capa 001
003
PROJETO INTEGRA HABITAR – CONECTAR – DIVERSIFICAR
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO – TFG Pontifícia Universidade Católica De Campinas Centro De Ciências Exatas E De Tecnologias Faculdade De Arquitetura E Urbanismo ORIENTADOR Prof. Me. Pedro Paulo de Siqueira Mainieri GRADUANDA Carolina Leonhardt De Campos Ferranti
CAMPINAS, 2018. 005
Agradeço a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para a conclusão deste trabalho, principalmente meus amigos mais próximos e a minha chefe em especial, que me auxiliaram com suas palavras e apenas me ouviram nos momentos em que eu mais precisava. Ao Professor Pedro Paulo pela paciência, generosidade, dedicação, por ser prestativo em todos os momentos e por me acompanhar nesse trajeto dando sempre muito apoio e contribuindo de forma grandiosa e única para o meu conhecimento. A minha família que sempre me iluminou e guiou nos caminhos da vida.
007
O distrito de Perus, em São Paulo, possui habitações irregulares e de baixa qualidade construtiva em áreas de topografia acidentada. Com a chegada do Novo Entreposto de São Paulo, haverá ainda mais vulnerabilidade e necessidade urgente de moradias que atendam a população da periferia.
resumo
O projeto visa conceber a transição entre a área consolidada de Perus e o NESP de modo a integrar o projeto em caráter local, gerando um compromisso com a paisagem da periferia e amenizando os impactos gerados pela implantação do novo centro de logística. A criação de blocos híbridos em quadra aberta de uso misto concebe, não apenas residências, mas também vias públicas, pátios internos, ambientes comerciais e áreas verdes qualificadas. Palavras-chave: habitação, periferias urbanas, arquitetura, Perus, quadra mista, quadra aberta, NESP.
009
sumário 013- Introdução. 019- Objetivo. 025- Diretrizes. 029- Projeto. 039- Implantação. 059- Vila Queixadas. 067- Vila Trabalhadores. 077- Edifício Uso Misto 1. 087- Edifício Uso Misto 2. 097- Referências Bibliográficas.
011
Atualmente no Brasil, as produções habitacionais de baixa renda, vistas de forma meramente quantitativa e especulativa, são desvinculadas da noção de cidade. As questões numéricas de área e localização correspondem a produção em massa e apartamentos pequenos.
introdução
A habitação é um direito do cidadão, que é reconhecida mediante Emenda Constitucional 26/2000, que inclui no artigo 6º da CF, o direito à moradia, “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (EC, 26/2000). “Periferias... No plural. Isto porque são milhares de Vilas e Jardins. Também porque são muito desiguais. Algumas mais consolidadas do ponto de vista urbanístico; outros verdadeiros acampamentos destituídos de benfeitorias básicas. Mas, no geral, com graves problemas de saneamento, transportes, serviços médicos e escolares, em zonas onde predominam casas autoconstruídas, favelas ou aluguel de um cubículo situado no fundo de um terreno em que se dividem as instalações sanitárias com outros moradores. ” (KOWARICK, 2000, p.43)
fonte: acervo prรณprio.
013
Refletir sobre direito à moradia requer pensar além do construído, do físico, deve-se envolver o plano do vivido, a experiência, o espaço e o tempo que se apresentam entrelaçados por atividades divididas e circunscritas no habitar, pois enquanto ato social vai desaparecendo, ao mesmo tempo em que, a habitação vai se reduzindo a um mero abrigo. O Brasil é o país que possui um dos maiores índices de desigualdade social do mundo, isso reflete uma triste realidade na qual o poder público não consegue garantir os direitos básicos (saúde, moradia, educação, segurança, transporte, saneamento, lazer, etc.) a toda população nacional. Perus passa por uma intensa transformação da sua paisagem, inserido no momento da metrópole, perde suas características de bairro e se transforma em um distrito dormitório. Com uma nova forma de viver, muito mais ligada as necessidades da metrópole, deixa de lado toda sua história, restando apenas à memória dos mais velhos como forma de resgate do seu processo de formação. O distrito sofreu na década de 1990 um processo mais intenso de periferização com a chegada dos conjuntos habitacionais COHAB e CDHU, esse processo resulta do crescimento metropolitano que tanto expulsa população das áreas de valorização como atrai uma população vinda do campo e também de pequenas cidades, que se instalam como podem na metrópole e acabam se aglomerando nas enormes periferias. (ALMEIDA, 2011).
O maior desafio é a busca por uma solução lógica e racional capaz de demonstrar que a qualidade de uma habitação não deve corresponder ao padrão econômico de uma determinada classe social, mas sim aos conhecimentos técnicos do atual momento histórico, rompendo um paradigma antigo e dominante de que as casas populares devem ser marcadas pela simplicidade de suas construções. Givoni (1998) relaciona alguns fatores da estrutura da cidade que influenciam no clima urbano, dentre eles os principais são a localização da cidade na região, o tamanho da cidade, a densidade da área construída, uso do solo urbano, altura dos edifícios, orientação e largura das ruas, subdivisão dos lotes, os efeitos dos parques e outras áreas verdes e o desenho especial de detalhes dos edifícios que afetam as condições externas. De acordo com Santos, somado ao recurso da quadra aberta, a exploração do uso multifuncional nos edifícios, principalmente no pavimento térreo, permite que a permeabilidade espacial proporcionada pelo recurso da quadra aberta esteja atrelada a uma variedade de usos e públicos que pode conferir ao espaço urbano maior vitalidade ao proporcionar maior circulação e principalmente maior permanência de pessoas no espaço público. O incentivo à diversidade de funções colabora inclusive para a conformação de uma maior variedade da paisagem urbana ao nível dos olhos, estimulando a conformação das características elencadas por Gehl (2013) que
conferem suavidade e variedade aos espaços de transição entre edifício e o espaço público: variações de ritmo, texturas e detalhe; transparência; ativação dos sentidos do corpo humano através dos cheiros, sons, temperatura e movimento. “Quadra aberta permite reinventar a rua: legível e ao mesmo tempo realçada por aberturas visuais e pela luz do sol. Os objetos continuam sempre autônomos, mas ligados entre eles por regras que impõem vazios e alinhamentos parciais. Formas individuais e formas coletivas coexistem. Uma arquitetura moderna, isto é, uma arquitetura relativamente livre de convenção, de volumetria, de modenatura, pode desabrochar sem ser contida por um exercício de fachada imposto entre duas fachadas contíguas.” (PORTZAMPARC, 1997.) Afim de trazer melhorias para a rede logística e a cadeia de abastecimento alimentício da cidade de São Paulo, a chegada do NESP, também conhecido como o novo CEAGESP, prevista para 2021, trará uma oportunidade estratégica de desenvolvimento urbano. Já que o metabolismo urbano da cidade opera de forma disfuncional na maior parte de seu território, sendo o abastecimento e distribuição com ineficiência e desperdício, Perus, por estar localizado na melhor rede de distribuição logística e de transporte de cargas do país (rodovias Bandeirantes e Anhanguera, Rodoanel, ferrovia, o futuro Ferroanel e ainda o potencial futuro aeroporto de Caieiras) abrigará, o polo logístico na borda da cidade sendo ele completamente privado.
