Revista Viver Cassems

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ANO 11 • NOVEMBRO 2021 • EDIÇÃO 39 Revista Exemplartrimestral.debeneficiário. Venda proibida. CASSEMS • CAIXA POSTAL 6520 • CEP 79.010-970 • CAMPO GRANDE • MS Diante do atual cenário de pandemia vivido no Brasil, o Ministério da Saúde colocou as grávidas e puérperas no grupo de risco para o coronavírus 36 ENTREVISTA Diretora de Clientes, Jucli Stefanello fala sobre evolução tecnológica na Cassems 46 INFORMATIVO Pela primeira vez em 547 dias, Cassems não tem nenhum paciente internado em hospital de Campo Grande 60 ORGULHO CASSEMS Confira a história de Hugo Roberto da Silva Carneiro, vocalista de uma das bandas de rock mais conhecidas e cultuadas do Estado. 92 OS DESAFIOS E A PREVENÇÃO NAGESTARPANDEMIA:

EDITORIAL EDITORIAL

A Caixa dos Servidores está com a maior e mais completa rede de cuidados. Foi essa rede, com 10 hos pitais e seiscentos leitos, que, na pandemia, acolheu e salvou milhares de vidas. Foi com alta tecnologia, pes quisas e uma grande equipe que a Cassems tornou-se referência no enfrentamento da Covid-19. Foi esten dendo a mão que o plano de saúde levou doses de vacina e proteção até o braço de 60 mil pessoas. No pico dos nossos atendimentos, com 170 in ternações por Covid no Hospital Cassems de Campo Grande, era difícil imaginar o dia em que não teríamos nenhum paciente internado pela doença e, no dia 14 de setembro, nos deparamos pela primeira vez com esse cenário, o que não significa, claro, que a pande mia chegou ao fim. Mas é impossível esconder a emo ção e, mais do que comemorar, queremos reforçar a importância de mantermos rigor na adoção das medi das preventivas. Continue se cuidando e cuidando do outro para que tenhamos esperança de dias melhores para todos Lamentamosnós. pelos que não conseguiram chegar até aqui. É por eles, é por nós, que viver ganhou outro significado. Seguimos trabalhando muito, pois o mun do mostra que o caminho é o da coletividade, da ciên cia, da sustentabilidade e do bem viver. Tudo isso faz parte do nosso DNA. Construímos juntos mais do que um plano de saúde. Construímos uma rede comple ta de cuidados, unindo alta tecnologia e atendimento humanizado.Hoje,colhemos os frutos de um trabalho feito com excelência. Pela quarta vez consecutiva, fomos clas sificados entre as maiores empresas do Brasil, pela revista Exame. Os títulos recebidos pela Cassems no último ano são reflexo das lutas diariamente en frentadas no período da pandemia. O plano de saúde não apenas salvou milhares de vidas, como também aumentou a sua estrutura e aprimorou os seus ser viços, a fim de levar atendimento de qualidade com estrutura de ponta para os servidores do Estado e seus familiares.Seguimos esperançosos, aguardando por dias me lhores, mas não se furtando das responsabilidades trazidas pelo presente. Com vacina, segurança e res peito, vamos fazer juntos um novo começo.

ONDE PULSA A VIDA ONDE HÁ FUTURO,

Ricardo PresidenteAyachedaCassems

TEM CASSEMS. TEM CASSEMS.

INFOPUBLI

CONECTADACASSEMS

Como naqueles dias a cidade passava por um período de pico de transmissão da Covid-19, o pro fessor teve de aguardar algumas horas no Pronto Atendimento até ter a vaga liberada em um quarto, conforme o protocolo seguido pelos profissionais da saúde. “Quando surgiu a vaga, subi para um alo jamento da Enfermaria, no sexto andar, e continuei o tratamento contra a doença”.

CONECTADACASSEMS

Tenda 03 Após uma melhora considerável, com a ajuda da estrutura e do atendimento dos profissionais de saúde da Cassems, o professor teve a sua vaga na Enfermaria liberada para outro paciente e, então, continuou o tratamento em uma tenda, que foi construída enquanto ele estava internado. Os hospitais de campanha são estruturas modernas e equipadas para atender pacientes em situações emergenciais, que ocorrem mais frequentemente nos picos da pandemia de Covid-19. Com o aumento de casos de coronavírus, o Hospital Cassems de Campo Grande criou o seu terceiro hospital de campanha, a chamada Tenda 03, onde Walfrido foi acolhido. “Fui o primeiro paciente a ser alojado neste hospital de campanha, no mesmo dia em que ele foi inaugurado. A qualidade e a atenção no atendimento permaneceram as mesmas, com uma equipe muito dedicada”.

Três dias depois, Walfrido conta que teve piora no quadro e, com falta de ar, buscou novamente a assistência do Hospital Cassems. “Após verificação da saturação do oxigênio no sangue, foi constata da uma média de 86%, considerada baixa. Com a intervenção médica da plantonista, fui levado a utilizar o cateter com oxigênio e fiz os primeiros exames. Então, tive que ser internado para um tra tamento mais seguro, passando por todo um pro tocolo estabelecido pelo hospital”.

CONHEÇA A HISTÓRIA DE CURA DA COVID-19 DE WALFRIDO MACHADO DA SILVA, BENEFICIÁRIO DA CASSEMS A saga de Walfrido, professor da Rede Estadual de Ensino (REE), teve início no dia 14 de março, em um domingo à tarde, quando ele começou a ter peque nas crises de tosse e notou um cansaço constante. “No dia seguinte, busquei atendimento médico em uma Unidade Básica de Saúde e fiz o teste RT-PCR para coronavírus. Então, recebi o resultado positivo”. Com o resultado em mãos e as incertezas acerca de uma doença que assolava e ainda assola todo o mundo, o professor foi até o Hospital Cassems de Campo Grande. “Fui atendido no hospital de cam panha, onde fui consultado e medicado e, então, recebi a orientação de ir para casa, continuar o tra tamento em domicílio”.

Quarto 601, sexto andar Após a internação na Enfermaria, Walfrido conta que percebeu a gravidade da doença que o acometia. “O vírus ameaçava o meu sistema pulmonar e a dose dos medicamentos teve que ser aumentada. Então, permaneci com o cateter de oxigênio que auxiliava na respiração por alguns dias”. No sexto andar, vendo o anoitecer e amanhecer dos dias no Bairro Parque dos Poderes pelas amplas janelas do Hospital Cassems de Campo Grande, o professor passou seis dias internado. “No dia 27 de março, em um sábado, fui retirado do oxigênio, pois estava com a respiração em plena recuperação”.

