em cada folha de seus livros, na capa de um CD. Obrigado, meu filho! * * * A disciplina e a ordem, o respeito aos bens alheios, com certeza são valores que os pais prezam passar aos seus filhos. Ninguém pense que se deva deixar os filhos fazerem o que querem, com os seus e os pertences de outrem. No entanto, há que se ter sensibilidade para exatamente estabelecer a linha divisória entre má-criação e um ato de amor. Entre maldade e expressão do mais puro afeto: de um filho para seu pai. Aprenda a valorizar as pequenas grandes coisas que se expressam em um gesto espontâneo, em um abraço inesperado, um beijo que parece fora de contexto. Jamais rejeite tais manifestações. Ao contrário, retribua, enquanto pode, enquanto seus filhos estão sob sua guarda, enquanto estão sob seu teto. Dia chegará em que a vida os levará distantes, como flechas disparadas por hábil arqueiro, para as conquistas que lhes cabem. E, então, você terá todas essas delicadas lembranças para alimentar os dias da sua saudade... Pense nisso! Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 19, ed. FEP. Em 5.10.2018.

ARLS.’. Templários da Fraternidade de Curitiba Nº167 (GLP)

Fundada em 01 de maio de 2013. Na belíssima Sessão que aconteceu em 08 de novembro de 2018 Sob a Luz e Inspiração do nosso bom G.’.A.’.D.’.U.’. – com a direção magistral do CCar.’. Ir.’. Maurício Viana Pacheco – Venerável Mestre. Assistimos uma bonita e orquestrada Sessão Maç.’. no REAA – que sublimou em toda a sua desenvoltura pelos regulamentos da Sublime Instituição. Dentro de sua espetacular dinâmica, foi realizada a filiação do nosso querido Ir.’. Douglas Molina, integrando agora o Augusto quadro dos CCar.’. IIr.’. daquela laboriosa Of.’. Nossos agradecimentos a todos os batalhadores OObr.’. e ao seu bom Venerável, Pod.’. Ir.’. Mauricio Pacheco – que nos recebeu com aquela alegria e galhardia que só os Grandes Mestres sabem receber. Ali encontrei os queridos e amados lapidadores da pedra, os IIr.’. Pacheco, Cicero, Anselmo, Assad, Emanuel, Elias, Leonel e Franzini – entre todos aqueles que são merecedores dos meus abraços fraternos. Minha gratidão!. Votos de muita paz para todos. Curitiba Paraná – 08 de novembro de 2018.


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Compromisso apenas com a FELICIDADE DAS PESSOAS

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urpreende a todos a velocidade com que, em nossos dias, a notícia se propaga através das redes sociais, não apenas quanto à redução do tempo entre a postagem e os leitores, mas também no que concerne à multiplicação do conhecimento da notícia, em sendo a mesma repassada para um universo de muitos e muitos grupos. Constataram-se esses fenômenos em recente movimento, em que uma classe de prestadores de serviços resolveu parar por algum tempo as atividades profissionais, até que suas reivindicações fossem atendidas. A voz de comando dos grevistas, postada através das redes sociais, adquiriu velocidade e multiplicação incríveis, deixando, à longa distância, as propostas de conciliação das associações, apresentadas através dos meios de comunicação tradicionais. Essa velocidade que as redes sociais ora proporcionam, oferece à nossa geração uma sensação de euforia pelo progresso alcançado e o usufruto dos benefícios dele provindos. Mas, observado de outro ângulo, lamentáveis têm sido as feridas causadas e com graves prejuízos para pessoas de bem, que por esse intermédio são difamadas e prejudicadas no desempenho de seus bons propósitos. Reporto-me às fake news ou seja notícias levianas e mentirosas, propositadamente implantadas com o objetivo de prejudicar instituições e ou pessoas. Essa ação maléfica, a cada dia, mais se constata, veiculando nesses reportados meios de comunicação, e tamanha é sua quantidade que as autoridades já se posicionam publicamente quanto à necessi-

dade da urgente produção dos antídotos legais a seu combate. As autoridades que mais se revelam preocupadas são os ministros da superior justiça eleitoral, em cujo âmbito de atuação fácil é prever a ocorrência desse mal, sobretudo durante o período de eleições. Recentemente, houve decisão, no TSE, punindo uma das plataformas pela divulgação de fake news que continham informações consideradas falsas referentes a uma das pré-candidatas a cargo eletivo este ano. Mas esse vício, que infelizmente prospera em determinados seres humanos, não é verificado somente “abaixo do Equador”. Pois, segundo consta, seu fantasma já teria feito assombração pras bandas do Norte. E, se verdade, até hoje ninguém o deteve. Então, precaver-se é preciso. E, nesse sentido, ouso oferecer algumas sugestões, como não ter pressa em repassar a notícia, por mais excitante e de aparente urgência com que ela se apresente. As postagens que difamam não devem povoar nosso espaço. É só deletar e nunca repassar. As notícias postadas por um grupo social vêm a ser um jornal virtual. Seu administrador é responsabilizado pelo que nele se publica, e quem repassa a notícia torna-se conivente com o seu conteúdo. Um dia, a lei adotará tolerância zero para com os emitentes das fake news e com quantos lhes derem curso. O maçom tem que estar atento, porque é agente de uma “Instituição que tem como objetivo tornar feliz a humanidade”. Ir.’. Antônio do Carmo Ferreira Or.’. de Recife - Pernambuco

Iniciação na Cavaleiros de Cristo Os novos IIr.'. Carlos Barrios e Osni Cercal - Iniciados em 17-08-2018 na querida Loja Maç, a Augusta e Respeitável Loj.'. Simb.'. Cavaleiros de Cristo (Rito Adonhiramita) - GOP. com sua reuniões nas sextas-feiras. Seu Venerável Mestre, o CCar.'. Ir.'. MARCELO JOHNSSON - dirigiu a brilhante cerimônia com a elegância que lhe é peculiar. Abraços a todos os IIr.'. daquela Of.'. Maç.'. em especial aos novos lapidadores reais, Barrios e Cercal - com a felicidade para os grandes encontros com o percebimento da filosofia da Sublime Instituição.. Curitiba - Paraná, em 17 de agosto de 2018

Arco Íris Em data de 07 de abril de 2018 – a bela cerimônia das PROMESSAS ARCO ÍRIS. Um registro pra gente guardar – entre as queridas meninas, a Lorena filha do meu Ir.’. do coração o Rogério Machado. Fica então o registro. Curitiba Paraná, abril de 2018.


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A ARLS.'. Cavaleiros de São João, 74 Em 01-12-2018 capitaneada pelo seu Ven.'. Mestre, Ilustre Ir.'. João Eloi Olenike - reuniu seu quadro de OObr.'. com respectivos familiares e queridos convidados para sua CONFRATERNIZAÇÃO DE FINAL DE ANO. Ali o único direcionamento era os festejos entre os IIr.'. e amigos. Uma festa dedicada ao entrelaçamento e carinho com todos que participavam da FESTA DA FAMÍLIA DE SÃO JOÃO. Que Deus Pai TODO PODEROSO ABENÇOE SEMPRE AQUELES QUE SE DEDICAM A FRATERNIDADE. Um ano de trabalho em prol do aprimoramento da FRATERNIDADE UNIVERSAL. Parabéns a todos que prestigiaram e aumentaram a grande magia do estar junto. Curitiba - em 01 de dezembro de 2018.


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A Aug.'. Resp.'. Loj.'. Simb.'. "Benfeitora da Ordem" Cavaleiros da Arte Real Nº 3245 (GOB-Paraná)

Iniciação na Cavaleiros de Cristo A ARLS.’. Cavaleiros de Cristo, 162 GOP/ COMAB que trabalha no Rito Adonhiramita e tem como seu Venerável Mestre o dinâmico Ir.’. Marcelo Johnsson – realizou em 17 de maio de 2019 magnífica Sessão Magna de Iniciação – recebeu a VERDADEIRA LUZ o nosso novo Ir.’. Marcelo Piragibe. A bela cerimônia contou com a presença de notáveis IIr.’. de diversas oficinas co-irmãs do Or.’. de Curitiba e região. Nossos abraços fraternos a todos que ali estiveram - num momento de glória – recebendo o novo Obreiro Piragibe. Paz e Saúde para os queridos IIr.’. que fazem da Loja Maçônica Cavaleiros de Cristo, uma grande e querida Loja. Curitiba Paraná., maio de 2019.

Fundada em 27-03-1982 E.'.V.'. de maneira magistral festejou os seus 36 anos de existência - tempo esse destinado aos trabalhos direcionados ao sublime aprimoramento moral da humanidade. Passaram pelas suas colunas grandes nomes da nossa Instituição. Em data de 05 de abril de 2018 nos elegantes salões do Caravelle Hotel foi realizado com a presença de IIr.'. de diversas LLoj.'. convidadas - magnífico JANTAR RITUALÍSTICO comemorativo ao 36º aniversário de fundação da querida Loja Maçônica. Comandou a bela

cerimônia, seu Venerável Mestre, o Nobre Ir.'. José Vicente Soares Jr.. Na oportunidade - única - foram homenageados os Ilustres e CCar.'. IIr.'. que, como V.'.M.'., tiveram a grata oportunidade de dirigi-la ao longo desse tempo. Registro para a presença do Pod.'. Ir.'. João Guilherme Collita, Presidente da PAEL - Poderosa Assembléia Estadual Legislativa - do Grande Oriente do Brasil-Paraná. Nossos abraços fraternos a todo o seu quadro de OObr.'. e os votos de Muita PAZ.'. Curitiba Paraná - em 05 de abril de 2018.

“Ser pedra é fácil, difícil é ser vidraça” (Provérbio chinês)


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O Xenofonte que a traça não roeu

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epois de consultas a livros velhos, páginas mortas, comparar histórias, buscar entendimento em antigos relatos, para chegar ao texto de hoje sobre Xenofonte, fui ao Machado de Assis, em Dom Casmurro, dando voz aos vermes que tanto penetraram nas obras literárias e como resposta escuto de um grupo de traças: “nada sabemosSenhor, nós só roemos”. Richard Hooke (1665) compara estes insetos, por sua forma voraz, a “um dos dentes do Tempo”. Tempo que destrói, que muda, que mata, que faz esquecer. Mas hoje estamos no século XXI. A obra de Xenofonte, A Retirada dos Dez Mil, (Bertrand Editora, Lisboa 2014) foi completamente explorada e traduzidapelo arguto prosador português Aquilino Ribeiro (1885-1963) onde desvenda a sagado antigo guerreiro, filósofo, escritor e narrador. A obra escrita por Xenofonte, 430 – 354 a.C, um dos mais célebres discípulos de Sócrates, abrange os impasses dos hoplitas mercenários se continuavam em combate no deserto da Síria ou se retornavam à Hélade quando da morte de Ciro, o contratador mercenário. Enfoque maior: a importância que os gregos davam à Liberdade e à Democracia; a opinião de um soldado recruta era ouvida com respeito nas decisões do exército. O que mais me encanta é ver Xenofonte usando da “licença poética” para se colocar como personagem do livro; ele é o General do hoplitas e narrador da história. Enfim, vê-se em A Retirada dos Dez Mil – Anábase, uma exortação à coragem do Ser. Afinal, refazer caminhos, ter dúvidas e abrir ouvidos às opiniões dos que nos cercam é ato de extrema valentia. Como um Júlio Cortázar, dei a “volta ao dia em oitenta mundos”. Os oitenta mundos de Xenofonte, o mundo atravessado pelos gregos: Lídia; Frígia; Lacaônia e Capadócia; Cilícia; Fenícia e Arábia; Síria e Assíria; Babilônia; Média; nas terras dos Farsianos e dos Hespéritos; Paflagônia; Bitínia; os Trácios da Europa; Seutes. Carducos, Cálibes, Caldeus, Macrões, Colcos, Mossínecos, Cetos, Tibaremos, Armênios. Era o ser humano cumprindo seu papel, cruzando rios, subindo montanhas, atravessando desertos lisos como o mar, lutando contra bárbaros, doenças, frio, neve, onde ocasiões surgiam em que falta mais o pão que a carne, noutras faltam tudo.

Ao alcançar a Babilônia, Ciro, o Chefe, o Príncipe perfeito, é morto por um pequeno dardo na famosa Batalha de Cunaxa pelo exército de Artaxerxes, seu irmão. Mas... as guerras aqui e ali eram interrompidas para, em redondo, ler as profecias nas entranhas dos animais que seriam servidos nas hecatombes em honra a Zeus, salvador, e a outros Deuses benignos que tão bem os guiaram. Todos comiam e bebiam e satisfeitos partiam para as competições. Chega o diado holocausto. Todos em trajes de festa assistem às corridas do dólico e às lutas de pugilato e o pancrácio. Gritos, risos e imprecações de todos os lados se ouviam. Varavamo dia em procissões votivas. Relatos fascinantes sobre a dança onde a coreografia consistia em semear a terra, o figurante que representava o papel do lavrador despia suas armas, semeava e lavrava tudo dentro da cadência da flauta. O ladrão fugia com a junta de bois; o lavrador subjugava o bandoleiro, e mãos atrás das costas, prendia-o com a soga à canga e assim entrava com ele na dança.Sucede-lhe um grupo de mantinenses e árcades endossado em belas armaduras e fazem a entrada ao som das flautas tocando marchas guerreiras. Uma rapariga aparece de adaga na mão e com destreza dança a pírrica; os aplausos crepitam. Perguntaram então os paflagônios aos gregos se as mulheres combatiam ao seu lado. E responderam-lhes: - Ora essa! Foram elas que correram o rei da Pérsia do campo para fora. Estava instaurado o “empoderamento” feminino. Valfredo Melo e Souza Academia Maçônica de Letras DF

Em data de 01-06-2018 Recebi no "Bureau" da Revista O CAVALEIRO de São João - a simpática e agradável visita do meu querido amigo (ex-copeliano) ANTONIO JOÃO CARDOSO. Nos momentos amáveis desse encontro, os bons papos de tempos fantásticos lá da nossa querida Umuarama. Antonio João Cardoso é irmão do saudoso JOAQUIM CARDOSO - meu grande amigo, companheiro de muitas idéias - que já faz tempo nos deixou, más reside em minhas lembranças que o tempo sábio que é - insiste em o manter em nosso imaginário. Era Umuarama nos idos de 1966, 67, 68, 69, 70 ... Como é bom reviver o que foi bom cujas reminiscências fazem colorir a aquarela desses tempos de agora. Um abraço fraterno ao querido amigo ANTONIO JOÃO CARDOSO - que traz em seu abraço o calor companheiro daquela família portuguesa que um dia conheci, me acolheram e deles guardei bons ensinamentos de seriedade e fraternidade. Sou grato. Muito grato a bonita família que conheci um dia!... (Curitiba Paraná - 01 de junho de 2018) Uma observação, a foto referida festa junina que aconteceu em junho de 1969 era promovida pelo Grêmio Recreativo Estudantil Edson Luiz - Joaquim Cardoso era seu Presidente.

1969

Deolindo

Joaquim

Santo Isaac, o sírio foi perguntado uma vez: - O que é mais precioso para um homem? "Seu mundo interior" o Santo respondeu sem hesitação. Não desista do seu mundo interior por nada no mundo! Reconcilie-se com você mesmo, e a terra e o céu se reconciliarão com você.


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7 DE SETEMBRO DE 1822: De qual Independência nos referimos?

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que se pretendia com o processo de Independência do Brasil? A liberdade política e administrativa ou a liberdade do povo brasileiro? Neste tocante, qual seria o papel da maçonaria? Lembrando que as respostas para estas perguntas devem estar em consonância com a essência, valores e juramentos que fazem parte da nossa ordem e que é do conhecimento de todos. Faço aqui um adendo, o processo de independência vivido por vários países, tiveram como base os princípios da Revolução Francesa, que pregavam a Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Assim, deixo mais umquestionamento: nossa independência, foi libertária, promoveu a igualdade e buscou a fraternidade entre nós? Sabemos que em 1822, a maçonaria brasileira estava dividida em basicamente dois grupos. Ambos eram favoráveis à independência, mas a corrente liderada por Joaquim Gonçalves Ledo, da maçonaria fluminense, defendia ideias republicanas, constitucionalistas e abolicionistas; já a outra, de José Bonifácio de Andrade e Silva, que ocupou o cargo de Grão-Mestre,defendia a manutenção de D. Pedro em regime de monarquia constitucional. Situação que posteriormente não foi aceita por D. Pedro, justamente pelo que a monarquia constitucional representa, a limitação do poder do imperador. Mas vamos aos fatos: - Durante anos vivemos sob o julgo dos diversos interesses de Portugal, pois éramos colônia. A riqueza que daqui se extraia era praticamente escoada para as terras portuguesas e de lá para outros destinos, principalmente para a Inglaterra. - A Europa vivia um momento delicado ocasionando pelos conflitos entre Inglaterra e França e as constantes invasões de Napoleão, que pretendia dominar toda a Europa. - Uma dessas invasões Napoleônicas ocorreu em Portugal, o que acabou provocando o exílio da corte de D. João VI, que teve como destino o Brasil, fato acon-

tecido em 1808. Não podemos esquecer que D. João VI teve apoio da Inglaterra. Mas achegada da Família Real, além de uma série de mudanças na rotina do Brasil,acabou provocandocom o passar do tempoalgo inusitado. A elite política e econômica brasileira percebeu a possibilidade de se livrar de vez do sistema colonial até então existente, começando, em meio às várias revoltasregionais que eclodiram no país, as conversas sobre o processo de independência. Tudo isso com a importante presença de vários maçons. Mas não podemos esquecer que do outro lado do Atlântico, os portugueses, muitos também pertencentes a ordem, sonhavam com o retorno do domínio sobre as terras brasileiras, pois não queriam perder a “galinha dos ovos de ouro”. Com a derrota de Napoleão, por volta de 1813 para os ingleses e seus aliados, os portugueses sentem que é hora de reestabelecer o domínio sobre o Brasil, para isto se faz necessário o retorno de D. João VI e o restabelecimento da política colonial. Justamente neste momento começa a “queda de braço” entre as elites brasileiras e portuguesas. Uma querendo a independência e a outra o desejo de voltar os tempos de domínio colonial. Mas como já dissemos os líderes brasileiros a princípio não comungavam dos mesmos objetivos. Todavia, naquele momento existia um inimigo em comum, não permitir o retorno do domínio português. E para isto só restava um caminho, articular a independência.

