Catálogo 16º Mural

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16º Mural da Casa da Ciência

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Catálogo do Mural Ano I - Edição Nº 1 Dezembro de 2012 Esta primeira edição do Catálogo traz os trabalhos dos alunos do programa Pequeno Cientista apresentados no 16º Mural, que aconteceu no dia 29 de novembro de 2012 no Hemocentro de Ribeirão Preto. A partir da rotina de registro da equipe, foi possível organizar este material com momentos que revelam aprendizagem dos alunos, que apresentam seus projetos de pesquisa para professores, pesquisadores e colegas. O Mural é um evento que constitui parte da avaliação do programa e da ação metodológica da Casa da Ciência. Produção Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto Coordenação Marisa Ramos Barbieri Equipe Ádamo Siena Danielle Castro Fernando Rossi Trigo Gisele Oliveira Lorimeri Sá Côrtes Pedro Leopoldo Borges Ricardo Marques Couto Rosemeire Rosa Tritola Valéria Catelli Infantozzi Costa Edição de texto e diagramação Gisele Oliveira Dados para correspondência e contato Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto Rua Tenente Catão Roxo - 2501 14051-140 – Ribeirão Preto - SP Telefone: (16) 2101-9308 E-mail: casadaciencia@hemocentro.fmrp.usp.br Facebook: https://www.facebook.com/pages/Casa-da-Ciência/ Site: https://www.hemocentro.fmrp.usp.br/casadaciencia

Pelos trabalhos que ainda estão desenvolvendo, os alunos do Pequeno Cientista se enquadram no início do que seria um processo de iniciação científica, pois ela não termina, nós colocamos pontos finais quando queremos e podemos. É importantíssimo vê-los num conjunto que tem um foco, que é apresentar o que sabe de maneira clara. No Mural são apresentadas algumas dúvidas que os alunos conseguem responder e um milhão de outras que não. Tenho certeza que esse processo não está terminado para eles. Como diz o teatrólogo alemão Bertolt Brecht, o bom é quando o espectador sai do teatro preocupado, diferente de uma novela que se identifica com os personagens. Ciência e arte ficam encrustadas. Então vamos terminar mais uma pequena etapa para começar muitas mais. Professora Dra. Marisa Ramos Barbieri Coordenadora da Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto


3 Índice

Transformações químicas

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Ecologia trófica

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O camundongo na pesquisa científica

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Mundo das bactérias

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Sementeira no MuLEC

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Bioinformática

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Genética de populações

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Paleontologia

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Mundo das aranhas

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Aprendizagem e memória

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Células-tronco

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Neurociências

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Parceiros

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Transformações químicas Orientadora Beatriz V. Schneider Felicio Alunos Jéssica Aparecida Vicente Laura Chiarelli Jardim Mariana Costa Vitor de Lima Ribeiro

Jéssica: A pergunta do nosso subgrupo foi: como a glicose pode ser convertida em etanol? Vitor: A minha pergunta foi: porque a gente não pode parar de respirar? É por causa do oxigênio, obviamente, mas eu vou explicar mais detalhadamente a cadeia transportadora de elétrons. Laura: A minha pergunta foi: por que a gente libera CO2? Ele é liberado no círculo de Krebs e é proveniente da glicose.


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Os encontros do grupo de transformações químicas se basearam em exposições visuais, explicações e perguntas para os alunos, das quais ora conseguimos responder no momento da discussão, ora eram buscadas como tarefas em casa. Foram utilizadas com demonstrações experimentais, vídeos e slides contendo diferentes tipos de representações de entidades químicas (substâncias macroscópicas, átomos e moléculas) para levar o aluno a entender como se dão as interações entre as mesmas, reconhecer suas diferenças e semelhanças, sua composição e entender que as quebras e formações das ligações químicas são a fonte de energia para que as transformações químicas aconteçam. As transformações químicas escolhidas pelos alunos foram Respiração e Fermentação Alcoólica. As perguntas dos alunos relacionadas à respiração foram: Por que não podemos parar de respirar? O que acontece com o oxigênio que inspiramos e como é formado o CO2 que expiramos? As

perguntas relacionadas ao processo de fermentação alcoólica foram: Como o álcool é formado? Quais as principais semelhanças e diferenças entre a respiração e a fermentação? As transformações químicas foram escolhidas desde o início do projeto, no entanto, as perguntas surgiram posteriormente, com dúvidas e questões dos alunos no decorrer dos encontros. Os conceitos estudados antes da definição das perguntas foram: diferença entre transformação química e física, composição da matéria, estrutura atômica, estrutura molecular, simbologia dos elementos químicos, e organização da tabela periódica. É com grande satisfação que ao final deste ciclo de encontros do Pequeno Cientista poderemos compartilhar parte do que estudamos, conscientes de que muitas outras perguntas ainda podem ser buscadas. Beatriz V. Schneider Felicio


