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6 Técnica

Technical 16

25 Caderno de Genética

Bulls Summary 25

35 Cavalo Árabe

Arabian Horse 39

40 Eventos

Events 40

44 Leilões

Sales 44

46 Desempenho

índice

Editorial 5

Performance 47

48 Entrevista

Interview 50

52 Simental

Simmental 53

54 Brahman

Brahman 55

57 Angus 60 Responsabilidade Social 64 Nossa Gente

Angus 58 Social Responsibility 62 Our People 66

index

4 Editorial

CASA BRANCA PRESS Ano 7 – Número 11 – Agosto de 2012 EXPEDIENTE

Diretores: Paulo de Castro Marques Paulo Wickbold Marques Fabiana Wickbold Marques Secretaria Geral e Marketing: Eliane Slucki Secretaria Administrativa: Sandra Pando Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291) Reportagens: Rogério Santos, Alexandre Franco dos Santos e Marcio Mingardo Fotos: Rogério Santos, Arquivo Casa Branca, Texto, Gerson Sobreira, Rubens Ferreira, Carlos Lopes e Luiz Amaral

Produção: BReeder Editora Foto Capa: Banco de imagens da Casa Branca Casa Branca Press é o órgão oficial de comunicação da Casa Branca Agropastoril Correspondência: Rua das Olimpíadas, 242 - 3o andar - Vila Olímpia - São Paulo (SP) - CEP 04551-000 Telefone: (55 11) 3573-6219 e-mail: casabranca@casabrancaagropastoril.com.br Casa Branca Press

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Production and preservation can coexist

preservação podem conviver em harmonia Meus amigos, A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou recentemente que o Brasil mantém 61% de suas terras preservadas, enquanto Estados Unidos e União Europeia – apenas para citar dois exemplos importantes – têm no máximo 2% de matas protegidas. Uma leitura dessa estatística mostra que é perfeitamente possível a convivência da produção eficiente com a preservação ambiental. Neste ano, o Brasil deve gerar quase 10 milhões de toneladas de carne bovina, exportando cerca de 1,1 milhão t para 150 países e provendo a população com quase 40 kg per capita/ano. Esses números ganham contornos ainda mais fascinantes quando se analisa o crescimento da oferta de carne vermelha na última década: mais de 50% de aumento. E ficam ainda mais imponentes imaginando-se que em 2020 o Brasil deverá produzir mais de 13 milhões de toneladas. Isso ocorre porque a cada ano a idade média de abate do gado diminui um mês e aumenta em 1 kg o peso médio do animal. Isso é produtividade. Há outros exemplos. Em 2000, o rebanho brasileiro contava com 30 milhões de vacas leiteiras, que geravam 20 bilhões de litros de leite. Atualmente, o mesmo número de vacas produz mais de 30 bilhões de litros. Dados históricos semelhantes também se aplicam à avicultura e à suinocultura, o que significa que todas as mais importantes atividades de produção animal vêem ganhando espaço no PIB agropecuário brasileiro. A eficiência produtiva também vale para a agricultura. Há uma década, o Brasil produzia 120 milhões de toneladas de grãos em 45 milhões de hectares; este ano deve gerar mais de 160 milhões t em 50 milhões/ha.

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editorial

editorial

Produção e Dear friends, O Brasil já tem papel relevante no cenário global da oferta de alimentos e precisará crescer 40% nos próprios 20 anos para atender às necessidades da crescente população mundial, estimada em 9 bilhões de pessoas até 2050. Esta questão ganha ainda mais importância neste momento, quando se discute a questão ambiental vs a produção de alimentos. Os desafios se renovam e é importante seguir em frente. Não basta ao produtor olhar com orgulho para os números atuais. Ele tem a responsabilidade de continuar investindo em tecnologia e profissionalismo para ofertar mais e melhores alimentos, atento mais do que nunca à sustentabilidade do seu negócio. Ressalte-se que não apenas os consumidores internos esperam isso do campo, mas também o mercado internacional, claramente sintonizado nos movimentos por aqui e cada vez mais exigente quanto aos processos utilizados na produção de alimentos. Manejo ambiental eficiente, boas práticas, bem estar animal e responsabilidade social têm de deixar de ser desafios para se tornarem realidade na pecuária e nas demais atividades produtivas.

The Agriculture and Livestock Confederation of Brazil

A decade ago, Brazil produced 120 million tons of grain in

(CNA) recently reported that Brazil has 61% of its land

45 million hectares; This Year it’s more than 160 million

preserved, while the United States and European

tons in 50 million hectares.

Union - just to name two prime examples - have, at

Brazil already has a significant role to play in the global food

most, 2% of protected forests.

supply and needs to grow 40% in the next 20 years to meet

On reading this statistic, it shows that it is quite pos-

the demands of a growing world population, estimated at

sible that efficient production can work alongside with

9 billion people by 2050.

environmental preservation.

This becomes an even more important question now, when

This year, Brazil is expected to generate more than

discussing the environmental issues vs. food production.

10 million tons of beef, exporting about 1,1 million/

The challenges are new and it is important to move forward.

tonne to 150 countries, and providing almost 40 kg

We can’t dwell on current production or numbers already

per capita/year to the population.

gotten. We have a responsibility to continue investing in

These figures begin to show an even more interesting

technology and professionalism to offer more and better

picture when considering the increased supply of red

food and to be ever more attentive to the sustainability of

meat in the last decade: more than a 50% increase.

businesses.

And even more impressive imagining that Brazil will

It should be emphasized that not only domestic consum-

produce more than 13 million tons in 2020.

ers expect this, but also the international market, aware of

This is because each year the average slaughter age

what is happening here being increasingly demanding on

of cattle has decreased one month and the average

processes used as well as food production.

weight of the animal has increased by 1 kg. That’s

Effective environmental management, best practices,

productivity.

animal welfare and social responsibility must stop being

There are other examples. In 2000, the Brazilian herd

challenges and become reality in livestock as well as other

had 30 million dairy cows, which generated 20 billion

production.

Então, estamos juntos nesse desafio? Abraço e boa leitura,

producing more than 30 billion liters.

Paulo de Castro Marques Proprietário da Casa Branca Agropastoril

liters of milk. Currently, the same number of cows are Best regards,

We can see similar stories with Poultry and Pig farms data, which mean that all important animal production is gaining space in the Brazilian Agricultural GDP. Production efficiency is also worth it for agriculture.

Paulo de Castro Marques Owner of Casa Branca Agropastoril

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matéria

Qualidade de carne depende de bom manejo em todo o ciclo de produção

Paulo Marques e bovinos Angus no sul de Minas Gerais: bem estar começa na cria

A

bovinocultura de corte tem se desenvolvido rapidamente no Brasil nos últimos anos. Todavia, as pesquisas têm sido direcionadas quase que estritamente às áreas de nutrição, melhoramento genético e reprodução. Apesar dessas abordagens contribuírem muito, trazendo inúmeros benefícios para o setor da carne, o animal acaba sendo comparado com uma “máquina”, dependendo essencialmente da nutrição para responder aos anseios da produção. Essa situação demonstra despreocupação com a biologia do bovino, o que tem limitado o entendimento de algumas respostas encontradas nos trabalhos de pesquisa direcionados ao aumento de produção e/ou à melhoria da qualidade da carne. Além disso, a implementação de programas de qualidade de carne geralmente tem como ênfase apenas a obtenção

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Mateus J.R. Paranhos da Costa, Eliane Vianna da Costa e Silva, Marcos Chiquitelli Neto e Marcelo Simão da Rosa (Anais do XX Encontro Anual de Etologia, Natal/RN, 2002)

de produtos com alta qualidade. Entretanto, tais programas devem considerar mais do que a qualidade intrínseca do produto, tendo em conta outras perspectivas que devem orientar o processo produtivo com compromissos com desenvolvimento social e preservação ambiental. Enfim, devem oferecer um produto seguro, nutritivo e saboroso, produzido de forma sustentável com o compromisso de promover o bem estar humano e animal, sem perder de vista a lucratividade do produtor. Neste cenário, o estudo do comportamento pode propiciar uma nova perspectiva para o modelo convencional de abordagem científica zootécnica, trazendo luz a situações não consideradas ou mal compreendidas.

A Etologia assume assim papel importante para a compreensão das necessidades do bovino, bem como das nossas (seres humanos) relações com esses animais. Nesse sentido, a literatura sobre a biologia dos bovinos é ainda escassa. Os programas de qualidade utilizados nas empresas nacionais ou internacionais preconizam inicialmente a compreensão, no sentido mais amplo, das interações existentes entre clientes e fornecedores. Além disso, o conhecimento do conceito de processo é um ponto determinante na implementação de qualquer programa de qualidade. Mas qual a relação existente entre comportamento animal e esses conceitos empresariais? O conceito de processo diz respeito ao conjunto de fatos e/ ou operações interligadas entre si que estão em movimento causando efeitos ou gerando resultados. Destacando-se a grande relevância das ações e decisões tomadas em cada processo nas atividades que o seguem. Como exemplo, podemos citar a grande dependência existente entre as etapas que compõem a cadeia produtiva da carne. A qualidade do bife que comemos é diretamente influenciada pelo acondicionamento da carne na prateleira do supermercado que, por sua vez, é influenciado pelo processo de abate, que sofre interferência do manejo pré abate, que é consequência do processo de recria e engorda, que é oriundo do processo de cria. Devemos entender ainda que cada processo é composto por subprocessos e que quanto mais conhecemos os detalhes destes melhor poderemos interagir para alcançar os resultados desejados.

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técnica

de comportamento de bovinos para implementação de programas de qualidade de carne

matéria

técnica

CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS

Esta relação entre processos e subprocessos deve ser interpretada como uma relação entre cliente e fornecedor de maneira a caracterizar o processo anterior como o fornecedor e o processo posterior como o cliente e que, quando melhoramos a qualidade de um processo, necessariamente favoreceremos a qualidade do processo seguinte. Com um enfoque voltado ao processo produtivo, do nascimento até o abate do bovino, devemos ainda compreender que a definição de cliente e fornecedor pode ir além da relação entre processos e que a caracterização do sujeito pode ser alterada nas diferentes situações. O cliente das nossas ações (aquele que adquire bens ou serviços) é, na maioria das vezes, o próprio gado que recebe a ação, ou seja, recebe a alimentação e o cuidado sanitário, sendo criado segundo as condições ambientais que nós fornecemos. Nesse contexto, nós somos caracterizados como fornecedores (aquele que fornece bens ou serviços para outros). No entanto, em situações de manejo com o gado (condução dos animais), o animal estará interagindo diretamente com o homem e, nesse contexto, ele pode ser caracterizado tanto como cliente, recebendo o manejo, ou fornecedor, reagindo ao manejo de maneira positiva ou negativa. Essa resposta do animal pode ser consequência de um conjunto de estímulos, genéticos ou ambientais. Todavia, a experiência anterior adquirida pelo indivíduo pode ser um fator preponderante nessa resposta. Uma abordagem mais macroscópica nos leva a entender o bovino, no processo final de produção, após o abate, como sendo também nosso fornecedor, oferecendo sua carne com os reflexos da qualidade decorrentes das nossas ações durante o processo no qual éramos fornecedores. Com essa abordagem podemos imaginar quão preciosas são as informações que caracterizam as necessidades dos animais. Nesse caso, o estudo do comportamento pode auxiliar a compreendê-las de forma mais efetiva e coerente, diminuindo a possibilidade de interpretações empíricas nas observações dos animais e, por consequência, facilitando o manejo e melhorando a sua qualidade de vida. Assim, é importante buscarmos o pleno conhecimento da biologia da espécie bovina, definindo quais recursos são importantes para esses animais e quais as necessidades dos mesmos em relação a eles. Já existe alguma informação disponível na literatura, mas ainda há muito o que aprender sobre o comportamento dos bovinos e a ecologia nos ecossistemas das pastagens. Entendemos que só a partir da aquisição desse conhecimento estaremos mais bem preparados para definir técnicas de criação e de manejo dos bovinos, atendendo aos interesses econômicos, sem prejudicar o meio ambiente e o bem estar dos animais. A aplicação desses conhecimentos na rotina das fazendas é um desafio ainda maior. Apesar de existir alguns bons 7


Os custos da má qualidade: uma experiência no manejo pré-abate – O manejo pré-abate envolve uma série de situações não familiares para os bovinos, que causam estresse aos mesmos. Dentre elas: agrupamento dos animais, confinamento nos currais das fazendas, embarque, confinamento nos caminhões (com e sem movimento), deslocamento, desembarque, confinamento e manejo nos currais dos frigoríficos. Tais atividades devem ser bem planejadas e conduzidas para minimizar o estresse, que pode causar danos à carcaça e prejuízos na qualidade da carne. No Brasil, não temos prestado atenção a esta etapa da produção, mesmo aqueles diretamente envolvidos (produtores, transportadores e frigoríficos) pouco sabem sobre as consequências de um manejo pré abate inadequado, que certamente traz reflexos negativos na rentabilidade do pecuarista e do frigorífico. Com o objetivo de avaliar o manejo pré-abate no programa de qualidade de carne bovina do Fundepec SP (Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária no Estado de São Paulo), já desativado, procuramos identificar pontos críticos possivelmente correlacionados com o aumento a posteriori na ocorrência de contusões nas carcaças.Tais avaliações caracterizaram-se, pelo curto tempo despendido, em uma abordagem preliminar. Realizamos algumas observações, adotando o método etológico, sobre os procedimentos envolvidos no transporte de bovinos para o frigorífico (desde o manejo na fazenda até o momento do abate), descrevendo as condições de instalações e manejo, o comportamento dos animais e a frequência de contusões nas carcaças. Foi acompanhado o embarque de animais em quatro fazendas, os quais foram transportados em 12 caminhões. 8

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Bovinos precisam de condições ideais para alta produtividade

equipamentos em uso (currais na fazenda, embarcadouros, caminhões, ferrões elétricos, currais no frigorífico, sala de atordoamento), bem como o tipo de gado (em termos de reatividade) e a forma com que eles têm sido manejados. Programas de treinamento, dirigidos a todos que lidam com o gado, deveriam ser implementados de imediato, uma vez que de maneira geral o manejo tem se caracterizado como muito agressivo. Dificuldades no dia-dia na fazenda (e a falta de conhecimento) – Em muitas pinturas ou fotografias, a visão de uma fazenda de criação de bovinos pode ser muito bucólica, com os animais pastando tranquilamente a forragem verde em crescimento. Todavia, esta visão não caracteriza a realidade vivida no dia-dia dessa mesma fazenda, que alterna esses momentos de tranquilidade com outros de extrema agitação, tanto para os homens que ali trabalham como para os animais que nela vivem. Talvez a visão mais difundida ainda seja aquela representada pela pintura e, talvez por isso, não temos nos preocupado muito com a parte menos agradável do cotidiano que, em muitos casos, se caracteriza pelo trabalho duro, cuja origem remonta aos primórdios da criação animal, colocando homens e animais sob sérios riscos de acidente. Apenas para exemplificar: desde a domesticação os machos bovinos têm de sofrer a dor, o desconforto e a indignidade da castração sem anestesia, sem falar de todas as atividades que antecedem a prática cirúrgica em si, como cercar, laçar, derrubar e amarrar. Tais práticas são, ainda hoje, muito comuns e tal atitude tem sido justificada com argumentos de ordem econômica, remetendo-nos a uma discussão antiga, que condiciona as mudanças no trato com o gado ao

aumento na receita da fazenda que, por sua vez, permitiria a aquisição de equipamentos e a adoção de uma tecnologia mais avançada. Para aqueles que se rendem a esse tipo de argumentação convém alertar que para mudar as relações entre seres humanos e bovinos no dia-dia da fazenda não há necessidade de alterações nas condições do mercado nem de grandes investimentos. Basta que conheçam melhor os animais que criam, adaptando o sistema de manejo às suas características e não o inverso. A partir desse conhecimento podemos dar início a uma boa interação com os bovinos, com reflexos positivos no bem estar dos mesmos e também no dos seres humanos que com eles trabalham. Obviamente que a boa interação depende também do interesse da pessoa para com a atividade que será desenvolvida. O trabalhador é um administrador de animais, determinando, em geral, a produção e o bem estar. Porém, mundialmente, os trabalhadores rurais são tidos como inexperientes, embora a eles sejam confiados a produtividade e o bem estar dos animais, o que ressalta a importância da descrição do emprego a ser oferecido e a checagem das habilidades e conhecimentos da pessoa que almeja a função. Mesmo em condições de manejo mais favoráveis, em fazendas que contam com recursos tecnológico e pessoal treinado, muito pode ser mudado, particularmente no manejo diário com o gado. O primeiro passo nesse sentido é o estabelecimento de princípios éticos, que assegurem o fornecimento de produtos saudáveis e de boa qualidade, obtidos por meio de técnicas que respeitem e garantam boas condições a todos os animais, inclusive àqueles que estão prestes a ser abatidos (manejo pré-abate). O grau de dedicação das pessoas às suas tarefas dependerá da sua motivação, que é a força básica que direciona o comportamento, como resultado de uma recompensa ou punição que um comportamento particular tem produzido. Atitudes positivas, que não são expressas rotineiramente pelo trabalhador, são frequentemente relacionadas a um “bom dia”, vivido por ele. Uma discussão mais detalhada sobre as interações entre seres humanos e bovinos é apresentada a seguir.

técnica

O desembarque de alguns desses animais também foi acompanhado, avaliando, em alguns casos, manejo nos currais do frigorífico. Com base neste levantamento identificamos os seguintes problemas no manejo pré-abate que resultaram em aumento de hematomas nas carcaças: 1 agressões diretas 2 alta densidade social, provocada pelo manejo inadequado no gado nos currais da fazenda e embarcadouro 3 instalações inadequadas 4 transporte inadequado, caminhões e estradas em mau estado de conservação 5 gado muito agitado, em decorrência do manejo agressivo e de sua alta reatividade Mesmo sob boas condições de transporte e em jornadas curtas, o gado mostrou sinais de estresse. A intensidade foi variável, mas caracteriza uma situação típica de medo. A frequência de contusões foi variável de fazenda para fazenda. A deterioração das condições de transporte teve componente acidental, mas também foi provocada por falhas no manejo, decorrente da falta de equipamento adequado, falta de treinamento de vaqueiros e motoristas, além da falta de supervisão. É necessário que todo o processo seja aprimorado: desde o manejo e as instalações nas fazendas, a condição geral dos veículos e a forma de conduzi-los, bem como as instalações e o manejo nos frigoríficos. Concluímos que para garantir o sucesso na implantação do programa de qualidade de carne bovina é necessário estudo minucioso para detectar pontos críticos e estabelecer um programa de qualidade de serviços no manejo com o gado. Há necessidade de avaliar a eficiência das instalações e

matéria

matéria

técnica

exemplos, indicando que esta estratégia pode trazer ganhos diretos e indiretos para todos os segmentos envolvidos com a produção de carne, há ainda muitas barreiras a ser vencidas, tanto técnicas como culturais. Muitos reconhecem a importância de reduzir o estresse dos animais durante a rotina de manejo. Eles sabem, por exemplo, que animais agitados durante o manejo correm maior risco de acidentes, levando ao aumento de contusões nas carcaças. Contudo, poucos reconhecem que esses riscos diminuem quando os animais são manejados com calma e tranquilidade. Assim, a falta de conhecimento sobre a biologia da espécie e a nossa resistência (humana) a mudanças na lida com os bovinos são limitações que devem ser superadas na implementação de programas de qualidade da carne bovina. A seguir pretendemos discutir a utilização da abordagem etológica (estudando o comportamento dos bovinos em suas relações com as pessoas que com eles trabalham) na solução desses problemas.

