Revista Retina

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alma

a arte lava da PABLO PICASSO


a poeira da vida otidian


e d itor ia l

No inicio ela ja estava la, vagando pelo vazio, pelo nada, mas ao mesmo tempo estando em tudo. Somos rodeados por ela. Nos a tocamos muitas vezes sem perceber e a percebemos muitas vezes sem ve-la. Formada com a morbidade de nossa pele, anda pelos comodos carregando as impressoes de um preterito que nao e mais presente, em contra partida, carrega a vida, em seu estagio mais imaturo, pelos campos e florestas nos dando a esperanca de um futuro mais verde. Nos centros urbanos ela esta la, acompanhando o crescimento desenfreado nas construcoes de arranha-ceus que mais parecem satisfazer a vaidade humana do que abrigar pessoas. Ela esta na noite putrida, no velho rock, no esquecimento dos livros, nas dobras dos casacos, na morte dos estereotipos, na ideia que surge dando vida a um novo projeto, na leveza da forma e na escuridao de um darkroom... ela e o nada que esta em tudo, e m t o d o s , e l a e a t e m p o r a l , e l a e a POEIRA .

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A POEIRA f o i e s c o l h i d a c o m o o p r i m e i r o tema desta revista que tem como proposta oferecer um olhar transcendente, unico e multifocal. Aqui voce contemplara oticas diferentes sobre o mesmo po atraves de depoimentos como os da dona Liliara e Luis Claudio, das ilustracoes de feras como Lorena Kaz e Nicolas Martins, alem de tres ensaios fotograficos, dentre eles, o de Fabio Abu. Para realizar esta edicao contamos com a participacao de Priscila Midori, Vitor Marcellos (Projeto Nosotros), Fei Um Tjan e Eddu Grau (Barraco#55), Marcelo Bravo (Tomada Urbana), Isabela Miranda (Infinitta), Thiago Antonelli (t+t), da g a l e r a d o IN S ERT e d o H EAV Y D U T Y , dentre outros, alem de uma playlist com participacao especial de Serguei. Novas experiencias aguardam por voce nas proximas paginas. Boa

(re)leitura. Aluisio

Bispo 7


REVISTA RETINA #1 Ano: 2013

Capa foto: Aluísio Bispo Projeto Gráfico carol baptista Editor / Orientador Rafo Castro Editores Auxiliares Aluísio Bispo Ladylaine Mac hado Colaboradores Alexandro Sá Aluísio Bispo Bianca Lemos Caio Lopes Carol Baptista Daniel Andrade Letícia Xerez Paula Gil Thiago Sena Thiago Rafael Colaboradores convidados Roberto Cru z Bianco Paulo Velozo

ensaio

MEMORABÍLIA URBANA 10 matéria

PROJETO NOSOTROS 20 matéria

INSERT 28 matéria

T+T 42 matéria

INFINITTA 49 ensaio

OLD DIGGER 52 ensaio

assentado sobre o fluido - Fábio Abu

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index galeria R

ELA, A POEIRA 72 matテゥria

MOTOS, CERVEJA E ROCK... PORRA! 84 matテゥria

TOMADA URBANA 94 achados do Rio

BARRACO #55 100 achados do Rio

A GEOGASTRONOMIA CARIOCA DO PODRテグ

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playlist

ESPECIAL SERGUEI 111 olhares

A POEIRA EM PERSPECTIVA

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02 03 04 m a i o

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w w w . o r b i t a s . c o m . b r


memo rabilia urbana ✴✳✴✳✴✳✴✳✴✳✴✳

F otos: Aluísio B ispo, L adylain e Mach ad o e Dan ie l An d r ad e

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Trabalhar num projeto autoral, buscar referĂŞncias e ainda fazer uma grande viagem por toda a AmĂŠrica Latina. Um sonho? Para Priscila Midori e Victor Marcello esse sonho ĂŠ uma realidade e se chama Nosotros.

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Por AluĂ­sio Bispo e Paula Gil / Fotos: Projeto Nosotros

N o s otro s

pro jet o


D

a mesma forma como os gringos veem o Brasil somente como futebol, samba, carnaval, verde e amarelo, calçadão de Copacabana, da mesma forma nós vemos os outros países da América Latina cheia de estereótipos, que vão de sombreros a charutos. Para desmistificar essas ideias padronizadas dos nossos vizinhos que Priscila e Victor criaram o Projeto Nosotros, que tem como objetivo apresentar jovens artistas e criativos, e mostrar que a cultura latina de hoje está no mesmo nível de qualidade de qualquer país desenvolvido. Segundo Victor, a escolha do projeto se realizar na America Latina é por que materiais sobre jovens designers americanos, europeus e japoneses é muito fácil de ser coletado, visto que por aqui é tudo muito recente, faltava uma documentação do que anda ocorrendo. Priscila completa dizendo que isso se deve também ao

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fato de termos vivido um passado de colônia e de nos espelhar no que vem de fora como se aquilo fosse o melhor, sendo que aqui temos uma cultura muito rica, com muita cor, ritmo, sabor e por isso é hora da gente olhar pra dentro pra começar a ser original. “As pessoas que se destacam aqui são consideradas exceções. A gente queria mostrar que isso não é mais uma exceção, isso é uma realidade” – Victor Marcello Para que o projeto fosse realizado, foi necessário um ano de conversa, planejamento e muita pesquisa para estabelecer um formato e um conceito final. E também um imprescindível o pedido de demissão do trabalho para que dessem início à viagem. Visto isso, o principal objetivo foi mostrar que a América Latina está conectada, unida pela arte.


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As pessoas que se destacam aqui são consideradas exceções. A gente queria mostrar que isso não é mais uma exceção, isso é uma realidade.

A viagem começou pelas pesquisas realizadas pela internet sobre artistas no Uruguai e com isso foi se formando uma rede onde um artista indicava o outro e assim conheciam suas obras, viam exposições e mais trabalhos com os quais se identificavam. Entrevistaram designers, ilustradores, quadrinistas, músicos, toymakers e viram a versatilidade nesses profissionais. Como aqui temos o “jeitinho brasileiro”, nos demais países latinos também em desenvolvimento, há algo parecido. Como Victor diz “ temos que aprender a fazer um pouco de tudo, a cultura do “do it yourself“. Na falta de recursos , temos que nos adaptar e

Victor Marcello

acumular funções, o que nos torna profissionais mais completos e preparados. Dentre todos os países visitados o que mais os instigou foi o México pela força, as cores aparentemente mais vibrantes e o orgulho pelo passado e cultura milenares. Os mexicanos se mostraram um povo muito autorreferente ainda que cosmopolitas. Foi no México que perceberam que ainda que o projeto seja referente a cultura latina contemporânea, Victor e Priscila , valorizam muito o passado e sabem o quanto ele enriquece e influencia o que produzimos.

