Revista trimestral. Exemplar de beneficiário. Venda proibida.
ANO 8 • MARÇO 2018 • EDIÇÃO 27
O poder do diálogo Sofrimento com doenças mentais atinge os jovens e a Cassems oferece tratamento a esse público no Centro Integrado de Atenção Psicossocial
28
EM MOVIMENTO
Conheça as vantagens do spinning 10
ORGULHO CASSEMS
Policial militar Claudio Benites coordena o projeto Esportes de Aventura para Pessoas com Deficiência Visual 72 CASSEMS • CAIXA POSTAL 6520 • CEP 79.010-970 • CAMPO GRANDE • MS
2 //
Editorial
CONFIANÇA É TUDO É confiando que a gente se sente seguro para buscar o nosso caminho. Com confiança e espírito de coletividade, deixamos de temer os desafios. E quem é Cassems sabe que pode confiar e contar. É mais do que um plano, é mais segurança, é cuidado o tempo todo e em todos os lugares. Quem é Cassems tem uma rede própria de hospitais que não para de crescer. Ainda este ano, vamos inaugurar a décima unidade hospitalar, em Corumbá, que terá 35 leitos, 3 salas cirúrgicas e pronto atendimento 24 horas. O hospital também terá três recepções, uma para o Centro de Diagnóstico, outra para o PA e ainda uma que atenderá o Centro de Especialidades Médicas e a Unidade Regional da Cassems. A Unidade Regional será integrada ao complexo do hospital, além de 5 consultórios ambulatoriais e 2 consultórios odontológicos. O Hospital Cassems de Corumbá contará, ainda, com Centro de Diagnóstico equipado com ressonância magnética, tomografia, raios-x digital, mamografia, densitometria óssea,
duas salas de ultrassonografia, laboratório de análises clínicas e Centro de Especialidades Médicas. Ao mesmo tempo em que ampliamos nossas estruturas no interior do Estado, também inovamos na assistência à saúde. Ao inaugurar a Clínica da Família, em outubro, passamos a oferecer um atendimento integrado, com foco na prevenção de doenças e na promoção da saúde. Essa nova unidade de atendimento propõe como referencial um atendimento integral para toda a família, com pediatras, geriatras e clínicos gerais alinhados, para criar uma estratégia para cada família, resgatando a importância do médico generalista como o primeiro contato do paciente. Alinhadas às novas estruturas, a Cassems mantém o atendimento odontológico, os centros de diagnóstico e de prevenção, a alta tecnologia e profissionais altamente capacitados e preparados. Por isso, a Cassems é reconhecida nacionalmente ao ser inserida, pelo nono ano consecutivo, no ranking das Maiores e Melhores Empresas da revista Exame. E quem decide os caminhos do plano são os próprios beneficiários por meio das assembleias ordinárias e extraordinárias. Foi com muita transparência, respeito pelo nosso beneficiário e com a sua confiança que nós chegamos até aqui e iremos além.
LEITOR
Foto: Marcos Volkopf
A seção Leitor é um espaço para o diálogo entre a equipe da revista Viver Cassems, beneficiários e os leitores. Para esclarecer dúvidas, fazer elogios ou reclamações, mande um e-mail para comunicacao@cassems.com.br ou fale com Ricardo Ayache, em ricardoayacheresponde@gmail.com. Gostaria de agradecer o excelente trabalho realizado pela dra. Lígia Maria Dornellas Marques, odontopediatra. Minha filha tem síndrome de Down e a dentista, muito consciente e empenhada na necessidade de uma saúde bucal adequada, realizou um trabalho incomparável. Minha filha tem muita resistência para ir ao dentista, mas a dra. Lígia, com jeitinho e profissionalismo, a está conquistando. Sinto-me sortuda em ter esta profissional na lista de credenciados. Rafaela Flores dos Santos
3
OBESIDADE: O MAL DO SßCULO A Organiza≈¡o Mundial de Saÿde adverte: a obesidade estø virando epidemia A obesidade « resultado de diversas intera≈”es: gen«ticas, ambientais e comportamentais. Segundo estudos da OMS, jø s¡o 300 milh”es de pessoas obesas no mundo todo, praticamente um problema de saÿde pÿblica. A forma mais recomendada pela OMS para a avalia≈¡o em adultos « o cølculo do IMC (´ndice de Massa Corporal): peso(Kg) / altura(m) X altura(m). Pessoas com ´ndice de Massa Corporal (IMC) at« 35 podem ser tratadas pelos m«todos tradicionais (dieta, exercÀcios, medicamentos e mudan≈a de høbitos), desde que n¡o tenham desenvolvido alguma comorbidade, isto «, n¡o possuam doen≈as que tenham sido provocadas pela obesidade. Nos casos de Obesidade M—rbida e Super Obesidade estes m«todos, isoladamente, jø se mostraram pouco efetivos.
CIRURGIA DA OBESIDADE - tratamento eficaz na redu≈¡o e manuten≈¡o do peso Demonstrou-se que at« o limite de IMC=40 Kg/m2 o tratamento clÀnico « bem sucedido, mas acima desse valor o resultado « ruim. Pessoas com IMC=40 (ou maior) s¡o chamadas de Obesos M—rbidos. No passado, essas pessoas n¡o tinham tratamento e continuavam a engordar indefinidamente at« falecerem em decorr»ncia das comorbidades. At« que, em 1952 nos EUA, surgiu uma proposta de tratamento cirÿrgico, uma especialidade m«dica denominada Cirurgia Bariøtrica. Seu objetivo « emagrecer com saÿde e evitar a reengorda futura. Existem vørios tipos de cirurgia que diferem conforme o seu mecanismo de a≈¡o:
Videocirurgia
Tamb«m conhecida por Videolaparoscopia « indicada para cirurgia bariøtrica ou da obesidade. Atrav«s de pequenas incis”es e a introdu≈¡o de uma c¿mera —tica e pin≈as « possÀvel realizar diversas cirurgias abdominais. Vantagens: incis”es mÀnimas, interna≈¡o hospitalar breve, menor dor p—s-operat—ria e baixa taxa de complica≈”es.
Sleeve Gøstrico
Conhecida por Gastrectomia em forma de manga, « considerada puramente restritiva, consiste na remo≈¡o da grande curvatura do est“mago, deixando o reservat—rio com formato tubular e alongado de volume entre 150 e 200ml. O paciente perde peso por ingerir menor quantidade de alimentos. Vantagens: procedimento røpido e sem disabsor≈¡o intestinal, n¡o exige suplementos, pequeno Àndice de complica≈”es, inexist»ncia da sÀndrome de “Dumping”. 4 //
Bypass Gøstrico
Foto: Studio Vollkopf
Reconhecida internacionalmente como o “Padr¡o Ouro da Cirurgia Bariøtrica” « a t«cnica mais empregada no mundo. Talvez 70% das cirurgias bariøtricas no mundo seja o Bypass Gøstrico. Foi desenvolvida nos EUA pelos Dr. Rafael Capella e Dr. Mal Fobi em 1980. ß baseada na “Exclus¡o Duodenal”. O paciente n¡o sente fome e por isso emagrece. A perda de peso m«dia « de 40 a 45% do peso inicial. Essa perda em m«dia ocorre nos primeiros 7 meses ap—s a cirurgia. A exclus¡o duodenal tem uma vantagem extra, al«m do emagrecimento, que « a melhora da fun≈¡o pancreøtica promovendo um aumento na produ≈¡o de insulina que melhora e geralmente cura a Diabetes tipo 2. Nenhum —rg¡o do paciente « removido do corpo.
O CUIDADO COM A SA∏DE ß MAIS COMPLETO QUANDO O ATENDIMENTO ß MULTIDISCIPLINAR.
Dr. Francisco Gomes Rodrigues CRM/MS 2173
Cirurgi¡o Bariøtrico Cirurgia do Aparelho Digestivo RQE 2984 Cirurgia Geral RQE 3345
Dr. Sergio Danilo Tanahara Tomiyoshi CRM/MS 6788 Cirurgia Geral RQE 4587 Cirurgia Videolaparosc—pica RQE 4646
Fernanda Prates CRN 1/5374
Nutricionista Bariøtrica
Evelyn Gaspar Psic—loga CRP 14/05390-0 Especialista em Psicologia, Realiza Preparo e Acompanhamento Psicol—gico em Cirurgia Bariøtrica
67 3321-5343 | 3321-4029
Av. Afonso Pena, 5723 Ed. Evolution • Sala 1105 *Pr—ximo ao Shopping Campo Grande Campo Grande/MS
5
Índice CAPA
NESTA EDIÇÃO
10
EM MOVIMENTO Conheça as vantagens do spinning
20
LAZER Costa Rica encanta com belezas naturais
O poder do diálogo: sofrimento com doenças mentais atinge os jovens e a Cassems oferece tratamento a esse público no Centro Integrado de Atenção Psicossocial
BEM-ESTAR Faxina mental ajuda Serotonina: você sabe o que é?
12
38
ENTREVISTA A infectologista e diretora-técnica do Hospital Cassems de Campo Grande, Priscilla Alexandrino de Oliveira, exerce a medicina baseada na humanização Gestão Participativa
Um dos fundadores da Associação de Praças da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar (Aspra-MS), Rafael Ribeiro Soares expõe sua trajetória e visão sobre a Cassems 68
SABORES À MESA Marmitas ajudam na alimentação saudável
14
44
SAÚDE CASSEMS Pessoas com necessidades especiais têm atendimento odontológico na Cassems
18
VIDA SUSTENTÁVEL Medicamentos sem uso e os cuidados de descarte
48
INFORMATIVO Cassems realiza quinta edição da convenção dos colaboradores
Orgulho Cassems
Policial militar Claudio Benites coordena o projeto "Esportes de Aventura para Pessoas com Deficiência Visual" 72
Os anúncios da revista Viver Cassems independem da rede credenciada.
6 //
28
• Aparelhos Auditivos • Pilhas e Acessórios • Aparelhos para zumbido • Implantes Cocleares
REPRESENTANTE
Atendemos em todo o estado do MS (67) 3384-1626 | 98403.5224 Rua Marechal Rondon, 2264 Campo Grande-MS AGENDAMENTO E LIGAÇÃO WHATSAPP
(67) 98402-8958
www.uniaudiobrasil.com.br uniaudiobr
@uniaudiobr 7
8 //
?
?
?
9
Em Movimento
NO RITMO DAS PEDALADAS O spinning ajuda no condicionamento físico e na queima de calorias
Foto: Shutterstock
Texto Cidiana Pellegrin
A atividade também conquista quem busca emagrecer. Uma aula de 45 minutos pode levar à queima de 700 kcal
Pedalar pode parecer, inicialmente, algo nostálgico, mas não no spinning. Conhecido também como bike indoor, trata-se de um treino com bicicletas ergométricas especiais que encenam o ciclismo de rua, com simulações de subida, descida e ambiente plano, mas sem as interferências climáticas, como sol, chuva e vento. Nas academias, as aulas fazem sucesso e são repletas de energia, com música alta para embalar o ritmo da malhação. Na avaliação do educador físico da Cassems, Nakal Laurenço Fortunato da Silva, exercitar-se com spinning e ou bike ao ar livre pode ser equivalente a benefícios para a saúde, mas as atividades apresentam algumas distinções. “A primeira opção é, geralmente, praticada em ambientes fechados, já a segunda remete aos tempos de infância,
10 //
que, provavelmente, todos vivenciamos. Ambas promovem a energização e ativação no corpo, deixando os praticantes com adrenalina e com o organismo em estado de alerta”, explica. O especialista indica que a modalidade pode ser uma opção excelente para quem está se recuperando de lesão, nunca pedalou ou possui dificuldades quanto à mobilidade de membros inferiores ou limitações físicas e equilíbrio. O exercício é considerado de baixo impacto, por causa do movimento de rotação que o pedal proporciona, ou seja, não há atrito com o chão, o que afeta menos a coluna e o joelho do que uma caminhada ou corrida, por exemplo. “Se orientado sobre a forma correta de como fazer o exercício, pode-se conquistar ganhos enormes ao pedalar. Com
Foto: Istockphoto
isso, o corpo inteiro passa a receber informações propícias à melhora do físico”, completa. Considerado um exercício aeróbico, o esporte também aumenta a resistência cardiovascular, melhora a circulação sanguínea, a oxigenação e a capacidade pulmonar. Mais tônus muscular nos glúteos, nas pernas, no abdômen e na lombar são outras vantagens de quem aposta na modalidade. Além disso, não é segredo que toda a atividade física libera substâncias naturais na corrente sanguínea que promovem a sensação de bem-estar, como a endorfina e serotonina, produzidas durante e após exercício. “Se a prática for no período da manhã, a pessoa ficará mais atenta e mais ativa. Se o spinning for feito ao fim do dia, ela terá alívio do estresse e das tensões. O condicionamento físico é um benefício independente do horário”, esclarece. E quem pratica com regularidade também combate a obesidade, o sedentarismo e pode perder peso. “O alto gasto calórico promovido pelo spinning em razão da intensidade x velocidade x carga aplicada x tempo. Faz parte dessa cadeia de eventos o comprometimento que o indivíduo traçará para atingir seus objetivos”, acrescenta Nakal. A queima pode chegar a 700 kcal em uma aula de 45 minutos, uma previsão que pode variar em cada indivíduo. Entre os cuidados, o profissional orienta que cada um deve ter conhecimento corporal quanto à intensidade, as cargas que serão aplicadas. A regulagem do banco da bike na altura do quadril, o ajuste o guidão mais alto que o assento, além de verificação da distância entre eles são outras recomendações. Esse processo e a orientação de um instrutor são de grande importância, pois podem evitar o risco de lesão em caso de esforço. “Vale lembrar que, independentemente do tempo de aula, a hidratação durante a atividade também é essencial. Por isso, tenha sempre uma garrafinha com água ao seu lado e conclua a sua atividade com saúde”, finaliza.
11
Bem-estar
SEROTONINA Confira como essa substância atua no organismo
Foto: Shutterstock
Texto Cidiana Pellegrin
12 //
Ela ganhou fama popular sendo chamada de "hormônio da felicidade" e, de fato, influencia em diversas áreas do organismo que estão relacionadas ao bem-estar. A serotonina, descrita tecnicamente pelos cientistas como hidroxitriptamina (5-HT), é um aminoácido com função de neurotransmissor e neuromodulador. Segundo a neurologista Rebeca Liebich G. Gigante, “o neurotransmissor é uma substância sintetizada no corpo humano a partir de outras substâncias-base. A substância formada [dessa ligação] é carregada para os órgãos com finalidades especiais. É como em um sistema chave/fechadura bem singular. Ao depender da fechadura (receptor), a mesma chave (neurotransmissor) pode gerar respostas diferentes, que são o funcionamento fisiológico de um corpo saudável”, contextualiza. Ela é encontrada no trato gastrointestinal, no sangue e no sistema nervoso central e implica em frentes como o comportamento, o apetite, o humor, ciclo sono-vigília e até mesmo no conjunto de mecanismos que mantém a fluidez do sangue (hemostasia) e nos vasos sanguíneos de vários sistemas do corpo, como o renal, o cardíaco e o pulmonar, mas não faz isso sozinha. “Para termos uma ideia do quão complexo é esse sistema, podemos resumir os neurotransmissores em dois grandes grupos: aminas/aminoácidos – acetilcolina, noradrenalina, dopamina, serotonina, histamina, glutamato, aspartato e ácido gama-aminobutírico (gaba). A depender do receptor dessas substâncias, a ação delas pode ser inibitória ou
excitatória. O outro grupo é formado por neuropeptídios, hormônios liberadores do hipotálamo, peptídeos hipofisários, peptídeos intestino-cérebro”, explica. Rebeca também esclarece que muitas funções cerebrais são influenciadas pela 5-HT, como o sono, a cognição, a percepção sensorial, a atividade motora, a regulação da temperatura do corpo, o humor, o apetite, o comportamento sexual e a secreção hormonal. O assunto é extenso e complexo, já que, em cada uma delas, a serotonina apresenta um mecanismo de ação entrelaçada e que vem sendo estudado pela neurociência há muito tempo. “Para os pesquisadores entenderem a relação da serotonina em uma determinada situação, os receptores de 5-HT são preenchidos por uma determinada substância administrada e se analisa a resposta clínica de mais 5-HT livre, funcionante. Também foram feitos estudos em que a depleção da 5-HT era analisada, tanto em animais como em humanos. Na depleção de 5-HT, foram vistos efeitos como agressividade e impulsividade”, revela. Já nas pesquisas sobre ansiedade e depressão, os cientistas constataram a importância da serotonina ao obterem a resposta clínica satisfatória aos inibidores seletivos da sua receptação (ISRS), como fluoxetina. Diante de disfunções em alguma área de impacto da serotonina, não pense que basta conseguir aumentar a produção dessa substância para alcançar o equilíbrio. Rebeca alerta que cada indivíduo é diferente e o auxílio do médico é essencial para identificar a gênese dos sintomas e tratá-los. “No caso da insônia, por exemplo, que pode ser a queixa no consultório tanto de um homem idoso, hipertenso, que ronca muito à noite e é obeso, quanto de uma mulher agitada, com três filhos pequenos, de trinta e poucos anos. O diagnóstico pode ser completamente diferente e o tratamento certamente também o será”, informa. Para viver melhor e com mais equilíbrio, a profissional aconselha: “se podemos ficar com uma mensagem que se aplica a todos nessa questão de bem-estar é a importância de fazer exercícios físicos regulares, ter atividades prazerosas, sono reparador e exposição à luz solar periódica”, conclui.