Interações entre humanos e bovinos – Provavelmente, seres humanos e animais interagem há centenas de milhares de anos, havendo indícios de que o nosso relacionamento com os bovinos se estreitou com o processo de domesticação por volta de 6.000 anos a.C. Atualmente, a intensidade e o tempo que despendemos na interação com esta espécie animal é variável, dependendo do sistema de criação adotado. Há a expectativa de que em sistemas intensivos de criação há maior interação entre humanos e bovinos, uma vez que os Casa Branca Press

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primeiros são responsáveis pelo fornecimento de alimento, cuidados sanitários e ordenha, dentre outras ações desenvolvidas rotineiramente com esses animais. Entretanto, a qualidade desta relação (humano x bovino) precisa ser mais bem avaliada, pois além do tempo despendido no cuidado dos animais é preciso saber também como seres humanos e animais reagem a esta interação, se é algo que traz estímulos positivos, negativos ou neutros. Enfim, se a interação é ou não é agradável para cada um dos sujeitos. Com esta perspectiva fica claro que a análise das relações deve se dar em nível individual e de forma contextualizada. Defendemos a tese de que a definição de uma proposta de criação de bovinos deve ser feita com o pleno entendimento dessas interações, tendo em conta, além das ações que pretendemos desenvolver com os animais, suas eventuais respostas. Este conhecimento permite melhorar nossas relações com os bovinos, com reflexos positivos na atividade produtiva, inclusive em termos de qualidade do produto. Há fortes evidências de que existem períodos sensíveis para a definição da qualidade destas relações, sendo que situações críticas, como o nascimento e a desmama, se caracterizariam como períodos sensíveis para a definição das relações entre humanos e bovinos. Assim, as reações dos bovinos à presença humana seriam definidas, em grande parte, pelo tipo de interação que ocorrer principalmente nesses, mas também em outros momentos. Há evidências empíricas disto. Estudo de 1992 mostrou que bezerros manejados de forma gentil próximo ao nascimento e ao desmame foram menos reativos à presença humana, com 10 Casa Branca Press

Assim, nos últimos anos, pesquisadores e pecuaristas voltaram sua atenção para esta característica, avaliando-a pela análise do comportamento dos bovinos frente a situações rotineiras de manejo, geralmente assumindo que o temperamento seria definido como o conjunto de comportamentos dos animais em relação ao homem, geralmente atribuído ao medo. Invariavelmente, as tendências de apresentação de determinados comportamentos são descritas em termos de temperamento, sendo que nesse a medida de temperamento é comumente usada para distinguir um indivíduo de outro, com relação a uma variedade de disposições primárias do comportamento, dentre elas: agressividade, atividade e respostas emocionais (medo). Portanto é um conceito bastante complexo, que leva a várias conotações interessantes e diferentes definições por diferentes usuários. Assumindo que temperamento é uma característica individual (proporcionando a oportunidade para comparação entre indivíduos) que é consistente em diferentes situações ao longo do tempo, assumimos também que pode envolver muitas características, muito diferentes entre si. Assim, do ponto da aplicação prática do conceito na avaliação de bovinos é provavelmente impossível encontrar uma definição única. Na verdade, o que parece acontecer na prática é que avaliamos os indivíduos considerando um ou alguns aspectos (de forma independente) de seu temperamento, medindo a tendência dele ser agressivo, ágil, atento, curioso, dócil, esperto, medroso, reativo, teimoso, tímido etc. Esta tendência é caracterizada quando um animal apresenta determinados comportamentos de forma consistente (em termos de intensidade). Por exemplo, ser pouco ou muito agressivo. No contexto histórico da domesticação, as reações emocionais dos animais em relação ao homem, como a tendência de fuga ou de agressão, provavelmente desempenharam

as ações de manejo e às pessoas que as desenvolvem. No caso das ações humanas ser aversivas, há tendência de aumentar o nível de medo dos animais pelos humanos. Obviamente, algumas ações (e comportamentos) humanas são claramente aversivas para os bovinos: elevação da voz, pancadas e utilização de ferrão são ações muito comuns no manejo de bovinos de corte, resultando em animais com medo de humanos. Práticas de rotina, como vacinação, marcação e castração, também são aversivas. Em geral, ações aversivas conduzem a respostas negativas, com o aumento do nível de medo dos animais pelos humanos causando maior distância de fuga, dificultando o manejo de alimentação, dos cuidados sanitários, da ordenha e das práticas zootécnicas, e resultando em estresse agudo ou crônico. Há também tratamentos classificados como positivos. As associações positivas dos animais em relação às ações recebidas são refletidas no aumento da produtividade, melhores índices reprodutivos, na obtenção de produtos de melhor qualidade, numa menor distância de fuga e na facilidade em desempenhar o manejo do rebanho. Dentre as ações positivamente aceitas pelos bovinos podem ser citadas: afagos, tapinhas na região da garupa, coçadinhas na cabeça, conversas com timbre de voz suave, assobios e músicas. Comportamento de bovinos durante o manejo: interpretando os conceitos de temperamento e reatividade – Temperamento é um conceito antigo em psicologia, mas apenas recentemente passou a ser tratado como uma característica de interesse na produção de bovinos.

Espaço e pastagens compõem o habitat dos bovinos Casa Branca Press 11

técnica

Água e espaço: dois fatores fundamentais na pecuária sustentável

matéria

técnica matéria Interação com animais é sempre importante

a supressão de respostas agressivas mesmo após muitos meses desde o manejo gentil. Apesar dessas evidências, muitos pesquisadores, criadores e trabalhadores ainda não reconhecem este relacionamento como valioso. Apontam os bovinos puramente como objetos de trabalho, máquinas de produção que não se alteram com os comportamentos humanos. Não há como implementar um programa de qualidade da carne em empreendimentos pecuários que seguem esta filosofia de trabalho, pois desconsideram estar trabalhando com um sujeito que tem vontade própria, produto de necessidades e desejos que o caracteriza como um ser vivo (o bovino) em interação com seu ambiente (do qual nós – seres humanos – somos parte importante). Felizmente essa visão mecanicista está perdendo terreno e muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas para a melhor compreensão das relações entre humanos e animais de produção. A boa relação entre humanos e animais depende muito do interesse de quem desenvolverá as atividades no ambiente de criação. Um bom trabalhador sempre deverá estar atento ao comportamento e às necessidades fisiológicas, de segurança e comportamentais. Quanto às necessidades fisiológicas, a deficiência ou o excesso de determinado recurso ou estímulo pode contribuir para o estresse, ocasionando a redução da produtividade. As necessidades de segurança dizem respeito a acidentes com equipamentos e instalações, ação de predadores etc., que em geral são pouco considerados, provavelmente pelo fato de não ser alvos de muitos estudos, mas que podem resultar até em morte do animal. Dentre todas, as necessidades comportamentais são as menos compreendidas, sendo classificadas em três categorias: Abuso (crueldade ativa, agressão física); Negligência (crueldade passiva do tipo que ocorre quando um animal é confinado e então é negada uma necessidade fisiológica como alimento, água, cuidados com saúde ou abrigo) e Privação (crueldade passiva que envolve a negação de certos elementos ambientais considerados menos vitais que as necessidades fisiológicas ou de segurança). O não atendimento dessas necessidades geralmente resulta em frustração, medo ou desconforto, com consequências negativas no processo produtivo como um todo (queda na produtividade e produtos de pior qualidade). Os bovinos são animais que gostam de rotina e que, ao que tudo indica, têm boa memória. São capazes de discriminar as pessoas envolvidas nas interações, apresentando reações específicas a cada uma delas em função do tipo de experiência vivida, caracterizando assim um aprendizado associativo, do tipo condicionamento operante. Vários pesquisadores têm registrado a associação dos animais para


importante papel na definição daquele que seria domesticado. Após o processo de domesticação, o homem continuou interessado em animais menos agressivos e mais fáceis de lidar, promovendo a seleção de indivíduos com as características mais desejáveis. Atualmente, essa é uma avaliação realizada com maior frequência pelos vaqueiros, fruto de sua experiência na lida do dia-dia. Apesar da clara intenção de obter animais com tais características, não há muitos registros de como isso tem sido feito e, principalmente, de quais medidas têm sido utilizadas - informações imprescindíveis a ser consideradas em programas de seleção. As justificativas para nos preocuparmos com esta questão são várias e todas elas partem da pressuposição de que esta característica (temperamento) contribui para a otimização do sistema de produção. Por exemplo, medo e ansiedade são estados emocionais indesejáveis nos animais domésticos, pois resultam em estresse e consequente redução no bem estar dos animais. Trata-se, portanto, de uma característica com valor econômico, pois a lida com animais agressivos implicaria maior estresse e maiores custos em função de: (1) necessidades de maior número de vaqueiros bem treinados; (2) riscos com relação à segurança dos trabalhadores; (3) tempo despendido com o manejo dos animais; (4) necessidade de melhor infraestrutura de manejo e maior manutenção; 12 Casa Branca Press

(5) lotes heterogêneos, devido à existência de animais com diferentes graus de susceptibilidade ao estresse do manejo; (6) perda de rendimento e de qualidade de carne devido a contusões e estresse no manejo pré-abate; (7) diminuição da eficiência na detecção de cio em sistemas que envolvam a utilização de inseminação artificial. Bovinos frequentemente são classificados com base em algum aspecto de seu temperamento durante a coleta de dados. Por exemplo: “um ferrão elétrico foi usado apenas em um animal teimoso”. Este tipo de caracterização é muito comum entre pessoas engajadas no manejo de bovinos. Assim, caracterizar e medir o “temperamento” é um desafio atual, sendo necessário desenvolver metodologia eficiente, segura e de fácil aplicação, que possa ser generalizada no meio pecuário. A maioria das pesquisas sobre esta característica lança mão da aplicação de escores de “temperamento”, medindose o grau de perturbação do animal quando submetido a determinada situação de manejo. Por exemplo: quando um animal está sendo submetido à pesagem ou à contenção no tronco ou na seringa, podemos classificá-lo de acordo com suas reações (intensidade e frequência de movimentos, respiração, vocalização, defecação etc.). Nas escalas nominais os valores extremos representariam os animais mansos e os mais agressivos, respectivamente, com os níveis variados representados pelos valores intermediários

Num primeiro trabalho, foram estudadas 511 vacas pertencentes ao rebanho da Estação Experimental de Zootecnia de Sertãozinho, envolvendo animais das raças Nelore, Gir, Guzerá e Caracu. Nesta oportunidade adotamos os testes EB5 e VF. Os objetivos desse estudo foram: verificar a ocorrência de diferenças entre raças e entre indivíduos dentro de raça e detectar se haveria algum tipo de associação entre os testes. Num outro estudo, realizado na Fazenda Mundo Novo, utilizou-se os testes DF, EB3 e EB5 em animais da raça Nelore (n=169), que finalizaram sua participação na prova de ganho de peso a pasto. Baseando-se na pressuposição de que, embora as variáveis não tenham sido medidas de forma contínua, em termos biológicos elas se expressam desta forma, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson, para estudar a associação entre as medidas de reatividade (EB3, EB5 e DF) e as seguintes medidas de desempenho: ganho de peso médio diário desde o nascimento até 550 dias (GPNF); ganho de peso médio diário durante prova de ganho de peso (GPP); peso final aos 550 dias (PF). No primeiro trabalho identificaram-se diferenças significativas entre raças e entre indivíduos dentro de raça para as duas medidas. Embora, de forma preliminar, esses resultados indicaram que há controle genético nessas respostas, que poderia ser considerado em programas de seleção, dada a variabilidade individual dentro das raças. Pela estimativa de um coeficiente de correlação (teste de contingência de X2), encontrou-se associação significativa entre EB5 e VF (C= 0,39; P<0,001). Embora este resultado indique que as medidas foram associadas, a magnitude do valor de “C” também indica que elas não representam uma mesma característica. Isso nos levou a levantar a hipótese de que a primeira medida (EB5) esteja mais relacionada com mansidão (definida como a qualidade ou estado daquele Meio ambiente ideal para os bovinos inclui pasto e áreas de proteção ambiental

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técnica

da escala. Geralmente, na literatura encontramos escalas variando de 3 a 10 níveis de escore. Outras abordagens utilizam variáveis contínuas, medindo-se a distância de fuga e/ou a velocidade com que os animais percorrem determinada distância, geralmente durante o manejo no brete ou na saída da balança. Em alguns casos estas medidas também podem ser classificadas, estabelecendo escores que englobam respostas similares. Com estas informações em mente, iniciamos estudos para avaliar o “temperamento” de bovinos de corte, contando com a colaboração dos pesquisadores da Estação Experimental de Zootecnia de Sertãozinho e da Fazenda Mundo Novo. Foram definidos três tipos de testes na medida do “temperamento”, quais sejam: (1) distância de fuga (DF), realizada de forma rotineira na Fazenda Mundo Novo, medindo-se, por meio de escores (5 níveis), a reação do animal à aproximação do homem, que tentava tocá-lo. Nesse caso, o escore mais alto designava o animal que se deixava tocar e o mais baixo o que atacava: a realização deste teste se dava em uma arena de forma circular com aproximadamente 8 m de diâmetro; (2) escore na balança (EB), com a aplicação de escores aos animais submetidos ao manejo de pesagem, baseando-se, principalmente, na movimentação dos animais na balança, definindo 3 e 5 níveis, EB3 e EB5 respectivamente, em que os maiores valores representavam os animais mais reativos; (3) velocidade de fuga (VF), definida pelo tempo que os animais gastavam para percorrer 2 metros, imediatamente após saírem da balança. Esta medida foi realizada por um equipamento constituído de duas células fotoelétricas. Ao passar pela primeira, esta detectava a presença do animal e acionava um cronômetro, que era interrompido quando o animal passava pela segunda, registrando assim o tempo que o animal levou para percorrer os 2 m que as separavam.

matéria

matéria

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Animais reagem positivamente aos comandos ordenados


que possui gênio brando, sereno) e a segunda (VF) mais relacionada com docilidade (definida como: qualidade ou caráter daquele que aprende facilmente, que é facilmente conduzido). Sendo assim, a associação aqui reportada representaria apenas uma zona de sobreposição entre características diferentes. No segundo trabalho, observaram-se correlações positivas e significativas de DF com GPNF e PF (r= 0,23 e 0,27; respectivamente); EB3 e EB5 foram altamente correlacionadas entre si (r= 0,88; P<0,01) e apresentaram correlações muito baixas e não significativas com as medidas de desempenho. Não houve correlação significativa de DF com EB3 e EB5 (r= -0,17 e -0,14, respectivamente), nem de DF com GPP (r= 0,09). A falta de correlação entre DF e GPP poderia ser explicada pelo aumento da competição entre os animais, em função da suplementação alimentar recebida no cocho no período da prova, supondo que os animais mais mansos ocupariam posições de submissão na ordem de dominância. Todavia, essa questão precisa ser mais bem estudada, já que dados sobre a relação entre a ordem de dominância e o temperamento são escassos. Embora de forma preliminar, estes resultados sugerem que DF é uma boa medida de mansidão (como definido acima) e que mansidão e desempenho são características positivamente associadas, desde que não haja condições que promovam a competição entre os animais por recursos alimentares. Já EB3, EB5 e VF não caracterizariam tão bem a mansidão dos animais, talvez por confundi-la com outra característica: a de docilidade. Com base nesses resultados, todas as medidas aqui consideradas representariam medidas de reatividade (definida como: qualidade ou estado daquele que protesta, luta) e 14 Casa Branca Press

não caracterizariam o temperamento no seu sentido mais amplo. Ou seja, como o conjunto de traços psico fisiológicos estáveis de dado indivíduo, determinando suas reações emocionais. Numa tentativa de ilustrar a complexa relação entre as reações emocionais que caracterizariam o temperamento apresentamos a Tabela 1, para mostrar que a medida do temperamento é algo extremamente difícil, pois envolve muitas características, bem diferentes entre si, de forma que não está claro qual é a fronteira desse conceito. Isso não diminui o impacto das reações emocionais nas relações de um animal com o seu ambiente, mas dificulta muito sua interpretação. Enfim, há muito para ser feito para conhecer bem como ocorrem as reações emocionais dos animais domésticos e quais seus efeitos sobre o sistema produtivo. Já há indicações de que é possível modificar a intensidade dessas reações pela seleção, baseando-se na própria história da domesticação e nos trabalhos de vários autores que encontraram valores moderados de herdabilidade (Tabela 1). Além disso, há também a possibilidade de atuar via manejo, promovendo o amansamento dos animais por meio dos processos de habituação e de aprendizado associativo (condicionamento).

Matrizes e crias: interação positiva se reflete no desempenho

Tabela 1 - Coeficientes de herdabilidade para “temperamento” em algumas raças de bovinos.

Raças

Herdabilidade

Holandês

0,47 - 0,53

Mestiços zebu, Africânder, europeu 0,48 - 0,58 Europeu (Angus, Hereford etc)

0,17 - 0,42

Zebu e mestiços

0,12 Casa Branca Press 15

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Por exemplo: dado o posicionamento de seus olhos, os bovinos tem ângulo de visão muito amplo, mas também têm alguns pontos cegos. O manejo de condução do gado será facilitado ao se considerar esta característica, caso contrário poderemos dificultá-lo. Por exemplo: se um bovino perde de vista a pessoa que o manejo (por adentrar na zona cega, que ocupa aproximadamente 14% na parte traseira do animal), ele provavelmente parará para olhar para trás, tentando manter a pessoa no seu campo visual, atrasando todo o deslocamento. Imagine o tempo que será perdido se isto se repetir com cada animal que estiver sendo conduzido para o tronco ou para o brete. Um outro exemplo interessante quanto à capacidade visual do bovino está relacionado ao tipo de cercado utilizado no curral e demais áreas de manejo, com tábuas intercaladas por espaços abertos: este tipo de desenho permite que o gado se distraia ou se assuste com acontecimentos ou pessoas que estão do lado externo, fazendo com que os animais parem, recuem e tentem saltar, atrasando a conclusão do trabalho. Ao vedar esses espaços na seringa o tempo de entrada dos animais no tronco é diminuído, além de ocorrer maior uniformidade das respostas. Um outro aspecto prático, envolvendo comportamento e manejo, diz respeito ao dimensionamento das estruturas de manejo mais intensivo, as quais são elaboradas em geral visando apenas o manejo de uma categoria específica de animais (animais adultos). Assim, indivíduos menores (bezerros) ocupam menor espaço nos compartimentos de manejo (brete ou tronco), o que oferece a possibilidade, não desejável, de maior movimentação. Por exemplo: virando-se completamente e ficando posicionado na direção oposta ao movimento desejado.

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Bovinos precisam de áreas para descanso com sombreamento

Instalações e manejo: alterações no comportamento dos bovinos – Há outras situações que precisam ser analisadas. Vários recursos e estímulos são necessários para que os bovinos se encontrem em boas condições de bem estar, como: o espaço em si, permitindo que os animais mantenham suas atividades em contexto social equilibrado; os abrigos, para que possam se proteger dos rigores do clima; os alimentos, incluindo as forragens, a água e os suplementos. Existem particularidades que definem o grau de necessidade de cada um desses recursos, dependendo das características genéticas e ambientais, como por exemplo a necessidade por sombra depende da capacidade de adaptação do animal ao calor. Portanto, os maiores riscos para diminuição do bem estar de animais mantidos em pasto ocorrem na ausência ou deficiência de um ou mais dos recursos necessários, que resulta no aumento da competição entre os animais, com prejuízos óbvios para os submissos. De maneira geral, pode-se dizer que os bovinos são bem modestos em suas necessidades em qualquer um desses itens e, portanto, elas podem ser atendidas sem muitas dificuldades. Todavia, quando bovinos são manejados, conduzindo-os, geralmente, para os currais, promove-se desorganização em suas atividades sociais, dificultando a manutenção do espaço individual e provocando a quebra do equilíbrio na hierarquia de dominância, sendo difícil minimizar esses efeitos devido aos equipamentos e às estratégias usadas rotineiramente. Estudos sobre a forma e dimensionamento de currais de manejo têm sido realizados pela dra. Temple Grandin, da Universidade do Colorado (EUA), e levam em conta aspectos do comportamento e da estrutura biológica dos bovinos.


Este problema tem sido resolvido com o desenvolvimento de estruturas que reduzam o espaço interno e são acopladas em tais compartimentos durante o manejo específico. Outro aspecto importante é a condução dos animais para ambientes que eles desconhecem, como os caminhões. Neste caso deseja-se que o embarque seja feito de forma rápida e tranquila, mas nem sempre isso é possível. Dependendo do temperamento dos animais e do sistema de manejo utilizado, o gado pode ficar muito relutante em entrar no caminhão (ou em qualquer outro tipo de instalação desconhecida para ele). Geralmente, os animais abaixam a cabeça, cheirando o chão ou piso e se locomovem muito lentamente, às vezes com relutância (avançando alguns passos e recuando em seguida). Na expectativa de acelerar o processo de embarque (ou de entrada em bretes ou troncos), geralmente os animais são estimulados com cutucões, choques elétricos e, não raras vezes, com pancadas fortes. Tal atitude estressará ainda mais os animais, que ficarão mais nervosos, aumentando a agressividade e os riscos de acidentes (eles podem se atirar contra as grades do caminhão, pular sobre outros animais, escorregar, cair, atacar os outros animais com cabeçadas e coices etc). A facilitação social do comportamento é uma forma bastante eficaz em situações que ocorre relutância do gado em ser conduzido para um local desconhecido. Essa facilitação pode ser realizada pela utilização de um animal “madrinha” (animais dóceis e treinados introduzidos no lote de animais durante o manejo), que favorece a movimentação dos animais a partir de estímulo inicial (inicia o comportamento) em realizar determinada ação. Com observações empíricas, a utilização de madrinhas em grupos de animais jovens (bezerros) também pode ser de grande importância ao desenvolvimento desses animais, auxiliando no início da ingestão de suplementação, por meio de processos de 16 Casa Branca Press

aprendizagem, bem com oferecendo possível sensação de proteção aos bezerros recém desmamados. O espaço reservado a cada animal em uma área de manejo é extremamente importante no sentido de facilitar a convivência social em um grupo. Principalmente em áreas de confinamento este pode ser fator preponderante na qualidade de vida dos animais, facilidade de manejo e até mesmo na garantia de sucesso do empreendimento. Experimento analisou a concentração de cortisol no plasma sanguíneo de novilhos de ano, inteiros, das raças Fleckvieh e Holandês preto e branco (HPB), confinados sob diferentes densidades. Os grupos criados em 2m2/ animal apresentaram níveis significativamente maiores de cortisol (P<0,01) que os criados em 3m2/animal (6,63 ± 0,53 e 3,83 ± 0,50 ng/ml, respectivamente). Observaram-se também baixas concentrações do corticosteróides no sangue de animais dominantes e maiores níveis à medida que decaía a posição na escala social do rebanho, no qual o último classificado se apresentou mais estressado. Novilhos de diferentes raças de engorda na Alemanha, estabulados com idade entre 9 e 18 meses, apresentaram correlações altamente significativas entre categoria social: peso (r =0,86) e categoria social : idade (r =0,71). O isolamento social também afeta o comportamento, ganho de peso e qualidade da carne. Outro estudo observou que bezerros criados em grupo apresentaram posturas de descanso mais confortáveis, maior frequência de interação social e também melhor ganho de peso e eficiência alimentar, bem como carne mais macia, saborosa e com menor percentagem de gordura intramuscular. Outros fatores, como tamanho e forma dos chifres, temperamento, experiência em lutas anteriores, sexo, raça e saúde são importantes para o posicionamento social dentro de um rebanho. Uma vez definida a hierarquia social num

Qualidade de carne – A qualidade da carne é definida por suas propriedades físico-químicas e traduzida em maciez, sabor, cor, odor e suculência. Estas propriedades de uma peça de carne são determinadas pelos muitos fatores inerentes ao indivíduo (genética, idade, sexo) à fazenda de origem (manejo alimentar, manejo geral), transporte, manejo pré-abate, abate e métodos de processamento da carcaça, duração e temperatura de estocagem e forma de cocção utilizada. O pH da carne tem papel determinante na aceitabilidade da carne por afetar a maciez, cor, sabor e o odor. O pH é determinado pela quantidade de glicogênio no músculo no momento do

abate. Carne com pH em torno de 5,5 geralmente apresenta-se macia, com boa coloração e de paladar saboroso. Se, entretanto, o músculo contém menos glicogênio ao abate haverá menos ácido lático e o pH último terá queda menor. O pH em torno de 5,8 a 6,2 tende a produzir carnes mais escuras, duras e impróprias para consumo. Carnes com pH entre 6,2 e 7,0 são escuras, firmes e secas à cocção e somente poderão ser comercializáveis se manufaturadas. O manejo pré-abate influencia significativamente a qualidade de carne e mesmo o aproveitamento da carcaça. Segundo estimativas de Temple Grandin, o estresse no manejo pré-abate acarretaria cerca de três milhões de dólares/ano de prejuízo aos abatedouros em decorrência de contusões nas carcaças, levando ao prejuízo anual de US$ 22.500.000,00 para a economia norte-americana, danificando cerca de 9,2% das carcaças. Na Nova Zelândia, cerca de 40% do gado seriam contundidos durante o manejo pré-abate. Além das perdas decorrentes de contusões e hematomas, o estresse

vivenciado por estes animais durante o manejo em abatedouros mal planejados leva ao aumento do pH da carne diminuindo a sua qualidade. Grandin cita que numerosas contusões podem ocorrer em decorrência do temperamento e que isso pode se agravar se os animais são aspados. Ela observa ainda que nos EUA os bovinos aspados perdem em média 1,86kg por carcaça e os não aspados, 1,12kg. Para finalizar este tópico convém lembrar que no manejo pré-abate as etapas mais críticas são as de embarque e de desembarque dos animais. No caso de manejo agressivo nesse momento, os animais ficarão mais estressados, resultando em prejuízos para a carcaça (contusões) e qualidade da carne (cortes escuros - “dark cutting”), lembrando que tais prejuízos podem ser decorrentes da ação direta do homem, ao bater ou acuar os animais contra cercas, porteiras etc, ou indireta com a formação de lotes novos nessa etapa final da produção, desrespeitando os seus padrões de organização social e aumentando as interações agressivas entre os animais.

