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Eutanásia

Eutanásia

Antes de tratarmos diretamente do tema, cabe aqui uma reflexão sobre a relação humana com a morte. Percebemos na prática da assistência espiritual, não só de animais como a de humanos também, que a maior dificuldade do ser humano é lidar com o momento da morte – a sua própria morte e a morte de entes queridos. O aspecto racional da morte é o fato de que ela é real para todos os seres encarnados, logo, não há nenhum indivíduo na Terra que estará imune de vivenciar esta experiência, o que torna isso um aprendizado evolutivo.

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Neste sentido, citamos o psiquiatra francês Eugène Minkowski (1885 -1972) que estudou os aspectos da “qualidade do tempo vivido” , sendo um destes o aspecto ético. O estudioso definiu este aspecto como o momento em que nos conectamos com uma força interior, um poder que existe dentro de nós mesmos e nos leva a fazer pelo outro algo que está além da nossa vontade. A médica Ana Claudia Q. Arantes diz em seu livro que “quando nos conectamos com essa força sagrada dentro de nós, conseguimos fazer o bem pelo outro. Genuinamente o bem. Porque é algo que precisa ser feito, mesmo que não seja o nosso desejo e que acontecerá independente do nosso desejo. Que é o “deixar ir” (aceitação) do ente querido (a) em processo de desencarne. "

A eutanásia é um tema bastante polêmico e delicado. Não cabe a nenhum trabalhador espírita julgar a decisão do próximo, bem como NÃO nos cabe orientar a decisão de ninguém. Cada indivíduo, a partir de suas experiências e reflexões, é capaz de tomar suas decisões. O termo eutanásia deriva do grego e significa: eu = boa; thanatos = morte. A legislação que orienta a realização deste procedimento determina que a eutanásia é um procedimento clínico e sua responsabilidade compete privativamente ao médico veterinário.

A Resolução 1000, 11 de maio de 2012 – CFMV Artigo 3º - indicações: O bem-estar do animal estiver comprometido de forma irreversível, sendo um meio de eliminar a dor ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser controlados por meio de analgésicos, de sedativos ou de outros tratamentos;

Sob o ponto de vista Doutrinário espírita, temos na codificação (Livro dos Espíritos) e na literatura espírita (Obreiros da Vida Eterna –Chico Xavier e André Luiz) informações sobre eutanásia humana, mas não há nenhum consenso sobre os animais.

Desta forma, deixamos para reflexão individual algumas opiniões de estudiosos do meio espírita:

Marcel Benedeti no livro “Qual a sua dúvida para o tema A Espiritualidade dos Animais: “Acredito na eutanásia como meio de aliviar-lhes um sofrimento que não se pode aliviar com os métodos terapêuticos convencionais. Mas note que não há restrições desde que seja aplicada por um profissional devidamente apto, ou seja, um médico veterinário que, segundo a legislação e segundo a recomendação do próprio Emmanuel, mentor de Chico Xavier, é a única pessoa capaz de avaliar essa necessidade (...)” .

Bicho-preguiça

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