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Somos o que há de mais fresco no cenário cultural e devemos parar de olhar tanto pra fora e voltar a atenção a nós mesmos. Victor Marcello


Agora o Projeto Nosotros visa mostrar ao mundo que a nós não devemos nada a ninguém quando o assunto é criatividade. Que não temos mais aquele estigma de colônia. Ao mesmo tempo em que internet diluiu as fronteiras, ela nos fez enxergar o nosso verdadeiro potencial. Com relação a visão do Projeto Nosotros sobre o Brasil, eles dizem que é o nosso país é a fase final do projeto e também a mais difícil para seleção de artistas, já que, segundo eles, “[...] existem vários Brasis dentro do Brasil, e vamos ter que optar por um recorte disso”. Já entraram em contato com algumas pessoas e em breve voltaram a fazer as malas. – Priscila Midori Começamos essa viagem sem falar uma palavra de Espanhol e hoje, não só sentimos muito orgulho de sermos latinos, como também sabemos o quanto os outros países têm orgulho de ter o Brasil como parte dessa identidade. – Priscila Midori

Saiba + em http://www.projetonosotros.com

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i n se rt

Por AluĂ­sio Bispo

Um novo evento de design chegou ao Rio 30


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T

udo começou com um grupo de designers há um pouco mais de dois anos. Através de papos informais, e-mails, Skypes, foi nascendo uma ideia que evoluiu para um projeto que mexeu com a vida de todos os envolvidos e mobilizou o cenário do design nacional. Esse projeto se tornou um grande evento conhecido hoje pelo nome de INSERT. Seu idealizadores, Helen Pereira, Uno de Oliveira, Fellipe Ribeiro, Leo Faria, João Faraco, Lucyano Palheta, Ailton Henriques, depois de participarem de tantos encontros, conferências, congressos, viram a carência e a oportunidade para um evento de grande porte de design no Brasil. Um evento para chamar de nosso... e por que não no Rio? Então, foi a hora em que o projeto tinha que sair do papel. O INSERT não é apenas para profissionais, ou apenas para estudantes. O evento visa estabelecer sua relação com a arte, design, moda, tecnologia e cinema, ou seja, é para todos aqueles que, de alguma forma se relacionam com essas áreas. O objetivo do evento é dar ao participante um olhar amplo sobre as multidisciplinaridades do design aplicadas ao mundo, e após tê-lo experimentado, inspirar seu próprio trabalho e atitudes no dia-a-dia. Com mais de 1000 participantes, a primeira edição contou com 8 palestras, nacionais e internacionais, 2 mesas-redondas, 6 mini-cases de estudantes e pequenas agências, 3 cases especiais, além de 5 workshops e uma área de visitantes com feira de stands, exposições e atividades, e uma mega festa no fim do primeiro dia! Tudo isso banhado pelo calor da cultura e do ambiente carioca, no Centro Cultural Ação da Cidadania, um galpão incrível no coração da região portuária da cidade. Prepare-se para a edição de 2013, pois um novo evento de Design chegou ao Rio!

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PALESTRAS As atrações principais foram as palestras. As internacionais contaram com a participação de profissionais de peso: Os americanos Joshua Davis e Aaron Duffy , Pablo Alfieri da Argentina, alemão Eike König e do Reino Unido, Thomas Manss. Palestrantes brasileiros também falaram de seus trabalhos inspiradores, mostrando como as diversas vertentes do design nacional estão se fortalecendo e solidificando uma cultura do design no Brasil. Entre eles, Claudio Peralta, supervisor de efeitos da Conspiração Filmes, André Stolarski, diretor da Tecnopop, e Ricardo Bezerra e Maíra Rahme, da Tátil Design.

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MESAS-REDONDAS Também no palco principal, dois encontros inéditos aproximaram os participantes de dois temas opostos, mas relacionados. A mesa-redonda Design Hoje foi uma discussão sobre os caminhos do design nacional hoje, as realidades do mercado atual nos aspectos profissional e acadêmico, feito por Fernando Reule, Rafo Castro, Renato Facchini e Bruno Porto, sob mediação do Prof. Luciano Tardin. Já a mesa Design Sempre foi uma viagem pela história do design no Brasil, relembrando os valores que foram construídos para chegarmos onde estamos hoje, e aprendendo com o legado que foi deixado. A mesa contou com a presença de Nair de Paula Soares, Rafael Rodrigues, Roberto Verschleisser e Irene Peixoto, sob mediação da Dra. Livia Rezende.

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CASES ESPECIAIS Três cases especiais também estiveram sob o spot do palco principal: Fabio Lopez, apresentando seus projetos de crítica social utilizando o design como ferramenta de comunicação; Henrique Nardi e Mariana Ochs, mostrando como uma tipografia adequada pode fortalecer a mensagem de uma publicação; Priscilla Midori e Victor Marcello, apresentando o Projeto Nosotros, uma viagem pela América Latina em busca da relação de cada cultura com os trabalhos criativos locais.

MINI-CASES

de estudantes recebeu também 6 mini-cases al cip prin co pal o as, ond seus processos. Além das palestras e mesas-red s trabalhos e apresentaram seu ram stra mo que as, nci agê udantes e jovens recém-formados e pequenas propostas de dezenas de est de ios env de tir par a os Elenay Os mini-cases foram selecionad Marcelo Alt, do studio Caos!; palco foram: Pedro Segreto e ao , iram ujo sub Ara que rlus os Ma e e ais, ior profission de Oliveira Jun Carvalho, do Startaê; Carlos netti, ato ndi Ren f; Gra Lea Bee e ista !; Rev EPA da , da Oliveira e Pedro Perdigão, z gue Min rigo Rod ; ma tora apresentando o projeto Bicicle graduação Sem Tarja Preta. apresentando seu projeto de

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WORKSHOPS der na prática, o INSERT abrigou 5 workshops. Para quem queria botar a mão na massa e apren o participante não perder o resto do evento, mas As oficinas eram sessões curtas o bastante para ratório e inspirador de um assunto específico. completas o bastante para um bom proveito explo permitiu um contato próximo entre o oficineiro As turmas eram de no máximo 20 pessoas, o que , Os workshops foram: Focus Thanks to Reduction e o participante, e os temas bastante variados. de ão Criaç al; Amar sto ing, com Augu ministrado pelo alemão Eike König; Projection Mapp i; Encadernação de Sketchbook, Faran iano Cass e Porto ldo Negócios Inovadores, com Rona ução e Prática, com Philippe Machado, da com o mestre Renato Alarcão; e Lomografia: Introd SENAI - Artes Gráficas ofereceu Lomography. Além dos workshops fechados, o stand. oficinas criativas livres ao longo do dia em seu

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FEIRA DE STANDS A área anterior do galpão do Ação da Cidadania abrigou atrações mesmo para aqueles que não queriam assistir às palestras. No andar de cima, o Projeto Feirinha foi um espaço especial para designers que estão lançando suas marcas poderem vender seus produtos no INSERT. Das dezenas de projetos recebidos, 12 foram selecionados, e montaramseus stands no segundo piso, vendendo produtos variando de bicicletas, a óculos de madeira, a tatuagens temporárias. Além da Feirinha, a área também serviu para empresas parceiras montarem seus espaços para venda de produtos e ativações de marca. Entre elas, Wacom, Senai, Compactor, Infnet, RioBooks e Meninos.

