Óleos Poderosos

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Sinônimos de

boa saúde Os óleos são vistos, muitas vezes, como prejudiciais ao organismo. Contudo, eles não merecem essa fama - e chegou a hora de você descobrir o por quê! Texto LARISSA TOMAZINI | Design SAMANTHA ALVES

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UANDO SE FALA EM DIETA, AS PESSOAS LOGO PENSAM QUE DEVEM EVITAR O CONSUMO DE QUALQUER TIPO DE ÓLEO OU GORDURA, mas esse tipo de nutriente também é uma importante fonte de energia, vitaminas (A, D, E, K) e ajuda na formação das células, hormônios e enzimas essenciais para o funcionamento do organismo. “Quando consumido em excesso, provoca o aumento da gordura localizada, principalmente na região abdominal, e também pode desencadear doenças, mas, se consumido de forma correta e moderada, promove a perda de peso”, explica a nutricionista Marília Zielinski. De um modo geral, os óleos funcionais, como o de coco, linhaça e cártamo, são anti-inflamatórios, por isso contribuem para a perda de peso, quando usados na medida correta. Eles também são fontes de ômegas 3, 6 e 9, promovem saciedade, ajudam a manter a pele bonita e aliviam os sintomas da TPM (tensão pré-menstrual).

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UM POUCO MAIS A FUNDO

Como esses tipos de óleos são de origem vegetal, são fontes de ácidos graxos instaurados e estão associados à redução dos níveis de colesterol ruim (LDL), colesterol total e triglicérides. Além disso, por serem prensados a frio, não passam por nenhum tipo de refinamento nem sofrem adição de produtos químicos. “O recomendado é que se consuma entre duas colheres (chá ou sopa) por dia, pois, do contrário, pode fazer o efeito inverso. Isso porque esses tipos de óleos, por mais que tenham substâncias benéficas ao organismo, continuam sendo gordura. Portanto, quando ingeridos demasiadamente podem ocasionar danos à saúde”, completa a nutricionista.

ONDE ENCONTRAR?

No mercado, existem diversos tipos de óleos funcionais à disposição do consumidor. Contudo, antes de comprar qualquer um deles, a pessoa deve procurar orientação de um médico ou nutricionista para saber qual é o tipo de óleo e a dosagem que se adequa ao seu organismo, pois cada um deles tem diferentes propriedades que podem ser tanto benéficas quanto maléficas. “E, para se obter melhores resultados para a perda de peso, é preciso alinhar a alimentação saudável à prática de atividades físicas”, esclarece Marília.

COMO ADICIONÁ-LOS AO CARDÁPIO DIÁRIO?

O recomendado é usar os óleos sem aquecê-los, para que não haja alteração molecular, pois, quando submetidos a altas temperaturas e em contato com o ar, sofrem a oxidação. “Ela promove a perda de

nutrientes e gera substâncias nocivas ao organismo. Os óleos funcionais podem ser usados para temperar pratos frios, como saladas, tabule e canapés”, exemplifica a profissional.

PASSE LONGE DESTAS OPÇÕES!

Quando consumidas de modo moderado em uma dieta equilibrada, as gorduras não provocam danos à saúde. Por isso, as pessoas devem sempre buscar auxílio de um médico ou nutricionista que possa indicar qual o melhor óleo a ser utilizado, o modo para consumi-lo e, sobretudo, a quantidade diária que pode ser ingerida. Mas todos eles apresentam benefícios à saúde? “O óleo de soja é um dos tipos mais consumidos, talvez por conta do preço mais acessível à maioria da população ou, até mesmo, devido ao não conhecimento dos benefícios dos demais tipos de óleos. Ele passa por um processo de hidrogenação para aumentar o tempo de validade nas prateleiras e estabilizar o sabor dos alimentos. É fonte de gorduras ruins (saturadas e trans) e incide no aumento das taxas de colesterol”, responde Marília. Outro tipo de gordura comumente utilizada pela população é a margarina. Mesmo sendo de origem vegetal, é rica em gordura trans. Assim como o óleo de soja, ela também passa pelo processo de hidrogenação para manter a cremosidade e o sabor agradável e, quando submetida à temperatura elevada, sua estrutura molecular é alterada. “Óleos de origem animal, como o de peixe e o de fígado de bacalhau são os mais maléficos à saúde, por causa da grande quantidade de gordura saturada e colesterol. Portanto, devem ser evitados”, finaliza a nutricionista.

Opções pouco conhecidas Embora muitos óleos façam parte do dia a dia das pessoas, como o de girassol, de coco e de milho, existem aqueles que ainda não caíram no gosto popular, mas são importantes fontes de nutrientes para corpo. Descubra alguns: Óleo de abóbora: atua no combate ao envelhecimento precoce e ajuda na prevenção de câncer de próstata e de mama. Óleo de algodão: estimula o apetite e é utilizado para a produção de cosméticos e produtos de higiene. O óleo de algodão também colabora com a saúde e a aparência da pele, prevenindo manchas, ressecamento e descamações. Óleo de prímula: poderosa arma contra a TPM, o óleo obtido a partir das sementes dessa flor ainda tem ação anti-inflamatória, melhorando dores crônicas. Óleo de boldo: combater azia, ressaca, sensação de peso no estômago e prisão de ventre são alguns dos benefícios proporcionados pelo óleo extraído da planta. Óleo de camomila: extraído das flores e folhas amarelas, ele é especialmente útil na aromaterapia. A planta de aroma suave e agradável é tão relaxante que chega a servir de matéria-prima para a confecção de travesseiros.

CONSULTORIA Marília Zielinski, nutricionista FOTO ShutterStock Images

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