Bovinos têm de ser motivados ao deslocamento

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rebanho a ordem é relativamente estável e as posições respeitadas; disputas e desavenças são raras e as categorias são mantidas com simples ameaças. Atritos são novamente presentes se animais estranhos são introduzidos no grupo. Daí a importância de se manterem lotes fixos durante a fase de engorda.

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Mix de áreas de pastos e matas é sempre importante


OF BEHAVIOR OF CATTLE FOR THE IMPLEMENTATION on beef quality programs

Paulo Marques and Angus in his farm in South of Minas Gerais (Brazil)

Beef farming has developed rapidly in recent years in Brazil. However, research has mostly been directed at nutrition, breeding and reproduction. Although these approaches contribute a lot, bringing many benefits to the meat sector, the animal ends up being compared to a “machine”, depending mainly on nutrition to respond to the needs of production. This demonstrates a lack of interest in the biology of cattle, which has limited the understanding of some answers found in research aimed at increasing production and/or improving meat quality. Furthermore, the implementation of meat quality programs usually emphasizes getting high quality products only. However, such programs should consider more than the intrinsic quality of the product, taking into account other perspectives that should guide the production process with social development and environmental preservation commitments. Finally, it should provide a safe, nutritious and delicious, sustainably produced and committed to promote human and animal welfare, without forgetting about the profitability of the producer. In this scenario, the behavior study may provide a new perspective to a conventional 18 Casa Branca Press

scientific approach of livestock products, bringing up situations not yet considered or misunderstood. So ethology assumes an important role in understanding the needs of cattle, as well as our (human) relations with these animals. In this sense, literature on the biology of animals is still scarce. Quality programs used by national or international companies recommend first understanding, in the broadest sense, interactions between customers and suppliers. Additionally, understanding the process concept is a crucial part on implementing any quality program. But what is the relationship between animal behavior and these business concepts? The process concept in respect to the set of facts and/or interconnected operations is moving creating effects or giving results. This highlights the great importance of actions and decisions taken in each process in the following activities. As an example, the high dependence between steps that make up the meat production chain. The quality of beef we eat is directly influenced by the package of meat on the supermarket shelf, which in turn is influenced by the slaughter

Mateus J.R. P. da Costa, Eliane V. da Costa and Silva, Marcos Chiquitelli Neto and Marcelo Simão da Rosa (Proceedings of the Annual Meeting of Ethology, Natal/RN, 2002)

process, which is af fected with by the preslaughter management, which is a consequence of the process of growing and feeding, which arises from the process of breeding. We also understand that each process consists of sub-processes and the more we know about these details, the better we can interact to achieve the desired results. This relationship between processes and sub-processes should be interpreted as a relationship between customer and supplier, in order to distinguish the first process as a supplier and the following process as a client. When we improve the quality of a process, consequently we improve the quality of the following process. Focusing on the production process, from birth to slaughter of cattle, we should also understand that the definition of customer and supplier can go beyond the relationship between processes and the definition of the subject that can be changed in different situations. Our client (the one who

the stress of animals during routine handling. They know, for example, that animals agitated during handling have a higher accident risk, leading to increased carcass bruising. However, few recognize that these risks are reduced when the animals are handled calmly. Thus, the lack of understanding of the biology of the species and our (human) resistance to change when we deal with cattle has limitations that must be overcome to implement quality beef programs. Here we intend to discuss the use of the ethological approach (studying the behavior of animals in their relations with the people who work with them) in solving these problems. The costs of poor quality: experience in handling pre-slaughter - Pre-slaughter management involves a series of unfamiliar situations for cattle, causing them stress. Among them: grouping animals in confined pens, shipping them off, confinement in the trucks (moving or not), displacement, arriving, handling and confinement pens in the packing plant. Such activities should be well planned and carried out to minimize stress, which can cause damage to the carcass and the quality of the meat can be lost. In Brazil, we have paid attention to this stage of production, even though those directly involved (producers, transporters and packing plants) know little about the consequences of improper handling preslaughter, which certainly has a negative impact on the profitability of the cattle raiser and packing plant. Such assessments would have used the preliminary approach by the short time spent on them. We made some observations, adopting the ethological method, on the procedures involved in cattle transport to the packing plant (from ranch management to slaughter), describing the facility conditions and management, animal behavior and frequency of injuries in carcasses. We followed animals that were shipped from four ranches and transported in 12 trucks. Arrival of some of these animals was also followed by looking at management in the packing plant pens in some cases. Based on this survey we identified the following problems in pre-slaughter management resulting in increased carcass bruising:

(1) direct aggression (2) high stocking density, caused by inadequate livestock management in ranch corrals and docking (3) inadequate facilities (4) inadequate transportation, trucks and roads in poor condition (5) cattle very agitated, reacting to aggressive management. Even with good transport conditions and short journeys, the cattle showed signs of stress. The intensity varied, but showed a typical fear situation. Frequency of injuries varied from farm to farm. Deterioration of the transport conditions brought in an accidental component, but this was also caused by management failures, due to lack of proper equipment, lack of training of cow handlers and drivers, and a lack of supervision. It is necessary that the whole process is improved: from the farm management and its facilities to the general condition of the vehicles and how they are lead, as well as packing plant facilities and management. We conclude that to ensure the successful implementation of the quality beef program, a detailed study is needed to detect hot spots and establish a quality program of services in livestock handling. There is a need to evaluate the efficiency of facilities and equipment in use (farm pens, docks, trucks, electrical stingers, packing plant pens, stunning room) as well as the type of cattle (in terms of reaction) and the way they have been managed. Training programs, aimed at all those who deal with cattle, should be implemented immediately, since in general management has been identified as very aggressive. Difficulties in ranch’s day-to-day (and lack of knowledge) - In a lot of paintings or photographs, the vision of a cattle farm can be very idyllic, with the animals quietly grazing, green forage growing. However, this view does not amount to day-to-day realities on the same ranch that day, going between peaceful moments to extreme agitation, both for the men who work there and the animals that live there. Perhaps the most widespread view that is still represented by the paintings and perhaps this is why aren’t so concerned with the less enjoyable part of everyday life that, in many cases, is shown by hard work. This dates back to the beginnings Casa Branca Press 19

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THE CONTRIBUTION OF THE STUDY

buys goods or services) is, in most cases, the very cattle that receive our service, or receive food and healthcare, being raised according to the environmental conditions that we provide. In this context, we are defined as a supplier (who provides goods or services for others). However, in livestock management situations (guiding animals), the animal will be interacting directly with the man and in this context; it can be defined either as a client, receiving the management, or supplier, reacting positively or negatively to management. The animal’s response may be due to a set of genetic or environmental stimulus. However, previous experience gained by the individual can be a major factor in the response. A macroscopic approach leads us to understand the animal in the final stages of production line, after slaughter, as well as our supplier, giving us meat with the quality of the resulting consequences of our actions during the process in which we were suppliers. With this approach we can imagine how precious it is the information that indicates the needs of animals. In this case, the study of behavior can help to understand them more effectively and consistently, reducing the possibility of interpretation of empirical observations in animals and, consequently, facilitating management and improving their quality of life. Thus, it is important to seek the understanding of the biology of bovine animals, defining which features are important to these animals and the needs of those about them. There is already some information available in the literature, but there is still much to learn about animal behavior and ecology of grassland ecosystems. We understand that only after getting an understanding, we are better prepared to define techniques for cattle breeding and management, given the economic interests without harming the environment and animal welfare. The application of this knowledge in farm routine is an even greater challenge. Although there are some good examples, showing that this strategy can bring direct and indirect gains for all segments involved in the production of meat, there are still many technical and cultural hurdles to be overcome. Many people recognize the importance of reducing


of animal husbandry, putting men and animals under serious risk of injury. Only as an example: since bulls have been raised, they have had to suffer the pain, discomfort and indignity of being castrated without anesthesia, not to mention all the preceding activities up to the surgical procedure itself, such as fencing, roping, and being tied up. Such practices are still very common and this attitude has been justified by economic arguments, referring us to an old argument, which determines the changes in dealing with cattle to increase the ranch’s revenue that, in turn, allows equipment to be purchased and better technology to be adopted. For those who yield to this kind of argument, they should be aware of changes in the relationship between humans and cattle in the day-to-day of a ranch where there is no need for changes in market conditions or major investments. Just to have a better understanding of the animals that are raised and adapt the management system to suit and not the other way around. From this understanding we can begin to interact well with the animals, with positive effects on their welfare as well as the humans who work with them. Obviously a good interaction also depends on the person’s interest towards the activity being developed. The employee is an animal trustee, determining, in general, production and welfare. But worldwide, rural workers are seen as inexperienced, but they are entrusted with the productivity and well being of animals, which highlights the importance of the job description offered up and checks out the skills and knowledge of the person who aspires for this position. Even in the most favorable management conditions on farms which have trained personnel and technological resources, a lot can be changed, particularly in the daily management of cattle. The first step in this direction is the establishment of ethical principles, which ensure the provision of healthy and good quality products, gotten by methods that respect and guarantee good conditions for all animals, including those about to be slaughtered (pre-slaughter management). The degree of dedication of people to their jobs depends on 20 Casa Branca Press

their motivation, which is the basic force that drives behavior as a result of a reward or punishment that a particular behavior produces. Positive attitudes, which are not routinely expressed by the worker, often relate to a “good day” had. A more detailed discussion of the interactions between humans and cattle is presented below. Humans and cattle interaction - probably humans and animals have interacted with each other for hundreds of thousands of years. There is evidence that our relationship with cattle has narrowed with farming around 6,000BC. Today, the interaction intensity and time spent with this species of animal is variable, depending on the breeding system adopted. More interaction is expected between humans and cattle in intensive breeding, since the former are responsible for providing food, health care and milk, among other actions carried out routinely with these animals. However, the quality of this relationship (human x bovine) needs to be looked at further, because besides the time spent in the care of animals we ask the question of how humans and animals react in this interaction, what brings positive, negative or neutral stimulus. Finally, if the interaction is or is not nice to each of the subjects. With this in perspective, it is clear that the analysis of relations must be on an individual basis and in context. We defend the theory that a proposal for cattle should be defined with a full understanding of interactions taking into account their possible responses as well as the actions that we intend to develop with the animals. This understanding will improve our relationship with animals, with positive impacts on productivity, including product quality. There is strong evidence that there are sensitive periods for defining the quality of these relationships, and critical situations, such as birth and weaning periods would be described as sensitive to defining a relationship between humans and cattle. Thus, animal reactions to human presence would be largely defined by the type of interaction that occurs mainly in those periods, but also at other times. Empirical evidence of this. A 1992 study showed that calves

handled gently soon after birth and during weaning were less reactive to human presence, with the suppression of aggressive responses even after many months since being handled gently. Despite this evidence, many researchers, ranchers and workers still do not recognize this relationship as valuable. They link the animals purely as objects of work, production machines that do not change human behavior. There is no way to implement a program for quality of meat in livestock businesses that follows this work ethic, since they ignore that they are working with something that has its own will, product needs and desires that identifies it as a living being (the cattle) interacting with its environment (which we - human beings - are an important part). Fortunately, this mechanistic view is losing ground and many studies are being developed to understand the relationship between humans and farm animals better. A good relationship between humans and animals depends largely on the interest of those who develop activities in the farming environment. A good worker should always be aware of the behavioral and physiological needs, safety and behavior. The physiological needs as well as the deficiency or excess of a given resource or stimulus may contribute to stress, leading to reduced productivity. Security needs relate to accidents with equipment and facilities, predators etc. which often aren’t considered, probably because of not being the subject of studies, but can even lead to death of the animal. Of all the behavioral needs least understood are classified into three categories: Abuse (active cruelty, physical abuse); Neglect (passive cruelty of the sort that occurs when an animal is confined and is then denied a physiological need for food, water, health care or shelter) and deprivation (passive cruelty involving the denial of certain environmental elements that are considered less vital physiological needs or safety). Failure to meet these needs often results in frustration, fear or discomfort, with negative consequences in the production process as a whole (a fall in productivity and a lower-quality product). Cattle are animals that like routine and have a good memory it seems. They are able to discriminate against people involved in interactions, with specific reactions to each of them depending on the type of experience, thus defining an associative learning, operant conditioning type. Several researchers have reported an association the animals have for types of management and the people who develop them. When the human is cruel, there is a tendency to increase levels of fear in animals by humans. Obviously, some actions (and behaviors) are clearly human aversive to the animals: shouting, being hit and the use of stinger are very common in beef cattle management, resulting in animals being frightened of humans. Routine practices, such as vaccination, castration and marking are also unkind. In general, aversive actions lead to negative responses, with the increased fear levels in animals by humans causing increased avoidance distances, making food handling, health care, milking and animal husbandry difficult, and resulting in acute or chronic stress. There are also treatments classified as positive. Positive associations of animals in relation to being treated well are reflected in increased productivity, better reproductive rates in obtaining products of better quality, lower avoidance distances and making it easier to manage the herd. Among the actions positively accepted by cattle are: cuddling, pats

on the hump region, head scratching, and conversations with soft tone of voice, whistles and songs. Cattle behavior during handling, interpreting the concepts of temperament and reactivity - Temperament is an ancient concept in psychology, but only recently started to be treated as a trait of interest in cattle production. In recent years, researchers and ranchers turned their attention to this, evaluating it by analyzing animal behavior in routine management situations often assuming that temperament would be defined as the set of animal behaviors in relation to man generally attributed to fear. Invariably, the trends in presentation of certain behaviors are described in terms of temperament, and this measure of temperament is commonly used to distinguish one individual from another, with respect to a variety of primary behavioral rules, including: aggression, activity and emotional responses (fear). So it’s a very complex concept, which leads to several interesting connotations and different definitions for different users. Assuming that temperament is an individual characteristic (providing an opportunity to compare individuals) that is consistent across different situations over time, we assume also that it can involve many features, very different between them. From a practical point to apply the concept in evaluating cattle, it is probably impossible to find a single definition. In fact, what seems to happen in practice is that individuals are evaluated using a few or even one aspect (independently) regarding temperament, measuring the tendency to be aggressive, agile, alert, curious, sweet, smart, fearful, reactive, stubborn, shy etc. This trend is characterized when an animal shows certain behavior consistently (in terms of intensity) for example less or too aggressive. Historically in ranching, the emotional responses of animals toward man, such as the tendency to escape or be aggressive, probably played an important role in the definition of what would be raised. After domestication, man continued to be interested in less aggressive animals that were easier to handle, promoting the selection of individuals with the most desirable characteristics. Currently, an assessment is carried out more frequently by cow handlers resulting in their day-to-day experience. Despite clearly intending to get animals with these characteristics, there’s not much information on how this was done, and especially on measures used - essential information to be considered in selection programs. Reasons to concern about this are numerous, and they all start by assuming that this characteristic (temperament) contributes to optimizing the production system. For example, fear and anxiety are undesirable emotional states in domestic animals, since they result in stress and consequent reduction in the animal welfare. Therefore, it’s a feature of economic value; to deal with aggressive animals would imply greater stress and higher costs due to: (1) the need for more well-trained cow handlers, (2) risks related to worker safety, (3) animal handling time, (4) the need for better management infrastructure and higher maintenance, (5) heterogeneous lots because of animals with different degrees of susceptibility to stress management, (6) loss of profits and meat quality due to injuries and stress in pre-slaughter management, (7) decreased efficiency in detecting when animals are on heat in systems that involve artificial insemination. Cattle are often classified on some aspect of their character during data collection. For example: “An electric prod was only used on a stubborn animal.” This type of definition is very common among Casa Branca Press 21

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In Brazil, cattle breeding in extensive areas


Brahman cattle has been well adapted to Brazilian conditions

The first study involved 511 cows belonging to the Sertaozinho Experimental Station of Animal Science, involving the breeds Nelore, Gyr, Guzerat and Caracu. On this test we adopted SS5 and EV testing. The objectives of this study were: check what happened between different breeds and individuals within a breed and detect if there was any association between tests. In another study, conducted on Mundo Novo farm, we used the ED tests, SS3 and SS5 in Nelore cattle (n = 169), which ended its participation in the weight gain test on pasture. Based on the assumption that although the variables are not measured continuously, in biological terms they are expressed this way, we used the Pearson correlation coefficient to study the association between reaction measurement (SS3, SS5 and ED) and the following performance measurements: average daily weight gain from birth to 550 days (WGBF), average daily weight gain during the test weight gain (WGT), final weight at 550 days (FW). In the first study we identified significant differences between breeds and between individuals within a breed for both measurements. From these preliminary results, they indicate that there is genetic control of these responses, which could be considered in selection programs, given individual variability within breeds. For the correlation coefficient estimate (test contingency X2), found a significant association between EV and SS5 (C = 0.39, P <0.001). Although this result indicates that measurements were associated, the magnitude of the value of “C” also indicates that they do not represent the same characteristic. This led us to hypothesize that the first measure (SS5) is more related with gentleness (defined as the quality or state of that genius which has a mild or serene gene) and second (EV), more related with docility (defined as: the quality or character for easy learners, easily led). Thus, association reported here represents only one overlap area between different characteristics. In the second study, there were significant positive correlations with WGBF ED and FW (r = 0.23 and 0.27, respectively); SS3 and SS5 were highly correlated (r = 0.88, P <0, 01) and showed very low correlations not significant to performance

measurement. There was no significant correlation with ED SS3 and SS5 (r = -0.17 and -0.14, respectively), or ED with WGT (r = 0.09). The lack of correlation between ED and WGT could be explained by increased competition among animals, due to the supplementary feed they received during the test, assuming that the tamest animals occupy positions of submission in order of dominance. However, this issue deserves further study, since data on the relationship between the order of dominance and temperament are scarce. Although preliminary, these results suggest that ED is a good measure of submissiveness (as defined above) and that gentleness and performance characteristics are positively correlated, since there are no conditions that promote competition among animals for food resources. Since SS3, SS5 and EV did not classify gentleness of the animals very well, perhaps confusing it with another feature: that of docility. Based on these results, all the measurements considered here represent reaction measurements (defined as: the quality or state of that protest, fighting) and not classifying temperament in the broadest sense i.e. as a set of stable psycho physiological traits given that individual, determining their emotional reactions. In an attempt to illustrate the complex relationship between emotional reactions that classify temperament presented in Figure 1, showing that the measurement of temperament is extremely difficult because it involves many and different features, so the border of this concept is not clear. This does not diminish the impact of emotional reactions in animal relationships with its environment, but interpretation is very difficult to do. Finally, there is a lot to be done to understand well as what happens in emotional reactions of domesticated animals and their effects on the production system. There are already signs that it is possible to modify the intensity of these reactions for selection, based on the farming history and the work of several authors who found moderate heritability values (Table 1). In addition, there is also the possibility of acting via management, promoting the taming of animals through the processes of habituation and associative learning (conditioning). Table 1 - Coefficients of heritability for “temperament” in some breeds of cattle. Breeds Friesian Crossbred zebu, Afrikaans, European European (Angus, Hereford, etc.) Zebu and crossbred

