Gazeta Financeira da Bahia

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Cláudio Humberto: Lei do “Passe Livre” é a mais nova tramóia do escândalo do DF Página 4

André Gustavo: Brasília, 50 anos e o sonho da esperança que ainda continua Página 8

Francisco Baker: Os aposentados e o reajuste que tem um olho nas urnas Página 14

Jô Vieira: Bolsa cresce, potencial é bom, mas falta mais Bahia Página 16

Gazeta FINANCEIRA DA BAHIA

Ano I Número 8 R$ 1,00

Rita Barreto/Setur

Turismo étnico É a bola da vez

Guillermo Piernes: Salvador quer jogar golfe na primeira ou segunda divisão? Página 18

Página 19

Empresas baianas viram brasileiras e mundiais

EMPREGO

ABRIL 2010 Manu Dias/Agecom-BA

Sobe oferta, formal cresce, falta qualidade

Páginas 10 a 12

3ª. EDIÇÃO DA EXPOMONEY

Páginas 16 e 17

Se a capacitação fosse melhor, mais seriam os empregados com carteira assinada

IPTU: cobrança com altos aumentos assusta pequeno empresário

Páginas 5 a 8

Páginas 15 e 15


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Editorial

Ondas de vida no mar da Bahia

Nossa edição de número oito começa apresentando alterações estruturais: deixam o jornal os sócios Wilson Andrade e Carlos Chetto. Ventos do futuro inflam as velas desses dois empreendedores de sucesso para novos objetivos. Deixam exemplos que irão frutificar e, mesmo à distância, seguem conselheiros de grande valor, posto que, baianos experientes e conhecedores desse mercado, sempre terão o que ensinar para os que ficam. Assumem a condição de sócias a editora-chefe, Rozane Oliveira, e diretor comercial, Rosangela Lima, jovens que já trazem na bagagem longas experiências construídas na prática profissional da comunicação. Assim, precedidas pelas biografias dos talentos, muito terão a contribuir para o sucesso deste desafio. Um desafio que mantém sua principal característica: a de bem informar aos nossos leitores sobre o dinâmico e sólido desenvolvimento da economia baiana, uma pujança refletida, por exemplo, nos eloqüentes números do mercado de empregos, que não ainda melhores porque não foram verdadeiramente cumpridas as promessas antigas, dos cursos de capacitação de mão de obra do estado. A força atual da economia baiana também está documentada na reportagem sobre a expansão do universo de atuação de grandes empresas da Bahia que, fortes, competentes e hábeis, souberam entender as mensagens novas dos mercados e partiram para a conquista de espaços novos, no Brasil e no mundo. Alterações formais (pequena mudança no título) e de práticas comerciais (emissão de notas fiscais), igualmente ocorrerão, conseqüências da alteração principal. Todas elas serão devidamente informadas ao mercado e aos nossos leitores. Que Deus nos abençoe a todos. Boa leitura.

Gazeta FINANCEIRA DA BAHIA

www.gazetabahia.com.br

Diretor Executivo Luiz Recena lrecena@hotmail.com

Diretora Editorial Rozane Oliveira rozaneoliveira@gazetabahia.com.br Diretora Comercial Rosangela Lima Rosangela@gazetabahia.com.br (71) 3011-1850/87630423

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SALVADOR - BAHIA, ABR/2010

FINANCEIRA DA BAHIA

Onde encontrar o Gazeta CN

Banca América - Comércio-(próxima Caixa) Banca Bispo - Comércio (Pça da Inglaterra)

Banca Mouraria - Comércio (Pça da Inglaterra) Banca 2 Irmãos –Comércio (Rua da Grécia) Banca Nilo - Piedade (Cidade Alta)

Banca São Felix -2 de Julho (Cidade Alta) Banca Elida- Canela

Banca Chagas - Lg Cpo. Grande (Cpo Grande) Banca King´s - Lg Cpo. Grande (Cpo Grande)

Banca Vitória - Corredor da Vitória (Vitória)

Banca Nsa Sra das Graças - Lg da Graça (Graça) Banca Fróes - Rua Amélia Rodrigues (Graça) Banca Neto - Rua Euclides da Cunha (Graça) Banca Português - Graça

Banca Amargosa - Ondina

Banca Notícia - Rodoviária (Pituba)

Banca do Francês - (Praia do Sal - Itapuã)

EMPRESAS E INSTITUIÇÕES CITADAS Restaurante Spadacchino, Salvador ShopMinistério do Trabalho, Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), SineBahia, Universidade Estadual da Bahia/Uneb, Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (SIMM), Senai, Senac, Sebrae, Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fundação Sistema Estadual de Análise de dados (Seade), Associação Brasileira de Recursos Humanos na Bahia (ABRH- BA), Centro de Desenvolvimento do Profissional de Vendas (CDPV), B2 Investimentos, Bolsa de Valores de Salvador, Reportagem Katja Polisseni katja2005@gmail.com

Amanda Barboza amanda.barboza@gmail.com Cristiana Nery cjordaonery@gmail.com

Bovespa, Banco Central, Ministério da Fazenda, Hotel Fiesta, Trade Network, Prefeitura Municipal de Salvador, Câmara de Vereadores, Secretaria Municipal da Fazenda, Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-BA), da Associação Comercial da Bahia, Câmara de Dirigentes Lojistas da capital (CDL), Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Grupo SuperClubs, Breezes Bahia, Federação Baiana de Golfe (FBG), da Associação Paulista de Golfe (APG), Odebrecht, Braskem, OPP Química, Trikem, Nitrocarbono, Proppet, Plialden, OAS, Conimper, MCE, A Geradora, A Fórmula, Caco de Telha, Ministério do Turismo, Setur, Lilás Turismo..

Diagramação Carlos Vilmar www.carlosvilmar.com.br Distribuição Autovia Logística (71) 9258-4255

Impressão Gráfica Santa Helena

Endereço Rua Passárgada, 866 casa 133 Itapuã – Salvador-BA CEP: 41630420 Telefone: (71) 3374-5744 gazetabahia@gazetabahia.com.br comercial@gazetabahia.com.br



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Cláudio Humberto

Completam-se nesta quarta (28) oito meses do brutal assassinato do ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, de sua mulher Maria e da empregada, mortos no apartamento em que residiam, em Brasília, com um total de 73 facadas. Há duas semanas, a Polícia Civil interrogou a filha mais velha do casal, Adriana, na condição de suspeita. A polícia suspeita que dois PMs e um policial civil de Goiás executaram o crime.

Planejamento

A polícia apura denúncia de que o crime foi planejado em reuniões secretas no aeroporto de Alto Paraíso de Goiás, a 221 km de Brasília.

Brasília, quarta-feira, 28 de abril de 2010

Chave de cadeia

Isenção de IPI

Ciro diz que PMDB é “ajuntamento de assaltantes”. O Ministério Público Federal chamou os mensaleiros do PT de “quadrilha”.

Deputados depõem no MP sobre venda de lei

Na investigação da denúncia de que a “Lei do Passe Livre”, em vigor no DF, foi comprada pelos empresários de ônibus, o Ministério Público decidiu convocar para depor o deputado federal Alberto Fraga (DEM), ex-secretário de Transportes, e os deputados distritais Eurides Brito (PMDB), que apareceu em vídeo metendo maços de dinheiro na bolsa, e Benicio Tavares (PTB), também enrolado no escândalo do DEM.

Pé-de-cabra

Giramundo

Pela “Lei do Passe Livre”, o governo do DF transfere R$ 4 milhões por mês para empresas de ônibus transportarem estudantes de graça.

