Ribeirão Preto, setembro de 2011 - nº 21 Ano 11
PROJETO EDUCACIONAL CTC FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO CENTRO REGIONAL DE HEMOTERAPIA
DNA de sucata
O voo das abelhas na reprodução da vida
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Extraindo risadas do público, Ádamo Siena e Daniele Viola mostraram como o médico sanitarista Carlos Chagas foi o primeiro cientista a descrever completamente uma doença infecciosa. Na peça, escrita e encenada por eles, é mostrado como o barbeiro – assim é conhecido o inseto Triatoma infestans - transmite o cruzi, Trypanossoma cruzi protozoário flagelado responsável pela Doença de Chagas. A apresentação da peça “O Barbeiro de Chagas” aconteceu em fevereiro de 2010, quando a Casa da Ciência recebeu
alunos do extinto programa “Eu na USP Jr” da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da universidade, que tinha como objetivo proporcionar aos alunos dos ensinos fundamental e médio a vivência com a atmosfera científica e cultural da USP. Para criar a peça, Ádamo e Daniele, ex-alunos da Casa da Ciência e graduandos em Ciências Biológicas (Unesp) e Educação Física (USP) - respectivamente, utilizaram como material de apoio a edição comemorativa aos 100 anos da descoberta da Doença de Chagas da Revista Radis, produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A descoberta da doença aconteceu no ano de 1909, quando Carlos Chagas foi a Minas Gerais ajudar na campanha contra a malária. A produção teatral ilustra como o inseto infecta o ser humano: é geralmente
A história de Carlos Chagas
Em 1897 Carlos Chagas (1878-1934) deixou a fazenda de café onde nasceu em Minas Gerais, perto da cidade de Oliveira, e matriculou-se na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, que na época era capital federal.
Na tese de conclusão de seu curso dedicou-se a estudar a malária. Depois de formado, Chagas foi designado por Oswaldo Cruz para combater epidemias de malária que prejudicavam obras de modernização do país. Em 1907 Chagas partiu em empreitada contra a malária no norte de Minas Gerais.
A vida na raiz de um aguapé
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à noite e na região do rosto que barbeiros (por isso o nome), às vezes infectados com o T. cruzi, ao picar o homem para sugar seu sangue, ficam com o tubo digestivo cheio e defecam próximo a área picada. Ao coçar essa região, o homem facilita a entrada, no organismo, do parasita que está presente nas fezes do barbeiro. A Casa da Ciência - com o apoio do Hemocentro de Ribeirão Preto - produziu o vídeo da peça que está disponível no site: www.hemocentro.fmrp.usp.br/casadaciencia
Trabalhadores que realizavam a ampliação da Estrada de Ferro Central do Brasil estavam adoecendo, paralisando as obras. Foi justamente nessa campanha que Carlos Chagas, com menos de 30 anos, realizou a descoberta que o fez famoso.