E assim foi feito, mesmo envolto de contradições, manifestadas pelos respectivos grupos (conservador e liberal) conseguiram articular a permanência de D. Pedro e decretar a Independência do Brasil. Contudo, a paz entre os grupos não passou de um suspiro. Gonçalves Ledo foi perseguido e as ideias republicanas desprezadas. Para o reconhecido historiador Evaldo Cabral de Mello: “o comportamento aparentemente (...) contraditório do imperador em relação à maçonaria é uma prova de que a instituição esteve longe de funcionar como um corpo monolítico em 1822, decidindo os destinos do Brasil nas suas reuniões secretas. Ainda segundo o historiador, uma acusação muito comum entre os maçons atualmente, é que o imperador teria traído seu juramento ao mandar fechar as lojas e proibir suas atividades”. Além do exposto sobre o comportamento de D. Pedro, outro ponto merece destaque no processo em estudo. Com a Independência se fazia necessário organizar o novo país, entre outras coisas, criar a Primeira Constituição, que ficou conhecida preliminarmente como a Constituição da Mandioca, devido aos membros constituintes serem em sua maioria pertencentes à oligarquia agrária e escravocrata. Nela está promulgada os interesses dos pequenos grupos, das oligarquias dominantes, e da manutenção do status quo da sociedade brasileira. Resumindo, a independência não chegou ao povo, não atingiu seus princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.


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Na verdade, a consequência do processo de independência, com o apoio de um dos grupos da maçonaria, liderado por José Bonifácio, estabeleceu uma nação sob o domínio oligárquico, conservador, elitista e mantenedor de uma sociedade injusta. Isto não quer dizer, nem tão pouco podemos afirmar que a história seria diferente caso as ideias do grupo de Gonçalves Ledo fossem predominantes, todavia, fica a incógnita. Segundo o Maçom Rogério Vaz (GOB/RS), publicado no periódico “O Malhete”: “diante deste cenário de oposição entre simpatizantes republicanos e monarquistas, podemos inferir que o processo da Independência do Brasil não teve nada de “romântico”, leve ou até mesmo consensual. O embate ideológico foi ferrenho e o terreno utilizado foi a maçonaria. No processo de independência brasileiro, quase todos os estados se dividiam entre as correntes liberais, que desejavam o modelo americano, de república federativa, e os conservadores, que preferiam centralização e unidade”. De todo o exposto, o que nos cabe é a reflexão. Muito mais que participar de um processo, no caso específico o de independência, precisamos perceber as intenções que se escondem por detrás destas participações, se elas estão realmente de fato em consonância com os ideais, princípios e propósitos da ordem maçônica. Caso contrário ela se torna apenas mais um instrumento para a manutenção de uma estrutura social injusta e desumana. A própria história, percebida na realidade vivida pelo povo brasileiro, é a prova viva que a Independência do Brasil não passou, como se diz no jargão popular, de um acordo entre quatro paredes, que beneficiou alguns e continuou explorando tantos outros. O país se tornou independente, mas o povo não. Todavia, para finalizar, assim como comecei, deixo um questionamento: quando de fato estaremos organizando e construindo uma sociedade de verdadeiros homens livres, de bons costumes e independentes, uma sociedade justa e fraterna, em que a liberdade, a igualdade e a fraternidade não passem de uma grande utopia? Ir. Walber Gonçalves de Souza (CIM 301.289) é obreiro da “ARLS Caratinga Livre” (nº 0922) Oriente Caratinga (MG), e da Academia Maçônica de Letras do Leste de Minas (AMLM).

ABAMOR – Associação Beneficente Quadradinhos do Amor

Recebi em 19-09-2018 aqui no “Bureau” da Revista O CAVALEIRO de São João, a simpática visita do Nobre Ir.’. Emerson José da Silva e da querida cunhada Josiane – ele Past Master da ARLS.’. Cavaleiros da Liberdade (GOB-PR) ela Presidente da ABAMOR – Associação Beneficente Quadradinhos do Amor. Uma visita de cortesia e de agradecimentos quanto as nossas publicações em prol daquela Associação Filantrópica – que vem ajudando as pessoas mais carentes. Na oportunidade a nossa Cunhada Jô – que está frente a um grupo de diversas voluntárias(o) que fazem mantas de crochê para serem doadas para asilos de Curitiba e região metropolitana, falou

sobre a grandeza do trabalho desenvolvido e de seus projetos futuros. Caso alguém tenha interesse em participar e ou ajudar os telefones para contatos são: 9 97512922 (Cunhada Jô) e 9 9966-0137 (Ir.’. Emerson) ou também através do E-Mail: emersonlyceum@hotmail.com. No ocasião manifestaram o empenho e o desejo de ajuda para a aquisição de uma máquina de fazer fraldas. Fica aqui, então, o aviso para todos aqueles que desejarem ajudar. Tá ai uma singela sugestão para os Valorosos IIr.’. do GRUPO SOLIDÁRIO – que tanto tem feito em prol das diversas entidades filantrópicas em Curitiba. É uma causa Nobre! (Curitiba – Paraná).


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Da São João para os Templários nos EUA

Nosso CCar.’. Ir.’. Edison Lima Neto – Da Aug.’. e Resp.’. Loj.’. Simb.’. Cavaleiros de São João – do Or.’. de Curitiba Paraná. Emérito pesquisador Maçônico, trabalhador sério em suas ocupações e audaz buscador das filosofias da Arte Real. Hoje Membro da FOLEY LODGE – 766 da Grande Loja do Estado do Alabama - EUA. E CAVALEIRO TEMPLÁRIO. Em data de 06 de outubro de 2018 no Mobile York Rite Bodies na Cidade de Mobile do Estado do Alabama, EUA – The Knight Templar da Comanderia de Mobile Cap.’. 21 – para recepcionar a visita do Pod.’. Grão Mestre das Grandes

Lojas do Alabama DAVID TUCKER, das Lojas Simbólicas Americanas (Blue Lodge). Nossos abraços fraternos e votos que continue perseguindo os nobres e sagrados ensinamentos que um dia começaram aqui com a gente. (Fonte: O CAVALEIRO de São João – Jornalista Ir.’. Deolindo Dorta de Oliveira – DRT-7154/PR – SOMOS TODOS IRMÃOS) Me Orgulho de ter vindo de uma Verdadeira Loja de Mestres, a A.’.R.’.L.’.S.’. CCav. de São João 74 do Grande Oriente do Paraná em Curitiba, onde os Verdadeiros Ensinamentos da Arte Real que aprendi,

devo muito aos meus IIr.’. dessa Loja como também em particular a um Amigo e Mestre com muito carinho o Pod. Ir. Deolindo Dorta de Oliveira! Se hoje cheguei a ser reconhecido e respeitado pelos Irmãos Norte Americanos das Grandes Lojas do Alabama, foram as grandes Sextas Feiras noturnas que estive ao redor dos Melhores Obreiros que estavam ao meu lado me ensinado a desbastar a Pedra Bruta que é a vida! Saudade de todos e quem sabe a qualquer hora a minha atual Loja Simbólica Foley Lodge 766, os acolherão a qualquer momento. Um TFA! Ir.’. Edison Lima Neto.

Loj.'. "Cruz da Perfeição Maçônica" Cardoso Junior, 661 Da constelação de LLoj.'. do GRANDE ORIENTE DO BRASIL-PARANÁ. Que tem como seu Venerável Mestre, o notável Ir.'. Carlos Barucker. Em 09-04-2018 iniciou as festividades dos seus 120 ANOS DE VIDA. Uma bela cerimônia caracterizada como uma Ses.'. "Retrô" dirigida por um dos decanos da Loj.'., o Valoroso Ir.'. Alceu Pedroso - tendo como Orador o Ilustre Ir.'. Eusébio Labadie - que em suas reminiscências trouxe a baila fatos e eventos de notória importância histórica da Loja e dos OObr.'. Cardosianos. Começando então as comemorações que ao longo desse ano estarão evidenciando sua trajetória com grandes encontros marcantes. Na Sessão de 09 de abril, a presença de PPod.'. IIr.'. e autoridades do GOB-PR que merecem nossos aplausos e respeitos. Entre eles os queridos IIr.'. João Darcy Ruggeri, G.'.M.'. de Honra do GOB-PR e Fernando Allessi, G.'.M.'. Adjunto de Honra do GOB-PR. Nossos cumprimentos aos IIr.'. da Centenária LOJA CARDOSO JUNIOR pelos grandes feitos para o engrandecimentos de nossa Ordem e por ser uma das VIGAS MESTRAS da Maçonaria Paranaense. Tenho muita alegria em ser MEMBRO HONORÁRIO dessa extraordinária Oficina Maçônica. Parabéns ao seu Importante e Valoroso quadro de Obreiros. Curitiba - Paraná.


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Todos vamos envelhecer… Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos. O segredo não é reformar por fora. É, acima de tudo, renovar a mobília interior: tirar o pó, dar brilho, trocar o estofado, abrir as janelas, arejar o ambiente. Porque o tempo, invariavelmente, irá corroer o exterior. E, quando ocorrer, o alicerce precisa estar forte para suportar. Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos. Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios. Erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores. Aprenda: bisturi algum vai dar conta do buraco de uma alma negligenciada anos a fio. (Adelia Prado)

“Podemos escolher recuar em direção à segurança ou avançar em direção ao crescimento. A opção pelo crescimento tem que ser feita repetidas vezes. E o medo tem que ser superado a cada momento” Abraham Maslow

20 Anos da ARLS.’. Flórido Abrão A Laboriosa Loja Maçônica Flórido Abrão Nº 3246 GOB-PR – comemorou em 10 de maio de 2019 seus 20 anos de existência – com magnífico jantar ritualístico. O CCar.’. Ir.’. José Adair dos Santos, Venerável Mestre – comandou a reunião festiva. Diversos convidados ali abrilhantaram a festa do seu 20º ANIVERSÁRIO. Registro para a presença dos VVal.’.

IIr.’. Alberto Silveira e Milton Mendes – representantes do Grão-Mestrado do GOB-Paraná – entre outras autoridades maçônicas. Parabéns a todo o quadro de OObr.’. pela data tão importante para o comunidade maçônica paranaense. Fotos enviadas pelo Ilustre Ir.’. Edgar Vieira., M.’.I.’. da querida Of.’. Curitiba Paraná – em 10-05-2019.


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Novos OOBR.’. na ARLS.’. Irmãos e Amigos São eles Adelcio Angelo Bazzo, Pedro de Castro Carneiro e Kleyton Miguel Presidente – iniciados em 13-112018 na AUGUSTA RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA IRMÃOS E AMIGOS nº 3804 – Rito de York – pertencente ao Grande Oriente do Brasil-Paraná. Comandou a belíssima cerimônia, o CCar.’. Ir.’. Omar Renato de Miranda. Representantes de várias LLoj.’. có-irmãs participaram da Sessão Magna que primou pela elegância da ritualística e é claro por toda a fraternidade dos IIr.’. presentes. Parabéns aos novos IIr.’. Adelcio, Pedro e Kleyton – que agora reforçam o quadro da Loj.’. e o ELO UNIVERSAL que ligam os MMaç.’. em todo mundo. Ao Or.’. de Curitiba, novembro de 2018.

Uma Sessão Maçônica ao Luar Aconteceu na noite de 16-07-2019 numa das serras de Minas Gerais – sob a coordenação do CCar.’. Ir.’. Carlos Martinho, Venerável Mestre da ARLS.’. HOROLDO DA SILVA MENDES do Oriente de Guarará – MG. Reuniu nesse memorável encontro fraternal – a Ceu Aberto – 76 IIr.’. pertencentes as LLoj.’. dos OOr.’. de Bicas, Pequeri, Guarará, Juiz de Fora, Mar de Espanha e São

João Nepomuceno (Minas Gerais) Nossos cumprimentos ao V.’.M.’. e aos queridos IIr.’. idealizadores e que outras iniciativas assim aconteçam. Material enviado pelo nossos Pod.’. Ir.’. José Vicente Daniel (Obr.’. da Loj.’. Maç.’. THEODÓRICA – Ao Or.’. de Pequeri-MG) – Escritor e pensador Maçônico que tanto tem colaborado com as edições de nossa Revista O CAVALEIRO de São João.


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MUNDO PROFANO e MUNDO MAÇÔNICO

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ois mundos diametralmente opostos, mas que necessitam de uma sadia convivência, de uma interatividade constante para que não haja o distanciamento de idéias que possam levar a um entendimento, como um elo de ligação entre ambos, não permitindo maior distanciamento de metas e de objetivos em favor do bem e da sociedade, de um modo geral. Hoje a vida de um mundo conturbado tem causado reflexos no comportamento das pessoas, impedindo que haja um convívio mais fraterno, mais humanitário e mais solidário entre os homens. Isto se pode compreender como fruto da exaustão das atividades praticadas em busca da sobrevivência. O corre-corre de cada dia leva os cidadãos a uma completa corrida pra resolução de seus problemas e de suas dificuldades, quer sejam financeiras, profissionais e particulares. O mundo profano não nos oferece muitos caminhos a serem percorridos. Temos de nos posicionar, de forma tal, para que não percamos o “foco” de nossos objetivos, de nossas metas e de nossos ideais. Existe uma concorrência desleal – fruto das circunstâncias em que vivemos – que muitas vezes nos impede um comportamento mais racional e mais consciencioso. Obviamente, sempre respeitando os direitos de cada um, respeitando a capacidade produtiva e as iniciativas tomas em função da busca de um melhor nível de vida. O mundo maçônico nos serve de equilíbrio (entre um e outro), onde os ensinamentos podem nos permitir esta diferenciação, nos encaminhar a uma aproximação de nosso aperfeiçoamento doutrinário, comportamental, sempre procurando compreender a necessidade de um trabalho em favor do bem comum dos povos das Nações e da humanidade. É verdade que as diferenças são grandes, mas não são incompatíveis. São diversificadas, mas não são independentes. Sempre existirão os meios de ligação entre estes mundos que possam fortificar a fé e a crença numa convivência, não apenas exterior mas também introspectiva, que nos leve à unificação entre os homens, entre os povos e entre todas as nações. A doutrina maçônica exige um policiamento em nossas mentes, para que nossos pensamentos possam estar de acordo com a nossa consciência de bem servir,, de procurar o melhor, de buscar a aproximação entre todos, de cuidas para que não sofra nenhum

deslize no sentimento altruístico da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade. (Respeito absoluto por esta TRILOGIA – Símbolo básico e pilar de sustentação da Maçonaria) Sua filosofia, estabelecida por seus princípios sempre voltados ao desenvolvimento da compreensão, da tolerância, da liberdade de expressão, do livre arbítrio, da igualdade, são fatores que nos obriga, de fato, a conviver com o mundo profano, onde nosso trabalho maçônico possa vir a ser compreendido, respeitado e voltado aos interesses de todos, de um modo particular, através da fraternidade e da disponibilidade em todos os mementos. Especialmente quando as necessidades forem maiores. Sabemos que a conciliação, às vezes se torna dificultada em razão de interesses que não condizem com o bom comportamento do ser humano. Sabemos que as diferenças sociais, políticas e financeiras, sempre são intervenientes ao relacionamento mais direto que deveria haver. Sabemos, mais, que nem sempre estamos preparados para os acontecimentos do momento que são gerados, intempestivamente, e que nos afastam uns dos outros, por razões diversas. Porém, os mundos e “Profanos e Maçônicos” não podem estar divorciados um do outro. A luta para que sejam mais unidos e mais coesos, está dentro de nós, está em nossa disposição de lutar para que não haja diferenças ou idéias e objetivos radicalizados. Não importam, nem mesmo, os princípios ideológicos e políticos, pessoais e religiosos, sociais e, muito menos tendenciosos. Nosso Brasil hoje passa por momentos de

grandes turbulências políticas, econômicas, financeiras, jurídicas onde o recitativo é sempre estabelecido por interesses pessoais ou de grupos poderosos, ou de defesa do mando e do poder e, ainda do tráfico de influência. Isto tem dificultado, sobremaneira, a união entre as classes sociais, políticas e de concepção entre o que é certo e o que é errado. As leis não são cumpridas. Os pontos de vista são contraditórios. Os interesses são mais particulares que coletivos. (o que não deveria acontecer) A Maçonaria, no entanto, de há muito já deixou de ser um mundo secreto. Passou a procurar um contato com a sociedade, através de Sessões Públicas, abertas às autoridades e pessoas influentes. Tem procurado, não interferindo, mas alertando para a necessidade de que se faça a justiça social, que se faça cumprir os direitos dos cidadãos e que haja o respeito entre todos. Os mundos “Profano e Maçônico”, se unidos, muito poderão fazer pela Paz, pela Harmonia e por um mundo melhor e mais humanizado. Basta que haja a boa vontade de todos. Basta que haja um trabalho cooperativo para que tudo seja melhor. Basta que um não queira se sobrepor ao outro. É preciso que haja lealdade e respeito entre os homens para que a felicidade por acontecer. Que o Grande Arquiteto do Universo Ilumine a todos e que abençoe nosso povo e nossa Nação Brasileira. Que nos mostre os caminhos a serem seguidos, direcionando nossos passos. Que nossos atos e ações sejam solidários e que estejam sempre voltados ao congraçamento entre todos. A Sociedade precisa de harmonia. O mundo necessita de PAZ. Os homens precisam ter espírito de compreensão. Mudanças urgentes se fazem necessárias. A luta contra o mal, contra os preconceitos e contra os princípios da discriminação social, pode ser árdua, mas não invencível. Hoje, o mando e o poder, alimentados pela ferrenha e indesejável ideologia política e pela força do poderio econômico, nos parecem insaciáveis. Só mesmo a unidão e a justiça poderão tentar mudar esta caótica situação em que vivemos. Ir.’. José Vicente Daniel Loj.’. Maç.’. Theodórica Pequeri - MG. Loj.’. Maç.’. Caridade e Luz - Bicas - MG