Holiday on ice

O ex-senador Valmir Amaral (POTB), dono de empresas de ônibus, denunciou ter sido chamado a “ratear” o suborno para os deputados.

Tal como a família Lula, que tem cidadania italiana, a candidata Dilma não precisa se preocupar com o futuro: ela tem cidadania búlgara. Primeiro, Lula “navegou na maionese”, agora está “de salto alto”, segundo Ciro Gomes. Desse jeito, será escorregão na certa.

FINANCEIRA DA BAHIA

“Ciro é muito mais aliado do que muitos que elogiam o governo”

chrs@claudiohumberto.com.br

Assassinato de Villela completa oito meses

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Suborno rateado

A fila anda

O MP/DF já ouviu Valmir Amaral, o líder dos empre-

sários de ônibus, Wagner Canhedo, e Vitor Foresti, dono da empresa Viação Planeta.

Anjo da guarda

Só orações talvez não bastem após os depoimentos na CPI da Bancoop na Assembléia Legislativa de São Paulo, semana que vem, de cooperados, engenheiros e do ex-funcionário Hélio Malheiro (irmão do ex-diretor, morto em acidente).

Virou verdade

Mesmo após o vexame da “interpretação equivocada da foto” de Norma Bengell como Dilma Rousseff, o blog da candidata petista mantém a mentira, que, como dizia o nazista Goebbels, “tanta vezes repetida”...

Chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, sobre Ciro Gomes (PSB)

O Senado aprovou ontem projeto que isenta de IPI automóvel adquirido por pessoa com deficiência auditiva. O projeto, do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), deve seguir para análise da Câmara dos Deputados.

Idade proibida

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do governo federal, celebra 45 anos com máxima discrição. Teme fazer “propaganda subliminar” tucana, como a que impede a Globo de festejar os 45 anos.

Marca do pênalti

O governador do DF, Rogé-

PODER SEM PUDOR

rio Rosso, cogita substituir o secretário de Agricultura, Wilmar Silva. Ele pula de partido sem cerimônia: já passou por vários deles e agora quer voltar ao PMDB do governador, é claro...

Tiro no pé

Cerca de cem manifestantes invadiram os corredores da Câmara dos Deputados pedindo a aprovação da PEC que cria a Polícia Penal. O protesto só resultou em sujeira e a antipatia dos parlamentares.

Pensando bem...

...só falta agora a Bolsamotel para tratamento de saúde.

Vergonha nacional

Agora que até o vice-presidente foi vítima do golpe do telefonema do “seqüestro”, talvez os governos estaduais tomem vergonha e instalem bloqueadores de telefones celulares nos presídios. Talvez.

Insulto final

Aposentados marcharam na Câmara dos Deputados ontem cantando “Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí”. Não adiantou, o insulto do governo Lula vai ficar mesmo nos 6,14%.

Más companhias

Os então presidentes da Câmara e do Senado se encontraram a caminho de uma sessão solene no plenário, em 2004: João Paulo Cunha (PT-SP) estava cercado de jornalistas e o senador José Sarney (PMDB-AP) de seguranças. O deputado comentou: - Você está mais bem acompanhado... Sarney apenas sorriu. Com Teresa Barros e Tiago de Vasconcelos www.claudiohumberto.com.br


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Trabalho

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Secom/Governo Federal

Obras viárias: investimentos em construção e manutenção de rodovias contribuíram para o aumento do número de contratações na Bahia

Mais de 30 mil empregos criados em três meses

Aquecimento da construção é responsável por grande parte da contratações do primeiro trimestre Amanda Barboza

A busca por um emprego formal chegou ao fim para boa parte dos baianos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) têm sido cada vez mais positivos, especialmente nos primeiros meses do ano. No Nordeste, a Bahia segue em primeiro lugar no ranking da geração de postos de trabalho. Somente em março deste ano foram criados 10.226 novos empregos com carteira assinada no estado. Foram 64.478 trabalhadores admitidos contra 54.252 dispensados. No acumulado dos três primeiros meses, houve criação de 30.738 postos. É o melhor desempenho da série histórica do Caged para o período. Na região Nordeste, ficaram atrás da Bahia nesse índice Ceará (6.450), Maranhão (3.792), Piauí (3.423), e Rio Grande do Norte (1.200). Nos outros estados houve retração na geração de empregos. Em comparação com as

26 unidades da federação e o Distrito Federal, a Bahia possui o sétimo saldo mais expressivo de empregos criados no período – só perde para São Paulo (125.189), Minas Gerais (39.804), Rio Grande do Sul (28.254), Paraná (23.197), Rio de Janeiro (21.972) e Goiás (13.754). As áreas de maior concentração de contratações, de acordo com o Ministério do Trabalho, são, respectivamente, as de construção civil, de serviços e de indústria de transformação. Só o setor de construção civil foi responsável pela criação de mais de 11 mil novos postos de trabalho, no acumulado dos três primeiros meses do ano. “O segmento de edificações, obras viárias e construção pesada tem efeitos multiplicadores sobre o processo produtivo, fruto da sua enorme capacidade de realização de investimentos e, principalmente, do seu potencial de criação de empregos diretos e indiretos. Esse setor tem se destacado

“Sabemos

que o desenvolvimento do setor de imóveis no Brasil ainda tem muito a avançar, sem, no entanto, gerar as ‘bolhas’ que resultaram na última grande crise econômica a partir dos Estados Unidos” Nilton Vasconcelos, secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte

muito porque há um crescimento do mercado imobiliário na capital e em algumas cidades da região metropolitana”, afirma o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Nilton Vasconcelos. O secretário destaca ainda que o setor tem recebido importante aporte financeiro por meio de obras de infraestrutura do Progra-

ma de Aceleração de Crescimento (PAC). Construções de grande porte, como a ferrovia Oeste-Leste e o Porto Sul, a instalação do Estaleiro Paraguaçu, da Via Expressa, além do Sistema Viário Dois de Julho fomentam ainda mais o segmento. Vasconcelos lembra também da reconstrução da Fonte Nova, que prevê a contratação direta de até 2,7 mil trabalhadores, além das

obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014. Segundo ele, geração de emprego significa mais trabalhadores com carteira assinada, com garantias sociais e trabalhistas. Isso reduz a precarização do mercado de trabalho. “Queremos mais empregos, mas principalmente empregos de qualidade”, completa. (Colaborou Caio Barbosa)

Geração de empregos – em março de 2010

NORDESTE Bahia – 10.226 Ceará – 6.450 Maranhão – 3.792 Piauí – 3.423 Rio Grande do Norte – 1.200

Paraíba – 4.017 Pernambuco – 13.216 Sergipe – 1.534

A BAHIA NO BRASIL São Paulo – 125.189 Minas Gerais – 39.804

Rio Grande do Sul – 28.254 Paraná – 23.197 Rio de Janeiro – 21.972 Goiás – 13.754 Bahia – 10.226 Fonte: Caged/Ministério do Trabalho


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Trabalho

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Contratações se concentram na RMS Dos mais de 30 mil empregos criados, a Região Metropolitana de Salvador (RMS) foi responsável por 17 mil contratações no primeiro trimestre de 2010. Especificamente em Salvador, os setores mais aquecidos foram os da Construção Civil e o de Serviços. Quando se considera toda a RMS, deve-se acrescentar o da Indústria de Transformação. Entre as outras regiões metropolitanas brasileiras, Salvador e RMS têm o sétimo melhor saldo. Mas as grandes capitais continuam saindo na frente: São Paulo (36.823), Belo Horizonte (9.548), Rio de Janeiro (7.168), Porto Alegre (7.148), Fortaleza (5.677) e Curitiba (5.429). Em Salvador, segundo dados do Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (SIMM), a inserção de profissionais ocorre, principalmente, nos segmentos de serviços e comércio. “Vale destacar as vagas para postos de atendimento ao cliente, como por exemplo, operadores de telemarketing e vendas”, ressalta Hildeniza Chagas, gerente do SIMM. (AB e CB)

Ivan Erick/Agecom-BA

Indústria de transformação ajudou no crescimento de empregos Secom-Salvador

Por que 1º de maio?