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Ecologia trófica Orientadora Luzia A.A. Sperandio Alunos Leonardo Andrade Rodrigues Letícia Fernandes Mylena Regina da Silva Patrick Carvalho de Oliveira Taís Gomes Soares

Mylena: Nossa principal pergunta é: Em que fase as mudas de couve são mais prejudicadas pela herbivoria? Então dividimos em dois grupos: um para a fase inicial e outro na tardia, para comparar. Mas a fase inicial teve um problema por causa das chuvas da semana passada, então a gente teve que trabalhar com uma hipótese do que aconteceria na fase inicial.


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A princípio foram trabalhados vários conceitos de ecologia, como sua definição, autoecologia trófica, sinecologia trófica, espécie, população, comunidade (biótopo), ecossistema (fatores bióticos e abióticos), diferenças entre habitat e nicho ecológico. Discutimos também os conceitos de animais fitófagos, carnívoros e onívoros, quais são os seus hábitos alimentares, quais as estratégias que as espécies utilizam para obter o alimento, animais com hábitos diurnos e noturnos, cadeia e teia alimentar. Foram feitas algumas observações em campo nos jardins do Hemocentro e, a partir daí, surgiram algumas perguntas: Qual é o espermatófito nas samambaias? E o gametófito? É possível através dos soros reproduzir outra samambaia? Quais são os grupos de insetos com metamorfose incompleta e metaforfose completa? Como não foi possível obter um exemplo de cadeia alimentar a partir das observações feitas no jardim, pois observamos muitas formigas, os alunos realizaram em casa um experimento com folhas de couve jovens e maduras para comparar onde o dano é maior: Quando as folhas são removidas na fase precoce ou tardia? Luzia A.A. Sperandio


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O camundongo na pesquisa científica Orientadora Ana Paula Lange Cleide Silva Alunos Alexssandra Soares Inaê Barata Marianne Santos Thaís Ribeiro

Thaís: A gente vai falar sobre noções básicas de ética da experimentação e qual a importância e o manuseio ideal. A gente vai contar onde eles ficam, qual a importância deles e como assegurar que não estão sofrendo quando são manuseados para o experimento. O que até hoje a gente evoluiu por causa da utilização desses modelos biológicos. Porque a gente não utiliza os seres humanos primeiramente.


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O tema proposto teve como objetivo levar até os alunos uma discussão sobre a importância do camundongo na pesquisa científica, ética em experimentação animal, cuidados e manejo. Os alunos tiveram aulas abordando os seguintes temas: - história do camundongo na pesquisa científica; - classificação e biologia geral do camundongo; - o que é biotério; - manejo do camundongo no biotério - alimentação, sexagem, eutanásia, contenção e vias de administração de fármacos. Foi realizada visita no laboratório de Hematologia Experimental, onde os alunos puderam conhecer as rack´s (estante aonde as caixas são alocadas), sistema de ar e filtro e caixas, onde os animais ficam acondicionados. Foram feitas diversas observações, por exemplo, tipo de ração, cuidados de higiene, bebedouros, número de animais por caixa, processo de autoclavagem das caixas e ração e demonstração da correta contenção do animal. Ana Paula Lange


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O mundo das bactérias Orientadores Ana Paula Costa de Pontes Aline de Sousa Bomfim Fillipe Luiz Rosa do Carmo Lilian Figueiredo Moreira Luiza Cunha Junqueira Reis Maria Florencia Tellechea Marcela Cristina Corrêa de Freitas Alunos Gabriel Servilha Menezes Giovana Carla Rodrigues da Silva Leticia Maglia Xavier Noemi da Silva Jardim Suelen Silva Lima

Giovana: O nosso projeto está mostrando quem são as bactérias quanto a sua forma e como elas são classificadas. A gente também está falando que nem todas elas são patogênicas, algumas causam até o bem e são necessárias para nossa sobrevivência, como a bactéria da flora intestinal. Noemi: Fizemos três experimentos. O primeiro foi sair e coletar as bactérias. Coletamos da maçaneta, da bancada e da natureza. Para fazer o quê? A coloração gram, que sabemos que as bactérias são divididas em gram-positivas e gramnegativas. Depois disso, no antepenúltimo encontro, a gente fez como se fosse reagentes das bactérias, os produtos que são mais significativos, que conseguem matar elas. E a nossa pergunta principal é: As arqueobactérias e as eubactérias podem ser classificadas como gram-negativas e gram-positivas?


