Carta de Camacari - Cofic

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Carta do Polo Industrial de Camaçari Desafios, oportunidades e perspectivas para as próximas décadas (2ª Edição- 2011)

Carta do Polo Industrial de Camaçari Desafios, oportunidades e perspectivas para as próximas décadas (2ª Edição- 2011)

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI


PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI


SECRETARIA DA INDÚSTRIA COMÉRCIO E MINERAÇÃO

COFIC Comitê de Fomento Industrial de Camaçari

Missão Promover o desenvolvimento sustentável do Polo Industrial de Camaçari e sua área de influência regional

Visão O Polo Industrial de Camaçari ser sempre reconhecido como referência de excelência empresarial

Objetivos • • • •

Fomentar o crescimento sustentável das associadas Representar as associadas juntos às autoridades governamentais Promover melhores práticas em Segurança, Saúde e Meio Ambiente Estimular a comunicação transparente e imagem favorável junto à sociedade • Promover capacitação e qualificação de pessoas para as associadas

Princípios e Valores • • • • •

Unidade de Representação Transparência nas relações com a sociedade e associadas Respeito à vida e ao meio ambiente Atuação ética Responsabilidade Social


Conselho de Administração Presidente Manoel Carnaúba Cortez

Vice-presidentes João Alecrim Pereira Marcelo de Oliveira Cerqueira Philippe Pfister

Conselheiros

Conselho

Fiscal

Marconi Andraos Oliveira José Alberto Montenegro Franco Sérgio Figueiredo Calmon Carlos Roberto de França Rezende Hildebrando José Campos Gonsales (Suplente)

Antônio Fernando Pinto Coelho Flávio de Couto B. Cavalcanti Frederico Feijó de Sá Gilmar Luiz Beraldo

Comissão Executiva

João Bosco Machado

Presidente

José Eduardo Lima Barretto

Manoel Carnaúba Cortez

José Luis Gonçalves de Almeida José Kelso Albuquerque de Moraes Luiz Carlos França Duarte

Superintendente Geral Mauro Guimarães Pereira

Marcos Henrique Carlos de Souza

Superintendentes

Marcos Ferreira Ângelo

Érico Oliveira dos Santos

Ney Antônio de Souza Silva

Aurinézio Calheira Barbosa

Pedro Arnulfo Hernandez Garcia Roberto Fiamenghi Ronaldo Márquez Alcântara Ronald Lamounier Rubinstein


SECRETARIA DA INDÚSTRIA COMÉRCIO E MINERAÇÃO

Carta do Polo Industrial de Camaçari Índice Apresentação ..............................................................................6 Grupos de Trabalho ......................................................................9 GT-1. Assuntos Fiscais ................................................................ 10 GT-2. Infraestrutura e Logística.................................................... 11 GT-3. Matérias-primas e Matriz Energética..................................... 15 GT-4. Plano Diretor do Polo.......................................................... 17 GT- 5. Formação de Mão-de-Obra ................................................ 19 GT- 6. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica............... 22 GT- 7. Expansão e Diversificação Industrial.................................... 24 Empresas Associadas ................................................................. 26 Ficha Técnica............................................................................. 28


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presentação

O Polo Industrial de Camaçari mudou a face da Bahia nos campos econômico, social e cultural, projetando-a como destaque nos cenários nacional e global. A trajetória vitoriosa do Complexo, que iniciou suas atividades em 29 de junho de 1978, é motivo de orgulho para todos que, de alguma maneira, contribuíram para que o Polo nascesse, crescesse e se consolidasse como maior Complexo Industrial Integrado do Hemisfério Sul, gerando emprego, renda e desenvolvimento para o Estado, o Nordeste e o País. Hoje, o Polo Industrial de Camaçari avança em nova etapa de crescimento, que se caracteriza pela expansão, adensamento e diversificação dos empreendimentos existentes, com ênfase na complementação das suas cadeias produtivas, principalmente no que se refere à produção de bens finais. A sua vocação natural para atrair novas empresas sinaliza, no entanto, para a necessidade de superação de certos desafios e aproveitamento de oportunidades existentes à jusante e à montante dos novos empreendimentos, como forma de assegurar a competitividade atual e futura do Complexo Industrial. Foi com essa visão que o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari - Cofic, associação empresarial privada que representa mais de 90 empresas no Polo, aqui incluídas 27 integrantes do Complexo Ford, elaborou a Carta do Polo Industrial de Camaçari, entregue ao governador Jaques Wagner em junho de de 2008. O documento consiste em uma Agenda Empresarial Positiva, com o objetivo de mapear, discutir e propor ações estruturantes voltadas para o aumento da competitividade do Polo em sete áreas prioritárias, a seguir relacionadas: - Assuntos Fiscais - Infra-estrutura e Logística - Matérias-primas e Matriz Energética - Revisão do Plano Diretor do Polo - Formação de Mão-de-obra - Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica - Expansão e Diversificação Industrial

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O trabalho foi compartilhado com o Governo do Estado, através da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, envolvendo as empresas associadas ao Cofic, prefeituras municipais de Camaçari e Dias D’Avila, entidades empresariais, comunidade acadêmica, sindicatos, comunidades vizinhas, dentre outros parceiros. O propósito em comum era construir uma Agenda Positiva, com o intuito empresarial de contribuir para o novo ciclo de expansão e diversificação do Polo de Camaçari, com ênfase na implantação de indústrias de produtos com maior valor agregado. Nos últimos três anos, novas empresas confirmaram a opção de se instalar no Polo e em suas áreas de influência, entre as quais a Oleoquímica, Linde Gases, Arembepe Energia, Energética Muricy, Dax Oil, Gamesa, Alstom, Wacker, Kimberly, Jac Motors, Boticário, entre outras. É importante registrar que o Polo superou, já em 2010, a projeção incial de investimentos de US$ 4,3 bilhões, anunciada na Carta do Polo Industrial de Camaçari. O valor dos investimentos realizados entre 2008 e 2010 ficou acima de US$ 20 bilhões. Para o período 2012/2015, a previsão é igualmente desafiadora, superando os US$ 7 bilhões. Somados, os investimentos realizados e projetados no período 2008/2015 ultrapassam o patamar de US$ 12 bilhões.