Dia 1º de maio de 1886 milhares de trabalhadores foram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas a redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas diárias. Também neste dia, os norte-americanos assistiram a uma greve geral dos trabalhadores do país. Dias depois, policiais entraram em confronto com trabalhadores, e acabaram provocando a morte de muitos manifestantes, deixando ainda dezenas de feridos. Em homenagem aos mortos nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, que aconteceu capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano. No Brasil, o dia 1º de maio já foi de algumas vitórias para os trabalhadores. Em 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo para suprir as necessidades básicas de uma família, como moradia, alimentação e vestuário. Em 1941 foi criada a Justiça do Trabalho com o objetivo de resolver problemas trabalhistas e garantir os direitos dos trabalhadores. (AB e CB) Fotos: Reprodução

Hildeniza Chagas: comércio e serviços empregam mais

Manifestação e repressão a trabalhadores em 1º de maio de 1886, nos Estados Unidos

ENTREVISTA/Secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos Quais as ações do Governo do Estado para a capacitação profissional? A partir de 2007, adotamos nova metodologia no serviço estadual de intermediação para o trabalho com a inauguração da unidade central do SineBahia, em Salvador. Somente essa unidade recebe, em média, 800 pessoas diariamente, e se notabilizou por reunir, num mesmo espaço, as ações de qualificação profissional e intermediação para o trabalho. A rede SineBahia conta hoje com 119 unidades de atendimento e abrange um total de 105 municípios no estado.

Há programas específicos para quem busca o primeiro emprego? Há o Programa Trilha-Setre dirigido a 15 mil jovens, em 97 municípios baianos, com idade entre 18 e 29 anos, beneficiários do Programa Bolsa Família. Outro programa voltado para o público jovem baiano e o Pró-Jovem Trabalhador, resultado de um convênio entre a Setre e o Ministério do Trabalho e Emprego e que tem por meta atender a 10 mil pessoas em todo o estado. Vale destacar que todos esses serviços são oferecidos gratuitamente.

Que outros programas a Setre tem para capacitar os trabalhadores baianos? O ano de 2009, por exemplo, marcou o lançamento do Programa Qualifica Bahia, onde estão sendo aplicados quase R$ 5 milhões com recursos estaduais exclusivos do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza/Funcep. A proposta é qualificar 12 mil trabalhadores em 213 municípios. Até dezembro, serão qualificados mais 3.460 trabalhadores em 76 municípios baianos, através do Plano Ter-

ritorial de Qualificação Profissional – PlanTeQ Bahia/2009. Temos, também, em execução, o programa Próximo Passo, com ações de qualificação social e profissional de 9,3 mil trabalhadores em dez municípios da Região Metropolitana de Salvador. Através de uma parceria da Setre com a Universidade Estadual da Bahia/Uneb, estão sendo preparados 200 trabalhadores negros pelo Projeto Integrado de Ação Afirmativa para participar de concursos públicos. (AB e CB)


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Capacitação para empresários e trabalhadores A qualificação da mão de obra tem sido cada vez mais importante na conquista do emprego. Instituições como o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) atuam tanto na qualificação do empregado, quanto do empregador. No Senai, os cursos mais procurados são aqueles que atendem às especificidades da produção industrial, como mecatrônica, manutenção, instrumentação e segurança do trabalho. O diretor regional do órgão, Gustavo Sales, destaca ainda a busca pelos cursos oferecidos para o setor da petroquímica, que tem crescido por conta do processo de renovação dos funcionários do Polo Industrial de Camaçari. Além disso, há um crescimento da demanda dos cursos de TI (Tecnologia da Informação). “São cursos técnicos seguidos de estágio, então o profissional sai pronto para atuar no mercado de trabalho. Além das pessoas estarem procurando, as empresas tem demandado, justamente pela necessidade de mão de obra especializada”, afirma Sales.

O Senac, voltado para a qualificação de profissionais do trade turístico, oferece cursos de seis meses de aulas no setor de bares, restaurantes e hotéis, por meio dos quais as pessoas já saem aptas para ingressarem no mercado de trabalho. Os cursos mais procurados são o de administração hoteleira e guia turístico, além do de gastronomia, este último com duração de dois anos. “Não só o profissional baiano, mas o empresariado tem buscado a especialização e a mão de obra de qualidade para melhor atender a clientela”, destaca a diretora regional do Senac, Maria Almeida. Os microempresários, que também buscam qualificação, assim como os empregadores, almejam a garantia de sucesso do seu negócio. Os cursos mais procurados por eles são os da área financeira por causa da dificuldade que muitos empresários têm de entender como funciona o fluxo de caixa e calcular os custos dos produtos para formar o preço de venda. Segundo o coordenador da Unidade Regional do Sebrae em Salvador, Richard Alves, temas como legislação trabalhista e fiscal, além de marketing e estratégias de vendas tem se tornado de interesse para microempresários porque afetam direta-

Crédito Ivan Erick/Agecom-BA

Trabalhadores aprendem trançar cadeiras: cursos preparam profissionais para vagas disponíveis no mercado Divulgação/Sebrae

Haroldo Abrantes/Senai

Gustavo Sales, do Senai: cursos do setor de petroquímica tem crescido

mente o funcionamento e o futuro da empresa. “Muitas pequenas empresas não conseguem ter sucesso justamente por conta da dificuldade do gestor de realizar

Richard Alves, do Sebrae: microempresários também buscam capacitação para crescer

uma administração que permita avaliar os resultados financeiros, projetar ações para o crescimento e sustentabilidade da empresa. Com a capacitação, o empresário pas-

sa a deter os conhecimentos necessários para gerir pessoas, organizar as finanças, conquistar mercados e constantemente inovar”, afirma o coordenador. (AB e CB)


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Trabalho

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FINANCEIRA DA BAHIA

Divulgação/Agecom-BA

André Gustavo Stumpf andregustavo@terra.com.br

Perseguir o sonho

Trabalhador precisa estar atualizado: empreendedores devem promover a capacitação

Consciência de gestores facilita qualificação

Muitas vagas deixam de ser preenchidas no estado pelo despreparo dos trabalhadores A falta de capacitação dos profissionais não aparece apenas como um desafio nas novas contratações. Manter os colaboradores atualizados e qualificados para atender as demandas das empresas também é uma ação que deve ser buscada pelos trabalhadores e intensificada pelos empreendedores. “O Sebrae trabalha com educação dos empreendedores e um dos focos dos nossos programas é justamente a conscientização dos gestores de que o setor de recursos humanos é o coração das empresas e que profissionais preparados e atualizados são decisivos para o sucesso”, completa Ângela Machado. As empresas devem incentivar e promover a capacitação, qualificação e requalificação dos seus fun-

cionários. É preciso manter os colaboradores atualizados a respeito do desenvolvimento da empresa, das tecnologias incorporadas às mesmas e do compromisso das companhias no mercado. Para o presidente do Centro de Desenvolvimento do Profissional de Vendas (CDPV), Diego Maia, reunir uma equipe competente, com profissionais realizadores, é um desafio para o empregador e, por isso, estes devem também se capacitar e buscar orientação para aprender a identificar os talentos, formar e manter uma equipe de sucesso. “Das empresas que quebraram nos últimos cinco anos, 75% eram conduzidas por líderes que não sabiam lidar com suas equipes de vendas”, afirma Maia. Este é o principal objetivo da 21ª edição da imer-

são “Como Formar, Treinar e Liderar Equipes de Vendas”, evento promovido pelo CDPV que acontece em Salvador, no dia 08 de maio. O empreendedor também precisa ter competência e treinamento para liderar e gerir a empresa. Segundo a coach Joana d’Arc Salles, o espírito de liderança é fundamental para o desenvolvimento do profissional e da empresa. “Uma empresa que possui um líder autêntico tem foco, prioridades bem definidas, pessoas valorizadas e respeitadas e equipes alinhadas com os objetivos organizacionais. É uma empresa mais competitiva, que retém profissionais talentosos e sobrevive com destaque no mercado”, destaca a coach. (Cristina Nery)