Humor, sono, apetite, temperatura corporal, percepção sensorial, cognição e comportamento sexual são algumas das suas atuações
13
MARMITA
SAUDÁVEL Nutricionistas da Cassems dão dicas e bons motivos para apostar nesta prática
Foto: Messias Ferreira
Texto Cidiana Pellegrin
Para o almoço, por exemplo, especialistas sugerem a montagem com um carboidrato, uma carne magra e variedades de verduras e legumes
14 //
Sabores à Mesa Até pouco tempo, falar de marmita parecia algo do passado, dos pais e avós. Seja no trabalho, na academia, na faculdade ou na viagem, o hábito retornou à rotina do brasileiro e está virando tendência no estilo de vida saudável. Não há desvantagens. Quem aposta nessa prática colhe benefícios como economia, praticidade, segurança e procedência alimentar e equilíbrio nutricional. “A marmita atende a todo tipo de público, desde que a pessoa se discipline para isso”, afirma a nutricionista da Cassems Fernanda Tosi. A dedicação de tempo para planejar as refeições é reiterada por Renata Kelly Loureiro, também nutricionista da Cassems. “Quando preparamos o nosso próprio alimento, a possibilidade de alcançamos objetivos é muito mais eminente. Se não há organização, não sabemos como será o cardápio no dia seguinte, isso pode ser prejudicial. Uma pessoa com fome come aquilo que tem para hoje, e isso não é bom! A falta de organização tem sido um dos maiores problemas para o aumento de gordura corporal”, explica. Por isso, ela considera a marmita uma das melhores alternativas quando o assunto é reeducação alimentar, além de ser uma aliada na perda de peso e na variedade semanal de ingestão de nutrientes. O bolso também agradece quando optamos por levar a refeição de preparação própria. De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 25% da renda dos brasileiros é gasta com refeições fora de casa. E, em Campo Grande, por exemplo, comer fora ficou 5,83% mais caro em 2017, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Faça sua marmita. Com ela, além de garantir uma vida saudável, você tem a certeza de que sua comida foi preparada com amor e carinho, ou seja, você só tem a ganhar”, complementa Renata. E o que se deve levar em consideração na hora de montar a marmita? O cardápio, o local em que ela será consumida e o tipo de utensílio para armazenamento são alguns critérios a serem analisados. Para ter uma ideia de proporção, por exemplo, é só comparar com as quantidades de um prato convencional, caso contrário, você pode encher demais o recipiente e acabar consumindo além do que precisa. “Deve-se pensar em tudo, principalmente no acondicionamento da marmita”, indica Fernanda Tosi. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a temperatura em que a refeição fica armazenada é uma preocupação, pois existem mais de 250 doenças transmitidas por alimentos que podem causar desde uma diarreia até efeitos mais sérios. Assim, a recomendação do órgão é não manter alimentos cozidos por mais de duas horas em temperatura ambiente.
MONTAGEM A escolha de produtos naturais e de qualidade é essencial para uma alimentação que reflita em mais saúde e qualidade de vida. De maneira geral, a dica da nutricionista Fernanda para a montagem das marmitas inclui preparos baseados em um tipo de carboidrato - batata-doce, integral, mandioca, macarrão integral ou arroz integral com feijão - uma carne magra e, se possível, três variedades de legumes. É importante frisar que, para refeições equilibradas e que atendam às necessidades nutricionais de cada indivíduo, o beneficiário pode buscar o time de profissionais de Nutrição para desenvolver um cardápio personalizado e que possa transitar nos recipientes. E, para quem aprecia uma versão mais fitness, a nutricionista Renata sugere uma combinação muito fácil de preparar: purê de abóbora cabotiã, frango com vagem picada, salada de rúcula, tomates cerejas e gergelim. “É um cardápio extremamente rico em nutrientes e uma excelente opção para quem está de dieta”, explica. A seguir, ela expõe os benefícios nutricionais do prato escolhido.
15
16 //
17
DESCARTE
CERTO Medicamentos oferecem riscos ao meio ambiente e não podem estar no lixo comum Texto Cidiana Pellegrin
A automedicação é uma prática comum do brasileiro. De acordo com uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, sete em cada dez pessoas tomam remédio por conta própria. Muitas vezes, o estoque sem uso ou fora da validade acaba caindo no lixo doméstico ou no vaso sanitário, formas incorretas de descarte, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A atitude pode levar à contaminação ambiental e impactar na saúde da população. Entre os motivos desse comportamento irregular está o acúmulo de medicamentos nas residências, considera a farmacêutica da São Bento Manipulação, Daniely Proença dos Santos. “As sobras podem ser resultantes da dispensação além da quantidade para a terapia do paciente, da interrupção ou mudança de tratamento, da distribuição aleatória de amostras-grátis, da facilidade de aquisição e do mau gerenciamento de estoques por parte das empresas e estabelecimentos de saúde”, esclarece. E se por um lado o hábito de manter a farmacinha caseira pode parecer conveniente em alguns momentos, por outro, pode significar mais um problema. Por isso, Daniely alerta sobre o uso irracional dos medicamentos e reforça que a compra sem critérios ou em grandes quantidades para armazenamento em casa aumenta a probabilidade de que parte deles fique sem utilização, tenha a validade expirada e tenha que ser descartada. A conscienti-
18 //
zação sobre o uso correto da medicação passa por várias etapas, desde a “necessidade de o paciente receber o medicamento apropriado, a dose correta por adequado período de tempo até baixo custo para ele e a comunidade. Também exija do médico uma prescrição coerente, sem desperdícios, e não interrompa tratamentos”, complementa. As orientações da profissional também vão ao encontro dos valores de quem reconhece os impactos e o poder de transformação que seus atos podem ter na sociedade. Em uma de suas campanhas, o Ministério do Meio Ambiente detalha que o consumo consciente pode ser adotado “por meio de gestos simples, que levem em conta os efeitos de uma compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou pela escolha da empresa para comprar, em função de seu compromisso com o desenvolvimento sócioambiental. É uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária”. Por isso, estar atualizado sobre os efeitos causados ao meio ambiente e sobre como fazer o descarte correto dos fármacos pode garantir a sustentabilidade da vida no planeta. “Estudos demonstraram que vários medicamentos são persistentes no meio ambiente e não são completamente removidos das estações de tratamento de esgoto, estando presentes na água para consumo e acarretando intoxicação, doenças e degradação ambiental”, revela a farmacêutica, que completa: “o descarte principal-
Vida Sustentável mente de antibióticos e hormônios é o que mais preocupa as autoridades sanitárias por gerar um grave problema de saúde pública. Os remédios têm componentes resistentes que, se não forem tratados, acabam voltando para nossa casa e a gente pode até consumir água que foi contaminada por eles. São produtos químicos e não podem ser jogados no lixo comum”. A forma ideal de descarte é a incineração, feita por empresas específicas. A Anvisa estuda uma política reversa, obrigatoriedade prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determinaria que as indústrias são as responsáveis por recolherem os medicamentos. Porém, o processo de logística não está definido.
A farmacêutica Daniely Proença dos Santos recomenda alguns cuidados com remédios para prevenir riscos à saúde e ao meio ambiente: • Não deixe os medicamentos no banheiro ou na cozinha, pois favorece o excesso de umidade; • Mantenha os produtos na embalagem original e com a bula; • Armazene longe de produtos de limpeza e cosméticos e fora do alcance de crianças e animais domésticos; • Fique atento à data de vencimento; • Separe os remédios vencidos e os entregue na unidade básica de saúde mais próxima à sua casa ou verifique com a farmácia do bairro se ela recebe o material; • Agulhas e lancetas usadas no tratamento de diabetes, por exemplo, devem ser armazenadas em garrafa pet, que deve ser lacrada e entregue à UBS mais próxima; • Não descarte medicamentos no sanitário ou no lixo comum. Os remédios têm substâncias que podem contaminar o solo e a água.
19
Lazer
COSTA RICA PARA SE
AVENTURAR E SE ENCANTAR Cidade reúne paisagens exuberantes, com cachoeiras, grutas, cânions e parques naturais Texto Eminassai Rodovalho
Foto: Divulgação Prefeitura de Costa Rica
O Parque Natural Municipal Salto Sucuriú é um símbolo da cidade e considerado seu principal ponto turístico
20 //
21
Lazer
22 //
A rota do ecoturismo em Mato Grosso do Sul passa por Costa Rica. Localizada na região norte do Estado, a bela e preservada cidade aposta nas suas riquezas naturais e oferece uma excelente opção de lazer em qualquer época do ano. Belas cachoeiras, balneários, rapel, rafting, arvorismo, trilhas em parques e tirolesas são algumas das alternativas de diversão que aguardam o visitante a 390 km da Capital, acesso pelas rodovias BR-163 e MS-436. “Pela preservação da natureza e também pela segurança de todos, recomendamos o acompanhamento de monitores ambientais credenciados em todos os passeios”, define a turismóloga Jaqueline de Castro Vargas. Por meio da Secretaria Municipal de Turismo e das Associações de Monitores, é possível encontrar esses profissionais que guiarão as aventuras da viagem. Vários passeios garantem o entretenimento de toda a família, como o Parque Natural Municipal Salto Sucuriú, uma área de 70 hectares, fauna e flora típicas do cerrado e lindas quedas d’água. É considerado o principal ponto turístico e, por isso, é um símbolo da cidade. Tem fácil acesso, fica a apenas três quilômetros do centro e abre de terça a domingo. O circuito de tirolesa torna a visita ao local bem mais divertida, mas, se o interesse é passar o dia no parque, aproveite para fazer um churrasco com a família e os amigos. Por R$ 40,00, é possível alugar um charmoso quiosque com vista para a cachoeira, incluindo um kit para churrasco (churrasqueira e carvão). Para o turista que não trouxe espetos nem grelha, também é possível conseguir os apetrechos. Vale o alerta de que é proibido entrar com bebidas na área. O principal atrativo desse parque é a cachoeira Salto Majestoso, com 64 metros de altura, é um ponto também apreciado pelos praticantes de rapel. Para quem não curte a modalidade, há opção de conhecer a rica biodiversidade da área passeando pelas trilhas ou mesmo pelo arvorismo. Aos mais aventureiros, a dica é aproveitar para descer as corredeiras do Rio Sucuriú com a turma de rafting. Um dos roteiros contempla 8 km em um percurso de duas horas e meia. “No meio do percurso paramos para contemplar a Cachoeira da Surpresa, como o próprio nome diz, precisa visitar para se surpreender”, afirma o assessor de turismo, Victor Renato. Mais distante da cidade, mas ainda no circuito turístico das águas, o visitante pode conhecer a Cachoeira das Araras, uma queda d’água com 30 metros, rodeada por vegetação preservada. O local também
23
Lazer
24 //
é atrativo para o rapel e, para acessá-lo, há dois caminhos: o mais curto de 43 km, é para aqueles que preferem a estrada de terra. A outra via segue pelo asfalto, a 90 km do centro. Quem deseja conhecer mais do que um balneário pode optar pelo Parque Natural Municipal da Lage, localizado a 17 km de Costa Rica. O local reúne piscinas naturais e artificiais, tobogã, infraestrutura de banheiro e lanchonete, uma opção excelente de roteiro para as crianças. E quem não abre mão de conferir outras cachoeiras, pode aproveitar também a Cachoeira da Rapadura, uma sequência de quedas d´água pura e cristalina a aproximadamente 20 km da Lage. Entre as atrações do município ainda está a Água Santa, piscina natural em que o turista pode experimentar uma flutuação com sensação de gravidade zero. É uma impressão indescritível: tentar afundar e ser "jogado" para cima em razão da ressurgência de água à superfície. A lagoa fica a 30 km do centro da cidade e dentro de uma propriedade particular, portanto, o acesso só é possível acompanhado de um monitor. Outra paisagem extraordinária pode ser apreciada no Cânion do Engano, que fica dentro do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, a 50 km de distância do município. Criado em 1999, motivado pela atuação da comunidade de Costa Rica para evitar a degradação dos rios da Bacia Hidrográfica do Taquari - uma das mais significativas do Pantanal –, o parque possibilita longas trilhas com visitação aos sítios arqueológicos para quem quer se aventurar pelo mato, também acompanhado de um guia. As terras da região de Costa Rica também guardam um tesouro milenar. Na margem da Serra das Araras, o visitante encontra a Gruta Tope da Pedra, conhecida por ser uma rica fonte para pesquisas e educação ambiental. A gruta é uma formação de arenito e possui pinturas e escrituras rupestres. É necessário levar uma lanterna e um pouco de disposição para adentrar na caverna e descobrir as curiosidades de registros ancestrais. Considerado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco no ano de 2001, o Parque Nacional das Emas também faz parte dos atrativos turísticos da cidade de Costa Rica. É o maior parque do bioma cerrado do Brasil e parte dele está localizada no estado de Goiás. O local oferece estrutura para camping, lanchonete, banheiros e mirantes. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), de junho a setembro, acontece na
25
Lazer
área o fenômeno da bioluminescência, motivado pela postura de ovos dos vaga-lumes nos buracos dos cupinzeiros. Mesmo em estado de larva, há emissão de luz à noite, resultando em um espetáculo da natureza. Além de todas as belezas naturais, a cidade de Costa Rica é sede de competições desportivas, como o Pantanal Fight, maior evento de MMA do Estado, realizado em março, e o Desafio Brou Bruto de Mountain Bike, que acontece entre os dias 31 de março e 1° de abril. Entre os dias 21 e 22 de julho, ela também receberá a prova de ciclismo 24 horas Brasil Ride Series. Ainda dá tempo de se programar para os eventos. “Quem visita a cidade de Costa Rica percebe nitidamente a hospitalidade do nosso povo”, garante o secretário municipal de Turismo, Keyler Barbosa. A mesma visão é compartilhada pelo campeão de ciclismo Thiago Brou. “Desde que conheci a cidade, fiquei impressionado com a educação dos moradores, não só a educação na formação das crianças, uma educação de empatia e hospitalidade”, confirma. Quem gosta de colocar o pé na estrada encontra em Costa Rica muito turismo de aventura, além de ser uma alternativa de passeio que proporciona experiências incríveis em contato com a natureza.
Serviço:
Para obter orientações sobre os passeios, basta entrar em contato com o Parque Natural Municipal Salto Sucuriú pelo telefone (67) 99916-1144. A Secretaria Municipal de Turismo, Meio Ambiente, Esporte e Cultura também é ponto de apoio para conhecer os atrativos da região. Entre em contato pelo telefone (67) 3247-7070.