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Este cenário favorável, a despeito das adversidades da economia mundial, confirma o potencial de atratividade do Polo. Confirma também a efetividade do trabalho realizado pelo Governo do Estado e Prefeitura de Camaçari, em parceria com o setor privado, no sentido de promover a vinda de novos empreendimentos para o Complexo Industrial, que certamente resultarão em mais empregos e renda para os municípios vizinhos de Camaçari e Dias D´Ávila. Na medida em que o Polo avança em seu novo ciclo de crescimento, com a expansão dos empreendimentos existentes e vinda de novas empresas, inclusive de segmentos inéditos como o de energia eólica, e também com a implantação de projetos estratégicos, a exemplo do Complexo Acrílico da Basf, catalisador de indústrias de terceira geração, mais intensivas em mão-de-obra e com produtos de maior valor agregado, torna-se oportuna e necessária a continuidade da Agenda Empresarial Positiva iniciada pelo Cofic em 2008. Esta iniciativa se renova a partir da realização do Fórum “Camaçari, um Polo de Oportunidades”, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Camaçari, entidades empresariais e demais parceiros representativos dos segmentos produtivos de Camaçari, com os seguintes objetivos: Discutir as condições de implantação e consolidação de novos empreendimentos na área de influência do Polo. Promover a integração das novas cadeias produtivas com os setores industrial, comercial e de serviços de Camaçari e Dias D´Ávila, dando ênfase às seguintes abordagens estruturantes: Qualificação de empresas e empreendedores locais para atender às indústrias localizadas no Polo e região. Formação da mão-de-obra , prioritariamente nos níveis técnico, tecnológico e superior, para atender aos novos empreendimentos. Contribuir para que a instalação dos novos empreendimentos ocorra de forma ordenada e em condições adequadas de infraestrutura, logística, segurança e proteção ao meio ambiente. Nessa perspectiva, o Cofic apresenta como subsídio para o Fórum “Camaçari, um Polo de Oportunidades” uma nova versão do trabalho que gerou a primeira edição da Carta do Polo Industrial de Camaçari, com conclusões, proposições e resultados já alcançados, incorporando novas abordagens em consonância com os objetivos do referido evento.

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Entre os resultados alcançados, merecem registro: a redução de 17% para 12% na alíquota de ICMS no segmento químico/petroquímico e a negociação dos créditos acumulados de ICMS; implantação do Sistema BA-093, que assegura, mediante concessão ao setor privado, a recuperação, conservação e duplicação das principais vias de acesso ao Polo; implantação de melhorias, também via concessão, nas BR 324 e 116; implantação da Via Expressa, interligando o Porto de Salvador à BR 324; ações de melhoria da infraestrutura e aumento da capacidade dos referidos portos; início da construção do Anel Ferroviário, interligando Camaçari ao Porto de Aratu; revisão do Plano Diretor do Polo, com a definição de uma nova poligonal que aumenta em mais de 100% a área física existente para expansões e implantação de novas empresas, disciplinando a sua utilização. Atração de novos investimentos – destaque para a implantação do Polo Acrílico Nas páginas seguintes estão as principais conclusões e proposições dos grupos de trabalho que ajudaram na elaboração da Carta do Polo Industrial de Camaçari, evidenciando também os resultados já alcançados e recomendações futuras e incorporando novas proposições em consonância com os objetivos do Fórum de Oportunidades.

Grupos de Trabalho Nas páginas seguintes estão as principais conclusões e proposições dos grupos de trabalho que ajudaram na elaboração desta segunda edição da Carta do Polo Industrial de Camaçari, evidenciando também os resultados já alcançados e recomendações futuras:

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GT-1. Assuntos Fiscais Objetivo: abordar os desafios e oportunidades do Complexo Industrial de Camaçari na área fiscal, com especial ênfase para: • Isonomia tributária com outros estados • Evitar qualquer retenção de Crédito de ICMS • Concessão de ICMS “incentivado” nas importações por outros estados A redução do ICMS nas operações internas e de importação de nafta, destinada ao contribuinte que a utilize na produção de produtos petroquímicos básicos, foi alcançada e deve continuar para que mantenha o equilíbrio fiscal e atenda aos propósitos da Carta do Polo de Camaçari, no que se refere à manutenção da competitividade do Complexo Industrial nas próximas décadas. Essa redução deve continuar para que se possa manter o equilíbrio fiscal e atender aos propósitos da Carta do Polo de Camaçari, no que se refere à manutenção da competitividade do Complexo Industrial nas próximas décadas. É importante, contudo, que sejam discutidas outras medidas com o objetivo de não haver qualquer retenção do Crédito de ICMS. Legendas: A = Alcançado; EC = Em Curso; F = Futuro

Desafios e Oportunidades

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Resultados/Ações/Recomendações

• Redução da Alíquota de ICMS

-- Alíquota de ICMS reduzida de 17% para 12%

• Alternativas para estancar retenção de Crédito de ICMS

-- Foram adotadas medidas para evitar retenção do Crédito

• Recuperação dos Créditos Existentes

-- Créditos liberados pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Fazenda

• Isonomia Tributária com outros estados

-- Condição essencial para a competetividade do Polo. Deve ser mantida pelo Governo do Estado

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GT-2. Infraestrutura e Logística Objetivo: equacionar os gargalos existentes e desenvolver novas alternativas de infraestrutura e logística de transportes, de modo a aumentar a competitividade do Polo em classe mundial, para fortalecer os negócios existentes e atrair novos. A infraestrutura e a logística de transportes são fatores estratégicos e fundamentais, determinantes para que o ambiente produtivo do Polo obtenha competitividade nacional e internacionalmente. Dentre as ações elencadas no estudo inicial, houve avanços, como: as concessões das BR-116/ BR-324 e Sistema BA-093, que já apresentam melhoras de condições de tráfego e darão futuro aumento de capacidade; a contratação da variante ferroviária Camaçari-Aratu; e a dragagem dos portos de Salvador e Aratu. Entretanto, ainda há muito o que fazer, principalmente, no que diz respeito ao aumento da capacidade portuária e ferroviária, de modo a permitir a confiança da decisão de ampliações e novos investimentos. Focando os três principais modais, temos assim a seguinte situação: a) Modal rodoviário – As duas concessões dos principais sistemas rodoviários resultarão, em futuro próximo, no aumento da capacidade de tráfego de cargas. Para evitar congestionamento, será fundamental a criação de uma alternativa rápida e segura para o fluxo de passageiros, com o desenvolvimento do transporte ferroviário. b) Modal ferroviário - Tem-se a impressão da continuidade da atual situação precária das vias permanentes e desinteresse da concessionária no mercado de cargas da Bahia. Até o momento não houve como sensibilizar a concessionária e governos, para alteração de estrutura. Não existem prazos para definições. c) Modal marítimo - O Porto de Salvador continua sendo uma grande infraestrutura subutilizada, cabendo a implantação de um segundo terminal para atender a demanda de cargas, rotas e linhas regulares de navegação. Embora o terminal de contêineres atual esteja ampliando um dos seus berços, ainda será insuficiente para atender a demanda baiana e de estados vizinhos e permitir a atração de novos negócios. O Porto de Aratu continua sem uma decisão que permita conhecer a partir de quando terá sua capacidade elevada. Portanto, no setor portuário ainda há muitas oportunidades de melhoria. Assim, faz-se necessária a continuidade das ações junto aos governos e divulgação das necessidades de infraestrutura visando aumentar a competitividade e o crescimento do Polo Industrial de Camaçari.