Relato de experiência Para Walfrido, os depoimentos positivos relacionados aos serviços do Hospital Cassems antes eram algo dis tante. “Hoje, sou testemunha ocular do que vivi e senti nos 11 dias em um tratamento pleno e de pura dedica ção por parte dos profissionais, que empregaram seu tempo e conhecimento para a minha melhora”. Após passar pela experiência da internação, o profes sor carinhosamente diz que o hospital foi como “uma extensão da sua casa”. “Fui acompanhado por diversos profissionais, de todas as áreas. Lembro-me do tra balho honrado dos profissionais da limpeza, que com muito respeito e profissionalismo faziam a higieniza ção do ambiente hospitalar, sempre preocupados com o extermínio da proliferação do vírus”. O beneficiário conta que, enquanto aguardava pela sua total recuperação, acompanhava os noticiários pelo celular. “Eu lia sobre os efeitos da pandemia durante o mês de pico e fiquei triste ao saber que pessoas conhecidas perderam a batalha para essa terrível doença”.

Para garantir o cuidado com a saúde mental, o pro fessor explica que o setor de Psicologia da Casse ms esteve à sua disposição. “O setor da Psicologia acompanhava remotamente a minha esposa e meus dois filhos, que também foram atingidos pelo vírus. Além de dar notícias sobre o meu estado de saúde, orientava para que eles conseguissem pas sar por esse período difícil”. Hoje, o sentimento é de gratidão e esperança de que a pandemia acabe logo. “Agradeço ao corpo clínico, aos técnicos de Enfermagem e enfermeiros que estiveram comigo em todo o processo. Os médicos me trataram com muito respeito, carinho e profissionalismo”. Após ter saído do hospital curado e reencontrado a sua família, Walfrido frisa que carrega consigo lem branças de dias difíceis, mas que neste período ele se sentiu acolhido e foi acompanhado por uma equi pe tecnicamente qualificada e atenciosa. “Jamais vou esquecer dessa estrutura montada por homens e mulheres que deixam as suas famílias em casa todos os dias para nos dar a melhor assistência”.

OCONHEÇAASAANESTESIA INFOPUBLI

Uma trajetória de connança, credibilidade e compromisso com a vida!

10 // EDIÇÃONESTA Bem-estar Entenda os riscos da automedicação 14EDIÇÃONESTA Diante do atual cenário de pandemia vivido no Brasil, o Ministério da Saúde colocou as grávidas e puérperas no grupo de risco para o coronavírus 36 GESTAR PANDEMIA:NA OS DESAFIOS E A PREVENÇÃO

Nutrição Nutricionista da Cassems explica por que devemos tomar cuidado com dietas da internet 26 Entrevista Diretora de Clientes, Jucli Stefanello fala sobre evolução tecnológica na Cassems 46 Saúde infantil Especialistas da Cassems dão dicas de como identificar e conviver com a diabetes 30 Artigo Assembleia Geral On-line: um novo formato, a mesma importância 84 Mitos e verdades

Saúde Cassems Impactos da pandemia na saúde suplementar 52

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Doença de Alzheimer: médica neurologista esclarece dúvidas sobre o assunto 20 Os anúncios da revista Viver Cassems independem da rede credenciada. Informativo Pela primeira vez em 547 dias, Cassems não tem nenhum paciente internado em hospital de Campo Grande 60 Gestão participativa Membro suplente do Conselho Fiscal da Caixa dos Servidores, Marcelo Tabone compartilha sua trajetória de dedicação ao serviço público 88 Orgulho Cassems Confira a história de Hugo Roberto da Silva Carneiro, vocalista de uma das bandas de rock mais conhecidas e cultuadas do Estado. 92

BEM-ESTAR

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A medicação é essencial para o tratamento de doenças, mas deve ser utilizada de maneira correta e de acordo com critérios médicos TEXTO: SantosSarah FOTO: ImagensdeBanco O AUTOMEDICAÇÃOREMÉDIOMELHOR NÃO É

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Automedicação é a prática de utilizar medicamentos sem prescrição médica, para tratamento de uma patologia ou alívio de sintomas. Ocorre quando, por exemplo, um familiar ou amigo indicam um remédio, ou quando o próprio indivíduo busca por uma solução medicamentosa, sem o conhecimento técnico na área da saúde. De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz, os medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil. Conforme uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, em 2019, 77% dos brasileiros afirmaram ter se automedicado. Ainda, 47% da população se automedica ao menos uma vez por mês e 25% fazem isso todo dia ou, pelo menos, uma vez na semana. A prática da automedicação impacta não só a saúde do próprio paciente, como também influencia significativamente os custos da saúde. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os hospitais gastam entre 15% e 20% de seus orçamentos para lidar com as complicações causadas pela automedicação.

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Ainda de acordo com o farmacêutico, no Brasil, o tra tamento por meio da automedicação é visto como algo corriqueiro. “Medicamentos produzem efeitos no organis mo das pessoas, então, devem ser analisados com muito cuidado; os efeitos, avaliados; e as bulas com orientações, lidas atentamente”.

A prática da automedicação traz, também, alto custo financeiro para as unidades de saúde, conforme explica Shinzato. “Um medicamento utilizado de maneira errada, além de não ser eficaz, pode causar mais efeitos colaterais, promover mal-estar à saúde, agravar o quadro clínico e sobrecarregar o tratamento médico, com mais medicamentos”.

DA AUTOMEDICAÇÃO

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O presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Flávio Shinzato, salienta que o uso incorreto de medicamentos pode prejudicar a saúde e, até mesmo, levar à morte o paciente. “O brasileiro, culturalmente, costuma se automedicar de maneira rotineira, ou indicar remédios para outras pessoas. É algo que está aguerrido em nossa tradição e é prejudicial para o bem-estar”.

RISCOS

Ao consumir um medicamento, é necessário ter atenção não apenas na substância, mas também em relação à dose e ao tempo de utilização. Por isso, a orientação de um profissional de saúde é imprescindível, como afirma o farmacêutico. “São muitos aspectos a serem considerados para que o medicamento seja usado de maneira racional, por meio do direcionamento de um especialista”.

PANDÊMICOCENÁRIO

A pandemia da Covid-19 aumentou exponencialmente o cenário da automedicação no Brasil, segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma). Um exemplo é o vermífugo ivermectina, que não necessita de prescrição médica e teve uma alta de 829% nas vendas em 2020, chegando a R$ 409 milhões em receita. Conforme explica Shinzato, o crescimento expressivo da compra de remédios pode ser um problema. “A automedicação desenfreada durante o período pandêmico causou, até mesmo, o desabastecimento de medicamentos, que tecnicamente foram elaborados para um determinado fim e tiveram uso indiscriminado”.Outroperigo ocasionado pela automedicação é o acúmulo de remédios armazenados em casa, que, como aponta o farmacêutico, pode ocasionar acidentes. “Se há muitos fármacos guardados, é possível que idosos se confundam, que crianças acabem consumindo e, assim, provoquem uma intoxicação com, até mesmo, risco de morte. Além disso, é comum que as pessoas não saibam como fazer o descarte correto das substâncias, jogando no lixo, vaso sanitário ou pias, o que contamina o meio ambiente”.