26 //
27
Capa
28 //
O PODER DO
DIÁLOGO
Sofrimento com doenças mentais atinge os jovens e a Cassems oferece suporte de tratamento a esse público no Centro Integrado de Atenção Psicossocial Texto Stephanie Ribas Fotos Shutterstock
29
Capa
Diferentes emoções, expectativas, mudanças hormonais, novos compromissos, amizades e responsabilidades. A juventude é uma fase tão atribulada que quase não sobra tempo para perceber que, às vezes, a saúde mental vai sendo deixada em segundo plano. Algumas das doenças mentais que vêm se manifestando com mais frequência entre os jovens são o estresse, a ansiedade e a depressão. Um estudo realizado em 2016 pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) mostrou que 30% dos estudantes de universidades federais de todo o Brasil já buscaram algum tratamento psicológico pelo menos uma vez. A coordenadora de psicologia da Cassems, que atua no Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps), Adriana Suzuki, reitera que os transtornos de humor (depressão), de ansiedade e o transtorno afetivo bipolar estão entre as psicopatologias de maior incidência no pronto atendimento de jovens. “É nítido o aumento na busca por acompanhamento psicológico no setor de psicologia do Ciaps pelos jovens, bem como pelos responsáveis de menores de 18 anos”. Outra pesquisa, resultado de uma parceria da instituição de saúde pública do Reino Unido (Royal Society for Public Health) com o Movimento de Saúde Jovem, indica que as redes sociais são mais viciantes do que álcool e cigarro, destacando ainda o Instagram como a rede mais prejudicial à saúde mental dos jovens. Comportamento que caracteriza a geração Z, o uso das tecnologias entre crianças e adolescentes se tornou um tema bastante discutido entre pais e educadores, com o objetivo de evitar o isolamento. Segundo Adriana, o sentimento de solidão é compartilhado por vários desses jovens e, por isso, a família se torna uma importante fonte de apoio emocional e social. “Sentir falta de ter amigos e não ter ninguém para dividir experiências e tristezas são situações que indicam maior probabilidade de desenvolver problemas emocionais, comportamentais e afetivos”, diz.
30 //
A pesquisa feita no Reino Unido apontou que 90% dos adolescentes e jovens – de 14 a 24 anos – usam redes sociais. A psicóloga Susy Laine Lopes recomenda que o uso de aparelhos seja controlado. “Os pais podem estabelecer limites, senão, com o uso excessivo das várias tecnologias, os adolescentes acabam se isolando mesmo”. "Nessas horas, o envolvimento da família é fundamental porque as experiências vividas no âmbito familiar podem influenciar as características individuais, incluindo comportamentos, cognições e habilidades para resolução de problemas, além de influenciar na autoestima", relata Adriana. O especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência que também acompanha os pacientes no Ciaps, Júlio César Guimarães Mercadante, explica que manter bons vínculos sociais no ambiente familiar e com os amigos contribui para o desenvolvimento mais saudável, principalmente na adolescência. “Também é de suma importância o profissional estar atualizado sobre o que está em alta no mundo jovem. Assim é possível ter um contato satisfatório, levando a um tratamento mais individualizado”. O psiquiatra explica que os familiares devem estar presentes desde o primeiro atendimento. “Além de auxiliarem nos cuidados com o paciente, eles podem trazer outras informações de situações do dia a dia”. Júlio César ressalta ainda que, na maioria dos casos, os parentes mais próximos do adolescente também podem estar com a saúde mental abalada. “Caso seja necessário, o profissional deve estar apto para identificar estas alterações e encaminhar para tratamento”. Formada há 30 anos, Suzy Laine acompanha adolescentes e jovens desde o início da carreira e recomenda que o diálogo com os pais seja sempre aberto. “Eles costumam conversar mais com os amigos, então, orientamos os pais também, para que busquem na rotina o espaço para o diálogo”.
Conheça os principais males apresentados pelo público jovem atendido pela Cassems Distúrbio de ansiedade generalizada
O que é? É uma preocupação excessiva, duradoura e recorrente, fazendo com que isso reflita em sintomas físicos. Sintomas: Insônia, tensão muscular, respiração acelerada. Tratamento: Ansiolíticos e psicoterapia.
Distúrbio do pânico
O que é? É uma ansiedade extrema, com um episódio súbito de medo intenso que desencadeia reações físicas graves. Sintomas: Palpitação, falta de ar, suor, dificuldade para respirar, dor no peito, sensação de morte iminente e outros. Tratamento: Acompanhamento médico (psiquiatra) e, paralelamente, a psicoterapia, com administração de medicamentos específicos.
Transtorno bipolar
O que é? Caracterizado por alterações extremas do humor, configurando episódios de mania (humor exaltado) e depressão. Sintomas: Durante o episódio, a pessoa apresenta euforia, energia, torna-se mais ativa que o normal. Na fase depressiva, há dificuldade para dormir, perda de energia, sente-se muito triste, entre outros sinais. Tratamento: Pode ser controlado por meio de medicamentos, geralmente com estabilizadores de humor, antidepressivos, antipsicóticos e, em caso de urgência, tranquilizantes. A psicoterapia é essencial para o melhoramento e controle, ajuda o paciente a manter-se forte, lidar com eventuais recaídas. Existem diversos tipos de terapias que podem ajudar.
Esquizofrenia
O que é? Pensamentos ou experiências que parecem não ter contato com a realidade, fala ou comportamento desorganizado e participação reduzida nas atividades cotidianas. Sintomas: Delírios e alucinações. Outros sintomas, como dificuldade de concentração, alterações da motricidade, desconfiança excessiva e indiferença, também podem aparecer. Tratamento: Medicamentoso, com remédios chamados antipsicóticos e psicossocial.
Depressão
O que é? Uma tristeza profunda e persistente. Se não for tratada, a depressão pode piorar e passar por três estágios: leve, moderada e grave. Sintomas: Alteração no sono e apetite, desânimo, cansaço fácil, diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis, entre outros. Tratamento: Medicamentos antidepressivos, psicoterapia e prática de exercícios físicos na rotina.
*Conteúdo de autoria de Adriana Suzuki, coordenadora de psicologia da Cassems no Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps).
31
Capa
O QUE FAZER? Júlio César frisa que cada indivíduo é único e o adolescente não pode ser considerado um ‘miniadulto’. “Não há uma causa única para o desencadeamento das doenças mentais, mas, sim, uma somatória de eventos, genética e hereditariedade que influenciam no aparecimento dos transtornos”. Júlio destaca a importância de desmistificar que as medicações utilizadas para tratamento em saúde mental não são "pílulas de felicidade", nem produzem mudança de comportamento imediata, o que muitos pacientes e familiares pensam. Ter uma rotina sem muito tempo ocioso, programar atividades físicas ou praticar um esporte ou modalidade de exercício que goste e manter uma alimentação saudável são algumas dicas do psiquiatra para auxiliar no tratamento. Adriana Suzuki acrescenta que dialogar com alguém de confiança sobre o que está vivenciando também é importante, além de procurar acompanhamento psicológico. “Adotar atitudes simples e diárias, como ter sonhos e objetivos, conversar mais pessoalmente, dormir bem e evitar álcool e drogas podem ajudar a mantermos a saúde mental e a emocional”, diz a psicóloga. Comportamentos diferenciados podem demonstrar que alguém precisa de ajuda: desânimo para fazer coisas que gostava, problemas de conduta, baixa autoestima, negativismo, falta de esperança e manifestações verbais, tais como “vou desaparecer” ou “vou deixar vocês em paz”.
32 //
DADOS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE DEIXAM EM EVIDÊNCIA O AUMENTO DA DEPRESSÃO ENTRE JOVENS DE 15 A 29 ANOS.
COMPORTAMENTOS DIFERENCIADOS PODEM DEMONSTRAR QUE ALGUÉM PRECISA DE AJUDA: DESÂNIMO PARA FAZER COISAS QUE GOSTAVA, PROBLEMAS DE CONDUTA, BAIXA AUTOESTIMA, NEGATIVISMO, FALTA DE ESPERANÇA E MANIFESTAÇÕES VERBAIS, TAIS COMO “VOU DESAPARECER” OU “VOU DEIXAR VOCÊS EM PAZ”
33
Capa Valorização da vida O uso de álcool e drogas é um agravante fator de risco para o desenvolvimento de psicopatologias entre jovens, por ser uma fase de descobertas e novas experiências. De acordo com Júlio, o caráter mais sugestionável e impulsivo característico da adolescência, aliado à imaturidade emocional e psíquica, pode até levar o indivíduo a ver o suicídio como saída para algum problema, já que ainda não consegue realizar planejamentos e uma observação mais crítica das situações. Adriana alerta também para a dificuldade dos jovens em lidar com as demandas sociais, contextuais e situacionais impostas pela fase em que se encontram. “Na vida adulta, vem a demanda por trabalho excessivo, por dinheiro e estabilidade. As exigências sociais e familiares geralmente favorecem o surgimento de sintomas ansiosos e depressivos”. Em 2017, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde divulgou um extenso boletim, mostrando que Mato Grosso do Sul é o terceiro estado brasileiro na estatística de óbitos por suicídio, que ocorre mais entre a população indígena. Outros dados, da Organização Mundial da Saúde (OMS), deixam em evidência o aumento da depressão entre jovens de 15 a 29 anos. Considerando essa faixa etária, o suicídio é a terceira maior causa de morte entre os homens e oitava entre as mulheres brasileiras. No ano passado, a OMS lançou, no Dia Mundial da Saúde (7 de abril), a campanha “Vamos conversar?”, estimulando jovens e familiares a dialogarem sobre o sofrimento que as doenças mentais provocam. No Brasil, o "Setembro Amarelo" também abre a cada ano mais espaço para o assunto, divulgando informações importantes sobre sintomas e assistência profissional. O Ministério da Saúde destaca que, a partir do momento em que procura ajuda, a pessoa tem a oportunidade de ser ouvida com privacidade, respeitada e encorajada a se recuperar. No Centro Integrado de Atenção Psicossocial da Cassems, o tratamento dos transtornos mentais pode ser realizado por meio de terapias em grupo e palestras, além das sessões individuais. “Em alguns casos, o tratamento envolve uma combinação de medicação (com acompanhamento médico), psicoterapia, apoio familiar e dos amigos e mudanças no estilo de vida”, afirma Adriana. O órgão federal recomenda que, ao ouvir alguém que está sofrendo, não sejam feitos julgamentos nem sermões, como “isso é frescura” ou “você quer chamar atenção”. A postura de ouvir com calma, oferecer apoio e manter contato para saber como o outro está é a mais indicada.
34 //
CALENDÁRIO DE PALESTRAS PSICOEDUCATIVAS DO CIAPS 20 de março
Compreendendo a ansiedade. Como prevenir ou tratar?
24 de abril
Compreendendo o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Como tratar?
22 de maio
Conhecendo as emoções e desenvolvendo inteligência emocional.
19 de junho
Conhecendo o transtorno afetivo bipolar. Como tratar?
24 de julho
Entendendo o estresse: sintomas, causas e efeitos.
21 de agosto
Compreendendo a esquizofrenia. Como conviver e tratar?
18 de setembro
Compreendendo a depressão: como prevenir ou tratar?
23 de outubro
Transtornos alimentares e obesidade: como prevenir ou tratar?
20 de novembro
Compreendendo os transtornos de ansiedade: síndrome do pânico.
11 de dezembro
Envelhecimento saudável X patológico: orientações de prevenção e tratamentos.
Para mais informações, entre em contato com o Ciaps: 3325-9610. O Centro Integrado de Atenção Psicossocial atende das 7h às 17h, na Rua São Paulo, 68, Monte Castelo, em Campo Grande.
Rua maracaju, 1.148 - Centro - CEP 79002 - Campo Grande/MS Telefones: 0800 605 6040 - (67) 3325 6040 3382 2000 - 98193 0123 - 98193 0111 www.clinicascope.com.br
EXAMES
VÍDEO ENDOSCOPIA DIAGNÓSTICA
VIAS BILIARES E PÂNCREAS
Disgestiva: Esôfago, Estômago,Duodeno e Cólon Respiratória: Laringoscopia e Broncoscopia
Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógada, Extração de Cálculos e Próteses Endoscópicas
Polipectomias, Varizes Esofágicas, Hemostasia e Coagulação com Plasma de Argônio
pHmetria Esofágica por Cápsula pHmetria Esofágica Prolongada Manometria Esofágia e Anorretal Manometria Anorretal para Biofeedback
VÍDEO ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA CÁPSULA ENDOSCÓPICA ENTEROSCOPIA POR BALÃO TRÂNSITO COLÔNICO
LABORATÓRIO DE MOTILIDADE
ULTRASONOGRAFIA
ESTEATOSE HEPÁTICA (GORDURA NO FÍGADO) O QUE É? Trata-se do acúmulo de gordura em excesso nas células do fígado. QUAIS SÃO AS CAUSAS ? Pode ser decorrente de doenças próprias do fígado (doença alcoólica, hepatite C, etc) ou estar associada a doenças metabólicas (diabetes, obesidade, dislipidemia, Dr. Glauco Sammarco - CRM/MS 9744 Especialista em doença do aparelho digestivo e componentes da síndrome metabólica, DHGNA, etc). faz parte do corpo clínico da SCOPE A doença hepática gordurosa não alcoólica – DHGNA, é a principal causa de esteatose (mais de 70% dos casos). A maioria desses apresenta uma forma estável da doença, porém até 30% deles, podem evoluir para uma forma de inflamação do fígado (esteatohepatite) e, ao longo do tempo, com fibrose progressiva do órgão, chegando até a cirrose hepática. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO? O diagnóstico é feito pelo médico especialista com exame clínico e exames complementares. QUAL É O TRATAMENTO? Nos casos de esteatose secundária, como por exêmplo na esteatose alcoólica, a eliminação do fator causal (no caso, o álcool em excesso) é o tratamento de escolha. Já na DHGNA, o tratamento padrão envolve dieta saudável aliada à atividade física regular e eventualmente medicações, que devem ser individualizadas para cada caso. A dieta tem de ser com mais fibras, frutas e vegetais e menor quantidade de gorduras e carboidratos. 35 Estudos demonstram que 150 minutos de atividade física por semana, divididos em 3 a 5 dias, seria o ideal.
36 //
37
Entrevista
PRISCILLA ALEXANDRINO DE OLIVEIRA Da assistência à gestão, a infectologista e diretora-técnica do Hospital Cassems de Campo Grande exerce a medicina baseada na humanização Texto Karina Vilas Boas e Miriam Ibanhês Foto Messias Ferreira
Carioca de nascença, mas sul-mato-grossense de alma, a infectologista Priscilla Alexandrino de Oliveira construiu um currículo e uma história de dedicação à medicina preventiva em Mato Grosso do Sul. O empenho da médica reflete a determinação com que leva a vida e a profissão, frutos de uma educação rigorosa, proporcionada pela mãe, professora e bancária, e pelo pai, policial militar, e aprimorada desde os seis anos de idade, quando ingressou no Colégio de Aplicação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Toda a sua vida escolar e acadêmica foi em escolas públicas, desde os primeiros anos até a faculdade, passando pela residência médica, mestrado e doutorado.
38 //
Formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em 2001, e na mesma universidade concluiu a residência em infectologia, em 2003. Possui especialização em Gestão de Saúde e Controle de Infecção pelo Instituto Nacional de Ensino Superior e Pesquisa (Inesp), mestrado em Medicina Tropical pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, e é doutora em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, desde 2012. Nesta entrevista, a médica compartilha momentos de sua trajetória e o trabalho com a Cassems.