11 O tema principal do projeto foi os micro-organismos procariotos denominados bactérias, tendo como objetivo identificar desde a morfologia até o ciclo de crescimento e lugares onde podem ser encontrados. Para isso, foi analisada a morfologia celular utilizando metodologias de coloração simples, na qual foram observados os diferentes tipos de bactérias, tais como cocos, bacilos e espirilo. Além disso, bactérias foram semeadas em placas contendo produtos “desinfetantes”, sendo possível trabalhar o conceito de crescimento das células bacterianas e se os produtos utilizados para a limpeza de casa são realmente eficazes. Orientadores


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Sementeira no MuLEC Orientadores Fernando Rossi Trigo Ricardo Marques Couto Alunos Ana Caroline Rocha Nascimento; Gabrielle da Silva; Karenn dos Santos Fiuza Calderoni; Katiane de Souza Bugno; Leonardo Dartanhan Mendonça Padilha; Letícia Jardim Miranda; Luciana Souza da Silva; Maria das Dores S Ricco; Pedro Henrique Saraiva; Romulo Arrais Silva; Ronifer Rodrigo Ribeiro Barrozo; Suzani Maria Bianco e Taanne Alves Ramos.

Maria das Dores: Teve uma menina que me deu uma semente e eu fiquei muito feliz. Até hoje a semente do pêssego não mostrou que nós vamos conseguir acelerar a germinação dela. Nós concluímos o seguinte: existem sementes muito fáceis de serem germinadas e que se você acelerar fica melhor ainda.

Letícia: Nosso grupo trabalhou com germinação e sementes. A gente pegou duas amostras de diferentes tipos de solos. Na primeira amostra, pegamos um solo sem nutrientes, de uma construção. E no outro pegamos um solo mais fofo, com mais nutrientes. Nesses solos, plantamos dois feijões. Para ficar mais completa nossa experiência, um feijão a gente plantou lá fora, para pegar luz solar, e o outro colocamos dentro do armário. Também pegamos semente de sucupira branca, nosso desafio é tentar quebrar a dormência. A gente plantou, mas ela ainda não germinou.


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A partir do encontro do Adote um Cientista com o técnico agrícola Antonio Justino, realizado em 16 de agosto no Viveiro de Mudas do campus da USP, surgiram propostas e um grande desafio de manter um espaço permanente de investigação com sementes de diferentes espécies e condições para germinação. Nesta linha, os alunos estudaram os conhecidos grupos de plantas, tais como: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas – abordando questões de morfologia vegetal, fisiologia e embriogênese. Discussões como estratégias de polinização e dispersão também permearam os diálogos. No final da orientação, os jovens focaram em projetos que envolviam as condições necessárias para a germinação da sucupira e também a quebra de dormência das sementes de flamboyant e pêssego, utilizando uma solução com diferentes compostos químicos, tornando o tegumento da semente permeável à água. Neste trabalho, foi possível observar desdobramentos na escola com alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental da cidade de Batatais. Orientados pela professora Maria das Dores Ricco, eles investigaram a importância do tipo de solo e a presença de luz na germinação das sementes. Fernando Rossi Trigo e Ricardo Marques Couto.


Bioinformática e modelagem molecular Orientador Fernando Barroso Alunos Fernando Luís B. Filho Leonardo Bugory Victoria Cardoso

Fernando: O nosso objetivo principal é estudar as proteínas e, principalmente, os complexos proteína-proteína. Nessa etapa do processo, a gente estudou os bancos de dados, os programas que existem para visualizar as proteínas e os scripts para separar as coordenadas dos átomos e separar proteína por cadeia.