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EXPOSIÇÕES O andar de baixo foi onde aconteceram as exposições – Painel de fotos da Printgram, que juntou mais de 1.400 fotos tiradas pelos participantes; Exposição do Projeto Nosotros; Camiseteria, que expôs as camisetas selecionadas pelo concurso promovido online; Expo 60 Graus, em parceria com a La Estampa, uma ação de graffiti nada convencional mas muito carioca, onde artistas customizavam guardasóis ao vivo.

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ATIVIDADES E FESTA E pra ninguém ficar parado em um espaço tão grande, de dia, bicicletas elétricas LEV e uma pista de skate Red Bull, e na noite do sábado, a festa PUSH!. Com 2 anos de existência,13 edições na bagagem, e mais de 17 MIL PUSHERS, a PUSH! é um projeto itinerante, realizado em Belo Horizonte com a proposta de ser uma experiência marcante baseada em uma integração única de música, esporte, design e arte. Conceitualmente, o projeto é pioneiro ao trazer o street cool concept, proveniente do leste europeu, prezando a diversão saudável, assim como atendimento diferenciado e inusitado oferecido ao seu público.

PUSH! promove um intercâmbio entre tendências e valoriza a experiência audiovisual através de festas temáticas, divulgação e decorações inéditas, exposições de graffiti e trazendo em sua base a democracia cultural, apresentando o que há de mais atual na cena eletrônica e estilos adjacentes, bem como toda a aura da urban culture. No INSERT teve sua primeira edição fora de casa, trazendo mais de 900 pessoas para a pista. Contamos com a presenças de DJs renomados como Sexistalk, Vitor Sobrinho, o bicampeão Nedu Lopes, Xeréu e Nepal. Isso sem contar os MCs da SHUP! e o urso Pimpão, que animaram o público na pista e distribuíram seus acessórios luminosos aos Pushers, garantindo uma noite suada até às 5h.

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S ADORE Z IDEALI AILTON HENRIQUES cializado la ESPM-RJ e espe Designer formado pe lhou na ba tra Já Perestroika. em Mídia Digital pela guida se em ra, tu para TIM e Na Tátil Design criando skar (O OM da e de criação w fez parte da equip Ne n, kle Os olvendo para na Metsavaht) desenv u lho ba tra nte . Recenteme Order e Clean Living diretor , em São Paulo, como C) AB po ru (G e tyl ws Ne e Pepsico. de arte para Ambev

LEO FARIA m do pela Puc-Rio e co Designer Gráfico forma la pe a em Televisão e Cin Formação Executiva em mo fis gra eo Editor de Vid ESPM-RJ, trabalha como da Rede Globo desde is ua na área de Efeitos Vis olate projetos como Choc 2001. Participou de as gin Pá , JK Dia de Maria, com Pimenta, Hoje é da cio gó Ne mília (O Filme), da Vida, A Grande Fa pra, Ti Ti Ti, Morde e Asso s, China, Caras & Boca s. tro ou tre en

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JOÃO FARACO PM-RJ. Já formado pela ES Designer gráfico tório de Design, antigo escri trabalhou na PVDI Design til Tá recentemente na Aloísio Magalhães, e entes cli ra pa prestando serviço no Rio de Janeiro, ação cri da , Natura e participou Rio como TIM, Coca-Cola os pic ím s Olímpicos e Paral 00 da marca dos Jogo 50 de is comunidade de ma e ob 2016. Mantém uma Ad de s site de vídeo-aula n, sig designers com seu de bre so e Flash, e escreve Illustrator, Photoshop blog Caligraffiti. arte e tecnologia no

UNO DE OLIVEIRA pela ênfase em marketing Designer Gráfico com bo Glo de trabalha na Re ESPM-RJ, atualmente s ito Efe de fismo na área como Editor de Videogra mo co os ção em projet Visuais com participa do, mília, Cordel Encanta Fa Passione, A Grande na u lho outros. Já traba Avenida Brasil, entre o ra pa como freelancer Conspiração Filmes Em . o” tur Homem do Fu longa metragem “O e tores do site Caligraffiti paralelo é um dos escri ra ltu cu à palestras ligados desenvolve projetos e


LUCYANO PALHETA em rmado com ênfase Designer Gráfico fo sig De n -RJ,trabalhou na GF tos marketing pela ESPM InVitro, criando proje e na Comunicação Martins, IBM, Michelin, White ua para clientes como nKrupp CSA. Integro Metrô Rio, e Thysse eu BCD onde desenvolv equipe da Saravah l ua va identidade vis projetos como a no do e upo Estação, e o sit dos cinemas do Gr dores mo um dos idealiza Riodesign Barra. Co oficinas ministra palestras e do blog Caligraffiti, net o do design na inter para disseminar o us da Desde 2011 faz parte e em redes sociais. . op op cn equipe criativa da Te

FELLIPE RIBEIRO J, com rmado pela ESPM-R Designer gráfico, fo ênfase e l unicação visua habilitação em com demp, Co estagiou na em marketing. Já Kallas, o up rio urbano do Gr empresa de mobiliá as e ídi m tos de novas desenvolvendo proje Rio do al critório tradicion na PVDI Design, es Ser na omento trabalha de Janeiro. No m s rso cu re consultoria em Integral, empresa de is ua vis s de endo identida humanos, desenvolv mo erna de empresas co int para comunicação s. ilip Ph e X EB

e em design e HELEN PEREIRA ampinas, com ênfas c-C Pu la pe da ma Paulo. Trabalhou Artista Visual, for rketing pela FGV São Ma em e u-s lizo cia moderna e licenciatura, espe exposições de arte es nd gra em ora ticas, passando como arte-educad lturais e oficinas artís cu os jet pro u tro nis como gestora contemporânea, mi Na Petrobras atuou e. ad cid bli pu na te Comunicação por direção de ar rente de projetos na ge mo co tá es ora ladas no Brasil. de qualidade e ag s multinacionais insta da as um alg m co o InVitro, trabalhand

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t+t

Por Alexandro Sá

Paixão, Design e Colaboração são pontos chaves para a criação dos belíssimos móveis da t+t, fundada pelo carioca Thiago Antonelli e o dinamarquês Thomas Mach. Em uma conversa com Thiago conhecemos mais sobre essa incrível empresa.

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Como foi esse caminho até vocês chegarem no que a empresa é hoje.