39
Entrevista
Medicina não foi a sua primeira escolha quando ingressou na faculdade. Que caminho você percorreu até se formar médica? Ainda adolescente, eu já tinha interesse em seguir carreira na área da saúde. Foi observando o meu tio, dentista, que resolvi cursar odontologia. Na época, fiz vestibular para quatro universidades (UFF, UFRJ, UniRio e UERJ), sendo três para odonto e um para Medicina. Fui aprovada nos quatro concursos e escolhi fazer Odontologia na UERJ e Medicina na UniRio. Nos primeiros anos, consegui levar as duas faculdades, mas no terceiro precisei trancar Medicina para concluir Odontologia. Em seguida, eu retornei para terminar Medicina e, quando estava no último ano, me casei, vim morar em Mato Grosso do Sul e terminei Medicina na UFMS, sabendo que era exatamente a profissão que eu queria. Na época em que era acadêmica e residente, quais eram as áreas de maior interesse? De início, eu me interessava por cirurgia plástica. Sempre gostei muito da parte cirúrgica e de realizar procedimentos, mas, ao aprofundar os estudos em doenças infecciosas e parasitárias, acabei me apaixonando pelo assunto. Ainda na época de escola, eu lia e pesquisava muito sobre o HIV, popularmente conhecido como Aids, que era uma doença nova. Mortes como a do cantor Cazuza me marcaram muito. Ele morreu no dia em que completei 13 anos e eu queria saber mais sobre essa doença e tudo o que ela trazia consigo. Durante o curso de Medicina, ainda no Rio de Janeiro, estudei na décima enfermaria do hospital Gafrée e Guinle, que foi o primeiro a atender pacientes com HIV e é referência nessa área no Brasil. Acabei fazendo residência e me formei em infectologia.
40 //
O CONCEITO DE SAÚDE É GLOBAL, É SOCIOECONÔMICO E PSICOSSOCIAL, AFINAL, VIVEMOS EM SOCIEDADE E, POR ISSO, OS MÉDICOS DEVEM ENTENDER O CONTEXTO DE VIDA DO PACIENTE E TRABALHAR PARA ALÉM DA DOENÇA, PRINCIPALMENTE, NA PREVENÇÃO”, AFIRMA.
Quais lições de vida você teve ao fazer residência em infectologia? Eu sou muito grata ao serviço de Doenças Infecciosas Parasitárias (DIP). Hoje, tenho plena noção de que nasci para fazer o que faço. Minha profissão me completa como ser humano, me sinto bem em poder ajudar, de alguma forma, em momentos difíceis, pois as doenças infecciosas e parasitárias, na maioria das vezes, são complexas, envolvem o contexto social e exigem muita humanização no atendimento. Na época da residência, quando o HIV estava no auge, sem muitas perspectivas de tratamento, comecei a escrever um livro sobre os casos de pacientes que me tocavam bastante. Eram pessoas muito jovens e eu sofri e sofro muito ao ver o sofrimento dos pacientes.
Você acredita que a cura do HIV ainda é um sonho? Sim. Acho pouco provável a cura do HIV e, sim, que ela se torne uma doença crônica. Atualmente, há poucas pesquisas sobre cura, mas existe um controle bastante importante da doença. Os antirretrovirais são muito eficazes. O Brasil evoluiu muito e é referência no tratamento em todo o mundo. O que acontece é que as pessoas têm a informação, mas não a utilizam para se prevenir. Eu fui coordenadora do DST/Aids e tínhamos um programa muito interessante, que era o Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), e pesquisas feitas mostram que os adolescentes tinham a informação, mas eles nasceram numa época em que não se morre mais por causa do HIV, eles não viram o início que nós vimos, as pessoas morrendo e não se tinha o que fazer. Quando entrei na faculdade e fazia ambulatório no Rio de Janeiro, chegava no final do ambulatório e tínhamos oito pessoas para internar que eu sabia que iam morrer. Eram oito jovens, de 18 a 20 anos. Era muito chocante, principalmente porque nós sabíamos que nos próximos 20 anos toda família teria uma pessoa portadora de HIV. Como a Cassems surgiu no seu caminho? Atualmente, atendo no Hospital Universitário, onde fiz a minha residência e logo que concluí já passei em concurso público. Meu vínculo com o Estado é como médica-legista, concursada e lotada no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal). Já trabalhei no início da carreira na Prefeitura de Campo Grande e no Exército Brasileiro. Todos os lugares foram excelentes e me ajudaram muito a evoluir como pessoa e como profissional. Por isso sou muito grata a todas as oportunidades que tive. Atuo na Santa Casa de Campo Grande como médica, local onde muito aprendi e
onde tive muitas oportunidades. Com duas sócias, montei uma empresa que presta consultoria na área de controle de infecção hospitalar. Sabendo disso, o diretor de Unidades Hospitalares da Cassems, Flávio Stival, nos convidou para auxiliar na montagem dos Serviços de Controle de Infecção Hospitalar nos Hospitais da Cassems, A princípio, montamos os serviços em oito hospitais, porque ainda não existia o hospital de Campo Grande. Conheci todas as unidades hospitalares próprias da Cassems. Eu e minhas sócias nos apresentávamos ao corpo clínico, fazíamos palestras e implantávamos as comissões de controle, com toda a estrutura necessária para o funcionamento adequado, visando sempre a melhoria da assistência hospitalar. Com esse trabalho, o meu currículo foi
41
Entrevista
submetido à avaliação do Conselho da Cassems, o qual aceitou a indicação do meu nome, e fui então nomeada diretora-técnica do Hospital Cassems de Campo Grande. E como você se vê como médica e como diretora-técnica de um hospital tão complexo como é o Hospital Cassems de Campo Grande? É muita responsabilidade, mas ao mesmo tempo é gratificante. Cada pessoa que sai recuperada do Hospital Cassems de Campo Grande é uma felicidade e, de alguma forma, eu me envolvi nesse processo. Você ser médica já é muito legal. Mas quando você é diretora de um hospital, a cada pessoa que faz um elogio é melhor ainda. É um desafio enorme, uma responsabilidade gigante, mas é muito bom. Eu me sinto muito honrada e agradecida por ser diretora-técnica do Hospital Cassems. Há alguma coisa que te marcou nesse período como diretora-técnica do Hospital Cassems de Campo Grande?
42 //
Sim. A lotação do pronto-socorro me marcou de maneira surpreendente. O fato de as pessoas buscarem o nosso atendimento de urgências e emergências, logo no primeiro mês, não era algo que esperávamos da forma como foi. Foi algo que simplesmente aconteceu e isso é muito positivo, porque significa que nós estamos preparados para aquilo que nos propomos. Construir, abrir e colocar para funcionar um hospital inteiro é algo marcante. A complexidade desse processo é muito grande. Envolve desde lavanderia, higienização, central de material e esterilização, centro cirúrgico, médicos, fisioterapeutas, enfermagem, CTI. É uma logística muito complexa, é como uma cidade. É como ver um filho crescer: daqui a pouco ele começa a falar e você não acredita que aquele ser pequenininho está falando! É muito gratificante! Para você, qual o diferencial do Hospital Cassems de Campo Grande? Temos alguns diferenciais. Nós focamos muito nos nossos beneficiários como nossos pacientes. A diretoria entende que tem o papel de
ser vir e auxiliar aqueles profissionais que estão diretamente ligados à assistência à saúde. Então, mantemos um excelente relacionamento com todos os profissionais que atuam no hospital e focamos no atendimento humanizado buscando a qualidade sempre, por isso, investimos muito em setores como a educação continuada e procuramos, sempre, nos reciclar para poder atender a todos da melhor maneira possível. Como você vê o cenário de superespecialização da saúde? Nós temos que rever essa superespecialização da saúde. Temos que ter médicos bons que consigam realizar bons diagnósticos e ver qual a real necessidade do paciente. Nós temos que ter a capacidade de entender o contexto do paciente. Na infectologia vemos muito isso. Temos que entender a epidemiologia do paciente, onde ele mora, se é casado, se não é, se a pessoa é obesa, se a pessoa não faz atividade física, se ela está estressada com o seu trabalho. Isso importa nas doenças, isso importa na saúde e importa em todas as áreas médicas, não apenas na infectologia. O conceito de saúde é global, é socioeconômico e psicossocial, afinal, vivemos em sociedade e, por isso, os médicos devem entender o contexto de vida do paciente e trabalhar além da doença, precisamos trabalhar principalmente na prevenção. Quais os problemas causados pela superespecialização da saúde? A superespecialização onera os custos, dificulta os diagnósticos e cada vez mais recorre aos exames complementares e menos ao exame clínico, ao contato médico/paciente, que é o fundamental quando se está diretamente na assistência à saúde. E os desafios para essa unidade hospitalar, da qual você é parte essencial? Duas coisas que temos de focar: a qualidade e a produção contínua de conhecimento e ciência. Nós temos muito material para produzir ciência. Outro foco seria o ano da segurança do paciente? Quando pensamos em segurança do pacien-
te, também falamos de qualidade, de forma que tudo seja feito para que não ocorra nenhum evento adverso, desde a entrada do paciente no hospital, durante o tratamento, até a alta hospitalar. E vem aí a ampliação do hospital. É outro grande desafio que temos pela frente? Sim. Graças a Deus, atingimos um grande objetivo, que é ter o hospital lotado. Com mais leitos, temos uma perspectiva de dobrar o número de atendimentos com a ampliação. Eu acho que o primeiro desafio era o maior: abrir o hospital. Agora, nós já sabemos como funciona o processo. Temos uma excelente equipe, as pessoas estão entrosadas, são dedicadas e estão prontas para novos desafios. E para a sua vida profissional, quais são os próximos passos? Uma grande característica minha é a determinação, então, eu gostaria de desenvolver mais coisas que possam ajudar mais pessoas. Na minha especialidade, a gente aprende que não adianta estar bem se as outras pessoas não estão bem. Não funciona uma parte da sociedade estar bem e uma grande parcela não estar. Para o mundo ser um lugar melhor, todas as pessoas precisam ter o básico: alimentação, acesso à saúde, acesso igualitário à educação, o que é fundamental. Você é uma grande defensora do SUS. Por que é importante para a Cassems o Sistema Único de Saúde funcionar? Isso é fundamental. A implantação do SUS no Brasil inaugura um novo pacto social, a partir do rompimento com o modelo de seguro social e sua evolução para o modelo de seguridade social. A minha área é Sistema Único de Saúde. O SUS é muito bem desenhado, mas, em muitos casos, é deturpado por pessoas de forma pontual, porém, se ele funcionar como deve, com certeza, é o que vai garantir o acesso à saúde para milhares de pessoas e precisamos batalhar para integrar os setores público e suplementar, com o objetivo de construir as bases propositivas de uma agenda comum, visando aper feiçoar o Sistema Nacional de Saúde.
43
Especialidade atende pessoas que precisam de atenção diferenciada durante o tratamento, seja por limitação física ou comportamental, seja por cuidados pré e pós-cirúrgicos
PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
TÊM ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO Conheça os detalhes desse trabalho e os serviços que a Cassems oferece a esse público Texto Gustavo de Deus Fotos Messias Ferreira
44 //
Foto: Istockphoto
Saúde Cassems
A Caixa dos Servidores é um dos poucos planos de saúde que oferecem atendimento odontológico aos seus beneficiários. São 26 centros odontológicos espalhados, estrategicamente, para garantir o acesso à odontologia nos quatro cantos de Mato Grosso do Sul. Agora, a Cassems sai na frente mais uma vez ao dispor de atendimento odontológico para pacientes com necessidades especiais. Essa especialidade da odontologia atende pessoas que precisam de atenção diferenciada durante o tratamento, seja por limitação física ou comportamental, seja por cuidados pré e pós-cirúrgicos. A odontóloga especializada em Atendimento para Pacientes Especiais, Kátia Jara, explica que pacientes com necessidades especiais precisam ser acolhidos com muita segurança e sensibilidade. “É muito importante que o dentista que se propõe a esse auxílio tenha sensibilidade, conhecimento e muita dedicação. São inúmeras as alterações e deficiências atendidas por essa especialidade e, portanto, é de grande importância uma abordagem multiprofissional, em que outras áreas da saúde precisam estar integradas para
que os pacientes possam ter seu atendimento de forma segura e com resultados de excelência. Na primeira consulta, fazemos uma avaliação de todo o histórico do paciente, medicamentos em uso, exames clínicos e, juntamente dos pais, decidimos a melhor forma de conduzir o tratamento”, explica Kátia. Alguns pacientes com necessidades especiais precisam de tempo e muita dedicação para que o profissional consiga realizar os primeiros procedimentos, e muitas vezes são necessárias várias sessões para que o tratamento seja realizado. “Há determinados casos de alterações comportamentais, como o transtorno do espectro autista ou deficiência auditiva, em que a comunicação é bastante difícil. Existem também pacientes que estão em tratamento de quimioterapia ou radioterapia, pacientes transplantados, cardiopatas, que fazem hemodiálise e vários outros casos que, para serem atendidos, necessitam de avaliação médica, para que os procedimentos sejam realizados com o menor risco possível. Por isso, é importante um cuidado diferenciado com sua saúde bucal, a fim de evitar que focos de infecção possam agravar a sua condição sistêmica”, avalia. A dentista salienta ainda que o objetivo da assistência é oferecer um acolhimento humanizado, em que a confiança dos pacientes e familiares é fundamental. “A proposta principal é oferecer um atendimento humanizado, com horários pré-determinados, e, especialmente, a criação de um vínculo de confiança com os pacientes e familiares. Os pacientes, muitas vezes, em razão de a malformações, alterações motoras, mentais e outras deficiências, possuem maior dificuldade na realização da higiene oral e alguns, pelo uso de algumas medicações, podem ter sua saúde bucal comprometida. Portanto, quanto antes iniciarem as visitas ao dentista, melhores são os resultados e o sucesso no tratamento. Destacamos a importância da participação familiar ”, afirma. Apesar de estar disponível para boa parte dos pacientes com necessidades especiais, há alguns casos nos quais o atendimento deve ser feito numa unidade hospitalar. “Existem algumas deficiências e alterações
45
Saúde Cassems
de comportamento em que o atendimento só é possível em ambiente hospitalar e sob anestesia geral. Num tratamento de leucemia, por exemplo, quando o paciente está com a defesa orgânica muito baixa, é necessário aguardar o momento mais adequado para a realização dos procedimentos odontológicos e com o menor risco possível. É importante salientar e também orientar as pessoas que a boca não está separada do resto do organismo e, para termos saúde integral, dentes e gengivas saudáveis são fundamentais. E com uma avaliação criteriosa, ambiente adequado e equipe multiprofissional, todas as deficiências podem ser atendidas de forma tranquila e com mínimo risco”, pontua a dentista.
46 //
Erika Cristina Furtado é mãe de um dos pacientes com necessidades especiais atendidos pela dra. Kátia. A mãe do Gabriel conta como era difícil encontrar atendimento para o seu filho antes de encontrar o auxílio oferecido pela Cassems. “Antes de conhecer esse atendimento especial que a Cassems oferece, eu levava o meu filho a outro lugar, num dentista normal. Então, eu descobri a dra. Kátia, que é um amor de pessoa, superdedicada, uma excelente profissional, e nunca mais levei meu filho a outro lugar, agora, só com ela”, afirma. Mesmo sentimento tem Kátia Rejane Ornellas, mãe da Maria Margarida. Antes de conhecer o
acolhimento oferecido pela Caixa dos Servidores, ela e a filha sofriam para conseguir atendimento. “Esse atendimento oferecido pela Cassems é muito bom e eu aproveito para agradecer aos dirigentes, em nome do presidente Ricardo Ayache, que estão sempre colaborando para que esse auxílio aconteça. Antes de conhecer a Dra. Kátia, era muito difícil para nós porque não tinha esse tipo de assistência oferecida pela Cassems, só pelo SUS, mas demorava entre oito e dez meses, isso quando encontrávamos vaga. Então, agora a nossa vida está bem mais fácil”, avalia. Quem conhece o trabalho prestado pela Kátia e sua equipe não consegue esconder a emoção e a gratidão que envolve todos. Hélio Rocha Junior é auxiliar de saúde bucal e, após começar a trabalhar com a Kátia, a sua visão de mundo mudou. “Depois de começar a trabalhar aqui, eu vejo a minha vida diferente, porque você passa por cada situação que descobre que não tem problema. Você chega aqui e vê todas essas pessoas com tantas dificuldades e sempre com um sorriso; isso não tem preço. A forma como a dra. Kátia trata os pacientes, sempre com muito carinho, me cativou. Trabalhar aqui mudou muito a minha vida, mudou a minha forma de me comunicar e até a forma como trato meus filhos”, conta. A diretora de Assistência Odontológica da Caixa dos Servidores, Denise Garcia Sakae, explica que o atendimento com uma especialista garante uma avaliação mais segura dos pacientes. “A Cassems inova com esse novo atendimento odontológico voltado às pessoas com algum tipo de necessidade especial, visando a promoção da saúde bucal dos nossos beneficiários, com assistência especializado. Por isso, priorizamos o atendimento no consultório com especialista na área, a fim de que seja realizada uma avaliação cuidadosa de cada paciente. Após isso, vários procedimentos poderão ser realizados, como profilaxias, raspagens de tártaro, restaurações, tratamento de canal e exodontias”, explica a diretora. Denise destaca ainda que “as orientações aos pais ou responsáveis devem ser detalhadas para que os cuidados com a higiene bucal em casa possam ser realizados de forma efetiva, resultando na manutenção da saúde bucal desses pacientes”.