fonte: MOVIMENTO FABRICA PERUS
015
Com a sua chegada no território, o empreendimento promete trazer a região de Perus: geração de empregos (estimativa de 30mil vagas), em consonância com a estratégia apontada no PDE de levar oportunidades de trabalho às regiões periféricas predominantemente residenciais, cooperando na redução dos movimentos pendulares (residência‐trabalho) que tanto afligem a população, especialmente a mais necessitada, não deverá haver transtornos à região: os caminhões terão acesso exclusivo pela Rodovia dos Bandeirantes e não circularão no bairro; haverá centralidades internas com todos os serviços e facilidades aos trabalhadores do NESP; promove sinergias para a vocação da região que vem se preparando recentemente para receber um grande polo logístico(p.ex.: Perus possui uma ETEC com ensino de logística). O Projeto é parte integrante de um polo logístico e comercial de grande porte denominado Polo de Abastecimento, Distribuição e Entreposto de São Paulo (“PADESP”) que, no médio prazo, terá uma dimensão estruturante em comércio, armazenagem e distribuição de alimentos para a Grande São Paulo e outras Cidades. O NESP será composto por um conjunto de edifícios e áreas não construídas, destinados a promover a interação entre produtores, comerciantes, operadores logísticos e consumidores de produtos alimentícios. Para o devido funcionamento dos usos principais do NESP relacionados às atividades de abastecimento, logística e indústria.
Um entreposto com esta grandeza configura‐se como uma “cidade dentro da cidade”: possui uma dimensão e funcionamento interno que se assemelha ao de um centro urbano. Pessoas locomovem‐se até ali todos os dias e, ao adentrar este espaço, trabalham, alimentam‐se, descansam, consomem e utilizam‐se de serviços cotidianos, sem precisarem sair deste grande empreendimento para atender suas necessidades diárias até o fim do expediente. É importante que se constituam espaços de usos acessórios onde estas atividades se desenvolvam, permitindo o estabelecimento de usos e relações de convivência com alguma urbanidade e que atendam os trabalhadores e clientes, e usuários, encravados em meio a uma enorme área que abriga um conjunto de atividades extremamente especializadas, relacionadas ao Entreposto: são as centralidades internas de serviços que recebem os usos complementares do NESP, conforme ser verá adiante na estratégia de ocupação (cenários).
fonte: MOVIMENTO FABRICA PERUS
017
Quais estratégias espaciais na quadra urbana podem ser adotadas para gerar maior qualidade de vida? Como conciliar a ação do mercado imobiliário na espacialidade do bairro de forma mais humanizada, com calçadas movimentadas para caminhar, permanecer, se divertir, combinando o uso residencial com o comercial, de serviços e áreas de permanências? Projetar um modelo de quadra aberta de uso misto, que diminua os impactos causados pela implantação do Novo Entreposto de São Paulo, com a malha urbana existente de Perus.
objetivo
O desenvolvimento procura moldar edifícios que produzam sensação de intimidade sem perda de amenidade. Isto é, utiliza-se de pátios internos que ora são grandes áreas de permanecia com caráter público, ora são pequenos ambientes de convívio privativo, com atributos da vida suburbana, jardins, convivência em diferentes cotas de nível e uma comunidade de bairro. O objetivo consiste na idealização de unidades habitacionais compactas que possam dar mais liberdade aos moradores, com espaços livres dentro de suas dependências sem deixar de lado, a qualidade visual e volumétrica das mesmas. A preocupação com a fachada, com a identidade, a heterogeneidade e a descompactação do tradicional modelo da casa retangular, são pontos chaves na elaboração da proposta.
019
CROQUIS DE CONCEPÇÃO 021
023
O projeto foi realizado no bairro Perus na cidade de São Paulo. Entre o Novo Entreposto de São Paulo e a zona urbana existente, onde o uso é predominantemente residencial. Fica próximo a horta comunitária e faz conexão entre a nova estação CPTM e a Escola Técnica de Perus. O terreno tem sua parte frontal para a rua existente Antônio Candido de Alvarenga.
diretrizes
O distrito ocupa uma área total de 2390 hectares, com uma população aproximada de 83.824 habitantes. Possui densidade demográfica de 35,07 hab./ha, uma taxa anual de crescimento de 0,92% e uma população prevista para 2030 de 96.991 habitantes. Perus apresenta 302 unidades habitacionais em zona de risco, aproximadamente 1200 pessoas a serem realocadas de acordo com a prefeitura de São Paulo.
025
รกrea do projeto
proposta urbana
recorte de intervenção área do projeto
percurso ônibus
O bairro de Perus sempre esteve intimamente ligado ao processo histórico de São Paulo, num primeiro momento, ele teve importância por servir como pouso de parada das tropas que seguiam para o interior, posteriormente ele teve importância por trazer uma das fábricas mais modernas da época, a Fábrica de Cimento Portland Perus que, Estrada de Ferro São Paulo Railway, foi a que provocou a maior transformação no lugar. A vida de bairro é estabelecida a partir da vida imediata que é traduzida com a prática social, pela disposição de caminhos, ruas, casas. Podemos reconhecer o bairro e é esse conteúdo que o define. Em Perus vemos ser destruídas essas características com a introdução da vida urbana, não há mais o reconhecimento com o lugar, imperando agora o estranhamento por parte da população mais velha e a sua fragmentação por parte de jovens e imigrantes, não possuindo mais o referencial, já que o bairro agora se tornou apenas uma parte da metrópole. (ALMEIDA, 2011.) 027
A área escolhida para implantação do projeto visa construir uma costura entre o Novo Entreposto de São Paulo a zona urbana de Perus. Minimizando as influencias diretas gerados pela implantação de um equipamento de porte grande e características diversas de um distrito localizado em periferia. Foi necessário entender as individualidades do distrito e também do NESP para integra-los da maneira menos impactante para a população.