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A modelagem molecular envolve visualizações dos átomos e moléculas em computador e simulações numéricas, o que permite descrever, controlar e quantificar mecanismos moleculares em termos de uma visão microscópica dos sistemas. Neste projeto, propomos apresentar ao estudante algumas ferramentas computacionais com o intuito de que ele possa, em um primeiro momento, participar do ambiente acadêmico, vivenciar as várias etapas das atividades de pesquisa e conhecer as abordagens computacionais. Tanto programas desenvolvidos por outros grupos, como “caseiros” serão utilizados. Atividades de programação numérica em scripts shell e fortran também serão realizadas pelos estudantes. Trabalharemos programação e os conceitos de interações intermoleculares, carga elétrica, pH e proteínas. A pergunta a ser respondida ao longo das várias etapas do projeto é: Qual é o feito

do pH na interação proteína-proteína? Nesta primeira etapa do atual grupo de alunos, discutimos os aminoácidos, suas propriedades físico-químicas, como representar a estrutura deles no computador, o uso de programas de visualização molecular, o banco de dados de proteínas (www.pdb.org) e começamos a escrever alguns scripts em shell para extrair informações de interesse desses bancos de dados. Este grupo continuará sua investigação e os registros das atividades dos jovens podem ser acompanhados no blog criado por eles: http://bioinformaticacc.wordpress.com Fernando Barroso


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Genética de populações Orientadora Ádamo Davi Diógenes Siena Alunos André Lopes Kroll Cícero Gabriel dos Santos Damaris da Silva Jardim Taynara Ferreira Franco

André: Se todo sangue é vermelho, porque existem várias funções e vários sangues diferentes? Dividimos o grupo em duas partes, uma foi a parte da teoria e nomenclatura: alelos, se é heterozigoto, homozigoto. E na parte prática, envolvendo o sistema sanguíneo. Damaris: A gente falou mais da descoberta do fator Rh, do sistema ABO. Focamos mais na parte do sangue mesmo, cuja pergunta é: Todo sangue é vemelho, o que difere um tipo do outro? A nossa hipótese é que existe alguma coisa nas hemácias.


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O grupo buscou entender como a genética pode ser estudada em níveis populacionais e o que ela nos permite entender. Nos encontros foram abordados conceitos e processos fundamentais, desde terminologias frequentes de genética clássica, passando pelo código genético e a transcrição e tradução de proteínas, até chegar a como os processos naturais podem alterar características em uma dada população. O conceito de polimorfismo foi um ponto importante para o grupo dar continuidade na investigação. Além disso, foram realizados cálculos de frequência gênica e genotípica, para uma população ideal hipotética, utilizando a frequência de Hardy-Weinberg. Ádamo Siena


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Paleontologia Orientador Vinicius Moreno Godoi Alunos Gabriel Antonio da Silva Hugo Silva Santos Valadão Leonardo Galvão Pinto William Flanklin Sampaio

Hugo: Enquanto a gente estava estudando os dinossauros surgiram grandes perguntas: O que difere um réptil de um dinossauro? Qualquer réptil grande pode ser um dinossauro? A gente fez a filogenia com os dinossauros montados.


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Nosso trabalho para o Pequeno Cientista consistia em três frentes norteadas pelas perguntas: O que são fosseis? Onde podemos encontrá-los? O que são dinossauros? O objetivo inicial era dividir o grupo em três subgrupos para responder essas perguntas. Entretanto, em virtude da diminuição do número de alunos, focamos nossas atividades em investigar “O que são os dinossauros” (mesmo já tendo feitas coletas de solo referenciadas com GPS no campus para a primeira pergunta), onde, através de discussões que envolviam anatomia e filogenia (relação de parentesco) dos grupos biológicos envolvidos, conseguimos chegar a uma resposta. Para apresentação no Mural preparamos uma atividade em Paper craft dos principais grupos e expusemos algumas perguntas que surgiram do nosso trabalho para discussão. Novas perguntas surgiam a cada encontro e nosso grupo está ansioso pelo próximo ano. Vinicius Moreno Godoi


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Mundo das aranhas Orientador Lorimeri Sá Côrtes

Lorimeri: Boa tarde. No programa Adote Repórter de hoje vamos falar sobre aranhas. Quem são elas realmente? Do que vivem? Do que se alimentam? Como se reproduzem?