Em janeiro de 1960, conheci Brasília. Na verdade, visitei, com curiosidade de menino, aquelas histórias estranhas, meio fantásticas, que meu pai contava desde o início de 1959 quando decidiu se mudar para o canteiro de obras instalado no planalto central com objetivo de construir a nova capital do Brasil. Morava no Rio, cidade onde as pessoas não acreditavam nas ideias do presidente Juscelino e ironizavam os que acreditavam nelas. Viajamos no Viscount da Vasp, um quadrimotor, turboélice, que viajava pouco acima das nuvens e jogava muito. Foram duas horas e meia de solavancos. Chegamos no aeroporto, um barracão de madeira, e fomos recepcionados pelo motorista., que dirigia, garbosamente, um jipe sem capota. Dali seguimos diretamente para um apartamento que tinha sido terminado antes dos outros para abrigar os advogados que davam plantão nas obras. Cada um tinha um colchonete, descobria seu lugar e se espalhava pelo chão. Voltei meses depois, desta vez de carro, viagem de três dias, para assistir a inauguração da nova capital. Estava na Praça dos Três Poderes na noite do dia 21 de abril de 1960. Meu pai e um amigo foram convidados para o baile oficial. Permaneci nas imediações do Palácio do Planalto vendo os acontecimentos. Maravilhosa festa popular. Um coral de 500 ou 600 vozes, junto ao Supremo Tribunal Federal, dava um toque especial ao espetáculo, cheio de luzes. E aí JK decidiu descer a rampa e se misturar à multidão. Foi um delírio coletivo. Ele, sozinho, distribuiu abraços, beijos e apertos de mão. E chorou muito. Os constituintes criaram a política na capital da República. E também a Câmara Legislativa. Nobres intenções. No entanto, há distância entre intenção e prática. As conseqüências estão à vista de todos. Governador preso por 60 dias, uma seqüência de problemas institucionais e o absoluto esquecimento da festa dos cinqüenta anos. A comemoração não pertencia aos políticos, mas ao povo e dos pioneiros. Afinal, houve muito antes desse festival de desmandos aqui ocorridos, quem tenha trabalhado bem, com carinho, objetividade, e determinação no sentido de construir um país melhor. A inauguração de Brasília é, por qualquer análise, um marco no desenvolvimento do país. Foi nessa época que o Brasil descobriu seu imenso interior, até então abandonado e relegado a explorações científicas de estrangeiros. Brasília não é só a cidade, a arquitetura de Niemeyer o urbanismo de Lúcio Costa. Foi o caminho para o agronegócio se estabelecer com vigor no Centro-Oeste, os caminhos para o noroeste fossem abertos e o norte se integrasse à economia nacional. Existem outras cidades planejadas em pleno funcionamento no Brasil: Goiânia, Belo Horizonte, Teresina, Palmas e, pasmem, Salvador, entre outras. Mas nenhuma delas teve o poder de modificar o rumo do desenvolvimento nacional. Brasília merece ser festejada por quem a construiu e por quem nela vive.

André Gustavo Stumpf é jornalista em Brasília



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Negócios

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FINANCEIRA DA BAHIA

Empresas baianas ultrapassam

A excelência do serviço prestado e a necessidade de aceitar novos desafios levaram

A Bahia ficou pequena para elas. Novos mercados, fora do estado, foi a solução encontrada por muitas empresas baianas para continuar seu ritmo de crescimento. Exemplo desse processo é a Odebrecht. O fundador, Norberto Odebrecht, assumiu os negócios pai, Emílio, ainda na década de 90. Depois disso, transformou a empresa numa das maiores do Brasil e presente em todos os continentes. Entre as obras da Ode-

brecht estão construções velhas conhecidas dos habitantes de Salvador, como o Teatro Castro Alves, a sede da Companhia de Navegação Baiana (onde hoje está o Terminal Marítimo para Mar Grande, Morro de São Paulo e outras ilhas), o hospital Santa Terezinha (atual Otávio Mangabeira), o antigo terminal de passageiros do Aeroporto de Salvador, além do Círculo Operário da Bahia, na Cidade Baixa, também conhecido como o prédio das ações sociais de Irmã Dulce. Em 2001, a empresa assumiu o controle acionário

da Copene através do consórcio Odebrecht/Mariani, e logo depois veio a definição de um novo nome: Braskem. A nova empresa do setor petroquímico abrangia ainda a OPP Química, a Trikem, a Nitrocarbono, a Proppet e a Plialden. A Braskem é hoje uma das empresas mais competitivas no setor da indústria química no mundo, e movimenta US$ 1,3 trilhão por ano. “O que temos pela frente são os desafios do futuro, que saberemos vencer, como vencemos os diversos desafios do passado”,

Almir Bindilatti

Ponte Vasco da Gama: grandes obras são o cartão de visitas da empresa que começou em terras baianas

afirma otimista Norberto Odebrecht. O novo estádio da Fonte Nova será construída pela

empresa, através do consórcio entre a Odebrecht e a OAS, outra marca baiana com trajetória de sucesso fora daqui.

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SALVADOR - BAHIA, ABR/2010

FINANCEIRA DA BAHIA

as fronteiras do estado

companhias locais e expandir suas atividades para outros estados e até países Mesmos passos

A Conimper, parceira da conA Conimper, parceira da construtora de Norberto, segue os mesmos passos. A empresa tem 23 anos de atuação na Bahia e já expandiu seus negócios para São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, além de países como Angola, Equador e Venezuela. A empresa de impermeabilização desenvolve também projetos nas áreas de construção civil (reformas e recuperação estrutural), imobiliária e indústria, produzindo tecnologia para mantas asfálticas; aterros sanitários, açudes e barragens; canais de irrigação e mineração; e pinturas industriais e marítimas anti-corrosivas. O proprietário da Conim-

per, Carlos Carneiro, conta: “Nós queríamos buscar informação, conhecimento, aprendizado e experiência para obtermos know-how. Firmamos parceria com a Odebrecht e nos foi solicitado que prestássemos serviços e consultorias de impermeabilizações aqui no Brasil e nestes outros países. Hoje posso dizer que estamos preparados para este momento importante da construção civil no Brasil”.

