Intervenção na Escola Classe 407 Norte

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Escola Classe 407 Norte


Universidade de Brasília Faculdade de Arquitetura e Urbanismo PROAU 1/2020 Profª Drª Flaviana Lira Prof Dr Oscar Ferreira Carmen Jimenez 150121261 Thaísa Arruda 130038016


Sumário Memorial justificativo Localização e história Valores Análises urbanas Referências Memorial descritivo Desenhos técnicos Memorial botânico Moodboard Renders


Memorial Justificativo A Escola Classe 407 norte é o projeto de intervenção da disciplina de Projeto de Restauro. Localizada no Plano Piloto, Brasília, mais especificamente na Asa Norte, na divisa entre as quadras residenciais 407 e 408 norte, está inserida em um contexto urbano marcado pela arquitetura moderna e sua plasticidade faz juz à esta vertente característica da cidade. O desenho do arquiteto Milton Ramos foi consolidado junto com a construção da quadra em 1966, e segue o conceito de Lúcio Costa para as superquadras, juntamente com a proposta do plano educacional concebido por Anísio Teixeira para a nova capital do país. O objetivo era ser um ensino associado às Escolas Parque, que desenvolveria atividades artísticas, sociais e recreativas, com algumas oficinas de arte industrial em um formato de ensino público, fazendo parte da idealização de uma unidade de vizinhança.


Localização e história Seu entorno imediato são os blocos residenciais da superquadra, que seguem o conceito de pilotis atribuído ao Plano Piloto, configurando essa permeabilidade ao nível dos olhos, tão marcada na cidade. Os edifícios de habitação possuem um gabarito controlado e uma locação que garante uma baixa densidade construtiva. Está localizado em um eixo de proximidade considerável da Universidade de Brasília, como também dos blocos comerciais tanto das quadras 400 como das 200 imediatas. Este centro educacional possui diversos atributos que garantem a ele a importância de um objeto patrimonial que merece a atenção quanto a cuidados nas intervenções já feitas e potencialidades futuras de melhoramento. Dentre essas virtudes, chama atenção seus murais azulejar, de autoria do artista plástico renomado e que exerceu grande papel na identidade visual de Brasília, Athos Bulcão.


Localização e história Seu contexto histórico está diretamente relacionado com a concepção da cidade. Aproveitando a criação da nova capital, Anísio Teixeira propôs a implantação de um plano educacional inovador, que de certa forma é associado diretamente com a conformação das superquadras. A escola classe, nesse contexto, funcionaria em conjunto com as escolas parque, que ofereceria atividades artísticas, culturais e recreativas, desenvolvendo assim uma série de habilidades relevantes para o desenvolvimento integral dos alunos. Infelizmente essa conformação não foi muito bem consolidada. Existem diversos fatores que impediram sua implantação total, dentre eles a falta de investimento para a construção desse edifícios que demandam um orçamento considerável em relação às escolas classe; das 28 escolas parque propostas, apenas 7 foram construídas, atendendo hoje apenas 5% dos alunos matriculados na rede pública. Dessa forma a conformação dos espaços das escola classe construídas nesse contexto de promessa de uma associação com um outro edifício, é reduzida. As reformas realizadas ao longo dos anos procuraram sanar essa falta de suporte para a consolidação dessas atividades oferecidas pelas escolas parque que, além de existirem poucas no contexto urbano, são distantes, necessitando um deslocamento a mais, dificultando mais ainda o acesso dos poucos alunos que conseguem o privilégio de fazer uso desse ensino integral. Essa demanda por espaços tanto para o exercício da liberdade artística como recreativos com foco esportivo foi o que almejamos suprir na conformação do novo volume e da reconfiguração do perímetro interno da escola. O conceito de Escola de Criatividade para o anexo foi proposto para estabelecer junto com novos espaços dotados de equipamentos recreativos, as necessidades de uma escola completa sem que dependa do uso das escolas parque.