Alunos Emily Cardoso Nascimento Leonardo Augusto de Barros Maria Eduarda Delospital Bacadini

Emily: Boa tarde. Hoje teremos uma entrevista com a Dona Aranha Tecelã da Silva. A senhora sempre teceu suas teias? Maria Eduarda: Sim, mas minhas primas lá do bosque não vivem em teias, elas são caçadoras e vivem em buracos no solo. Emily: Para que elas usam as teias então? Maria Eduarda: Para cobrir o buraco e para pôr seus ovos em um saquinho, a ooteca, onde há 500 aranhazinhas, dependendo da família da aranha. E os meus primos usam para fazer uma teia que se chama espermática, onde eles enchem os palpos. Emily: Então essa é a diferença entre macho e fêmea? Maria Eduarda: Sim, os palpos do macho tem uma estrutura complexa dentro. Já em nós, fêmeas, os palpos são curtos e magrinhos. Emily: E a senhora tem veneno? Maria Eduarda: É peçonha. Todos nós temos, porque precisamos paralisar os insetos. Emily: Então todas as aranhas são perigosas? Maria Eduarda: Só para o nosso alimento. Para vocês, humanos, só 1 % das aranhas são perigosas, capazes de causar feridas ou a morte. Emily: Então 99% das aranhas não representam perigo para nós? Maria Eduarda: Sim, 99%. Eu não entendo porque vocês humanos tem medo de 1%. Emily: Profundas palavras da Dona Aranha. Lorimeri: Agora vamos com a aranha mais perigosa do Brasil. A viúva negra. Leonardo: Porque eu mato o macho na cópula, mas eu não sou a única aranha que faz isso. É tipo uma necessidade fisiológica. É que minha peçonha é muito forte, daí muitas aranhas também pagam pela minha fama. Tenho uma prima que é estressadinha, é a armadeira.


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O grupo teve como objetivo conhecer a diversidade das aranhas na natureza para ‘tirar’ a ideia errônea de que toda aranha é perigosa, pois a maioria (mais de 90%) não faz mal ao ser humano. Para tal, eles foram a campo observar esses animais no jardim do Hemocentro. Neste momento surgiram muitas dúvidas relacionadas à reprodução e acidentes. O grupo inicial de sete alunos foi subdividido em dois grupos: quatro alunos pesquisaram sobre reprodução e três sobre acidentes. Perguntas sobre diversos aspectos das aranhas foram pipocando nos encontros, como a existência de pelos, a diferenciação dos sexos e o modo de transmissão dos espermatozoides para o bulbo. Os alunos foram estimulados a buscar as respostas para serem discutidas na próxima reunião e observaram uma caranguejeira viva com ooteca na Casa da Ciência. No final, três alunos continuaram no grupo (Maria, Emily e Leonardo) e apresentaram um esquete-paródia do programa jornalístico Globo Repórter, que foi chamado de Adote Repórter. Estes alunos trabalharam com perguntas como: Onde os espermatozoides são produzidos? Onde as aranhas põem seus ovos? A fêmea sempre mata o macho? Lorimeri Sá Côrtes


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Aprendizagem e memória Orientador Valéria Catelli Infantozzi Costa Alunos Angelo Rafael Lemes Gula Bruna da Silva Qualio Luana Ferreira de Souza Richard William Rocha Alves dos Santos

Luana: A gente fez uma experiência de memorização de tempo. Vamos falar sobre isso, se uma pessoa é capaz de memorizar um determinado intervalo de tempo. Angelo: Foram 19 participantes, 9 mulheres e 11 homens. Teve o resultado que a gente esperava. Vimos que as pessoas conseguem memorizar um intervalo de tempo. Teve alguns declínios. Não foram exatos, os 10 segundos que a gente propôs, mas vimos que teve alguns resultados interessantes, que comprovam que o ser humano é capaz de memorizar um intervalo de tempo.


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Neste grupo do Pequeno Cientista discutimos sobre o que podemos aprender e memorizar. Além daquilo que aprendemos e memorizamos a partir da nossa vivência cotidiana, será que somos capazes de aprender algo sobre o tempo, ou seja, o que aprendemos e memorizamos sobre um intervalo de tempo? A orientação desse grupo teve dois objetivos principais: que os alunos aprendessem mais sobre a relação entre memória a os intervalos temporais e que entrassem em contato com a metodologia cientifica. Dessa forma, nas reuniões passávamos orientações sobre como desenvolver tal projeto, desde a pergunta, passando pela metodologia da coleta e análise de dados (confecção de um gráfico), resultados e conclusão a que poderíamos chegar.