Demanda aquecida Com mais de 20 anos de estrada, a empresa A Geradora também tem o perfil de uma empresa em expansão. Foi fundada em 1989, em Salvador, para atender a uma demanda de locação de grupos geradores de energia. O plano de expansão geográfica foi iniciado em 1994, com a abertura da unidade de Recife, em Pernambuco. A partir daí, a empresa só fez crescer. Hoje já tem filiais em Manaus (Amazonas), Boa Vista (Roraima), Belém e Parauapebas (Pará), São Luís (Maranhão), Fortaleza (Ceará), Natal (Rio Gran-

de do Norte), Aracaju (Sergipe), Belo Horizonte (Minas Gerais), Goiânia (Goiás) e Vitória (Espírito Santo). “Percebemos que existia uma demanda não atendida para locação de equipamentos e a oferta era quase inexistente. A partir daí, tomamos a decisão de expandir nossas atividades para outros estados em função da grande oportunidade de ocupar o mercado”, conta o gerente da empresa, Rogério Reis. Ele destaca que o projeto de expansão nada tem a ver com um mercado baiano estagnado. “Ao contrário, o

Mais empregados

Outro exemplo é a MCE Engenharia, empresa referência em engenharia industrial. São 18 anos trabalhando nas áreas de construção, montagem e manutenção de indústrias. O diretor administrativo da MCE, Frederico Machado, conta que os sócios adquiriram experiência trabalhando numa empresa do ramo, em Camaçari. Depois que a empresa fechou, eles abriram um escritório no centro do município, passando depois para uma sede própria. “A decisão de expandir nossos negócios para além da Bahia veio em 1995,

mercado na Bahia continua crescente. Além do mais, resolvemos diversificar nosso portfólio de equipamentos com a inclusão de locação de máquinas de solda, compressores de ar, plataformas aéreas, torres de iluminação, equipamentos de compactação, entre outros. A intenção é atender, cada vez mais, a demanda dos nossos clientes tanto da Bahia, quanto de outros estados”, completa. Em 2010 serão abertas quatro novas filiais nas cidades do Rio de Janeiro, Macaé, Brasília e São Paulo. (Mais empresas na página 12)

Crédito Edgar de Souza/MCE

Frederico Machado: em 1995 o mercado baiano estava desaquecido

quando havíamos concluído a equipe técnica. O mercado baiano estava desaquecido na época. Hoje já possuem filial em Jundiaí e escritórios de apoio em Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Já

realizamos trabalhos em todos os estados brasileiros, exceto Santa Catarina”, completa Machado. Em 1994, a empresa possuía apenas 500 funcionários. Hoje já emprega mais de 4 mil.

Divulgação/A Geradora

Locação de geradores de energia: decisão de expandir tomada em 1994


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Negócios

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Norte e Nordeste foi a escolha de A Fórmula A farmácia de manipulação A Fórmula também resolveu seguir o caminho da expansão, mas optou por atender os mercados do Norte-Nordeste, por acreditar numa super exploração do eixo Sul-Sudeste. São 21 anos de história. Além da Bahia, hoje a empresa atua também em Alagoas, Amazonas, Ceará, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Distrito Federal. “Primeiro fomos procurados por um empresário de Alagoas que gostou do nosso trabalho. Ele foi o responsável pela nossa primeira franquia. A partir daí, abrimos a nossa visão para a expansão no Nordeste. Decidimos pela região porque ainda era pouco explorada por farmácias de mani-

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FINANCEIRA DA BAHIA

Divulgação/Caco de Telha

Débora Paes/A Fórmula

Caco de Telha nasceu para concretizar a carreira solo de Ivete Sangalo

Muito além de Ivete A Caco de Telha segue um caminho parecido, mas com outro perfil. A empresa surgiu em 1999, num momento em que a cantora Ivete Sangalo precisava ter sua carreira solo consolidada. Tarefa fácil para a empresa, que rapidamente alcançou seu objetivo. Nesse processo, a Caco de Telha adquiriu conhecimento de promoção de eventos e

Edja Brasil, da A Fórmula: 21 anos de história

pulação. E estamos construindo uma história de sucesso em outros lugares do país. Há empresários que já possuem mais de duas franquias”, conta a diretora da empresa, Edja Brasil.

passou a atender novos clientes, a exemplo do cantor Nando Reis, que teve um DVD lançado em 2005 pela produtora. A empresa também promove formaturas e eventos corporativos. “A expansão da empresa pelo Brasil foi um processo natural, devido à própria carreira de Ivete Sangalo, que faz shows em todo o

país. Temos escritórios em São Paulo e em Recife, mas para produzir os shows da cantora pelo Brasil, firmamos parceria com importantes produtoras, o que significa dizer que temos escritórios em cada lugar onde ela fizer uma apresentação”, afirma o vice-presidente da Caco de Telha, Roberto Martins. (AB e CB) Divulgação/Caco de Telha

Roberto Martins: promoção de todo tipo de evento

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Tributação

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FINANCEIRA DA BAHIA

Divulgação/Agecom

Francisco Baker A previdência requer providências baker.francisco@gmail.com

Prédios comerciais: reajuste de imposto bem acima da inflação é para recompor perdas, segundo a Prefeitura

Aumento do IPTU dificulta vida de pequenos empresários Alta de 20% pode causar demissões, segundo Fecomércio. Com margens pequenas lojistas tentam se adequar para não dever à Prefeitura

Amanda Barboza

Susto ao receber o carnê do IPTU. Foi isso o que aconteceu com muitos empresários ao receberem da Prefeitura Municipal de Salvador o carnê com o valor que teriam que pagar pelo Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. Apesar de ter sido aprovado pela Câmara de Vereadores no final do ano passado, o impacto de ver o valor reajustado foi grande. O aumento do imposto foi de 20% para imóveis não residenciais, bem acima da inflação que foi de 4,07% no ano passado. O coordenador de tributos imobiliários da Secretaria Municipal da Fazenda, Ulisses Malveira, justifica o acréscimo afirmando que a última vez em que houve reajuste foi em 1998, e que, até então, só era aplicada ao imposto a variação da inflação.

O impacto do aumento preocupa o presidente da Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-BA), Carlos Amaral. Segundo ele, quem sente mais a alta é o pequeno empresário, que geralmente não tem condições de arcar com custos tão elevados. “A margem de lucro é tão pequena que eles não têm como suportar”, completa. “Temos recebido muitas reclamações por parte do empresariado. Todos estão fazendo adequações para evitar demissões: quando você corta pessoal, traz desemprego, traz malefícios para a sociedade. Mas quando a empresa não pode pagar, é melhor despedir do que ficar devendo”, argumenta Amaral.

Defasagem

Malveira explica que a defasagem no IPTU é de 500% se for levada em con-

ta as mudanças que trazem o mercado imobiliário. O que acontece, de acordo com o coordenador de tributos imobiliários da Prefeitura, é que o mercado transforma o valor territorial de muitas áreas da cidade. Ou seja, algumas passam a ser sobrevalorizadas segundo as lógicas do mercado imobiliário, e esse acréscimo não é repassado ao IPTU, que deve ser calculado em cima do valor de venda. Ele explica que o reajuste demorou porque precisava passar pela Câmara de Vereadores. “Então, para eles (os vereadores), era politicamente interessante que o projeto voltasse sem a aprovação. A ideia agora é que os próximos aumentos venham de forma gradativa para que consigamos diminuir essa enorme defasagem”, completa Malveira. (Colaborou Caio Barbosa)