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Legendas: A = Alcançado; EC = Em Curso; F = Futuro

Desafios e Oportunidades

Resultados/Ações/Recomendações

1. Transporte e Distribuição Modal Rodoviário • Restauração e readequação do Sistema BA-093; BR-324 e BR-116

-- Contratos de concessão estabelecidos: ▪▪ Sistema BA-093 – Consórcio Bahia Norte ▪▪ BR-324 e BR-116 – Consórcio Via Bahia

• Implantação da Via Expressa (Ligação Porto SSA/BR324)

- Obras iniciadas pelo Governo do Estado: ▪▪ 1ª etapa concluída (BR324-Rótula Abacaxi) ▪▪ 2ª e 3ª etapas previstas para final de 2011

• Implantação da Plataforma de Logística no CIA (RMS)

-- Elaboração de projeto para adequação do CIA, como plataforma logística

• Implantação do Terminal Intermodal de Simões Filho a Aratu e Salvador – manter a variante Simões Filho/Camaçari

-- Elaboração de projeto para implantação de terminal intermodal

• Aumento de capacidade rodoviária do fluxo de cargas no sentido da BR-324, através da mesma ou solução alternativa

-- Serviços de conservação em andamento

• Acesso ao Porto de Aratu - Aumentar capacidade

-- Duplicação da via de acesso ao Porto a partir da rótula, para aumento de capacidade e ordenamento do tráfego

• Sistema Viário Oeste

-- Acompanhamento para estudos de impactos

-- Estudos para readequação

Modal Ferroviário

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• Restauração e readequação da capacidade existente – Melhorias e modernização das vias permanentes, para aumento de velocidade e segurança - Camaçari/Salvador/ Paulínia/ Juazeiro e Recife

-- Ferrovia sob concessão da FCA, com usuários necessitando colocar cargas. Intervenções são imperativas para que se diminua o tempo de trânsito, aumente segurança e freqüência

• Contorno de São Félix-Cachoeira

-- Processo paralisado por questões legais e ambientais

• Contorno de Candeias e Santo Amaro

-- Inclusão em prioridade do PAC2, elaboração de projeto, obtenção de licenças e licitação

• Variante Camaçari-Aratu (Dnit)

-- Ordem de serviço assinada em 14/02/2012, para conclusão em 18 meses -- Necessária inclusão do trecho no Porto de Aratu

• Implantação da variante de acesso ao C.Port (FCA)

-- Projeto elaborado para implantação pela FCA

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Desafios e Oportunidades

Resultados/Ações/Recomendações

• Passagem de nível na BR-116

-- Necessária para não interromper o tráfego da BR116

• Anexar área da ex-RFFSA da Calçada ao Porto de Salvador, como pátio ferroviário de contêineres e depot

-- Assegurar ao Porto de Salvador o acesso ferroviário e aumentar a capacidade de movimentar contêineres

• Conexão da Ferrovia Oeste-Leste com Camaçari

-- Ação importante a ser considerada para futuro próximo

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Modal Marítimo Construção dos segundo e terceiro terminais de contêineres nos Portos de Salvador e Aratu

-- Faz-se necessária a definição da implantação de terminal de contêineres até 2012 e, dentro deste prazo, nova definição de um terceiro terminal de contêiner a operar em 2015 -- No Porto de Salvador, onde existe licença ambiental, projeto básico e EVTE, o tempo de resposta é inferior a dois anos -- No Porto de Aratu, onde são necessários estudos, licenças, adequações, acessibilidades marítimas e terrestres, o tempo de resposta é de cinco a seis anos

• Dragagem de aprofundamento dos portos de Salvador e Aratu para 15m

-- Concluída em 2010. Necessário acompanhamento para conhecer a homologação da Capitania dos Portos e data de operação para calados de 15m

• Licitação e Concessão de Terminal de grãos no Porto de Aratu

-- Necessário elaborar estudos, projeto básico, licenças ambientais e EVTE

• Implantação de Zona Industrial no Porto de Aratu

-- Cerca de 2 milhões de m2 estão disponíveis para implantação de indústrias e armazenagem de produtos. Necessária elaboração de Master Plan

• Ampliações dos terminais do Porto de Aratu

-- Necessário elaborar estudos, projeto básico, licenças ambientais e EVTE

• Licitação e Concessão do Porto de Aratu

-- Definição de modelo de exploração para que não atrapalhe o desenvolvimento de licitações e atrase a expansão do porto

• Estadualização dos portos

-- Há quase 20 anos o Governo Federal explora os portos públicos baianos sem compromisso com a oferta da quantidade de infraestrutura e serviços, qualidade e produtividade dos terminais, comprometendo a competitividade do Estado e de suas empresas. Necessário estudar celeremente o assunto e definir por uma gestão técnica profissional

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Desafios e Oportunidades

Resultados/Ações/Recomendações

• Outras recomendações para os Terminais Portuários

-- Necessidade de Segurança Jurídica para continuidade dos arrendamentos -- Incentivo para que a iniciativa privada atue diretamente nas concessões de portos -- Atuação do Estado como Regulador e Fiscalizados das ações portuárias

• Cabotagem

-- Necessário atrair novos armadores para a cabotagem brasileira, visando ampliar opções, reduzir custos de frete e melhor coordenação de rotas -- Necessidade de mais investimentos para renovação da frota -- Necessidade de flexibilização de acesso para navios de bandeira estrangeira -- Necessidade de formação e treinamento de profissionais especializados, inclusive tripulação

Modal Aeroviário • Ampliação do Terminal de Passageiros e Cargas e segunda pista no Aeroporto de Salvador

-- Capacidade saturada desde 2009; necessário ampliar urgentemente

• Aeroporto Industrial

-- A Bahia carece de aeroporto industrial – Se não for possível em Salvador, faz-se necessário estudar o assunto e propor solução

Tubo e Dutoviário • Uso de dutovias da Petrobras por terceiros

-- Necessidade de ampliação de faixas de domínio

Segurança Patrimonial e Pessoal CIPE • Implantação da Companhia Independente Policiamento Especializado

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-- Implantada em Camaçari primeira base da CIPE – Companhia Independente de Policiamento Especializado. Atuação integrada com outras unidades da PM -- Em estudo bases do CIA e Candeias