O projeto “Aprendendo a memorizar um intervalo de tempo” teve como objetivo verificar se aprendemos e memorizamos um intervalo de tempo de 10 segundos. O experimento foi realizado com homens e mulheres, que foram convidados a produzir um intervalo de 10 segundos, indicando o início e fim do intervalo. O experimentador anotava o tempo real produzido pelos participantes. Os resultados indicaram que a média dos intervalos de tempo apresentado pelos participantes foi de 9,82 segundos. Com isso, o grupo concluiu que humanos - tanto homens como mulheres - tem capacidade de aprender e memorizar um intervalo de 10 segundos com uma boa exatidão. Valéria Catelli Infantozzi Costa


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Células-tronco Orientadores Angelo Luis Caron Daianne M. Alves de Carvalho Larissa Oliveira Guimarães Liziane Raquel Beckenkamp Lucas Eduardo Botelho de Souza Thaís Valéria C. de A. Pimentel Alunos Bárbara Benati Naves Brunna Santana da Costa Fernandes Nathalia Botelho Nunes Thainá Norbiato Silva

Bárbara: A gente tinha uma pergunta bem simples: O que são e para que servem as células-tronco? As células-tronco são células comuns encontradas em todo o corpo. A diferença para outras células é que elas são capazes de se reproduzirem de uma forma diferente. Então, se eu for uma célula-tronco eu vou ter uma célula-filha e outra célula diferenciada, uma célula da pele, por exemplo. Para ela se diferenciar na célula da pele, ela tem que ter todos os estímulos, tudo a sua volta, para condicionar essa mudança. Então tem que estar na pele. Nos nossos cartazes a gente fala um pouco sobre as diferenças das células, sobre pluripotente e totipotente. Ao contrário do que todo mundo pensa, não é qualquer célula-tronco que pode diferenciar em outro tecido, tem uma diferença, as únicas células-tronco que conseguem se diferenciar em todos os tecidos do corpo são as células-tronco embrionárias. Tem um estudo muito recente, chamado iPS, que faz com que uma célula-tronco, por exemplo, da pele volte a ser uma célula embrionária. Mas qual é a vantagem dessa célula voltar a ser embrionária? Se eu quiser fazer um transplante, eu posso tirar uma célula minha e depois que eu diferenciar ela, ela vai voltar pra mim, então vai eliminar o problema da rejeição. Mas tem outros problemas também, esse estudo não tem 100 % de acerto, porque quando são injetadas essas células, elas causam o risco de teratoma e também tem uma série de outros problemas.


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O grupo teve como objetivo apresentar conceitos sobre células-tronco de maneira que os alunos pudessem formular uma opinião crítica sobre o que é divulgado atualmente na mídia sobre o assunto. Nosso foco principal foi explicar o que é uma célula-tronco, onde é encontrada, as aplicações e as pesquisas que estão sendo feitas, principalmente com células-tronco embrionárias. As alunas tiveram aulas teóricas sobre células, replicação do DNA, transcrição, tradução, expressão gênica, conceitos básicos de célulastronco, aplicações e seu uso na terapia. A atividade prática compreendeu o cultivo de células, no qual aprenderam a trabalhar em cultura celular, como realizar o cultivo de linhagem celular e contagem de células em câmara de Newbauer. Nas atividades propostas para casa, as jovens realizaram um levantamento

e analisaram os conceitos apresentado em algumas reportagens publicadas na “Folha de São Paulo”, “O Estadão” e “revista Veja” acerca de pesquisas com células-tronco. Ao final, concluíram que muitas informações não eram suficientes para esclarecer o papel das células-tronco. O grupo identificou que os textos levavam uma pessoa leiga a crer que as células-tronco são a solução para todos os problemas. No entanto, sabemos da grande importância das células-tronco na pesquisa, mas muito ainda deve ser estudado para a aplicação segura dessas células na terapia. Acreditamos que as alunas adquiriram outra visão e que, primeiramente, realizarão uma análise ao lerem o conteúdo informado nos meios de comunicação. Orientadores


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Neurociências Orientador Danilo Benette Marques Alunos Jéssica Aparecida Geroldo Leonardo Cesar Vilela Juzo Letícia Caniceiro Anelli Maíra Costa Gonçalves Nataliani Aparecida Fassini Nataliely Aparecida Fernandes Leonel Wener Henrique Bonfim Mendonça