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Maçonaria e as Mães PALESTRA, NA ARLS.'. IRMÃOS E AMIGOS. Rito de Iorque) (GOB-PR). No dia 08 de maio de 2018 (uma quarta-feira beleza da vida) – Em Sessão pública – sob os cuidados do zeloso Ir.'. Clory Alberto Sartori – seu Venerável Mestre. Todos os IIr.'. presentes, cunhadas e convidados – foram presenteados de maneira fidalga – com a fala tranquila, serena e muito simpática dos nosso querido Ir.'. JOÃO DARCY RUGGERI, Grão Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil-Paraná (24-06-1991 à 24-06-1995). Com sua brilhante condição de mostrar as nuances de nossa Sublime Instituição para aqueles que estão na sua labuta e naquele momento para os nossos queridos convidados ali presentes que tem essa intenção. Ruggeri, conseguiu durante sua fala, prender a atenção de todos. Com sua condição de grande literato, emérito escritor maçônico, falou aos corações de todos que ali estavam, sobre a figura da MÃE e da Mulher, aplaudido que foi pela grande apologia a essa figura de Mãe e Mestra que permanece – sempre – em nossos imaginários. Foi também - no momento especial - entregue os TÍTULOS DE MEMBROS HONORÁRIOS daquela querida Of.'. Maçônica aos IIr.'. João Darcy Ruggeri e Iberê Indio do Brasil. Fica aqui os nossos cumprimentos ao Venerável Mestre – Ir.'. Clory, ao seu dileto quadro de OObr.'. e a todos nós que ganhamos com aquela belíssima Sessão que coroou a noitada com um excelente àgape para os presentes. Curitiba - Paraná - maio de 2018.


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Reflexões de um Jovem Mestre Maçom “O verdadeiro mestre não é aquele que ensina, é aquele que de repente descobre que aprende.” (João Guimarães Rosa) Finalizada a cerimônia de exaltação ao grau de mestre maçom, o sentimento de êxtase1 por tudo o que ocorreu, um ambiente fúnebre, lacrimoso e acusações pela morte do Mestre Hiram, assaltam o espírito de qualquer maçom que passa por mais esta etapa na caminhada maçônica. A preparação do templo e a ritualística desenvolvida remetem ao recém exaltado a lembrança da morte, tristeza, dúvidas e acusações e mais ainda, o desalento total pela perda do Mestre e a sua representação, o conhecimento, e o início da busca pela palavra perdida. E a morte representa o fim? Ou ela é um prenúncio de uma renovação? O início da jornada de todo maçom é com apenas três passos, o que não se sabe é qual será o caminho a trilhar e quem nos acompanhará, dispostos e com fervorosa vontade seguimos em frente e novamente surge mais uma etapa, a elevação ao grau de companheiro, onde surgirão mais dúvidas, perguntas e expectativas. Neste grau fomos apresentados a estrela e instigamos a ir mais longe. O quanto é ir mais longe? Este caminho é longo, tem algum fim, aonde chegaremos? Alcançar o mestrado é seguir o caminho, é mais uma estação onde muitos podem até parar para descansar ou desistir. Outros porém, estimulados pelo exemplo de maçons mais antigos, seguem sua viagem maçônica em frente para saber o que há na próxima parada. Ao longo de todo este trajeto estaremos sempre acompanhados, nunca sozinhos, haverá sempre um irmão próximo, que nos amparará e consolará quando assim neces1.

sitarmos. Para tanto é imprescindível que também sejamos acompanhantes. O mestre é exortado a ensinar, ser o guia e modelo dos irmãos que estão chegando na ordem, porém para um jovem mestre maçom a caminhada está no início e sua experiência e conhecimento serão suficientes para cumprir tão importante tarefa? Se forem bem escolhidos para ingressarem na maçonaria, estes possuirão habilitação e qualidades de sobra para ensinar,

sendo esta a precípua missão de todos, devendo ser constante e valorizada. Uma loja maçônica que não privilegia o estudo, o debate e a troca de conhecimentos entre seus integrantes está correndo o risco de torna-se apenas um local para executar o ritual e reunir-se para o ágape. Esta reflexão visa estimular os irmãos experientes e com uma boa “quilometragem” de caminhada maçônica. O silêncio desses irmãos deve ser quebrado, recorrendo as es-

crituras sagradas, onde diz, “ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou coloca-a debaixo da cama. Ele a coloca no candeeiro, a fim de que todos os que entrem vejam a luz”. Analisando sob esta ótica reforça-se que o saber não pode ser egoísta. Conhecimento é Luz! Cora Coralina nos ensina que “feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”, assim deve ser o pensamento do Jovem Mestre Maçom, que é transmitir e praticar aquilo que aprendeu, compartilhando informações e experiências, estimulando, questionando. O Jovem Mestre Maçom deve dar o seu testemunho e honrar o compromisso de ser um moderador para os novos Aprendizes e Companheiros, para que possam ser melhores do que aqueles que os treinaram. O bom mestre é uma verdadeira ponte que liga margens e protege das águas da ignorância seus viajores. Concluímos dizendo que a missão de um Mestre Maçom terá êxito quando seus Aprendizes, Companheiros e agora Jovens Mestres Maçons estão ensinando e tornando-se referencial para os que estão chegando! Relembremos a recomendação de Jesus: “A messe é grande, mas poucos são os operários! Orai para que o dono da messe mande operários à sua messe!” (Mt. 9:37) Rogério Vaz de Oliveira Relações Públicas; Especialista em Comunicação Pública; Especialista em História da Maçonaria; Mestre Maçom da Loja Estrela do Sul 84 – Bagé/RS; Sócio Correspondente das Academias Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul e o Leste de Minas. Contato: rogeriovazbr@gmail.com

Estado de quem se encontra como que transportado para fora de si e do mundo sensível, por efeito de exaltação mística ou de sentimentos muito intensos de alegria, prazer, admiração, temor reverente.


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Breve História do Rito Escocês Retificado INTRODUÇÃO Podemos dar início a uma explanação a respeito deste belíssimo rito, a partir do conceito que a tal expressão “retificado” NÃO está relacionada em momento algum ao REAA, e desta feita, explicar que sua origem é independente deste. Para tratar a respeito da expressão “escocês” e que refere de fato ao ESCOCISMO, elegemos José Castellani e Paul Nadon, que afirmam, teriam suas origens e desenvolvimento em França, a partir da Grande Loja de Londres, em 1717. A expressão teria surgido em alusão ao Grau Mestre Escocês, praticado em Loja parisiense desde 1735, e que, segundo OSWALD WIRTH, compunha o Quarto Grau desse sistema; a expressão “escocês” proliferou, mormente a realidade de que a maioria católica jacobita era composta por escoceses e irlandeses, quando do surgimento das lojas fiéis aos Stuarts, exitosas com a ascensão de Carlos II. DESENVOLVIMENTO A sucessão de Hanover foi o resultado do Decreto de Estabelecimento de 1701, aprovado pelo Parlamento da Inglaterra, após a morte da Rainha Ana, que não deixou herdeiros, e como haviam outros pretendentes até mais próximos da dinastia, e a sucessão deu-se por decreto, surgiu a celeuma, a causa e o nome do grau... Há muito mais a respeito do escocismo, mas aproveitamos o gancho da data, e o contexto à época; saltamos para 1770, quando “a Ordem da Estrita Observância Templária (EOT) passou por uma crise de legitimidade na Alemanha.” (Joanisval Gonçalves, “O Regime Escocês Retificado: breve histórico o convento das Galias 1778.” Art.) Essencialmente por conta da fragilidade dos argumentos do barão Von Hunt, quando desafiado a prova e justificar as origens dos conhecimentos e graus da OAT, apresentando apenas como referências, os “Superiores Incógnitos”, entre eles EQUES A PENA RUBRA. O barão afirmava ter sido designado restabelecedor da Ordem dos Cavaleiros do Templo, extinta em 1312, e muito resumidamente podemos dizer que os bens, propriedades, terras e riquezas dos Cavaleiros Templários deveriam ser novamente reunidos para que a ordem pudesse ressurgir em sua integridade. É óbvio que isto era e é impraticável, pois tudo ou já fazia parte do

patrimônio francês ou já havia sofrido transformações administrativas e físicas. Assim, no Convento de Kohlo, 1772, decidiu-se que a ordem passaria a ser chamada Rito Escocês Retificado; qualquer referência aos Superiores Incógnitos foi suprimida e eis que surge o aspecto mais importante e que define o Rito e o Regime Retificado: a organização Clericato, fundada pelo teólogo orientalista Barão Johann August Von Stark celebra um acordo, neste mesmo convento com o Rito acima mencionado (não nos esqueçamos que apesar da mudança do nome é ainda essencialmente a estrita observância templária). A organização Clericato afirmava manter membros que seriam descendentes do clero da Ordem do Templo, mantido em segredo desde o século XIII e cujos rituais estavam redigidos em latim e copiados dos pertences ao conde de Milosino, rituais inspirados em rosacrucianismo e de forte tendência católica, prometendo revelações secretas sobre os essênios e dos templários” (Jean M. Vivenza, História D’El Gran Priorato de Las Galias, 2014). Já se delineiam fortemente as características que imprimiriam a tradição cristã gnóstica que é a essência, o eixo condutor do moderno RER. Ainda mas importante foi a eleição do Duque Ferdinand de Brunswick, e a destituição do Barão Von Hundt, sendo-lhe atribuídos apenas cargos honoríficos. A partir deste convento o Rito Escocês Retificado, diante da importância política do Duque Ferdinand, expandiu-se da Alemanha para a Suíça, Dinamarca, Polônia, Hungria, Rússia, Itália e Savóia. Também em direção a França e tendo como mentor o próprio Von Hundt, o Barão Von Weiler (com o qual Willermoz teria algumas diferenças) “organizou o Diretório Escocês da reforma de Dresde, ou retificação em França estabelecendo três províncias: Borgonha, Ocitania e Auvernia.” em 1772.

(...)Através do próprio Von Weiler, Vigário Geral de Dresden, EQUES A SPICA AUREA (Cavaleiro da Espiga Dourada) Willermoz é apresentado a Von Hundt, admitido na ordem templária e armado Cavaleiro em 1774 junto com outros irmãos de Lyon. (Joanisval Gonçalves, opus cit.) Jean Baptiste Willermoz é nomeado Grão-Mestre Provincial e diretor dos Altos graus Templários; concluiu o Tratado de União entre os Diretórios Retificados e o Grande Oriente da França em 1776, o que estabeleceu o Rito Escocês Retificado neste país. Em 1778, em Lyon, ocorreu o Convento das Galias, aonde os objetivos anteriores da EOT foram remodelados, retificados, afastando-se dos estudos e práticas alquímicas e ocultistas e aproximando dos objetivos maçônicos de cunho social e fraterno. Também neste convento a ordem deixa de ser uma instituição exclusiva da nobreza e abre-se a plebeus sob a condição de honestidade perante a sociedade civil, incluindo aí o próprio Willermoz, que era profissional liberal e burguês, ampliando enormemente o potencial para iniciações e da expansão da ordem em França. É desta tradição de nobreza que ainda permeia o Rito Escocês Retificado, e que dá sustento a busca das virtudes que enobrecem a alma do homem, e são mantidos tradicionalmente o chapéu tricórnio, as luvas e a espada, enquanto emulação do elmo de cavalaria, da mandifer e da espada, carregado das tradições de batalha Templárias, mas adequados a sua utilização pela nobreza; espera-se do maçom iniciado ou regularizado neste rito que tais virtudes venham a desenvolver-se em seu espírito. Não se pode falar seriamente sobre o RER sem citar os 3 nomes principais, quando se trata de sua espiritualidade: Martinez de Pasqually, Louis Claude de Saint Martin e Jean Baptiste Willermoz. A contribuição de Pasqually reside, muito resumidamente e praticamente ignorando a pujança de toda a sua obra, em seu círculo Ellus Cohen, ou Sacerdote Eleito, um verdadeiro mergulho no espiritualismo e esoterismo; Saint-Martin, discípulo de Pasqually, e suas leituras de Jacob Boheme, abandona o trabalho Cohen e passa a professar uma via que denominou”cardíaca”, introspectiva e despojada dos rituais e objetos ritualísticos, e que sob a égide de Papus, derivou no moderno Martinismo.


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“É à obra de Abbadie, A Arte de Conhecer a Si Mesmo, que devo meu afastamento das coisas mundanas; é a Burlamaqui que devo minha inclinação pelas bases naturais da razão; é a Martinez de Pasqually que devo meu ingresso nas verdades superiores; é a Jacob Böehme que devo meus passos mais importantes nos caminhos da Verdade.” L.C. Saint-Martin. Willermoz participou dos trabalhos e iniciações Cohen, mas direcionou os esforços na compilação dos rituais, conforme vimos acima, afastando o simbolismo dos trabalhos alquímicos e cabalísticos e enfatizando o aspecto fraternal na maçonaria. Os rituais praticados no GOB passaram recentemente por dois eventos realizados com a função de adequar o rito o mais fielmente possível a suas origens: o 1º Convento de Brasília e o Convento de Curitiba, dos quais resultaram os rituais praticamente idênticos aos originais franceses, guardadas as adequações ao nosso RGF e Constituição. CONCLUSÃO Podemos acrescentar que após o simbolismo nas lojas ditas azuis, existem os graus de Mestre Escocês de Santo André, Escudeiro Noviço e Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa (CBCS), ápice do Rito. esse último nome foi cunhado em substituição à expressão Cavaleiro Templário, justamente pelo cunho da retificação incluir o necessário afastamento de qualquer interesse, ambição ou aventar possibilidades de que os bens espoliados aos Templários voltem a eles pertencer. E conforme a explanação inicial, o Rito abriga em sua Senda o cristianismo gnóstico, ou seja, sem vínculo com qualquer confissão cristã reconhecida, e sem nenhuma referência à estas doutrinas. E por não haver passado pelo processo de descristianização da maçonaria a época da Revolução Francesa muito embora contemporânea, mas tenham os maçons do rito a época passado por suas consequências, a documentação do rito encontrou abrigo na Suíça, o que o manteve no formato idêntico ao de sua criação com toda a documentação intacta e hoje em dia restaurado em França e disponíveis nos museus de Paris e de Lyon; ainda mantém as características culturais das influências cristãs no rito, o que pode acarretar incompreensão, tal qual fôra uma religião, do que por óbvio não se trata, mas da aplicação da doutrina Cristã em sua filosofia conforme a concepção original do rito. Guarda características teístas, por afirmar a existência de um único Deus, de caráter pessoal e transcendente, soberano do universo e em intercâmbio com a criatura humana. Cavalheiresca, templarista, oferece surpresas culturais e iniciáticas àqueles que guardam afeição ao cristianismo gnóstico enquanto diretriz para seu aperfeiçoamento e reforma íntima. Não basta afirmar-se eterno aprendiz, é necessário ouvir, ver e calar, deixar que a carne se desprenda da matéria Ir.’. Mucio Ferreira de Abreu M.’.I.’. ARLS Irmãos e Amigos 3804 - Rito de York, Or. de Curitiba ARLS Luz Invizivel 4160 RER, Or. de Curitiba

Seis Anos da Cavaleiros de Cristo A Aug.’. e Resp.’. Loj.’. Simb.’. CAVALEIROS DE CRISTO (Adonhiramita) GOP-COMAB – comemorou em 29-06-2019 o seu sexto aniversário e a confraternização dos seus queridos OObr.’. aconteceu nos salões de festas da residência do Ilustre Venerável Mestre da Loj.’. –

o distinto e fidalgo Ir.’. MARCELO JOHNSSON. Pelo que sei a festa foi muita boa (faltou eu lá é claro) pois estar com aqueles Irmãos é bom demais. Parabéns para a laboriosa Loja Maçônica e uma abração para todos os IIr.’. Curitiba Paraná., junho de 2019.