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A DEDIAGNÓSTICOPREJUDICAAUTOMEDICAÇÃOODOENÇAS

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O médico generalista que atua na Clínica da Família Igor Lemos afirma que a automedicação pode ser prejudicial para a saúde por “mascarar” doenças antes de serem diagnosticadas por um profissional de saúde. “Ao tomar um remédio por conta própria, ele pode aliviar sintomas e esconder uma doença que está alojada no organismo e precisaria de uma abordagem diferente paraAotratar”.contrário do que muitos pensam, até mesmo as medicações mais comuns podem oferecer riscos para a saúde, conforme salienta o médico generalista. “Um exemplo disso é o remédio paracetamol, que utilizado de maneira incorreta pode agredir o fígado e prejudicar a saúde do paciente”. De acordo com Lemos, medicações que não foram prescritas por médicos, utilizadas de maneira indiscriminada, podem trazer diversas consequências para a saúde. “Os efeitos podem ser distúrbios do sono, desregulação intestinal, lesão renal, desregulação hormonal importante… São casos comuns. A orientação é de que procure um atendimento médico de rotina e preventivo”. A Cassems orienta que o acompanhamento médico é fundamental para o correto tratamento de qualquer problema de saúde. O uso de medicamentos sem orientação pode não contribuir para a melhora do quadro clínico. Além de ser arriscada, a prática da automedicação pode criar outras doenças.

Considerada um transtorno neurodegenerativo, progressivo e irreversível, a doença de Alzheimer acomete 11,5% da população idosa do País, segundo o Ministério da Saúde. Para a Associação Brasileira de Alzheimer, 1,2 milhão de brasileiros já convivem com o problema.

Conforme a doença evolui, o paciente sofre com a deterioração cognitiva e da memória, suas atividades de vida diária vão sendo comprometidas e ele passa a ter uma série de sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais.Algumascondutas podem representar sinais iniciais da doença, conforme exemplifica a médica neurologista Aline Marques Silva Braga. “Fique atento se há repetição excessiva de perguntas, contar várias vezes a mesma história para as mesmas pessoas, esquecimentos de fatos recentes, nomes ou fisionomia de pessoas com quem o convívio é frequente, dificuldade de realizar as tarefas do dia a dia e que eram rotineiramente executadas antes, como o desempenho de funções no trabalho, cozinhar, arrumar adequadamente a casa, fazer compras, fazer transações bancárias, entre outros”.

Médica neurologista esclarece dúvidas sobre o tipo de demência mais comum entre os idosos

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TEXTO: PellegrinCidiana FOTO: ImagensdeBanco

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A profissional recomenda que, assim que os sintomas forem detectados, se busque um neurologista ou geriatra com urgência, para que seja feita uma avaliação. “As primeiras etapas para se fazer o diagnóstico são a análise do quadro clínico e a aplicação de testes padronizados para avaliação das funções cognitivas no consultório. É muito importante que um familiar, ou alguém que tenha convívio próximo, compareça às consultas, pois o paciente pode não ter a percepção de que o problema está acontecendo. Se essas primeiras etapas da avaliação apontarem para a presença da doença, o médico pedirá exames laboratoriais, que servem para excluir outras doenças que causam os mesmos sintomas, e o exame de ressonância magnética de crânio”,Aexplica.causa da doença de Alzheimer ainda é alvo de pesquisa dos cientistas, mas alguns estudos indicam predisposição genética, escolaridade, hipertensão, diabetes mellitus, acidente vascular cerebral (AVC) prévio, colesterol aumentado e idade avançada como fatores importantes para o desenvolvimento da enfermidade. A seguir, a médica neurologista Aline Marques Silva Braga esclarece oito mitos e verdades sobre o Alzheimer, considerado a forma mais comum de demência em pessoas da terceira idade.

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Esquecimento é o primeirosinaldadoença VERDADE. A memória recente é a primeira habilidade afetada na maioria dos casos, conforme esclarece a neurologista Aline Braga. “No início, a pessoa se esquece de data e horário de compromissos, passa a se esquecer de pagar as contas, de tomar os remédios na hora certa ou até mesmo de dar recados que recebeu para um familiar. Também pode começar a repetir assuntos ou perguntas com muita frequência”, detalha a médica.

Não é possível prevenir o Alzheimer MITO. Medidas como atividade física aeróbica regular, alimenta ção saudável, dormir bem e man ter a pressão arterial, o colesterol e a diabetes controlados ajudam a prevenir a doença. Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, os especialistas acreditam que manter a cabeça ativa também pode ajudar a retardar ou inibir a manifestação da enfermidade. MITO

Mulheres têm maior propensão de desenvolverAlzheimer VERDADE. O estudo “Fatos e Números da Doença de Alzheimer”, da Associação de Alzheimer, organização americana dedicada a pesquisar o problema, revelou que a probabilidade de o grupo feminino desenvolver a doença após os 60 anos é de uma entre seis mulheres. Já no caso dos homens, essa chance é de 1 para 11. Na avaliação da neurologista Aline, ainda não se sabe exatamente por que a proporção de mulheres é maior entre os pacientes com doença de Alzheimer, “mas algumas das possíveis explicações são a maior expectativa de vida das mulheres, já que a idade é o principal fator de risco, e a redução da quantidade de estrogênio circulante após a menopausa”.

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Alzheimer não tem cura VERDADE. Até o momento, os medicamentos utilizados servem para que a doença progrida de forma mais lenta, mantendo capacidades e a qualidade de vida por mais tempo, mas não curam.

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Alzheimer exige mudança no comportamento da família VERDADE. Ter uma pessoa com doença de Alzheimer na família exige que esta esteja mais presente e envolvida em ações que podem dar uma melhor qualidade de vida ao paciente. “Ele necessitará que haja mais paciência para suas perguntas repetidas, alguém que fique responsável por cuidar da administração correta de medicações, alguém que faça atividades cognitivas estimulantes, como jogar diariamente jogos de estratégia, dama ou xadrez, entre outros, para estímulo cognitivo, alguém que o acompanhe nas atividades físicas, etc.”, especifica a médica.

Alzheimer só atinge idosos MITO. De acordo com a neurologista, existem casos em que a enfermidade pode começar antes dos 60 anos de idade. “Isso ocorre em algumas formas familiares de início precoce da doença, com alterações específicas de certos genes, como o gene APP. Porém, estas alterações ocorrem apenas em 0,1% dos casos de doença de Alzheimer. Então, uma demência que começa antes dos 60 anos tem maior chance de ter outra causa [existem mais tipos de demência, como a demência frontotemporal, entre outras]”, esclarece Aline. Posso ter Alzheimer se houver histórico da doençanafamília VERDADE. A especialista Aline alerta que há uma chance até 5 vezes maior de se desenvolver a doença após os 60 anos caso exista histórico familiar de primeiro grau (pai, mãe ou irmão).

