UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ARQUITETURA PAISAGEM E AMBIENTE
TP1 - TRABALHO PRÁTICO 1
Bárbara Porfírio Costa Camila Renata Félix de Oliveira Camilla Cássia Fernandes Alves Carolina Furtado Pereira Guilherme de Paula Cunha Marina Senra Prado Raphaela de Souza Alves Professor João Júlio Vitral Amaro
Belo Horizonte 2014 1.
Introdução
Este trabalho consiste no exame do sítio natural correspondente á área delimitada pelo retângulo formado pelas vias: Afonso Pena; Getúlio Vargas; Cristóvão Colombo, Bias Fortes e Álvares Cabral. Este sítio natural deve ser examinado na situação anterior á definição das quadras propostas por Aarão Reis. Para isso foram analisados antigos registros de mapas da hidrografia e do antigo arraial. Avaliamos criticamente a proposta de Aarão Reis quanto ao seu traçado urbanístico, dimensões das vias, quadras e lotes, orientação solar, usos privados dos lotes, praças e interseções.
LIMITES DO SÍTIO EXAMINADO
2.
Exame do sítio natural (Camila e Guilherme)
3.
Traçado urbanístico (Bárbara)
4.
Dimensões - caixa de rolamento (Rapha)
5.
Tamanho das quadras e lotes (Camilla) No planejamento da cidade de Belo Horizonte de Aarão Reis era dividida em
quadras regulares de dimensão 120m x 120m, com ruas largas que se cruzam em ângulos retos, e por algumas avenidas que as cortam em ângulos de 45º, formando quadras triangulares. Os quarteirões que não estavam reservados para prédios
públicos, eram divididos em 24 lotes de 600m² cada. As medidas dos lotes variavam de acordo com a sua posição - 10x60m e 15x40m no meio dos quarteirões e 20x30 nas esquinas. Já os quarteirões triangulares eram divididos em 3 ou 4 lotes retangulares com área de 576m² e 3 lotes triangulares nas extremidades com áreas de 800m², 700m² ou 560m², dependendo da posição do quarteirão no traçado.
PLANTA CADASTRAL DE BELO HORIZONTE - 1942
A planta da nova capital foi apresentada por Aarão REis em 1895 e em sua descrição enfatiza as características que possibilitam a boa circulação, higiene, conforto e a beleza: “(…) a planta submetida à aprovação do governo demonstra cuidadoso estudo e detido exame da topografia do terreno. (…) Foi organizada a planta da futura cidade dispondo-se na parte central, no local do atual arraial, a área urbana de 8.815.382m², dividida em quarteirões de 120×120m, pelas ruas largas e bem orientadas, que se cruzam em ângulos retos e por algumas avenidas, que as cortam em ângulos de 45º. Às ruas fiz dar largura de 20m, necessária para a conveniente arborização, a livre circulação dos veículos, o tráfego dos carris e os trabalhos de colocação e reparações das canalizações subterrâneas. Às avenidas fixei a largura de 35m, suficiente para dar-lhes a beleza e o conforto que deverão, de futuro, proporcionar à população.” REIS, Aarão. Ofício n.26 de 23 de março de 1895, Capital. In: Revista Geral dos Trabalhos, vol. II: Comissão Constructora da Nova Capital. Rio de Janeiro: H. Lombaertes & C., agosto de 1896, p.59.
Tendo em vista todo esse perfil das quadras e lotes, podemos observar que mesmo afirmando que houve uma preocupação com o exame da topografia do terreno, os lotes foram divididos da mesma maneira em todas as quadras. Como cada quadra possui suas peculiaridades, as divisões dos terrenos deveriam ter as levado em conta para que cada lote pudesse aproveitar melhor o terreno. Ainda que buscava-se uma cidade “moderna”, os lotes ficaram com uma fachada frontal estreita e muito alongados, refletindo uma postura bastante conservadora, comum em outras cidades do Brasil. Deste modo, esta forma de parcelamento dificulta o afastamento lateral nas implantações das habitações, ignorando os problemas relacionados à implantação e higiene dos edifícios. Embora estreitos, esses quarteirões possuem um área grande, pois a forma quadrada possui um perímetro escasso para uma superfície extensa. Os lotes das quadras triangulares possibilitaram uma ocupação com edifícios que aproveitaram a situação de fachadas extensas voltadas para a rua.
6.
Orientação solar das edificações (Marina)
7.
Avaliar proporções das áreas (vias, praças, interseções e usos privados (Carol)
8.
Observações críticas sobre a ocupação urbana em relação à questão da água (Acho que todo mundo pode fazer essas observações ne ?)
TP1: 2 etapas, A e B TP1. B – Exame do sítio natural anterior à definição de quadras proposta por Aarão Reis. Para isso deverão ser observados os antigos registros ainda existentes (mapas antigos com a hidrografia e a localização do antigo arraial, como o já postado no Moodle). Considerações críticas sobre o traçado urbanístico, dimensões (caixas de rolamento) das vias, tamanho das quadras e lotes, orientação solar das edificações resultantes do traçado. Avaliar a proporção das áreas reservadas para vias, praças, interseções e usos privados (lotes). O texto relativo a esta parte do trabalho deverá ser apoiado basicamente nos principais conceitos tratados nos Seminários 1 e 2. (Resultados a serem apresentados até 29/09/2014).
TP1.B – Observações críticas sobre a ocupação urbana da área considerada tendo em vista os conceitos presentes nos textos do Seminário 3. (Entrega até 13/10/2014).