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A Aug.'. e Resp.'. Loj.'. Simb.'. Cavaleiros de São João

Fundada em 24 de junho de 1985 E.'.V.'. Pelos notáveis IIr.'. Alberto Zocco Junior, Avelino Zanon, Celso Neves de Àvila, Deolindo Dorta de Oliveira, Edison Adir Becker, Fari Amadeu Nassin, João Laércio G. Fernandes, José Lopes de Vasconcelos, Mário Artigas, Nabor Soares, Otílio Correa Gomes, Osmir Chaves de Mello, Silas Lourival Siqueira, Valmiro Trombeta Favassa e Vicente Pacheco. Nosso pleito de gratidão pela grandeza e objetividade no processo de fundação da querida Loj.'. Maçônica. Com sua trajetória de lutas e buscas de caminhos escampos na esperança de consolidar conhecimentos e paz no realce de aprimoramentos em prol da humanidade. - Hoje festejou seus 33 anos de fundação. Uma confraternização reunindo seu quadro de OObr.'., familiares e convidados - num almoço fraterno e comemorativo pela data de grande significado, pelo dia de SÃO JOÃO, nosso Padroeiro e é claro pela paz entre todos. O registro para as presenças dos IIr.'. Pacheco e Deolindo., remanescentes dos IIr.'. responsáveis pela fundação da querida Loj.'. que vem ao longo do tempo mostrando que o importante entre os Iniciados é - sem dúvida alguma - a FRATERNIDADE que deve reinar soberana entre todos. E que pela inspiração de nosso Bom G.'.A.'.D.'.U.'. A Loj.'. CCav.'. de São João - faz entre seus pares e propaga a importância do ESTAR JUNTO. No Templo ao consagrar seus trabalhos e SEMPRE no convívio com todos. Dos IIr.'. fundadores, muitos já foram chamados para o Or.'. Eterno. Deles, restaram muita saudade, respeito e o carinho por terem vividos juntos com a gente. Curitiba Paraná.


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20 FRASES de CARL JUNG que economizam 10 anos de terapia É claro que o título é uma brincadeira, entretanto, as frases abaixo definitivamente merecem a nossa atenção devido a sua profundidade. São grandes lições. Vamos lá!? 1. “Até que você torne o inconsciente em consciente, aquele irá direcionar a sua vida e você irá chamá-lo de destino.” 2. “Tudo que nos irrita nos outros pode nos levar a uma compreensão de nós mesmos.” 3. “A reunião de duas personalidades é como o contato de duas substâncias químicas: se houver alguma reação, ambas são transformadas.” 4. “Você não se torna iluminado imaginando figuras de luz, mas sim ao tornar a escuridão consciente. Porém, esse procedimento é desagradável, portando, não popular.” 5. “Conhecer a sua própria escuridão é o melhor método para lidar com as trevas das outras pessoas.” 6. “Se você é uma pessoa talentosa, isso não significa que você ganhou algo. Significa que você tem algo a oferecer.” 7. “Erros são, no final das contas, fundamentos da verdade. Se um homem não sabe o que uma coisa é, já é um avanço saber o que ela não é.” 8. “Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para o seu próprio coração. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.” 9. “As pessoas vão fazer qualquer coisa, não importa o quão absurdo, para evitar olharem para suas próprias almas.” 10. “Solidão não é não ter pessoas ao seu redor, e sim ser incapaz de expressar coisas que parecem importantes, ou de perceber certos pontos de vista que os outros acham inadmissíveis.” 11. “A depressão é como uma mulher vestida de preto. Se ela aparecer, não a afaste. Convide-a para entrar, ofereça-lhe um assento, trate-a como uma convidada e ouça o que ela tem a dizer.” 12. “Um homem que não tenha passado pelo inferno de suas paixões, nunca irá superá-las.” 13. “Sua percepção se tornará clara somente quando você puder olhar para dentro de sua alma.” 14. “O pêndulo da mente oscila entre sentido e absurdo, não entre certo e errado.” 15. “O que você resiste, persiste.” 16. “Um sonho é uma pequena porta escondida no santuário mais profundo e mais íntimo da alma, que se abre para a noite cósmica e primordial, que é a alma, muito antes de existir o ego consciente.” 17. “Nós podemos pensar que conseguimos controlar totalmente a nós mesmos. No entanto, um amigo pode facilmente revelar algo sobre nós e do qual não temos absolutamente nenhuma ideia.” 18. “Tudo o que diz respeito às outras pessoas que não nos satisfaz, nos ajuda a entender melhor a nós mesmos.” 19. “Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que eu escolhi ser.” 20. “Não se apegue a quem estiver partindo porque assim você não irá conhecer quem estiver chegando.” (by – Paulo Mariano – Londrina Paraná)

Capítulo Santo Sepulcro e Conselho Críptico Crípta de Salomão Recepciona autoridades do REAL ARCO. Nos dias 6, 7 e 8 de setembro – aproveitando visitas a diversas localidades do Estado do Paraná, esteve em Curitiba o Pod.’. Ir.’. Paulo Roberto Curi – ao ensejo também de uma rápida visita ao CCar.’. Ir.’. Narciso Da Lozzo Neto que estava em recuperação de uma intervenção cirúrgica. E na oportunidade que se apresentava, diversos assuntos relativos ao REAL ARCO, de ordem administrativa e estrutural, ali foram abordados para o fiel cumprimento das obrigações junto as diversas agremiações subordinadas ao GRANDE CAPÍTULO DE MAÇONS DO REAL ARCO DO BRASIL. Registro para as presenças dos Notáveis IIr.’. Paulo Roberto Curi, Past Grande Comandante da Grande Comanderia de Cavaleiros Templários do Brasil; Leonardo Sant’Anna, Grão Mestre Geral Adj.’. do General Grand Council Of Cryptic Masons International; Aristides Rodrigues do Prado Neto, Sumo Sacerdote do Cap.’. Santo Sepulcro de Maçons do Real Arco; Eduardo Bitencourt de Figueiredo e Deolindo Dorta de Oliveira, Editor da Revista O CAVALEIRO de São João. E o grande anfitrião Narciso Da Lozzo Neto, Ilustre Mestre do Conselho Críptico Crípta de Salomão. Curitiba – Paraná. Setembro de 2018.


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Amigos, Irmãos Presença em Loja

O

Profano, ao ser convidado por um amigo, para estar entrando a fazer parte da Mãe Maçonaria, é para poucos e pincelados na sociedade na busca de pessoas de ótima índole e homem livre e de bons costumes, para ingressar tem toda uma busca de currículo pessoal, como também para tal feito, tem várias fases que deve responder, conforme abaixo: Ficha Preliminar de Candidato à Admissão (Iniciação); O padrinho mestre maçom, inicia todo um currículo inicial do candidato a ser iniciado e citando todas as razões do por que em indica-lo, para se passar em primeiro plano em Loja Maçônica. O padrinho tem todo um trabalho e os obreiros de sua futura Loja Mãe e também das demais Lojas, para apreciação inicial e liberações. Ficha de Cadastro Único (Preenchimento do Candidato); O padrinho mestre maçom, entrega para o candidato e este deve preencher de próprio punho e respostas diretas por ele mesmo e sem pressão de ninguém para o que deve conceder em respostas francas e diretas, como é uma das perguntas básicas; poderá frequentar com assiduidade aos trabalhos maçônicos? Com uma resposta simples e bem direta “SIM”, sem pestanejar... E dentre outras de cunho financeiro e outras mais!! Ficha de Sindicância (Três Mestres Maçons); O Venerável Mestre, indica e coloca nas mãos de três mestres maçons, as Fichas de Sindicâncias, para que se faça e cumpra junto ao candidato, seus familiares e aqueles que o conhecem na vida profana, tendo um trabalho árduo por parte não somente dos Obreiros da Loja, mas tendo o tempo de cada mestre maçom sindicante a percorrer. E são diversas perguntas de ordem pessoal, como também; Está preso a algum compromisso e ou juramento que o impossibilite de assumir e cumprir os deveres maçônicos? Uma resposta franca e direta do candidato – “NÃO” e tendo uma outra pergunta simples e direta; Suas ocupações lhe permitirão ser um obreiro assíduo aos trabalhos de sua Oficina e capaz de desempenhar as missões que lhe forem incumbidas? Outra resposta ainda mais singela – “SIM”.

Todo tempo gasto, trabalho árduo para ingressar um profano na Ordem Maçônica, leva tempo, custo, desgaste mental, físico, para se passar por tudo isso, tendo mais de sete horas no dia de sua preparação para estar adentrando aos mistérios da Maçonaria, tendo a presença de obreiros da Loja e de outras Lojas do mesmo Oriente e de outros Orientes. Como também, o trabalho das cunhadas nos afazeres da preparação do Ágape, montagem do Salão de Festas e homenagem aos Iniciados e seus Familiares, isto não é somente em um dia de preparo, mas todo um trabalho mental, físico, para que não haja erros, como se fosse um nascimento de um filho ou irmão para dentro da Família Maçônica!! Mas, tudo isto é uma tratativa que teve de ótimas referências, homem livre de bons costumes, que foi pincelado na sociedade e teve todo comprometimento que estaria presente em seus trabalhos, no desbaste de sua pedra bruta interior, se lapidando, polindo, como também estaria burilando e se tornando um homem não perfeito, mas tentando a sua perfeição e em seguida, passando o seu aprendizado para os que estão entrando, como fizeram para ele! Será mesmo? Tendo muitos que se esquecem de seu comprometimento, mais falta do que tem presença; não busca o seu estudo e quando é cobrado, sai pela tangente; muitosnão comparecem mais em Sessão e chegando a

não ter presença de 25% do Ano Maçônico! Outros quando chegam ao ápice do grau simbólico, esquecem que ao completar o último degrau, tem mais estudos para se aprimorar mais e mais. A Ordem Mãe Maçonaria é exemplar, se todo aquele que adentra em suas fileiras, com o seu desbaste, polimento e se burilando internamente e externamente, em seus estudos de aprendizagem dentro da Ordem, colocasse em pratica em seu dia à dia, haveria mudanças bruscas e para melhor em todos os pontos da sociedade e quase se chegando a perfeição tão procurada! Mas, alguns entram pelo visual, outros na busca do monetário e outros entrando com todo galeio e se molda no meio do caminho e se esquecendo de seu comprometimento e por que entrou na Ordem Maçônica! Se depara compadrinhos buscando novos profanos amigos, para lançar o seu nome no meio maçônico e tê-lo como amigo, irmão, sendo que esquece que ao apadrinhar um profano para se tornar amigo, irmão, tem a sua responsabilidade redobrada e deve ser o seu mestre de cerimônia, levando pelas mãos na caminhada maçônica e até chegando ao Grau de Mestre e este tendo a obrigação de fazer da mesma forma, não precisando ser vossoafilhado, mas tendo um amigo, irmão que precisa aprender a caminhada nos degraus de sua Escada de Jacó, deve-se ensinar. Todos devemoster a obrigação de buscar o seu ensinamento e pedindo o apoio de seus padrinhos, mas lembrando que cada profano que adentra a Ordem Maçônica, teve custos de valores monetários e tem toda doação pessoal para estar entre nós, devendo cobrar a presença em loja de cada amigo, irmão, somente desta forma e um cobrando do outro, a presença nos trabalhos da sua Loja Mãe e também nas Coo Irmãs, que nos tornamos UNOS e crescendo a Mãe Maçonaria, cada dia e juntos do GADU. Pensemos! Façamos um ato de reflexão, o que queremos e onde desejamos chegar dentro da Ordem Maçônica!!! Tenhamostodos, ótimos dias com o amado e belíssimo GADU. A.´.R.´.G.´.B.´.L.´.S.´. Justiça nº 12 – R.´.E.´.A.´.A.´. – Oriente de Maringá – Pr. Ir.´. José Aparecido dos Santos


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Comemoração do Niver da Loj.’. Cavaleiros de São João Desta vez aconteceu no Deck do Velho Madalosso em Santa Felicidade. Na noite de 2906-2019 o jantar festivo em comemoração aos 34 anos da Loja Maçônica CAVALEIROS DE SÃO JOÃO 74 (GOP-COMAB) – reuniu todos os seus Obreiros com familiares e convidados. Já sob o comando do seu

Novos Mestres Adonhiramitas São eles os CCar.’. IIr.’. JEAN JEOVANI BONFATE,JOSÉ LUIZ PEZZATTI e MARCOS ANTONIO MACEDO. Sessão Magna de Exaltação – em 27-06-2019 – presidida pelo CCar.’. Ir.’. OTÁVIO TUCUNDUVA MATTANA – dinâmico Venerável Mestre da Aug.’. e Resp.’. Loj.’. Simb.’. TEMPLÁRIOS DO MONTE SAGRADO, 183 (Rito Adonhiramita) GOP-COMAB. Aos novos MM.’. MM.’. nossos cumprimentos e o desejo de que tenham muita sabedoria para o novo trajeto que é a plenitude maçônica. Abraços fraternos a todos. Curitiba Paraná. Junho de 2019.

"Algum dia em qualquer parte, em qualquer lugar, inevitavelmente te encontrarás contigo mesmo, e esta, só esta, pode ser a mais feliz ou a mais amarga de tuas horas." Pablo Neruda

novo Venerável Mestre, CCar.’. Ir.’. Gláucio Adriano Heck – cuja Posse aconteceu no dia anterior. O local, a organização e o tradicional menu agradou a todos os presentes. Nossos cumprimentos a todos e a alguns IIr.’. que – na oportunidade – foram homenageados. Curitiba – Paraná., junho de 2019.


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Novo comando no Real Arco no Paraná. Capítulo Santo Sepulcro e Conselho Cripta de Salomão Novo comando no Real Arco – em 11 de maio de 2019 assumiram os VVal.’. Companheiros, Pedro de Oliveira Santos Junior – é o novo SUMO SACERDOTE do Capítulo Santo Sepulcro de Maçons do Real Arco. E o Conselho Cripta de Salomão – tem como seu ILUSTRE MESTRE, Aristides Rodrigues do Prado Neto. Aos dois Notáveis CComp.’. do Real Arco, nossos votos de sucesso sempre. Registro para a importante presença do Pod.’. Ilmo. Comp.’. Leonardo H. Sant’Anna – Nosso Grão Mestre Geral Adjunto do Grande Conselho Geral Internacional, Grão Mestre do Supremo Grande Conselho de Maçons Crípticos, Grande Comandante Adjunto da Grande Comanderia de Cavaleiros Templários do Brasil, Grande Escriba do Supremo Grande Cap.’. de Maçons do Real Arco do Brasil e Sob.’. Grão Mestre – AMD do Brasil. Significativo momento para os CComp.’. do Real Arco ali presentes. O Ilustre Comp.’. Leonardo H. Sant’Anna - também empossou Aristides Rodrigues do Prado Neto, como Grande Supervisor Estadual do Real Arco. A Grande Superintendência Estadual Críptica – ficará com o Nobre Comp.’. Narciso Da Lozzo Neto. REAL ARCO, O VERDADEIRO ALTAR DA FRANCO MAÇONARIA. Curitiba, maio de 2019.

Novos Pedreiros Livres na Templários do Monte Sagrado Nas SSes.’. Magnas que aconteceram nos dias 01 e 15-03-2018 – a querida e laboriosa Loj.’. Maç.’. Templários do Monte Sagrado (Rito Adonhiramita) GOP-COMAB –(com suas reuniões na 1ª e 3ª quintas-feiras de cada mês no GOP – uma ACADEMIA dos ensinamentos Adonhiramitas) e que tem como Venerável Mestre a serena figura do CCar.’. Ir.’. Laertes Ribeiro – procedeu a Iniciação dos novos IIr.’. Jucinei A. Soares, Jean J. Bonfate e José Luiz Pezzatti (em 01-03-2018) e Gabriel Neumann e Rafael A. de Souza (em 15-032018) – possibilitando aos NOVOS PEDREIROS LIVRES o início de novas etapas em suas vidas – uma delas, evidentemente, a “CONSTRUÇÃO DO EDÍFICIO SOCIAL” – Nossos cumprimentos aos novos e abraços fraternos aos Ilustres Mestres daquela Magnifica Loja. Sessão de 15-03-2018 registro para as presenças, entre outras autoridades simbólicas, dos VVal.’. IIr.’. Eclair Silva, Grande Secretário do Rito Brasileiro do GOB-PR e José Augusto Correa, Grande Secretário do Rito Adonhiramita do GOP-COMAB “A CELEBRAÇÃO DA FRATERNIDADE MAÇÕNICA” Curitiba Paraná., março de 2018.


