CENTROS DE PESQUISA, INOVAÇÃO E DIFUSÃO
CTC Centro de Terapia Celular
PROJETO EDUCACIONAL FUNDAÇÃO HEMOCENTRO FACULDADE DE MEDICINA USP - RIBEIRÃO PRETO
Hemocentro de Ribeirão Preto
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Ribeirão Preto, Setembro de 2004 - Nº. 11 Ano 4
Cromossomos: como somos e como trabalhamos O melhor caminho para entender os cromossomos é conhecer o DNA. A partir da figura da dupla hélice dá para imaginar como esta molécula se organiza para formar o cromossomo?
Cariótipo - A citogenética estuda a relação da aparência microscópica dos cromossomos e seu comportamento durante a divisão celular com o genótipo e o fenótipo do indivíduo, ou seja,
O DNA de uma célula humana apresenta um comprimento total de quase 2 metros. Suponhamos que existam aproxi13 madamente 10 células no corpo humano, isso significa que, alinhando-se ponta a ponta o DNA de todas as células de um ser humano, teríamos cerca de 2 x Célula 13 10 metros de DNA, o que representa 50.000 vezes a distânCromossomos cia entre a Terra e a Lua! Para facilitar a organização desses quase 2 metros de DNA dentro do núcleo de cada célula, o DNA é extremamente condensado e dividido em vários fragmentos distintos, os chamados DNA cromossomos. O cromossomo
apresenta o mais alto grau de compactação da cromatina complexo formado pela associação da molécula de DNA e proteínas. Quando um gene é ativado, a molécula de DNA deve se abrir num ponto específico para permitir que o RNA seja transcrito a partir do DNA. Portanto, é fácil de se imaginar que a condensação do DNA nos cromossomos deve seguir um esquema preciso e muitíssimo organizado para não se “embaraçar”. Mesmo porque, é a base da herança genética. É fácil perceber que os seres da mesma espécie se parecem muito.
mitose. Para isso se utilizam células capazes de terem rápido crescimento e divisão, quando cultivadas. As células mais acessíveis são os linfócitos, células somáticas mais fáceis de serem encontradas do sangue humano. A análise dos cromossomos tem aplicações médicas importantes. Numerosos distúrbios estão associados a alterações no número ou à estrutura dos cromossomos, como, por exemplo, as do diagnóstico da síndrome de Down. Com a utilização do cariótipo também é possível acompanhar a progressão de alguns tipos de tumores, como as leucemias, e a avaliar a eficácia do tratamento, entre outras aplicações médicas. Rita de Cássia Viu Carrara é pesquisadora do CTC e orientadora do grupo de pesquisa “Citogenética”.
estuda os cromossomos e suas anormalidades. O cariótipo representa a constituição cromossômica de uma espécie, de um único indivíduo ou de uma única célula. É também aplicado à figura (veja texto na pág. 2) em que os cromossomos humanos são dispostos aos pares. Os cromossomos tornamse visíveis somente quando o DNA está altamente condensado na fase de metáfase da mitose ou da meiose, e não são visíveis em núcleos interfásicos, pois não estão em divisão. Como na maioria dos tecidos a atividade mitótica é insuficiente para se analisar boas preparações cromossômicas, para a obtenção do cariótipo geralmente se realizam culturas in vitro que estimulam as células a realizar
perguntar: Vale a pena em o cariótipo re b o s s o m mo Fala cas, mas co e ti á m o s s la célu po d ito o carióti pode ser fe ativas, ou seja, in células germ meiose? em das células
Entre professores No último dia da apresentação de trabalhos dos grupos de pesquisa em outubro de 2003, o professor Paulo César de Oliveira, do grupo de pesquisa Genética colocou uma dúvida que o professor Luciano do N. Mesquita, do grupo Citogenética explica a seguir. O assunto era a dinâmica da cromatina desde a origem da palavra até o conceito atualizado de cromossomos. É sabido que a cromatina se condensa durante a divisão celular. Em que momento são formados os cromossomos? Quais as razões para a condensação da cromatina?