Valores O toque ao edifício partiu de um cuidado com a preservação dos valores patrimoniais da escola, traçando uma relação direta com os valores individuais atribuídos para cada fachada e outros objetos relevantes estabelecidos através da declaração de significância feita em grupo. Valor artístico Atribuído à solução estética do conjunto inteiro, seu zoneamento em planta e sua estrutura, com destaque para os painéis azulejar que compõem uma obra de arte intrínseca ao objeto inteiro, demandando assim uma atenção maior e medidas adequadas para sua preservação. Valor histórico A obra completa, como também sua implantação urbana são valorados como contributivos para a história de uma época característica tanto de Brasília, como do movimento da Arquitetura Moderna no Brasil. Valor cultural Por fazer parte de uma memória coletiva e caracterizadora de um modo de vida da sociedade brasiliense e sua identidade. Valor simbólico A implantação, o programa Escola classe e o conjunto completo representam um conhecimento além da imagem da própria escola em si. Essas atribuições foram norteadoras para as diretrizes de projeto em que entendemos, por exemplo a falta de valores associados à fachada norte, possibilitando assim uma maior intervenção para o melhoramento do conjunto e colocação do acesso à nova proposta.


Anรกlises urbanas Cheios e vazios

25

50

100m

N


Vegetação existente

Massa vegetal

Vias

Edificações

Escola Classe 407 Norte

25

50

100m

N


Condicionantes climรกticas

Sol poente

Sol nascente

Ventos predominantes

25

50

100m

N


Hierarquia viรกria

Via arterial

Via coletora

Via local

25

50

100m

N


Fluxo de pedestres

Calçadas

Fluxo principal

Acessos

Ponto de Ă´nibus

25

50

100m

N


Problemas e potencialidades

x

x x x x

x

Travessia interrompida

Calรงada deteriorada

Espaรงo obsoleto

Barreira visual

25

50

100m

N


Referências A partir desse desejo de proporcionar para as crianças esse suporte criativo e recreativo buscou-se referências que abraçam esse conceito aqui mesmo na malha urbana de Brasília. O primeiro deles é o Programa Infanto Juvenil, localizado no campus Darcy Ribeiro da UnB. Desde 1983, ele oferece atividades extracurriculares destinadas ao desenvolvimento psicomotor e potencial criativo de crianças de 1 a 6 anos, através de experiências lúdicas. O PIJ reforça a ideia de uma educação com currículo aberto, onde a criança através dos seus próprios interesses lidera suas necessidades básicas de interação com o mundo e assim reforça valores imprescindíveis à vivência da cidadania. Atende os filhos do alunos da Unb, os filhos dos funcionários da Associação dos Servidores da Fundação da Universidade de Brasília (ASFUB), como também a comunidade externa. Sua referência para o projeto do anexo vai além do âmbito conceitual, o forte uso das cores no edifício trazendo esse estímulo visual para as crianças, trouxe esse partido do uso desse aspecto para o novo volume, garantindo também um diálogo com a fachada Sul da escola.