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Capítulo Santo Sepulcro de Maçons do Real Arco Nº9 Capitaneado pelo valoroso Ir.'. Aristides Rodrigues do Prado Neto - Seu SUMO SACERDOTE. Realizou em 16-06-2018 magnânima Ses.'. no Altar da Franco Maçonaria. Desta vez, possibilitando o ingresso - através da Cerimônia de Iniciação - de novos e Ilustres IIr.'. MM.'.MM.'. regulares pertencentes aos quadros do GOB, GLP e GOP. - a verdadeira FRATERNIDADE UNIVERSAL. A Maçonaria do REAL ARCO. Desta vez são nossos novos Companheiros os queridos IIr.'. Edelcio Edenir Sciacca, Gilmar Michels, Hirotoshi Taminato, Luis Mário Luchetta, Pedro Pascnuki Filho, Edilson Aparecido Goes, José Roberto Natulini Filho e Mauro Cesar Batista. Que foram adiantados ao GRAÚ DE MESTRE DE MARCA e INDUZIDOS NA CADEIRA DO ORIENTE (PAST MASTER) - Nos propósitos do REAL ARCO - preceitua a amizade entre seus pares, cultuando a fidelidade que caracteriza a viga mestra da FRANCO MAÇONARIA.

Os IIR.’. e o Governador do Paraná Nesse encontro fraterno os queridos IIr.’. das LLoj.’. Cavaleiros de São João, Irmãos e Amigos e Templários do Monte Sagrado (É A NOSSA NOBRE INSTITUIÇÃO DA ARTE REAL) – com a Ilma. Pessoa do novo

Governador do Estado do Paraná, Ratinho Junior. (Carlos Roberto Massa) Uma festa de alegria e certeza quanto aos novos caminhos que serão estabelecidos nesse nosso Grande Estado do Paraná. Curitiba Paraná.


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Retornando a Assis

A

proximadamente há trinta anos, vivi a notável experiência de visitar a cidade de Assis, procurando reencontrar o inolvidável São Francisco. A magia da sua vida, que vem sublimando outras vidas, ao longo da História, embriagou a minha infância e juventude, oferecendo-me a doce presença de Jesus no mundo atribulado e enfermo dos tempos... As suas sublimes canções embalaram a minha existência, convidando-me ao enternecimento e à esperança de que é possível amar-se a tudo e a todos, voltando-se à infância com toda a sua ingenuidade. Pareceu-me revê-lo, pelas ruas de pedras irregulares, cantando as baladas enternecedoras que se tornaram inolvidáveis. Jamais hei-me olvidado do seu amor por todas as criaturas, assim como da sublime entrega de Clara ao seu chamado de misericórdia e de compaixão. Neste ínterim, retornei por diversas vezes, reencontrando-o sempre nas alamedas dos foras da cidade e das suas paisagens iridescentes cobertas de lavanda em flor... Estou novamente na cripta de São Francisco, reflexionando sobre a sua mensagem, nestes dias de ultraje e agressividade, de desespero e de injustiça, de violência e de horror... A sociedade, que alcançou as estrelas e as micropartículas, não conseguiu fazer-se solidária à dor que ulula em toda parte aguardando oportunidade de renovação. Aos meus ouvidos chegam as notícias de que a guerra da Síria terminou, ao tempo em que reacende a raiva iraniana contra os judeus e Gaza é tomada pela

expectativa de bombardeios. O grande problema, porém, é que o homem e a mulher modernos ainda não aprenderam a conviver como irmãos, dando-se conta da transitoriedade das conquistas inúteis e do vazio existencial que devora povos e indivíduos, reduzindo tudo ao caos. Em uma análise mais profunda, constato que é muito fácil amar e compreender o próximo, bastando uma autovistoria desvelando as próprias dificuldades. A tecnologia de ponta aproximou os indivíduos, reduziu as distâncias, ao tempo que produziu uma incomensurável solidão, proporcionando um individualismo perverso e destruidor da alegria de viver e de cantar.

Logo mais, voltarei a esse mundo diferente onde vivo e desejo rogar-te, Irmãozinho dos animais de amigo da Natureza, que venhas comigo e com todos aqueles que te visitam, ajudar-nos a disseminar a paz e o amor nas existências estioladas e nos sentimentos amargurados. Se voltares a cantar outra vez e te utilizares de nossas vozes para dialogar e nossos braços para servir, estaremos sendo instrumentos da paz de Deus no mundo. Divaldo Pereira Franco Artigo publicado no jornal A Tarde, Coluna Opinião em 17-05-2018 – E também no Jornal MUNDO ESPÍRITA em Agosto de 2018 Nº 1609 Curitiba Paraná.

Academia Adonhiramita A Valorosa AUG.'. RESP.'. LOJ.'. SIMB.'. CAVALEIROS DE CRISTO (GOP-COMAB-CMI) Magistralmente dirigida pelo Ilustre Ir.'. Marcelo Johnsson - seu VENERÁVEL MESTRE, vem a par e passo em ritmo sereno praticando o RITO ADONHI-

RAMITA - belo de se ver e contagiante quanto a sua prática. Nossos abraços fraternos aos IIr.'. do quadro. Na Ses.'. de 04 de maio de 2018 registro para as presenças dos Nobres IIr.'. José Manuel de Lima Filho, conhecedor e grande pesquisador dos diversos ritos prati-

cados - destaque especial para o REAA, dos quais é um excelente professor! e José Augusto Correa, Grande Secret.'. do Rito Adonhiramita. As SSes.'. da querida Loja acontecem nas 1ª e 3ª sextas-feiras de cada mês no GOP. Curitiba Paraná., 04-05-2018.


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A vida segundo Bert Hellinger A vida repete a mesma mensagem – se for preciso, até com gritos e tapas, até você finalmente ouvi-la. A vida envia pessoas conflitantes para lhe curar, pra você deixar de olhar para fora e começar a refletir o que você é por dentro.

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alemão Bert Hellinger tem hoje 93 anos. Já foi padre, largou a batina, casou-se e virou um dos mais respeitados psicoterapeutas e escritores europeus. Mas o cara é polêmico: reconhecido mundialmente pelas Constelações Familiares, ele não restringe seus mergulhos na alma por conta de mimimis. Por isso, às vezes enfrenta a rigidez de certas linhas filosóficas, demolindo-as com tiradas certeiras e desconcertantes. No limiar de mais um ano, resolvi reproduzir aqui algumas delas, na certeza de que muitos leitores saberão entendê-lo e aplicar seus sábios conselhos. Com a palavra, herr Bert Hellinger: “A vida decepciona-o para você parar de viver com ilusões e ver a realidade. A vida destrói todo o supérfluo – até que reste somente o essencial. A vida não lhe deixa em paz, para que deixe de culpar-se e aceite tudo como “é”. A vida vai retirar o que você tem – até você parar de reclamar e começar agradecer. A vida envia pessoas conflitantes para lhe curar, pra você deixar de olhar para fora e começar a refletir o que você é por dentro. A vida permite que você caia de novo e de novo, até que você decida aprender a lição da queda. A vida lhe tira do caminho e lhe apresenta encruzilhadas, até que você pare de querer controlar tudo e flua como um rio. A vida coloca seus inimigos na estrada, até que você pare de “reagir”. A vida lhe assusta e assustará quantas vezes for necessário, até que você perca o medo e recupere sua fé. A vida tira o seu amor verdadeiro até que você pare de tentar... possui-lo. A vida lhe afasta das pessoas que você ama até entender que não somos apenas corpos, mas também as almas que eles contêm.

A vida ri de você muitas e muitas vezes, até você parar de levar tudo tão a sério e rir de si mesmo. A vida quebra você em tantas partes quantas forem necessárias para que a luz possa, enfim, penetrar-lhe. A vida lhe confronta com rebeldes e gente difícil, até que você pare de tentar controlá-los. A vida repete a mesma mensagem – se for preciso, até com gritos e tapas, até você finalmente ouvi-la. A vida envia raios e tempestades para acordá-lo. A vida lhe humilha e por vezes lhe derrota de novo, e de novo, até que você decida deixar seu ego e sua vaidade morrerem. A vida lhe nega bens e grandezas até que você pare de querer bens e grandezas e comece a servir aos seus semelhantes. A vida corta suas asas e poda suas raízes, até que não precise de asas nem raízes – e decida, então, voar. A vida lhe nega milagres, até que entenda que tudo é um milagre. A vida encurta seu tempo, para você se apressar a aprender a viver. A vida lhe ridiculariza até você se tornar nada, ninguém, para então tornar-se tudo. A vida não lhe dá o que você quer, mas o que você necessita para evoluir. A vida lhe machuca e lhe atormenta até que você solte seus caprichos e birras e aprecie o simples ato de respirar e estar vivo. A vida lhe esconde tesouros até que você aprenda a sair para buscá-los. A vida lhe nega Deus, até você vê-lo em todos e em tudo. A vida lhe acorda, lhe poda, lhe quebra em pedaços, lhe desaponta… Mas creia, isso é para que seu melhor se manifeste… E até que só o amor permaneça em você.” Fernando Fabbrini é roteirista, cronista e escritor, com quatro livros publicados. Participa de coletâneas literárias no Brasil e na Itália e publica suas crônicas também às quintas-feiras no jornal O TEMPO.

Maçonaria Críptica O CONSELHO DE MESTRES REAIS E ESCOLHIDOS CRIPTA DE SALOMÃO Nº1 Ao Or.’. de Curitiba - Paraná – reunido na manhã de 27 de outubro de 2018, sob a direção do seu Ilustre Mestre CCar.’. Comp.’. Narciso Da Lozzo Neto – realizou magnifica Sessão de Iniciação aos Graús da Maçonaria Críptica (Mestre Real e Mestre Escolhido) - dos CComp.’. MRA.’. Gilmar Michels, Pedro Pascnuk Filho, Hirotoshi Taminato, Edélcio Sciacca e Sergio Antonio Weschenfelder. Possibilitando a eles mais Luz na Franco-Maçonaria. O Conselho de Mestres Reais e Escolhidos CRIPTA DE SALOMÃO Nº1 pertence ao Supremo Grande Conselho de Maçons Crípticos do Brasil – filiado a The General Grand Council Cryptic Masons International.


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Das vantagens de ser bobo

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bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: “Estou fazendo. Estou pensando.” Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia. O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski. Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde

é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: “Até tu, Brutus?” Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz. O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem. Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas! Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo. Clarice Lispector (Texto enviado pelo CCar.’. Ir.’. Paulo Roberto Mariano – Londrina – PR)

A Fantástica Loja Maçônica Irmãos e Amigos GOB-PR (Rito de York) na noite de 12 de dezembro de 2017 - brilhantemente dirigida pelo meritório Ir.'. Clory Alberto Sartori - ofereceu a todos (e foram muitos) os IIr.'. presentes uma bela reunião fraterna e nela a

extraordinária palestra sobre os importantes aspectos daquele Rito que vem encantando muitos IIr.'. de nossa Confraria. Joselito Hencotte - foi o responsável pela exposição - sobre as nuances do Rito de York - Brin-

dando a todos que ali estavam. E após os trabalhos extenuantes, a grande oportunidade do estreitamento da amizade verdadeira que deve reinar entre os bons. Or.'. de Curitiba - Paraná.


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York Rite 2018 – Assembléia Trienal em Florianópolis

Aconteceu na bela FLORIPA a TRIENAL DO York Rite. Dos dias 15, 16, 17 e 18 (novembro/2018) ali reunidos todos os segmentos a saber: Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil, Supremo Grande Conselho de Maçons Crípticos do Brasil, Grande Comanderia de Cavaleiros Templários do Brasil e Graus Maçônicos Aliados – AMD – Brasil. Nossos Companheiros Aristides do Prado e Narciso Da Lozzo – Nossos grandes representantes naquele encontro marcante para o nosso REAL ARCO.


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Destaque Poético VERSOS ÍNTIMOS Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de sua última quimera. Somente a Ingratidão – esta pantera – Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se alguém causa ainda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!

Desconheço o autor. (Texto enviado pelo CCar.’. Ir.’. Paulo Mariano Londrina Paraná)

Augusto dos Anjos

EU - SEMENTE DE POESIA Aqui, a luz se dissipa suave, em notas de si bemol enquanto os meus olhos tingem as sementes do girassol e o vinho se desprende da videira em vida vermelha/prisioneira. Antes que eu volte a ser eu mesma as sementes serão lançadas como gotas de uma chuva despojada, exilada de tormentas escorregando na suavidade das minhas mãos. A paisagem fragmenta-se [vitral] refletindo a luz na metamorfose das palavras confundindo noite e dia no desabrochar da açucena. E o tempo sopra a eternidade nas sementes de poesia que germinam nas minhas mãos fazendo de mim uma oração antes que a noite me envolva em suave linho branco Eu - semente de poesia - floresço Luciah Lopez

SOLIDÃO! Solidão não é a falta de gente para, conversar, passear, namorar ou fazer sexo, isto é CARÊNCIA! Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar, isto é SAUDADE! Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes para realinhar os pensamentos, isto é EQUILÍBRIO! Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado, isto é CIRCUNSTÂNCIA! Solidão é muito mais que isto... SOLIDÃO É QUANDO NOS PERDEMOS DE NÓS MESMOS E PROCURAMOS EM VÃO PELA NOSSA ALMA!

AO ENTARDECER SÓ

Entristecido ao entardecer O velho poeta derrama no papel Sua melancolia ao entender A própria vida tomada em fel

Pouco a pouco Suspirando ao entardecer fui O velho poeta derrama no papel ficando Seus velhos sonhos ao entender só Devorados pelo tempo cruel Imperceptivelmente Refletindo ao entardecer Pouco O velho poeta derrama no papel a Sua tristeza ao entender pouco. Da vida que passou ao leu É triste a situação De quem gozou de boa companhia Soluçando ao entardecer E por algum motivo a perdeu. O velho poeta derrama no papel Não me queixo de nada: tive tudo Sua dor por, enfim, entender Mas Que pra si não existe céu sem me Fábio André Malko dar conta Como uma árvore que perde uma a uma suas folhas fui ficando só pouco a pouco. Nicanor Parra (Poeta chileno morto aos 103 anos, em janeiro de 2018) (Nota: Nada pessoal. Só que achei linda a poesia – digo Eu e disse também o Nobre Escritor Maçônico, Valfredo Melo e Souza – em seu Tijolo Nº608 – junho-2018)


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INSTANTE FINAL Neste mundo doente e caótico toda pequena flor de sanidade imersa num mar de contrariedades sobrevive à base de antibióticos Essa nossa existência desconexa, que descerra o véu da inocência onde a estupidez vira consciência numa vida fútil, infeliz e complexa Desfilando passados e futuros, aguardando o terrível choque fatal, tal qual um veículo rumo ao muro Ansiando por um momento real encontrando pelo fim, o escuro vivendo o triste instante final

PEIXES E PÃES Eu sempre me dou, e tudo tenho dado, Mas sobram sementes se há um novo plantio... Não guardo para mim, não sei deixar guardado Todo o meu amor, mas nunca estou vazio... Eu me entrego muito, e o doar me acalma Qual doce aconchego em plena madrugada Porque amar e dar são as razões da alma De quem tanto ama sem que peça nada. Coração imenso, que me lembra as mães... Quanto mais eu tiro mais amor produz Como o cesto cheio de peixes e pães Do qual se servia o Senhor Jesus... José Balan Filho

Fábio Malko A CASA DE MEU PAI

MAÇONS GAÚCHOS Lança em riste, maçons alerta! É o 20 de setembro que reciremos. Irmãos! Lojas unidas e cobertas, Onde a Justiça e Liberdade louvaremos. No passado refregas sangrentas, Enfrentadas com coragem e bravuras Irmãos dos dois lados tombaram Em lutas cruentas e duras. Vivemos hoje a Paz, a Concórdia e a Harmonia. Que esta luta nunca seja esquecida, E as orações em perfeita sintonia, Façam que nunca mais haja uma luta fraticida. Com Maço e Cinzel na mão comemoraremos a glória! Heróis do passado que nos legaram este futuro, Que recebemos com orgulho, esta legendária história! E cumprindo eternos juramentos para não ser perjuro. E como diz em nosso Hino] Maçons! Segui o Farol da Divindade, Pois foi o 20 de setembro O precursor da liberdade! Rogério Vaz de Oliveira

Defenderei a casa de meu pai contra os lobos contra a seca contra a usura contra a injustiça, defenderei a casa de meu pai. Perderei os campos, o gado, os pinhais. Perderei as rendas, os lucros, mas defenderei a casa de meu pai. me tomarão as armas, e com as mãos, defenderei a casa de pai. Me cortarão as mãos, e com os braços, defenderei a casa de meu pai. Me deixarão sem braços, sem ombros, e sem peitos. E com a alma, defenderei a casa de meu pai. Morrerei. E na luta, se perderá a minha alma, se perderá minha prole. Mas a casa de meu pai, continuará de pé. Gabrile Aresti Segurola (1933-1975), poeta basco O referido poema é parte do texto: GUERNICA, desintegração do ser humano, Autoria do CCar,’, Ir.’. Valfredo Melo e Souza, M.’.I.’. da Loj.’. Dirceu Torres. Distrito Federal, Brasília.