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Desafios e Oportunidades

Resultados/Ações/Recomendações

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Modelo de Gestão • Modelagem validada pelo Banco Mundial, IFC e BNDES para o Sistema BA-093

-- Modelagem (concessão) aplicada ao Sistema BA-093

• Iluminação das Vias Internas do Polo

-- Projeto elaborado, sob coordenação da SICM. Primeira fase aprovada pela Secretaria de Infraestrutura

GT-3. Matérias-primas e Matriz Energética

Objetivo: equacionar o suprimento de matérias-primas e matriz energética competitivas, para assegurar a capacidade atual e futura do segmento petroquímico do Polo Industrial de Camaçari. É notório que a competitividade em matérias-primas e insumos energéticos é um item relevante para a sobrevivência e perpetuidade das cadeias de produção da indústria de capital intensivo. Em geral, matérias-primas correspondem ao primeiro item de custo de produção, seguido de insumos energéticos. No contexto de concorrência global, esses itens costumam ser determinantes na identificação e escolha do local de uma fábrica nova. Precisam ser avaliados também no longo prazo, para assegurar a sustentabilidade econômica dos ativos. No período 2008-2010, algumas ações foram tomadas e outras estão em andamento para melhorar a competitividade dos ativos instalados e para atrair novos negócios para o Polo Industrial de Camaçari. Destacam-se o programa de sinergia desenvolvido entre a Braskem e a Refinaria Landulpho Alves, algumas iniciativas das empresas em buscar geração de energia via fontes renováveis (ex.: projeto de geração de vapor a biomassa anunciado pela Dow), a busca por oportunidades em autoprodução de energia elétrica, dentre outras. Para dar suporte à atração de novos negócios, foi elaborado o Guia de Atração de Investimentos. Entretanto, o que foi realizado pode ser considerado tímido para contribuir, de forma efetiva, para a competitividade das cadeias de produção do Polo, requerendo ações com o foco em assegurar a perpetuidade operacional dos ativos atuais e a atração de investimentos. A seguir, mencionamos um conjunto de diretrizes para tais ações: • elaborar uma política para a nafta petroquímica • incentivar o uso de etanol como matéria-prima de fonte renovável para a indústria química 15


• desenvolver mecanismos no sentido de influenciar os diversos agentes para recompor e manter competitivas as diversas cadeias produtivas, bem como fabricar, na Bahia, os produtos que vêm de fora do Estado e que poderiam utilizar matéria-prima disponível localmente • diferenciar a tarifa para o gás matéria-prima • diferenciar a tarifa do gás natural para o uso em co-geração industrial • criar mecanismos de incentivo para o uso de fontes renováveis de energia • garantir o acesso à energia elétrica com preço competitivo Algumas das diretrizes mencionadas anteriormente requerem ações no âmbito estadual, porém, outras são de âmbito nacional, sugerindo que o Governo do Estado, o Cofic, a FIEB e outros agentes interessados possam colocá-las nas suas agendas de influência e incentivo, bem como nos diversos fóruns de atuação. As ações para a competitividade em matérias-primas e insumos energéticos requerem envolvimento de vários atores, com destaque para agentes de governo e empresários, que precisam colocar como prioridade os temas citados e elaborar conjuntamente as ações para efetivamente colherem os frutos da longevidade industrial dos ativos atuais, bem como atrair novos investimentos para o desenvolvimento do Polo e da Bahia.

Legendas: A = Alcançado; EC = Em Curso; F = Futuro

Desafios e Oportunidades

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Resultados/Ações/Recomendações

• Promover maior integração entre a Petrobras/RLAM e o Polo de Camaçari, com vistas a incrementar a competitividade do Complexo Industrial

-- Programa de Integração e Sinergias entre a RLAM e a Braskem Petroquímicos Básicos

• Desenvolver uma política industrial para a competitividade da nafta petroquímica

-- Influenciar na elaboração de uma política nacional para a competitividade da nafta petroquímica

• Reavaliar a matriz energética do Polo priorizando o uso de fontes renováveis

-- Algumas empresas estão buscando alternativas de gerar o seu vapor via fontes renováveis (ex.: Dow, em Aratu) -- Algumas empresas estão analisando a auto-produção de energia elétrica, com foco em fontes renováveis

• Equacionar, de forma integrada, as demandas por recursos hídricos

-- Construção da nova adutora de água para captação da Barragem de Santa Helena, aliviando o sistema da Barragem do Rio Joanes, numa parceria com a Embasa -- Promover integração entre o Cofic, Ingá, INEMA e Embasa para buscar soluções estratégicas e planejadas em recursos hídricos

• Utilizar o etanol como matéria-prima para a indústria química

-- Criar mecanismos para incentivar o etanol como matéria-prima renovável para a indústria química

• Fabricar, na Bahia, os produtos que são de fora do Estado, inclusive do exterior

-- Guia de Atração de Investimentos -- Projeto para Adensamento da Cadeia Automotiva. -- Criar mecanismos governamentais de atração de novos investimentos

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Desafios e Oportunidades

Resultados/Ações/Recomendações

• Estudar a recomposição dos elos da cadeia produtiva não otimizados desde a origem do Polo, bem como aqueles que foram interrompidos (empreendimentos fechados) ao longo dos anos

-- Ações e esforços no sentido de influenciar os diversos agentes (principalmente empresários e governo) para recompor e manter competitivas as diversas cadeias produtivas (ex.: reativação da planta de Estireno)

• Assegurar a oferta de gás natural em quantidade, qualidade e preços competitivos

-- Ações no sentido de influenciar os agentes a diferenciar o preço do gás matéria-prima, com foco em aumento de competitividade. -- Diferenciar o preço para o gás natural utilizado em co-geração industrial

• Garantir o suprimento de energia elétrica competitiva

-- Criar uma regulação específica para Polos Industriais em relação à energia elétrica e gás natural. -- Influenciar os agentes do setor para que sejam criadas oportunidades para a indústria atuar como autoprodutor nos leilões de hidrelétricas. -- Influenciar os agentes do setor elétrico para eliminar os riscos de exposição na comercialização de energia elétrica entre submercados -- Consolidar o Parque de Geração de Energia Eólica, através de uma política voltada para sua expansão