E

Como vocês definiram que era isso que vocês queriam fazer? Eu (Thiago) e Thomas, nos conhecemos em 2005 na faculdade de design de Umea (Umeå Designhögskolan) na cidade de Umea que fica a uns 1000 km ao norte da capital de Estocolmo (Suécia). Na época não tínhamos idéia e nem nenhuma pretensão em montar algo juntos, estávamos totalmente dedicados aos projetos da faculdade. A idéia da nossa colaboração veio apenas 5 anos depois, quando resolvi convidar o Thomas para desenharmos móveis em parceria. Para ser mais exato, meu irmão (Luca Antoniolli) me pediu que eu desenhasse móveis para sua casa e eu achei que seria mais divertido desenhar os móveis em parceria do que sozinho. E bastou um e-mail de 3 linhas para convencer meu amigo Dinamarquês a desenhar comigo os móveis do Luca. Na verdade foi muito fácil convence-lo por que sabia da paixão de Thomas em projetar móveis. E é essa paixão em comum que nos fez escolher desenhar cadeiras e mesas, e essa é a paixão que nos mantém motivados a continuar desenhando. Amamos o que fazemos! Ficamos quase um ano para fechar a linha 2012. Foram muitos desenhos, centenas de e-mails, alguns protótipos e muita dor de cabeça com fornecedores. A chegada do Thélvyo (nosso terceiro t) foi fundamental para que nossos rabiscos saíssem do plano das idéias para a realidade. Hoje nossos móveis estão expostos em Ipanema na loja da galeria021 e temos um belíssimo atelier no coração da floresta da tijuca, na Barrinha. Podemos contar com a parceria de excelentes fornecedores pelo Brasil à fora e estamos montando nossa própria marcenaria no Interior do Rio de Janeiro.


Ao olhar os seus produtos vemos a beleza e leveza incrível que eles passam. Fazendo um grande contraste entre o produto sendo ainda produzido, cortado, lixado no meio de uma poeirada, o que vocês sentem ao ver o produto após esse processo, pronto pra ser vendido?

Ficamos na expectativa que nossos fornecedores executem os projetos exatamente do jeito que imaginamos. O sentimento é de pura ansiedade, “será que vai dar certo?”. São muitas viagens aos subúrbios do Rio, São Paulo e Minas Gerais para fazermos com que tudo saia perfeito. Quando os primeiros móveis ficaram prontos, foi uma sensação muito estranha, queria tranca-los aqui em casa e não queria que ninguém os visse. Não que não tenha gostado do resultado final, pelo contrário. Mas por ser uma parte de mim, naquele momento desejei mesmo parar tudo por ali. Sempre dá um frio na barriga antes de você mostrar para o “público” o seu trabalho. Já o Thomas, por morar na Suécia, tivemos que mandar a cadeira tt39 pelo correio e ele só pode ver ao vivo os produtos finais alguns meses depois de prontos. Ele me disse, por skype, que se sentou na cadeira e ficou um tempo meditando, imaginando tudo o que a árvore que deu origem a madeira daquela cadeira deve ter presenciado, visto, ouvido e sentido.

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E onde vocês se inspiram pra fazer seus produtos? No começo do processo a inspiração vem de todos os cantos. Referência, natureza, cotidiano urbano etc. Mas, com o passar do processo, lá pela segunda rodada de troca de desenhos é que a coisa começa a ficar interessante e começamos a nos inspirar um nos desenhos do outro. Nesse momento a referência se torna o sketch do outro. Daí a soma, a troca e a colaboração. E é isso o que me encanta na t+t.

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Qual é o grande diferencial da t+t? Nesse mercado, eu acredito que o diferencial é a expressão estética de cada marca ou designer. Os gostos de quem consome esse tipo de trabalho varia muito. Há quem ame nosso trabalho e também existe pessoas que não gostem. Não podemos e não queremos agradar a todos, estamos aí para proporcionar mais uma opção. Assim como não existe o melhor filme, também não existe a melhor cadeira, e não temos essa pretensão. Somos uma marca jovem, amamos o que fazemos, mas ainda somos sonhadores e temos que comer muita poeira para poder chegar lá.


in fin itta Por Letícia Xerez

“Propagar um novo estilo de vida” - essa é a proposta da Infinitta. Com foco na valorização do autoral, no detalhe, exclusividade e sustentabilidade, esse ambiente mistura o novo e o antigo dentro de uma atmosfera de perfeito equilíbrio e extremo bom gosto. Nesta edição batemos um rápido bate-papo com Isabela Miranda, dona e designer da Infinitta Decoração e Expressão.

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1. Primeiro conta um pouco a trajetória que percorreu até chegar na Infinitta. Como definiu que a sua história ia ser transformar materiais velhos em novos e como definiu o estilo que estes iam levar nessa transformação. A Infinitta começou com a nossa ideia minha e do Du de abrirmos uma loja com uma proposta nova, de decoração e design, mas eu sempre gostei da transformação, da mistura do velho com o ultramoderno e do reaproveitamento. Fiz isso a vida toda e agora faço profissionalmente.

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2. Como é seu processo que captação de materiais, quantos % você compra novo, quantos % você garimpa. O que te inspira? Como você monta o objeto novo? Encontrar objetos interessantes no lixo , nos brechós e ferros-velhos sempre me fascinou. Adoro pensar num projeto especifico para aquela peça! Eu diria que nos produtos que fazemos para a loja , a maioria parte do descartado mesmo, já nos projetos buscamos usar o máximo de madeira de demolição e outras peças antigas, mas às vezes compramos material novo.

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3. Esse resgate do “vintage”, tem se refletido em outras áreas, como na fotografia. Você enxerga isso como uma tendência passageira, característica dos ciclos da moda, ou pensa que sempre foi uma estética de vanguarda e portanto valorizaremos? O mercado do repaginado é mais difícil do que parece. Embora todos se encantem com as nossas soluções e ideias, o fato de ser antigo ou descartado ainda esbarra no preconceito. Mas está cada vez melhor, é um conceito que veio para ficar que está bem vivo na Europa e isso conta para a adesão do consumidor brasileiro.

4. Como é o fator erro dentro da criação de móveis e objetos? Já teve erros que viraram acertos? Os erros sempre acontecem. Mas lidamos com o imperfeito então muitas vezes fica fácil contornar o erro e transforma-lo em oportunidade, mas como em qualquer trabalho às vezes a gente vacila mesmo e aí tem de fazer de novo, mudar o caminho....faz parte.

Agora a Infinitta vive um momento de muitos projetos. Decoração de interiores mesmo e estamos adorando oferecer um projeto bacana, rico e ao mesmo tempo com história.

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old digger ✴✳✴✳✴✳✴✳✴✳✴✳✴

✳ ✴✳ ✴✳ ✴✳ ✴✳✴✳✴

Fotos: Letícia Xerez Produção: Ladylaine Machado Modelo: Priscila Luzardo Roupas e Locação:Brechó do Casarão

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p.55 C i nto R $ 2 0 , 0 0 S a nd á l ia : Mel is s a ( D ou rad a ) R $ 5 0 , 0 0 Mac ac ã o : Ma ria z i n ha R $ 8 0 , 0 0 p.56 Ve stid o : Ca rmem D ora R $ 8 0 , 0 0 p.58 Mac ac ã o R $ 5 5 , 0 0 B ri nc o s R $ 1 8 , 0 0 p.56 e 61 P u ls ei ras R $ 6 à 1 5

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p.62 Ca l ç a c ou ro : Corp o e a l ma R $ 6 0 , 0 0 Len ç o E sta mp ad o R$ 20,00 C hap é u R $ 6 0 , 0 0 B ols a R $ 2 0 , 0 0

p.63 C h á p eu R $ 6 0 , 0 0 C i nto R $ 1 0 , 0 0 Short R $ 2 6 , 0 0 B ata d e rend a R $ 3 2 , 0 0 B ols a met á l ic a R $ 4 0 , 0 0