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10 dicas para o amor próprio 1. Crie um ritual de amor-próprio – Desligue a TV e saia das redes sociais por 15 minutos. Durante este tempo, concentrem-se em coisas que lhe dão prazer, como tomar um café, ler um livro, fazer uma massagem, passar um hidratante e valorizar o seu próprio corpo, por tudo o que ele já passou durante a vida. 2. Participe de uma comunidade – Amor-próprio não significa viver sozinho. Pelo contrário, é essencial contar com o apoio de pessoas ao redor para manter o foco e a motivação. A energia positiva é contagiante, então é sempre importante ter pessoas que você gosta ao seu redor. 3. Faça uma lista de coisas boas que já aconteceram – Para amar a si mesmo é necessário reconhecer o amor que está em volta. Por isso, em momentos de tristeza, pare para escrever sobre as coisas boas que já aconteceram. Pratique a gratidão. Ao ver os itens no papel será mais fácil perceber toda a positividade e amo que o cerca. 4. Saiba que seu corpo é como um depósito – Guardar coisas boas e amor também ajuda a melhorar a energia pessoal. Seja consciente sobre o que você te depositado em seu corpo, não por estética, mas, principalmente porque isso faz bem. 5. Limpe seu armário – Isto pode ser mais terapêutico do que parece. Limpar o armário também afeta positivamente a mente. Livrar-se de coisas velhas vai dar espaço para coisas novas entrarem na sua vida. Limpar a mente é um bom jeito de deixar para trás coisas que já não acrescentar e se preparam para o melhor que ainda está por vir.

6. Pare com as comparações – É difícil olhar para tantas fotos positivas na internet, sem fazer comparações. Mas, da próxima vez que você decidir usar as redes sociais para se sentir mal sobre si mesmo, lembre-se que você é perfeito do jeito que é. Não existe um padrão ideal para se comparar, principalmente em termos de beleza. Deixe o negativismo de lado e foque nos motivos para ser grato. 7. Explore a sua espiritualidade – A fé é a base para o amor-próprio, independente do que você acredita. Ela ajuda a tomar decisões e também leva as pessoas a reflexões internas, ajudando a receber novos sentimentos, paixões, aprendizados e emoções. 8. Faça algo em que você é bom – Este é o maior reforço para a autoestima e ela anda junto com o amor-próprio. Colocar em prática os seus hobbies você terá mais prazer e orgulho de si mesmo. 9. Encontre um lugar que te faça feliz – Tenha em mente que um lugar que te deixa confortável, tranquilo e que seja agradável é uma das melhores maneiras de esquecer os problemas. Um lugar feliz facilita a reflexão interna e a lhe conectar com você mesmo. 10. Desapegue-se – As pessoas estão constantemente apegadas a coisas do passado. Elas tendem a pesar na mente e na alma e, às vezes, são responsáveis pela baixa autoestima. Portanto, livre-se do que faz mal, desapegue-se e ame a si mesmo. Texto: Nitika Chopra

DEVANEIOS Numa tarde fria e chuvosa a mente do poeta vagueia pelo passado, embebido do presente que se estende a sua frente na suave chuvinha que cai. Reflete sobre a vida, sobre a ilusão do controle que exercemos na mente tumultuada. Reflete sobre a morte, parceira de todas as horas que aguarda, espreitando para o beijo fatal. Pensa na ilusão da vida, que se estende diante dos olhos, um segundo de existência consciente ante a eternidade. A matéria arranjada de forma a dar vida a essa massa disforme que agora olha extasiada para fora e suspira, aspirando o ar gelado da água que cai. Qual a importância dessa matéria consciente, se em questão de segundos todas as angústias cessam, todos os sonhos se dissipam, toda a consciência se esvai? Haverá alguma ordem no caos? Ou será tudo mero acidente, matéria em constante mutação, carregando em si a maldição de se tornar consciente apenas para ter ciência do nada que significa na escala universal? E amanhã, quando tudo se for, a vida apodrecer e a mente explodir, que importará se hoje um pedacinho de matéria se animou, olhou as árvores ouviu os pássaros e sentiu o cheiro da terra molhada? E amanhã, quando tudo acabar, que importância terão todos os demônios criados pela matéria senil, carregada da soberba da consciência? Para onde terão ido as certezas arrogantes desse pedacinho de universo que se rebelou e se percebeu vivo? Terá alguma ordem no caos? (Fábio Malko)


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Um conto Judaico {Shalom Boker Tov} Iehudá ben David Diz um conto Israelita que: “Um jovem foi visitar um sábio conselheiro e contou-lhe sobre as dúvidas que tinha à respeito do AMOR. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa: — Ame. E logo se calou! Disse o rapaz: — Mas, ainda tenho as dúvidas... — Ame, disse-lhe novamente o sábio! E, diante do desconserto do jovem, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte: — Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento! Amar é dedicação e entrega; amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor! O amor é um exercício de jardinagem! Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame, ou seja, aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e compreenda. Simplesmente. Ame!!! Sabes porquê? Porque a inteligência, sem amor, te faz perverso; A justiça, sem amor, te faz implacável; A diplomacia, sem amor, te faz hipócrita; O êxito, sem amor, te faz arrogante; A riqueza, sem amor, te faz avarento; A docilidade, sem amor te faz servil; A pobreza, sem amor, te faz orgulhoso; A beleza, sem amor, te faz ridículo; A autoridade, sem amor, te faz tirano; O trabalho, sem amor, te faz escravo; A simplicidade, sem amor, te deprecia; E A VIDA SEM AMOR, NÃO TEM SENTIDO. Apenas.... Ame!!!

Novo Venerável na José Bonifácio O novo Venerável Mestre da Aug.’. Resp.’. Benf.’. Loj.’. Simb.’. JOSÉ BONIFACIO DE ANDRADA E SILVA, nº46 – fundada em 5 de setembro de 1975 (REAA) pertencente ao GOP-COMAB – é o nosso querido Ir.’. Ângelo Salem Prietto dos Santos. Sessão Magna de Instalação e Posse aconteceu no dia 14-06-2019 e foi presidida

pelo CCar.’. Ir.’. Edivaldo Ricci – que estava deixando o veneralato. Nossos votos de grandes ganhos e muita sabedoria ao novo V.’.M.’. Ir.’. Salem. Abraços fraternos a todos os VVal.’. IIr.’. pertencentes ao quadro de OObr.’. da querida “Zéca Boni” que – ao longo do tempo – aprendi a admirar e a respeitar. Curitiba Paraná. Junho de 2019.


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ESPAÇO ABIM

XANGÔ

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Jantar da Loj.’. Maçônica Cavaleiros de São João Uma festa de confraternização pra ninguém botar defeito. Queridos IIr.’. da ARLS.’. Cavaleiros de São João – com seus familiares brindavam a fraternidade reinante naquele

momento especial e sem dúvida coroava o ano que chegava ao fim. Momentos preciosos que merecem ficar registrados. Curitiba – em 16 de dezembro de 2017.

Endireite o galho, enquanto a árvore é nova” (Provérbio japonês)

ão há ninguém na terra que fuja da justiça de Xangô Quando Obatalá entregou o comando a Xangô, como este era jovem, ninguém o queria respeitar e nem leva-lo em consideração e todos os dias alguém fazia fofocas a Obatalá sobre Xango. Depois de tantas fofocas um dia Xangô disse a Obatalá: - “ Pai, por que todos os dias lhe dizem algo de mim, e nada disso que dizem é verdade?” Mas Obatalá, que conhecia a seriedade de Xangô, lhe disse: “Espera que os dias passem e te acalme, tenha paciência.” E assim Xangô foi embora da casa de seu pai. Obatala foi consultar a Orumila (o orixa da sabedoria) este lhe disse que oferenda-se a exu e que mandasse Xangô cozinhar e que tirasse suas próprias conclusões, e assim fez Obatalá, mandou chamar Xangô e lhe disse: - “Filho Meu, eu gostaria que você fizesse uma refeição para todos os meus filhos e para mim. Gostaria que você me fizesse ou cozinhasse o que há de MELHOR no mundo”. Xangô fez a comida aos filhos de Obatalá, tal como ele tinha pedido e fez para obatalá língua de (vaca). Ao que obatalá disse: “- Xangó, língua é a melhor comida do mundo?” Respondeu Xangô: “Sim pai, um bom axé de língua é a melhor comida do mundo”. Passou algum tempo e obatalá voltou a pedir a Xangô para fazer uma refeição para todos os seus filhos, mas que ele fizesse a PIOR comida que havia no mundo. Xangô cozinhou para ele outra vez a língua, e Obatalá lhe disse: “Xangô, se da outra vez você me fez o mesmo e me disse que era o melhor!!!! Por que você fez o mesmo como sendo o pior?” Xangô lhe respondeu: “Pai, uma boa língua salva um povo, mas uma má língua, pode ser a perdição do mesmo povo”. Ouvindo Obatalá lhe disse: “ Você tem razão, xangô. Uma língua pode ser boa ou má depende da intenção que for usada!!! E é por isso que você vê que todos os dias estão falando algo de você, e precisamente, por isso vai te tornar maior, por que no dia em que Não te mencionarem no BEM ou no MAL, deixarias de ser Xangô!! (Texto enviado pelo CCar.’. Ir.’. Alex-Sander Bertho - Curitiba Paraná)


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Hachicho – Méstre das Artes Plásticas é Cidadão Umuaramense Em data de 22 de agosto de 2018 – nosso querido Ir.’. ABRAÃO SOUZA HACHICHO – notável Artista Plástico da querida cidade de Umuarama – recebe na CAMARA MUNICIPAL daquela cidade. O Título de CIDADÃO HONORÁRIO DE UMUARAMA. O referido galardão foi entregue pela Ilma. Sra. Maria de Jesus Ornelas Valle – Presidente daquela Casa Legislativa. O Ir.’. Abraão é Obr.’. da Loja Maçônica Amizade, Trabalho e Justiça – Oficina Maçônica que tanto tem feito em prol da Maçonaria da Capital da Amizade. Nossos abraços fraternos para o Mestre das ARTES PLÁSTICAS ABRAÃO HACHICHO. Parabéns Ilustre Sumo Sacerdote das tintas e pinceis. Umuarama – Paraná em agosto de 2018.

Obras magistrais de Umuarama e região, que o artista retrata e que estão guardadas em nosso imaginário.


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Principado da Fraternidade Loja Maç.’. Irmãos e Amigos no Principado Em 09-05-2019 a ARLS.’. IRMÃOS e AMIGOS – numa parceria com o PRINCIPADO DA FRATERNIDADE – reuniu-se ali para umaAdministrativa com seus OObr.’. e Membros Honorários. Sob o comando do Ir.’. Omar Renato Miranda, Venerável Mestre da Loj.’. e recepcionados pelo Grão Duque Celso (Celsão Cabeludo)

Festiva a data de 23-10-2018 pois o PINCIPADO DA FRATERNIDADE por uma deferência especial do seu Grão-Duque – o magnânimo Ir.’. Sir Cavaleiro Celsão (Streitemberger) Cabeludo – cedeu suas dependências para uma reunião administrativa e festiva da Loj.’. Maçônica Irmãos e Amigos Nº3804 (GOB-PR). Que após abordagens de vários assuntos relativos a sua administração – passaram em seguida para a parte principal da reunião, muita pólvora amarela e branca e aos quitutes do anfitrião da noite, camarão e posta de tilápia a milanesa – seguido do prato principal uma CARNE DE ONÇA soberbamente preparada pelo convidado especial Ir.’. Adilson (GLESP). Nossos agradecimentos a todos os valentes Cavaleiros da querida Loj.’. e é claro aos seus Mestres Omar Renato Miranda – Venerável e Clory Alberto Sartori – Past Master.

Streitemberger. Depois da referida reunião, Tilápia a milanesa, frutos do mar e muita cervejota gelada. Momentos de confraternização dos “Pobres Cavaleiros Andantes”. Curitiba – Paraná.


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Principado da Fraternidade Na noite de 23-05-2018 sob os olhares atentos do seu Grão Duque, o zeloso e fiel Cavaleiro Andante, Celsão (Cabeludo) Streitemberger. Recebeu seus devotos OObr.'. para mais uma reunião administrativa e novos reconhecimentos de possíveis integrantes. Na pauta também um deferência especial para os IIr.'. da ARLS.'. Irmãos e Amigos (GOB-PR) que naquele momento tratou de alguns assuntos pertinentes ao bom andamento de seus trabalhos. Após, mesmo porque ninguém é de ferro, vários tiros com pólvora amarela, branca e preta - foram disparados. Entre salutares assuntos tratados, divagou-se de maneira oportuna sobre o MANIFESTO DOS CAMINHONEIROS, QUE MERECEM NOSSAS CONSIDERAÇÕES. E na fadiga de tais assuntos diversos ali tratados, caminhamos para um ágape daqueles que só no PRINCIPADO pode ser encontrado. Veja só, Uma carpa deliciosamente recheada com farofa, azeitonas, milho verde, camarões, mexilhão, ovas de tainha (que loucura) - antes, evidentemente, aqueles aperitivos costumeiros, salame caseiro tipo milanez, pescadinhas fritas na manteiga, mariscos a vinagrete e saladas diversas. Deu para aguentar um bom tempo. Curitiba Paraná. maio de 2018.

Iniciação na Restauração dos Mistérios A Augusta e Respeitável Loja Simbólica RESTAURAÇÃO DOS MISTÉRIOS (Rito de York) GOP-COMAB-CMI que tem como seu Venerável Mestre o CCar.’. Ir.’. Paulo Vizzotto – realizou belíssima Sessão Magna de Iniciação em data de 30 de outubro de 2019. Receberam a VERDADEIRA LUZ os novos IIr.’. Cledeson Batista e Eric Carlos da

Silva. Cerimônia muito bem conduzida e muito elogiada por todos os Irmãos presentes. Registro para a presença do Pod.’. Ir.’. Cristian Flores, Eminente Grão Mestre Adjunto do Grande Oriente do Paraná. Estão de parabéns todos os queridos IIr.’. do quadro da Loja Maç.’. Restauração dos Mistérios. Curitiba Paraná – outubro de 2019.


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Encontrando o Real Valor

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uando a vida está frenética e estamos rodeados por um monte de pessoas, é fácil se aborrecer com coisas pequenas que os outros dizem e fazem. Nesses momentos, como pessoas espiritualizadas, precisamos parar e nos fazer a seguinte pergunta: “Será que o problema está realmente nas pessoas ao meu redor? Ou será que no espaço em que me encontro é que existe negatividade?” Existe uma história que adoro contar sobre o Rei David. Um dia em que ele estava indo para uma batalha, um homem que estava à margem da estrada começou a xingá-lo. Ao invés de revidar, David respondeu: “Se ele está me xingando, realmente eu mereço ser xingado.” Quando as coisas acontecem à nossa volta, 90% do tempo pensamos primeiro com nosso ego: por que essa pessoa está me ferindo? Mas quando fazemos isso, nos separamos daquela pessoa. Agora suponha que podemos virar esse mesmo conceito ao contrário e perguntar: por que isto está no meu filme? O que tenho que aprender com isso? Então, seremos capazes de extrair o valor real da situação. Lembre-se também de que os ensinamentos da vida não acontecem apenas no âmbito maior das nossas existências; eles acontecem através das pequenas ocorrências, que geralmente deixamos de perceber. Karen Berg (Texto enviado pelo CCar.’. Ir.’. Antonio Carlos Santin – Curitiba Paraná)

ARLS.'. Templários do Monte Sagrado (Uma das academias do Rito Adonhiramita no Or.'. de Curitiba - Paraná) GOP. Registros do jantar de confraternização dos IIr.'. com seus familiares - encontro festivo coroando os trabalhos do ano que acabava.

Parabéns devem ser dirigidos aos organizadores, nobres IIr.'. Laertes, Venerável e ao Romero - pelo local escolhido e organização do belo evento. Santa Felicidade - 14 de dezembro de 2017.

ORAÇÃO DA SERENIDADE Concedei-nos Senhor A serenidade necessária Para aceitar as coisas que Não podemos modificar. Coragem Para modificar aquelas Que podemos. E Sabedoria para distinguir Umas das outras.