Heritability 0,47 - 0,53 0,48 - 0,58 0,17 - 0,42 0,12

Facilities and management: changes in cattle behavior There are other situations that need to be analyzed. Several resources and incentives are needed so that cattle are in good conditions of well-being, such as: space itself, allowing animals to maintain activities in a social balance, shelters so they can protect themselves from the severity of climate, food, including feed, water and supplements. There are characteristics that define the degree of need for each of these features, depending on genetic and environmental characteristics, such as the need for shade depends on the adaptability of the animal in the heat. Therefore, the greatest 22 Casa Branca Press

risk to decrease the welfare of animals on pasture occur in the absence or deficiency of one or more of the necessary resources, resulting in increased competition among animals, which obviously impairs the meek. In general, we can say that cattle are very modest in their needs in any one of these items and therefore they can be met without too much difficulty. However, when cattle are managed, leading them, usually to the corrals, it leads to disruption in their social activities, making the maintenance of individual space and causing the breakdown of the balance in the dominance hierarchy, it is difficult to minimize these effects due to equipment and strategies routinely used. Studies on the shape and design of management corrals have been conducted by Dr. Temple Grandin, University of Colorado (USA) and take into account aspects of behavior and the biological structure of cattle. For example: given the positioning of their eyes, cattle have a very wide viewing angle, but also have some blind spots. Driving the cattle will be made easier by considering this feature otherwise we will make it difficult. For example: if a cow loses sight of a person who handles them (because of entering into the blind zone, which occupies approximately 14% on the back of the animal), he will probably stop to look back, trying to keep the person in his visual field, holding back all the move. Imagine how long will be lost if this is repeated with each animal that is being driven into the trunk or Cattle crush. Another interesting example on the visual ability of the cattle is related to the type of fencing used in the corral and other management areas, with tables interspersed with open spaces: this type of design allows cattle to be distracted or frightened by events or people that are on the outside, causing the animals to stop, step back and try to jump, delaying completion of the work. By sealing these spaces in the funnel when the animals go to the holding, the area is decreased, as well as greater uniformity of responses occurring. Another practical aspect, involving behavior and management, concerns the design of more intensive management structures, which are usually intended to only elaborate on management of a specific category of animals (adult animals). Thus, smaller individuals (calves) occupy less space in magazines management (cattle press or holding area), which offers the possibility, not desirable, of more movement. For example: turning and getting completely positioned in the opposite direction to the desired movement. This problem has been solved with the development of structures that reduce the space and are coupled in such compartments during specific management. Yet another important aspect is the transport environment for the animals that they don’t know, such as trucks. In this case fast and quiet shipping is desirable, but this is not always possible. Depending on the temperament of the animals and the management system used, cattle may be very reluctant to enter the truck (or any other type of unknown facility). Usually, animals bow down, sniffing the ground or floor and they move very slowly, sometimes grudgingly (advancing and retreating a few steps below). Hoping to speed up the shipping process (or entry into cattle press or holding areas), the animals are usually stimulated with prods, electric shocks and, quiet often, Casa Branca Press 23

technical

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people who manage cattle. Thus, to define and measure the “temperament” is currently a challenge, and a methodology necessary to develop which is efficient, safe and easy to apply, which may be widespread among livestock. Most research on this aspect uses the application of scores of “temperament”, measuring the degree of disturbance in the animal when subjected to a given management situation. For example: when an animal is being weighed or restrained in the working area or in the chute, we can classify it according to their reactions (frequency and intensity of movements, breathing, vocalization, defecation, etc.). On a nominal scale, extreme values represent tame and more aggressive animals, respectively, with varying levels shown by intermediate values on the scale. Generally, scales found in literature range from 3 to 10. Other approaches use continuous variables, measuring the escape distance and/or the speed at which animals travel a certain distance, usually during handling or in a cattle entering or coming off the scales. In some cases these measurements can also be classified, provided that scores include similar responses. With this in mind, we initiated studies to evaluate the “mood” of beef cattle, with the collaboration of researchers at the Sertãozinho Experimental Station of Animal Science and the Mundo Novo farm. Three types of tests as far as “temperament”, being: (1) escape distance (ED) performed routinely in the Mundo Novo Farm for the reaction of the animal when a man approached him trying to touch him, measured as a score (5 levels). In this case, the highest score is given to the animal that let you touch them and the lowest for the animal which attacked: this test took place in a circular arena of approximately 8m in diameter, (2) score in the scales (SS), applying scores to animals being weighed, mostly based on movement animals in the scales, defining three five levels, SS3 and SS5 respectively, in which higher values represented more reactive animals, (3) escape velocity (EV), defined as the time the animals took to go 2 meters, immediately after leaving the scales. This was measured using a device consisting of two photoelectric cells. Going through the first, the animal was detected and triggered a stopwatch, which was stopped when the animal went though the second, thus recording the time it took the animal to go 2m.


technical

Trees and pasture: perfect combination

hit strongly. Such an attitude will further stress the animals, which will be more nervous, increased aggression and risk of accidents (they can be thrown against the bars of the truck, jump over other animals, slip, fall, attack other animals with head butts and kicks etc. ..) Social facilitation of behavior is a very effective way in situations where cattle are reluctant to be driven into an unknown location. This facilitation can be accomplished by use of an animal “godmother” (docile and trained animals introduced in the batch of animals during handling), which favors the movement of animals through the initial stimulus (the behavior starts) to perform a certain action. With actual observations, the use of mentors in groups of young animals (calves) can also be of great importance in the development of these animals, aiding in the initial intake of supplements, through learning processes, as well as offering protection to the possible feeling of newly weaned calves. The space reserved for each animal in a management area is extremely important in facilitating social harmony in a group. Especially in containment areas this may be an important factor in the quality of life of these animals, ease of management and even ensuring the success of the business. Experiment analyzed the concentration of cortisol in the blood plasma of one year old steers, whole, Fleckvieh and black and white Friesian breeds (BWF), confined under different densities. The groups raised on 2m2/ animal had significantly higher levels of cortisol (P <0.01) than those raised in 3m2/animal (6.63 ± 0.53 and 3.83 ± 0.50 ng / ml, respectively). 24 Casa Branca Press

There were also low concentrations of corticosteroids in the blood of dominant animals and higher levels as they decay in the social position of the herd, in which the last ranked was most stressed. Different breeds of steers for fattening in Germany, stabled aged between 9 and 18 months had highly significant correlations between social categories: weight (r = 0.86) and social class: age (r = 0.71). Social isolation also affects the behavior, weight gain and meat quality. Another study found that calves reared in groups showed more comfortable resting postures, increased frequency of social interaction as well as weight gain and improved feed efficiency and meat was more tender, had more flavor and lower percentage of intramuscular fat. Other factors such as size and shape of horns, temperament, previous fight experience, sex, race and health are important to the social positioning within a herd. Once the pecking order has been defined in a herd, it is relatively stable and positions are respected, disputes and disagreements are rare and categories are maintained with simple threats. Friction is again present strange animals being introduced to the group. Hence the importance of keeping lots fixed during the fattening stage. Quality of meat - The quality of meat is defined by its physical-chemical properties and translated into tenderness, flavor, color, smell and juiciness. These properties of a piece of meat is determined by many factors inherent to the individual (genetic, age, sex), the farm of origin (feed management, general management) transportation, handling pre-

slaughter, slaughter and processing methods of housing, duration and storage temperature and how it is used in cooking. The pH of the meat has key role in the acceptability of the meat to affect the softness, color, flavor and odor. The pH is determined by the amount of muscle glycogen when slaughtered. Meat with a pH around 5.5 is usually soft, with good color and delicious taste. If, however, contains less muscle glycogen when slaughtered there is less lactic acid and the final pH will drop lower. A pH around 5.8 to 6.2 tends to produce darker meat, hard and unfit for consumption. Meat with a pH between 6.2 and 7.0 are dark, firm, to cook and can only be sold if processed. Pre-slaughter management significantly influences the quality of meat and even the use of carcass. According to estimates by Temple Grandin, stress to pre-slaughter management would bring about three million dollars / year in lost earnings due to slaughterhouses on carcasses of injuries, leading to annual losses of US $ 22,500,000.00 to the U.S. economy, damaging about 9.2% of the carcasses. In New Zealand, about 40% of cattle were injured during pre-slaughter management. In addition to losses from injuries and bruises, the stress experienced by these animals during poorly planned handling in slaughterhouses increased pH of meat so decreasing meat quality. Grandin cites numerous bruises that can occur as a result of temperament and this can be aggravated if the animals are horned. She also notes that horned cattle in the U.S. lost an average 1.86 kg per carcass and non-horned, 1.12 kg. To end this topic, remember that preslaughter management is the most critical stage of loading and unloading animals. In the case of aggressive management at this time, animals will become more stressed, resulting in damage to the body (bruises) and meat quality (“dark - cutting”), noting that such damage may result from direct action of man at the corner or hit the animals against fences, gates etc.., or indirect, with the formation of new lots in this final stage of production, disregarding their social organization patterns and increasing aggressive interactions between animals.

Caderno de Genética PWM Gaius

PWM Erbaino AS

PWM Erhan AS

PWM Frontier AS

PWM Grand Kaino AS

PWM Interlagos AS

PWM Jatz

PWM Excell Vasti AS PWM Federal Massie AS

PWM Import AS

PWM Infinito AS

PWM Janus AS BAR 5 SA Pioneer 439L

Big Lark POI 129 Casa Branca Press 25


Angus

Angus

PWM Gaius

PWM Jatz

Registro: HBB114280

Registro: 129402

Nascimento: 16/jul/2006

Nascimento: 03/set/2008

BAR EMULATION EXT AN1413

BECKTON NEPTUNE RR B284

LEACHMAN SAUGAHATCHEE

BECKTON TARA J538 NP

LEACHMAN BC 7100

BECKTON TARA E234 EM

DOBLE HACHE 33 ORIENTAL

RED BUF CRK GOLD QUEST 4506

PASTORIZA 565 BRIGADIER TE

RED GOLD QUEST ROSE 666

PASTORIZA 312 NARANJA TE

RED BETTER BUY ROSE 592

“Falar das qualidades de Gaius é muito fácil pois, como todos podem ver, é um touro de muita musculatura, com 1.085 Kg e 46 cm de CE aos quatro anos de idade. Ossatura forte aliada a excelente padrão racial e muito bem adaptado, produzindo sêmen de altíssima qualidade tanto convencional como sexado. Sua progênie é muito padronizada e com forte evidência de musculatura e precocidade. Hoje é um dos touros mais utilizados para IATF da nossa bateria de Angus”.

“Speaking of Gaius’ qualities is very easy because, as anyone can see, it’s a bull with exuberant musculature, weighing 1,085 kg and 46 cm SC at the age of four. Strong bones, along with an excellent breeding standard and very well adapted, producing extremely high-quality semen, both conventional and sexed. Its progeny is very standardized and with readily apparent musculature and precocity. It is currently one of the bulls that is most used for FTAI in our battery of Angus”.

“Líder absoluto do Centro de Performance da CRV Lagoa 2009, Jatz é o modelo de animal que buscamos no CP, reunindo desempenho e equilíbrio. É destaque para todas as características avaliadas. Indicamos para os produtores que buscam trabalhar com pecuária de ciclo curto, pois Jatz imprime bom ganho de peso aliado a carcaça moderna com muito volume de músculo e alta precocidade de acabamento. Também é uma excelente opção para a produção de fêmeas precoces”.

Cristiano Leal Gerente de Taurinos de Corte da CRV Lagoa

Cristiano Leal Beef Bulls Manager at CRV Lagoa

Cristiano Leal Gerente de Taurinos de Corte da CRV Lagoa

Sêmen disponível

26 Casa Branca Press

“Absolute leader of the Performance Center at CRV Lagoa 2009, Jatz is a model of the type of animal we seek at the PC, bringing together performance and balance. It stands out in all the assessed traits. We recommend it for producers who seek to work with short-cycle livestock. Jatz provides good weight gain, combined with a modern skeleton with very high muscle volume and precocity. It is also an excellent choice to produce precocious females”. Cristiano Leal Beef Bulls Manager at CRV Lagoa

Sêmen disponível

Casa Branca Press 27


Simental

Simental

PWM Erhan AS

Sêmen disponível

Reg.: P125287 / Nasc.: 10/Set/2004

KYKSO BALGER KYKSO BALAN KYKSO ANIMIKA 86

Touro de muita força e consistência de pedigree, Erhan é pai de diversas matrizes do plantel Casa Branca. É pai do Janus , reprodutor que vem impressionando pela boa produção.

KYKSO HADAU KYKSO GERHA 95-23 KYKSO GERLUDI

Erhan is a strong bull, with consistent pedigree characteristics. It is the father of several donors of Casa Branca breeding stock. It is the father of Janus, the sire that has been impressing by its good production.

PWM Erbaino AS Simental

Registro: P125286

PWM Excell Vasti AS

Nascimento: 10/set/2004 Sêmen disponível KYKSO KAIDAM 86 KYKSO KAINO

MONT-BEAU JULIUS MONT-BEAU JUNIOR MONT-BEAU ORLA

KYKSO ERHAKA

BUSCHBRUNN BOETIE CONGOSIM VASTI 3RD CONGOSIM VASTI 82

Excel é o touro referencia quando pensamos em consistência e pigmentação! Foi o touro que utilizamos para dar padrão no rebanho e o sucesso foi tremendo, além disso Excel possui grande linha materna é filho da Vasti 3 uma das mais importantes fêmeas da raça! Varias de suas irmãs estão entre as principais doadoras da Casa Branca.

28 Casa Branca Press

KYKSO ERBA 89-151 KYKSO NOHA)

Reg.: P123618 / Nasc.: 31/Jan/2004

KYKSO BAUGER

Excel is the reference bull when thinking about consistency and pigmentation! It was the bull that we used to achieve herd standardization and the success was tremendous. In addition, Excel has great maternal line, being the son of Vasti 3, one of the most important females of this breed! Many of its sisters are among the main donors of Casa Branca.

Erbaino é o touro do momento! Campeão Progênie de Pai Nacional 2011 e 2012. Pai da Jokasta PWM Alambary, Grande Campeã Nacional 2011 e de da PWM Linda AS, Grande Campeã Nacional de 2012. Também é o líder do sumário da ABCRSS, sendo top para todas as características.

Erbaino is the bull of the moment! National Get of Sire Champion 2011 and 2012, father of Jokasta PWM Alambary, the National Grand Champion Cow 2011, father of PWM Linda AS, the National Grand Champion Cow 2012. It is also leading the ABCRSS abstract, being at the top for all characteristics.

Casa Branca Press 29


Simental

Simental

Pwm

Sêmen disponível

PWM Grand Kaino AS

Sêmen disponível

Federal Massie As

Reg.: P127736 / Nasc.: 26/Mar/2006

Reg.: P128061 / Nasc.: 9/Set/2005 LEEUPOORT GARY KIRSTEN

KYKSO KAIDAM 86

NIEMANDIA KALMAGGIE TN9738

DORSIM MASSIE DORSIM MARIE

Federal foi campeão de pista e suas filhas estão fazendo sucesso atualmente. É pai da Edara, Bi-Grande Campeã do Show da Raça, de Lambada, Campeã Vaca Jovem de Avaré 2012, e de Lady Erkena Reservada Campeã Nacional 2011. Seu pedigree é irretocável, filho do Massie na Kalmaggie, mesmo acasalamento da PWM Falmaggie, vaca que produziu a recordista do Simental Parade 2011, PWM Love Potion AS.

KYKSO KALGER

KYKSO KAINO

CROSS MAGGIE

Federal was a show pen champion and its daughters are successful nowadays. It is the father of Edara, Grand Champion at the breed show twice, of Lambada, Young Cow Champion of Avaré 2012 and of Lady Erkena, Reserved National Champion 2011. Its pedigree is impeccable, the son of Massie and Kalmaggie, the same crossing of PWM Falmaggie, the cow that produced the record holding price of Simmental Parade 2011, PWM Love Potion AS.

KYKSO NOHA

Precocidade e musculatura resumem este reprodutor. Grand Kaino é um touro que utilizamos muito na Casa Branca. Ele produz animais de frame moderado, com grande precocidade, adaptabilidade e musculatura. Sua irmã PWM Griffe de Paris AS foi uma das mais perfeitas vacas que a Casa Branca já criou.

Simental Sêmen disponível

AI-AI SISKA

PWM Import AS OVERAL BIRNER

MONT-BEAU JULIUS BAR 5 SA MS PEDODI 432L

BHR DOORN G629E WISP-WILL PETAL

KYKSO PEDODI

“PWM Frontier foi um dos principais touros da raça Simental em venda de sêmen nos últimos anos. Touro de muita prevalência, passando todas suas qualidades fenotípicas quando submetido em cruzamento com vacas zebuínas. Um dos touros mais compridos da raça”.

PWM Frontier was one of the leading Simmental bulls in semen sales in in the last few years. It is a bull of high prevalence, passing all its phenotypic qualities when breeding with Zebu cows. One of the breed’s longest bulls.

Marco Antonio Lopes de Oliveira Gerente de Produtos Corte Europeu Alta Brasil

Marco Antonio Lopes de Oliveira European Beef Products Manager at Alta Brasil

30 Casa Branca Press

GUNZEL PATTY

Precocity and incredible muscles are the main characteristics of this sire. Grand Kaino is often used at Casa Branca. This bull generates precocious average-framed offsprings, characterized by incredible muscles and great adaptability. Its sister, PWM Griffe de Paris AS, was one of the most perfect cows ever bred by Casa Branca.

Sêmen disponível

Reg.: P131102 / Nasc.: 31/ouy/2007

Reg.: P125393 / Nasc.: 03/mai/2005

BAR 5 SA PIONEER 439L

GUNZEL PATRICA TG97-72

Simental

PWM Frontier AS SALERIKA EVAN

ELDANDI BOBBY

ERICO PRIMAL BHR YANAMARI M240E AI-AI RINA

Sensação!!! Import sem duvida foi o touro sensação do ano! Sua primeira geração é fantástica, se sagrou Reservado Campeão Progênie de Pai em Avaré e Bragança Paulista. E esse é apenas o começo para esse reprodutor. Seus filhos ainda vão dar muito o que falar.

Sensation!!! Import has undoubtedly been the sensation of the year! Its first generation is fantastic. It was Reserved Get of Sire Champion in Avaré and Bragança Paulista, and that is barely the beginning for this sire. Watch out for its offsprings in the following years!

Casa Branca Press 31


Simental

Simental

PWM Infinito AS

Sêmen disponível

PWM Janus AS

Sêmen disponível

Reg.: P129696 / Nasc.: 26/jun/2007 SALERIKA EVAN

BAR 5 SA PIONEER 439L AI-AI SISKA

Reg.: P131109 / Nasc.: 09/Jan/2008

CONGOSIM BENSIE

KYKSO BALAN

BHR KAMBIRT SA L057E

PWM ERHAN AS

CONGOSIM KARLI

“Fazendo jus aos campeonatos conquistados durante sua carreira em pistas de julgamento, único touro da raça Simental a se consagrar Tricampeão e Bi-Grande Campeão Nacional, recentemente contratado pela Alta Brasil, PWM Infinito é um dos grandes destaques dentre todos os touros do portifólio Corte Europeu da empresa. Infinito possui um dos mais belos fenótipos já vistos na raça Simental, sendo bastante elogiado pelos criadores de Simental PO e criadores de gado comercial que visitam nossa central. Infinito está sendo utilizado em grande escala sob programas de cruzamento industrial”.

“Doing justice to the championships won during its career in show pens, the only Simmental bull to be awarded three times as champion and two times as National Grand Champion, recently hired by Alta Brazil, PWM Infinito is one of the stars of all the European beef bulls in the company’s portfolio. Infinito has one of the finest Simmental phenotypes ever seen, being highly praised by PB Simmental and commercial cattle breeders who visit our central. Infinito is being used widely in crossbreeding programs”.

Marco Antonio Lopes de Oliveira Gerente de Produtos Corte Europeu Alta Brasil

Marco Antonio Lopes de Oliveira European Beef Products Manager at Alta Brasil

KYKSO GERHA 95-23

Janus tem a combinação da força do Erhan em linha materna Dan Jaco Benz 78, touro referência na África do Sul por produzir excelentes matrizes. Sua primeira geração é surpreendente. Os melhores bezerros da safra 2012 são filhos deste reprodutor.

PWM Interlagos AS

BAR 5 SA

Sêmen disponível

AI-AI SISKA

Janus inherited the strength of Erhan, being also a maternal line descendant of Dan Jaco Benz 78. It is a reference bull in South Africa due to its capacity to generate excellent donors. Its first generation is surprising, the best calves from the 2012 season being its offsprings.

Sêmen disponível

Reg.: P111159 / Nasc.: 28/jan/2001 MON-BIJOU PIONA 84

CONGOSIM BENSIE

SALERIKA EVAN

BHR KAMBIRT SA L057E

DAN-JACO ERMA 81

CONGOSIM KARLI

Pioneer x Kambirt, talvez um dos melhores acasalamentos da Casa Branca. Deste mesmo pedigree nasceu Infinito, Invicta, Intimate, Fantastic Pioneer e Fashion Doll. É essa consistência genética aliada a excelente tipo que nos fez apostar muito neste reprodutor. Sua primeira geração já esta fazendo sucesso tanto nas pistas como no campo.

32 Casa Branca Press

RENMOR WP8647 86

Pioneer 439L

Reg.: P130861 / Nasc.: 21/Ago/2007

BAR 5 SA PIONEER 439L

BHR KAMARIA SA M208E

Simental

Simental

SALERIKA EVAN

DAN JACO BENZ 78

Pioneer x Kambirt, perhaps one of the best crossing of Casa Branca. Infinito, Invicta, Intimate, Fantastic Pioneer e Fashion Doll were born from the same pedigree. This genetic consistency, allied with an excellent type, made us bet all our money on this sire. Its first generation is already successful both in the show pen and in the pasture.