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GT-4. Plano Diretor do Polo Objetivo: delimitação e ordenamento integradosustentado de áreas industriais, respeitando os aspectos sócioambientais e da segurança urbana, como fatores relevantes para assegurar a competitividade e a expansão do Polo nos próximos 30 anos. A procura de áreas físicas por grupos empresariais, inclusive de outros países, interessados na instalação de novas empresas no Polo de Camaçari tem sido crescente, confirmando a elevada atratividade do Complexo Industrial para novos empreendimentos. Isso demonstra o grau de importância e a urgência de que se reveste o trabalho de revisão do Plano Diretor do Polo, concluído na sua primeira fase com a definição da nova poligonal do Complexo Industrial, que amplia em mais que o dobro a área atual, de 235 quilômetros quadrados. A Conder elaborou e coordenou o trabalho de mapeamento das áreas de expansão e definição da nova poligonal. O Governo do Estado assinou o Decreto 13010 de 11.07.2011, tornando a referida área de utilidade pública para fins de desapropriação. Merece destaque o trabalho de 17


restauração do Anel Florestal do Polo, realizado pelo Incecc – Instituto do Corredor Ecológico Costa dos Coqueiros, com o apoio do Cofic, prefeituras de Camaçari e Dias D´Ávila, IBAMA, IMA, Ministério Público e empresas do Polo, dentre outros parceiros. Em três anos, foram plantadas mais de 250 mil mudas de vegetação nativa, com o envolvimento da comunidade. É muito importante o apoio da Sudic ao programa, principalmente no que se refere à vigilância e controle de invasões. Legendas: A = Alcançado; EC = Em Curso; F = Futuro

Desafios e Oportunidades

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Resultados/Ações/Recomendações

• Identificar área para futura expansão do Polo, de comum acordo com o Governo do Estado – Sudic e as prefeituras de Camaçari, Dias D´Ávila e Mata de São João

-- Área Identificada, mapeada e geo-referenciada, com o suporte técnico da Conder e Prefeituras de Camaçari e Dias D´Ávila

• Esta área deverá ser objeto de legalização e proteção física, pelo Governo do Estado, através da Sudic, o mais breve possível, enquanto as condições ainda permitem

-- Área delimitada com aval do Governo do Estado e suporte técnico da Conder/Sudic

• Criação de regras para instalação das empresas por áreas específicas (ordenamento), de acordo com a sua natureza setorial, considerando possíveis sinergias com as empresas existentes

-- Ação prevista para a segunda fase do trabalho, a partir da aprovação da nova proposta do Plano Diretor

• Criação de uma Governança (Coordenação) para o Polo Industrial, com a redefinição do papel do Cofic, com viés mais gestor e diretivo, para dinamizar as ações que lhe competem

-- Idem item anterior

• Convenção Condominial (Integração) com respectivos custos rateados entre empresas, governos estadual e municipais

-- Estruturação do Condomínio do Polo

• Os governos do Estado e dos municípios deverão ter um papel decisivo na preservação das áreas destinadas aos polos industriais (delimitação)

-- Previsto para a segunda fase do trabalho, a partir da aprovação da nova proposta do Plano Diretor

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Desafios e Oportunidades

Resultados/Ações/Recomendações

• A instalação de uma nova fábrica no Polo deverá passar por avaliação/ aprovação do Comitê Gestor (definição critérios) que deverá observar critérios previamente definidos a exemplo de: questões técnicas, agregação de valor, integração das cadeias, crescimento e desenvolvimento regional, sinergias para o Complexo Industrial

-- Idem Item anterior

• Questões de Segurança e Meio Ambiente são valores primordiais reconhecidos por todas as empresas instaladas ou que venham a se instalar na poligonal do Polo Industrial de Camaçari

-- Idem Item anterior

• Definição de indicadores de acompanhamento, visando não somente garantir a excelência das operações, como também realimentar o planejamento estratégico no médio e longo prazos

-- Idem Item anterior

• Consolidar a implantação do Anel Florestal como barreira de proteção e separação do Complexo Industrial das áreas urbanas, e viabilizar a interligação ao corredor ecológico

-- Plantios realizados pelo Incecc em parceria com a comunidade, prefeituras de Camaçari e Dias D´Ávila, IBAMA, INEMA, empresas do Polo, instituições parceiras e Ministério Público. Em três anos foram plantadas mais de 250 mil mudas de vegetação nativa, com o envolvimento da comunidade. -- É fundamental o apoio da Sudic, principalmente na vigilância e controle de invasões

• Revisão do Plano Diretor por Decreto Lei 10035 (26.06.2006) envolvendo governos estadual, municipal e Cofic, definindo toda a área destinada para o Polo Industrial de Camaçari

-- Concluída pela Conder, com de acordo das prefeituras de Camaçari e Dias D´Ávila, acompanhamento da Sudic e coordenação da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração. Área de expansão do Polo devidamente mapeada, nova pologonal definida

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GT- 5. Formação de Mão-de-Obra Objetivo: formação, qualificação e disponibilidade de mãode-obra para o Polo Industrial de Camaçari, como fatores relevantes para assegurar a sua competitividade. O novo ciclo de crescimento do Polo de Camaçari sinaliza para a necessidade de uma conjugação ainda maior de esforços entre as empresas do Complexo Industrial, entidades empresariais, instituições de ensino e governos (do Estado e prefeituras dos municípios vizinhos) visando ampliar a formação e qualificação de novos profissionais, principalmente nos municípios de Camaçari, Dias D´Avila e Candeias, para atender necessidades atuais e futuras das empresas instaladas na região.

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Considerando apenas o ¨turnover¨ normal e reposição de vagas por aposentadorias, a necessidade de mão-de-obra para atender ao Polo nos próximos cinco anos é estimada em aproximadamente 5.000 profissionais. Trata-se de um número conservador, que se potencializa com demandas adicionais resultantes da vinda de novas empresas, principalmente os empreendimentos de transformação, voltados para a fabricação de bens finais, que são mais intensivos em mão-de-obra. Dos 45 mil empregados do Polo de Camaçari atualmente (15 mil diretos e 30 mil através de empresas contratadas, cerca de 25% têm nível superior e 75% tem formação técnica e nível médio, concentrando-se nas áreas operacionais e de manutenção das empresas. No segmento automotivo a relação percentual é muito parecida no item escolaridade, invertendo-se no quesito residência: 80% moram em Camaçari e Dias D´Ávila, contra apenas 20% dos empregados dos demais segmentos. Estes números evidenciam dois aspectos: - a necessidade de reforçar a formação no nível superior, com ênfase nas engenharias química, mecânica, elétrica e industrial, ampliando também a oferta de cursos profissionalizantes, através de instituições como o SNAI, IF-BA, dentre outras; - a necessidade de consolidação da Cidade Técnico Universitária em Camaçari, visando ampliar a oferta de cursos superiores oferecidos através de universidades públicas e instituições privadas, assim como a oferta local de cursos profissionalizantes, através da Escola Técnica do Senai e do IF-BA, para atender às demandas atuais e das futuras empresas, beneficiando diretamente a população residente em Camaçari e nos municípios vizinhos ao Polo. PROPOSIÇÕES - Ampliar a oferta dos cursos técnicos e de engenharia (Química, Mecânica, Elétrica e de Produção), e promover maior adequação dos conteúdos curriculares às necessidades do setor industrial. - Estreitar/intensificar a interface entre a indústria e as instituições de ensino, visando a troca de informações/experiências/atualizações de conhecimentos de interesse comum. - Estimular/apoiar programas de Pós-graduação, Mestrado e Doutorado nos campos de interesse da indústria. - Intensificar a implantação de escolas profissionalizantes e de nível superior no município de Camaçari. - Estreitar/intensificar a interface entre a indústria e as secretarias de Educação do Estado e Município, visando subsidiar ações/programas que resultem na melhoria do Ensino Fundamental e Médio. - Sistematizar/consolidar propostas dos diversos parceiros, voltadas para os objetivos de formação e qualificação de mão-de-obra, identificando abordagens em comum e pontos de