— Deficiências físicas temporárias ou permanentes: sequelas de paralisia cerebral (PC), acidente vascular encefálico (AVE), doenças degenerativas, miastenias e outras que resultem em limitação física temporária ou permanente; — Distúrbios comportamentais: transtorno do espectro autista (TEA), bulimias, anorexias, dependência química e outros; — Deficiências sistêmicas: gravidez de risco, pacientes oncológicos, transplantados, imunossuprimidos, diabetes mellitus descompensados, cardiopatas, doenças hematológicas, transtornos convulsivos, insuficiência renal crônica, doenças autoimunes e outras; — Deficiência mental: comprometimento intelectual de causa pré, peri e pós-natal, de origem genética, ambiental ou desconhecida; — Deficiências sensoriais: deficiências auditivas, visuais e múltiplas; — Transtornos psiquiátricos: depressão, síndrome do pânico, fobias em geral, esquizofrenia, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade e outros; — Doenças infectocontagiosas: pacientes soropositivos para o vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatites virais, tuberculoses e outras; — Síndromes e deformidades craniofaciais: síndrome de Down, síndromes raras, entre outras; — Situações específicas que necessitam de abordagem e atendimento diferenciado no momento do procedimento odontológico ou precisam da assistência da equipe multiprofissional.
Serviço
O atendimento para pacientes com necessidades especiais é realizado pela dentista Kátia Silene Jara, de segunda a sexta feira, no horário matutino. As consultas podem ser agendadas diretamente no consultório, pelo telefone 30420068.
47
Informativo
Foto: Messias Ferreira
CASSEMS: 17 ANOS DE AFETO, CUIDADO E CONFIANÇA
Não há dúvida de que a saúde de Mato Grosso do Sul é outra com o crescimento e a solidificação da Cassems. É possível afirmar, sem medo de errar, que a Caixa dos Servidores é a grande realização da saúde no Estado nos últimos 20 anos. Hoje, a Cassems está presente em 76 municípios – destes, 11 com unidades regionais —, conta com nove hospitais próprios – neste ano inaugura o 10º, em Corumbá —, distribuídos estrategicamente nos quatro cantos do Estado e que atendem, além dos beneficiários da Cassems, a comunidade não associada e outros planos de saúde. Também há 26 centros odontológicos em várias cidades, que prestam atendimento a adultos e crianças com foco na prevenção e na manutenção da saúde bucal. São
48 //
oito centros médicos, seis centros de diagnósticos e três centros de prevenção. As unidades hospitalares e administrativas funcionam como polos irradiadores de desenvolvimento e suas ações se espalham por toda a cadeia da saúde de Mato Grosso do Sul, gerando, além de saúde, renda, postos de trabalho e difusão tecnológica. Em 2018, a Cassems está comemorando 17 anos de assistência à saúde dos servidores públicos e muito dessa longevidade se deve ao investimento em prevenção. Atual presidente, Ricardo Ayache está na Caixa dos Servidores desde a sua criação, em 2001, e foi um dos atores principais nessa mudança de rumo que consolidou a Cassems como um dos maiores planos de saúde de autoges-
tão do País. Ricardo participou ativamente do processo de modernização que a empresa vivenciou e, logo no início da sua gestão, expôs claramente os caminhos que gostaria de trilhar à frente da entidade. Ayache mostrou que a medicina moderna trabalha com a prevenção em vez do tratamento da doença. Assim, o trabalho preventivo ganhou muita força nas ações do plano de saúde depois de 2010 e as políticas de prevenção desenvolvidas pela Cassems tornaram-se referências. Ayache acredita que a prevenção é o melhor caminho para que as pessoas tenham mais qualidade de vida. “O envelhecimento populacional é uma realidade e uma conquista de todos. Cuidar da saúde antes que a doença apareça é prioridade”, afirma.
“A prevenção proporciona equilíbrio para o sistema de saúde e melhor qualidade de vida para as pessoas. Na verdade, precisamos sair desse modelo de hoje, que é muito voltado para a doença. Lógico que temos de cuidar do doente, mas também temos que ter preocupação em cuidar das pessoas para que elas não adoeçam”, destaca. É fato que a Cassems já trabalha, desde 2007, com foco na prevenção. Viva Saúde e Odontologia para Bebês são exemplos de programas de sucesso. Porém, a partir de 2010, algumas dessas iniciativas receberam reforços e outros programas foram criados e incorporados à grade de ações preventivas. A prova de que a Caixa dos Servidores acertou em investir em prevenção é o reconhecimento pelos beneficiários. Um estudo encomendado, em 2015, apontou que 89% dos usuários da Cassems disseram estar satisfeitos com o serviço prestado pelo plano de saúde.
No ano no qual completa seu 17º aniversário, a Cassems entrega, no primeiro semestre de 2018, a sua décima unidade hospitalar, em Corumbá. Numa área de mais de 3,1 mil metros quadrados, a nova unidade hospitalar está em fase de conclusão e abrigará uma estrutura moderna, com capacidade para oferecer serviços de alta qualidade no atendimento à saúde. Serão 35 leitos, três salas cirúrgicas, pronto atendimento, Centro de Diagnóstico com ressonância magnética, tomografia, Raio X digital, mamografia, densitometria óssea e duas salas de ultrassom. Um laboratório de análises clínicas e um centro de especialidades médicas darão mais suporte no atendimento aos 10 mil beneficiários do plano de saúde em Corumbá e Ladário. O presidente da Cassems explica que, assim como os outros hospitais, o de Corumbá vai mudar a saúde do município e da região. “A nova unidade hospitalar vai expandir os serviços
de atendimento à saúde na região e permitir que a população tenha a tranquilidade e a garantia de um serviço de qualidade, sem precisar se deslocar longas distâncias em busca de uma medicina especializada, tanto no diagnóstico como no tratamento”, pontua Ayache. Nesses 17 anos de existência, a Caixa dos Servidores cresceu, solidificou-se e tornou-se o maior e melhor plano de saúde do Estado e um dos melhores do País. Para os anos futuros, a diretoria da Cassems vai continuar trabalhando para que seus beneficiários sigam recebendo um atendimento digno e humanizado. “Nós acreditamos que cuidar da saúde vai além dos fundamentos científicos e técnicos, exige amor, respeito e dedicação. E assim reafirmamos nosso compromisso com os nossos beneficiários, investindo em qualidade de atendimento e fazendo da Cassems um plano cada vez melhor”, finaliza Ayache.
Foto: Messias Ferreira
TRÊS LAGOAS RECEBE NOVA UNIDADE REGIONAL DA CAIXA DOS SERVIDORES A Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) inaugurou a nova Unidade Regional de Três Lagoas, em 9 de dezembro de 2017. A estrutura, que fica na Rua Marcílio Dias, 318, no bairro Colinas, oferece mais conforto aos beneficiários da Cassems de Três Lagoas e de outros 11 municípios da Região do Bolsão. A nova Unidade Regional também abriga o novo Centro Odontológico da Caixa dos Servidores no município. A nova Unidade Regional de Três Lagoas conta com sala de espera, sala de atendimento, perícia médica, além de um novo ambulatório odontológico. A diretora da Cassems do interior, Sonilza Lima, explica que a
49
Informativo antiga estrutura já não comportava o crescimento da Caixa dos Servidores. “Essa nova estrutura é um presente que a Cassems dá aos beneficiários de Três Lagoas e região, porque há muito tempo que a nossa antiga Unidade Regional não nos atendia da maneira esperada. Então, hoje estamos entregando essa nova estrutura ampliada, com um Centro Odontológico novo, tudo isso para oferecer um melhor atendimento aos nossos beneficiários”, avalia Sonilza. O gerente regional da Cassems em Três Lagoas, Aelton Amancio Oliveira, explica que, além de comodidade e conforto, a nova estrutura também agilizará muitas questões
administrativas. “Três Lagoas está sendo agraciada no fim de ano com essa nova unidade, porque nosso município merece uma estrutura melhor, um espaço maior. Anteriormente, a gente utilizava um espaço que era do antigo Previsul e que não nos atendia da forma que entendemos, e agora a nossa estrutura está bem mais adequada, moderna e aconchegante. Além disso, a Unidade Regional está perto do nosso hospital e isso facilita bastante, principalmente as questões administrativas”, analisa Oliveira. O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, destaca que a nova Unidade Regional de Três Lagoas atende a um antigo pedido dos beneficiários
e que, com ela, os estes terão mais tranquilidade e agilidade. “Essa Unidade Regional vem atender a uma antiga reivindicação do nosso beneficiário por uma sede mais moderna, mais estruturada, para atender às questões administrativas com maior tranquilidade e também com maior agilidade. Além disso, estamos entregando um novo Centro Odontológico, mais moderno, para poder atender com a qualidade que sempre imaginamos. Então, é uma unidade nova, equipada, que vai ao encontro de tudo o que nós pregamos que é um trabalho honesto, ágil, profissional e com qualidade”, pontua Ayache.
Fotos: Messias Ferreira
COLABORADORES DA CASSEMS PARTICIPAM DE CAMPANHA DE DOAÇÃO DE SANGUE
50 //
A campanha de doação sangue que a Cassems realiza, em parceria com o Hemosul, entre seus colaboradores já é tradição e, neste ano, levou mais de 80 funcionários da Caixa dos Servidores que são doadores até a sede do Hemosul. A campanha realizada pela Cassems ocorreu no dia 08 de fevereiro, no momento mais crítico para os hemocentros de todo o País, que é o período de Carnaval, época na qual os bancos de sangue sofrem uma baixa significativa nos seus estoques. O Hemosul disponibilizou um ônibus para levar os colaboradores da Caixa dos Servidores para realizarem a doação, nos dois períodos, vespertino e matutino. Essa dificuldade que os hemocentros enfrentam na época de Carnaval, em que os estoques de sangue caem em torno de 20% e 30%, motivou a Cassems a criar a campanha. A psicóloga organizacional da Caixa dos Servidores, Débora Borges, des-
taca a importância da ação nesse momento de dificuldade para os hemocentros. “Nessa época do ano, véspera do feriado de Carnaval, o Hemosul tem uma baixa nas doações de sangue e o número de bolsas cai muito. Então, nós colaboradores da Cassems contribuímos todos os anos para que os estoques fiquem maiores. Assim como em outros períodos os anos, dessa vez, tivemos uma grande adesão dos nossos colaboradores, e isso nos deixa bastante satisfeitos”, avalia. O colaborador da Caixa dos Servidores Danilo Venâncio salienta que “doar sangue é uma prática que todos devem seguir porque ajuda muitas pessoas que necessitam de sangue”. O colaborador também acredita que “a doação de sangue não deva ser algo temporário, mas, sim, constante”. Aline Farias também é colaboradora da Cassems e, segundo ela, ao realizar a campanha, a Caixa dos
Servidores cumpre a sua missão de cuidar das pessoas. “Com um gesto simples, que é doar sangue, a gente pode salvar muitas vidas e ajudar pessoas. A Cassems é uma empresa preocupada em ajudar as pessoas e em salvar vidas, então, nada mais lógico que ela também realize essa campanha. É muito interessante a gente ver a mobilização dos colaboradores juntamente da empresa”, analisa. A assessora de Comunicação do Hemosul, Mayra Franceschi, destaca a parceria entre a Caixa dos Servidores e o hemocentro e a época escolhida para a realização da campanha. “Nós estamos com os estoques mais ou menos equilibrados, porém, precisamos de doações de todas as tipagens sanguíneas porque precisamos ter sangue, plaquetas, principalmente, porque só duram cinco dias, no decorrer do Carnaval e também após o Carnaval. A nossa carência mesmo com emergência é sangue
O negativo. A Cassems realizar essa campanha logo antes do Carnaval, trazendo todas essas pessoas para doarem sangue, é fundamental para manter os nossos estoques. É graças a esses parceiros, como a Cassems, que a gente consegue manter os estoques e trabalhar com um pouco mais de tranquilidade”, avalia. Para o gerente de Recursos Humanos da Caixa dos Servidores, Luciano Coppini, a importância da campanha pode ser percebida pela quantidade de colaboradores que participaram. “Historicamente, nessa época, as doações de sangue despencam e, como nós somos uma empresa da área de saúde, sabemos a importância que é manter nossos bancos de sangue abastecidos para poder atender às demandas que acontecem especificamente por conta de acidentes. A gente ficou bastante satisfeito com a mobilização dos colaboradores e isso é muito gratificante”, pontua.
51
52 //
53
Informativo
Foto: Messias Ferreira
EM VISITA, SECRETÁRIO DE MT CONHECE O MODELO DE GESTÃO DA CASSEMS
O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, recebeu o secretário de Estado do Mato Grosso, Julio Cezar Modesto, na unidade hospitalar de Campo Grande, em 6 de fevereiro. Modesto veio a Mato Grosso do Sul a pedido do governador do estado vizinho, Pedro Taques, eleito recentemente presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, com a missão de conhecer experiências que deram certo na área da saúde suplementar e levar propostas que possam contribuir para a implantação de modelos semelhantes em outros estados. Participaram do encontro o secretário adjunto de Administração de Mato Grosso do Sul, Édio Viegas, o diretor de Unidades Hospitalares da Cassems, Flávio Stival, o diretor do HCCG, Carlos Guizado, e a diretora-técnica do HCCG, Priscilla Alexandrino. Durante a reunião, Ricardo Ayache explanou sobre o modelo de gestão adotado e que tornou a operadora moderna, participativa, com rigorosos padrões de
54 //
qualidade e segurança ao longo dos últimos 16 anos. A superação dos desafios, a manutenção do equilíbrio financeiro e o investimento constante em melhorias que refletem na qualidade do atendimento prestado animaram o secretário mato-grossense, que já tinha boas referências da Cassems. “Num primeiro contato e com as informações que foram disponibilizadas, estamos saindo bem impressionados. Acho que é um modelo a ser seguido. Os servidores públicos sendo assistidos e sendo bem tratados com certeza, refletem em melhores serviços para o cidadão”, comenta o secretário. A visita também foi acompanhada pelo secretário adjunto de Administração de Mato Grosso do Sul, Édio Viegas, que reforçou a importância da parceria entre os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no sentido de fazer o intercâmbio de experiências que estão dando certo na área da saúde. “Essa iniciativa do Consórcio Brasil Central é exatamente para aproveitar o que tem de melhor nos estados de forma que a população ga-
nhe, e o Mato Grosso do Sul sai na frente no modelo de gestão de plano de saúde para os servidores públicos”, comenta. A diretora-técnica do Hospital Cassems de Campo Grande, Priscilla Alexandrino, ressalta que a gestão moderna, participativa e compartilhada demonstra o empenho em evoluir, ampliar e aperfeiçoar os serviços. “Temos um atendimento humanizado, com bons profissionais que fazem a diferença, mas também temos um parque tecnológico que é único em Mato Grosso do Sul”. Para o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, a visita demonstra que todo o trabalho realizado à frente da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul se transformou numa referência e em um modelo a ser seguido por outros estados. “A presença do secretário de Administração de Mato Grosso mostra que nós crescemos, que nos profissionalizamos e melhoramos a qualidade do nosso atendimento. Poder contribuir com os demais estados é motivo de grande orgulho”, finaliza.