PROJETO
O projeto tem como premissa romper com o monofuncionalismo fragmentado, que não estimula o ato de caminhar, o permanecer e nem as trocas sociais. Aspectos essenciais presentes no histórico de Perus que se perderam com o crescimento e desenvolvimento da cidade de São Paulo. Uma das preocupações, desta maneira, é, a verticalização acompanhada da densidade construtiva, que deve ser planejada visando a otimização do solo, mas pensando na funcionalidade e vitalidade urbana. Considerou-se a paisagem humana, as relações de vizinhança, a vida ao nível dos olhos. Os térreos das edificações atualmente, são predominantemente fechados ou separados por muros altos cegos. O projeto rompe com essa realidade decorrente do uso residencial multifamiliar que, não combina com outros usos no térreo. Criou-se um passeio ativo e convidativo para os habitantes, que aprimoram a sustentabilidade ambiental, enriquecem a qualidade de vida e promovem equidade e inclusão social.
รกrea do projeto fonte: GOOGLE. Google Earth. Version pro. perus. Acesso em 14 de junho de 2018. 029
A quadra utiliza de espaços privados, semi-privados, semi-públicos, espaços públicos atraentes e redes de ruas bem conectadas que estimulam o permanecer e caminhar. A cultura do medo disseminada, incentiva a incessante busca pela segurança e vê os altos muros, cercas elétricas e câmeras como únicas soluções para a violência, de modo a acreditar que essa é a única forma do habitar na urbe. Vivenciar a cidade, só se for apenas como passagem em vias expressas dentro de seus automóveis com ar-condicionado e vidros fechados. Nesse cenário nefasto, a importância do profissional arquiteto e urbanista é fundamental para demonstrar tecnicamente outro olhar sobre a organização espacial mais humanizada. (SUASSUNA, M.; LACERDA Jr., L.; AIRES, I. 2017) A quadra possui baixo gabarito, respeitando as construções existentes ao entorno e trazendo equilíbrio visual na escala do pedestre. Os edifícios possuem unidades que assentam na topografia e respeitam a forma natural do terreno. Desta maneira a quadra hibrida mesmo que contemporânea, encaixa de maneira sutil e respeitosa em uma zona conflituosa, amenizando os impactos criados com o crescimento descontrolado da periferia. Foram projetadas duas ruas, uma que conecta a nova estação da CPTM com a Escola Técnica, a qual possui caráter pedonal, e outra no sentido Perus consolidada/ Horta Comunitária, que conta com a circulação de transporte público, atraindo a população para os comércios locais.
As edificações voltadas para essa via são de uso misto, com térreos ativos, comerciais e de serviços com pavimentos superiores residenciais. Desta maneira, a proposta estimula o ato de caminhar, com a criação dos eixos de pavimentação diferenciada e calçadas alargadas, reduzindo a dependência do automóvel para pequenos deslocamentos, contribuindo, assim, para uma mobilidade urbana mais sustentável. A pesquisa de origem-destino realizada em 2007, mostra que a maior parcela desloca-se dentro do próprio distrito, 61 % dos residentes em Perus, realizam viagens internas ao próprio distrito. No Distrito de Perus, o segundo destino mais acessado depois dele próprio é a Subprefeitura da Sé com 9%, seguido pela Lapa (8%) e Pirituba, com 6%, os 16% restantes distribuem-se pelas outras subprefeituras. A pesquisa revela um número extremamente baixo de viagens de origem-destino. O principal modo de transporte utilizado pelos residentes da Subprefeitura é o coletivo, responsável por 44% do total das viagens, em seguida, aparece o modo a pé, com 36,4%, o transporte individual com 19,5% e, por último, as viagens de bicicleta, que não correspondem nem a 0,1% das viagens.
horta comunitária bosque de preservação
nova estação cptm
zona consolidada
implantação quadra escala: 1/1.500
031
As residências confrontantes com a rua Antônio Candido de Alvarenga são categorizadas como moradias irregulares pela Prefeitura de São Paulo, desta maneira foram removidas as 302 unidades habitacionais, aproximadamente 1200 pessoas que são realocadas nas novas quadras projetas. A costura entre o NESP e a zona consolidada é de 42.100 m², ou seja 4,21 hectares. Foi proposto um desenho com onze quadras que seguem o modelo do projeto apresentado neste trabalho. As quadras abrigam aproximadamente 1.584 pessoas, número que supre a realocação da população, anteriormente situada em área de risco, e locação dos que chegam com a vinda do NESP. A densidade dessa zona de costura é de 376,25 hab./ha. As 8 diferentes tipologias de habitação, que variam em tamanho de 40 a 108 m² e de um a três pavimentos, desta maneira serão atraídos, naturalmente um grupo misto de habitantes. Foi pensado nesse modelo para residir desde famílias dos novos trabalhadores do NESP, até as pessoas que já habitam Perus. Na mesma gleba, o estudo do caso espacial hipotético considerou noções de integração com o tecido urbano, diversidade de usos e de tipologias, favorecimento aos pedestres e a escala humana no âmbito do habitar. A proposta desenvolve um urbanismo da quadra aberta híbrida que privilegia o caminhar, as pequenas distâncias, as trocas sociais, e a mistura equilibrada dos usos. unidades - 2 pessoas unidades - 3 pessoas unidades comerciais unidades habitacionais unidades - 4 pessoas unidades - 6 pessoas
i uso das edificações
tipologias habitacionais
uso misto 1
COBERTURA IMPLANTAÇÃO
vil
a d os que ixa das
us
o
mi
st
o
2
vila dos trabalhadores
implantação recorte escala: 1/700 033
A unidades habitacionais possuem uma gama de diferentes tipologias para servir às mais distintas necessidades. Desta maneira atrairão naturalmente um grupo misto de habitantes, um fator importante na criação de um ambiente urbano vivo. As edificações são estruturadas com concreto, por possuírem pequenos vãos e ser uma técnica construtiva simples a qual pode-se utilizar da mão de obra local. Visualmente se adequa a Perus sem soarem agressivas.
Projetado em um terreno marcado por um declive de nove metros em direção ao Novo Entreposto de São Paulo, o projeto vence os desníveis de maneira sutil, propondo construções que se assentam em uma de suas cotas mais baixas e desde lá desenvolve-se com outros pavimentos. Desta maneira as edificações possuem mais de um acesso em mais de um nível.