Maíra: Primeiro a gente revisou o que tinha visto no semestre passado sobre as regiões do cérebro. Visitamos o laboratório de investigação em epilepsia e lá vimos diversos testes comportamentais, onde são utilizados vários aparelhos. Então a gente resolveu fazer maquetes representando os aparelhos desses testes comportamentais


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O Grupo Neurociências realizou atividades integradas entre o primeiro e segundo semestre dentro do tema “Neurociência do comportamento: um estudo sobre Alzheimer”. Assim como em atividades anteriores, o grupo de Neurociências optou por tratar de doenças da mente, uma vez que é um assunto bastante presente no cotidiano e representa a maior preocupação atual da Organização Mundial da Saúde, sendo a Doença de Alzheimer a escolhida neste ano. Dentro disso, no primeiro semestre foi possível trabalhar conceitos básicos de neuroanatomia funcional, neurofisiologia, utilização de modelos animais para o estudo do cérebro e do comportamento. No segundo semestre retomamos estes conceitos de forma mais elaborada e os alunos puderam conhecer os testes laboratoriais para se estudar diferentes aspectos do comportamento em modelos animais. Além das aulas básicas, a proposta de orientação à distância do Pequeno

Cientista nos levou a desenvolvermos novas estratégias de orientação que acabaram se tornando bastante produtivas. Deste modo, desenvolvemos um grupo de discussão no Facebook, onde foi possível apresentar imagens e vídeos curiosos que melhor elucidariam os conceitos vistos nas reuniões. Utilizando o mesmo recurso foi possível orientar e explicar muitas dúvidas recorrentes do tema via bate-papo do site. O contato com os alunos do Adote e, agora, do Pequeno Cientista sempre acaba sendo uma motivação complementar para o cientista, por mostrar lhe como sua área de conhecimento pode ser valorizada e como, de fato, tal conhecimento pode atuar na formação pessoal de diferentes modos. Participo das atividades da casa como voluntário há três anos e continuarei participando. Danilo Benette Marques


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Parceiros Grupos Pequeno cientista 2º semestre Aprendizagem e Memória Valéria Costa Genética de populações Ádamo Siena Mundo das aranhas Lorimeri Cortes Sementeira no MuLEC Ricardo Marques Couto Fernando Rossi Trigo Paleontologia Vinícius Moreno Godoi Mundo das Bactérias Elisa Maria de S. Russo Carbolante Virgínia Picanço Castro Lílian Figueiredo Moreira Aline de Sousa Bomfim Maria Florencia Tellechea Ana Paula Costa de Pontes Marcela Cristina Corrêa de Freitas Luiza Cunha Junqueira Reis Fillipe Luís Rosa do Carmo Células-tronco Thaís Valéria C. de A. Pimentel Daianne M. Alves de Carvalho

Lucas Eduardo Botelho de Souza Larissa Oliveira Guimarães Liziane Raquel Beckenkamp Angelo Luis Caron Bioinformática Fernando Barroso Ecologia trófica Luzia Aparecida Alexandre Sperandio Neurociências Danilo Benette Marques Transformações químicas Beatriz Skalee Schneider Modelo biológico Ana Paula Lange Cleide Silva


29 Avaliadores do 16º Mural

Escolas Participantes

Ádamo Siena Ana Paula Lange Beatriz Skalee Schneider Danilo Benette Marques Everton de Brito Oliveira Costa Fernando Barroso Fernando Rossi Trigo Lilian Figueiredo Moreira Lorimeri Cortes Lucas Arruda Luzia Aparecida Alexandre Sperandio Ricardo Marques Couto Valéria Catelli Infantozzi Costa

Centro Educacional SESI 259 Centro Educacional SESI 362 Colégio Anchieta Colégio Cervantes Colégio Metodista Colégio Nossa Senhora Auxiliadora Colégio Santa Úrsula EE Prof. Sebastião Fernandes Palma EE Cândido Portinari EE Profa. Eugênia Vilhena de Moraes EE Alcides Corrêa EE Cônego Barros EE Prof. Alberto Santos Dumont EE Prof. Bruno Pieroni EE Prof. Cid de Oliveira Leite EE Prof. Nestor Gomes de Araújo EE Rita Ferraz Caselli EE Bruno Pieroni EE Prof. Edgardo Cajado EM Paulo Monte Serrat Filho EMEB Olympio Pereira Conceição EMEF Profa. Arlinda Rosa Negri ETEC Antonio de Pádua Cardoso Proativa Centro de Estudos Universidade Paulista - UNIP



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