55
Informativo
Foto: Messias Ferreira
DOURADOS RECEBEU MAIS UMA EDIÇÃO DO PROGRAMA ODONTOLOGIA PARA BEBÊS
O programa de prevenção Odontologia para Bebês realizou mais uma edição em Dourados, no dia 7 de fevereiro. O programa foi criado há dez anos com o objetivo de prevenir problemas e manter a saúde bucal das crianças de Campo Grande e, desde outubro de 2017, atende também em Dourados. Desde a sua criação, o Odontologia para Bebês já prestou auxílio a mais de 2 mil crianças de 0 a cinco anos. Além do atendimento às crianças, o programa busca transformar os pais e responsáveis em multiplicadores de conhecimentos. O odontopediatra responsável pelo atendimento em Dourados Fernando Lamers explica que o programa no município vai seguir os mesmos moldes do realizado em Campo Grande, ou seja, com foco na prevenção e na promoção da saúde bucal. “Nós estamos seguindo o mesmo molde de Campo Grande, que já realiza esse programa há oito anos. Nós iniciamos em outubro e já temos 28 bebês participando do programa, que funciona
56 //
inicialmente com uma palestra, em que passamos para os pais as orientações necessárias para evitar as doenças bucais dos bebês. Nós chamamos isso de atenção precoce”, explica Lamers. Fernando afirma ainda que a prevenção de problemas bucais em crianças pode ser feita quando a mãe ainda está gestante. “Algumas pesquisas mostram que, de 0 a 12 meses, entre 16% e 20% das crianças têm cárie. De 12 a 24 meses, esse número passa para 36% e, de dois a três anos, para 50 e 60%. Então, se não tivermos os devidos cuidados, fatalmente essa criança terá cárie e outras complicações. O dente do bebê nasce entre cinco e oito meses de idade e, se as gestantes participarem do programa, nós conseguimos evitar alguns hábitos nocivos”, avalia. A beneficiária Ilaine Bobadilha trouxe o neto Matheus para participar do programa. Segundo ela, os ensinamentos passados pelo dentista são muito eficazes para o dia a dia. “O atendimento é muito bom e o especialista é bem aten-
cioso. É ótimo a gente ter a possibilidade de participar desse programa aqui em Dourados, porque temos como oferecer aos nossos bebês o que não tivemos no passado, e o que aprendemos aqui nos auxilia muito no dia a dia”, analisa. Para a diretora de Assistência Odontológica da Cassems, Denise Sakae, a expansão do programa mostra que o método adotado, baseado na prevenção e na promoção da saúde bucal, é eficaz por apresentar resultados satisfatórios na criança e nos familiares, uma vez que, ao receberem informações corretas, ocorre a mudança de hábitos nocivos, bem como a prevenção de problemas bucais. “A intenção da Caixa dos Servidores é expandir o atendimento para o interior, até porque o programa aqui da Capital atende vários beneficiários de outras regiões do Estado”, afirma. Para participar do programa, os interessados devem ligar nos seguintes telefones: Dourados (67) 3033-8359 e Campo Grande (67) 3309-5394.
AF_REN-0001-18 - ANÚNCIO REVISTA CASSEMS - 21x14cm.pdf
1
31/01/18
17:19
Excelência em saúde.
57
Informativo
AGENDA DOS PROGRAMAS DE PREVENÇÃO Casal Grávido Com o objetivo de prevenir os principais problemas que possam aparecer durante a gestação, por meio de palestras e aulas práticas, envolvendo todas as áreas relacionadas à saúde da mãe e do bebê, a Caixa dos Servidores promove o curso Casal Grávido – Programa de Prevenção da Cassems de Orientações Indispensáveis para uma Gestação Tranquila. O programa proporciona atenção, esclarecimentos e instruções à gestante para o desenvolvimento saudável do bebê, desde o útero. Além disso, dá oportunidade aos casais, aos novos pais e mães, de entender todo o processo da gravidez. O programa prepara o casal para os nove meses de gestação e também para o pós-parto, ensinando-lhe os cuidados com o bebê. Confira a agenda do primeiro semestre:
• 11 e 12 de abril • 26 de maio • 19 e 20 de junho
Pronutri O Pronutri – Programa de Nutrição Preventiva da Cassems – disponibiliza profissionais para orientar os beneficiários sobre hábitos alimentares saudáveis que podem auxiliar no tratamento das doenças e, em alguns casos, até propiciar a cura. Informações pelo telefone (67) 3382-8584. Cozinha Experimental O programa Cozinha Experimental desenvolve diversos cursos para crianças e adultos, com foco na alimentação saudável. As atividades são realizadas no Centro de Prevenção da Cassems, em Campo Grande. Em 2015, as atividades tiveram aumento de 20% no número de participantes, o que prova o sucesso do programa.
Campo Grande
•17 de abril — Risotos •8 de maio — Preparações com carne bovina •22 de maio — Caldos e sopas •5 de junho — Alimentando quem está à espera: a ges-
tação e suas escolhas alimentares •19 de junho — Massas •17 de julho — Cozinha kids — especial de férias — piquenique •7 de agosto — Cuidando do hipertenso •21 de agosto — Grãos e leguminosas •4 de setembro — Alimentação pré e pós-treino •18 de setembro — Entradas saudáveis e saladas •02 de outubro — Preparações com frango •16 de outubro — Lanche escolar, cultivando bons hábitos •06 de novembro — Cozinha detox •20 de novembro — Cozinha vegetariana •04 de dezembro — Ceia de Natal e Ano-Novo
Informações pelo telefone: (67) 3382-8584
58 //
Dourados
•10 de abril – A biomassa de banana verde no dia a dia da sua alimentação •24 de abril – Risotos •15 de maio – Cozinha low carb •29 de maio – Caldos e sopas •05 de junho – Preparações com carne bovina •26 de junho – Massas •10 de setembro – Cozinha kids — especial de férias — piquenique •14 de agosto – Preparações com frango •28 de agosto – Grãos e leguminosas •11 de setembro – Alimentação pré e pós-treino •25 de setembro – Entradas saudáveis e saladas •16 de outubro – Lanche escolar, cultivando bons hábitos •30 de outubro – Cozinha detox •13 de novembro – Cozinha vegetariana •27 de novembro – Alimentando quem está à espera: a gestação e suas escolhas alimentares •04 de dezembro – Ceia de Natal e ano novo
Viva Saúde O programa Viva Saúde 2015 atendeu 4.318 beneficiários da Cassems com ações de promoção da saúde e prevenção de riscos de doenças cardiovasculares, melhorando a qualidade de vida dos participantes e prevenindo doenças relacionadas ao sexo e à faixa etária. O programa inclui palestras, medição antropométrica (IMC – índice de massa corpórea, CA – circunferência abdominal, PA – pressão arterial), pedidos de exames para a estratificação do risco cardiovascular (glicemia, HDL – lipoproteínas de baixa densidade e triglicerídeos), a fim de detectar problemas e classificar os beneficiários em grupos de risco das doenças cardiovasculares. Informações pelo telefone (67) 3352-8024.
Telefone: (67) 3303-8350
Odontologia para Bebês O programa de prevenção Odontologia para Bebês teve início em 2008, com o objetivo de orientar os pais, antes mesmo do nascimento do primeiro dente do bebê, sobre os cuidados para a manutenção da saúde bucal e a prevenção de problemas como a cárie dental e as doenças gengivais. O programa consiste em acompanhamento a cada três meses e realização de procedimentos como aplicação de flúor e restaurações de dentes. Nesse programa, podem participar bebês de zero a cinco anos de idade. Para a inserção da criança no programa, a idade limite é de dois anos e, como norma da Cassems, o pai/a mãe ou o responsável deve participar da palestra educativa. Ao completar cinco anos de idade, a criança é encaminhada à odontopediatria. No programa, também são atendidas crianças com necessidades especiais. Para estas, a idade limite para inserção no programa é de 12 anos. Com esse acompanhamento desde bebê, a criança se acostuma com visitas ao dentista sem traumas, pois não estará sendo atendida somente para resolver caso de dor. O condicionamento da criança ao atendimento odontológico é feito de forma tranquila, o que transmite aos pais confiança e interesse no trabalho de prevenção.
Campo Grande
•11 de abril – 08h30 •24 de abril – 14h •9 de maio – 8h30 •22 de maio – 14h •6 de junho – 8h30 •19 de junho – 14h Informações: (67) 3309-5394
Dourados
•9 de abril – 8h •24 de abril – 14h •9 de maio – 8h30 •22 de maio – 14h •6 de junho - 8h30 •19 de junho – 14h Informações pelo número (67) 3033-8359
59
Informativo
REDE PRÓPRIA
CORUMBÁ RECEBE O 10° HOSPITAL CASSEMS EM 2018 A Cassems reuniu no dia 23 de fevereiro, no município de Corumbá, mais de sessenta médicos, para uma reunião de apresentação da décima unidade hospitalar da entidade. A inauguração da décima unidade hospitalar da Cassems está prevista para este ano. De acordo com o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, essa aproximação com a classe médica é importantíssima, pois eles são fundamentais no processo que visa garantir que o Hospital Cassems de Corumbá seja um sucesso. “Estamos muito contentes com o retorno dos médicos que prontamente atenderam ao nosso convite e se fizeram presentes nesse bate-papo sobre a estrutura que a nossa unidade hospitalar vai oferecer. Foi um momento rico de debate para que possamos tirar todas as dúvidas dos nossos parceiros, que são uma peça-chave na engrenagem para que o hospital ofereça um atendimento de qualidade para os mais de 10 mil beneficiários que temos na região”, disse. Para o presidente da associação médica, Manoel João da Costa Oliveira, essa obra é de suma importância para o município. “A reunião conosco foi excelente. Como médicos, parte importante desse projeto, conseguimos entender bem qual será a estrutura que teremos para trabalhar, estamos muito felizes em ter um Hospital desta complexidade na nossa Corumbá e faremos de tudo para dar o melhor atendimento aos pacientes que vão usufruir desse espaço”, disse. Já o secretário de Saúde do município, Rogério dos Santos Leite, reafirmou a parceria do poder público para que o Hospital Cassems de Corumbá seja referência em saúde de qualidade para os corumbaenses. “Com certeza esse é um empreendimento em que estamos acreditando, sabemos que será um diferencial em nossa cidade e parabenizamos a direção da Cassems por essa iniciativa tão importante. Já fizemos o compromisso de asfaltar as ruas da unidade hospitalar”, disse. Os diretores da Cassems Flávio Stival, responsável pelas unidades hospitalares da Cassems, e Maria Auxilidadora Budib, diretora de Assistência à Saúde da Caixa dos Servidores, também participaram da agenda com os médicos em Corumbá. Visita técnica No dia 24, os médicos, acompanhados da direção da Cassems, visitaram a obra do Hospital Cassems de Corumbá e conheceram os 3,2 mil m², que estão em fase final de construção. A unidade se encontra no bairro Popular Velha, área de fácil acesso para a população residente tanto em Corumbá, como em Ladário. Na ocasião, o prefeito do município, Marcelo Iunes, esteve presente e também ressaltou a importância da unidade hospitalar não só para os servidores públicos, mas para toda a população. “Para nós o Hospital Cassems de Corumbá será um grande empreendimento, possibilitando acesso à saúde de qualidade aos corumbaenses, aliviando a nossa Santa Casa e gerando
60 //
emprego e renda. Com certeza a prefeitura municipal é parceira desse projeto que está prestes a se tornar realidade e foi muito bom estar com o Ricardo Ayache e sua diretoria nessas agendas que reforçam para os profissionais de saúde o quanto eles são importantes nesse processo”, enfatiza. O hospital terá 35 leitos, 3 salas cirúrgicas, pronto atendimento 24 horas, além de três recepções uma para o Centro de Diagnóstico, outra para o PA e ainda uma que atenderá o Centro de Especialidades Médicas e a Unidade Regional da Cassems, que será integrada ao prédio com a parte administrativa—, 5 consultórios ambulatoriais e 2 consultórios odontológicos. Contará, ainda, com Centro de Diagnóstico equipado com ressonância magnética, tomografia, raios X digital, mamografia, densitometria óssea, duas salas de ultrassonografia, laboratório de análises clínicas e Centro de Especialidades Médicas. A pedra fundamental do Hospital Cassems foi lançada em 2016, quando o poder público doou uma área de 5,5 mil m², cedida pela União, numa parceria firmada entre a Prefeitura Municipal de Corumbá e a Caixa de Assistência. Atualmente a obra emprega 52 pessoas da região de Corumbá e Ladário. Interiorização do Atendimento – Rede Própria Cassems. A interiorização da saúde sempre esteve entre os principais objetivos da diretoria da Cassems e o primeiro hospital da Caixa dos Servidores foi construído em Dourados, em 2004, depois vieram os de Nova Andradina, Ponta Porã, Aquidauana, Paranaíba, Naviraí, Três Lagoas, Coxim e Campo Grande. O 10° Hospital da Cassems proporcionará atendimento para 10 mil beneficiários do plano de saúde que residem em Corumbá e Ladário.
61
Informativo HOSPITAL CASSEMS DE CAMPO GRANDE REALIZA CIRURGIA PIONEIRA DE EXTRAÇÃO DE TUMOR ÓSSEO Aos 20 anos, no auge da juventude e ainda curtindo a vida de recém-casado, Cleyton Miranda Costa descobriu um tumor cancerígeno no joelho direito. A notícia caiu como uma bomba na família e preocupou profundamente o avô de Cleyton, o “seu” Ramão Miranda, que na época tinha 75 anos. Muito simpático e alegre, o avô do rapaz explica que a família já sofreu muito por causa da doença e que havia perdido dois irmãos, em outras ocasiões, em razão do câncer. “Essa doença não deixa a minha família em paz. Sofri muito quando soube que meu neto estava com esse tumor, mas nunca perdi a esperança de ver ele curado”, enfatiza, com os olhos marejados. O caminho em busca da cura tem sido longo e árduo. Durante dois anos, Cleyton fez tratamento quimioterápico, mas o tumor só aumentava e o prognóstico não era dos melho-
res. “Fomos a vários médicos e eles só me diziam que a única saída era amputar minha perna e eu não queria isso. Fui protelando a cirurgia. Eu não queria perder a minha vida”, conta Cleyton. Em meio às dores e após alguns períodos sem nem poder andar, Clayton e a mãe, Elizabet Miranda, viram uma reportagem sobre uma cirurgia complexa, realizada há quatro anos em um paciente de 80 anos, que utilizava nitrogênio líquido para matar as células cancerígenas. A família, então, procurou o médico responsável por realizar essa técnica e foi feito o planejamento de como a cirurgia seria realizada. “O médico nos explicou tudo o que seria necessário. Como sou funcionária pública, solicitamos o material para a Cassems, que disponibilizou o que fosse necessário caso houvesse qualquer problema e fosse preciso chegar ao
extremo, que era a amputação”, explica a mãe do rapaz. Ressecção de tumor ósseo é o nome do procedimento realizado pelos médicos ortopedistas Rodrigo Laraya e Adriano Souza, no Hospital Cassems de Campo Grande. A cirurgia, que demora em média de quatro a seis horas, é pioneira em Mato Grosso do Sul e foi realizada pela primeira vez na unidade hospitalar da Cassems, na Capital. Assim como o nome, o procedimento também é complexo e cheio de etapas para que o paciente não tenha o risco de ter a perna amputada. A técnica, desenvolvida no Japão, consiste em retirar um pedaço do osso, onde o tumor está alojado, e mergulhá-lo em nitrogênio líquido com temperatura de -195,8cº graus negativos, para que o tumor seja queimado no gelo, matando as células doentes.