035
CROQUIS DE CONCEPÇÃO 037
implantação
039
O desenho da quadra aberta se dá a partir de eixos que conectam a zona consolidada de Perus com a Horta Comunitária e a nova estação da CPTM com a Escola Técnica. As edificações, para melhor aproveitamento do espaço, foram, em grande parte, alinhadas paralelamente com o desenho das calçadas. Desta maneira criou-se 4 grandes pátios. O conjunto Projeto Integra conta com quatro edifícios de uso misto que, se articulam com as calçadas e com os pátios internos que conformam a quadra. Cria-se uma integração da área do terreno com os vazios internos e com a passagem de pedestre por dentro do conjunto. “É por meio dos vazios urbanos que conhecemos e formamos uma opinião sobre a qualidade de uma cidade. ” (ABBUD, 2010.) O edifício de uso misto 2 desloca-se desse alinhamento das calçadas criando uma área verde de permanecia tanto para os pedestres (público) quanto para os habitantes do bloco (privado). Nesse mesmo edifício utilizou-se de uma forma em “L” que guarda e afirma o desenho de uma praça interna pública. Os outros três edifícios também se deslocam da conexão direta com as calçadas, criando uma margem, para o desenvolvimento de áreas verdes convidativas ao ingresso e marcantes ao olhar do pedestre. Além de suprirem a carência por áreas de convívio em toda Perus.
041
A localização das salas comerciais se dá próximas a rua de circulação do transporte público, já que este reforça a circulação de pessoas na região em questão. Desta maneira, a quadra possui da esquerda para direita um caráter mais público para um mais privativo. Questão que se reforça com o desenho das edificações e das praças internas. As disposições dos edifícios formam duas praças internas ao bloco. Essas praças se dão nas cotas 790 e 789. A primeira praça está localizada entre os edifícios de uso misto e possui um caráter público. Todo o comercio dos prédios de uso misto estão voltados para essa praça, o que faz com que a circulação de pedestres seja induzida para a mesma. Esta possui escadarias onde em momentos existem pisadas maiores que possibilitam a permanência e um convivo entre moradores e pedestres. A outra praça, em contrapartida, tem um caráter mais privativo. As Vilas dos Queixadas e Trabalhadores se voltam para este vazio interno, gerando um ambiente mais controlado e reservado aos moradores. Ambas praças contam com arborização e uso de espelhos d’água, qualificando e reforçando o ingresso e permanência nas mesmas. Os edifícios de Uso Misto 1 e 2 se aproveitam da potencialidade da quadra aberta, abrindo suas unidades comerciais para as áreas livres, ampliando as conexões na cota do térreo. Isso ocorre ora na praça interna (cotas 789/790), ora voltada para na via projetada (cota 786).
043
A implantação se dá por uma grande permeabilidade disponível ao pedestre, que possui um térreo livre para circulação, sem maiores obstáculos. A quadra possui quatro acessos, que se abrem para o entorno, um para cada rua que engloba o bloco. Dois deles estão nos níveis 789 e são responsáveis pela conexão dos blocos vizinhos projetados horizontalmente criando um eixo que estrutura e, da forma a quadra. Já os ingressos nas cotas 793 e 786 cortam a quadra verticalmente seguindo o desenho das unidades de entorno, criando um eixo que conecta a rua existente com a horta comunitária, essas entradas são estruturadas por largas escadarias combinadas por rampas que de maneira sutil vencem o grande desnível da topografia. No nível 793, onde se localiza a rua existente Antônio Cândido de Alvarenga, ocorre o ingresso para habitações da Vila dos Trabalhadores. Na cota 790 se dá a entrada as moradias do Uso Misto 2 e da Vila dos Trabalhadores. Por sua vez, os habitantes da Vila dos Queixadas e do edifício de Uso Misto 1 acessam suas residências no nível 789. Por fim, na cota 786 se tem ingresso das salas comercias do edifício de Uso Misto 1 e das unidades habitacionais da Vila dos Queixadas. Entre os blocos da edificação de uso misto 1 criou-se uma quebra de ritmo da edificação utilizando-se de uma cobertura que se desloca do alinhamento predial e cria um “respiro” que se volta para o bosque de preservação.
045
IMPLANTAÇÃO - 786 escala: 1/700
IMPLANTAÇÃO - 789/790 escala: 1/700
047
IMPLANTAÇÃO - 792/793 escala: 1/700
IMPLANTAÇÃO - 796 escala: 1/700
049
RUA PROJETADA
790
789
788
789
EDIFÍCIO USO MISTO 1
PROPOSTA QUADRA VIZINHA 790
89
789
CORTEEDIFÍCIO A-A’ USO MISTO 1 corte aa
VILA DOS QUEIXADAS
escala: 1/400
794
793 790
EDIFÍCIO USO MISTO 2 794
EDIF
793 790
EDIFÍCIO USO MISTO 2
789 786
EDIFÍCIO USO MISTO 1
785
7
RUA PROJETADA
PRO QUAD
CORTE B-B’ escala: 1/400
RUA ANTÓNIO CÂNDIDO DE ALVERENGA
RUA ANTÓNIO CÂNDIDO DE ALVERENGA VILA DOS QUEIXADAS
789
788
787
PROPOSTA QUADRA VIZINHA
787
PROPOSTA QUADRA VIZINHA
789 786
FÍCIO USO MISTO 1
784
788
789
785
784
783
RUA PROJETADA
PROPOSTA QUADRA VIZINHA
783
OPOSTA DRA VIZINHA
051
796
793
OPOSTA QUADRA VIZINHA
793
RUA PROJETADA 790
EDIFÍCIO USO MISTO 2
corte CC
CORTE C-C’ escala: 1/400
792 CIRCULAÇÃO
790 789
786 785 784
EDIFÍCIO USO MISTO 1 RUA PROJETADA
PROPOSTA QUA VIZINHA
053
corte CC
796
794 793
DIFÍCIO EXISTENTE
793
RUA ANTÓNIO CÂNDIDO DE ALVERENGA 790
VILA DOS TRABALHADORES
corte DD
CORTE D-D’ escala: 1/400
790
789
789
786
786 785 784
VILA DOS QUEIXADAS
783
RUA PROJETADA
PROPOSTA QUA VIZINHA
055
As edificações possuem fachadas contínuas, de baixo gabarito, respeitando as edificações existentes do entorno. O desenho da quadra se abre para a zona existente de Perus, convidando os morados a adentrarem no bloco. Criando uma costura entre área construída e o bosque de preservação proposto. O Interior da quadra torna-se visível e, aquilo que era tratado como parcela, abre-se como espaço público articulador.