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sinergia que resultem em maior eficácia e efetividade das ações. Cabe ressaltar a importância de iniciativas como a Cidade Universitária, em Camaçari, cuja implantação contempla o ensino oferecido por escolas técnicas, a exemplo do IFBA, e também o ensino superior. Além de apoiá-las, é fundamental que as empresas ampliem as ações visando atrair os jovens para as carreiras técnicas, cuja demanda por novos profissionais é crescente em todo o País. Paralelamente, é necessário manter e ampliar iniciativas existentes com as universidades, em especial a Universidade Federal da Bahia, as instituições de ensino profissionalizante, com destaque para o Senai-Cetind e Cimatec, visando ao aprimoramento contínuo da formação e qualificação profissional. Legendas: A = Alcançado; EC = Em Curso; F = Futuro

Desafios e Oportunidades

Resultados/Ações/Recomendações

• Mantida projeção de necessidade de mão– de-obra no Polo, em aproximadamente 5.000 profissionais para os próximos cinco anos

-- Número similar confirmado nos últimos cinco anos. Referente a “turnover” normal e reposição por aposentadorias (não inclui novos empreendimentos)

• Intensificar integração e parcerias com universidades e outras instituições de ensino, apoiando e promovendo a formação/qualificação profissional para atender as necessidades do Complexo Industrial

-- Mantida parceria com instituições de ensino, especialmente UFBA e Senai. Realizados programas de estímulo à carreira técnica, de formação/qualificação de engenheiros, químicos, operadores e mantenedores. Necessário ampliar programas nessas áreas, para atender demandas futuras

• As empresas devem contribuir para o aprimoramento do conteúdo curricular das universidades e escolas técnicas, para que atendam adequadamente as necessidades de formação de mão-de-obra especializada para o Complexo Industrial

-- Mantida interface neste sentido com universidades, especialmente UFBA, Senai e outras escolas técnicas, com esse objetivo

• Apoiar os governos municipais e estadual na melhoria do ensino fundamental e médio, visando principalmente aprimorar a qualificação e desempenho dos professores

-- Realizados cursos de qualificação para professores das escolas públicas de Camaçari e Dias D´Ávila. Importante intensificar esforços conjuntos (empresas/governos) nessa área

A

EC

F

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GT- 6. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica Objetivo: integrar os ambientes institucionais, estruturais e a sociedade para uso dos recursos naturais ancorados em P&D e Inovação Tecnológica, com vistas à competitividade e à sustentabilidade. Os temas relevantes, energia, água e matéria-prima, descritos na primeira edição da Carta, continuam sendo estratégicos para a competitividade das indústrias do Polo. Os esforços na redução do uso de recursos naturais pelas empresas dos vários segmentos estão demonstrados nos resultados alcançados no período 2008-2010. Entretanto, o incentivo a novos processos, produtos e serviços, a partir do desenvolvimento de PD&I, é base para a criação de oportunidades para as empresas existentes e sua cadeia. Novas fontes de energia alternativa como biomassa, eólica, solar e a partir de resíduos sólidos urbanos devem estar na estratégia empresarial, junto com as ações de redução para garantir os baixos custos e a competitividade no longo prazo. Programas de redução e reaproveitamento de resíduos industriais, reuso de água e economia de energia foram aplicados ou estão em aplicação em vários segmentos (químico-petroquímico, automotivo, celulose, metalúrgico) no período, com melhoria efetiva nos indicadores de eco-eficiência. Como exemplos, podemos citar o projeto de reuso Braskem-Cetrel e iniciativas diversas em empresas como Ford, Dow, White Martins, BSC, Cristal Global, dentre outras. No quesito matéria-prima, pode haver redução através de otimização de processo como, por exemplo, pela utilização de catalisadores com maior conversão e seletividade, e aproveitamento de resíduos como fonte de matéria-prima para outros processos, ações continuamente aplicadas em algumas empresas. O desenvolvimento de alternativas, como etanol e biomassa, necessita do suporte de PD&I. Algumas aplicações dessas alternativas no período foram a nova planta de ETBE da Braskem (MP etanol), a unidade de Oleoquímica da Oxiteno (MP óleo vegetal), com potencial de gerar cadeias produtivas locais integradas (agrícola e industrial) e o Programa de Inovação Cetrel em valorização de resíduos como matéria-prima para outros produtos. É estratégico manter o esforço de inovação para a geração de novos processos e produtos, inclusive com base em energia renovável, possibilitando a inclusão de novas cadeias no ciclo produtivo e/ou complementando as cadeias existentes, associado à melhoria dos índices de eco-eficiência para a redução de custos de processamento, alinhados com a promoção da sustentabilidade e redução de uso de matéria-prima/recursos naturais. Para suportar o desenvolvimento destas ações, principalmente no âmbito de P&D, é vital que se coloque a inovação como tema central da estratégia de crescimento das empresas, mantendo o esforço de ampliação dos seus centros tecnológicos, a exemplo do que acontece nos segmentos automotivo e petroquímico, complementando com o apoio a centros de P&D como Senai (Cimatec e Cetind), universidades e Parque Tecnológico. É necessário garantir a cooperação e integração entre estes atores e o Governo do Estado, através de suas secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação e da Indústria, Comércio e Mineração, ampliando a utilização dos mecanismos existentes como Lei do Bem e os programas de subvenção. 22


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Legendas: A = Alcançado; EC = Em Curso; F = Futuro

Desafios e Oportunidades

Resultados/Ações/Recomendações

• Energia: maximizar o uso das atuais e garantir a utilização das fontes alternativas, como etanol, biomassa, biodiesel, resíduos sólidos urbanos, dentre outras

-- Projeto de Inovação Cetrel em bioenergia -- Uso de biomassa para energia na geração da BSC