PIJ

A Biblioteca Pública Infantil da 104 sul, projetada por Oscar Niemeyer, aparece aqui como uma referência tanto de conceito e de programa de necessidades, como também arquitetônica. O projeto é tombado pelo Iphan e abriga a única biblioteca especializada em literatura infantil do DF, além de oferecer atividades ligadas às artes visuais e cênicas, explicitando o conceito de Escola de Criatividade. Essa ideia de criar um senso de liberdade, arte e criatividade tem origem no conceito das Escolinhas de Artes do Brasil (EAB), movimento que entrou em vigor em 1930 e permeou a realidade de várias planos educacionais país afora. Sua arquitetura marcada pela ortogonalidade e destaque pelos elementos estruturais serviram de inspiração para o partido no anexo proposto. O desejo de garantir o exercício de atividades físicas externas com foco lúdico tem como referência o parquinho da escola classe 304 norte. O projeto, consolidado em 2006, se trata de um equipamento público associado ao desenho urbano da superquadra, que tem como objetivo estimular o aprendizado das crianças através do lazer. Essa fuga dos brinquedos tradicionais, utilizando a própria arquitetura para configurar essa interação, se relaciona com o conceito dos Blocos Lógicos, que dá às crianças a chance de realizar as primeiras operações lógicas, como correspondência e classificação, conceitos que para os adultos são automáticos. O conceito está diretamente relacionado às pesquisas do psicólogo suíço Jean Piaget, segundo o qual o raciocínio abstrato é reforçado através do contato físico, que ocorre quando a criança pega, observa e identifica os atributos das formas geométricas, suas cores e dimensões. Ao transportar o conceito de Blocos Lógicos para a arquitetura, a intenção é que as crianças criem seus próprios jogos e brincadeiras. Ao invés de oferecer escorregadores, gangorras e balanços, brinquedos que sugerem uma rotina específica de uso e comportamento, o projeto propõe planos, blocos, vazios, passagens, barras, rampas, cheios e vazios, que combinados às cores e formas geométricas, oferecem uma infinidade de possibilidades criativas, materializando através da arquitetura o exercício lúdico e pedagógico.

Escola Paulo Freire

O Caminho das Flores nasce da análise urbana realizada no perímetro da escola, resultando no desejo de reforçar os percursos mais marcados nos arredores da escola com vegetação nativa do cerrado. Foi confirmado com uma pesquisa que o fluxo dos alunos é majoritariamente oriundo do estacionamento, mais de 90% deles acessam a escola por carro. Os alunos que chegam de transporte coletivo traçam 2 fluxos distintos, um que parte do ponto de ônibus localizado na L2 até a escola, e o outro pelo ponto de ônibus no eixinho. A vontade de marcar esses percursos vem da ideia de trazer uma diferenciação na paisagem, assim como fizeram os alunos da Escola Paulo Freire, em Campo Grande, no ano 2000. Eles plantaram mais de duas mil mudas, criando o que hoje é chamado de corredor dos ipês, um cartão postal da cidade. A possibilidade de incluir as crianças nessa conformação do paisagismo proposto para o entorno garante uma aproximação com a natureza e traria uma sensação de pertencimento da área, além de educar na importância do bioma da região ao propor espécies nativas do cerrado.

Escola de criatividade e biblioteca pública 104 sul


Parquinho da Escola Classe 304 norte


Memorial descritivo Análise A análise da inserção no contexto urbano, juntamente com uma visita técnica seguida de uma entrevista com a vice diretora da escola foram essenciais para o total entendimento da dinâmica, das necessidades e potencialidades do interno e do externo presentes no projeto em questão. A percepção do espaço e sua inserção na malha da superquadra trouxeram um olhar norteador, contudo foi com essa entrevista que o entendimento ficou mais completo. Ela trouxe informações que evidenciaram um conjunto das reais necessidades e dinâmicas que podem ser impulsionadas de forma a ter uma escola mais funcional em todos os sentidos. Um fato que chamou muito a atenção foi o desconforto térmico vivenciado no interior da escola ficou evidente como propostas feitas para as fachadas norte e sul podem amenizar essa situação, principalmente dentro das salas de aula. O contexto de mudanças feitas na escola ao longo dos anos vêm de uma série de demandas que tentaram ser atendidas. O perímetro que envolve a construção, ainda dentro da grade que a cerca, era inteiro de terra, sem um paisagismo que o consolidasse e precário em atender um espaço externo para a recreação das crianças. O pátio curvo interno não era suficiente para suprir a todos de uma vez, além de trazer uma sensação de confinamento pela desconexão com o externo. A pavimentação desse contorno do edifício trouxe mais possibilidades e liberdade para os alunos, porém tem potencial para melhora, a fim de diversificar as atividades e o uso do espaço com segurança e conforto.


