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O que a Codificação nos ensina?

O que a Codificação nos ensina?

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Dada a importância da Codificação para os estudos Espíritas, vamos buscar nela referências sobre o tema. Vejamos:

Questão 723 do Livro dos Espíritos:

"A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza? Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização. "

Questão 724 do Livro dos Espíritos:

"Será meritório abster-se o homem da alimentação animal, ou de outra qualquer, por expiação? Sim, se praticar essa privação em benefício dos outros. Mas Deus não pode ver uma mortificação [flagelo] quando não há nela privação série e útil. Por isso é que qualificamos de hipócritas os que apenas aparentemente se privam de alguma coisa. "

A leitura das duas questões nos leva a um entendimento: um corpo nos foi dado por Deus, perfeito ao cumprimento das nossas missões, provas ou expiações, e como templo do Espírito deve ser preservado (Emmanuel confirma isso na obra Evolução em Dois Mundos). A carne alimenta a carne, mas não a moral e o Espírito.

O Livro dos Espíritos, aliás, é de abril de 1857 (nessa época, acreditava-se, ainda, que os animais eram coisas) e, como disse Kardec, o Espiritismo deveria ser revisto e ajustado aos conhecimentos trazidos pela evolução da Ciência humana. Hoje já sabemos que a carne humana pode ser igualmente nutrida por fontes vegetais. Logo a questão 724 evidencia que a privação do consumo de carne pode ser meritória aos olhos de Deus se feita em prol de um bem maior, como é a questão da espiritualidade animal.

De modo a amparar esse argumento, encontramos na obra “Filosofia Espírita –Capítulo XV” , de 1987, ditada pelo Espírito Miramez ao médium João Nunes Maia, comentários tecidos a todas as questões que compõe o Livro dos Espíritos. Logo, destacamos parte de sua interpretação a respeito da Questão 723 (discutida acima). Vejamos.

"Cabe ao homem, por lei, respeitar as exigências do próprio organismo, desde quando não entre no excesso, por já passar ao desperdício. Não se podem generalizar certos regimes; eles devem ficar a solta para as consciências escolherem se devem segui-lo. O Evangelho nos fala que em tudo devemos dar graças, pois que essa é a vontade de Deus em Cristo para com todos nós, mas nem de tudo poderemos usar. O alimento animal, com o progresso, deverá ceder lugar à alimentação vegetariana. O homem já está nessa procura. [...] Enquanto se precisa da carne, usando-a com equilíbrio, o " não matarás " vai se elevando no entendimento da sociedade, pelas asas do progresso. A imposição é contrária à lei de amor [...]"

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