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Novos Reforços para a Fraternidade Universal O CCar.'. Ir.'. João Eloi Olenik, Venerável Mestre da Aug.'. e Resp.'. Loj.'. Simb.'. CAVALEIROS DE SÃO JOÃO - REAA - (GOP-COMAB-CMI) ao Or.'. de Curitiba Paraná. - comandou em 27 de abril de 2018 a bela Sessão Magna de Iniciação dos novos reforços para o GRANDE CAMPEONATO UNIVERSAL DA FRATERNIDADE MAÇÔNICA. São eles os novos e queridos IIr.'. Luiz Carlos Moreira Junior, Sérgio

Luiz Lantman e Walter Rodrigues. Que a filosofia da bondade, do altruismo e dos indicativos do crescimento pessoal - seja sempre a busca incessante dos novos IIr.'. Luiz, Sérgio e Walter. Parabéns a todos nós pelas aquisições. Registro para a presença de diversos convidados, entre eles o Ilustre Ir.'. João Krainski Neto - G.'.M.'. de Honra do Grande Oriente do Paraná - (Campeão da Fraternidade Maçônica) que já está fazendo falta. Curitiba Paraná.


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13 anos da IRMÃOS E AMIGO Fundada em 12 de setembro de 2006 a AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA IRMÃOS E AMIGOS, 3804 (Rito de York) pertencente ao Grande Oriente do Brasil-Paraná. Festeja em data de 1009-2019 –Sessão especial de comemoração os seus 13 anos de trabalhos dignificantes em prol da construção do EDÍFICIO SOCIAL. Parabéns a todos os seus CCar.’. IIr.’. Fundadores. Evidentemente aos seus atuais OObr.’. do quadro que continuam assentando os “tijolos” nas colunas da FRA-

TERNIDADE. O Pod.’. Ir.’. Omar Renato Miranda – é o atual Venerável Mestre da querida Oficina Maçônica. Entre os convidados especiais, o registro para a figura querida do CCar.’. Ir.’. Sérgio Luiz de Araujo, Presidente da PAEL (Poderosa Assembléia Estadual Legislativa) do Grande Oriente do Brasil-Paraná. Um jantar ritualístico coroou os festejos do seu 13º Aniversário. Nossos abraços fraternos aos Valorosos Irmãos da LOJA IRMÃOS E AMIGOS. Uma Academia de Fraternidade. Curitiba Paraná.

Dorta

Sérgio

Clory

Omar


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Sessão Magna Conjunta Comemorativa a Semana da Pátria

A Lenda do Burro solto pelo Demônio

Em data de 05-09-2019 Sob a Coordenação da Aug.’. e Resp.’. Loj.’. Simb.’. Dario Vellozo, 1213 Cruz da Perfeição Maçônica – cujo V.’.M.’. é o CCar.’. Ir.’. JuilsonPrevidi – as queridas LLoj.’. MMaç.’. Joaquim Gonçalves Ledo, Cavaleiros de Salomão, Rei Salomão, Saint Germain, Caminhos de Luz, Fé Alegria e Triunfo, Concórdia, União em 33, Saldanha Marinho e Jerusalém do Paraná – com todos os seus VVal.’. OObr.’. - todas da constelação de Lojas pertencentes ao Grande Oriente do Brasil-Paraná. Realizaram SESSÃO MAGNA CONJUNTA COMEMORATIVA A SEMANA DA PÁTRIA – PROCLAMAÇÃO DA

INDENPENDÊNCIA. Um marco de exaltação aos momentos de civilidade a SEMANA DA PÁTRIA. Presença de 170 IIr.’. dasLLoj.’. mencionadas. Registro para a presença significativa do Pod.’. Ir.’. Luis Mário Luchetta, Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil-Paraná e também dos CCar.’. IIr.’. Gerald Kopp, na oportunidade representando do Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Pod.’. Ir.’. Mucio Bonifácio e do nosso querido Ir.’. Sérgio L.de Araujo, Presidente da PAEL-Poderosa Assembleia Estadual Legislativa. Magnífica Sessão capitaneada pelo nosso CCar.’. JUILSON PREVIDI. Curitiba Paraná.

Havia um Burro amarrado a uma árvore, ai veio o Demônio e o soltou. O burro entrou na horta dos camponeses vizinhos e começou a comer tudo. A mulher do camponês dono da horta e quando viu aquilo, pegou um rifle e disparou. O dono do burro ouviu o disparo, saiu e então viu o burro morto, ficou enraivecido, também pegou seu rifle e atirou contra a mulher do camponês. Ao voltar para casa, o camponês encontrou a mulher morta e matou o dono do burro. Os filhos do dono do burro, ao ver o pai morto, queimaram toda a fazenda do camponês. O camponês, em represália furiosa, os matou. Aí perguntaram ao Demônio o que ele havia feito e ele respondeu: – “Eu não fiz nada, só soltei o burro!”. Conclusão: Se você quiser destruir um país, apenas solte o Burro. (Fontana)


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PRÉ-CANDIDATO À INICIAÇÃO “Muitos são os chamados e poucos são os escolhidos” Introdução – Vivemos momentos em que a informação maçônica é vital para a sociedade. O conhecimento do que é Maçonaria, na essência, é tão importante, quanto a alfabetização nos domínios da vida comum. A mídia maçônica é um canal de divulgação capaz de conduzir o leitor às informações fundamentais da nossa realidade doutrinária, balizando-a, vigorosamente, em efetivos projetos compromissados com a ética, com a verdade conceitual da nossa doutrina e com a melhor qualidade, do conteúdo (mensagens), com capacidade de bem informar sobre os fatos e os preceitos maçônicos, de forma a colaborar com o leitor em sua consciência crítica. Isto é logrado através da melhor compreensão dos objetivos dos “Informativos” e de como eles devem ser produzidos. Sem perder de vista a seleção dos escritos que precisam ter “clareza, concisão e objetividade”, esforçando-se pela revisão severa e incessante, quanto ao fundo e à forma, de originais que devem ser entregues ao público. Indicação – O ingresso na Maçonaria, exige, como primeiro passo, que alguém seja indicado por um Mestre-Maçom e, como segundo passo, dependendo das informações preliminares prestadas pelo Apoiador, seja aprovada pela Loja a realização de uma sindicância em torno da pessoa, o que será feito através de uma Comissão de Mestres da mesma Oficina. Na sequência, sobrevém as publicações do nome do sindicando no Boletim Quinzenal da Grande Loja – uma forma de dar conhecimento a todas as Lojas da Jurisdição de que determinada pessoa com identidade bem definida; caso nada seja encontrado a seu respeito que inviabilize a sua admissão à nossa Ordem, será, num determinado dia, ainda incerto, Iniciado em nossos augustos Mistérios. Esse quadro simplificado permite ver que um profano, quando é visado para ingressar na Maçonaria, tem a anteceder à sua própria aquiescência um exame teoricamente bastante secreto de sua vida familiar e social, bem como de sua personalidade, feito individualmente por aquele Maçom que pretende indicá-lo à sua Loja. Caso nada encontre ou nada venha, a saber, que possa contribuir negativamente, é que então se seguirão as convenientes e discretas sondagens feitas pelo mesmo Irmão junto ao profano, destinadas a averiguar de seu interesse, ou não, em ingressar na Ordem.

Posteriormente, se o interessado e indicado, passará ele pelo crivo de um segundo exame também teoricamente muito mais amplo e profundo, agora por uma coletividade de Irmãos – verdadeiros mandatários da Loja – que assume para com todos os obreiros, não apenas de sua Oficina, mas também de toda a Ordem Maçônica, a enorme responsabilidade pelo que informarem, tanto acertado quanto erradamente a respeito de tudo que esteja coligado àquela pessoa, eliminando ao máximo possível a desventura pela admissão de quem, ante as mais variadas razões ou motivos, não é digno ou, se é, ressente-se das condições pessoais e minimamente necessárias para que venha a ser transformado em um outro homem – o Maçom. Apoiador - O Obreiro, Mestre, que indica determinado profano para ser admitido pela Loja é também denominado padrinho. Deveres e responsabilidade do Mestre Apoiador: O Mestre-Maçom, ao sentir-se atraído pela ideia de indicar uma pessoa para ser Iniciada, antes e acima de tudo deverá ter sólida e indelevelmente gravados em sua consciência estes princípios básicos, mas muito sedimentados: 1. A Maçonaria é um sistema de conduta moral pelo qual se aprende a dominar os vícios, as paixões e as ambições que oprimem o homem. 2. O objetivo mais geral e imediato da Maçonaria é ajudar o ser humano, reforçar e consolidar o seu caráter, melhorar a sua visão moral e espiritual e alargar o seu horizonte mental. 3. É uma Ordem fraternal que admite em seu seio, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social, homens honrados, livres de pensamento e que desfrutem de boa reputação entre os seus concidadãos, ostentando situação financeira que lhes garanta subsistência honesta, exigindo ainda que sejam portadores de instrução mínima e suficiente para compreender os altos objetivos da Ordem Maçônica e, também, para que possam tirar proveito de seus ensinamentos; por fim, sejam portadores de espírito altruístico e que tenham o firme propósito de buscar constantemente o auto aperfeiçoamento. 4. A primeira, mais simples e mais segura regra a ser seguida é aquela que recomenda ao Mestre-Maçom a devida cautela ao longo de uma prévia e paciente análise do profano que possa vir a ser por ele apoiado para ingresso em nossa Ordem. Essa análise, num primeiro momento, deverá ficar restrita à discreta – porém cons-

tante – observação do comportamento e relacionamento da pessoa na comunidade em que vive, como também no seu ambiente de trabalho e, tanto quanto possível, no seio de sua família, dedicando especial atenção à idoneidade moral de seus membros. Num segundo momento e com a necessária habilidade para não revelar os motivos, poderá o Mestre proceder, individualmente, a uma bem discreta sindicância junto a outras pessoas de alguma forma ligadas ao cidadão e sua família, de modo que, pelas informações que vier a colher, fique estruturada sua observação preliminar. 5. Munido dessa bagagem informativa, começará o Mestre o seu próprio processo de reflexão, dentro do qual, como primeiro passo, deverá medir conscientemente a sua alta responsabilidade ético-maçônica na condição de Apoiador, não apenas perante a sua Loja, mas também perante toda a nossa Sublime Ordem, que, a qualquer custo, deverá estar o mais possível preservado do ingresso daqueles que não a mereçam. Isto porque, se o Candidato, após Iniciado, vier a revelar-se um mau maçom, a principal e maior responsabilidade recaia sobre os ombros do Apoiador. 6. O segundo passo, ainda ligado ao próprio Mestre ao longo de suas reflexões e que completa aquele primeiro já concluído, levará a que responda a si mesmo com total convicção: “O convite que pretendo fazer a esse profano é devido ao fato de ele ser um bom amigo meu em todas as ocasiões sócio familiares ou laborais, e por isso, dentro da Maçonaria, entendo que deverá revelar-se um maçom bem ajustado ao ideário maçônico? Se Iniciado esse profano, será ele um Irmão participativo e atuante em Loja? Tem condições intelectuais para assimilar o simbolismo e filosofia maçônicas destinadas ao seu aperfeiçoamento e à sua contribuição para o bem estar da Humanidade? Estou conscientemente convencido, como Apoiador, de poder assumir a responsabilidade moral perante o Venerável Mestre e Irmãos de minha Loja quanto à minha intervenção isolada junto ao Candidato para que ele cumpra com presteza e exatidão todas as obrigações maçônicas inerentes ao seu grau, que lhe forem exigidas? 7. Ponderadas e refletidas as respostas que deu a


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esse auto questionário, decida pela indicação ou não. 8. Superada essa fase reflexiva, e se a decisão for positiva, o terceiro passo diz respeito ao profano que esta propenso a indicar e apoiar. Num primeiro instante, após a necessária, conveniente e ponderada meditação a respeito dos resultados de sua observação e das informações básicas e, num segundo instante, das respostas sinceras que tiver dado no auto questionário, formule e responda, ainda no seu íntimo, às seguintes perguntas: “Esse profano, enfim apresenta condições pessoais mínimas que se ajustem aos princípios e exigências básicas da Maçonaria?”. Sindicantes – A prática mostra que os Candidatos à Iniciação, nem sempre estão devidamente preparados para os desafios da nova vida constituída de atos litúrgicos, o que significa a “aceitação” para fazer parte do grupo. Na Maçonaria atual não existem propriamente segredos a revelar ou a esconder, a não ser simbólicos. A maioria tem pouca ou nenhuma noção sobre Maçonaria. A falta de conhecimentos claros sobre a Ordem, dificultam uma avaliação que traria resultados mais positivos e tornaria a Iniciação mais fluida e com mais previsibilidade e confiança. É lógico, portanto, que exijamos informações de pessoa que deseja ser Maçom, constante do formulário escrito e assinado do Mestre indicado para obter informações acerca do profano que solicitou admissão à Ordem. Um Irmão, quando designado para ser um sindicante, deve tornar-se um verdadeiro guardião da Ordem e imbuir-se de respeito, afável conduta e seriedade, como também, preparar-se previamente para a execução de tão poderosa função. Este, quando estiver executando o trabalho, é por si só, a representatividade maior dos seus Irmãos, de sua Loja e da Ordem Maçônica Universal. Portanto, são inadmissíveis descasos e erros numa sindicância, em face de tão importante dever. A Iniciação - representa a peregrinação do ser humano da vida mortal para imortal e as experiências póstumas da Alma ou Espírito nos mundos subjetivos, como também as leis do aperfeiçoamento da consciência pelo desenvolvimento progressivo de seus poderes internos, espirituais. Todavia, a verdadeira Iniciação não se perdeu; ainda existe, mas tão só para os poucos devidamente preparados e dispostos a “trilhar o caminho estreito como o fio da navalha”. Ainda vigora em sua plenitude a lei de que “muitos são os chamados e poucos são os escolhidos”. P.S. – “Nada é perfeito no mundo. Não deixamos de reconhecer que muitas vezes termo-nos enganado na escolha de alguns elementos, apesar do rigor de nossas sindicâncias”. Waldemar Sansão

Iniciação Adonhiramita Em data de 29-08-2019 a laboriosa ARLS.’. TEMPLÁRIOS DO MONTE SAGRADO, 183 (RITO ADONHIRAMITA) pertencente ao Grande Oriente do Paraná – COMAB-CMI. Realizou Sessão Magna de Iniciação dos novos CONSTRUTORES SOCIAIS, Carlos Eduardo Kosak, Paulo da Rocha e Ricardo Marcelo Stroparo. Sessão Magna muito bem dirigida pelo CCar.’. Ir.’. OTÁVIO TUCUNDUVA MATTANA – Cuja dinâmica emocionou a todos os valorosos IIr.’. presentes ao bonito e significativo momento de nossa Instituição Maçônica. Parabéns ao

Santo Sepulcro No sábado de 08 de dezembro de 2018 o CAPÍTULO SANTO SEPULCRO DE MAÇONS DO REAL ARCO Nº9 ao Or.’. de Curitiba – Paraná. Presidido pelo Ilustre Comp.’. Aristides Rodrigues do Prado Neto – seu SUMO SACERDOTE – em importante reunião fraternal que contou com o brilhantismo dos nosso queridos CComp.’. pertencentes a essa corporação que reúne em seu meio MM.’. MM.’. regulares das três OObed.’. que militam em nosso Estado do Paraná. (GOB, GOP e GLP). Momento em que foram passados os principais destaques da TRIENAL DE FLORIANOPÓLIS e que nortearão os trabalhos para o ano de 2019. Curitiba Paraná. Obs. Diversos CComp.’. não conseguiram participar da referida reunião uma vez da impossibilidade de estacionamento. Dezembro de 2018.

nobre Ir.’. Otávio – Venerável Mestre da querida Loja e a todos os seus integrantes. Curitiba Paraná., em 29 de agosto de 2019.


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SER ÂNCORA OU VELA!

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o pensarmos em uma paisagem que retrate tranquilidade e nos faça meditar, é bem possível que o mar seja a primeira ideia que surgirá. A brisa constante que acariciam nossa alma e areias finas massageando nossos pés, pensando desta forma é o paraíso na terra. Firmando nosso olhar no horizonte podemos ver navios, pequenos pontos no imenso oceano, que sereno impõe sua força e respeito. Neste lindo cenário, um veleiro navegando em mares tropicais, com sol e ventos favoráveis são as condições ideais que um marujo deseja. Agora imaginemos que somos este barco e que o mar é a nossa vida, com todo o pacote completo, com sonhos, desejos, preocupações e frustrações. O nosso barco está bem equipado: bússola, coletes salva-vidas, cordames, velas, sistema de comunicação e a sua âncora. Itens necessários para que navegue com segurança e siga seu destino planejado. A bússola é a nossa consciência, onde

nos dará a direção e se tivermos a devida atenção encontraremos o caminho correto ou nos perderemos em mares revoltosos. Destes não há quem escape e para enfrentá-los, utilizaremos coletes salva-vidas, que serão nossa família e amigos. o pacote completo, com sonhos, desejos, preocupações e frustrações. Os cordames grossos são os nossos elos de ligação com todos que nos cercam, eles podem proteger uma carga preciosa no convés ou prender aqueles que amamos, se apertarmos muito os nós poderemos sufocar, se afrouxarmos podemos perde-los. A âncora pode nos imobilizar eternamente no comodismo e até mesmo pelo medo de buscar novos portos, portanto é que devemos saber o momento de içá-la e seguir nossa viagem. O medo é a âncora do barco. As velas a inspiração e vontade. Uma âncora nunca deve ser lançada quando tivermos nossas velas içadas, embolsadas pelo vento, este é um dilema, nosso eterno con-

flito de agir, o medo e a coragem. A dúvida e a certeza, que constantemente nos acompanham. Nossas velas a todo pano e recebendo bons ventos nos levarão para longe, são os nossos pensamentos e desejos mais fortes, nossa força será a forma como receberemos os ventos e embolsando nas velas darão o impulso tão forte que não haverá distância que deixaremos de alcançar. Os ventos, o mar e os destinos não desaparecerão, basta a nossa vontade em escolher. E lhe pergunto, o seu desejo é ser Ancora ou Vela? Rogério Vaz de Oliveira" Relações Públicas Especialista em Comunicação Pública Especialista em História da Maçonaria Maçom integrante da Loja Estrela do Sul 84 — Bagé/ RS Sócio Correspondente das Academias Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul e o Leste de Minas.