RU-DEV JIM AI-AI SISKA AI-AI SIENA

Simplesmente uma lenda! Pioneer é o touro mais importante da historia do Simental no Brasil. Ele revolucionou tanto o gado de pista como o gado de campo, produzindo animais com tipo diferenciado e com produtividade inigualável.

Simply a legend! Pioneer made history in Brazilian Simmental show pen and commercial cattle, generating differentiated animals with unmatched productivity.

Casa Branca Press 33


Brahman

cavalo Árabe é bom de trabalho

A história da seleção genética do cavalo Árabe realizada pelas tribos beduínas há milênios explica porque o cavalo Árabe é bom de trabalho

Big Lark

POI 129

Registro: CABR 129 Nascimento: 01/fev/2005

JDH Dakota Manso 599 - 660367

Mr. V8 777/4 - 722181

JDH Karu Manso - 727046

Miss V8 TE BR 27 - BRUB79

JDH Lady Rem Manso - C674728

Miss V8 BR-2 - 616

“Big Lark foi apresentado para a Alta Genetics durante a Expozebu em 2008, quando tinha 30 meses, chamando muito a atenção pela forte musculatura, qualidade dos aprumos e cascos e harmonia e equilíbrio geral. Sua contratação foi de consenso geral. Big Lark é filho de Karu 800, linhagem consagrada na raça, em vaca Brumado, Miss V8 TE BR 27, descendente de Mr. V8 777/4 e Mr. V8 222/4. Esta vaca foi consagrada doadora do criatório Casa Branca, lamentavelmente deixando poucos filhos por ter morrido ainda jovem. No mercado, são poucas as opções da linhagem Karu e muito menos desta ótima combinação de sangues. Tem sido usado na Casa Branca em novilhas e vacas, com resultados satisfatórios, nascendo bezerros médios e pequenos, de pelagem firme, ativos e de bom desenvolvimento”.

Luis Deragon - Gerente Central Alta Brasil

“Big Lark was introduced to Alta Genetics during Expozebu in 2008, when it was 30 months old, attracting plenty of attention due to its strong musculature, quality of poise and hooves, as well as its harmony and overall balance. Its hiring was a general consensus. Big Lark is an offspring of Karu 800, a renowned lineage of its breed, with a Brumado cow, Miss V8 TE BR 27, a descendant of Mr. V8 777/4 and Mr. V8 222/4. This cow was chosen as donor by Casa Branca breeders, unfortunately leaving a small number of descendants due to its death at an early age. In the market, there are few options of the Karu lineage and even less of this great combination of blood lines. It has been used in Casa Branca with heifers and cows, with satisfactory results. Medium and small calves were born, all with very firm coat, active and with good growth”. Luis Deragon - Central Alta Brasil Manager

Sêmen disponível

34 Casa Branca Press

Marcha nupcial do Rei da Polônia e Lituânia Sigsmund Vasa com a princesa Constantia Habsburg em 1607 realizada exclusivamente com cavalos Árabes Casa Branca Press 35

cavalo árabe

Porque o


cavalo árabe

cavalo árabe

Príncipe General da Polônia Erasm Sangusko (1768 – 1844) com o puro-sangue Árabe Szumka

O

cavalo Árabe começou a ser selecionado há mais de três mil anos pelos beduínos do deserto para ser usado como cavalo de guerra. Eles precisavam de um cavalo resistente para longas jornadas sob o sol inclemente do deserto, que deveria ser dócil e inteligente para conviver com o seu senhor nas tendas, mas ao mesmo tempo ser atento e ter vigor físico e psicológico para enfrentar o calor das batalhas com coragem e agilidade. Na Idade Média, quando os europeus descobriram a poderosa arma de guerra que os Árabes haviam desenvolvido, emissários de quase todos os exércitos daquele continente percorriam constantemente as tribos do deserto para comprarem cavalos puros Árabes. Muitos desses países, como Alemanha, Polônia, Rússia e Hungria, segregaram grupos de éguas e garanhões para preservar o original cavalo do deserto e fornecer sementais que, cruzados com a tropa local, produziam

36 Casa Branca Press

animais para o Exército e para os fazendeiros ajudando-os na lida do campo. Assim, o cavalo Árabe permaneceu puro se tornando a raça equina mais antiga do mundo. Dessa forma, surgiu a grande maioria das raças que conhecemos hoje e por essa razão o cavalo Árabe se transformou na raça mais completa da atualidade com capacidade para desempenhar todo o tipo de função equestre.

Os árabes desenvolveram durante milênios um multifuncional cavalo de guerra, resistente, ágil, inteligente, veloz e corajoso

Napoleão Bonaparte (1769-1821) usava em seu exército somente cavalos Árabes e Anglo-Árabes (cruzamento do puro-sangue Árabe com o puro-sangue Inglês)

Hoje, o cavalo Árabe é visto em quase todas as modalidades de provas – desde salto e corridas até provas de team-penning, apartação, rédeas, laço, tambores e balizas, mas a grande especialidade da raça é mesmo o enduro. A resistência do cavalo Árabe é tão superior às demais raças que ele é o único a ganhar provas de campeonatos mundiais de 120 km e 160 km em velocidade velocidade livre. Essa é uma das razões pela qual muitos pecuaristas preferem o cavalo Árabe e seus cruzados para a lida com o gado. O conhecido pecuarista sul mato-grossense, ex presidente da ACRISUL Laucídio Coelho Neto, é um deles. Ele conheceu o cavalo Árabe na década de 40 por meio da coudelaria do Comando Militar do Oeste. Eles mantinham criação pura da raça para fornecer animais para a tropa da cavalaria. O exército também colocava seus reprodutores à disposição dos fazendeiros para fazerem tropa de serviço. O pai de Laucídio, Italívio Coelho, testou reprodutores Árabes na Fazenda Engenho e Laucídio ficou encantado: “Meus Árabes eram animais briosos, corajosos e incansáveis. Trabalhavam o dia inteiro e no

Paulo Marques: “Eu só conheço uma raça que consegue cavalgar quilômetros para chegar nos pastos, trabalhar o dia inteiro e estar pronta novamente no dia seguinte”

dia seguinte estavam prontos para outro dia de trabalho. Cheguei a ter mais de 500 cruzas Árabes trabalhando na fazenda Engenho e no Pantanal. Hoje, já não temos mais a fazenda do Pantanal, mas aqui na Engenho só usamos cruzas Árabes no Casa Branca Press 37


arabian horse

cavalo árabe

Laucídio Coelho, Dr. Italívio and Dona Inês: “At one point I had more than 500 Arabian crosses working on the Engenho farm and in the Pantanal. Today, we no longer have the farm in the Pantanal”

Why the Arabian horse is good at work

Salto, Tambores, Corridas e Rédeas, Enduro e Team Penning: apenas alguns exemplos da versatilidade do cavalo Árabe

serviço e os peões gostam e respeitam muito nossos cavalos”, conta Laucídio. A propriedade da Casa Branca Agropastoril no Mato Grosso, dedicada ao cruzamento industrial também só utiliza cavalos Árabes: “É uma raça muito produtiva”, afirma o proprietário Paulo de Castro Marques. “As distâncias do Centro-Oeste são muito grandes e os acessos muito precários. Eu só conheço uma raça que consegue cavalgar quilômetros para chegar nos pastos, trabalhar o dia inteiro e estar pronta novamente no dia seguinte. Além disso, o cavalo Árabe é muito inteligente, aprende e se adapta rapidamente ao trabalho”. 38 Casa Branca Press

“O cavalo Árabe resistente e ágil na lida com o gado”

The history of genetic selection of the Arabian horse owned by Bedouin tribes for thousands of years explains why the Arabian horse is good for work The Arabian horse began to be chosen for more than three thousand years by the Bedouins of the desert to be used as warhorses. They needed a stout horse for long hours under the blazing sun of the desert, which should be docile and intelligent to live with his master in the tents, but at the same time be aware and have physical and psychological force needed to cope with the heat of battle, courage and agility. In the Middle Ages, when Europeans discovered the powerful weapon of war that the Arabs had developed, envoys from nearly all the armies of the continent constantly roamed around desert tribes to buy pure Arab horses. Many of these countries, like Germany, Poland, Russia and Hungary, segregated groups of mares and stallions to preserve the original desert horse and provide ne genetics when crossing with local animals to produce army and farming animals to help them in the field. Thus, the horse remained pure Arab race becoming the world’s oldest horse breed. A lot of other breeds that we know today come from this and for that reason the Arabian horse in the race has become more complete with today’s ability to perform all kinds of horse work. Today, the Arabian horse is seen in almost all types of competition - from English to racing events, team-penning, cutting, raining, roping and barrel racing, but the great specialty of the horse is the endurance race. The endurance of the Ara-

bian horse is so superior to other races that he is the only one to win 120 km and 160 km world championships trials at free speed. This is one reason why many farmers prefer the Arabian horse or a cross to deal with cattle. The well-known rancher from south of Mato Grosso, former president of ACRISUL Laucídio Coelho Neto, is one of them. He knew about the Arabian horse in the 40’s through the Wets Military Command Cavalry. They had pure breeds to supply animals for the cavalry troop. The army also made their horses available to the farmers, so they could breed and have work horses. The father of Laucídio, Italivio Coelho, tested breeding Arabian horses on Engenho farm and Laucidio was delighted: “My animals had the Arabian pride, courage and were tireless. They worked all day and the next day, were ready for another day of work. At one point I had more than 500 Arabian crosses working on the Engenho farm and in the Pantanal. Today, we no longer have the farm in the Pantanal, but here in the Engenho we only use Arabian crosses to work. The cowboys really respect our horses, “ says Laucídio. Casa Branca Agropastoril property in Mato Grosso, dedicate only to cross breeding cattle, also uses only Arabian horses: “It’s a very productive breed,” say the owner Paulo de Castro Marques. “Distances in Midwest farms are very large with very poor access. I only know one breed that can ride miles to reach the grass, work all day and be ready again the next day. In addition, the Arabian horse is very intelligent, it learns quickly and adapts to work.“ Casa Branca Press 39


of the Brahman breed at Expozebu

A

C

Ledara é a melhor no Show da Raça Simental

P

WM Ledara foi a Grande Campeã do Show da Raça Simental 2012, realizado durante a Festa do Leite, em Batatais (SP), em julho. Ledara também foi a Campeã Vaca Adulta. A Casa Branca terminou a exposição como o 2º Melhor Criador e o 2º Melhor Expositor. Vários animais foram premiados, como PWM New Rose AS (Campeã Bezerra e Terceira Melhor Fêmea da Raça) e PWM Lambada (Reservada Campeã Vaca Jovem).

asa Branca was awarded the 2nd Best Breeder and the 2nd Best Exhibitor for the Brahman breed at Expozebu 2012, held in May, in Uberaba (MG). On the show track, the highlights were the Father Progeny Champion Set, consisting of CABR Fruit 1405, CABR Feist 1414, CABR Glamour 1557 and CABR Mister Ilustre 1729 (offspring of the sire JDH Lawford Manso). For the Mother Progeny, CABR Fruit 1405 and CABR Feist 1414 (offspring of the breeding female Sol FIV Matoverde) were considered the Reserved Champion. In addition, Miss 1504 Portobello was the Calf Reserved Champion and Miss Welling 595 FIV RB the Heifer Reserved Champion.

Ledara considered the best at Simmental Breed Show

P

WM Ledara was the Grand Champion Cow at the Simmental Breed Show 2012, held during the Milk Festival, in Batatais (SP), in July. Ledara was also the Adult Cow Champion. Casa Branca ended the show as the 2nd Best Breeder and the 2nd Best Exhibitor. Several animals were awarded, such as PWM New Rose AS (Calf Champion and 3rd Best Female of the Breed) and PWM Lambada (Young Cow Reserved Champion).

Katrina é Reservada Grande

Katrina is Angus Reserved

Campeã Angus em Londrina

Grand Champion in Londrina

Cia Azul Katrina 1401, da Casa Branca, foi a Reservada Grande Campeã Angus na ExpoLondrina’2012, realizada em abril. A fêmea também ficou com o título de Campeã Novilha Menor, agradando ao jurado Flavio Alves. A Casa Branca também fez a Reservada Campeã Vaca Jovem, com Rincón Hermosa Del Sarandy (parceria com a Rincón Del Sarandy) e a Terceira Melhor Novilha Maior, com Rincón Muchas Gracias del Sarandy, também parceria com o criatório gaúcho.

Cia Azul Katrina 1401, from Casa Branca, was the Reserved Grand Champion Cow for the Angus breed at ExpoLondrina 2012, held in April. The female was also awarded Young Heifer Champion, pleasing the judge Flavio Alves. Casa Branca was also awarded Young Cow Reserve Champion with Rincón Hermosa Del Sarandy (partnership with Rincón Del Sarandy) and 3rd Best Heifer, with Rincón Muchas Gracias del Sarandy, also partnered with Rincón Del Sarandy ranch.

40 Casa Branca Press

M

e Expositor Simental na Emapa, em Avaré

elhor Criador, Melhor Expositor, Grande Campeã Simental (PWM Linda AS) e a Reservada Grande Campeã e Campeã Novilha Maior (PWM Manhattan AS). A Casa Branca teve excelente participação na Emapa (Avaré, SP), no início do ano. Além de Linda, vários animais foram premiados, com destaque para a Campeã Vaca Jovem PWM Ledara AS, a Campeã Vaca Precoce PWM Lucki Girl AS e o Campeão Bezerro New Andi AS. Aliás, a Casa Branca fez também o Reservado Campeão Bezerro (PWM Nautilus AB) e o Terceiro Melhor Bezerro (Newcastle AS). Os julgamentos foram comandados pelo norte-americano Mike McCarty. “A Emapa se tornou uma pista muito disputada nos últimos anos, onde desfilam animais de elevada qualidade e excelente padrão racial. É muito gratificante conquistar tantos prêmios”, destaca Paulo de Castro Marques, proprietário da Casa Branca Agropastoril. A Casa Branca também levou animais Brahman à Emapa. E conquistou os títulos de Campeã Progênie de Mãe com CABR Fruit 1405 e CABR Feist 1414, e de Campeã Progênie de Pai, com CABR Fruit 1405, CABR Feist 1414, CABR Glamour 1557 e CABR Mister Ilustre 1729. Outras premiações importantes: Reservada Campeã Novilha Menor, com Miss Welling 595 FIV RB; Terceira

eventos

eventos

da raça Brahman, na Expozebu Casa Branca ficou com os títulos de 2º Melhor Criador e 2º Melhor Expositor da raça Brahman na Expozebu 2012, realizada em maio, em Uberaba (MG). Nas pistas, destaques para a Progênie de Pai Campeã, composta por CABR Fruit 1405, CABR Feist 1414, CABR Glamour 1557 e CABR Mister Ilustre 1729 (filhos do reprodutor JDH Lawford Manso). Na Progênie de Mãe, CABR Fruit 1405 e CABR Feist 1414 (filhos da matriz Sol FIV Matoverde) ficaram com o título de Reservada Campeã. Além disso, Miss 1504 Portobello foi a Reservada Campeã Bezerra e Miss Welling 595 FIV RB a Reservada Campeã Novilha Maior.

Casa Branca foi o Melhor Criador

Among the best

Entre os melhores

Melhor Vaca Adulta, com Aika da Canaã (parceria da Casa Branca e Agropecuária Leopoldino), Terceiro Melhor Touro Jovem, com Mister Champ 120; e Terceiro Melhor touro Sênior: CABR Feist 1414. A Casa Branca participou, ainda, com sucesso dos julgamentos da raça Angus, em Avaré. LC Toropasso T11 foi o Campeão Touro Dois Anos e LC Selina e LC Savannah, filhos do reprodutor SAV Net Worth 4200, fizeram a Campeã Progênie de Pai. Outros animais foram muito bem avaliados, como Karine da Fumaça TE, a Campeã Vaquilhona Maior. LC Selina TE S169 foi a Terceira Melhor Fêmea da exposição.

Casa Branca: the Best Simmental BREEDER and Exhibitor at Emapa, in Avaré

B

est Breeder, Best Exhibitor, Simmental Grand Champion Cow (PWM Linda AS) and Reserved Grand Champion Cow and Heifer Champion (PWM Manhattan AS). Casa Branca had and excellent participation at Emapa (Avaré, SP), at the beginning of the year. Besides Linda, several other animals were awarded, highlighting Young Cow Champion PWM Ledara AS, Precocious Cow Champion PWM Lucki Girl AS and Calf Champion PWM New Andi AS. By the way, Casa Branca also won as Calf Reserved Champion (PWM Nautilus AB) and the 3rd Best Calf (Newcastle AS). It is also noteworthy that judging was led by American Mike McCarty. “Emapa has become a very competitive show in recent years, where high quality animals are and excellent breed standard are exhibited. “It is very gratifying to win so many awards,” says Paulo de Castro Marques, owner of Casa Branca Agropastoril.

Casa Branca also took Brahman animals to Emapa winning the prizes of Mother Progeny Champion with CABR Fruit 1405 and CABR Feist 1414, and Father Progeny Champion with CABR Fruit 1405, CABR Feist 1414, CABR Glamour 1557 and CABR Mister Ilustre 172. Other major awards: Young Heifer Reserved Champion with Miss Welling 595 FIV RB; 3rdBest Adult Cow with Aika da Canaã (a partnership between Casa Branca and Agropecuária Leopoldino), 3rd Best Young Bull, with Mr. Champ 120; and 3rd Best Senior Bull: CABR Feist 1414. Casa Branca also participated successfully in Angus show in Avaré. LC Toropasso T11 was awarded Two-Year-Old Bull Champion, and LC Selina and LC Savannah, offspring of the stud SAV Net Worth 4200 won the Father Progeny Champion. Other animals were very well evaluated, as Karine da Fumaça TE, Heifer Champion. LC Selina TE S169 won as the 3rd Best Female at the show. Casa Branca Press 41


Casa Branca BRILHOU

NA Feicorte 2012

Casa Branca SHINES

DURING Feicorte 2012 eventos

eventos

Grandes Campeãs Nacionais Angus e Simental e o 2º Melhor Expositor Brahman A Casa Branca foi o Melhor Expositor Simental, fez a Grande Campeã e a Reservada Grande Campeã Angus e foi o Segundo Melhor Expositor Brahman na 18ª edição da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), realizada em junho, em São Paulo. A propriedade levou à exposição 63 animais das raças Angus, Brahman e Simental sul-africano. Raça Angus - Cia Azul Katrina TE 1401, da Casa Branca, foi a Grande Campeã Angus da 12a Exposição Nacional da Raça Angus e Rincon Muchas Gracias TE 1638 Del Sarandi, da parceria da Casa Branca com a Cabanha Rincon Del Sarandy, sagrou-se Reservada Grande Campeã Angus. Entre outros prêmios, LC Selina TE S169 foi a 3ª Melhor Vaca Adulta.

Entre os machos Simental, PWM Nautilus AB foi o Reservado Grande Campeão e Campeão Júnior Menor; PWM MR Kaino AB o 3º Melhor Júnior Menor; e PWM Loco de Bueno AS o Reservado Campeão Touro. A Casa Branca também apresentou o melhor Conjunto Reservado Progênie de Mãe, com PWM New Griffe AS e PWM Madrina AS (filhas de PWM Griffe de Paris AS); e o melhor Conjunto Progênie de Pai, com PWM Linda AS e PWM Navajo AS (filhos de PWM Erbaino AS).

Grand National Champions for the Angus and Simmental breeds, and was considered the 2nd Best Brahman Exhibitor

Raça Simental - A Casa Branca encerrou a 21ª Exposição Nacional da Raça Simental como o Melhor Expositor Nacional e o 2º Melhor Criador. Entre as premiações, destaque para a Grande Campeã e Campeã Vaca Adulta PWM Linda AS; a Reservada Grande Campeã e Campeã Vaca Jovem PWM Lua Dourada AS; a Reservada Campeã Bezerra, PWM New Rose AS; a Campeã Novilha Maior PWM Magic Moon AS; a Campeã Vaca Precoce PWM Manhattan AS; e a Campeã Melhor Úbere Vaca Adulta Índia Do Itaqui.

Casa Branca was considered the Best Simmental Exhibitor, won Grand and Reserved Champion Cow on the Angus breed and the 2nd Best Brahman Exhibitor at the 18th Meat Production Chain International Fair (Feicorte) held in June, in São Paulo. The ranch showed 63 animals including Angus, Brahman and South African Simmental.

Raça Brahman - A Casa Branca conquistou o título de 2º Melhor Expositor da Feicorte. Na pista, destaque para Miss Welling 595 FIV, Terceira Melhor Fêmea e Reservada Campeã Novilha Maior; Miss 1504 Portobello, a Campeã Bezerra; Aika da Canaã, Reservada Campeã Vaca adulta; e CABR Fruit 1405, a Terceira Melhor Fêmea Adulta da Feicorte. “Encerramos a Feicorte com excelentes premiações nas raças Angus, Brahman e Simental, o que demonstra que estamos no caminho certo, selecionando animais modernos, perfeitamente adaptados às condições brasileiras e voltados para a multiplicação da melhor genética”, assinala o criador Paulo de Castro Marques.