Dentro de mais alguns dias, neste final de abril, o Congresso estará decidindo sobre o reajuste das aposentadorias do INSS que superam o salário mínimo. Num ano eleitoral, é um tema que vai sendo discutido – e será decidido – com o olho nas urnas, o que coloca em sério risco o mínimo de racionalidade que seria desejável em assunto desta importância. Apesar do que alguns políticos e muitos sindicalistas argumentam, por instinto de sobrevivência e dever de ofício, os números da previdência continuam piorando. A tendência não é boa, se considerarmos que os gastos do INSS, que representavam 2,5% do PIB em 1988, hoje andam por volta dos 7,5 % e subindo. Como o Brasil não é uma Arábia Saudita ou um sultanato de Brunei, onde uma exígua população nativa literalmente boia sobre um oceano de royalties de petróleo, é preciso fazer alguma coisa antes que as coisas escapem de controle. O contrato de seguro social que permite aos trabalhadores o conforto e a segurança de uma aposentadoria após um certo período de contribuições é uma invenção do final do século XIX que foi aos poucos se universalizando. Mas em nenhum lugar do mundo as regras permaneceram petrificadas, porque foram muitas as variáveis que mudaram, no complexo cálculo que define a viabilidade na relação contribuição/benefício. Agora mesmo, nos Estados Unidos, concluída a discussão em torno do seguro médico (quase) universal, há quem defenda uma urgente reforma no sistema de seguridade social que responde pela base do sistema de aposentadorias. Lá os gastos saem de um fundo (trust) cujos recursos, ao ritmo atual e por causa da redução das entradas em função da crise econômica, deverão se exaurir em 2037. Houve uma piora sensível desde 2003, quando se calculava que os recursos chegariam a 2042. Note-se que em países industrializados como os Estados Unidos as regras não são tão benevolentes quanto as nossas, que garantem, por exemplo, pensões de 100% da aposentadoria aos cônjuges e companheiros/as independentemente da idade que tenham. De uns tempos para cá observou-se aqui considerável aumento no número de jovens viúvas beneficiárias de pensões que durarão talvez 50 ou 60 anos. Isto é razoável? Será possível manter a benesse com as mesmas contribuições calculadas para um Brasil onde sequer havia divórcio e a expectativa de vida andava pelos 50 anos? Reabrir este difícil debate sobre os benefícios e regras do sistema previdenciário brasileiro é uma tarefa que exige enorme trabalho de convencimento e portanto vai requerer o comprometimento de lideranças políticas acima de divisões partidárias. O debate vai acontecer mais cedo ou mais tarde, mas para bem de todos e felicidade geral da nação seria muito bom que começasse o quanto antes. Francisco Baker é jornalista. Ex-assessor de imprensa do FMI – Washington-EUA


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FINANCEIRA DA BAHIA

Migração de empresas para outras cidades pode crescer

O presidente da Associação Comercial da Bahia, Eduardo Castro, afirma que o último aumento do IPTU contribui para uma redução dos resultados das empresas, ainda que não seja de forma decisiva. “Não podemos dizer que fomos pegos de surpresa. Isso foi aprovado no fim do ano passado. O grande responsável por mais esse aumento na carga tributária é a Câmara”, lamenta Castro. O superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas da capital (CDL), Carlos Roberto Oliveira, concorda com o presidente da Associação Comercial do Estado, Eduardo Castro, quando a questão é a redução dos ren-

dimentos da empresa. “O aumento do IPTU e da TFF (Taxa de Fiscalização de Funcionamento), como de qualquer outro tributo, altera o orçamento já combalido dos lojistas, que tem que se preocupar com uma série de outras despesas. Como o aumento é superior aos índices de inflação, aí realmente esse dano é maior, pois dificilmente o empresário terá condições de repassar esse custo para os preços finais”, afirma o superintendente. “Essa ação irá exigir um esforço maior do empresário na instalação da sua empresa ou, ainda, apertar as contas para obter o resultado desejado. Entretanto, o aumento,

Tributação

15 Fotos Divulgação

na forma como está sendo conduzido, poderá ocasionar maior migração de empresas para outros municípios da Região Metropolitana, que geralmente cobram tributos com valores inferiores aos praticados pela Prefeitura de Salvador”, completa.

Prejuízo

O presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenik, recomenda que os empresários se conscientizem a gastar menos no final do ano e fazer uma reserva para pagamento de impostos que já começam a ser cobrados em dezembro. “Todo ano, como os em-

Carlos Oliveira, da CDL: dificuldade para repassar aumento para preços

presários já sabem, o valor da inflação é repassado para o IPTU, e não dá para não ser pego de surpresa. Mas um aumento de 20% dá prejuízo real para a empresa. Geral-

mente, esse reajuste anual do IPTU gira em torno de 4,5%. Já o valor praticado em Salvador está acima do esperado pelo empresariado”, afirma Olenik. (AB e CB)


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Investimentos

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FINANCEIRA DA BAHIA

Divulgação

Jô Vieira

jovieira@proinvestors.com.br

Dinâmica do Mercado de Ações II

Painel de cotação da Bovespa: investimentos exigem conhecimento do mercado e das empresas

Baianos são cautelosos com investimentos em Bolsa Poupança e fundos de investimento ainda são as aplicações preferidas, mas já existem 12,5 mil pessoas investindo em ações Cristiana Nery

“Um investidor cauteloso e ainda muito voltado aos produtos de rendas fixas mais tradicionais, como poupanças, por exemplo, e que, quando participa de rendas variáveis, ainda está focado, em sua maior parte, em fundos de investimentos”. Esse é o perfil do aplicador baiano na opinião de Rafael Bastos, economista e dirigente das mesas de operações da B2 Investimentos – corretora de valores e centro de orientação financeira em Salvador. Rafael acredita que o mercado baiano “tem um potencial de crescimento muito grande, mas que mostra uma incipiência nesta fase atual”. Para ele, é preciso que se transforme esse posicionamento porque já existem produtos de investimentos que oferecem rentabilidade e segurança. Na Bahia, há 12,5 mil CPFs cadastrados na Bolsa de Valores de Salvador. No

Brasil, de acordo com a Bovespa, até o início do mês de abril R$ 175 milhões foram movimentados em ações. Enquanto o Banco Central calcula, no mesmo período, um patrimônio total da poupança de aproximadamente R$ 327 bilhões. “O problema é que as pessoas têm muitas dúvidas, não sabem porque as bolsas sobem e nem porque descem e tem medo de perder dinheiro”, destaca Norberto Oliveira, investidor em ações. Ele comenta que foi fundamental entender o comportamento do mercado, conhecer as vantagens e a empresa que investiria. “Outra coisa importante foi ter o conhecimento de que, ao investir em ações, eu estou incentivando a economia do país. Diferente das poupanças, na Bolsa eu dou a oportunidade das empresas se desenvolverem”, completa Oliveira. A preocupação de Oliveira é relevante e merece des-

taque no “Portal do Investidor”, um produto digital do Ministério da Fazenda que serve para orientar quem deseja aplicar em Bolsa. No portal, o público é conscientizado sobre o papel dos investimentos em ações de empresas com capitais abertos para a economia do Brasil. A estes investimentos são atribuídas funções como, por exemplo, a de facilitador do crescimento de companhias e auxiliador nos financiamentos de projetos sociais e distribuidor de rendas. Por quatro anos, o bancário Davidson Almeida foi um desses investidores. No fim do ano passado, ele precisou retirar o valor investido nas ações para comprar um imóvel, mas garante que valeu a pena arriscar e não se arrependeu. Para Bastos, quem busca informações, procura uma agência de orientação e busca personalizar seus planejamentos realmente não costuma se arrepender.