• Água: captação; aumentar eficiência dos processos de troca térmica; aproveitamento de efluentes; redução de perdas; controle de contaminação do solo (conservação, re-uso e reciclo)

-- Programas de redução e reaproveitamento de resíduos industriais, reuso de água e economia de energia em várias segmentos (químico-petroquímico, automotivo, celulose, metalúrgico) com melhoria nos indicadores de eco-eficiência

• Matéria-prima: intensificar uso de etanol e biomassa; além da otimização das atuais, com catalisadores com maior conversão e seletividade; aproveitar resíduos como fonte de matéria-prima para outros processos

-- Planta ETBE Braskem (MP etanol) -- Programa de Inovação Cetrel em valorização de resíduos como matéria-prima para outros produtos

• Eficiência dos Processos Produtivos: melhorar nível de automação; capacitação de equipes; técnicas de análise e otimização energética para reduzir custos variáveis; adequação de escalas

-- Otimização de energia elétrica (Prêmio Procel 2009) e gás natural na Cristal Global -- Formatação de cursos em áreas específicas para elevar a capacidade técnica dos profissionais (Cofic - Senai) -- Aumento de capacidade instalada e/ou novos processos/produtos/automação -- Modernização na área de fundição da Paranapanema para redução de emissões e resíduos sólidos

• Infra-estrutura para testes e serviços e articulação com Universidades, Centros de Pesquisa

-- Cooperação Universidade Empresa com workshops e mapeamento de áreas de interesse comum para desenvolvimento de projetos de pesquisa -- Estruturas de laboratório do Senai-Cetind, Cimatec, e CEPED -- Investimento das empresas do Polo nos laboratórios UFBA (Politécnica), bolsas de incentivo à graduação em tecnologias, engenharias e química, e apoio ao Mestrado e Doutorado

• Implantação do Parque Tecnológico

-- Obras em curso

• Extensão do Parque em Camaçari • Fomento de projetos conjuntos para uso racional dos recursos naturais, minimização na fonte da geração de resíduos, efluentes e emissões, e redução dos impactos ambientais

-- Projeto em elaboração -- Projeto de Reuso de água Cetrel-Braskem -- Projeto Fábrica de Florestas - Empresas e Incecc

• Incentivar novos projetos de MDL e capacitação na aplicação do crédito de carbono • Instalação de Escola Técnica do Senai em Camaçari

-- Cursos e eventos na área de MDL -- Propostas de projeto de captura de CO2 pela Braskem e outras empresas -- Projeto em Elaboração

A

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Desafios e Oportunidades

Resultados/Ações/Recomendações

• Incentivar as empresas para a melhor utilização de recursos de fomentos de inovação disponíveis no âmbito federal e estadual

-- Palestras para disseminação do conhecimento sobre uso de recursos como FINEP, BNDES, FAPESB, Lei do Bem, etc. com participantes de diversas empresas do Polo e prestadores de serviço

• Participar em Fóruns sobre Inovação e Tecnologia

-- Participação em Conselhos, Comitês e Câmaras de Inovação por representantes das empresas e Cofic

• Fomento a projetos conjuntos para uso racional dos recursos naturais, minimização na fonte da geração de resíduos, efluentes e emissões, e redução dos impactos ambientais

-- Projeto de Reuso de água Cetrel-Braskem -- Projeto Fábrica de Florestas - Empresas e Incecc

A

EC

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GT- 7. Expansão e Diversificação Industrial Objetivo: identificar oportunidades de investimentos para a expansão e diversificação industrial, com maior integração e agregação de valor dos diversos segmentos industriais. O potencial de atratividade de novos investimentos para a Bahia, revelado pelo Polo Industrial de Camaçari ao longo da sua existência, em especial na última década, justifica o esforço conjunto que tem sido realizado entre as empresas do Complexo, através do Cofic, e o Governo do Estado, sob a liderança da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, no sentido de identificar, propor e implementar ações que assegurem a competitividade atual e futura do referido parque produtivo. Os sete campos prioritários de abordagem, nos quais os trabalhos têm se concentrado (com resultados palpáveis em vários deles), sugerem iniciativas que aliam: busca de isonomia fiscal com outros estados; recuperação, ampliação, conservação e adequação da infraestrutura existente para o recebimento de novos investimentos; disponibilidade de matérias-primas a custos competitivos e uma matriz energética que contemple fontes renováveis; disciplinamento do uso de espaço físico para expansões e novos empreendimentos, através da revisão do Plano Diretor do Polo; formação/qualificação de mão-de-obra; e inovação tecnológica, ao propósito maior de adensamento e diversificação industrial do Complexo, com geração de emprego e renda para a região. Neste sentido, o esforço de atração de novos investimentos deve ser mantido e ampliado, recomendando-se um trabalho mais efetivo do Governo, em parceria com o setor privado, para dar maior visibilidade às oportunidades de ampliação, complementação e adensamento da cadeia produtiva existente, conforme apontado no Guia de Atração de Investimentos do Polo Industrial de Camaçari, elaborado conjuntamente pela SICM, Cofic e Federação das Indústrias do Estado da Bahia. A vertente de integração do segmento químico-petroquímico com outros segmentos presentes no Complexo Industrial, com destaque para área automotiva, deve continuar no elenco de prioridades, com o propósito de aumentar o volume de transformação local das matériasprimas fabricadas no Polo, gerando maior valor agregado e os benefícios sociais e econômicos decorrentes desse esforço. 24


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É importante destacar também a necessidade de um programa estruturado visando ao adensamento local da cadeia automotiva, especialmente no que se refere ao suprimento de autopeças e componentes. Iniciativa semelhante deve contemplar outros segmentos, a exemplo da celulose e metalurgia do cobre. Por fim, é de alta relevância a consolidação de uma Governança envolvendo Cofic e prefeituras dos municípios vizinhos ao Polo, para dar sequência às ações, proposições e recomendações contidas nesta segunda edição da Carta do Polo Industrial de Camaçari. Legendas: A = Alcançado; EC = Em Curso; F = Futuro

Desafios e Oportunidades

Resultados/Ações/Recomendações

• Criar oportunidades de integração da indústria automotiva com a indústria de transformação petroquímica

-- Incentivar, viabilizar e apoiar programas voltados para o adensamento da cadeia automotiva, especialmente visando o suprimento de autopeças e componentes

• Estender experiências de integração, propostas no item anterior, para os demais segmentos industriais do Polo – Metalurgia, Celulose, Químico e Petroquímico

-- Promover maior integração entre os segmentos empresariais que compõem o Polo

• Consolidar a Governança Coorporativa formada pelas esferas governamental (Estado e Prefeituras dos municípios vizinhos ao Polo) e classe empresarial (Cofic), para assegurar a implantação das iniciativas propostas nesta Carta, voltadas para a expansão, integração, consolidação da indústria de transformação e sustentabilidade do Polo