42 Casa Branca Press

Angus – Cia Azul Katrina TE 1401, from Casa Branca, was the Grand Champion Cow for the Angus breed at the 12th Angus National Show and Rincon Muchas Gracias TE 1638 Del Sarandi, from the partnership between Casa Branca and Rincon Del Sarandy ranch, was the Reserved Grand Champion Cow for the Angus breed. Among other awards, LC Selina TE S169 was the 3rd Best Adult Cow. Simmental – Casa Branca ended the 21st Simmental National Show as the Best National Exhibitor and the 2nd Best Breeder. Among the awards, we highlight the Grand Champion Cow and Adult Cow Champion PWM Linda AS; the Reserved Grand Champion Cow and Young Cow Champion PWM Lua Dourada AS; the Reserved Champion female calf, PWM New Rose AS; the Grand Champion Heifer PWM Magic Moon AS; the Precocious Cow Champion PWM Manhattan AS; and the Adult Cow Best Udder Champion Índia Do Itaqui.

Among Simmental males, PWM Nautilus AB was the Reserved Grand Champion Bull and Junior Bull Champion; PWM MR Kaino AB, the 3rd Best Junior Bull; and PWM Loco de Bueno AS, the Bull Reserved Champion. Casa Branca was also considered the Reserved best Mother Progeny Set with PWM New Griffe AS and PWM Madrina AS (offspring of PWM Griffe de Paris SA), and the best Father Progeny Set with PWM Linda AS and PWM Navajo AS (offspring of PWM Erbaino AS). Brahman – Casa Branca was awarded as the 2nd Best Exhibitor of Feicorte. On the show track, we highlight Miss Welling 595 FIV, the 3rd Best Female and Heifer Reserved Champion; Miss 1504 Portobello, the Calf Champion; Aika da Canaã, Adult Cow Reserved Champion, and CABR Fruit 1405, the 3rd Best Adult Female at Feicorte. “We ended Feicorte with excellent awards for the Angus, Brahman and Simmental breeds, which shows we are on the right track, selecting modern animals, perfectly adapted to Brazilian conditions and seeking to multiply the best genetics,” says the breeder Paulo de Castro Marques . Casa Branca Press 43


Leilões - sales

Leilões Essência Brahman e Essência Jovem, Casa Branca, Querença, Canaã e Lince promoveram o 2º Leilão Essência Brahman e o Leilão Essência Brahman Jovem, na Chácara Querença, no início de maio, durante a Expozebu 2012. O Essência Brahman ofertou 22 lotes entre matrizes, prenhezes e reprodutores e faturou R$ 1,13 milhão e média geral de R$ 51,5 mil. O Essência Brahman Jovem vendeu 24 lotes por R$ 493,2 mil e média geral de R$ 20,5 mil. Juntos os remates somaram R$ 1,5 milhão em receita. Os destaques da primeira noite foram a vaca Miss Lince 559 (Reservada Grande Campeã do Congresso Mundial 2010), do Condomínio 599, arrematadas por R$ 154 mil pelo pecuarista Osório Adriano Filho - Fazenda Mudango, de Alexania (GO), e Fetiche 1378, da Casa Branca, vendida por R$ 90,2 mil para Ary Marcos de Paula Bárbara, da Fazenda Brahman Santa Bárbara, de Sta. Bárbara de Goiás

Leilões da Casa Branca na Feicorte

faturam mais de R$ 1 milhão A

(GO). Outro diferencial do leilão foi presença de criadores do México e da Bolívia, que vieram às compras em buscam de qualidade genética.

Casa Branca promoveu leilões de genética das raças Angus e Simental sul-africano na 18ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), realizada em São Paulo, em junho. Chancelado pela Associação Brasileira de Angus, o Leilão Prime Angus foi realizado em parceria com Agropecuária Fumaça, Cabanha Santa Helena, Cabanha Terra Costa e 3E Agropecuária. O remate faturou R$ 464,4 mil com a venda de 22 lotes. A média das fêmeas e prenhezes atingiu R$ 21,1 mil. O lote mais valorizado Cia Azul Katrina TE 1401, Grande Campeã Angus da Feicorte, que teve 50% de sua

propriedade ofertados pela Casa Branca. O comprador foi o selecionador Rogério Stein, que investiu R$ 52.800,00. O Leilão Simental Premium Parade também atingiu resultado muito bom, com faturamento total de R$ 573 mil, com média de R$ 21,2 mil pelas fêmeas e prenhezes ofertadas. O lote mais valorizado foi a Grande Campeã Nacional Simental PWM Linda AS, que teve 50% de sua propriedade ofertados pela Casa Branca e arrematados por Gilberto Innocencio dos Santos por R$ 74,4 mil. Santos também foi o maior investidor do remate. O maior vendedor foi a Casa Branca: R$190,8 mil.

Brahman Essence and Young Essence SALEs, at Expozebu, profited R$ 1,626 million Casa Branca, Querença, Canaã and Lince organized the 2nd Brahman Essence and Young Essence Sales, at Querença Country House, in early May, during Expozebu 2012. The Brahman Essence sold 22 lots including breeding females, pregnancies and sires, totaling earnings of US$ 550,000 and average price of US$ 25,000. The Young Brahman Essence sold 24 lots, totaling US$ 250,000 and overall average price of US$ 11,000. Both sales together totaled US$ 770,000. The highlights of the first night were

the cow Miss Lince 559 (World Congress 2010 Reserved Grand Champion Cow), from Condomínio 599, sold for US$ 80,000 to the breeder Osório Adriano Filho, from Mudango Farm, Alexandria (GO); and CABR Fetiche 1378 from Casa Branca, sold for US$ 45,000 to Ary Marcos de Paula Bárbara, from Santa Bárbara Brahman Farm, Santa Bárbara de Goiás (GO). Another distinguishing feature of the sal was the presence of breeders from Mexico and Bolivia, who came to shop in search of genetic quality.

Casa Branca sales profit more than Grandes Campeonatos Angus em Itapetininga

Angus Major Competitions in Itapetininga

A Casa Branca ficou com os títulos de Grande Campeão Macho Angus (PWM London) e de Grande Campeã fêmea Angus (Rincón Muchas Gracias TE1638 Del Sarandy) –parceria Cabanha Rincon Del Sarandy na Expoagro 2012, em Itapetininga (SP). Destaques ainda para Catanduva 1545 Tentação, a Reservada Campeã Vaca Adulta. “A conquista do duplo grande campeonato Angus na pesada pista de Itapetininga atesta o direcionamento correto do trabalho de melhoramento genético do plantel Casa Branca”, declara o criador Paulo de Castro Marques.

Casa Branca won as Angus Grand Champion Bull (PWM London) and Angus Grand Champion Cow (Rincón Muchas Gracias TE1638 Del Sarandy) – partnership with Rincon Del Sarandy ranch at Expoagro, in 2012, in Itapetininga (SP). Another award was to Catanduva 1545 Tentação, as Adult Reserved Champion Cow. “Winning both Grand Championships on the Angus at Itapetininga’s heavy show pen confirms that Casa Branca is on the right direction on genetics improvement,” says the breeder Paulo de Castro Marques.

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R$ 1 million at Feicorte

C

asa Branca carried out genetic sales of the Angus and South Africa Simmental breeds at the 18th Meat Production Chain International Fair (Feicorte), held in June, in São Paulo.. Sanctioned by Angus Brazilian Association, the Angus Prime Sale was held in partnership with Agropecuária Fumaça, Cabanha Santa Helena, Cabanha Terra Costa and 3E Agropecuária. The sales total was US$ 250,000 with the sale of 22 lots. The average price per female and pregnancies reached US$ 11,000. The most valuable lot was Cia Azul Katrina TE 1401, the Angus Grand Champion Cow at Feicorte, which had 50% of its property sold by

Casa Branca. The buyer was the breeder Roger Stein, who invested US$ 30,000. The Simmental Premium Parade Sale has also achieved very good results, with total profits of US$ 300,000 with average price of US$ 11,000 by females and pregnancies sold. The most valuable lot was the Simmental National Grand Champion Cow, PWM Linda AS, which had 50% of her property sold by Casa Branca and bought by Gilberto Innocencio dos Santos for US$ 38,000. Santos was also the largest investor of the sale. Casa Branca was the biggest seller: US$ 100,000. Casa Branca Press 45

sales

leilões

da Expozebu, faturam juntos R$ 1,626 milhão


Casa Branca and UFLA

fazem avaliação com 80 touros Angus e Simental sul-africano em PROVA DE GANHO DE PESO

RATE 80 Angus and South African Simmental bulls in WEIGHT GAIN TEST

C

asa Branca Agropastoril is starting a performance assessment with bulls, which evaluates feedyard and pasture data. Eighty Angus and South African Simmental young males participate in the test, in the south of the state of

Simental também terá avaliação de pelame

A

Casa Branca Agropastoril está iniciando Prova de Desempenho de Touros, que envolve avaliação em confinamento e a pasto. Participam do teste 80 machos jovens das raças Angus e Simental sul-africano, no sul de Minas Gerais. A prova é supervisionada por técnicos da Universidade Federal de Lavra (UFLA), responsáveis pelas mensurações e resultado final da avaliação. “Essa avaliação é incorporada ao processo de seleção dos touros Angus e Simental sul-africanos da Casa Branca. Além de todo o rigor zootécnico e dos acasalamentos dirigidos, passamos a oferecer ao mercado animais provados também a chancela da UFLA após avaliação tanto em confinamento quanto a pasto”, ressalta o criador Paulo de Castro Marques. Os machos que estão entrando em prova têm entre 7 e 10 meses de idade e acabam de ser desmamados. Nesse período, já passaram por avaliação inicial da Casa Branca. Os melhores foram selecionados para o teste de desempenho. Os animais ficaram confinados durante 112 dias, com alimentação controlada mais silagem. Durante o período de teste, passaram por quatro pesagens. No final dessa etapa, os machos terão a carcaça avaliada por ultrasso46 Casa Branca Press

nografia, visando identificar os melhores para área de olho de lombo e espessura de gordura, além de quesitos de adaptabilidade, como espessura e comprimento do pelame (Simental), temperatura da superfície e frequência respiratória, informa o técnico Heitor Pinheiro Machado. Após período de adaptação de 30 dias, os animais serão avaliados durante 168 dias quanto ao desempenho a campo, permanecendo em condições de pastejo. Essa etapa tem o intuito de adaptar os animais nas condições a que serão submetidos quando forem comercializados. Novamente, os machos serão avaliados a cada 28 dias. “Os machos Angus e Simental sul-africanos serão avaliados tanto em condições de confinamento quanto de pastagem, objetivando proporcionar a avaliação completa e segura do desempenho individual”, reforça Paulo de Castro Marques. “Dessa forma, os machos aprovados na Prova de Desempenho da Casa Branca serão os destaques nos leilões de touros da empresa em 2013 e podemos oferecer ao mercado animais rigidamente avaliados e prontos para enfrentar os desafios das propriedades em todas as regiões do país”, complementa o proprietário da Casa Branca.

Minas Gerais. The test is monitored by technicians from Lavra’s Federal University (UFLA), responsible for the measurements and the assessment final result. “This assessment is incorporated into Casa Branca’s selection process of Angus and South African Simmental bulls. In addition to all zootechnical strictness and directed mating, we now offer the market animals tested under UFLA seal, after assessment both in feedyard and pasture,”says the breeder Paulo de Castro Marques. Males who are tested are aged between 7 and 10 months and have just been weaned. During this period, they all have gone through Casa Branca’s initial assessment. The best have already been selected for the performance test. The animals have been confined for 112 days, with controlled feeding and silage. During the test, they have gone through four weighing. “At the end of this stage, the males will have their carcasses assessed by in order to identify the best loin area and fat thickness, plus adaptability features, such as fur thickness and length (Simmental), surface temperature and respiratory frequency technician,” says the technician Heitor Pinheiro Machado. After a 30-day adaptation period, the animals will be assessed for 168 days regarding their performance in the pasture, staying in grazing conditions. This stage aims at

Angus males at the feedlot

adapting the animals under the conditions to which they will be subject when commercialized. Again, the males will be assessed every 28 days. “Angus and South African Simmental males will be assessed both in terms of feedyard diet and pasture, aiming to provide a safe and complete assessment of their individual performance,” adds Paulo de Castro Marques. “Thus, males approved in Casa Branca’s Performance Test will be highlights at the ranch’s bull sale in 2013, and we can offer the market animals strictly assessed and ready to face the challenges of properties in all regions in Brazil,” adds Casa Branca’s owner.

Casa Branca Press 47

performance

desempenho

Casa Branca e UFLA


US$ 6 bilhões/ano em carne bovina. E quer mais

Casa Branca Press – Quais os principais entraves da carne brasileira para conquistar espaços nos países onde já atua? Camardelli – Hoje é o câmbio, que não mudará a curto ou médio prazo. Então precisamos ganhar competitividade em outros processos: na produção, dentro da indústria e na logística, buscando redução de custos. Além do câmbio e dessa melhora de eficiência, é preciso trabalhar a imagem da carne brasileira, rebatendo as críticas negativas com argumentos e fatos, mostrando o controle sanitário, a sustentabilidade e a modernidade da indústria. Mas há entraves que são imposições arbitrárias, como no caso da lista Traces, para poder exportar à União Européia. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tem autoridade para dizer qual é a zona livre para exportação para a Europa e para habilitar frigoríficos, mas não tem autoridade para habilitar uma fazenda dentro da zona livre? É um descalabro que precisa de negociação ou, em último caso, de retaliação.

A

ntonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), está à frente de uma entidade cujos associados respondem por por US$ 6 bilhões/ ano em divisas para o Brasil. Nesta entrevista exclusiva à revista Casa Branca Press, o dirigente faz uma detalhada e completa análise do panorama global da carne bovina e dos desafios da produção. “O mundo está de olho no Brasil. E estamos preparados para atender a demanda”, diz. Casa Branca Press – O mundo realmente precisa da carne brasileira? Camardelli – Segundo a FAO, o mundo hoje tem 1 bilhão de pessoas em algum estado de subnutrição. E carne é um ingrediente fundamental na nutrição humana, especialmente de crianças e jovens em fase de crescimento. A mesma FAO prevê que para atender uma população, que se estima em 9,2 bilhões de pessoas em 2050, o mundo precisará dobrar a produção de alimentos. Ao mesmo tempo estamos preocupados com a questão das mudanças climáticas e seus efeitos. A pergunta que fica então é: em qual país ou região do mundo se conseguirá produzir tanta carne de forma sustentável? E a resposta está no Brasil. Temos o maior rebanho comercial do mundo, a maior disponibilidade de terras agrícolas, água doce, luz e calor para pastagens tropicais de alta produtividade e ainda a possibilidade de integração com agricultura e florestas plantadas. Há imenso espaço para aumentar a produtividade pecuária no Brasil usando tecnologias que já temos hoje. Para se ter uma ideia, o rebanho dos Estados Unidos é metade do nosso e lá se produz mais carne do que nós. Podemos produzir muito mais carne e isso sem derrubar uma árvore sequer. Casa Branca Press – Como o sr. avalia o crescimento da 48 Casa Branca Press

Casa Branca Press – Como o sr. avalia as condições do Brasil para atender essa crescente demanda? Camardelli – O Brasil tem e terá volume para atender esse mercado crescente. E nossos concorrentes na região, como Austrália e Nova Zelândia, enfrentam sérias restrições para aumentar a produção. A Austrália, por exemplo, encara um grande problema de falta de água. O Brasil só precisa trabalhar em seus gargalos internos, como logística, acesso a crédito, desburocratização etc.

Camardelli, da Abiec: carne brasileira para mais de 150 países

demanda global por carne bovina nos próximos anos? Camardelli – O crescimento do consumo está intrinsecamente ligado ao aumento de renda per capita dos países. Estamos em um mundo em crescimento populacional e econômico, e um mundo cada vez mais urbano. A demanda por carne bovina virá de países em desenvolvimento, muito mais do que de países desenvolvidos. Hoje, Rússia, Oriente Médio e Norte da África já são grandes compradores de carne brasileira. Amanhã, se espera que a demanda venha de países asiáticos. Hong Kong já é o terceiro maior destino das exportações brasileiras. A China está habilitando frigoríficos brasileiros para exportação, assim como a Malásia. Há

Casa Branca Press – Quais os obstáculos da carne brasileira para conquistar mercados onde não está presente, como EUA e Japão? Camardelli – Cada país é um caso diferente, com motivos diferentes (políticos ou econômicos) para barrar a carne brasileira. A sanidade é sempre evocada como desculpa, quando na verdade as regras da OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) permitem fechar apenas um município ou uma região do seu território se for provado que há controle para impedir a contaminação de outras áreas com determinada doença. Quando houve um foco de aftosa na fronteira sul do MS em 2005, a Europa fechou MS, SP e PR, uma área maior do que a França e a Inglaterra juntas. Mas quando houve aftosa na Bulgária este ano não fecharam a Hungria ou a Áustria. Mas, de forma geral, a erradicação da febre aftosa em todo o território nacional levaria as nego-

ciações a outro patamar. Estamos caminhando nessa direção. Até 2012, o Ministério da Agricultura pretende liberar o Nordeste brasileiro e em mais um ano a região Norte do país. Casa Branca Press – Por que é tão difícil para o Brasil atender às exigências europeias para Cota Hilton? Camardelli – Porque a definição da cota Hilton hoje não condiz com a realidade da produção nacional. A Europa exige que a carne Hilton seja produzida exclusivamente a pasto, descompasso especialmente quando a maior parte da nossa produção está no Brasil Central e precisa de suplementação na época da seca. Para piorar, exigem a rastreabilidade do animal desde a desmama para garantir essa alimentação. O problema é que o Sisbov ficou tão burocrático que ninguém mais quer participar dele, especialmente os produtores de cria que não veem vantagem nenhuma em aderir ao sistema. Para garantir a sanidade, apenas os últimos 90 dias são exigidos de rastreabilidade individual. Casa Branca Press Quais são, na sua opinião, os principais atributos da carne brasileira para conquistar o mercado internacional? Camardelli – Volume, a capacidade do Brasil de produzir o que o mercado pede, seja carne orgânica, a pasto, em confinamento, de raças européias, de raças zebuínas, marmorizada, magra. Temos de tudo, o que é uma vantagem comparativa imensa. E também o alto nível da indústria brasileira, além das garantias que são oferecidas de sanidade e qualidade. Casa Branca Press – De que maneira a sustentabilidade interfere ou interferirá nas vendas de carne bovina no exterior? Camardelli – Hoje interfere em termos de imagem. Há clientes que querem saber se a carne não veio da Amazônia, se causou desmatamento. Os grandes frigoríficos estão monitorando seus fornecedores no Bioma Amazônia para controlar a origem dos produtos que oferecem. Mas, provavelmente a pegada de carbono será usada como futura barreira comercial para a carne do Brasil e aí, como não existe ainda um método de cálculo internacional, cada um faz o seu, e no Brasil todas as emissões de desmatamento são jogadas na conta da pecuária. Vimos isso acontecer até com o etanol brasileiro. Na verdade, hoje a pecuária está diminuindo sua área, não aumentando. Além disso, ninguém calcula quanto as pastagens sequestram de carbono, só quanto os animais emitem. É uma conta parcial, não há o balanço da atividade. Isso está sendo pesquisado agora. Casa Branca Press 49

entrevista

entrevista

Brasil deve exportar cerca de

mercados importantes na Ásia a ser abertos. Todos eles sem capacidade de produzir o que consomem.


US$ 6 billion worth of beef. And wants more

Casa Branca Press – Does the world really needs Brazilian beef? Camardelli – According to FAO, the world has one billion malnourished people, and meat is an essential ingredient in human nutrition, especially for children and adolescents while they are growing. The FAO predicts that to support a population that is estimated at 9.2 billion by 2050, the world needs to double food production. At the same time we are concerned with the issue of climate change and its effects. The question is, which country or region of the world will be able to produce all the meat required to supply this demand? The answer is in Brazil. We have the largest commercial herd in the world, increased availability of agricultural land, fresh water, light and heat for tropical highly productive pastures and the possibility of integration of agriculture with forest plantations. There is plenty of room to improve livestock productivity in Brazil using technology we already have. To get an idea, the United States herd is half our size, yet produce more meat than we do. We can produce much more meat and this without destroying a single tree.