Memorial descritivo Análise Outra dinâmica que se fez de muita relevância na compreensão foi o uso da biblioteca atual, que apesar de possuir uma boa metragem e um acervo considerável para a quantidade de alunos, está desativada por motivos técnicos. A vaga não consegue ser preenchida e por não haver uma pessoa encarregada pelo local, as crianças não têm acesso. Ainda assim, quando existia professoras à frente da biblioteca o fluxo dos alunos era restrito e escasso. Ela abria em poucos intervalos e cada turma tinha uma horário marcado para seu uso. Essa realidade nos trouxe o questionamento: porque fazer então um novo volume com o objetivo de oferecer aquilo que eles já tem mas não conseguem fazer uso? Quais outras atividades podem ser inseridas no novo volume atendendo melhor a real demanda da escola? E que novo uso dar então para essa antiga biblioteca? Foram com esses questionamentos e com a análise dos valores atribuídos que tomamos partido decidir que ações poderiam ser consolidadas no projeto de intervenção.


Memorial descritivo Projeto Entendendo melhor o plano educacional criado por Anísio Teixeira paulatinamente com situação atual da efetivação dessa louvável proposta na cidade, chegamos a uma conclusão de uma programa de necessidades para o novo volume que junto com o espaço reservado para uma nova biblioteca, traria conceitos de educação que acreditamos importantes na formação das crianças. O novo volume proposto como anexo da escola tem como conceito norteador a ideia de Escola de Criatividade e Biblioteca Infantil habitando a mesma edificação, porém com acessos distintos para a garantir o conforto acústico necessário para o momento de leitura. Ele foi implantado na clareira da fachada norte, no local em que se encontra hoje um parquinho de madeira abandonado, exatamente para minimizar o impacto ambiental derrubando o mínimo de árvores possíveis. O novo parquinho foi projetado com o conceito de uma arquitetura lúdica. A criação de uma praça que conecta a escola ao parquinho possibilita um espaço de permanência sombreada pelas árvores que já se encontram in loco, e é marcada por um longo banco inspirado no mobiliário urbano da quadra modelo 308 sul. Seu partido trapezoidal remete à forma da marquise presente na escola e se materializou em planta pelo estudo das diagonais presentes na conformação das calçadas presentes, que receberão uma refazimento. Uma cobertura sustentada por paredes portante na fachada leste formaliza uma área de ateliê externo que se integra com o novo parquinho proposto com o conceito de uma arquitetura lúdica. O paisagismo foi pensado em ressaltar espécies do cerrado em implantações circulares com espécies alternadas, marcado um caminho que dará mais identidade ao entorno da escola. A horta existente foi modificada e colocada para o uso da comunidade pela remoção da cerca que delimita a escola. A conexão com a escola se faz por uma cobertura que chega até a fachada norte, que recebeu um novo plano constituído de elementos verticais, que trazem a ventilação e iluminação necessárias para o interior das salas, além de garantir a vista do novo anexo. O acesso se dá pela antiga diretoria, que é aberta para abrigar esse largo corredor até o interior da escola. Essa cobertura possui um desenho de quadrados e retângulos de vidro nas cores primárias, estabelecendo um percurso colorido que conversa com os elementos da fachada sul e o novo parquinho proposto.

Na sala, hoje em dia reservada como a atual biblioteca, foi realocada a área da diretoria para um melhor aproveitamento. A necessidade de um espaço mais amplo e com mais privacidade foi atendida ao fazer essa mudança. Um banheiro foi adicionado, como também uma sala interna de reuniões. O jardim interno recebeu um alargamento na base das árvores presentes e os banheiros foram adaptados para o desenho universal de acessibilidade. Na fachada Sul, constituída pelo painel com recortes quadriculares vedados, para o estabelecimento de um conforto térmico adequado e uma permeabilidade visual foram abertos novamente mantendo as cores primárias no contorno de espessura das composições geométricas.

Ambiente 1 2 3 4

1 2 3 1

1

1

1 2 3

Quant.