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p.64 P u ls ei ras R $ 6 Ă 1 5 , 0 0 Short R $ 2 6 , 0 0 B las er ANI M A L E R $ 8 0 , 0 0 C i nto R $ 1 0 , 0 0

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p.65 Ă“ cu lo s R $ 3 5 , 0 0 B ri nc o s R $ 1 8 , 0 0 B lus a Cena riu m R $ 2 5 , 0 0 C i nto R $ 3 0 , 0 0 B ermud a Vic Joy R $ 3 0 , 0 0 S ap ato R $ 2 0 , 0 0



assentado sobre o f luido ✴✳✴✳✴✳✴✳✴✳✴✳✴

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Fotos: Fábio Abu



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galeria R

, a a l e poEira

N icolas

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M atins


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lorena

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t h iago

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cafu z o

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ale x andre

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O bar mais rock and roll

e com o pior atendimento do Rio. Por Carol Baptista / Fotos Roberto Cruz Bianco e Aluísio Bispo

MOTOS + CERVE JA & ROCK ✴✴✴

PorrA!

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Regra n˚ 01: O cliente nunca tem razão.

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efinitivamente, ele não morreu. E existe um lugar em que seus seguidores fazem questão de mantê-lo bem vivo, onde a sensação é de voltar um pouco no tempo: roupas pretas, cabelos longos e som alto, em reverência a bandas que tiveram seu auge nas décadas de 70 e 80. Claro que ali ele também se renova, recebendo as novas gerações e dando espaço para que o rock esteja sempre entre nós. A história do Heavy Duty Beer Club começou nos anos 90, quando Zeca Urubu - membro do motoclube Balaios - foi consertar a moto em uma oficina na rua Ceará na Praça da Bandeira, Rio de Janeiro. A oficina era também um bar, já conhecido ponto de encontro do motoclube, e o dono pretendia vender. Zeca, que já foi vendedor na praia e teve barraca de doces na rua, resolveu comprar. Em 1997, o Heavy Duty abriu em um espaço apertado e escuro, onde motoqueiros e fãs de rock, heavy metal e outras vertentes do estilo se encontravam para beber muito e ouvir bandas ao vivo. A rua era o palco e também onde boa parte do público se acomodava. Em 2006 (ou 2007, Zeca disse não lembrar ao certo) a casa passou para o endereço atual, mais amplo e com uma decoração temática que é, definitivamente, um dos pontos altos do local: bonecos do Alien e do Eddie, do Iron Maiden, peças de motos, guitarras, mostruários de bebidas, um “lustre” de garrafas de cerveja, fotos de bandas, artistas e de frequentadores, mesa de sinuca, chão xadrez e uma iluminação vermelha que, junto a outros muitos detalhes, constroem o ambiente perfeito para o público alvo. E como não falar do famoso Dark Room da casa, com “escuridão total garantida”... mas que só fica disponível ao público em festas especiais, como a Vulcânica Rock ‘n Sexy Party.

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Regra n˚2: Se por um acaso o cliente tiver razão, volte à regra n˚ 1

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batata f r i ta pron ta , porr a !

O atendimento é outra característica famosa... conhecido como o bar com o pior atendimento do Rio, a verdade é que não há garçons. Costumam trabalhar na casa os donos, Zeca e sua esposa Alessandra Sampaio e mais alguns poucos funcionários. É praticamente um auto atendimento, o que parece ser mais interessante para os frequentadores. Cada um monta a sua mesa do jeito que achar melhor, pede a cerveja e o petisco direto no balcão e depois de ser avisado pelo dono no microfone (“batata frita pronta, porra!”) volta para buscar. Tudo fica registrado em uma comanda, sem necessidade de controle de consumo por mesa, sem cobrança de 10%, muito prático para donos e clientes. A cerveja vem extremamente gelada e o cardápio de comida é bastante básico: porções de fritas, de calabresa acebolada, filé mignon aperitivo, nuggets, hamburgueres, dentre outros pratos típicos de boteco.

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No palco, que parece mudar constantemente de configuração dentro do espaço, tocam bandas diversas, de quinta a sábado. Conversamos com os integrantes da Poeira Atômica, que tem uma história bastante próxima com o local. A vocalista, Zaira Marques, nos contou que a banda - que já tem 7 anos - começou com a reunião de músicos que já tocavam em outras bandas e teve diversas formações desde seu início. O nome - que, claro, nos interessou bastante - foi dado por um amigo dos integrantes. Ao questionarmos o significado, Zaira disse não saber se deveria dizer... em seguida, disse que o amigo comentou que a banda era isso, uma explosão. O que se confirma na voz potente e grave da vocalista e no setlist que traz covers de bandas de Heavy Metal e Heavy Rock como Judas Priest, Black Sabbath, Motörhead, Iron Maiden, Deep Purple, Rainbow, Scorpions, Whitesnake, Metallica, Ozzy e Dio. Outro diferencial está na guitarra de Reinaldo GoreDoom, que não segue o protocolo da maioria dos covers e sempre faz seu próprio solo. A banda, que está se preparando para compor músicas próprias, conta ainda com Rick Ferris no baixo e Sérgio Rato na bateria.

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Um evento diferente que reúne teatro, ar te e cultura livre: essa é a definição da

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Por

pa u l a g i l

. Fotos

m a r c e l o b r av o

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A Tomada Urbana – ato VI é uma mostra de teatro de rua realizada desde 2009 em Barra Mansa, Região Sul-Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. Nela ocorrem apresentações do Coletivo Teatral Sala Preta e de grupos convidados de cidades brasileiras e da América Latina como Quito, no Equador e da capital mexicana Cidade do México. Além de espetáculos a ‘Tomada’ oferece oficinas para os grupos participantes, atividades abertas à comunidade, palestras, mesas redondas e atividades paralelas como intervenções urbanas e performances.

Com sua 4ª edição em dezembro de 2012, a mostra tem como objetivo a interação artística entre a silhueta urbana e o público. A ideia é ocupar todo o espaço urbano com o teatro de rua objetiva transformando o espaço numa “realidade figurativa”. O Evento também almeja ampliar suas ações levando para os bairros e distritos de Barra Mansa sua programação com espetáculos inéditos e convidados de outras cidades brasileiras e da América Latina.

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Quando falamos de consumo de cultura, não necessariamente referimos ao valor instituído do ingresso pago, mas sim à presença que o espectador dedica à “acontecência” espontânea que interrompe seu cotidiano. O teatro de rua é, comumente, compreendido como um modo espetacular que busca este lugar de convivência pública. A rua é o lugar de encontro com um público particular, o público popular. Marcelo Bravo, produtor da Tomada Urbana.

Para um evento que começou em 2009 com apenas o repertório do Coletivo teatral Sala Preta, a cada nova edição se expande para outros bairros e aumenta seu repertório. Isso permitiu aos organizadores compreender a importância da troca de saberes e experiências entre agrupações artísticas de diversas localidades para a construção e consolidação do processo cultural barramansense e também da região onde está inserido o Sala Preta.