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Pancadas na cabeça podem desencadear a doença VERDADE. Pancadas na cabeça são fatores de risco para a doença de Alzheimer e outras demências, como a demência do pugilista, que ocorre especificamente em lutadores.

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NUTRIÇÃO TEXTO: PellegrinCidiana FOTO: ImagensdeBanco

NUTRIÇÃO

Nutricionista da Cassems revela por que devemos tomar cuidado com elas

Quem busca emagrecer por conta própria sem adotar hábitos de um estilo de vida saudável quase sempre recorre a uma solução na internet. Dietas da proteína, da sopa, da lua, do tipo sanguíneo, das frutas, dos shakes, do ovo... As opções no universo on-line são diversas e, na grande maioria, mirabo lantes. Elas se assemelham nestes aspectos: têm cardápio limitado, carência de vitaminas e prome tem redução rápida na balança. No anseio de um resultado urgente, muitas pes soas se deixam seduzir por regimes alimentares malucos. “Por serem dietas que, na maioria das ve zes, não foram elaboradas por um profissional (nu tricionista), podem ser muito restritivas e pobres em nutrientes, deixando o sistema imunológico vulnerá vel. Mais do que nunca, agora na pandemia, devemos nos alimentar muito bem, com alimentos ricos em nutrientes, e isso só será possível com uma alimen tação equilibrada e saudável,” explica a nutricionista da Cassems Ana Paula da Cunha.

Mesmo estando acima do peso, perder muitos quilos em pouquíssimo tempo nem sempre sig nifica ganho para a saúde. Entre os prejuízos co muns de quem segue dietas prontas da internet estão: dores de cabeça, irritabilidade, fadiga, ane mia, tontura, queda de cabelo, unhas enfraqueci das, pele ressecada e ganho de peso exagerado depois de voltar à alimentação rotineira, ou seja, o famoso efeito sanfona.

Outro problema que pode surgir é a compulsão alimentar, conforme esclarece a nutricionista da Cassems. “Toda restrição gera uma compulsão, ou seja, evitar o alimento por um período de tempo pode desencadear uma vontade além do normal e, quando não estiver mais na dieta restritiva, a chance de abusar do consumo dele é alta”.

DA DIETASINTERNET

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NUTRIÇÃO

O processo de emagrecimento envolve muito mais que reduzir o consumo de calorias, é preci so adotar hábitos saudáveis. Mas, para conseguir mudar o corpo e não sofrer com o efeito sanfona, é importante transformar a mente primeiro. Aumentar o consumo de água, fazer atividades físicas com re gularidade, cortar produtos ultraprocessados, inge rir mais alimentos in natura, evitar açúcar e frituras são alguns comportamentos básicos que as pesso as devem adotar para a vida toda, e não só quando pretendem reduzir o peso. Outra orientação importante dos especialistas é entender que os quilos extras não foram adquiridos de uma hora para a outra, por isso, também será preciso ter paciência e constância para eliminá-los. Buscar na internet informações que ajudem a viver com mais equilíbrio e a ter uma alimentação mais saudável pode auxiliar no dia a dia, mas a nu tricionista da Cassems Ana Paula da Cunha orienta tomar cuidado com o conteúdo consumido e sempre se atentar se quem está passando as informações é um especialista, por exemplo. “Cada pessoa é um ser único, por isso nem tudo que funciona para um funcionará para o outro indivíduo”, contextualizou. Portanto, é importante procurar um profissional nu tricionista para ajudar no objetivo de emagrecimen to, desenvolver uma dieta personalizada às neces sidades do paciente e minimizar os riscos à saúde.

INFANTILSAÚDE TEXTO: PellegrinCidiana FOTO: ImagensdeBancoINFANTILSAÚDE

DIABETES

Especialistas da Cassems dão dicas de como identificar e conviver com a doença

Considerada uma doença crônica, a diabetes mellitus é caracterizada pela deficiência da produção do hormônio insulina pelo pâncreas, o que prejudica a metabolização da glicose, ou seja, os níveis de açúcar no sangue. “A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, ou seja, os anticorpos de defesa do corpo começam a reconhecer as células beta do pâncreas, que são produtoras de insulina, como algo estranho e começam a atacá-las, com isso, elas vão morrendo e levando a uma falta de insulina no corpo. A insulina é o hormônio necessário para ligar a glicose à corrente sanguínea e aí conseguir entrar em todas as células para produzir energia. Com a falta de insulina, diminui-se a absorção de glicose e ela fica sobrando no sangue”, explica a médica endocrinopediatra da Cassems Caroline Nantes Chaia. O problema faz com que as taxas de açúcar no organismo fiquem elevadas, despertando várias complicações de saúde. Há duas versões da diabetes mellitus: a tipo 1, que mais acomete a faixa etária infantil, em que o próprio sistema imunológico destrói as células responsáveis por produzir a insulina. “A diabetes tipo 1 é uma doença com causa genética. Brinco que seria um ‘defeitinho no DNA’ que nos progra ma para ter a diabetes, porém, não há nenhum estudo ainda que comprove o fator desencadean te, ou seja, quando ela vai aparecer”, complementa a profissional.Nadiabetes tipo 2, o organismo cria uma resistência à insulina, não produzindo a quantidade ideal do hormônio ou apresentando uma incapacidade de absorção das células. Apesar de essa versão ser mais frequente em adultos, ela também tem acometido crianças e adolescentes, segundo informações da Sociedade Brasileira de Pediatria. O aumento de sua prevalência está relacionado ao estilo de vida, tendo a alimentação ruim, o sedentarismo e a obesidade como os principais fatores de risco.

O número de crianças e adolescentes diabéticos vem crescendo em todo o mundo, segundo especia listas e instituições dedicadas a estudar a doença. Para se ter uma ideia, a enfermidade já acomete global mente 1,1 milhão de indivíduos com menos de 20 anos, de acordo com o 9º Atlas de Diabetes, divulgado pela Federação Internacional da Diabetes em 2019.

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AOSATENÇÃOSINAIS

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A diabetes está no grupo de doenças crônicas mais comuns, por isso deve-se ficar atento aos sintomas de seu aparecimento. A endocrinopediatra da Cassems destaca que os principais sinais são “sede excessiva, perda de peso importante em curto período, fome aumentada, acordar à noite para fazer xixi, juntar formiga no vaso sanitário e sonolência associados. Na dúvida, sempre vá a um pronto atendimento para melhor avaliação e necessidade de exames complementares para auxílio no diagnóstico”.