A

Camardelli, president of Abiec: Brazilian meat goes to more than 150 countries

ntonio Jorge Camardelli, president of the Brazilian Association of Meat Export Industries (ABIEC), is the head of an organization whose members account for almost US$ 6 billion/year in foreign currency for Brazil. In this exclusive interview with Casa Branca Press, Antonio presents a detailed and comprehensive analysis of the overall picture of the beef and production challenges. “The world is watching Brazil, and we are prepared to meet the demand”, he says. 50 Casa Branca Press

Casa Branca Press – How do you assess the growth of global demand for beef in the coming years? Camardelli – Consumption growth is intrinsically linked to the increase of income per capita in the countries. We are in a world of population and economic growth, and an increasingly urban world. Demand for beef will come from developing countries more than developed countries. Today, Russia, Middle East and North Africa are the major buyers of Brazilian beef. Tomorrow, we expect demand to come from Asian countries. Hong Kong is already the third largest destination for Brazilian exports. China and Malaysia are getting Brazilian meat factories ready to export. There

are important markets in Asia to open. All of them unable to produce what they consume. Casa Branca Press – How do you asses Brazilian conditions to meet this growing demand? Camardelli – Brazil has and will have the volumes to meet this growing market. Our competitors in this region including Australia and New Zealand, face serious constraints to increase production they already have, especially Australia, with major water shortage problems. Brazil only needs to work on their internal bottlenecks, such as logistics, access to credit, etc. bureaucracy. Casa Branca Press – What are the main barriers of Brazilian beef to win over space in countries where it operates? Camardelli – Today it is the exchange rate, it will not change in the short or medium term. So we need to gain competitiveness in other processes: in production, within the industry and logistics, looking to reduce costs. Besides this exchange rate and improved efficiency, we need to work the image of Brazilian beef, counteracting negative criticism with arguments and facts, showing the sanitary control, sustainability and a modern industry. Some of the barriers are arbitrarily imposed, such as the Traces list, to export to the European Union. The Ministry of Agriculture, Livestock and Supply has the authority define which free zones can export to Europe and to enable refrigerators, but has no authority to enable a farm within the free zone? It is a setback that needs negotiation or, ultimately, retaliation. Casa Branca Press – What are the obstacles for Brazilian meat to win over markets where currently not present such as USA and Japan? Camardelli – Each country is a different case with different motives (political or economic) to stop the Brazilian beef. Sanity is always used as an excuse, when in fact the rules of the OIE (International Organization for Animal Health) only allow a municipality or a region of their territory to be closed off if it is proved that there are controls to prevent contamination to other areas of a particular disease. When there was an outbreak of Foot and Mouth disease on the southern border of MS in 2005, Europe closed MS, SP and PR an area larger than France and England together. But when there was foot and mouth disease in Bulgaria this year Hungary or Austria were not closed off. In general, the eradication of Foot and Mouth disease in the whole country would take negotiations to the next level. We are moving in

that direction. By 2012, the Ministry of Agriculture intends to release the Brazilian Northeast and, in another year, in the Northern region. Casa Branca Press –Why is it so difficult for Brazil to meet European requirements for the Hilton Quota? Camardelli – Because currently the definition of the Hilton Quota does not reflect the reality of domestic production. Europe requires that Hilton meat is produced exclusively on pasture. There is a gap here especially when most of our production is in Central Brazil and needs supplementary feed in the dry season. To make matters worse, they require traceability of the animal after weaning to guarantee that the herd is only eating pasture. The problem is that the Sisbov was so bureaucratic that nobody else wants to take part in it, especially as producers believed that they don’t see no advantage in joining the system. To ensure the sanity, only the last 90 days are needed for individual traceability. Casa Branca Press – What, in your opinion, are the main attributes of Brazilian beef that are needed to conquer the international market? Camardelli – Volume, Brazil’s ability to produce what the market wants, whether organic meat, pasture, feedlot, European breeds, Zebu, marbled, lean. We have everything, which is a huge comparative advantage. Also the high level of Brazilian industry, guarantees that the offered meat to be healthy with quality. Casa Branca Press – How does/will sustainability interfere in beef sales abroad? Camardelli – Today they interfere in terms of image. There are customers who want to confirm that the meat did not come from Amazon, if deforestation had been caused. Large packing plants are tracking their suppliers in the Amazon Biome to control the origin of products they offer. But probably the carbon footprint will be used as future trade barrier for Brazilian meat, but since there is still no international method of calculation, each country calculates their own, and in all Brazil’s deforestation emissions are blamed on livestock. We have seen this happen even with Brazilian ethanol. In fact, today’s livestock is decreasing that area, not increasing. Moreover, no one calculates how much pasture hijacks carbon, just as animals emit it. It is half the story, there is the balance. Which is now being researched. Casa Branca Press 51

inter view

inter view

Brazil exports almost


nosso gado de produção características essenciais, como precocidade, carcaça de tipo moderno, excelente ganho de peso e habilidade materna,

sem comprometer a rusticidade e a capacidade de adaptação aos trópicos dos zebuínos”, destaca Rodrigo Canabrava.

sul-africana da Casa Branca

simmental

simental

Genética Simental

de 550 bezerros – com taxa de prenhez superior a incríveis 90%! “O Simental de linhagem sul-africana da Casa Branca acrescentou ao

Rodrigo Canabrava, proprietário da RC Agropecuária

Altemir Cantú, proprietário da Cabanha Ecobene

South African Simmental Genetics contribui para aumento da produtividade a campo

A

Casa Branca Agropastoril amplia o investimento no fornecimento de touros e matrizes de genética selecionada da raça Simental linhagem sul-africana. Os exemplos se multiplicam. Há pouco mais de dois anos, o pecuarista Altemir Cantú, proprietário da Cabanha Ecobene (Itaí, RS) passou a integrar esse elo de fidelização ao optar pelo uso da transferência de embriões (TE) com genética da Casa Branca em sua reserva especial de 20 fêmeas puras Simental. “Desde o início utilizamos material genético da Casa Branca. Primeiro sêmen e, depois, embriões e matrizes – uma adquirida na Feicorte e três na Expointer. O uso desta base genética melhoradora assegura a expansão do projeto de refinamento genético no meu rebanho”, destaca Cantú. A Ecobene, que se dedica ao trabalho de cria, pretende alcançar 500 nascimentos até 2015 e almeja produzir touros avaliados para repasse e intensificação do uso da raça no mercado gaúcho. O pecuarista informa que para alcançar tal objetivo vem trabalhando com 250 fêmeas

52 Casa Branca Press

de cruza zebu com sangue europeu, as quais serão inseminadas com genética Simental da Casa Branca. “Estas fêmeas garantirão o nascimento de produtos diferenciados com atributos que sempre busquei para o meu plantel, como rusticidade e precocidade no ganho de peso e qualidade de carne. Além de alta precocidade e habilidade materna”, completa Cantú. Outro parceiro da Casa Branca é Rodrigo Canabrava, proprietário da RC Agropecuária e idealizador do projeto de seleção Empório Guzerati, na fazenda Villa Terezinha (Bocaiúva, MG), onde são realizadas avaliações zootécnicas de desempenho da raça Guzerá em sistema a pasto. Nesse projeto, Canabrava encontrou no Simental da Casa Branca o taurino ideal para fazer o cruzamento rotacional e produzir ‘tri-cross’, animais comerciais destinados ao abate ou para comercialização. Na produção do Guzonel e compostos Guzonel x Simental, Canabrava conta atualmente com 30 touros Simental da Casa Branca nascidos entre 2006 e 2009. Na última estação de monta, estes touros cobriram 600 matrizes Guzonel, gerando em torno

from Casa Branca contributes to increased productivity in the field

C

asa Branca Agropastoril expands investment in the supply of bulls and genetic matrices for selected strains of the South African Simmental breed. The examples multiply. Just over two years ago, the rancher Altemir Cantu, owner of Cabanha Ecobene (Itai, RS) was included in this loyal link to opt to use an embryo transfer (ET) gene with Casa Branca in its special stocks of 20 purebred Simmental females. “From the beginning we use genetic material from Casa Branca. First semen, and then embryos and arrays - one gotten from Feicorte and three from Expointer. Use of this genetic background best ensures the expansion of the genetic refinement project in my herd, “said Cantu. Ecobene, dedicated his work to trying to achieve 500 births by 2015 and aims to produce bulls to transfer and scale up the breed in Rio Grande do Sul. The rancher says that to achieve

this goal, he has been working with 250 female zebu / European blood crosses, which will be inseminated with Simmental genes from Casa Branca. “These females ensure the birth of different products with attributes that have always been sought after by my herd, such as hardiness and early weight gain and meat quality. As well as early maturity and high maternal ability, “added Cantu. Another partner with Casa Branca is Rodrigo Canabrava, owner of RC Agropecuária which conceived the Empório Guzerati selection project, on the Villa

Therese farm (Bocaiuva, MG), where zootechnical performed evaluations on the Guzerat breed on pasture. In this project, Canabrava found that the Casa Branca Simmental bulls were ideal for cross rotation and produce ‘tri-cross’ commercial animals for slaughter or for sale. In the production of Guzonel and Guzonel x Simmental crosses, Canabrava currently has 30 Simmental bulls bought from Casa Branca between 2006 and 2009. In the last breeding season, these bulls covered 600 Guzonel cows and around 550 calves were born - with pregnancy rate higher than an amazing 90%! “The South African Simmentals pedigree from Casa Branca added essential production features to our livestock such as precocity, modern type of carcasses, excellent weight gain and maternal ability, without compromising the hardiness and adaptability to the tropics of Zebu,” Rodrigo Canabrava highlights. Casa Branca Press 53


brahman

genoma

do boi zebuíno

gordura entre as fibras musculares e as depositadas nas carcaças; auxiliar a seleção para a resistência a parasitas e outras enfermidades e a tolerância ao calor; além de melhorar as tecnologias de rastreabilidade e certificação. Parceria - Além do professor Garcia, a pesquisa é coordenada em conjunto com o pesquisador norte-americano Tad Sonstegard, do Agricultural Research Service (ARS) e Departamento Americano de Agricultura (USDA). Pesquisadores da Universidade de Maryland, nos EUA, e Università Cattolica Del Sacro Cuore, na Itália, também participaram do projeto. A pesquisa contou, ainda, com apoio do CNPq, MAPA, FAPESP, ABCZ e Conexão Delta G. As informações do sequenciamento são públicas e estarão disponíveis no portal do National Center for Biotechnology Information (NCBI).

Unesp concludes

the genome of Zebu cattle Nova tecnologia promete revolucionar o avanço genético da pecuária

O

Brasil saiu na frente mais uma vez com a conclusão de estudo inédito sobre o sequenciamento genético do zebu, coordenado pelo prof. José Fernando Garcia, da Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – campus de Araçatuba/SP) com participação de colaboradores internacionais. A pesquisa amplia as possibilidades de controle no processo de seleção dos melhores animais zebuínos e de seus cruzamentos, propiciando, entre outros benefícios, a melhoria da qualidade da carne e do leite, além do consequente aumento da produção de proteínas animais. “O Brasil é o maior exportador de carne do mundo, batendo a Austrália e a Argentina, entre outros. Cerca de 90% da carne produzida em solo nacional são de animais zebuínos. O boi de corte brasileiro (com exceção de Rio Grande do Sul e Santa Catarina) tem a genética zebuína na sua composição. O objetivo da pesquisa foi oferecer à comunidade científica e técnica o genoma de referência de um animal zebuíno, tão importante para as regiões

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tropicais”, ressalta o prof. Garcia, da Unesp. A pesquisa, que durou dois anos e envolveu investimentos de aproximadamente US$ 500 mil, provenientes da Unesp, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), consistiu no sequenciamento completo de uma das duas principais subespécies bovinas, a Bos primigenius indicus, também conhecido como o grupo zebuíno ou indiano. Até então só se tinha concluído o sequenciamento da outra subespécie Bos primigenius taurus, denominada taurino ou europeu, realizada em 2009, por uma equipe internacional, da qual Garcia também era integrante. De acordo com o pesquisador da Unesp, conhecer em detalhes o código genético de ambas subespécies (bos taurus e bos indicus) propicia entender os fatores determinantes das características que diferem os taurinos dos zebuínos, para que em breve seja possível melhor controle nos processos de seleção dos animais e de seus cruzamentos.

B

razil went ahead again with the completion of study about the genetic sequencing of the zebu, coordinated by Prof. José Fernando Garcia, Faculty of Veterinary Medicine of UNESP (Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - campus Araçatuba / SP) with international collaborators taking part. The research extends the possibilities of control in the process of selecting the best zebu animals and their crosses, providing, among other benefits, improving the quality of meat and milk, and the consequent increased production of animal proteins. “Brazil is the largest exporter of beef in the world, beating Australia and Argentina, among others. About 90% of beef produced on national soil is from zebu animals. The Brazilian beef (with the exception of Rio Grande do Sul and Santa Catarina) is in Zebu genetic composition. The objective of this research was to provide the scientific and technical community with the genome reference of a Zebu animal, very important in the tropics, “says Prof. Garcia, from UNESP. The survey, which lasted two years and involved invest-

ments of approximately US$500 thousand, from UNESP, Ministry of Agriculture, Livestock and Supply (MAPA) and CNPq (National Council for Scientific and Technological Development), a complete sequencing of a two major subspecies of cattle was done, the Bos primigenius indicus, also known as the Zebu or Indian group. So far only the sequencing of other subspecies Bos primigenius taurus, or the European named Taurus had been completed, done in 2009 by an international team, in which Garcia was also a member. According to the researcher from UNESP, the genetic code of both subspecies (Bos taurus and Bos indicus) know in detail provides an understand of the determinants of the characteristics that separate the Taurus from the Zebu, for it will soon be possible to improve the control processes to select animals and their crosses. Researchers performed the sequencing, set up and comparisons between the genomes of breeds. It generated a new analytical tool to test cattle DNA, called “SNP chip” high density. This technology has the ability to test approximately 700 000 points of the genome, by analyzing the Casa Branca Press 55

brahman

Unesp conclui o

Os pesquisadores realizaram o sequenciamento, a montagem e as comparações entre os genomas das raças. Geraram ainda uma nova ferramenta analítica para testar o DNA dos bovinos, chamada “SNP chip” de alta densidade. Essa tecnologia tem a capacidade de testar cerca de 700 mil pontos do genoma, por meio da análise do DNA de um animal, revelando as diferenças existentes entre raças e indivíduos, permitindo simultaneamente o desenvolvimento do genoma e suas aplicações. Com o conhecimento do catálogo completo das duas subespécies, será possível desenvolver novos testes de DNA para selecionar os melhores animais em uma população; identificar a existência das características mais importantes para uma qualidade aprimorada, como tamanho das peças das carnes, maciez, padrão de distribuição de


as technologies to improve traceability and certification. Partnership - In addition to Professor Garcia, research is coordinated with the U.S. researcher Tad Sonstegard, the Agricultural Research Service (ARS) and the U.S. Department of Agriculture (USDA). Researchers at the University of Maryland, USA, and Università Cattolica del Sacro Cuore in Italy, also took part. Research was also supported by CNPq, MAP, FAPESP, Delta Connection and ABCZ G. The sequencing of the information is public and available on the website of National Center for Biotechnology Information (NCBI).

angus

brahman

DNA of an animal, revealing the differences between breeds and individuals, while allowing development of genomics and its application. With knowledge of the complete catalog of the two subspecies, it will be possible to develop new DNA tests to select the best animals in a population, identifying the existence of the most important quality to be enhanced, such as size of the pieces of meat, tenderness, distribution pattern fat between muscle fibers and deposited in the carcasses, helping to select parasitical resistance and other diseases and heat tolerance, as well

O que é o genoma? What is a genome? Genoma é toda a informação genética contida em uma única célula. Cada célula de um indivíduo carrega no seu núcleo toda a informação de um genoma inteiro, distribuída em cromossomos – longas fitas de DNA, que no caso do bovino são 29 + XY e nos humanos 22 + XY. Um projeto genoma consiste em preparar DNA das células de um indivíduo, fragmentá-lo em pedaços pequenos (fitas de 100 nucleotídeos, que são as unidades formadoras das fitas de DNA – adenina/A, guanina/G, citosina/C e timidina/T), descobrir as sequências de DNA desses fragmentos (ordem dos nucleotídeos) e montar o “quebra-cabeça” de forma a enxergar as sequências completas de todos os cromossomos. Essa informação catalogada e organizada permite ter acesso às regiões que contêm informações relacionadas às características de um indivíduo (onde estão os genes, que representam apenas 1% do genoma). Com esse “catálogo”, é possível se guiar dentro do código genético dos indivíduos, comparando as diferenças entre eles e propondo respostas à variação que existe entre os organismos vivos. “Essa conquista deve contribuir para acelerar o processo de melhoramento genético do rebanho brasileiro”, explica o prof. Fernando Garcia, da Unesp. 56 Casa Branca Press

A genome is all the genetic information contained in a single cell. Each cell of an individual carries all the information of an entire genome in its core, distributed in chromosomes long strands of DNA, which in the case of cattle are 29 XY and 22 + XY in humans. A genome project is to prepare DNA from cells of an individual, break it into small pieces (strips of 100 nucleotides, which are the units forming the strands of DNA - adenine/A, guanine/G, cytosine/C and thymidine/T), find the DNA sequences of these fragments (order of the nucleotides) and mount the “puzzle” in order to see the complete sequences of all chromosomes. This information allows access to regions that contain information related to the characteristics of an individual to be cataloged and organized (where the genes are, which represent only 1% of the genome). With this “catalog”, we can be guided into the genetic code of individuals, comparing differences between them and proposing answers to variations that exist among living organisms. “This achievement should help speed up the process of genetic improvement of the Brazilian herd,” explains Prof. Fernando Garcia, UNESP.

Gado Angus pronto para abate no Rio Grande do Sul: ganhos para o pecuarista e o frigorífico

Gado Angus

Certificado bate recorde de abate A Associação Brasileira de Angus comemora os resultados do abate de bovinos participantes do Programa Carne Angus Certificada. Em 2011, foram 183 mil cabeças, contra 140 mil cabecas em igual período do ano anterior: crescimento expressivo de 30%. Em 2012, a previsão é chegar a 250 mil cabeças. Tal resultado comprova a viabilidade do programa, realizado a partir da parceria da Angus com frigoríficos engajados na produção de carne de alta qualidade, sem esquecer da valorização do pecuarista que utiliza genética Angus, oferecendo-lhe substancial bonificação na hora do abate.

Adicionalmente, ganha a pecuária brasileira pois a carne de qualidade tem alto valor agregado e proporciona melhor remuneração tanto no mercado doméstico como no internacional. “O Programa Carne Angus Certificada tem o mérito de pensar na cadeia da carne bovina e não em elos específicos. Para a entidade, é importante disseminar a genética Angus e assim valorizar o criador, porém, sem melhor remuneração no frigorífico não há benefício financeiro. E é isso o que conta”, resume Paulo de Castro Marques, presidente da Associação Brasileira de Angus. “A produção animal está inserida em uma cadeia produtiva, Casa Branca Press 57


Rio Grande do Sul Angus e Red Angus definidos (pretos e vermelhos) Cruzamentos com mínimo de 50% de sangue Angus com raças europeias de corte Cruzamentos com mínimo de 5/8 de sangue Angus com raças zebuínas e sintéticas Sudeste e Centro-Oeste Angus e Red Angus definidos (pretos e vermelhos) Cruzamentos com mínimo de 50% de sangue Angus com raças europeias de corte Cruzamentos com mínimo de 50% de sangue Angus com raças zebuínas de corte (cruzamento industrial) Importante: a identificação dos animais é realizada a partir da inspeção nos currais de abate e novamente na linha de abate, onde são avaliados individualmente quanto a pelagem, conformação da cabeça e da carcaça, idade e grau de acabamento, sendo conferido um carimbo com a letra (a) na linha de abate àqueles animais que forem aprovados na avaliação final.

A desossa, embalagem e expedição são também acompanhadas pelos técnicos do programa, atestando o alto padrão de qualidade do processo. Toda a carne é embalada a vácuo e recebe etiqueta diferenciada, em que o selo de certificação da Associação Brasileira de Angus é visível. Bonificação extra – As premiações por arroba de gado enquadradas nos parâmetros do Programa Carne Angus Certificada representam uma indiscutível motivação para os pecuaristas. Afinal, dependendo da região podem atingir 10%. Mas é importante lembrar que cada frigorífico parceiro trabalha com diferente sistema de premiação, tendo em vista as peculiaridades das regiões onde ele atua. Os pecuaristas interessados em mais informações sobre o programa podem procurar os técnicos da Angus (tel.: 51 3328-9122 / e-mail: carne@ angus.org.br) ou as áreas de compra de gado das unidades frigoríficas: Marfrig RS . . . . . . Tel. (53) 3240-5700 Marfrig SP . . . . . . Tel. (14) 3541-0099 Marfrig GO . . . . . . Tel. (14) 3541-0099 Frig. Silva RS . . . Tel. (55) 2103-2525 CooperAliança PR . Tel. (42) 3622-2443 VPJ Beef GO/SP . .Tel. (19) 3565-1711

Certified Angus Cattle breaks slaughter record The Brazilian Angus Association celebrates the cattle slaughter results participating in the Certified Angus Meat Programm. In 2011, there was a total of 183 thousand heads versus 140 thousand heads in the same period of last year, representing a significant increase of 30%. In 2012, the goal is to reach 250 thousand heads. This result proves the feasibility of 58 Casa Branca Press

the program, conducted through a partnership between Angus and meat producers engaged in high-quality meat products, always valuing cattle raisers that use Angus genetics, providing them with substantial bonus at slaughter. Additionally, it’s good for Brazilian cattle because high quality meat has high added value and provides a better return both domestically and internationally.

“The Certified Angus Beef Program has the advantage of taking into account the beef chain and not specific links. For the association, it is important to disseminate Angus genetics and therefore giving value to the breeder, but without better compensation from the packing plant there is no financial benefit. And that’s what counts, “says Paulo de Castro Marques, president of the Association of Brazilian Angus.

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que se estende do campo à mesa do consumidor. O produtor de bovinos de corte e a indústria frigorífica precisam estar em sintonia para oferecer ao mercado um produto que atenda as necessidades, desejos e preferências dos consumidores”, complementa Fábio Medeiros, gerente do Programa. Uma característica que diferencia o Programa Carne Angus Certificada de outras iniciativas voltadas à produção de carne de qualidade é a auditoria externa, comprovando que as regras estabelecidas são praticadas. Desde 2007, o programa da Angus conta com o aval da certificadora internacional AUSMEAT, líder mundial em processos de padronização de frigoríficos, e o seu selo AUSQUAL. Este selo abre as portas para a carne certificada pela Associação Brasileira de Angus aos mais exigentes mercados do mundo! Está no site da carne Angus (www.carneangus.org.br) e é verdade. O site do programa também traz as regras para participação. O padrão racial pode ser definido como:

Producers can earn more than 10% of the regular price at Certified Angus Meat Program

“Livestock production is surrounded by the supply chain that extends from farm to consumer’s table. Beef cattle producers and the beef industry must work together to bring a product that meets the needs, desires and preferences of consumers to the market” added Fabio Medeiros, Program Coordinator. One feature that differentiates the Certified Angus Beef Program and other initiatives aimed at producing quality meat is the external audit, proving that the rules are being followed. Since 2007, the Angus program has had the support of the international AUSMEAT certification, world leader in standardizing packing plant processes, and its AUSQUAL seal. This seal opens the door for meat certified by the Brazilian Association of Angus to one of the most demanding markets in the world! As you can see on the Angus beef site (www.carneangus.org.br). The program website also sets out the rules. The standard breed can be defined as:

inspection of slaughter pens and again in the slaughter production line, where they individually check the head and carcass as well as the skin, age and how far they are through the process. The animals that are approved from the slaughter production line are given a stamp with the letter (a) in the final evaluation Deboning, packaging and shipping are also followed up by program technicians, testing the high quality of the process. All meat is vacuum packed and receives a unique Brazilian Angus Association certified seal.