CONSULTORIA REALIZA TREINAMENTO PARA PREVENÇÃO DE LESÕES DE PELE NO HCCG Iniciado em junho de 2017, o processo de implantação dos protocolos de prevenção e tratamento de lesões de pele já está em sua fase final e as equipes de enfermagem do Hospital Cassems de Campo Grande estão sendo treinadas para a padronização e aplicação correta de todas as ações exigidas pelo Programa de Segurança do Paciente. O próximo passo, após a capacitação da equipe, será a criação de uma comissão de pele, coordenada por enfermeiros de referência do próprio hospital. A comissão terá a responsabilidade de avaliar o paciente já na sua chegada ao pronto
62 //
atendimento, realizar os processos pertinentes aos cuidados com os curativos em lesões que exigem um longo período de tratamento, orientar os pacientes e acompanhar a evolução da cura, sistematizando a assistência em saúde e contribuindo para aumentar a segurança do paciente ao evitar infecções. Coordenadora da Comissão de Pele e gerente do Ambulatório de Feridas do Hospital Regional de Campo Grande, a enfermeira Juliana Corrente, que atua no HCCG como consultora para a implantação dos protocolos, explica que os estudos, os treinamentos e implantação de
ações sistematizadas e padronizadas visam criar uma cultura de avaliação holística do paciente, buscando sucesso nos tratamentos. “Para a adoção dessas novas práticas, a equipe de enfermagem precisa avaliar o paciente como um todo, desde o seu estado físico, psicológico, espiritual e até social. Isso é humanizar o atendimento, porque ajuda o paciente a aceitar o tratamento, mesmo que seja muito longo. Essas práticas também contribuem para que o paciente seja desospitalizado de forma precoce, evitando possíveis infecções que pioram o quadro de saúde”, finaliza.
63
Informativo PLANTÃO DA ALEGRIA COMEMORA DIA DO PACIENTE COM ATENÇÃO E CARINHO
Emília, Minnie e a palhaça Pipoca, integrantes do Plantão da Alegria, visitaram, em 16 janeiro, todos os pacientes internados na unidade hospitalar e levaram sorrisos, atenção e carinho em homenagem ao Dia do Paciente, comemorado em 14 de janeiro. Além de um papo descontraído com adultos e crianças, o Plantão da Alegria distribuiu um marcador de livro como forma de expressar solidariedade em um momento de extrema fragilidade. “É muito importante que a pessoa seja
64 //
lembrada, não apenas como paciente, mas como ser humano”, explica Renata Queiroz, integrante do Plantão da Alegria, projeto desenvolvido voluntariamente por colaboradores do Hospital Cassems de Campo Grande. Neusa Alves Brito é professora. Moradora do município de Rio Verde, ela ficou surpresa ao receber a visita descontraída dos personagens. Logo o sorriso dela apareceu e, por alguns momentos, ela esqueceu da própria dor: “Isso é muito bom, melhora a nossa autoestima e,
com certeza, ajuda no tratamento. Estou mais feliz agora”, conta. Com sorriso simpático, a professora aposentada Elza Marilena Lima, 73, pediu para que a acompanhante dela filmasse e fotografasse a visita para enviar as imagens para os filhos e lembrá-los dos personagens que fizeram parte da infância deles. “Tem dia para tudo né? O Dia do Paciente é uma grande novidade para mim, mas me animou 100%, obrigada”, comentou, agradecida, ao se despedir.
O seu tempo é especial para nós
Em cada fase da vida, o tempo passa de uma forma diferente. Por isso, o Laboratório Bioclínico está sempre perto de você, com 17 unidades em Campo Grande que trabalham no seu tempo, pois sabemos que são os bons momentos que valem a pena. Unidade Central
Unidade Mato Grosso
Unidade Tamandaré
Unidade Bandeirantes
Unidade 25 de Dezembro
Unidade Afonso Pena
Rua Padre João Crippa, 1018 Centro - Campo Grande - MS Tel. (67) 3317-2050
Av. Mato Grosso, 1369 Centro - Campo Grande - MS Tel. (67) 3317-2072 / 3029-6521
Rua Gal. Nepomuceno Costa, 636 Planalto - Campo Grande - MS Tel. (67) 3314-7088 / 3027-6521
Av. Bandeirantes, 2093 V. Bandeirantes - Campo Grande - MS Tel. (67) 3027-1765
Rua 25 de dezembro, 670 Centro - Campo Grande - MS Tel. (67) 3382-0064
Av. Afonso Pena, 1530 Centro - Campo Grande - MS Tel. (67) 3025-8100 NOVA
Unidade Marechal Rondon
Unidade Morena
Unidade Jd. dos Estados
Unidade Executiva
Unidade Cachoeira
Rua Marechal Rondon, 1864 Centro - Campo Grande - MS Tel. (67) 3317-2073 / 3028-6521
Av. Eduardo Elias Zahran, 1687 São Bento - Campo Grande - MS Tel. (67) 3317-2085 / 3317-2086
Av. Mato Grosso, 2614 Jd. dos Estados - Campo Grande - MS Tel. (67) 3317-2080
Rua Padre João Crippa, 966 Centro - Campo Grande - MS Tel. (67) 3317-2050
Av. Ricardo Brandão, 1595 Chácara Cachoeira - Campo Grande - MS Tel. (67) 3204-0775
Dr. Tatsuya Sakuma Farmacêutico CRF 106/73
O laboratório da sua vida. CADASTRO VIA WHATSAPP
RESULTADOS POR SMS
ENTREGA E COLETA POR DRIVE-THRU
CENTRAL DE ATENDIMENTO | 67 3317.2050 65 www.bioclinicoms.com.br
Informativo HOSPITAL CASSEMS DE CG CRIA OPORTUNIDADE DE REENCONTROS E PALAVRAS DE AMOR PARA PACIENTES INTERNADOS
Joana Balduino dos Santos está internada há duas semanas e veio de Dourados para Campo Grande para fazer uma cirurgia no coração. Aos 78 anos, pela primeira vez ficou longe da família durante as festas de fim de ano. A fragilidade da saúde, aliada à internação que se prolongará até depois do Natal e Ano-Novo, a fez refletir sobre as dificuldades na hora de conversar com a irmã mais nova, Marina, que mora em Jundiaí, interior de São Paulo. “Normalmente conversamos por telefone, mas a comunicação fica um pouco mais complicada porque estou longe de casa e internada”. Com forma de minimizar esse sentimento de angústia, a coordenadora do projeto A Literatura Cura, Raquel Anderson, resolveu visitar cada paciente internado no Hospital Cassems de Campo Grande e oferecer ajuda para escrever
66 //
uma carta para os parentes e amigos que estão distantes ou que, por algum motivo, se afastaram e deixaram de se comunicar. Em uma semana, ela escreveu 24 cartas ditadas pelos pacientes. Foram declarações, pedidos de perdão, avisos de que está tudo bem e desejos de reencontros por tanto tempo deixados para depois. Dona Joana foi uma das pacientes que participaram da ação. Nem mesmo os obstáculos para conversar com mais frequência com Marina tiraram dela a vontade de tranquilizar a irmã mais nova a respeito de sua saúde, fazendo com que agarrasse a oportunidade de enviar uma carta, que em breve chegará às mãos de Marina, lá no interior de São Paulo. Com muito otimismo, ela conta que está bem e que é muito bem tratada por toda a equipe médica e de enfer-
magem do hospital. “Eu imaginava que ficaríamos todos juntos e já estávamos planejando isso. Não deu certo”, lamenta e, em seguida, completa: “Mas estou feliz porque estou viva e, assim como eu tive a felicidade de escrever essa carta, ela também vai receber a minha carta com muita alegria no coração”. Para Raquel, quando os problemas de saúde surgem, a necessidade de tratamento hospitalar prolongado e internação, num período em que amigos e familiares se reúnem para confraternizar, provoca um sentimento de extrema fragilidade, insegurança e tristeza. “É nesses momentos que o ser humano busca o amor, o perdão, a paz de espírito. É isso que gera uma reflexão profunda e uma vontade de mudar algo, ter a oportunidade de recomeçar relacionamentos que são importantes para a vida e se reaproximar das pessoas amadas”. A diretora-técnica do Hospital Cassems de Campo Grande, Priscilla Alexandrino, considera que ações desse tipo produzem grandes resultados na melhora de pacientes internados. “Um hospital é um ambiente frio, por isso, quando o paciente se sente acolhido ou mais próximo de seus entes queridos, os sentimentos de ansiedade e medo são reduzidos e isso ajuda muito no tratamento”. E para entregar as cartas, Raquel buscou apoio dos Correios. Sensibilizada pela proposta, como contribuição, a empresa entregará as cartas de graça, em qualquer lugar do País para onde elas foram endereçadas. Carteiro há 32 anos, Ailton Roberto, recebeu em mãos todas as cartas. Colou os selos e garantiu que cada uma será entregue com muito amor e carinho. “Cada cartinha se torna uma jóia para nós e vamos cuidar para que elas cheguem ao destino delas, como se estivéssemos mandando para os nossos próprios entes queridos”, finaliza.
67
Foto Divulgação Aspra-MS
Gestão Participativa
FORTALECENDO A
COLETIVIDADE A Cassems possui uma gestão participativa e prioriza o compartilhamento de ideias e planos. Nesta edição, convida um dos fundadores da Associação de Praças da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (Aspra-MS), Rafael Ribeiro Soares, a expor o trabalho da entidade e sua visão sobre a Caixa dos Servidores.
Nascido em 30 de janeiro de 1987, em Campo Grande, Rafael Ribeiro Soares é um dos fundadores da Associação de Praças da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (Aspra-MS), em que, atualmente, é porta-voz da instituição. Ingressou na corporação da Polícia Militar do estado como soldado, em 2008, sendo promovido a cabo em 2014. Sua atuação política teve início com a sua carreira militar, trabalhando nas causas e reivindicações e participando de diversas mobilizações em prol de melhorias para a categoria. Com formação em Direito e pós-graduado em Direito Público, com ênfase em Gestão Pública e também Educador em Direitos Humanos, esteve envolvido com os movimentos estudantis durante seu período acadêmico. Tornou-se diretor, em 2011 e, posteriormente, presidente do Diretório Acadêmico Clóvis Bevilácqua (Dacoble), da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), local em que também desempenhou uma forte atuação política na representatividade dos alunos de Direito da instituição. Com relação a fundação da ASPRA-MS, Rafael explica que a iniciativa surgiu em maio de 2014, tendo como base suas experiências vivenciadas na universidade e também devido ao questionamento das práticas realizadas pelos dirigentes e representantes de classe da Polícia e do Bombeiros Militares
68 //
de MS, juntamente de um grupo de amigos, decidiu reformular Associação das Esposas e Dependentes dos Policiais Militares, que, naquele momento, encontrava-se inativa, dando início, assim, à criação da Aspra-MS, cujo o seu funcionamento efetivo se deu no fim de 2015. “A iniciativa de criar a Aspra-MS surgiu do anseio de participar dos debates de ideias nos movimentos da categoria, o que era algo complexo, pois, existe uma pluralidade de entidades de classe representando nosso seguimento e queríamos unificar os integrantes de uma única carreira, proporcionando um debate mais amplo e despertando as pessoas para o fato de que precisávamos nos unir para atingir nossos objetivos, melhorando, assim, a nossa carreira dos praças e também as nossas condições de trabalho,” explica Rafael. Em dois anos de atuação efetiva, a Aspra-MS é a entidade de classe da PM e BM que mais cresceu no Estado, contando hoje com cerca de 500 associados, um crescimento de 300% em 2017. Esse resultado só foi possível graças ao trabalho incansável para promover ações sociais, mediar o diálogo entre a categoria e o governo e também com instituições como a Cassems, um plano de saúde, cujo o trabalho foi construído e é gerido pelos próprios servidores e do qual todos se orgulham em fazer parte. Afinal, este é um dos maiores planos de saúde de autogestão do País, que é referência no Estado em atendimento e qualidade e que está ampliando suas instalações para o interior de Mato Grosso do Sul.
69
Expediente CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Ricardo Ayache 1º Vice-presidente Ademir Cerri 2º Vice-presidente Alexandre Junior Costa MEMBROS TITULARES Alexandre Barbosa da Silva, Roberto Magno Botareli Cesar, Priscila Lemos Wormsbecher, Edmar Soares da Silva, Lauro Sérgio Davi, Lilian Olivia Aparecida Fernandes, Robelsi Pereira SUPLENTES Darlene Pereira Mendes, Elcio Oliveira Bastos, José Remijo Perecin, Giancarlo Corrêa Miranda, Thiago Mônaco Marques CONSELHO FISCAL MEMBROS TITULARES Cláudio Mário Salvador Menezes de Souza, Geraldo Celestino de Carvalho, Fabiano Reis de Oliveira, Lucilio Souza Nobre, Wilson Xavier Paiva, Angelo Montanher Neto, Marcus Vinicius Freitas Moraes (representante do Governo do Estado) SUPLENTES André Luiz Garcia Santiago, Ricardo Alexandre Corrêa Bueno, Wilds Ovando Pereira, Diego Fernando de Arruda, Adriana Oliveira Araújo (suplente representante do Governo do Estado) GESTÃO EXECUTIVA Presidente Ricardo Ayache Diretoria de Assistência à Saúde Maria Auxiliadora Budib Diretoria de Unidades Hospitalares Flávio Stival Diretoria de Assistência Odontológica Denise Garcia Sakae Diretoria de Finanças Maria Antônia Rodrigues Diretoria de Clientes Jucli T. Stefanello Peruzo Diretoria Jurídica Cleber Tejada de Almeida Diretoria de Projetos e Processos Organizacionais Celciliana Barros de Moura GERÊNCIAS REGIONAIS Aquidauana Ana Maria Mendes Machado Campo Grande Sonilza de S. Lima Corumbá Rosana Lídia da S. Pereira Coxim Ezequiel de Azevedo Dourados Vera Lúcia de Lima Jardim Odete Aquino Vareiro Naviraí João Inácio de Farias Nova Andradina Ivone Ramos Pereira Paranaíba Valéria Lucena Matos Pereira Ponta Porã Selma Dias Gonçalves Três Lagoas Aelton Manoel A. de Oliveira GERÊNCIAS HOSPITALARES Aquidauana Júlio Antônio Rossi Campo Grande Carlos Eduardo Badin Guizado Coxim Paulo Souza Dourados Jean Davi Rodrigues Naviraí Maria Inês Vidotto Nova Andradina Eliezer Branquinho Paranaíba Soraya Rita E. de Lima Ponta Porã Sônia Cintas Três Lagoas Efrain Gomes ASSESSORIAS Presidência Adriana Georges Sleiman Comunicação Ariane Martins Comunicação da Rede Hospitalar Karina Vilas Boas Interior Sonilza S. de Lima Contabilidade AT Contábil Assessoria em Contabilidade Auditoria Independente Ascoplan TI Oxxy / Strategy OUVIDORIA Cecília D. Jeronymo Serra
CONSELHO EDITORIAL Presidente Ricardo Ayache Representante da Saúde Maria Auxiliadora Budib Representante do Conselho de Administração Ricardo Ayache Representante do Conselho Fiscal Lucílio Souza Nobre Representante de Comunicação Ariane Martins Coordenação-Geral da Revista Viver Cassems Ariane Martins GERÊNCIA Gerente de Riscos e Controle Samuel Dias Gerente Administrativo Financeiro Samir Santos Gerente de Recursos Humanos Luciano Coppini Gerente de TI Raphael Domingos Barbosa Gerente Administrativa de Assistência à Saúde Tatiane Alves de Andrade Gerente de Assistência à Saúde Vera Lucia Matos Gerente de Riscos e Controle Samuel Dias Projeto Gráfico Diniz Ação em Marketing Diagramação e Produção DNZ Editora e Eventos Comercial Gabriela Galante E-mail gabiigalante@gmail.com Telefone Comercial (67) 3304-8505 / 9 8116-3850 Fotos Assessoria Cassems, Ernesto Franco, Alexis Prappas, Marcos Vollkopf, Messias Ferreira Jornalistas Gustavo de Deus (MTB/MS 898), Ariane Martins (MTB/MS 513), Mikaele Teodoro, Karina Vilas Boas e Miriam Ibanhês Colaborou Cidiana Pellegrin, Natalia Gonçalves e Clarissa de Faria Revisão Ana Heck e Amanda Denise E-mail comunicacao@cassems.com.br Telefone da Redação (67) 3309-5365 Tiragem 70.000 exemplares
70 //
Os anúncios da revista Viver Cassems independem da rede credenciada.