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É necessário muito amor e entendimento da "doençaportodosdacasa"

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VIGILÂNCIA CONSTANTE

A diabetes ainda não tem cura, mas é possível controlá-la. O tratamento do tipo 1 envolve aplicação de insulina diariamente e checagem da glicemia pelo menos 4 vezes ao dia, em horários programados. Também é necessário adaptar a rotina da criança em outros aspectos. “Existe uma adequação na alimentação, com contagem de carboidratos, redução de açúcares, troca do açúcar por adoçante, exercícios, brincadeiras e um envolvimento importante da participação dos pais e familiares próximos. É necessário muito amor e entendimento da doença por todos da casa”, esclarece Chaia. Ter um sono com horários programados, tomar um pouco de sol diariamente e hidratar-se bem com água complementam a lista de orientações indicadas pela Quemespecialista.nãosecuida e não segue o tratamento à risca pode sofrer consequências como problemas oftalmológicos, renais, neuropáticos e cardíacos. Mas a médica garante que “com o controle adequado da alimentação, boas glicemias com uso de medicações e atividade física se consegue ter qualidade de vida e menores riscos de complicações a longo prazo”.

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Escolher o que se come é um cuidado importante no caso das crianças diabéticas. A nutricionista da Cassems Eliana Dias revela que é necessário fazer mudanças na rotina, pois a alimentação desequilibrada, rica em doces, massas, frituras e refrigerantes, aliada à falta de atividades físicas, influencia diretamente no descontrole da doença. “A alimentação para a diabetes infantil deve ser dividida em 6 refeições durante o dia e deve estar equilibrada em proteínas, carboidratos e gorduras, evitando alimentos ricos em açúcar”, explica a especialista.Paraque a criança consiga cumprir o protocolo, o envolvimento da família é primordial. “Uma estratégia para fazer a criança comer direito é a família também fazer o mesmo tipo de dieta, pois assim diminui a vontade da criança de comer outras coisas e facilita o tratamento e o controle dos níveis de glicose no sangue. Ser exemplo é o mais importante!”, completa. Entre os alimentos que a especialista recomenda incluir na dieta estão os grãos integrais, como farinha de trigo, arroz e macarrão integrais, aveia e pipoca; as leguminosas, como feijões, lentilhas, ervilha, grão-de-bico; as gorduras boas, como abacate, coco, azeite, óleo de coco e manteiga; e as oleaginosas, como castanhas, avelãs, nozes e amêndoas.

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Não há restrições sobre os tipos de frutas, mas a profissional aconselha que o consumo seja limitado a 1 unidade por vez. Legumes e verduras, no geral, também estão liberados, exceto a batata-inglesa, a batata-doce, a mandioca e o inhame, que devem ser consumidos em pequenas porções, pois são alimentos com elevada concentração de carboidratos. Também é importante incluir proteínas nas refeições, como carnes e ovos, leite e seus derivados. Mas atenção! Carnes processadas, como presunto, peito de peru, salsicha, linguiça, bacon, mortadela e salame, e iogurtes com adição de açúcar devem ser evitados.

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Para ajudar a oferecer uma alimentação que supra todas as necessidades nutricionais para o bom desenvolvimento da criança, Dias também recomenda buscar a ajuda de um especialista. “É importante que a criança seja encaminhada para um nutricionista materno-infantil, que realizará uma avaliação completa e indicará uma alimentação mais adequada, de acordo com a idade e o peso, o tipo de diabetes e o tratamento que está sendo feito”, finaliza.

CAPA TEXTO: JesusdeSantosSarah FOTOS: FerreiraMessias CAPA

Diante do atual cenário de pandemia vivido no Brasil, o Ministério da Saúde colocou as grávidas e puérperas no grupo de risco para o coronavírus E A PREVENÇÃO

OS DESAFIOS

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GESTAR PANDEMIA:NA

O que fazer quando a maternidade chega logo na maior crise sanitária do Brasil? Em abril de 2020, um mês após o início da pandemia, a Organização Mundial da Saú de (OMS) classificou gestantes e puérperas como grupo de risco para Covid-19. Isso significa que essas mulheres podem ser severamente afetadas pela infecção respirató ria e precisam redobrar os cuidados para que a prevenção seja feita de maneira correta. Solene explica que, ao descobrir a gestação, a famí lia toda se alegrou, mas a preocupação com a pandemia também foi presente. “Ficamos extremamente felizes, pois a ideia de ter um bebê estava somente nos planos e, quando se concretizou, nos trouxe muita felicidade. Apesar da época pandêmica, a gestação foi tranquila. Tive grande suporte da família, dos médicos e dos colegas de trabalho. Tive a oportunidade de preservar a minha saúde e a do meu filho”.

A notícia de que um bebê estava a caminho foi recebi da com muita alegria pela assistente social Solene Lopes e sua família. A gestação representou a oportunidade de vivenciar momentos únicos para os pais, que já tinham duas filhas. Embora a gestação não tivesse sido planejada, o pequeno Luís Guilherme foi muito bem recepcionado e amado em sua casa. No entanto, houve um grande desafio no meio do caminho: Solene engravidou durante o período de pandemia da Covid-19.

A história de Solene Lopes e do pequeno Luís Gui lherme representa o sucesso de uma família que seguiu os protocolos recomendados por profissionais de saúde e órgãos oficiais para prevenção do coronavírus. No entanto, ainda, é preciso estar atento ao aumento expressivo de gestantes com síndrome respiratória aguda grave.

CAPA CAPA

Os dados epidemiológicos de mulheres gestantes justificam a preocupação dos órgãos de saúde com esse grupo. De acordo com o Observatório Obstétrico Brasileiro, durante as 45 semanas de pandemia, em 2020, foram registradas 457 mortes de grávidas e puérperas, o que re presenta uma média de 10,16 óbitos semanais. Em 2021, em apenas 16 semanas, já são 494 vítimas, com uma média de 30,88 mortes semanais. Do ano passado para este, houve um aumento de 204% na média semanal de mortes. Na população geral, o crescimento foi de 90,5%.

Em Mato Grosso do Sul, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), foram 30 óbitos maternos por Covid-19, em 2020 e 2021. Só na capital, Campo Gran de, foram 7 mortes. Esses números representam muito mais do que estatísticas, mas vidas interrompidas em decorrência da crise sanitária e sonhos encerrados re pentinamente.

O maior desafio de vivenciar a gestação na pandemia, de acordo com Solene, foi enfrentar o isolamento social. “Tinha muito receio de alguém da família ser infectado pelo vírus, pois, desse modo, a chance de me infectar seria muito alta, o que era preocupante, ainda mais na situação na qual eu me encontrava, que exigia mais cuidados. Antes da pandemia, tínhamos um estilo de vida muito diferente, então tivemos que nos adaptar às novas rotinas”. Uma das maiores preocupações das famílias que espe ram um bebê durante o período de pandemia é o procedimen to do parto. Nessa ocasião, Solene contou com a colaboração de profissionais da saúde para oferecer toda a segurança ne cessária, para a mãe e o bebê. “Recebemos todas as orienta ções da obstetra quanto aos protocolos de prevenção a serem seguidos. Foi um momento único, pois a equipe nos passou toda a confiança que precisávamos nesse instante tão incerto”. Hoje, o pequeno Luís Guilherme tem três meses de vida e os familiares continuam os cuidados necessários para prevenir a Covid-19. Conforme afirma a assistente social, o mais importante, que seria não parar o processo do pré-natal, a família cumpriu à risca. “As consultas e os exames de pré-natal foram experiências acolhedoras. A equipe médica, durante a gestação e após o parto, sempre foi muito responsável, seguindo todos os protocolos de segurança. Pude contar com profissionais sérios e que me ofereceram um atendimento humanizado, em um período delicado”.