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Em 2013, pretende-se uma programação ainda mais ampla, com novas localidades atendidas, e atividades paralelas. A Tomada Urbana – ato IV garante a continuidade de um evento exitoso, além de promover o intercâmbio nacional e internacional entre artistas de teatro.

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achados do Rio

Barraco #55

BARRACO # 55 é uma incubadora para projetos comunitários, onde os interessados em cultura, artistas, estudantes e pesquisadores podem ficar para colaborar e resolver os problemas locais sócio-culturais. As atividades são realizadas no Complexo do Alemão.

O Complexo do Alemão é um conjunto de treze favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro. Considerada durante muitos anos como uma das mais violentas da cidade, abriga aproximadamente quase 400.000 habitantes, entre esses encontram-se artistas, ativistas, além de ONGs e associações. É um lugar muito interessante que tem se desenvolvido paralelamente ao resto da sociedade brasileira, devido ao descaso do Estado por décadas. Lá, a vida está organizada de uma forma muito particular: o espírito criativo e a capacidade de improvisação dos moradores é muito inspiradora. Além disso, a cultura da favela é única e muito mais rica do que somente funk carioca, como a mídia muitas vezes tenta nos fazer acreditar.O projeto foi criado por quatro jovens, Eddu, Fei, Ellen e Rodrigo, que acreditam no potencial da arte e da cultura de conectar pessoas além do desenvolvimento social e humano, principalmente em áreas pobres. Eddu Grau é um carioca músico-compositor, cantor e guitarra e ativista social. Nascido e criado no Complexo do Alemão, ele sabe muito sobre a realidade local social e econômica, os problemas, as necessidades e potencialidades. Fei Um Tjan e Ellen Sluis, holandesas, trabalham com novas

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mídias. Nos últimos anos elas têm feito projetos de mapeamento, visualizando histórias e sonhos da juventude de Amsterdã em diferentes linguagens de mídia (fotografia, texto, áudio, vídeo). Ambas viveram e trabalharam na América do Sul há vários anos em projetos semelhantes. Rodrigo Saavedra é um ativista social colombiano e artista; músico baixista, saxofonista e design de áudio-visual. Ele sabe tudo sobre o fazer e não fazer de um centro cultural depois de ter tido o seu próprio em Bogotá até 2008. Os quatro de formam uma dinâmica, diversificada, crítica, e acima de tudo muito entusiasta equipe, acreditando no potencial do Barraco # 55 para reunir as pessoas e conseguir uma mudança local. Tudo teve início numa universidade da Holanda, quando Fei e Ellen, que trabalhavam em seu Trabalho de Conclusão de Curso, Ellen resolveu fazer uma vivência no Morro do Complexo do Alemão, onde contou com a ajuda de Eddu, já Fei resolveu fazer a

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sua vivência na Colômbia, onde conheceu Rodrigo. Após essa vivência de comportamento do local e de pessoas que habitavam naquele local. Fei e Ellen retornaram para Holanda, trocando experiências que ambas viveram em seus respectivos projetos, surgiu uma idéia de se juntarem, já que o Eddu já havia comentado com Ellen o seu desejo de criar algo que realmente fosse pra comunidade e não pro pessoal fora dela. Ellen que era amiga de Fei a convidou para participar do projeto, assim Fei fez o mesmo com Rodrigo. Após muitas conversar os quatros resolveram colocar a mão na massa e fazer o projeto virar realidade. Fei e Ellen organizaram uma pequena festa na Holanda com a ajuda de familiares para conseguirem um dinheiro para poderem voltar ao Brasil e procurar um “barraco” para o projeto. Aliás, o nome “barraco” foi dado justamente com a intenção de caracterizar como algo que é instalado na favela. Eles não queriam um projeto


sediado no asfalto e realizado na comunidade, eles queriam algo da comunidade pra comunidade. O “55” veio pelo fato de ser este o código telefônico do Brasil. Enfim, a ideia era dizer que era o “Barraco do Brasil”. Para manter as atividades do Projeto, eles criaram um hostel (albergue), assim pessoas de vários lugares podem permanecer ali para conhecer um outro Rio de Janeiro (pouco mostrado lá fora) e, quem quiser, participar das ações do Barraco #55. Perto da sede do projeto fica a praça onde são realizadas as atividades, dentre elas: oficinas de inglês, de música e audiovisual, além do CineMoto. Todas as atividades são gratuitas. A renda do projeto é oriunda do hostel e da colaboração de amigos e familiares. O Barraco#55 inicia, apoia e facilita projetos em todas as áreas: sustentabilidade, inclusão social, arte e cultura (música, audiovisual), mas também está

aberto a novos projetos. Fundamental em sua forma de trabalhar é a colaboração e a interação com os moradores locais, e da troca de cultura.

CINEMOTO É uma motocicleta velha com um projetor exibindo vídeos curtos nas paredes da comunidade.

JAM DO BARRACO Todo segundo sábado do mês há o JAM do BARRACO#55, uma ‘festa’ de colaboração, onde todos podem apresentar a sua música, poesia, dança, efeitos visuais e tocar juntos! Tudo realizado na Praça.

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MÃES E FILHAS DA ALVORADA Todos os dias que estamos sentados na Praça # 55, vemos centenas de jovens, idosos, religiosos, não religiosos, mães com crianças que passam. Em agosto de 2012, atual estudante de cinema Marina Meijer começou a tomar foto dessas mulheres e preparálas para uma exposição local com a sua aprovação. Infelizmente, ela teve que sair antes que pudéssem fazer um anúncio real grande. Contudo, Fei retomou o projeto somando às fotos coletadas, histórias das mulheres da comunidade que levam a um conjunto diversificado de outras histórias. Este projeto ainda está em execução e quem quiser é mais que bem-vindo para se juntar este pedaço de colaboração com idéias e sugestões.

P R O GR A M AÇÃO DA P R AÇA Mensalmente: JAM do Barraco#55 e Domingo Culinário

Terças: Oficina de Inglês nãoconvencional - 17h

Quartas: Oficina de Música - 17h

Sábados: Oficina de Audiovisual - 13h

C O N TATO

E-mail nos@barraco55.org Website: barraco55.org

Telefone +55 (21) 7184 4850 / 7184 4465 Skype: barraco55

Segundas e Sextas: Oficina Variável - 17h

Quintas e Sábados: CineMoto - à noite

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PodRao

A geogastronomia carioca do

O live ir a

Rua Humaitรก, na altura do Fornalha R$ 6,00

B a r r a c a d e C a ld o s d e S e bast i รฃo Ca rl o s Ca m p os

Rua Voluntรกrios da Pรกtria esquina com a Rua Dona Mariana R$ 6 e R$8

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achados do Rio Uma seleção dos mais f amo so s e tr ad icio n ais p o d r õ e s d a cid ad e.