Em 2009, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) valorizou, em dólar, 145%. Foi o maior ganho da Bovespa em 18 anos, desde 1991, quando subiu 288%. Foi também a terceira maior alta da história, desde a criação da Bovespa, em 1968, segundo a empresa de consultoria Economatica. Em reais o ganho foi de 82,66% com o Ibovespa atingindo 68.588,41 pontos. Em março de 2010 a participação das pessoas físicas atingiu a cifra de 30,66% dos investimentos em ações. O potencial de crescimento da participação das pessoas físicas na bolsa é enorme, pois existem tão somente 560 mil CPFs ativos na Bovespa. Quando analisamos a Bahia observamos que são apenas 12 mil CPFs ativos. O objetivo da CVM - Comissão de Valores Mobiliários, órgão responsável pela regulação e fiscalização do mercado e da Bovespa é de que este número atinja cinco milhões de CPFs ativos em 2014. Esta meta, embora parecendo ambiciosa numa primeira análise, é, nosso entendimento, factível por várias razões. A seguir alinharemos algumas delas: - O crescente número de “pessoas comuns” - gente com pouco conhecimento em finanças e o desejo de ganhar dinheiro no longo prazo - que tem acorrido às corretores para se cadastrarem e começar a opera na bolsa. - Comprar e vender ações, hoje, é uma operação bem mais simples do que os tumultuados e já superados pregões da Bolsa faziam supor. A utilização do home broker - ferramenta que permite a negociação de ações via internet interligada ao sistema de negociação da Bovespa - permite que o investidor envie ordens de compra e venda de ações através do site de sua corretora, foi e continua sendo um poderoso instrumento de popularização do “trade” bursátil . - As perspectivas para o futuro próximo – inflação controlada, taxa de juros baixa e economia em ascensão – requisitos básicos para expansão e atração de recursos para a Bolsa, tornando o investimento em ações um bom negócio quando se tem uma perspectiva correta de tempo de maturação e risco envolvidos; - Para 2010, as perspectivas do mercado de ações também são boas, concordam os analistas. Os principais indicadores financeiros do Brasil têm mostrado que o país está bem próximo de alcançar um ciclo de crescimento sustentável, com estabilidade para a economia e oportunidades para as empresas. E, uma vez que as empresas lucram mais, seus sócios - ou seja, todos os acionistas - também ganham mais. - A Bovespa não deverá, sem dúvida, repetir o desempenho de 2009. Há, inclusive, um consenso no mercado que a alta no corrente ano será seletiva e seu principal indicador – o Ibovespa - poderá chegar aos 85 mil pontos. Todavia, ressalto mais uma vez, que investir o investimento em ações exige cautela, sendo necessário analisar os riscos e contar com a possibilidade de retorno do investimento no longo prazo. Jô Vieira é sócio fundador da Proinvestors Agentes Autônomos de Investimento Ltda., representante exclusivo da Link Investimentos para o Nordeste. www.proinvestors.com.br


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Investimentos

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Fotos Divulgação Expo Money

Expo Money do ano passado: evento de educação financeira ocorre este ano no Hotel Fiesta

Boa oportunidade para aprender a investir Como investir? Como funciona a Bolsa de Valores? E as finanças pessoais, como administrá-las? Essas são algumas das dúvidas que normalmente preocupam os interessados em fazer investimentos e para esclarecê-los e orientá-los será realizado em Salvador a 3ª edição da Expo Money no Estado. O evento é o maior em educação financeira e de investimentos da América

Latina e acontece no Hotel Fiesta, nos dias 4 e 5 de maio. “Há oito anos a Expo Money surgiu com uma proposta inovadora: levar educação financeira e de investimentos aos brasileiros. Uma disciplina que, incrivelmente, não faz parte da grade de matérias das escolas, mas que faz toda a diferença para quem a estuda e pratica”, explica o economista e diretor da Trade

Network – empresa responsável pela organização do evento –, Raymundo Magliano Neto. Com a promoção de debates, uma feira de livros e palestras que abordam temas diversos, desde orientação de finanças domésticas até investimentos em Bolsa de Valores, o evento reunirá importantes especialistas. Um dos principais nomes é Fabiano Calil, economista, com MBA em Personal Finance pela FI-

PECAFI/USP, que dará dicas de educação financeira. O pesquisador dos temas relacionados ao planejamento financeiro pessoal e familiar e MBA em Personal Finance, Augusto Sabóia, também é um dos membros da equipe de palestrantes e consultores financeiros. “Só temos uma certeza: vamos envelhecer! Portanto a escolha é de cada um. Podemos envelhecer pobres ou ricos”, comenta Sabóia.

Este ano, o público ainda concorre a um prêmio. Em palestras promovidas por empresas de capital aberto, quem assistir a algum debate e responder as três perguntas feitas pela empresa ao término da exposição ganhará R$ 1 mil em ações na mesma. Para concorrer é preciso efetuar a inscrição no site www.expomoney.com.br e comparecer ao evento, que tem a entrada gratuita. (CN)


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Turismo

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FINANCEIRA DA BAHIA

Divulgação

Golfe & Negócios

Guillermo Piernes

www.guillermopiernes.com.br palestras@guillermopiernes.com.br

Salvador na primeira ou na segunda divisão?

Resort Breezes na Costa do Sauípe: comodidade de saber quanto vai se pagar no final da estadia

Breezes Bahia completa uma década de sucesso

Grupo SuperClubs foi o pioneiro no sistema de tarifa única com tudo incluído na diária, inclusive bebidas e comidas Há dez anos um grupo jamaicano chegou a Bahia com o objetivo de apresentar um novo conceito para o turismo de lazer, Super-Inclusive® . Com muita experiência na bagagem e tudo incluso em suas instalações, o grupo SuperClubs conquistou os brasileiros e comemora em setembro uma década de sucesso no país. O resort Breezes Bahia foi o primeiro investimento do grupo no Brasil. Localizado dentro do complexo do Costa do Sauipe, no litoral norte de Salvador, o resort recebe visitantes de todo o mundo. O Breezes Bahia foi pioneiro no Brasil a operar com o diferenciado sistema Super-Inclusive®, com o qual, entre outras vantagens, todas as refeições, bebidas nacionais e importadas sem limite e atividades de entretenimento e cultura estão incluídas no preço da diária. Tudo o que se consome

no resort não têm absolutamente nenhum custo adicional e essa comodidade é válida a qualquer hora do dia, sete dias por semana. Todas as mordomias oferecidas, e a credibilidade demonstrada pelo grupo, conquistaram o público e foram alguns dos vários ingredientes para o sucesso da última década. “A rede Breezes registrou excelente desempenho desde sua inauguração, devido à gestão comercial adotada, que investe em infra-estrutura, multiplicidade de serviços e apoio a todos os eventos de lazer, culturais e esportivos, proporcionando aos hóspedes e visitantes um atendimento completo, único e com tudo incluso”, afirma Xavier Veciana, Diretor Geral do SuperClubs no Brasil. Um exemplo de apoio a eventos esportivos e o Breezes Open de Golfe, disputa-

do anualmente por iniciativa do Diretor de Vendas e Marketing o golfista Luis Calle, que este ano conta com o apoio da Federação Baiana de Golfe (FBG) e da Associação Paulista de Golfe (APG). No Brasil, o grupo opera quatro empreendimentos. Depois do Caribe, o Brasil se transformou no maior polo de expansão do SuperClubs. Em junho deste ano, o grupo inaugura em Búzios, no Rio de Janeiro, o seu terceiro resort no país, sendo o segundo com a bandeira Breezes. O SuperClubs está há 33 anos no mercado hoteleiro e conta com 15 resorts espalhados pelo Caribe e Brasil. Líder mundial em resorts Super-Inclusive®, o grupo assina no Brasil as bandeiras Breezes e Starfish, além da rede de hotéis Sonesta; no mundo, são três bandeiras – Breezes, Hedonism e Rooms. (GP)