• • • • • • •
Área da quadra: 5.157 m² Área construída: 4.137 m² Área permeável: 1.020 m² Índice de permeabilidade: 20% Área livre: 1.947 m² Habitantes: 139 pessoas Densidade: 269,53 hab./ha
057
VILA DOS QUEIXADAS
059
Em 1958, os trabalhadores da Fábrica de Cimento Portland Perus recebem a notícia de um aumento salarial que só seria dado com o aumento do preço do cimento. A notícia causou alvoroço entre os trabalhadores, que resolveram entrar em greve, para o aumento do salário em 40 % ou 30%, desde que os patrões se comprometessem a não aumentar o preço do produto. A greve ganhou simpatia e apoio popular em virtude do discurso apresentado pelos trabalhadores. Foi por conta dessa primeira greve que o sindicato dos trabalhadores se fortaleceu. Ganhou a confiança dos operários, que antes desconheciam sua própria força. Para entrar na fábrica, agora, não bastava apenas o aval do patrão. Antes de ser contratado, era necessário passar pelo crivo do sindicato. Após 46 dias, a greve teve seu fim com a assinatura de um documento oficial que garantia o reajuste de 40%. É nesse momento que surge o apelido Queixadas, uma espécie de porco selvagem, remetendo à persistência do grupo. “É o único animal que, quando se sente em perigo, se une em grupo e bate o queixo – daí o nome queixada -, enfrenta a onça ou o caçador. ” Definiu o advogado Nelson Coutinho, durante uma assembleia sindical no cinema da cidade. A Vila dos Queixadas possui dois pavimentos e entradas em suas unidades, ora pela cota 786, ora pela cota 789. As fachadas das habitações possuem volumes soltos criando dinamismo nas mesmas.
Adotou-se o uso de cobogós que mantem a ventilação e a entrada de luminosidade e dão individualidade a Vila. As unidades no nível 786 possuem um jardim verde para auxiliar na iluminação, ventilação e permeabilidade do solo. Já as unidades do pavimento superior, cota 789, possuem varandas que deslocam o ingresso das unidades com sua proximidade direta com a calçada, criando uma área privada antes do total acesso a residência. • • • • •
860 m² construídos 10 unidades habitacionais 30 pessoas Tipologia 1: Unidade para 2 pessoas – 44,50 m² Tipologia 2: Unidade para 4 pessoas – 60,00 m²
VILA 1 - 786
A
6.85
B
3.25
C
6.85
D
E
0.25
6.85
F
3.25
G
6.85
H
1.75
I
6.85
J
1.40
01
7.30
02
03
implantação - nível 786 1 - 789 escala: VILA 1/400
A
6.85
B
3.25
C
6.85
D
E
0.25
6.85
F
3.25
G
6.85
H
1.75
I
6.85
J
1.40
01
7.30
02
03
implantação - nível 789 escala: 1/400
061
A A
B 2.20
C 0.85
D
E
6.85 1.25
A 2.20
2.55
01
01
COZINHA
BANHº
3.75
04
3.15
1.95 05
DORMITÓRIO 2
1.40
1.40 06
06
A
planta tipo - nível 786 escala: 1/100
SALA DE JANTAR
2.35
2.85
05
1.40
SALA DE T.V.
DORMITÓRIO
1.95
04
8.70 2.00
03
8.70 2.00
03
3.15
1.50
1.70
SALA DE JANTAR
1.70
02
2.00
5.70
02
DORMITÓRIO 1
1.65
2.85
3.15
1.65
4.45
2.85
A
A E
A
B
2.55
2.20
C 0.85
D
E
6.85 1.25
2.55
01
3.75
COZINHA
03
1.65
3.60
COZINHA
1.40
3.00 8.70 2.00
SALA DE T.V.
VARANDA
1.65
3.15
5.70
1.70
02
SALA DE JANTAR
DORMITÓRIO 1
1.65
2.85
5.40
D
85 1.25
SALA DE JANTAR
04 2.35
1.40
DORMITÓRIO 2
2.35
3.15
05
BANHº
3.15
1.95
SALA DE T.V.
06
A
2.85
1.10
A
planta tipo - nível 789 escala: 1/100
063
- AA A
B 3.35
8.70 2.00
C
D 1.70
E 1.65
BARRILETE
BANHº
SALA DE JANTAR
VARANDA
789 SALA JAN.
786
corte - a-a´ escala: 1/100
COZ.
065
VILA DOS TRABALHADORES
067
A Vila dos trabalhadores possui três tipologias diversas. A unidade térrea se localiza no nível 790 e é utilizada como terraço pela habitação superior, que é acessada na cota 793. As unidades do último pavimento são acessadas por caixas de escadas no nível 793. Assim como na Vila dos Queixadas utilizou-se um corredor verde interno entre as unidades para qualificar as habitações. Porém na Vila dos Trabalhadores adotou-se os brises fixos, usados como elemento decorativo e com o intuito de impedir a ação direta do sol, porém sem perder a ventilação, além criar uma privacidade das habitações para a rua.
• • • • • •
1.077 m² construídos 18 unidades habitacionais 60 pessoas Tipologia 1: Unidade para 2 pessoas – 41,70 m² Tipologia 2: Unidade para 4 pessoas – 50,00 m² Tipologia 2: Unidade para 4 pessoas – 50,00 m²
VILA 2 - 790
A
B
C
4.80
4.80
D
3.15
F
G
4.80
4.80
H
3.15
I
J
4.80
4.80
8.25
01
02
implantação - nível 790 escala: 1/400VILA 2 - 793
A
6.30
B
6.38
C
6.38
D
6.37
E
6.38
F
6.30
G
4.20
02
8.35
01
03
implantação - nível 793 escala: 1/400
069
VILA 2 - 796
A
6.30
B
6.38
C
6.38
D
6.37
E
6.38
4.20
02
8.35
01
03
implantação - nível 796 escala: 1/400
F
6.30
G
1.65
8.85
05
DO 1.00
06
B 1.35
C
0.50
4.80 0.95
01
E
2.00 08
1.15
04
1.65
0.80
BANHº
HALL
1.65
1.75
2.50
1.20
1.35
03 1.30
DORMITÓRIO
2.60
2.80
4.60
02 8.25
D
1.50
A
07
B
COZINHA
ÁREA DE SERVIÇO
05 06
0.60
2.60
2.00
2.20
1.80
SALA
3.25
B
planta tipo - nível 790 escala: 1/100
071
B B 2.70
D 1.20
E
1.00
4.05
2.55 1.85
SALA DE T.V
03 1.05
0.60
DORMITÓRIO 1
04
COZINHA
1.20
8.85 06
07 1.50
1.50
SALA DE T.V. 3.45
2.60
2.50
08
planta tipo - nível 793
BANHº 1.30
08
TERRAÇO
escala: 1/100
DORMITÓRIO 2 2.35
1.00 07 E
2.55
1.00
DORMITÓRIO 2
06
05
5.20
1.65
8.85
2.55
1.65
05
1.45
1.20
DORMITÓRIO 1
04
02
1.15
BANHº
1.85 1.15
03
SOBE
1.30
C
6.30 1.45
0.50
01
2.55
B 2.70
1.70
02
A
0.95
0.50
01
C
6.30 1.45
4.05
A
1.20
E
A
0.95
SOBE
02
2.55 1.85
1.70
1.30
C
6.30 1.45
D 1.20
0.95
DESCE
1.45
SALA DE T.V.