Com o apoio da equipe médica e dos familiares, So lene conta que já se vacinou contra a Covid-19. “A vacina me trouxe uma sensação de tranquilidade, proteção e es perança de que, em breve, todos estaremos imunizados”.

De acordo com Solene, foi necessário dar atenção para o emocional, por se tratar de uma gestação durante a pandemia. “Sempre que nos deparamos com dificuldades inéditas, nossa mente não está preparada, o que piora as consequências emocionais. O novo assusta, o diferente causa pânico, por isso é muito importante se sentir segura nesse momento e ter uma rede de apoio confiável, o que me foi proporcionado pela minha família”. Para lidar com a pandemia e tomar os cuidados necessários, a assistente social salienta que algumas medidas foram importantes. “Eu e meu esposo continuamos trabalhando em casa e nossas filhas migraram da educação presencial para a educação a distância. Além disso, tomamos todos as precauções necessárias, só um familiar ia ao mercado fazer compras e a higienização era feita frequentemente. Também, não recebemos visitas de amigos e familiares e não saímos de casa, exceto para o essencial”.

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Quadro clínico das gestantes A médica ginecologista, obstetra e presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de Mato Grosso do Sul (Sogomat-Sul), Vanessa Chaves, explica que o cenário pandêmico aumentou as taxas de mortalidade consideravelmente. “As gestantes estão com uma piora de quadro clínico pós-Covid, pois qualquer intervenção cirúrgica em um paciente com coronavírus pode provocar o agravamento. Pacientes gestantes e puérperas têm fator de trombogenicidade, que é a tendência de um material em contato com o sangue produzir um trombo, ou coágulo”. De acordo com Vanessa, a paciente gestante possui mais riscos de agravos com a Covid-19. “Há mais risco de quadros de pneumonia e insuficiência renal, também. Ela tem maior risco de necessidade de intubação, só pela presença da gestação. Além disso, tem o risco de prematuridade. Em alguns casos, é necessário que se faça o parto para dar continuidade ao tratamento contra a Covid-19”.

Para evitar possíveis incidentes, a recomendação da médica é seguir à risca o pré-natal e as orientações médicas específicas. “O pré-natal passa a ser fundamental, porque é nele que nós conseguimos detectar as doenças no período inicial. Mas, principalmente, é nesse processo que temos um contato mais próximo com a paciente para falar sobre medidas de prevenção, sobre a vacina, sobre como se precaver, sobre qual é a realidade daquela paciente no seu núcleo familiar”. Vanessa lembra, também, das gestantes que trabalham formalmente e explica que essas são resguardadas pela lei, para terem garantidos os seus direitos. “Caso a grávida precise trabalhar, existe uma determinação do Ministério da Saúde, em formato de portaria, que permite que ela trabalhe em casa. A paciente não pode ser demitida por estar grávida durante a pandemia, então, a empresa deve proporcionar condições para que ela desenvolva o seu ofício no lar”. A médica chama a atenção para as reuniões familiares que, antes da pandemia, eram tradicionalmente realizadas durante a gestação. “A paciente deve ter cuidado ao fazer pequenos encontros de pessoas. Hoje, a Covid tem se disseminado nessas reuniões entre parentes. Então, eventos como chá revelação, chá de bebê, mesversário, embora aparentam não terem riscos, podem ser os causadores das transmissões”.

CAPA CAPA

A presidente da Sogomat-Sul comenta, ainda, a nota do Ministério da Saúde, com orientações para que as famílias brasileiras adiem os planos de gestação durante a pandemia, se possível. “O planejamento familiar consiste em escolher, eleger o melhor momento para você, para o seu corpo e para a sua família para engravidar. Hoje, nós estamos vivendo um momento de caos na saúde, de crise por uma doença pouco conhecida, em que a vacina começa a fazer os efeitos na diminuição da mortalidade e da morbidade com as suas consequências só agora. Se for possível, esperar eleger um melhor momento é o ideal”.

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Atenção primária A gerente de Saúde da Mulher da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Hilda Guimarães, faz um alerta para a importância da atenção primária à saúde da gestante, principalmente durante o período de pandemia. “Na pandemia, tivemos diminuição do acolhimento e as gestantes se distanciaram das unidades de saúde. Por isso, é preciso fazer esse retorno às unidades para uma melhor aproximação dessas gestantes. Elas não devem deixar de fazer o pré-natal. Mesmo com a pandemia, é importante não ficar sem o acompanhamento, a mulher deve fazer o agendamento e frequentar as consultas, tomando os devidos cuidados”. Mesmo com a pandemia, é importante não ficar sem o acompanhamento, a mulher deve fazer o agendamento e frequentar as consultas, tomando os devidos cuidados

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Paulo Saburo chama a atenção para o risco de prematuridade em gestantes com Covid-19. “Estudos sugerem que as grávidas que contraem coronavírus têm maior probabilidade do que a po pulação em geral de evoluir a sintomas graves e exigir cuidados intensivos, com necessidade de interrupção da gestação e consequentemente au mento da taxa de prematuridade”.

Riscos para as gestantes O ginecologista Paulo Saburo Ito explica que as modificações fisiológicas no organismo da ges tante e da puérpera levam a uma predisposição para infecções graves. “As alterações anatômicas reduzem sua tolerância à hipóxia, uma circuns tância em que os tecidos não são oxigenados adequadamente”.Conformeafirma o ginecologista, os agra vamentos em gestantes não ocorrem em casos leves de Covid-19, mas nos casos moderados e graves. “Especialmente nas gestantes que desen volvem pneumonia séria, estudos sugerem au mentar a chance de complicações na gestação, tais como abortamento, parto prematuro e pré -eclâmpsia. Grávidas em qualquer idade gestacio nal, incluindo as que tiveram aborto ou uma perda fetal, compõem a população com condições e fatores de risco para possíveis complicações da síndrome gripal”.

Cassems à frente

Em agosto de 2020, em alusão à campanha Agosto Dourado, o plano de saúde realizou um bate-papo digital com beneficiárias gestantes e puérperas com o tema “Amamentação em Tempos de Pandemia”. No encontro, pacientes e profissionais de saúde tiveram a oportunidade de dialogar sobre a temática. Ainda, periodicamente, a Cassems segue movimentando os casais de beneficiários que esperam por um filho nesse período, com o curso Casal Grávido, realizado também em formato digital. Com acompanhamento de profissionais de saúde, a Caixa dos Servidores propõe uma conversa para tirar dúvidas sobre a gestação, o pré-natal e o pós-parto.

A Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), em vanguarda, implantou a testagem com RT-PCR Swab Nasal para todas as gestantes após a 36ª semana, em todo o Estado, para a certeza de que a mãe esteja em plena saúde no momento do parto. As gestantes recebem um cuidado atento durante o período de pandemia. A recomendação da Diretoria de Assistência à Saúde é de seguir o pré-natal, sempre orientado pelas medidas de prevenção da Covid-19. Ainda, as famílias podem contar com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, para a manutenção da saúde da mãe e do bebê.

ENTREVISTA TEXTO: SantosSarah FOTO: FerreiraMessias 46 // ENTREVISTA

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Diretora de Clientes fala sobre evolução tecnológica na Cassems Ao ser fundada, em 2001, a Cassems tinha 50 mil pessoas asseguradas. Hoje, com 20 anos de existência, são 215 mil beneficiários atendidos pelo plano de saúde. Com a expansão dos aten dimentos e o progresso tecnológico das últimas duas décadas, o plano de saúde acompanhou as mudanças para levar os melhores serviços aos servidores públicos e seus familiares. A pandemia da Covid-19 trouxe um cenário di ferenciado em que muitas interações passaram a ocorrer a distância. Antes disso, a Cassems já se mostrava preocupada em levar praticidade para os beneficiários, com serviços como a Central de Atendimento 24h, para atender usuários do plano de saúde, e o aplicativo C-Conecte, para autorização de guias e exames. Para aliar a tecnologia ao atendimen to de qualidade e oferecer mais conforto e agilidade para os beneficiários, neste ano, a Caixa dos Servidores lançou uma atualiza ção do aplicativo Cassems Beneficiário, com melhorias na plataforma. Com a ferramenta, os usuários do plano de saúde conseguem atualizar dados cadastrais, marcar consultas, acompanhar solicitações, entre outras fun cionalidades. A grande novidade trazida pelo aplicativo é o cartão virtual, que dispensa o uso do cartão físico. A diretora de Clientes da Cassems, Jucli Stefanello, fala sobre a atualização e os prin cipais benefícios da nova plataforma para os usuários do aplicativo.

STEFANELLOJUCLI

O momento de transição do Previsul para a Cassems foi, efetivamente, muito impactante em muitos sentidos. No setor cadastral, as mudanças foram significativas para os beneficiários e gestores. O banco de dados teve de passar por uma por análise rigorosa, criteriosa e delicada. Em razão do curto tempo para implantação do novo modelo de plano de saúde, não havia como fazer um recadastramento de todos os beneficiários, então, a mudança foi gradativa, de acordo com o vencimento anual das carteirinhas.

ENTREVISTA 48 // ENTREVISTA 1 2

Desde a sua fundação, a Cassems recebeu 166 mil novos beneficiários. Com isso, foram necessárias mudanças no atendimento. Quais foram as principais alterações? Houve um momento em que o atendimento aos beneficiários serviçosfoiunificado,paraaprimorarosquejáeramprestadoscomexcelênciapelaCassems.Comoissoocorreu?

Com a constante e rápida evolução tecnológica, os cartões magnéticos foram uma solução, na época, de uso e controle mais eficaz. O atendimento ao público, por alguns anos, foi exclusivamente presencial, com um setor para resolver cada assunto relacionado ao plano de saúde: cadastral, financeiro e de autorizações de procedimentos médicos. A unificação do atendimento foi uma estratégia adotada para agilizar as demandas dos servidores do Estado e seus familiares. Em 2012, a forma de atendimento fracionado deixou de existir e, em seu lugar surgiu, o atendimento integrado, com quatorze guichês e horário estendido de atendimento. Com essa nova modalidade, o beneficiário consegue resolver todas as suas pendências com o mesmo atendente, otimizando o seu tempo e facilitando os processos. Com um serviço completamente unificado, prático e moderno, visando a excelência e rapidez de diversos procedimentos realizados pelo plano de saúde.

O novo aplicativo da Cassems para beneficiários foi lançado no mês de abril de 2021. Com ele, substituímos a antiga plataforma, com o objetivo de oferecer mais praticidade no acesso e utilização do plano de saúde em sua amplitude.

Para solidificar ainda mais um atendimento inovador, a Cassems lançou um novo aplicativo. Quando foi lançado e quais laçãoasprincipaisdiferençasemre-àantigaplataforma?

Recentemente, a Cassems passou pela virada tecnológica, que impactou em madocessoalgumasmudançasnopro-deautorizaçõesdeguiaseexames.Comooplanodesaúdefoitransfor-poressaevolução?Agora,aCassemstambémcontacomatendimentoviaWhatsApp.Qualaimportânciadessanovamodalidadedeatendimentoparaosbenefi-ciários?

O antigo aplicativo foi lançado com algumas das principais funcionalidades, com o objetivo de, aos poucos, familiarizar os beneficiários com essa modalidade de acesso ao plano de saúde, inserindo calmamente a transformação digital, deixando de lado a antiga necessidade de tudo ser realizado presencialmente. O novo aplicativo chegou com uma visão mais completa, para atender com mais facilidade todos os beneficiários. Agora, há mais visibilidade no menu, o acesso foi simplificado e mantivemos as funcionalidades.

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O impacto para a Cassems foi extremamente positivo. Com a pandemia, foi mais fácil realizar os protocolos exigidos pela Or ganização Mundial da Saúde para a prevenção dos beneficiários que precisavam ir até à unidade administrativa resolver as suas pendências, pois grande parte do atendimento ocorria on-line.

Com o aumento significativo de vidas atendidas, foi necessário evoluir tecnologicamente. Apesar das adaptações estruturais, ainda havia uma grande lacuna para ser preenchida quanto ao atendimento satisfatório e célere dos beneficiários. As autorizações precisavam ser descentralizadas. Em setembro de 2019, a virada tecnológica ocorreu. Com isso, todos os pedidos de procedimentos médicos passaram a ser realizados pelos próprios prestadores de serviço.

Ao identificarmos as necessidades dos nossos beneficiários, vimos que com o uso desse recurso conseguiríamos atendê-los de forma mais ampla e prática. Verificamos que a conexão com o mundo digital tem se tornado mais significativa a cada dia. Com essa ferramenta, ainda conseguimos possibilitar o atendimento pelo nosso portal, por meio de chat e Facebook. Apenas no mês de junho, alcançamos a marca de 9 mil atendimentos de beneficiários, o que impacta diretamente na qualidade dos nossos serviços prestados.

Em tempos de pandemia, a inclusão digital é ainda mais urgente e necessária. Por esse motivo, medidas foram tomadas em conjunto com todos os setores da Cassems para trazer facilidade de acesso e rapidez em atender, com economia de tempo, segurança e eficácia nas mais importantes necessidades dos pacientes.