Rio Grande do Sul Defined Angus and Red Angus (black and red) A cross with a minimum of 50% European Angus breeds A cross with a minimum of 5/8 European Angus breeds

Ranchers interested can get more information about the program from Angus technicians (tel. 55 51 3328-9122 / Email: carne@angus.org.br) or cattle purchasing areas from packing plant units.

Southeast and Midwest Defined Angus and Red Angus (black and red) A cross with a minimum of 50% European Angus breeds A Cross with a minimum of 50% Angus with Zebu (industrial cross)

They are: Marfrig RS . . . . . . . . . . . phone (55 53) 3240-5700 Marfrig SP . . . . . . . . . . . phone (55 14) 3541-0099 Marfrig GO . . . . . . . . . . . phone (55 14) 3541-0099 Frigorífico Silva RS . . . . phone (55 55) 2103-2525 CooperAliança PR . . . . . . phone (55 42) 3622-2443 VPJ Beef GO/SP. . . . . . . phone (55 19) 3565-1711

Important: animal identification is carried out from the

Extra Bonus - The awards per arroba of cattle within the Certified ABA Angus Beef Program parameters are undeniably motivational for the ranchers. After all, it can reach 10% depending on the region. But it is important to remember that each packing plant partner has a different reward system, depending on the characteristics of the region where they operate.

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Uma década de inclusão social em Avaré (SP) Os dez anos de servições prestados à comunidade de Avaré (SP) têm sabor especial para dirigentes, funcionários e os mais de 150 voluntários que ajudam no trabalho de assistência às crianças da Colônia Espírita Fraternidade. Localizada em bairro próximo ao Horto Florestal, a Colônia assiste atualmente 150 meninos, com idade entre 7 e 18 anos, filhos de famílias de baixa renda e moradores de bairros pobres do município. Para isso, a casa conta com o comprometimento da sua equipe, muitos envolvidos com o projeto desde o início, como é o caso da fonoaudióloga Adriana Mello (Naná). Naná participa do conselho diretivo auxiliando o planejamento das ações socioeducativas da Colônia, trabalho que segundo ela se tornou ideal de vida para muitos dos envolvidos que se dividem entre os afazeres da casa, a vida profissional e a família. “A Colônia transformou minha forma de enxergar a vida”, enfatiza a conselheira, que 60 Casa Branca Press

relata com orgulho o fato de a cidade não sofrer mais com os problemas causados por meninos em condição de rua. Expansão à vista – Em dez anos, o projeto da Colônia Espírita Fraternidade cresceu e o que antes era apenas um imenso terreno vazio se transformou em amplo e moderno espaço voltado à re-socialização de crianças e jovens que vivem em condição de risco social nas muitas comunidades pobres de Avaré. A estrutura física é aos poucos ampliada e modernizada e abriga atualmente seis salas para atividades socioeducativas, mais oficina de leitura, biblioteca e sala de informática. “Aqui nesse espaço as crianças são estimuladas a desenvolver suas competências individuais e também sua criatividade por meio de atividades lúdicas de caráter complementar ao conteúdo visto por eles em sala de aula, de modo que é grande o interesse da maioria deles em permanecer na Colônia”, explica Naná.

A dirigente destaca ainda que o objetivo do projeto é promover re-socialização desses jovens, oferecendo a eles uma jornada complementar ao período escolar obrigatório. Para isso, uma das principais exigências para a permanência deles na Colônia é que estejam matriculados e cursando o ensino fundamental na rede pública da cidade. Esporte como agente de inclusão – Paralelamente às atividades de sala de aula, a Colônia Espírita Fraternidade promove diversas atividades, visando identificar jovens com aptidão para desenvolver-se em uma das muitas modalidades de esporte individual e coletivo oferecidas. Judô, atletismo, futebol, basquete e vôlei são algumas das modalidades praticadas pelos menores, iniciativa que conta com apoio de monitores treinados, alguns ex-alunos da Colônia que após a maior idade deixaram de frequentar o projeto como assistidos para se tornar voluntários. “Eles fazem parte da segunda geração de voluntários da Colônia Espírita Fraternidade”, argumenta Naná. Além da quadra poliesportiva e do vestiário, a Colônia conta com espaço para avaliação e tratamentos médico e odontológico, além de fonoaudiólogos, pedagogos e psicólogos. Tudo oferecido regularmente aos meninos. Segundo Naná, a região é pouco industrializada e carente de empregos e desenvolvimento social. “Avaré mostra como não poderia deixar de ser características muito semelhantes ao restante do Brasil, ou seja, uma enorme desigualdade social, econômica e cultural. É nesse cenário que a Colônia Espírita Fraternidade faz às vezes do Estado na busca de uma situação melhor à população mais carente, especificamente crianças em risco social”, diz. Tendo como critério básico em seus atendimentos o aprimoramento da qualidade da assistência à criança, a Colônia oferece quatro refeições diárias acompanhadas por nutricionista. As crianças do turno da manhã são recepcionadas com café e antes de seguirem para a jornada escolar recebem o almoço. Já os meninos que chegam da escola para o turno da tarde têm lanche e jantar. Ao todo são 600 refeições diárias. Parcerias rendem resultados – Atualmente, os convênios firmados com o Estado e o município ajudam a suprir aproximadamente 25% da receita

responsabilidade social

responsabilidade social

Jovens da Colônia Espírita Fraternidade, de Avaré (SP): tirando crianças de risco social das ruas

Alimentação balanceada diária: um dos diferenciais

necessária para manter a Colônia. Os outros 75% necessários são obtidos graças à boa vontade e ao espírito de solidariedade de voluntários e simpatizantes do programa. Além dos projetos voltados à produção e ao comércio, a casa oferece jantares e festas em que a sociedade se mobiliza com o intuito de ajudar. A novidade está no investimento recente da diretoria em ações de promoção e marketing, com a criação da campanha “Eu Visto Essa Camisa”, iniciativa que inclui a participação de empresários e artistas que vestiram a camisa da entidade em nome da causa de ajudar as crianças carentes do município. O próximo passo será a criação do selo ‘Empresa Amiga’, que identificará as empresas que se engajarem na causa da assistência à criança e jovens em situação de risco social. Para Naná, é com muita alegria que no transcorrer dos dez anos de atividades a Colônia Espírita Fraternidade conta com histórias de superação, crescimento, desenvolvimento e transformação de muitos meninos. “Acreditamos que o grande problema de nossa sociedade é tolher as

Envolvimento de toda a sociedade em busca do bem comum Casa Branca Press 61


oportunidades de crescimento e desenvolvimento de tantas crianças”, destaca. Por isso, o propósito da Colônia sempre foi dar às crianças atendidas o direito de viver sua infância, resgatando a cidadania e a auto-estima. “Valorizando seus potenciais em todas as áreas humanas, concretizando sonhos, abrindo portas, educando e transformando números e estatísticas em seres humanos com capacidade de amar e ser amados.

Transformando filhos em Pais, alunos em professores, crianças em cidadãos e sonhos em realidade, conclui. Colônia Espírita Fraternidade Rua Danúzia de Santi, 670, Bairro Ipiranga Avaré – São Paulo Telefone (014) 3733-8777 www.cefraternidade.org.br

Fraternity: a decade of social inclusion in the city of Avaré (SP) The ten years of services provided to the community of Avaré (SP) have a special meaning to the directors, employees and more than 150 volunteers helping in the work conducted to provide assistance to the children of Colônia Espírita Fraternidade. Located in a district near the Horto Florestal, Colônia currently assists 150 boys between the ages of 7 and 18, coming from low-income families and living on the poor districts in the city. For that purpose, the house relies on the commitment of its team. Many members of the team have been involved in the project since its beginning, which is the case of speech therapist Adriana Mello (Naná). Naná is a member of the governing body and helps in the planning of social and educational initiatives at Colônia which, according to her, became a major goal in the lives of many of those involved in the project, who juggle with 62 Casa Branca Press

Children are motivated to participate in all activities

“Avaré obviously has very similar characteristics to the rest of Brazil, which means significant social, economic and cultural inequality. In this scenario, Colônia Espírita Fraternidade performs the role of a government in the pursuit of improving the situation of the poor, more specifically children at social risk,” she said. Colônia’s basic criterion in the work it develops is to improve the quality of assistance to children, offering four meals a day, which are monitored by a nutritionist. More than winners in sports, boys get in contact with life opportunities at the Colônia Children in the morning shift have breakfast before classes, and they also receive lunch. taking care of their home, professional lives and family Children in the afternoon shift have snacks and dinner. It lives. “Colônia changed the way I see life,” she pointed out, is a total of 600 meals a day. proudly reporting the fact that the city no longer suffers Partnerships turn into results – All partnerships currently from problems caused by children living in the streets. established with the government and the city account for Expansion ahead – In ten years, the Colônia Espírita Fraterapproximately 25% of the revenues necessary to maintain nidade project has grown and what used to be a huge empty Colônia. The other 75% is obtained from the engagement plot of land became large and modern facilities for the reand solidarity of volunteers and sympathizers of the program. socialization of children and youths living under conditions In addition to what they call the “contributing partners” of social risk in the various poor communities of Avaré. and volunteers of projects targeted at handicraft producThe physical structure has been gradually renovated tion and sale, the house promotes dinners and parties, and currently shelters six rooms for social-educational mobilizing the society to help in the project. activities, a reading room, a library and a computer room. A recent investment by the directors in promotion and “Here we stimulate children to develop their individual marketing activities is a novelty, with the creation of a skills and creativity through involvement in activities that campaign called “I Wear This T-Shirt,” which includes the complement the content they learn in the classroom. As participation of entrepreneurs and celebrities wearing the a result, most of them are extremely interested in staying entity’s t-shirt for the cause of helping children from needy at Colônia,” explained Naná. communities in the city. She also pointed out that the purpose of the project is to The next step will be the creation of a ‘Friendly Company’ promote the re-socialization of these children, providing seal, which will identify companies engaged in the cause them with additional time after required school hours. of providing social assistance to children and youths in a With that purpose, one of the main requirements for their situation of social risk. permanence at Colônia is that they be full-time enrolled For Naná, it is with great joy that, throughout ten years of and attending primary school in the city’s public school activities, Colônia Espírita Fraternidade has participated in network. stories of success, growth, development and transformaSports as a means of inclusion – In addition to classroom tion of many kids. “We believe that the major problem of our activities, Colônia Espírita Fraternidade promotes various society is the lack of growth and development opportunities activities seeking to identify youngsters who have skills to for so many children,” she pointed out. be developed in one of the many individual and collective Thus, Colônia’s purpose has always been to give the assports modalities offered. sisted children the right to live their childhood, recovering Judo, athletics, soccer, basketball and volleyball are some their citizenship and self-esteem. “The goal is to value of the modalities practiced by the boys, an initiative that their potentials in all human areas, making dreams come counts with the support of coaches, and some of which true, opening possibilities, educating and transforming are former students of Colônia who, after turning 18, figures and statistics into human beings with the ability stopped participating in the project as assisted youths to to love and be loved. Turning sons into parents, students become volunteers. “They’re part of the second generation into teachers, children into citizenships and dreams into of volunteers at Colônia Espírita Fraternidade,” said Naná. reality,” she concluded. In addition to the multi-purpose sports court and the dressing room, Colônia has a space for medical and dental Colônia Espírita Fraternidade evaluation and treatment, as well as speech therapists, Rua Danúzia de Santi, 670, Bairro Ipiranga pedagogues and psychologists. Everything is regularly Avaré – São Paulo (Brazil) offered to the kids. According to Naná, the region is not Phone (55 14) 3733-8777 / www.cefraternidade.org.br very industrialized and lacks jobs and social development. Casa Branca Press 63

social responsibility

social responsibility

Crianças entram em contato com música, esportes e cultura


da Casa Branca

Firminia, Sandra e Eliane: no dia a dia da Casa Branca

“A Casa Branca Agropastoril sempre acreditou no poder das mulheres, tanto que hoje elas estão presentes em importantes funções na administração de ambas as fazendas no sul de Minas Gerais e no escritório de São Paulo. A equipe cuida muito profissionalmente de cada detalhe administrativo, trabalho orientado e acompanhado de perto pelo proprietário Paulo de Castro Marques, que lidera o projeto com profissionalismo e eficiência na gestão e qualidade da produção”. 64 Casa Branca Press

Capixaba, nascida em Vitória (ES), ela conta que apesar de sua infância ter sido vivida em cidade do interior, não tinha contato com a criação tão de perto. “Entrei como temporária no departamento de licitações da Biolab e quando venceu o meu contrato fui efetivada. Trabalhei na área por pouco mais de um ano e meio e então surgiu a oportunidade de trabalhar como secretária do Paulo Marques”, conta. Hoje, já familiarizada com a rotina das fazendas, Firmínia desenvolve papel importante como interlocutora entre a presidência e a equipe de apoio na definição dos assuntos relacionados ao dia-dia das cinco propriedades. Ela conta que, apesar do ritmo bastante intenso de trabalho, o gosto pela profissão torna tudo mais tranquilo. “O trabalho para a Casa Branca é prazeroso. E a equipe, especial, pois veste a camisa e luta pelo sucesso do projeto”, assinala Firminia. Braço forte na condução das fazendas Na equipe que cuida da administração das fazendas da Casa Branca, outra mulher se destaca por sua dedicação e profissionalismo. Os anos de convivência que ajudaram a formar laços de amizade e respeito profissional entre a então profissional do departamento comercial da revista DBO Rural, Sandra Pando, e o empresário Paulo de Castro Marques, foram decisivos para o convite para que ela assumisse uma função no departamento comercial da Casa Branca, isso em meados de 2005. O engajamento demonstrado com a rotina de trabalho que incluía organização e divulgação dos leilões promovidos das raças Simental linhagem sul-africana, Angus e Brahman, ações de atendimento de clientes, entre outras funções, resultou em novo convite, desta vez para atuar na administração direta do projeto da Casa Branca, na Fazenda Santa Helena, em Silvianópolis (MG).

Sandra relembra que a mudança da capital paulista para Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, representou um desafio tanto pessoal quanto profissional, pois foi preciso deixar toda sua vida na terceira maior metrópole do mundo para se adaptar ao ritmo de vida tranquila do interior mineiro. O outro desafio envolvia as novas funções, com suas atribuições e exigência de conhecimento. Essa etapa foi difícil, mas superada graças ao esforço individual e apoio da equipe. “A proximidade com o Paulo Marques foi fundamental no processo de adaptação ao trabalho da fazenda. Muito daquilo que sei hoje, aprendi ouvindo e observando o trabalho dele”, comenta Sandra Pando. Nova geração busca seu espaço Completa o time feminino da Casa Branca Agropastoril, Eliane Slucki, que há pouco mais de um dois assumiu a coordenação de marketing e organização dos eventos. Formada em zootecnia pela Unesp, de Botucatu (SP), Eliane trouxe na bagagem conhecimentos técnicos e de mercado adquiridos nos anos em que atuou como representante comercial na venda de sêmen bovino. Tendo como base o escritório da empresa na cidade de São Paulo, Eliane desempenha papel importante na organização das ações de marketing e divulgação de eventos da Casa Branca. Quando olha para o futuro, ela pensa no crescimento profissional antes de assumir novos desafios na carreira. “O mercado está aí com muitas oportunidades para profissionais capacitados. As mulheres têm muito a contribuir para o crescimento do agronegócio, principalmente assumindo funções que exigem maior sensibilidade e jogo de cintura para transpor desafios. Na Casa Branca, me sinto em casa e o trabalho flui com tranquilidade – apesar da necessária agilidade”, diz Eliane Slucki. Casa Branca Press 65

nossa gente

nossa gente

As mulheres fortes

A presença cada vez maior das mulheres nas mais diferentes funções nas empresas é uma tendência que acompanha a transformação do mercado mundial de trabalho. Há muito tempo essa realidade chegou ao Brasil. A aposta na capacidade profissional e no potencial criativo do público feminino se traduz hoje no próprio aumento da competitividade do País, que graças à contribuição delas – isso é indiscutível – se destaca no cenário global como uma das maiores economias do planeta. Assim, elas estão em posição estratégicas também em setores estratégicos, como o de ciência e tecnologia, industrial, comércio, setor de serviços e, mais recentemente, no agronegócio. A Casa Branca Agropastoril sempre acreditou na força da mulher, tanto é que hoje elas estão presentes em funções importantes na administração tanto das fazendas no sul de Minas Gerais quanto no escritório central em São Paulo. A equipe participa ativamente, cuidando com muito profissionalismo de cada detalhe da administração, trabalho orientado e acompanhado de perto pelo proprietário Paulo de Castro Marques, que conduz o projeto com profissionalismo e eficiência na gestão e qualidade na produção. Quando começou a trabalhar para a Biolab, empresa farmacêutica da família Marques, em 1999, a hoje assessora executiva da presidência Firmínia Santos talvez não imaginasse que em algum momento da sua carreira profissional o agronegócio faria parte das suas atribuições diárias. Com o início do projeto de seleção da Casa Branca no começo dos anos 2000. Firminia não só passou a conviver mais de perto com o universo da pecuária, como aprendeu a gostar da rotina, que inclui até presença em leilões e exposições pecuárias e visita às fazendas do grupo em finais de semana.


The strong women at Casa Branca our people

“The Casa Branca Agropastoril always believed in the power of women, so much that today they are present in important functions in the administration of both ranches in southern Minas Gerais and in the São Paulo office.The team is actively caring very professionally on every administrative detail, work-oriented and closely monitored by the owner Paulo de Castro Marques, who leads the project professionally and efficiently in management and production quality”. The increasing presence of women in different roles in companies is a trend that accompanies the transformation of the global work. A long time ago that reality came to Brazil. The focus on the professional and creative potential of women is expressed today in increasing the competitiveness of their own country, which, thanks to their contribution - that is indisputable - stands out in the economic scenario as one of the largest economies in the world. Thus, they are also strategic position in strategic sectors such as science and technology, retail, service sector and, more recently, in agribusiness. The Casa Branca Agropastoril always believed in the power of women, so much that today they are present in important functions in the administration of both ranches in southern Minas Gerais and in the São Paulo office. The team is actively caring very professionally on every administrative detail, work-oriented and closely monitored by the owner Paulo de Castro Marques, who leads the project professionally and efficiently in management and production quality. When the Marques Family started Biolab, a pharmaceutical company in 1999, the now executive assistant to the president, Firmínia Santos, might not have imagined that at some point in her career, agribusiness would be part of her daily assignments. With the start of the project selection from the Casa Branca in early 2000, Firminia has not only lived more closely in the livestock world, as she has learned to enjoy the different routine, which includes being present at livestock sales and shows in São Paulo, and helping organize visits to the ranch on weekends. Capixaba, born in Vitória (ES), she 66 Casa Branca Press

says that although she grew up in the country, she had no contact with ranching or farming. “I joined Biolab with a temporary contract, after my experience term was over, they hired me. I stayed in the area for just over a year and a half and then the opportunity arose to work as a secretary for Paulo Marques “she says. Today, already familiar with the routine of the ranch, Firmínia has developed an important role as interlocutor between the presidency and support staff in defining the issues relating to the daily lives of five properties. She says that despite the very intense pace of work, the taste for the profession makes it quieter. “Working for Casa Branca is pleasurable. Especially because the team wears the shirt of the company. “ Strong arm to drive the farms In the team that takes care of the administration of Casa Branca, another woman stands out for being dedicated and professional. The years working together when Sandra Pando was in the sales department of the Rural DBO magazine, created a friendship and professional respect with Paulo de Castro Marques, this was decisive when he invited her to take a role in Casa Branca’s commercial department, in mid-2005. The commitment demonstrated by the work schedule that included organization and disclosure of sales of purebred South African Simmental, Angus and Brahman, customer service, among other things, resulted in new call, this time to act in the direct administration project Casa Branca in Santa Helena Ranch, in Silvianópolis (MG). Sandra recalls that the change from Sao Paulo capital to Pouso Alegre, in

southern Minas Gerais, was both a challenge personally and professionally, because she had to leave her entire life in the third-largest metropolis in the world to adapt to the quiet pace of life of Minas Gerais. Another challenge involved the new roles, with her capabilities and knowledge requirement. This stage was difficult, but overcome by an individual effort and team support. “The closeness of Paulo Marques was instrumental in the process of adapting to working direct at the ranch. Much of what I know today, I have learned by listening and observing his work, “she says. New generation seeks its space Rounding out the women’s team of Casa Branca Agropastoril, Eliane Slucki a little over two years ago, has taken over the organization of events and coordinating all the marketing done by Casa Branca. With a degree in animal science by UNESP, Botucatu (SP), Eliane brought technical and market expertise with her in the years she served as trade representative in the sale of bull semen. Based in the company’s office in São Paulo, Eliane plays an important role in the organization of marketing activities and dissemination of events Casa Branca. When looking at the future, she thinks of the professional growth before taking on new career challenges. “There are lots of opportunities in the market for professionals. Women have a lot to contribute in the growth of the agribusiness, especially taking on roles that require greater sensitivity and to be hip to surmount challenges. At Casa Branca, I feel at home and work flows smoothly - despite the necessary agility”, she says.

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