03 1.15
1.05
DORMITÓRIO 1 0.95
05
COZINHA
1.20
04
06
07 1.50
SALA DE T.V.
2.35
1.00
DORMITÓRIO 2
3.45
BANHº 1.30
5.20
5.20
1.65
8.85
2.55
ÁREA DE SERVIÇO
1.35
0.60
O2
E
0.50
01
BANHº
B 2.70
3.50
D
4.05
C
6.30 1.45
1.00
B
B
COZINHA
O1
B
3.50
08
TERRAÇO
planta tipo - nível 796 escala: 1/100
073
VILA 2 - BB A
TERRAÇO
SALA
790
corte - b-b´ escala: 1/100
C
B
D
E
F
G
17.15 5.45
2.85
2.50
2.85
2.35
1.15
BARRILETE
ÁREA SERV.
COZINHA
SALA DE T.V.
796 SALA DE T.V.
793
793 COZINHA
CIRCULAÇÃO
DORMITÓRIO
075
EDIFÍCIO USO MISTO 1
077
O edifício possui três pavimentos sendo que dois deles são comerciais e o ultimo é residencial. Na cota 786 no encontro entre os dois blocos do edifício o volume se desconecta do alinhamento criando um salão comercial mais longo e uma área de circulação externa maior. Nesse mesmo encontro de blocos, no nível 789, um grande vazio é qualificado pelo uso de mesas dos salões comerciais, pé direito mais alto, e pelo ambiente ter vista para as quadras que o envolvem. Adotou-se uma cobertura leve na área do “cotovelo” do edifício, para proteção da chuva e sol, que é apoiada em quatros pilares e, solta das construções que estão ao seu entorno. Ela cobre além da área aberta projetada para receber mesas, a passarela que conecta os blocos que compõem o edifício. Destaca-se por sua estética e por configurar o ambiente. Produzida em alumínio, possui durabilidade a vida útil longa. A cobertura do edifício possui jogo de volumes que dão ritmo a fachada do prédio. Nas áreas de circulação vertical a cobertura é mais baixa que nas áreas comuns. Fez-se uso do volume da caixa d’água para implementar e reforçar esse ritmo. A escolha pelo elemento vasado nas caixas de escadas laterais permitem um corrente de ar fresco contínua e maior luminosidade. Nas unidades habitacionais adotou-se os brises móveis como solução estética para o edifício. Por se deslocarem na direção horizontal os brises dão a fachada um dinamismo, de acordo com o uso de cada morador a fachada terá um desenho diferente.
• • • • • • • •
1.060 m² construídos 5 unidades habitacionais 22 unidades comerciais 15 pessoas Tipologia Residencial 1: Unidade para 3 pessoas – 53,00 m² Tipologia Comercial 1: 25,40 m² Tipologia Comercial 2: 30,60 m² Tipologia Comercial 3: 44,87 m²
USO MISTO 1 - 786
A
B
6.87
C
6.87
D
6.87
01
13.2
8
7.75
E
6.8
7 F
6.8
02
7
G
implantação - nível 786 escala: 1/400
USO MISTO 1 - 789
USO MISTO
A
B
6.87
C
6.87
D
6.87
01
13.2
8
7.75
E
6.8
7
02
F
6.8
7
G
implantação - nível 789 escala: 1/400
079
USO MISTO 1 - 792
A
B
6.87
C
6.87
D
6.87
01
13.2
8
7.75
E
6.8
7 F
02
implantação - nível 792 escala: 1/400
6.8
7
G
6F
Y
5F
H
7&
N
U J
B
G
^ 6
C
£ 3
tlA
S
2F
X
E D
3F
R
4F
F
% 5
V
T
W
Q A
" 2
1F
Z
csE
spaC kcoL
|
lrtC
Caps Lock
Ctrl
Z
T
V
G
5
%
F
F4
R
C
4
$
F3
^
D
E
X
F2
Alt
S
W
F5
&
H
Y
B
J
U
F6
N
F8
L
O
9
K
(
I
F7
M
8
* )
F1
A
2
Q
"
\
1
>
Alt Gr
P
+
F10
] @
}
/
{
=
_
F9
F11
Ctrl
F12 SysRq
Print Scrn
Delete
Insert
Lock
Scroll
End
Home
Page Down
Page Up
Break
Pause
7
Num Lock
A
Pg Up
5
8
Pg Dn
2
1
4
Ins
0
End
1
Home
*
Esc
|
Del
-
+
Enter
07 07
081
T1 - (786)
03 03
06 1.20
1.35 8
9.25 1.20
M
£ 3
1.25
7F
K
( 9
6
1.70
<
7
1.50
8F
O
¬ `
4.60 ) 0
rG tlA
#~
1.95
P
/
9
BANHº _-
9F
@ '
; :
! |
(
0
, <
2.75
+ =
01F
]
}
[ '
6 3 .
2.75 ~ #
04
ÁREA FUNCIONÁRIOS 11F
4.60 lrtC
2.75 21F
*
05
BANHº tnirP nrcS
tresnI
qRsyS
eteleD
2.75 dnE
emoH
4$
.
1.35
-
04 4.10 9.25 1.20
egaP pU
llorcS kcoL
egaP nwoD
kaerB
esuaP
1.25
0
1
4
snI
dnE
1.70
7
muN kcoL
emoH
/
2
5
8
A
.
` ¬
02 * leD
I
1.50 1.20
{
1 9 pU gP
; :
2.25 06
1! \ |
[ / (
ÁREA FUNCIONÁRIOS 05
L . >
6 nD gP
,
3
02
2.25
SALÃO COMERCIAL 2 2.25
SALÃO COMERCIAL 1
1.40 1.65 1.35 0.35 1.00
01 2.85 3.60 01
6.80 1.05
G F E D C B A
+ retnE
planta tipo - nível 786
escala: 1/100
C 1.50
C
escala: 1/100 06 -
*
7
1
41
+
2.60 muN kcoL
7
llorcS kcoL
-
*
tnricrS n P
tresnI
qRsyS
eteleD
21F
lrtC
11F
@ '
+ =
01F
#
} ] ~
9F
P
{ [
) 0
8F
O L <
7F
K
( 9
M
8
I
+
: >.