A nossa
loja virtual
chegou!
A primeira compra tem 10% de desconto
www.pharmacenter.com.br emagrecedores cosméticos naturais chásmanipulados fotoprotetores
suplementos
Entrega GRÁTIS em Campo Grande Campo Grande Rua 7 de Setembro, 870 3383 7700 | 9 9833 7819 Aquidauana Rua Teodoro Rondon, 659 3241 3041 | 9675 4524
Anastácio Av. da Integração, 864 3245 3041 | 9211 4330
71
Orgulho Cassems
O QUE OS OLHOS NÃO VEEM
O CORAÇÃO SENTE, SIM! Conheça o trabalho de Claudio Benites, policial militar e coordenador do projeto Esportes de Aventura para Pessoas com Deficiência Visual Texto Mikaele Teodoro | Foto Messias Ferreira
“Certo dia, eu e um grupo de amigos resolvemos sair da rotina e fazer um rapel noturno. Marcamos nossa aventura para depois da última aula da noite e, por volta das 23h, fomos em direção à Cachoeira do Inferninho. Munidos de todos os equipamentos, algumas lanternas, um lampião e com muita ousadia, realizamos o que foi para mim o start para pensamentos que me trouxeram até o presente momento. O lugar estava tão escuro que apagamos as poucas luzes que havíamos levado e ficamos envolvidos na escuridão total. Era como se eu fosse completamente cego. Só conseguia ouvir o barulho dos meus colegas balbuciando e, ao fundo, o barulho das águas que corriam a nossa frente e se lançavam cachoeira abaixo, para, depois de uma queda de aproximadamente 30 metros, chocar-se com as rochas, produzindo um som estrondoso. Uma sensação que eu
72 //
jamais vou esquecer. Enquanto eu descia a cachoeira, cada movimento, cada nova rocha em que eu colocava os pés, cada pingo d’água, ou melhor, cada tromba d’água que se chocava contra minha cabeça e o meu rosto me faziam imaginar como seria se uma pessoa com deficiência visual estive ali comigo? Será que as suas sensações seriam as mesmas?” Esse é o relato de Claudio Benites, 37 anos, que deu início ao projeto Esportes de Aventura para Pessoas com Deficiência Visual, desenvolvido em Campo Grande desde 2015. Claudio é policial militar e praticante de esportes radicais há muitos anos. Desde a noite acima relatada, ocorrida em 2002, ele decidiu fazer de sua paixão, os esportes radicais, uma maneira de possibilitar que pessoas com necessidades especiais tenham garantidos seus direitos constitucionais, entre eles o
73
Orgulho Cassems
74 //
direito ao lazer. O assunto virou o tema de seu trabalho de conclusão de curso na graduação de Educação Física e hoje é fonte de alegria para centenas de pessoas com necessidades especiais, como cadeirantes, amputados e com síndrome de Down. Segundo dados do IBGE, são mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de necessidade específica. Em Campo Grande, esse número chega a 224.392 pessoas, dessas, 130.334 possuem algum tipo de deficiência visual. Isso corresponde a 16,5% da população campo-grandense. Apesar de garantido pela Constituição, o direito ao lazer esbarra no estigma de incapacidade da pessoa com necessidades especiais. A oferta de esportes de aventura ou turismo de aventura para esse público é um exemplo comum. São poucas as empresas que oferecem atividades para essas pessoas. Mais que isso, são poucas as empresas que possuem qualificação profissional para lidar com esse público, que não é pequeno no Brasil e em todo o mundo.
Pensando nisso, Claudio iniciou as atividades prezando, principalmente, pela parceria com as empresas especializadas nesse tipo de esporte aqui no Estado. “O projeto começou oferecendo o rapel, em parceria com a Trilha Extrema Turismo de Aventura, como atividade principal, mas, durante a pesquisa, foi possível apresentar aos deficientes visuais participantes o slackline e a escalada, esta em parceria com Zion Escala. Depois veio a parceria com a Pantanal Paraquedismo, que ofereceu saltos de bungee jump e saltos de paraquedas para o Valdir Lustosa e a Josiane Pereira (que aparecem nas fotos). Hoje, já realizamos diversos eventos com a participação de outras pessoas, inclusive, com outros tipos de deficiência”, explica o policial, “criado solto” em um pequeno vilarejo no meio do Pantanal, chamado Forte Coimbra. Claudio explica que os primeiros participantes do projeto foram frequentadores do Instituto Sul Matogrossense para Cegos Florivaldo Vargas, Ismac. Depois, vieram novos pedidos de grupos como o Eficientes Sem Limites, que
“A MAIOR GRATIFICAÇÃO É VER O SORRISO NO ROSTO DE CADA PARTICIPANTE AO FINAL DE CADA DESAFIO.”
75
Orgulho Cassems têm interesse por atividade de aventura, e o de Thiago Constantino, treinador de paracanoagem do Estado. Em todas as ações, a satisfação e a alegria em proporcionar essa experiência aos grupos são enormes. “Sem dúvida, a maior gratificação é ver o sorriso no rosto de cada participante ao fim de cada desafio. Já participaram de atividades conosco pessoas que sonharam a vida toda com esses esportes, mas nunca tiveram a chance de praticá-los, e que, após o surgimento da deficiência, tiveram esse sonho praticamente enterrado”, conta Claudio, ao mencionar o exemplo de Valdir Lustosa, que sempre desejou saltar de paraquedas. Após ter ficado cego, ele achava que nunca poderia realizar esse sonho e acabou tornando-se o primeiro deficiente visual de Mato Grosso do Sul a saltar nos céus de Campo Grande. “Imagina o tamanho do sorriso dele ao chegar ao chão após o salto. É ou não é gratificante?”, finaliza Claudio, beneficiário e, por este e muitos outros motivos, nosso Orgulho Cassems. Interessados em ajudar o projeto podem entrar em contato pelo telefone (67) 99112-9028.
76 //
“JÁ PARTICIPARAM DE ATIVIDADES CONOSCO PESSOAS QUE SONHARAM A VIDA TODA COM ESSES ESPORTES, MAS NUNCA TIVERAM A CHANCE DE PRATICÁ-LOS”
77
ONDE ENCONTRAR ATENDIMENTO CASSEMS NO ESTADO Hospitais Cassems Campo Grande Avenida Mato Grosso, 5151 (67) 3323-0330 Aquidauana Rua José Bonifário, 115 (67) 3241-7429 / 3904-2752 Coxim Rua Virgínia Ferreira, 2415 (67) 3291-7603 / 3291-3269 Dourados Rua Oliveira Marques, 2771 (67) 3411-9595 / 3410-0000 Naviraí Av. Dourados, 1425 (67) 3461-2200 Nova Andradina Rua Walter Hubacher, 748 (67) 3441-2444 Paranaíba Rua Coronel Carlos, 1175 (67) 3668-2171 Ponta Porã Rua Guia Lopes, 1785 (67) 3431-4907 Três Lagoas Rua Bruno Garcia, 2330 (67) 3521-2871
Programas de Prevenção Pronutri Campo Grande (67) 3382-8584 Pronutri Dourados (67) 3033-8350 Centro de Prevenção em Saúde (67) 3382-4907 / 8584 Pronutri (67) 3321-0363 Viva Saúde (67) 3352-8024 Odontologia para Bebês (67) 3314-1075 Eu me Amo, Eu me Cuido (67) 3309-5381 Casal Grávido (67) 3309-5381 Ônibus da Saúde (67) 3309-5381 Dia M (67) 3309-5381
Benefícios Cassems Farmácia OAB (67) 3318-4813 Cartão de Benefícios (67) 3309-5333 Benefício Póstumo 0800-7351585 (Grupo Lírios) (67) 3042-8774 (Nipo Brasileira) Central de Atendimento - 24h (67) 3314-1010 Ouvidoria (67) 3309-5380 Clínica da Família Rua 25 de Dezembro, 1231 - Campo Grande Centro Médico e de Diagnóstico Avançado Rua Príncipe Ranier, 84 Campo Grande (67) 3056-9900/3056-9801/30569802 Centro de Atenção Psicossocial Rua São Paulo, 68 - Campo Grande (67) 3384-6344 Unidade de Saúde Carandá Bosque Rua Boipeva, 184 - Carandá Bosque (67) 3312-2101/3312-2102
78 //
Regionais A Aquidauana R. Manoel Antônio Paes de Barros, 540, Centro. 79200-000. (67) 3241-3226 C Campo Grande R. Antônio Maria Coelho, 6065. 79002-200. (67) 3314-1062 Corumbá R. Luiz Feitosa Rodrigues, 886, Jd. Aeroporto. 79300-000. (67) 3231-2385 / Fax (67) 3231-0473 Coxim Av. Gal. Mendes Morais, s/nº. 79400-000. (67) 3291-3853 / Fax (67) 3291-1101 D Dourados Av. Mato Grosso, 1470. 79810-110. (67) 3410-0089 / Fax (67) 3410-0000 J Jardim R. Ten. Hernani de Gusmão, 305. 79240-000. (67) 3251-1811 / Fax (67) 3251-4107 N Naviraí Av. Dourado, 569. 79950-000. (67) 3461-1405 / Fax (67) 3461-5153 Nova Andradina R. Elizabete Rubiano, s/nº. 79750-000. (67) 3441-1415 P Paranaíba R. Barão do Rio Branco, 1425. 79500-000. (67) 3669-4044 Ponta Porã R. Coronel Camisão, 1785. 79900-000. (67) 34314347 T Três Lagoas R. Marcílio Dias, 318. 79601-020. (67) 3521-9046.
Locais A Água Clara R. Idalina Guarini da Silva, 60. 79680-000. (67) 3239-2431 Alcinópolis R. Maria Barbosa Carneiro, 640. 79530-000. (67) 3260-1661 Amambai R. Pedro Manvailer, 3071. 79990-000. (67) 3481-1422 Anastácio R. Padre Patrício, 1520. 79210-000. (67) 3245-1942 Anaurilândia Av. Brasil, 1177. 79770-000. (67) 3445-1629 Angélica R. Antônio Basílio de Lima, 109. 79785-000. (67) 3446-1113 Antônio João R. Vereador Arthur de Oliveira, 325. 79910-000. (67) 3435-1986 Aparecida do Taboado R. Duque de Caxias, 3970. 79570-000. (67) 3565-5190 Aral Moreira R. 31 de Março, 810. 79930-000. (67) 3488-1112 B Bandeirantes R. Francisco Antonio de Souza, 2616. 79430-000. (67) 3261-1600 Bataguassu Av. Coxim, 61. 79780-000. (67) 3541-2362 Batayporã Av. Brasil, 1453. 79760-000. (67) 3443-1561 Bela Vista R. Duque de Caxias, 1013. 79260-000. (67) 3439-4353 Bodoquena R. Yossio Okaneko, 499. 79390-000. (67) 3268-1581 Bonito R. Senador Filinto Muller, 630. 79290-000. (67) 3255-2134 Brasilândia Av. São José, 457, Centro. 79670-000. (67) 3546-1344 C Caarapó Av. Duque de Caxias, 421, Sala 07. 79940000. (67) 3453-3323 Camapuã R. Cuiabá, 346. 79420-000. (67) 3286-3640 Cassilândia R. Dr. Manoel Thomaz da Silva, 257. 79540-000. (67) 3596-1516 Chapadão do Sul Av. Oito, 800, Sala 06. 79560-000. (67) 3562-1050 Corguinho R. Marechal Deodoro, 173. 79460-000. (67) 3250-1501 Coronel Sapucaia R. Teixeira de Freitas, 268. 79995-000. (67) 3483-2145 Costa Rica R. José Pereira da Silva, 792. 79550000. (67) 3247-2205 D Deodápolis R. Paraná, 503, Caixa Postal 190. 79790-000. (67) 3448-2187 Dois Irmãos do Buriti R. Ponta Porã, 304. 79215-000. (67) 3243-1387 Douradina Av. Presidente Dutra, s/nº. 79880-000. (67) 3412-1028 E Eldorado Av. Brasil, 986. 79970-000. (67) 3473-2587 F Fátima do Sul Rua Celcio Joaquim de Barros, 1456, Centro. 79700-000. (67) 3467-1403 Figueirão Av. Moisés de Araújo Galvão, 1012. 79422-000. (67) 3274-1534 G Glória de Dourados R. Projetada, s/nº. 79730-000. (67) 3466-1177 Guia Lopes da Laguna R. Victor Francisco Bertola, 122. 79230-000. (67) 3269-1600 I Iguatemi Av. Jardelino José Moreira, 2649. 79960-000. (67) 3471-2093 Inocência R. Duca Valadão, 881, Caixa Postal 8. 79580-000. (67) 3574-1377 / 67 3574-2214 Itaporã Av. São José, 693. 79740-000. (67) 3451-2579 Itaquiraí Av. Getúlio Vargas, 636. 79965-000. (67) 3476-1297 Ivinhema Av. Panamá, 389. 79740-000. (67) 3442-1499 J Jaraguari R. José Serafim Ribeiro, 270. 79440-000. (67) 3285-1002 Jateí R. Miguel Lopes Falheiros, 188. 79720-000. (67) 3465-1211 Juti Av. Sérgio Maciel, 1245. 79950000. (67) 3463-1666 L Laguna Carapã Rua Napoleão Santiago, 556. (67) 9613-6040 M Maracaju Rua Gonçalves Dias, 867, Sala 3, Bairro Paraguai. 79150-000. (67) 3454-3476 Miranda R. Barão do Rio Branco, 468. 79380-000. (67) 3242-1777 Mundo Novo Av. Juscelino Kubitschek, 883, Sala 03. 79980-000. (67) 3474-1892 N Nioaque Av. General Klinger, 2649. 79220-000. (67) 3236-2391 Nova Alvorada do Sul R. Manoel Antunes Lopes, 918. 79140-000. (67) 3456-2483 P Paranhos R. Dr. João Ponci de Arruda, 2130. 79925-000. (67) 3480-1794 Pedro Gomes R. Espírito Santo, 611. 79410-000. (67) 3230-1072 Porto Murtinho R. Dr. Costa Marques, 451. 79280-000. (67) 3287-1061 R Ribas do Rio Pardo R. Carlos Anconi, 656. 79180-000. (67) 3238-1122 Rio Brilhante R. Julio Siqueira Maia, 1632. 79130-000. (67) 3452-7584 Rio Negro R. Massato Matsubara, 710. 79470-000. (67) 3278-1368 Rio Verde de Mato Grosso R. Santos Dumont, 721, Centro. 79480-000. (67) 3292-2189 Rochedo R. Júlio Honostório de Rezende, 520, Centro. 79450-000. (67) 3289-1572 S Santa Rita do Pardo R. Nicanor Gregório Rodrigues, 941. 79690-000. (67) 3591-1590 São Gabriel do Oeste Rua São Paulo, 1419. 79490-000. (67) 3295-3413 Selvíria R. 24 de Junho, 560. 79590-000. (67) 3579-1440 Sete Quedas R. Monteiro Lobato, 446. 79935-000. (67) 3479-2221 Sidrolândia R. João Marcio Ferreira Terra, 343, São Bento. 79170-000. (67) 3272-1919 Sonora R. das Seriemas, 250. 79415-000. (67) 3254-3280 T Tacuru R. José Carlos de Castro Alexandria, 450. 79975-000. (67) 3478-1086 Taquarussu R. Profª Nair Rodrigues Nogueira, 77. 79765-000. (67) 3444-1405 Terenos R. Ary Coelho de Oliveira, 519. 79190-000. (67) 3246-7481 / Fax (67) 3246-7366 V Vicentina R. Rainha dos Apóstolos, 709. 79710-000. (67) 3468-2104.
79
80 //