Por Guillermo Piernes * Salvador deverá escolher se quer jogar na primeira ou na segunda divisão do turismo do golfe mundial. A Bahia já foi escolhida em 2009 pelos operadores e agentes de viagens agrupados no IAGTO como destino importante para os 90 milhões de pessoas que praticam golfe no mundo e que movimentam quase US 30 bilhões por ano. Partes complicadas do processo já foram cumpridas, a construção dos resorts com golfe e o trabalho com os agentes. Em Salvador, porém, é preciso investir no seu único campo de golfe, área legalmente non aedificandi, pulmão verde e cartão postal de Itapuã. O presidente-executivo mundial da Ford, Alan Mulally que anunciou um dos maiores investimentos da história da indústria automotriz no Brasil, dias atrás praticou seu esporte no solitário campo de golfe de Salvador que luta heroicamente para sobreviver. Foi um contundente exemplo. Como Mulally são muitas as celebridades mundiais que chegam a Salvador, que jogam golfe. Imaginem uma foto de Barack Obama, Bill Gates, Rafael Nadal, Michael Douglas e outros praticantes do esporte que chegam à Bahia jogando em Salvador? Quanto vale uma foto dessas para promover Bahia? O Itapuã Golf Club, colado ao Hotel Deville, faz o máximo possível e agora com o apoio da jovem Federação Baiana de Golfe. Não basta. Apoiar o campo de golfe de Salvador significa para o grupo Deville ter um resort com cinco estrelas com golfe numa das principais cidades turísticas da América, centro de convenções e congressos internacionais. Para as autoridades do setor significa alavancar o turismo de negócios do Brasil, que distribui dinheiro e emprego. Apoiar o campo de golfe significa colocar Salvador na primeira divisão.

Agenda de Maio da Federação Baiana de Golfe 1º de Maio - Taça Presidente Costa do Sauípe Golf Links Modalidade: Duplas Best Ball 8 de Maio - III Torneio de Novatos Itapuã Golf Club Modalidade 1 golfista com 2 novatos 13 a 16 de Maio - Campeonato da ABGS Comandatuba Ocean Course Modalidade: Stroke Play 23 de Maio - 4ª. etapa Ranking FBG Costa do Sauípe Golf Links Modalidade: Stroke Play / Stableford

* Guillermo Piernes é escritor, consultor e palestrante.


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Turismo

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FINANCEIRA DA BAHIA

Cultura afrodescendente atrai viajantes para a Bahia

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Robson Mendes/Agecom

Ministério do Turismo e Setur criam roteiros e incentivam investimentos nessa vocação turística do estado A Bahia recebe por ano, 4,5 milhões de turistas nacionais e internacionais, segundo dados do Ministério do Turismo. São visitantes que movimentam a economia e que costumam retornar ou indicar aos amigos o destino, numa demonstração de que aprovaram a estadia na região. Alguns vêm a negócio, outros buscam apenas passear, mas muitos visitam a Bahia pela riqueza da cultura negra. Identificado esse nicho, o Ministério do Turismo segmentou esta modalidade de viagem e trabalha junto com a Secretaria de Turismo roteiros e incentivos a vinda de viajantes com este fim. “O turismo étnico-afro é um aspecto do turismo cultural. E é por isso que a Bahia apresenta grande potencial. Pela riqueza do seu legado cultural”, ressalta Sáskia Freire Lima, coordenadora geral de

segmentação do ministério. “Primeiro fizemos um levantamento de todas as potencialidades culturais de herança africana, depois constituímos um marco conceitual, o lançamento do livro Turismo Étnico-Afro na Bahia. Agora estamos ampliando os roteiros e estimulando os empreendedores a investirem”, explica o coordenador de Turismo Étnico-Afro da Setur, Billy Arquimimo. Os principais roteiros identificados pelo ministério e pela Setur são: Salvador, Costa do Dendê, Chapada Diamantina, Costa do Descobrimento e região do Recôncavo Baiano. Nesses destinos, os templos religiosos, a culinária, a capoeira, os quilombos, manifestações artísticas, produtos, serviços, bairros históricos e a arquitetura do colonial ainda preservada são os principais atrativos para os turistas.

“O Turismo Étnico Afro é um produto divulgado pela Setur como relacionado a tudo de origem africana, raízes, costumes, religião, vestimentas, culinária, etc. Desta forma, devemos encará-lo de forma sustentável e rentável”, comenta Jean Paul, proprietário da Lilás Turismo, uma das agências de viagens de Salvador que oferece diversos roteiros no segmento. Para fortalecer a prática é preciso investir também na população. Parques hoteleiros e estrutura de transportes devem ser aliados à capacitação da comunidade local. “Nós temos um projeto de qualificação, previsto para começar em maio, em Salvador e no Recôncavo. Vamos preparar 1,4 mil pessoas nessas cidades para trabalhar o turismo étnico”, informa Cássia Magalhães, superintendente de Serviços Turísticos da Setur.

A modalidade é vista como bastante lucrativa para o país. Espanhóis e, principalmente, norteamericanos, são os principais consumidores do turismo étnico. Segundo dados da Bahiatursa, 12% dos 514 mil turistas que vêm a Bahia são americanos. Esta relação entre o Brasil e os Estados Unidos é fruto do interesse dos afrodescendentes de classe média dos EUA por roteiros que os aproximem de suas origens. “Para incentivar a vinda de norte-americanos, o Ministério do Turismo implantou um vôo Miami-Salvador. Com isso, houve um

aumento de 17 mil no número de visitantes dos Estados Unidos”, destaca Sáskia, coordenadora de segmentação do Ministério do Turismo. O interesse dos visitantes dos Estados Unidos surgiu na década de 70 pela festa da Irmandade da Boa Morte, uma manifestação religiosa que acontece anualmente na cidade de Cachoeira. “Apesar disso, o principal destino para os americanos ainda era o Caribe. Mas após o atentado de 11 de setembro, houve um redirecionamento do turismo e o Brasil se consolidou”, acrescenta o pro-

fessor e historiador Ubiratan Castro. Segundo dados do Ministério do Turismo, no primeiro trimestre de 2010 o país arrecadou US$ 1,655 bilhão com a visitação de estrangeiros. Sáskia reconhece a importância econômica do setor, mas alerta que o Turismo Étnico não deve ser visto apenas como fonte de renda para o país e para a comunidade afrodescendente. “Não podemos ver como uma forma de remediar um problema social, e sim como uma ferramenta de resgate e afirmação da cultura”, conclui. (CN)

Cristiana Nery

Norte-americanos são os principais clientes

Festa da Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira: descoberta pelos norte-americanos na década de 70 se consolida agora como roteiro

Visita a terreiros entra no roteiro Uma das principais heranças dos africanos foi o Candomblé. Só em Salvador há mais de 2 mil terreiros registrados, com milhares de adeptos, muitos que nem fazem parte dos 80% da população baiana que é afrodescendente, mas que optaram por essa crença. Por ser uma das grandes marcas da cultura africana, o Candomblé e os seus terreiros acabam atraindo os turistas, curiosos para entender a crença. São visitantes que procuram conhecer e se aproximar de mais um componente da cultura africana. Há terreiros em Salvador que são famosos e cos-

tumam fazer parte de roteiros turísticos propostos por agências de viagem. Segundo o coordenador de Turismo Étnico-Afro , Billy Arquimimo, alguns representantes de terreiros gostam destas iniciativas e buscam firmar parcerias. “Porém vale destacar que o governo não promove nenhuma ação que visa explorar os terreiros como pontos turísticos. Sabemos que os turistas gostam de visitálos, como visitam templos e igrejas ao redor do mundo, mas devemos respeitálos como locais sagrados do ‘povo do Santo’”, completa. (CN)



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