1 rG tlA
8
6F
6F
N
U J
N
U J
5F
Y
5F
H
Y H B
B
G
^ 6
G
^ 6
4F
% 5
4F
% 5
V
T
V
T
D X
E
X
E D
3F
C
R F
3F
C
R F
2
2
Z
1F
S
£ 3
tlA
Q A
2F
W
tlA
Z
1F
W
£ 3
S
2F
Q A
¬ `
lrtC
¬ `
kcoL
spaC
|
csE
lrtC
spaC kcoL
|
csE
SOBE 2.75
5.30
1.50
1.35
2.85
07
C
planta tipo - nível 789
T3 - (789)
1.40
1.35
SALÃO COMERCIAL 2 05
| \
; ( / ,
2.05
2.25
01
1.20
ÁREA FUNCIONÁRIOS
1.35
F
3.95
9.25 1.20
ÁREA FUNCIONÁRIOS 2.05
1.65
1.25
BANHº
2.55
5.30
E
1.70
dnE
emoH
M
&7
egaP nwoD
egaP pU
esuaP kaerB
_-
4
7F
K
( 9
*
0
<
! 1
snI
8F
O L
$4
dnE
) 0
rG tlA
, "
emoH
( /
/
: ;
8
P
| \
5
9F
SALÃO COMERCIAL 1
2
@ '
]
+ =
01F
}
>.
A
~ #
1.55
.
11F
2.40
6
lrtC
BANHº 1.05
9
21F
02
3
tnirP nrcS
tresnI
qRsyS
eteleD
3.60
leD
dnE
D
pU gP
kcoL
1.70 6.80 1.05
nD gP
llorcS
egaP nwoD
emoH
kaerB
egaP pU
esuaP
[
0
I
snI
{
dnE
&7
emoH
muN kcoL
1
/
8
_-
5
*
2
2.05
2.25
C
retnE
A
! 1
.
$4
6
"
9
04
3
03
leD
1.20
1.35
1.00
pU gP
9.25 1.20
B
nD gP
3.95
1.25
A
retnE
1.70
05
1.50
1.50
C C
A B
01 1.00 1
2.85 3.60
DORMITÓ
02
BANHº
03 1.60
04
SOBE
06
07
C
T4 -
+
7
4
0
egaP nwoD eteleD
lrtC
@ '
#
} ] ~
P
>. rG tlA
L
O
8F
<
7F
K
( 9 8
M
6F
N
U J
5F
Y H B
G
^ 6
V
T
4F
% 5
C
R F
3F
X
E D
W
tlA
Z
2
£ 3
S
1F
2F
Q A
¬ `
lrtC
kcoL
spaC
|
csE
2.75
9) 05
| \
; ( / ,
escala: 1/100 1.00
DORMITÓRIO 2
BANHº
03 1.60
SOBE
06 3.40
.85 C
1.70 6.80 1.05
1.70 0.80
SALA DE T.V.
D
3.60
02
HALL
1.65
COZINHA
4.25
planta tipo - nível 792
T4 - (792) 2.30
2.05
B
ÁREA DE SERVIÇO 1.50
1.35 1.20
2.25
A
1.65
1.35
1.35
1.40
3.95
9.25 1.20
2.05 F
2.50
LÃO ERCIAL 2 1.25
BANHº
2.55
A NÁRIOS
1.70
dnE
:
snI
) 0
I
dnE
5
emoH
8
1
2
9F
{ [
.
+ =
01F
E
1.50
*
6
11F
&7
9
21F
_-
3
S tnnricrP
tresnI
qRsyS
! 1
leD
llorcS kcoL
emoH
*
pU gP
egaP pU
esuaP kaerB
$4
nD gP
muN kcoL
1
/
"
retnE
A
C E F
1.40
01 2.85
DORMITÓRIO 1
0.90 3.00
04
1.20
CIRCULAÇÃO
07
C
083
O 1 - CC A
B
C
1.50
D 9.25 1.20
2.95
E 1.35
F 2.25
BARRILETE COBERTURA METÁLICA LAJE CIR. VERTICAL
BANHº
DORMITÓRIO 2
BANHº
ÁREA FUNCIONÁRIOS
CIRCULAÇÃO
792 CIRCULAÇÃO
789 BANHº
SALÃO COMERCIAL 1
786
corte - c-c´ escala: 1/100
croquis de concepção
085
EDIFÍCIO USO MISTO 2
087
O edifício de uso misto 2 se utiliza dos mesmos aspectos e tratamentos do prédio de uso misto 1, entretanto suas unidades habitacionais contam com varandas e sacadas que qualificam a fachada que se volta para a rua existente Antônio Candido de Alvarenga. A escadaria que da acesso a quadra aberta (que conecta o nível 793 para o nível 790) costura o edifício trazendo a população para a praça comercial de caráter publico.
• • • • • • • • • •
1.140 m² construídos 11 unidades habitacionais 8 unidades comerciais 34 pessoas Tipologia Residencial 1: Unidade para 3 pessoas – 53,00 m² Tipologia Residencial 2: Unidade para 2 pessoas – 40,00 m² Tipologia Residencial 3: Unidade para 6 pessoas – 108,00 m² Tipologia Comercial 1: 25,40 m² Tipologia Comercial 2: 26,40 m² Tipologia Comercial 3: 39,00 m²
USO MISTO 2 - 790 E
F
7.75 2.20
01
9.58
02
A
3.7
5
B
C
7.00
D
7.00
7.15
6.6
5
04
05
implantação - nível 790 escala: 1/400
USO MISTO 2 - 793 E
F
7.75 2.20
01
9.58
02
A
3.7
5
B
C
7.00
D
7.00
7.15
6.6
5
04
05
implantação - nível 793 escala: 1/400
089
USO MISTO 2 - 796 E
F
7.75 2.20
01
9.58
02
A
3.7
5
B
C
7.00
D
7.00
7.15
6.6
5
04
05
implantação - nível 796 escala: 1/400
06 -
.
2.60 -
7
4 1
2
01F
@'
{ [
(
_ -
9F
> .
0
8F
O L < ,
7F
M
K M
I
rG tlA
P
;
:
7F
K
* 8
6F
* 8
N
U
6F
N
U
B
Y
5F
H
& 7
B
Y
5F
H
& 7
G
6
G
6
C
W
tlA
S
£ 3
2F
X
E D
$ 4
R
3F
F
4F
W
tlA
S
£ 3
2F
X
E D
%5
V
T
C
$ 4
R
3F
F
4F
%5
V
T
1F
Z
Q A
1F
Z
Q A
|
! 1
|
! 1
¬ `
csE
lrtC
spaC kcoL
¬ `
csE
lrtC
spaC kcoL
|
#
~
< ,
5.30
9.25 1.20
1.50 1.20
1.35
SALÃO COMERCIAL 2
2.85
07 1.35
ÁREA FUNCIONÁRIOS
1.25
ÁREA FUNCIONÁRIOS 2.25
2.05
1.65
2.75
BANHº
2.55 2.40
E
} ]
J
\
/
1.70
lrtC
11F
8F
O L
^
snI
21F
+=
dnE
tnricrS n P
tresnI
qRsyS
0
( 9
3
/
eteleD
> . rG tlA
P : ;
)
dnE
_ -
9F
(
" 2
.