Giga nt ã o d o B io f á

Rua Humaitá, em frente ao Oliveira. Biofá instalou sua barraquinha em frente ao tradicional cachorro quente do Oliveira na intenção de fazer concorrência. Fez um hot dog maior (30cm) com um custo benefício mais vantajoso, e diversificou os sanduíches. R$6 a R$8

H o t D o g G e né r ic o

Rua do Senado, perto do Hotel Formule 1 Um pouco escondido, mas quem trabalha por ali, conhece bem. O seu diferencial é o molho saboroso, cheio de tomate e cebola cozidinhos. É um podrão singelo, mas da melhor qualidade. R$4,00

S a nd u ic he r ia C a r io c a

Filial Rua Maxwell (próxima ao Supermercado Guanabara) - Andaraí Filial Praça Aquidauana - Vicente de Carvalho Aqui, o ponto forte é a gigantesca variedade. Além de um cardápio com mais de cinquenta tipos de hamburgueres e chachorros da casa, há ainda uma grande variedade de molhos e acompanhamentos, dispostos em uma bancada do tipo selfservice. Aceita cartões e débito e crédito. A partir de R$ 7,00

Tr a ille r d o C hic o

No final da Rua São Clemente - Botafogo Diversas combinações diferentes para você montar o seu podrão, atendimento rápido e um monstro de 9 carnes são o diferencial do pequeno trailler do chico. R$ 6 a R$ 17

Ke ll’s B u r ge r

R. São Francisco Xavier (esq. Av. Heitor Beltrão) O trailler fica bem em frente à Igreja S. Fco. Xavier, próximo à saída do metrô, e fica aberto a madrugada toda. Tem “estacionamento”, atendimento rápido e simpático, hamburguers, linguiças e salsichas de qualidade e preços convidativos. Os molhos são um caso à parte. Ao pedir um simples rosé ou uma maionese, você entende a fama desse podrão na região. R$3,00 a R$10,00

S M L a nc he s ( S imo ne )

Largo do Verdun - Grajaú A van amarela já virou ponto de encontro nas noites do Grajaú. O diferencial está no cachorro-quente, feito na hora, com os legumes do famoso molho feito na chama e refogados no azeite, uma delícia! Podendo escolher entre salsicha ou linguiça. SM lanches também possui o serviço de delivery. R$5,50 a R$10,00

batata frita

hamburgueres, sanduíches

sucos, vitaminas, açaí

caldos

cachorro quente

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SO L A N C H E S ( o u S O L A N GE )

Rua B-9, s/n – Vila do Pinheiro – Complexo da Maré Desde os anos 90 que a lanchonete é point dos moradores da Vila do Pinheiro arredores, desde o pré night até a larica depois do baile. Seus diferenciais são molho de maionese especial fabricado pela própria Solange, que já até chegou ser roubado pela concorrência, seu bacon torradinho, e seu pão semi-dormido batata semi-murcha que dão um gosto especial aos sanduíches. R$3,00 a R$8,00

e o a e

Bir a s D o g

Rua Carvalho de Sousa - Madureira, Próximo ao Viaduto Negrão de Lima Estrategicamente posicionada para atender ao público que sai do famoso baile do Viaduto, essa barraquinha de lanches sempre fica movimentada. A madrugada é toda dela, sai dali apenas quando está amanhecendo. R$3,00 a R$8,00

Lo b ã o L a nc he s

Rua Padre Manoel de Nóbrega - esquina com Av Dom Helder Câmara - Piedade R$ 5,00

Alve s B a t a t a

R. João Vicente - Marechal Hermes em frente ao ponto final do 737 R$ 4 - R$ 15

Alf a e Ôme ga

Rua Patagônia (próximo ao nº 77) - Penha Especialidades: o sanduíche Alfa e Ômega, os sucos de maracujá e morango ao leite e o açaí. R$3 - R$10

Ca c ho r r ã o d a Vio la nt e

Rua Pernambuco 233 - Engenho de Dentro É famoso na região pelo cachorro-quente de 34 cm e preço barato. Antes ao lado do Engenhão, até jogadores famosos se tornaram frequentadores. Além do cachorrão de linguiça, salsicha e frango, lá você também encontra mais 14 tipos de sanduíches saborosos. Abre a partir das 18h, de terça a domingo. R$ 5,00 a R$15,00

Le a nd r o L a nc he s

Rua Piraquara - Realengo R$ 8

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A le x a L a nc he s -

Rua Marcos de Macedo de esquina com Est. do Camboatá Fartura em bacon, calabresa e um molho especial que só o Alexa tem. O cheirinho é irresistível e a melhor parte que essa fartura custa muito barato. R$ 4

S u p e r S a nd u ic he r ia

Praça do Grego - Ilha do Governador Não é barato, mas é sinistro! Vende um sanduíche que leva 7 carnes de 200g. 1,4 kg só de carne e vem servido em uma telha. Tem também açaí de 2L R$ 10 a R$65

S r. Z é d a Ko mb i / B ar ra ca da Preg ui ça

Largo da Preguiça - Curicica O Sr. Zé é conhecido, por estacionar sua kombi azul de terça a domingo no Largo da Preguiça. Servem hambúrgueres, cachorro-quente e refri geladinho. Recomendamos o Big X tudo!!! R$3,00 a R$12,00

C a ld o d a Tia d a L a p a

Avenida Mem de Sá, s/n˚ Desde 2001 a Dona Valéria vai salvando as noites dos boêmios da Lapa,com seus caldos: Sopa de Ervilha, Angú a Baiana, Caldo Verde, Dobradinha e Feijão Amigo são servidos sempre quentinhos e com opcão de torradas, azeite, molho de alho e molho de pimenta artesanal. O Feijão Amigo, além de ser muito saboroso, vem com torresmos crocantes e couve (cortada fininha) temperada. Dona Valéria fica de sexta a sábado, das 20:00 até a madrugada. R$ 6,00 a R$ 8,00

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PAULO VELOZO

WWW.OFICINAITSU.COM.BR

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playlist Quando se fala em poeira, quais músicas vêm à sua mente?

foi com esta pergunta que a Revista Retina iniciou a construção de sua primeira playlist. Com participações como Fabiano Moreno e Crente Crew trazemos como destaque dessa edição o inigualável e psicodélico Serguei. Dê um olhada e monte a sua.

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Serguei, roqueiro brasileiro, teve este apelido adquirido na infância, pois um amigo russo não sabia pronunciar Sérgio, seu nome de registro, lhe chamando então de “Sergei”. Apesar de não ser tão lembrado assim no cenário do rock nacional, ele fez parte da sua história, principalmente nos anos 70. Em plena ditadura militar gritou publicamente para um Brasil calado e com fomento de voz um “viva à liberdade e ao rock”. Serguei fez shows em duas edições do Rock in Rio: Rock In Rio II (1991) e Rock In Rio III (2001), e fez uma aparição como espectador no Rock in Rio IV. Nos últimos anos, o cantor tem participado de diversos programas na televisão. Serguei também é muito lembrado por seu envolvimento com a cantora Janis Joplin. Ele a conheceu no Festival de Woodstock, em Long Island e ainda conheceu Jimi Hendrix em Las Vegas. Reeencontrou Janis em 1970 para uma canja em seu show na boate New Holliday, no Porão 73 no bairro do Leme, Rio de Janeiro. Nesta ocasião ela estremeceu o local cantando ‘Ball and chain’ Considerado o roqueiro mais antigo do Brasil, Serguei faz shows até hoje ao lado de sua atual banda, a Pandemonium desde 2008 e administra o museu do Rock instalado em sua residência em Saquarema. Lá, você encontra peças de roupas, discos, prêmios, livros, cartazes, filmes em VHS e outros materiais sobre a vida do cantor.