Área Unit. Área Total (m²) (m²)

Biblioteca Sala de Leitura 1 25 Acervo 1 25 Recepção 1 12 Sala de Restauro 1 12 Subtotal Biblioteca Núcleo de Informática - Inclusão digital Sala de consulta (computadores) 1 25 Sala de Manutenção 1 10 Recepção 1 06 Subtotal Núcleo de Informática Sala de Recursos Sala de Recursos 1 25 Subtotal Sala de Recursos Sala de Projeções/Vídeo Sala de Projeções/Vídeo 1 45 Subtotal Sala de Projeções/Vídeo Sanitários Sanitários acessíveis 2 12,5 Subtotal Sanitários Espaço Criativo Ateliê 1 50 Depósito 1 04 Recepção 1 06 Subtotal Espaço Criativo Área Total da Intervenção

25 25 12 12 74 25 10 06 41 25 25 45 45 25 25 50 04 06 60 270


Planta Baixa Implantação

10

30

50m

N


Planta Baixa Geral

5

10

15m

N


Planta Baixa Nova Volumetria

2

5

10m

N


GSEducationalVersion

±0,00 0 Piso

±0,00 0 Piso

±0,00 0 Piso

Fachadas

2

5

10m

N


±0,00 0 Piso

±0,00 0 Piso

±0,00 0 Piso

Cortes

2

5

10m

N


Memorial botânico O presente memorial botânico foi elaborado de forma a criar “caminhos das flores” ao longo do perímetro da Escola e da nova volumetria para demarcar os percursos, garantindo segurança chamando atenção dos olhos da rua - e o contato da flora regional com as crianças, tendo em vista que foram selecionadas apenas espécies do cerrado, sendo algumas árvores frutíferas para consumo da comunidade local. As espécies requerem pouca manutenção e foram pensadas a serem dispostas de forma naturalista, tendo como objetivo representar um pasagismo mais espontâneo.

Árvores Fruto Comestível

Espécie

Nome popular

Tabebuia dura

Ipê Branco

Médio

Eugenia uniflora

Pitangueira

Pequeno

Syzygium malaccense

Jambo-vermelho

Médio

Himatanthus obovatus

Pau de leite

Médio

Eugênia dysenterica DC.

Cagaiteira

Forma

Floração

Folha

Porte

Grande

Qualea parviflora Mart.

Pau-terra

Médio

Eremanthus erythropappus

Candeia

Grande

Cordia glabrata

Louro-branco

Médio

Eugenia klotzschiana

Pêra do cerrado

Pequeno

Parkia platycephala

Faveira

Grande

Erythrina verna

Mulungu

Grande

Mangifera indica L.

Mangueira

Grande

Resistência à seca

Luz


Arbustos

Espécie

Nome popular

Paepalanthus sp.

Chuveirinho

Forma

Floração

Fruto Comestível

Folha

Porte

Médio

Salvia Coccinea

Médio

Justicia phyllocalyx

Pequeno

Mandevilla velame

Pequeno

Velame branco

Cipocereus minensis

Cacto

Calliandra mucugeana

Calliandra

Calliandra viscidula

Calliandra

Médio

Médio

Pequeno

Marcetia taxifolia

Médio

Lepidagathis floribunda

Médio

Gramíneas

Gomphrena scapigera

Pequeno

Zoysia japonica

Grama

Pequeno

Discocactus placentiformis

Cacto

Pequeno

Acalypha repens

Rabo de gato

Pequeno

Resistência à seca

Luz


Moodboard

Referência pavimentação parquinho

Referência passarela

Referência fachada norte

Referência estrutura

Referência brises


Fachada sul


Fachada leste


Fachada norte


Praรงa externa


Escala entre nova volumetria e bloco residencial


Parquinho


Parquinho e atelier externo


Passarela


ConexĂŁo Escola 407 norte e nova volumetria


Nova biblioteca


Nova biblioteca


Atelier interno



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