leD
llorcS kcoL
emoH
[
/
egaP pU
{
@'
\
egaP nwoD
esuaP kaerB
01F
J
muN kcoL
~ #
SALÃO COMERCIAL 1
emoH
11F
1.55
8
lrtC
2.40
5
21F
1.03
nD gP
1
0
A
tnirP nrcS
tresnI
qRsyS
eteleD
BANHº
*
4 1
]
snI
I
dnE
3.60
6
dnE
llorcS kcoL
emoH
egaP pU egaP nwoD
kaerB
esuaP
muN kcoL
7 emoH
02
D
9
1
}
2
2.05
2.25
1.70 6.80 1.05
pU gP
/
8
|
5
^
D
retnE
A
1.20
1.35
C
+
*
+=
3
( 9
6
)
9
" 2
leD
04
pU gP
03
nD gP
9.25 1.20
1.00
+
SOBE 3.95
1.25
01
retnE
1.70
05
B
1.50
1.50
A F
1.40
2.85 01
02
03
04
05
0
06
07
D
planta tipo - nível 790
escala: 1/100 091
VARANDA C
1.00
D
D
6.80 1.05
1.70
01
3.60
1.60
03
3.40
DORMITÓRIO 1
HALL 0.80
0.90
1.70
DORMITÓ
02
BANHº 1.60
03 9.25 1.20
9.25 1.20
3.00
1.50
1.20
1.25 1.70 06
CIRCULAÇÃO
07
07
D
planta tipo - nível 793
SOBE
1.50
4.25
06
05
ÁREA DE SERVIÇO
1.50
SALA DE T.V.
1.65
1.70
SOBE
2.50
3.95
1.25 05
3.95
04
COZINHA
2.30
04
escala: 1/100
1.
01
1.35
1.20
02
B 1.00
1.40
DORMITÓRIO 2
BANHº
A
2.25
2.05
2.25
1.65
F
2.85
3.60
1.35
E
2.05
B
1.20
A
SACADA E
F
A
1.40
C
1.00
D
D
6.80 1.05
1.70
01
5
2.05 1.20
1.35
1.40
3.40
2.25 3.40
1.65
F
DORMITÓRIO 2
02
BANHº 1.60
03
DORMITÓRIO 1
HALL 0.80
0.90
1.70
3.00
1.20
4.25
1.50
06
ÁREA DE SERVIÇO
1.50
SALA DE T.V.
1.65
1.70
1.50
SOBE
2.50
05
ÁREA DE SERVIÇO
COZINHA
3.95
1.25
2.30
04
OZINHA
2.30
9.25 1.20
3.00
E
2.85
3.60
RMITÓRIO 1
1.65
B
1.20
CIRCULAÇÃO
07
D
planta tipo - nível 796 escala: 1/100
093
STO 2 - DD A
B 2.00
C 2.25
D 11.25
5.50
E 1.50
COBERTURA METÁLICA SACADA
SALA DE T.V.
DORMITÓRIO 2
LAJE CIR. VERTICAL CIRC.
796 VARANDA
SALA DE T.V.
DORMITÓRIO 2
CIRC.
793 ÁREA FUNCIONÁRIOS
CIRC.
SALÃO COMERCIAL 1
790
corte - d-d´ escala: 1/100
095
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIVONI, B. Climate considerations in building and urban design. New York: Van Nostrand Reinhold, 1998.
ALMEIDA, Natália. Perus e a transformação do Espaço na Metrópole Paulista. Alfenas/MG, 2011.
ARCHDAILY. Habitação de Interesse Social Sustentável / 24.7 arquitetura design. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01141035/habitacao-de-interesse-social-sustentavel-slash-24-dot-7-arquitetura-design> Acesso em: 04 de junho de 2018.
GEHL, Jan. Cidades para Pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013. p.19.
NISTA, Eduardo Fattore. Ocupação irregular do solo urbano - caso das habitações em encostas: causas e consequências. 2011. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, 2011. Disponível em: <http://hdl.handle. net/11449/120191>.
GUERRA, Abilio. Quadra Aberta – uma tipologia urbana rara em São Paulo. 2011.
ABBUD, Benedito. Criando Paisagens – guia de trabalho em arquitetura paisagística. Editora Senac São Paulo – São Paulo – 2010. SOUZA et al. Ocupações urbanas irregulares: um estudo sobre a relação entre habitação e condições de moradias dos habitantes da área inundável do beco Ademir farias no bairro são José operário, em parintins- am. 2014. ESTUDOS TÉCNICOS PIU NESP. Projeto de Intervenção Urbana Novo Entreposto de São Paulo. São Paulo, novembro 2016. SILVA, J. Os Marcos referenciais na estruturação espacial da cidade de concórdia (SC).
SANTOS, Cynthia. Ensaios sobre a quadra aberta e o uso multifuncional no Ateliê de ensino de arquitetura e urbanismo. Goiânia.
PORTZAMPARC, Christian de. A terceira era da cidade. Óculum, São Paulo, n.9, FAU PUC-Campinas, 1997, p. 47. A publicação deste número da Óculum, editada pelo autor, reflete não só suas preocupações pessoais, mas também as pesquisas e orientações de trabalhos de final de curso (TGI) durante os anos 1990 e primeira metade dos anos 2000 levadas a cabo por uma equipe de professores, que contava com as presenças fixas de Abilio Guerra, Luis Espallargas Gimenez e Olquidio Barney, e alternadas de Wilson Ribeiro dos Santos Jr., Denio Munia Benfatti, Vera Santana Luz, George Ribeiro, Spencer Nogueira, Wilson Mariana e outros. SUASSUNA, M.; LACERDA Jr., L.; AIRES, I. Desenhando A Quadra Híbrida No Cotidiano Dos Bairros. 2017. VIGLIECCA, H. O terceiro território: habitação coletiva e cidade. São Paulo: Arquiteto Héctor Vigliecca e Associados, 2014. 097
MOVIMENTO FABRICA PERUS. Novas Lutas. Disponível em: <https://movimentofabricaperus. wordpress.com/historico/novas-lutas/> Acesso em: 19 de fevereiro de 2018. GESTÃO URBANA PREFEITURA DE SÃO PAULO. Diagnóstico. Disponível em:<http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wpcontent/uploads/2016/07/PIU_NESP_DIAGNOSTICO.pdf> Acesso em: 11 de Junho de 2018. ARCHDAILY. Coberturas de alumínio. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/catalog/br/ products/7718/coberturas-de-aluminio-unibox> Acesso em: 13 de junho de 2018. REBELLO, Y. C. P. A concepção estrutural e a arquitetura. São Paulo: Zigurate Editora, 2001
099