1 - Stairway to Heaven - Led Zeppelin 2 - Lucy in the Sky With Diamonds - The Beatles 3 - Sympathy For The Devil - Rolling Stones 4 - Mamae eu Quero - Carmen Miranda 5 - Maneiras - Zeca Pagodinho

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marcelo ghizi, designer

1 - Long, long, long - The Beatles 2 - Cucarachas Enojadas - Tito & Tarantula 3 - O Doce e o Amargo - Secos e Molhados 4 - Sangue de Barro - Chico Science e Nacao Zumbi 5 - Clint Eastwood - Gorillaz

FABIANO MORENO, músico guitarrista do BNegão & Seletores de Frequência 1 - Il Buono il Brutto il Cattivo - Ennio Morricone 2 - The Straight Story - Angelo Badalamenti 3 - If You've Never Been in Love John Lee Hooker 4 - RV - Faith No More 5 - Chicago breakdown - Jelly Roll Morton

GUILHERME ROCHA, inspetor escolar 1 - Nao toque no ungido - Damares 2 - Poeira da Estrada - Andrea Fontes 3 - Pintou Sujeira - Exaltasamba 4 - Sera que e Amor - Exaltasamba 5 - Eu fui Comprado - Fernandinho 116


crente crew, grupo de graffiti/rap

DEDO, coletivo musical

1 - Humus - Crente Crew 2 - Isso e Crente Crew - Crente Crew 3 - Amanhecer - Crente Crew 4 - Os Pretos - Movimentos Enraizados 5 - Cinza Sujeira - Mc Coe, Aira e Acme

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1 - Flashback Repositor 2 - Outer Limits Recordings - Driving at Night 3 - Matrix Metals - Tanning Salon 4 - Explorers - That Beneath of Realms Fermenting 5 - James Ferraro + Sam Meringue + 90210 117


L i l i ar a No meu caso, sendo diarista é ao meu favor a poeira, porque sem ela não há mão de obra. Geralmente, de 15 em 15 dias eu tenho vários lugares para tirá-las (poeira), que está é meu ganha pão. No entanto, se deixa-las acumuladas em um certo tempo será prejudicial a saúde de qualquer pessoa no tocante a respiração e alergia, podendo até levar a morte.

Alice

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Sei que o assunto é poeira, mas não sei o que isso tem a ver com o que minha família costuma achar graça das minhas manias. Meu nome é Ana Alice, tenho 75 anos bem vindos MESMO e também tenho a sorte de minha família ser um tesouro que me dá muito amor e carinho. Assim sendo, vamos às minhas manias. Não tenho medo de morrer, mas sim de dar trabalhos aos filhos e netos. Morrer todos nós vamos, tive uma vida boa procurando sempre ser correta. Desse modo acho que Deus me acolherá. Faço só alguns pedidos caso perca a consciência, e é isso que os meninos acham graça. Se eu não puder falar quero que me mantenham limpa e cheirosa, muito cuidado com o hálito e com os xixis. Quando chegar minha, hora vaporizar meu caixão com algo que cheire bem. Quando meu marido ainda era vivo, tinha uma lista para manter a casa em ordem como eu gostaria. Ai estão minhas birutices que minha família acha graça, mas eu acho normal. Esqueci: Não precisam me levar pra passear com cobertor xadrez nas pernas.


olhares A poeira em perspectiva

A poeira sempre me perseguiu, não só ela mesma material, mas simbolicamente através da minha mãe. Todo asmático tem por habito ser superprotegido, o que faz você ficar mais asmático ainda, você é literalmente sufocado por ela. Eu fiquei com um asco, um nervosinho de que eu não consigo... Talco, pós.... Tudo que se relaciona a poeira e ao que a poeira pode provocar me dá nervoso. É algo tão difícil pra mim, virou algo psicológico, principalmente quando eu era garoto. Quando viajamos e a casa ficava fechada, minha mãe anunciava: “nossa a casa tá toda empoeirada.” Eu já começava a passar mal na hora. Quem tem asma sabe disso. É horroroso. Você fica arriado na mesma hora. Era engraçado que ando a gente viajava e ia pra praia, eu me desligava e já me sentia bem, mas era só entrar no carro que minha mãe começava “ a casa deve estar empoeirada, o bolor da poeira”. E eu que sempre fui muito imagético já tinha esses como vilões na minha cabeça. Se eu personificasse a poeira seria a barata nojenta feita por um animador bem conhecido em comerciais de publicidade, Valdecir. Eu desde criança imaginava que a poeira era da gangue dessa barata que era cheia de poeira. Há também pessoas, seres humanos poeira. São pessoas que você não dá atenção porque elas te provocam reações que me fazem chegar em casa asmático. Tem pessoas que me remetem a poeira que me deixam com essa mesma sensação asmática.

Carlos Machado 119


Zul mi ra Gi l A poeira pra mim é como se fosse um exército de micro-organismo que esperam o momento de distração pra atacar. Desde pequena sonhava com ácaros se multiplicando e multiplicando e tacando lixo

e poeira em mim até me cobrir toda. Pra quem é alérgico a poeira é quase que uma arma letal. Quando chego em um ambiente com poeira, n ã o preciso nem vê-la ou o u v i r alguém falando que tem poeira. Eu simplesmente a sinto e da pior maneira. Já começo a espirrar, já começo a me sentir fraca, meus olhos ficam vermelhos e coçam muito. Ela acaba comigo de uma forma... Hoje por exemplo, pensei que era gripe, mas do jeito que meu olho coço já sei que é ela e já sei onde ela me atacou. Acho que depois que eu tive meus filhos que minha alergia agravou. Eu trabalho o dia todo com processos, diários de contabilidade e pode imaginar que nem todo mundo pensa em fazer limpezas nos livros que entregam a prefeitura. E n t ã o . . . Até no trabalho eu sou atacada por ela. Não é que eu viva sempre morrendo por causa de poeira. Tenho minhas medicações, mas as vezes ela consegue avançar minhas barreiras e me ganhar nessa guerra.

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Bem, a poeira é um grande inimigo não só das pessoas que tem alergias, mas também de quem trabalha em bibliotecas. Eu já trabalhei em algumas e em todas elas, por mais que se faça uma limpeza constante, sempre tem aqueles locais onde aglomera mais poeira, na maioria das vezes são aqueles livros que quase não são consultados ou emprestados, aí ficam muito tempo guardados e acabam sendo prezas fáceis para ela. A poeira na minha vida sempre me “acompanhou”, já que trabalhei em escritórios de advocacia, arquivos de empresas grandes e em grandes bibliotecas, ou seja, não tem como fugir, ela sempre esteve junto comigo, por onde quer que eu vá sempre tem uma poeirinha para limpar. Acredito que ninguém goste da poeira, sem dúvida é um visitante que ninguém gostaria de ter, seja em casa ou no trabalho.

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