A.’.R.’.L.’.S.’. Cavaleiros de Cristo E A.’.R.’.L.’.S.’. Cavaleiros de São João Em data de 20-09-2019 as laboriosas Lojas Maçônicas Cavaleiros de Cristo – V.’.M.’. Luiz Henrique Rehme (Rito Adonhiramita) e Cavaleiros de São João – V.’.M.’. GlaucioHeck (Rito Escocês) ambas pertencentes ao GOP-COMAB-CMI. Reunidas foram brindadas com a magnifica palestra do CCar.’. Ir.’. Aderbal Nicolas Muller, emérito escritor e pensador maçônico, cujo tema versou sobre VIRTUDE MAÇÔNICA a todos empolgou. Nossos abraços aos idealizadores da reunião em conjunto e a todos os queridos IIr.’. presentes. Curitiba – Paraná., setembro de 2019.

As dificuldades são como as montanhas. Elas só se aplainam, quando avançamos sobre elas” (Provérbio japonês)


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PIRATARIA MAÇÔNICA

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urante o processo de admissão na Maçonaria, tanto o candidato quanto a Loja se convencem de que nossa Ordem não é uma religião. Por comodidade, substitui-se o Deus das religiões pelo conceito Pitagórico de “Grande Arquiteto do Universo” sobre o qual é erigido um novo culto e uma nova “religiosidade” que muitos pretendem ser “não dogmática”. Apesar disso, o raciocínio verossímil (porém inverídico) dessas afirmações reside no fato de que o proponente que não CREIA na existência de Deus não é aceito na maçonaria ‒ seja esse Deus um princípio criador, um ente infinito, eterno, sobrenatural e existente por si só; seja esse princípio a causa necessária e fim último de tudo que existe, etc. O Landmark XIX, compilado por Albert Mackey é taxativo: “XIX – A crença no Grande Arquiteto do Universo é um dos mais importantes Landmarks da Ordem. A negação dessa crença é impedimento absoluto e irremovível para a Iniciação.” Antes de Albert Mackey, a Constituição escrita por James Anderson (ministro da Igreja da Escócia e pastor nas Igrejas Presbiterianas de Swallow Street e Lisle Street) determinou peremptoriamente: “Um Maçom é obrigado, por dever de ofício, a obedecer a Lei Moral; e se ele compreende corretamente a Arte, nunca será um estúpido ateu nem um libertino irreligioso.” Apesar das cláusulas pétreas estabelecidas nos Landmarks, muitos curiosos (e mesmo pretensos autores) vêm questionando as tradições maçônicas. Mal sabem eles (ou se sabem, agem de má fé) que a Maçonaria é uma Ordem Tradicional ‒ ou seja: um movimento fundado e conservado na tradição ‒ entendendo-se por tradição a herança cultural, o legado de processos mentais ou atitudes e técnicas de uma geração para outra; tradição é, queiram ou não esses “sábios”, o conjunto dos valores morais e espirituais transmitidos de geração em geração. A Maçonaria só se sustenta no mundo por causa da TRADIÇÃO. Removam esses Ladmarks, alterem-se as leis e os costumes, e chegaremos ao ponto de excluirmos o Avental, o Esquadro, o Compasso e os Juramentos. O decréscimo de nossa autoridade ética, assim como as “maçonarias” irregulares que povoam o noticiário, têm sua origem no relativismo com que alguns segmentos vêm tratando os assuntos maçônicos, inclusive na internet: no Facebook

aos olhos de todos e no WhatsApp. Modernizar a linguagem, SIM; vulgarizar e profanar, JAMAIS. Ainda há entre nós os piratas que propõem listas próprias ou mais curtas de Ladmarks, modificando alguns (entre eles o número XIX), eliminando os números I e II (sobre os métodos de reconhecimento e a divisão do Simbolismo em três graus), e por aí vai ‒ tudo em nome da “modernidade”. O pedantismo e a autossuficiência invadem assim vários recantos da Ordem onde são acei-

tos discursos sobre temas de especialização Universitária proferidos por quem sequer se deu ao trabalho de ler os primeiros capítulos das obras que citam. Mais valeria se nos ativéssemos às Instruções de Aprendizes que, por si só, já contêm material de sobra para tirar o sono de muitos “professores”. Essa pirataria apoia-se no sofisma de que a moralidade está subordinada às necessidades da época e que o maçom é livre para interpretar a filosofia da Ordem e independente para seguir o caminho que bem entender. Não é bem assim. A liberdade de pensamento consiste no grau de independência e no conjunto de direitos e faculdades humanas que têm como objetivo o conhecimento. Essa independência e esses direitos têm que ser, necessariamente, conduzidos pela inteligência. O simples fato de alguém estar “na Maçonaria” ‒ numa Loja regular ‒ não lhe dá o direito de alterar a Tradição Maçônica em nome de uma pretensa “liberdade de pensamento”, independentemente do seu grau de instrução profana, cargo maçônico ou Grau alcançado em quaisquer dos ritos. Ir.’. José Maurício Guimarães

Novos Mestres de Marca Os CCar.’. IIr.’. Alan Henrique da Silva, AelsonMuchelato Filho,Alisson Marcos, João José Ferreira, José Luiz Estaciaski, Guilherme Capriotti, Mario Sergio Cunha Alencastro e Paulo Vitor Nazário Sermann – agora são MESTRES DE MARCA do Rito de York. Belíssima cerimônia que aconteceu no sábado 21 de setembro de 2019 e que foi presidida pelo Ilustre Ir.’. Comp.’. Pedro de Oliveira Santos Junior, SUMO SACERDO-

TE do CAPÍTULO SANTO SEPULCRO DE MAÇONS DO REAL ARCO Nº9 que pertence ao Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil – filiado a THE GENERAL GRAND CHAPTER OF ROYAL ARCH MASON. O Capítulo Santo Sepulcro de Maçons do Real Arco – está aberto aos MM.’.MM.’. regulares das três OOb.’. (GOB, GOP e GLP) Paranaenses. Curitiba Paraná., setembro de 2019.


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Grande Benemérito da Maçonaria Paranaense É o Título concedido ao Ilustre Ir.’. OSMAR DOS SANTOS VIDOTI, Past Master da ARLS.’. Luz e Fraternidade de Curitiba nº97 – pelos relevantes serviços prestados a Nobre Instituição. Sessão Magna Extraordinária realizada pela SALM – SOBERANA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA MAÇÔNICA – em data de 09-08-2019 e magistralmente Presidida pelo Pod.’. Ir.’. ELTER TAETS GARCIA. Belíssima Sessão Pública contando com as

notáveis presenças de diversas autoridades maçônicas – entre elas os CCar.’. IIr.’. RUBENS MARTINS JUNIOR, Grão Mestre do Grande Oriente do Paraná e CRISTIAN FLORES MALDONADO, Grão Mestre Adjunto do Grande Oriente do Paraná. Nossos cumprimentos ao Ir.’. Osmar Vidoti, homenageado da noite – e que também é Obr.’. da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros de São João, 74 – Curitiba – Paraná.

Residência do Comandante Mauricio Viana Pacheco O CCar.’. Ir.’. (Nobre Ir.’.) Mauricio Viana Pacheco – recebeu no salão de festas de sua residência na tarde de 14-11-2018 os seus IIr.’. e convidados para um churrasco amigo. Ali com o carisma de sempre recebeu a todos para momentos dedicados a fraternidade que é a sua marca peculiar porque é um verdadeiro gentleman. Ao sabor inigualável de boas pólvoras amarelas, brancas e tintas. Tudo estava JP.’. Agradecemos ao querido Ir.’. Mauricio pelos momentos em companhia dos VVal.’. IIr.’. da ARLS.’. Templários da Fraternidade de Curitiba (GLP) e principalmente ao grande anfitrião que proporcionou a todos agradáveis momentos de convívio salutar. Curitiba Paraná. Não há que ser forte. Há que ser flexível) (Provérbio chinês)


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COLECIONISMO Quem nunca usou um lápis? Colecionar é um hobby que se perde no tempo, proporciona felicidade, alegria, prazer e, através dele, criam-se novas amizades. Você já sentiu o doce prazer de ter uma coleção? O prazer de buscar, incessantemente, uma nova peça para sua coleção, ou encontrar a figurinha que faltava para completar o seu álbum? Ou, quem sabe, conhecer novas pessoas pelo simples ato de serem colecionadores? Quando se trata de colecionismo, remete-se às lembranças de moedas, carrinhos, chaveiros, canetas, que são comuns e conhecidas que, na grande maioria, são encontrados por preços módicos. Porém, há os mais afortunados, ajuntadores de carros, motos, quadros, objetos raros. Há, ainda, os inimagináveis que formam coleções exóticas de guarda-chuvas, barras de sabão, sachês de condimentos, etc. Apesar do exotismo das coleções, juntar lápis de grafite talvez seja uma das mais inusitadas. Nessa coleção curiosa, há a busca de lápis promocionais das décadas de 1940, 1950, 1960 e boa parte dos 70s. Eram comuns, pois promoviase tudo com eles, desde empresas, clientes, amigos até as coisas mais simples como um produto de muita aceitação do público. Hoje, à guisa do tempo, são mais decorativos e temáticos, de fácil acesso no comércio. Ainda que pareça mais um passatempo dos mais novos, há os eminentes colecionadores como o uruguaio Emilio Arenas que possui a maior coleção mundial de lápis, com mais de 16.260 unidades, segundo o livro dos recordes, Guinness Book. No Brasil, pode-se destacar Orisson Manoel Louro, de Minas Gerais, que possui 1047 lápis promocionais, sendo o maior colecionador do Brasil. É forçoso destacar, ainda, o Museu do Escrever, em Fortaleza,

que tem um acervo com 3.430 lápis, dos mais diversos, destacados por uma placa com os seguintes dizeres “COLEÇÃO DE LÁPIS, PROMOCIONAIS, TEMÁTICOS E DECORATIVOS, COM 3430 UNIDADES, A MAIOR COLEÇÃO DO BRASIL”. Na capital paranaense, o eminente professor Norca Batista possui um acervo com cerca de 3.750 unidades, majoritariamente promocionais, produzidos entre as décadas de 1940 e 1970. Fazem também parte de sua coleção os lápis decorativos e temáticos. A partir da observação amiudada de alguns deles, podese traçar um painel da antiga Curitiba, cidade das lojas Hermes Macedo, da saudosa Papelaria Requião e de muitos outros lugares destacados. Os pequenos grafites de escrita atestam antigas fábricas de refrigerantes muito apreciados como a Crush e o Grapete. Um dos orgulhos da coleção do professor são os lápis que homenageiam o 1º centenário da Emancipação Política do Estado do Paraná, ocorrida em 1953. Intuindo criar um Museu do Lápis, o lente, que de um ano para outro, aumentou sua coleção de 326 para 3750 unidades, afirma que sua coleção é fruto da ajuda de muitos dos seus e de seu círculo de amizades. Assevera que quer contar a história dos lápis a partir de cada unidade adquirida, para as gerações futuras. Para isso, aceita, com maior prazer, doações de quaisquer daqueles que tenham lápis em quaisquer condições de conservação. Para encontrá-lo, basta enviar uma mensagem para professornorca@hotmail.com, ou mesmo pelo telefone 41- 996008397. “Um lápis, uma história”, sempre afirma.

“Não há que ser forte. Há que ser flexível (Provérbio chinês)

O OLHAR... Que olhar enternecedor. Gosto dele. A boca! Sensual... Divina. Os cabelos, esvoaçantes. Mãos ternas, delicadas... que tocam. A pele macia tal qual pétalas de belas rosas. A fala cativante que conquista. E o olhar! que olhar... O sorriso matreiro, lascivo, gostoso e inesquecível; me envolve. Gestos cativantes, coadjuvados pela ternura de movimentos, encantam... Prendem. E o olhar, não sei se prefiro só o olhar... Misteriosos. Que olhar, profundos, como mar adentro. O corpo flutua no espaço do imaginário que não tem começo, não tem fim. Terra molhada com frutos inebriantes. Templo pagão com resultados divinos... Rendo-me as fantasias tão naturais de quem ama e quer. Mas o olhar, que olhar... Deolindo Dorta de Oliveira (agosto de 2009)


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A.’.R.’.B.’.L.’.S.’. José Bonifácio de Andrada e Silva Em 18-10-2019 o CCar.’. Ir.’. Angelo Salem Prieto dos Santos – Venerável Mestre da Augusta e Respeitável Benfeitora Loja Simbólica José Bonifácio de Andrada e Silva, 46 (REAA) – GOB/COMAB – conduziu com brilhantismo a SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO do novo Ir.’. RICARDO MARTINS DA COSTA. Templo totalmente ocupado pelos OObr.’. do quadro e de dezenas de visitantes – entre eles o

destaque para o Pod.’. Ir.’. Cristian Flores Maldonado, Eminente Grão Mestre Adjunto do Grande Oriente do Paraná. Nossos abraços a todos os IIr.’. pertencentes ao quadro da laboriosa Loja Maçônica José Bonifácio de Andrada e Silva e é claro ao querido Ir.’. Ricardo que começa agora a sua caminhada em busca dos ensinamentos da ARTE REAL. Curitiba Paraná. 18 de outubro de 2019.

Simplesmente REAL!

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m jovem advogado foi indicado para inventariar os pertences de um senhor recém falecido. Segundo o relatório do seguro social, o idoso não tinha herdeiros ou parentes vivos. Suas posses eram muito simples. O apartamento alugado, um carro velho, móveis baratos e roupas puídas. “Como alguém passa toda a vida e termina só com isso?”, pensou o advogado. Anotou todos os dados e ia deixando a residência quando notou um porta-retratos sobre um criado mudo. Na foto estava o velho morto. Ainda era jovem, sorridente, ao fundo um mar muito verde e uma praia repleta de coqueiros. À caneta escrito bem de leve no canto superior da imagem lia-se “sul da Tailândia”. Surpreso, o advogado abriu a gaveta do criado e encontrou um álbum repleto de fotografias. Lá estava o senhor, em diversos momentos da vida, em fotos em todo canto do mundo. Em um tango na Argentina, na frente do Muro de Berlim, em um tuk tuk no Vietnã, sobre um camelo com as pirâmides ao fundo, tomando vinho em frente ao Coliseu, entre muitas outras. Na última página do álbum um mapa, quase todos os países do planeta marcados com um asterisco vermelho, indicando por onde o velho tinha passado. Escrito à mão no meio do Oceano Pacífico uma pequena poesia: “Não construí nada que me possam roubar. Não há nada que eu possa perder. Nada que eu possa tocar, Nada que se possa vender. Eu que decidi viajar, Eu que escolhi conhecer, Nada tenho a deixar Porque aprendi a viver.” Texto enviado pelo CCar.’. Ir.’. Alfredo Kovalski Londrina Paraná


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YORK RITE IN VITÓRIA De 14 de novembro até o dia 17 de novembro de 2019 ao Oriente de Vitória – Espírito Santo – o festivo encontro dos queridos e laboriosos Companheiros do REAL ARCO – realizou-se sob a inspiração da fraternidade encontrada e inspirada sob o manto do ALTAR DA FRANCO MAÇONARIA. Era a realização da TRIENAL de 2019 do REAL ARCO. Entre os CComp.’. do nosso Estado do Paraná, os queridos IIr.’., que ao longo do tempo tem reforçado as colunas e é claro a filosofia da FRATERNIDADE DO REAL ARCO., e no referido encontro os nossos representantes do Paraná., são eles Narciso Da Lozzo Neto, Aristides Rodrigues do Prado Neto e Pedro de Oliveira Santos Junior. Ressaltando sempre que o REAL ARCO está aberto a MM.’.MM.’. regulares pertencentes a uma das três Instituições Maçônicas (GOB, GLP e COMAB) que militam em nosso Estado e em todo o território Nacional. Os agrupamentos do REAL ARCO estão subordinados ao SUPREMO GRANDE CAPÍTULO DE MAÇONS DO REAL ARCO DO BRASIL – Jurisdicionado a THE GENERAL GRAND CHAPTER OF ROYAL ARCH MASONS INTERNATIONAL. Revista O CAVALEIRO de São João – Jornalista: Deolindo Dorta de Oliveira – DRT-7154/PR) Curitiba Paraná – novembro de 2019


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