-- Retomar entendimentos (Cofic/FIEB/ Governo do Estado/Prefeituras) para implantação da Governança

• Identificar, priorizar e explorar oportunidades de adensamento/complementação da cadeia produtiva existente, desde a integração do Polo com a RLAM, utilização de matérias-primas alternativas (etanol, gás natural, biodiesel, biomassa, dentre outras)

-- Elaborado Guia de Atração de Investimentos pelo Cofic, FIEB e Governo do Estado (SICM)

• Identificar os produtos que são adquiridos fora, inclusive no exterior, e que poderiam ser produzidos localmente; ou aquelas matérias-primas que vendemos para outros mercados e que poderiam ser transformadas na Bahia

-- Fazer a atualização periódica do Guia de Atração de Investimentos e promover sua divulgação fora do Estado -- Atrair empresas intensivas em mão-de-obra padra a região de influência do Polo

• Identificar oportunidades na cadeia, que não foram otimizadas na origem do Polo, bem como outras iniciativas descontinuadas ao longo dos anos, e que podem figurar como novas oportunidades a serem exploradas

-- Levantamento realizado pelos grupos de trabalho que elaboraram a versão inicial da Carta do Polo Industrial de Camaçari. Informações incorporadas no Guia de Atração de Investimentos

• Necessidade de maior agilidade na concessão de licenças dos empreendimentos existentes no Polo e de novos empreendimentos

-- Otimização/intensificação do uso da base do INEMA em Camaçari para a renovação e concessão de novas licenças

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EMPRESAS ASSOCIADAS ABB Ltda Acqua Service Distribuidora de Produtos Químicos Ltda Acrinor – Acrilonitrila do Nordeste S/A Air Products Brasil Ltda Ambev – Cia de Bebidas das Américas Arembepe Energia S/A Bahiagás – Companhia de Gás da Bahia Bahia Speciality Cellulose S/A Basf S/A BMD Têxteis Ltda Braskem S/A (Unidade de Insumos Básicos - Unidade de Vinílicos - Unidade Cloro Soda - Unidade PE1 - Unidade PE2 - Unidade PE3 Braskem PP6 – Ba Bridgestone Firestone do Brasil Indústria e Comércio Ltda Ceped – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Social Cetrel S/A Cetrel – Lumina Tecnologia e Engenharia Ambiental Ltda Chesf – Cia Hidroelétrica do São Francisco Cibrafértil – Cia Brasileira de Fertilizantes Columbian Chemicals Brasil Ltda Continental do Brasil Produtos Automotivos Ltda Copenor – Cia Petroquímica do Nordeste Daxoil Refino S/A Deten Química S/A Dow Brasil S/A – Planta Aratu Dow Brasil S/A - Planta TDI Du Pont do Brasil S/A EDN – Estireno do Nordeste S/A Elekeiroz S/A Emca – Empresa Carioca de Produtos Químicos Energética Camaçari Muricy S/A Fafen Energia S/A Fertilizantes Heringer S/A

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Ford Motor Company Brasil Ltda IMBE - Indústria Mec Brasileira de Estampos IPC do Nordeste Ltda ITF Chemical Ltda Kordsa Brasil S/A Limpec – Limpeza Pública de Camçari Linde Gases Ltda Log In Logística Intermodal S/A Millennium Inorganic Chemicals do Brasil S/A Monsanto Nordeste Ind. Com. de Produtos Químicos Ltda Netlog Logística & Serviços Newsul S.A Embalagens e Componentes Oleoquímica Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda Oxiteno Nordeste S/A Indústria e Comércio Paranapanema S/A Peroxy Bahia Indústria Química Ltda Petrobras U. O. Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Camaçari BA Petrobras/Bacam Petrobras/Gás Petrobras Transporte S/A -Transpetro Petrobras/UTE Bahia I Proquigel Indústria Química S/A QGN – Química Geral do Nordeste S/A Quantas Tecnologia S/A Saint Gobain do Brasil Prod. Ind. e para Construção Ltda Sansuy S/A Indústria de Plásticos Stock Tech S.A Taminco do Brasil Comércio e Indústria de Aminas Ltda Tequimar – Terminal Químico de Aratu S/A Thyssenkrupp Automotive Sistem Industrial do Brasil Ltda Tigre S/A - Tubos e Conexões Unigel Plásticos S/A Vamtec Bahia Insumos Sidreúrgicos Ltda Vopak Brasil S/A White Martins Gases Industriais Ltda (Eteno) White Martins Gases Industriais Ltda (Benzeno) White Martins Gases Industriais Ltda (João Ursuio)

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FICHA TÉCNICA Realização Cofic

GT.4 – Revisão do Plano Diretor do Polo • Paulo Guimarães – SICM

Coordenação Geral Érico Oliveira - Superintendência de Comunicação do Cofic

•Ricardo Taboza – Sudic •Evanilson Andrade – Sudic •Francisco Brito – Conder •Francisco Franco – Prefeitura de Camaçari

Edição, coordenação e produção gráfica

•Aurinézio Calheira – Cofic

Companhia de Comunicação

•Ademar Lopes – Prefeitura de Camaçari

Design e arte final

•Samoel Santos – Prefeitura de Dias D´Ávila

Carlos Vilmar GT.5 – Formação de Mão-de-obra

Contribuição dos Grupos de Trabalho

Gt. 1 – Assuntos Fiscais/Créditos de ICMS •Frederico Feijó de Sá - Elekeiroz (Coordenador) •Jamerson Barreiro – Braskem

•Raimundo Augusto – Dow (Coordenador) •Marcelo Gantois – Deten •Érico Oliveira – Cofic GT.6 – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica •Suzana Domingues – Cetrel (Coordenadora)

GT.2 – Infraestrutura e Logística

•Roberto Moraes – Unigel

•Marconi Andraos – Dow (Coordenador)

•Roberto Garcia – Millennium

•Roberto Rezende – DHL

•Osvaldo Ferraz – Oxiteno

•Luiz Fernando – Cetrel

•Carlos Suffredini da UNIB

•Marivaldo Santana – Braskem

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Gt.7 - Expansão e Diversificação Industrial

GT.3 – Matérias-primas e Matriz Energética

•José Alberto Franco – Petrobras (Coordenador)

•Breno Silva – Monsanto

•Celestino Boente – Bahiagás

•Antonio Inácio – Dow

•Giorgio Sampaio – Cetrel


SECRETARIA DA INDÚSTRIA COMÉRCIO E MINERAÇÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI


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