O aplicativo foi construído em conjunto por diferentes equipes de colaboradores da Cassems. O desenvolvimento e a implementação da plataforma foram executados por funcionários da área de tecnologia da informação, com gerência de Raphael Barbosa, que ouviu os outros setores para contemplar serviços diferentes. Tivemos melhorias no layout e mais facilidade no autoatendimento. Agora, temos notícias sobre o plano de saúde, a Covid-19, telefones de atendimento e mais informações sobre os serviços que oferecemos. Uma grande novidade dessa atualização é o cartão virtual, que pode ser usado quando o beneficiário estiver sem o cartão físico, apresentando a tela do celular e um documento com foto.

ENTREVISTA ENTREVISTA 50 // 768

O uso das tecnologias para aprimorar o atendimento e os serviços do plano de saúde traz inúmeros benefícios, e as dificuldades são motivação para melhorarmos ainda mais. Hoje, os desafios são encontrar e adaptar novas tecnologias ao ramo dos negócios da Cassems, porque, por ser um plano de saúde de autogestão, fica mais difícil encontrar nos modelos convencionais um programa que nos atenda. As demandas nos impulsionam a ir em busca de recursos que ajudem no desenvolvimento do plano de saúde. Um outro grande desafio é manter o tão primado atendimento humanizado, com as equipes atentas e preparadas para atender os anseios dos beneficiários em todos os âmbitos da Caixa dos Servidores.

A inclusão digital veio pra ficar! A tecnologia está inserida em tudo o que fazemos e a Cassems, sempre preocupada com os beneficiários, se dedica para acompanhar essas evoluções. No plano de saúde, temos o Núcleo de Experiência do Beneficiário, então, semanalmente, nos reunimos com lideranças de todo o Estado para dialogar sobre os anseios dos beneficiários em relação à Caixa dos Servidores. Assim, conseguimos fazer uma gestão mais assertiva.

Pioneira em muitos investimentos, a Cassems se mostra adepta ao uso das tecnologias para facilitar a vida dos usuários do plano de saúde. Fale da importância da inclusão digital para os beneficiários.

O desenvolvimento do aplicativo foi feito pelos profissionais da própria empresa, o que diferencia positivamente na qualidade, correto? Nos conte de que forma o aplicativo foi construído e o que traz de novidades para os panharCassemsprincipaisAtualmente,beneficiários?quaisosdesafiosdaparaacom-aevoluçãotecnológica?

SUPLEMENTARPANDEMIASAÚDE

Com pandemia, alta dos custos do setor bate recorde e aponta um cenário desafiador para os planos de saúde

IMPACTODANACASSEMSSAÚDE CASSEMSSAÚDE TEXTO: DeusdeGustavo FOTO: FerreiraMessias 52 //

A gravidade da situação fez com que a união dos planos de saúde, por meio de entidades que os repre sentam, como a já citada FenaSaúde, a Associação Bra sileira dos Planos de Saúde (Abrange), a Unidas Auto gestão em Saúde, a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e a Unimed Brasil, enviasse uma carta ao Congresso Nacio nal pontuando o que o segmento vem enfrentando nos últimos meses e as consequências que a pandemia vai deixar. Para o presidente da Cassems, a medida adotada pelos planos de saúde busca apresentar um quadro real da conjuntura que a assistência à saúde suplementar enfrenta nos últimos meses.

53 Nos últimos meses, com fatores como a pandemia de Covid-19, o envelhecimento populacional, as regu lamentações da Agência de Saúde Suplementar (ANS), a incorporação de novas tecnologias e a judicialização da saúde, os custos com a área tornaram-se cada vez mais altos. Na Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), não foi diferen te. A crise sanitária pela qual o País passa trouxe uma grave crise econômica e social, porém, esse impacto financeiro atingiu em cheio os planos de saúde suple mentar. A inflação no setor sempre foi mais alta do que a inflação geral, mas, no último ano, subiu ainda mais. Ainda que a Cassems tenha se tornado uma referência no combate e tratamento da Covid-19 em Mato Grosso do Sul, o plano de saúde também sofreu com os impac tos trazidos pelo cenário pandêmico. No primeiro semestre de 2021, com a superlotação dos leitos de terapia intensiva, houve um aumento as sustador no número de casos de coronavírus. O pre sidente da Cassems, Ricardo Ayache, salienta alguns números preocupantes do impacto da pandemia na saúde suplementar. “Para se ter ideia da dimensão des sa demanda, o número de pacientes críticos, em terapia intensiva, aumentou cinco vezes, ao longo dos últimos meses, em comparação com os meses antes da pan demia. Outro dado preocupante é que o custo de um leito de terapia intensiva antes da pandemia era de 50 mil reais, agora, ele custa 100 mil reais. Isso é fruto do aumento do custo com as equipes, o aumento do custo com medicamentos, com equipamentos, além de uma inflação absurda e incontrolável pela escassez de me dicamentos, de equipamentos, de materiais e de EPIs, porque houve um crescimento muito grande na deman da mundial”.Umestudo feito pela Federação Nacional de Saú de Suplementar (FenaSaúde), com 2 milhões de bene ficiários, aponta o tamanho do impacto da pandemia nos custos dos planos de saúde: o gasto mensal com avental e máscaras superou 3.000%, após a pandemia; com luvas, mais de 1.000%; medicamentos como anes tésicos e relaxante muscular aumentaram entre 2.000% e 5.000%, dependendo do medicamento; o relaxante muscular rocurônio teve acréscimo em seu custo au mentado de 9.000%. Outro ponto que desequilibra essa balança é a inflação no setor da saúde. O acumulado da Fipe Saúde, até o mês de julho de 2021, está em 6,96%, bem acima dos 4,76% registrados pela inflação geral (IPCA). Tudo isso fez com que os planos tivessem um aumento significativo dos seus gastos, assim como o sistema público de saúde. Todos os hospitais tiveram uma sobrecarga que comprometeu os fluxos de caixa.

“O objetivo é sensibilizar o Congresso para que haja entendimento que o momento exige uma atenção es pecial, com flexibilização das tributações, em relação aos fundos de reserva, para que o comprometimento e os reflexos sobre o consumidor sejam os menores possíveis. É importante entender que a pandemia trouxe consequências muito graves e a situação que os planos de saúde enfrentam, ao longo dos últimos 19 meses, trouxe grandes problemas até aqui e trará consequên cias para os próximos anos. Por isso, é necessário fazer um grande debate, de forma muito serena, muito res ponsável para que se encontrem caminhos para que a população sofra o menos possível e para que tam bém não haja interrupção dos atendimentos que tanto se mostraram fundamentais nesse momento difícil de pandemia”.

CASSEMSSAÚDE

CASSEMSSAÚDE

Ayache ainda chama a atenção para a necessidade de termos uma visão mais ampla da contaminação do coronavírus. A doença acarreta muitas outras consequ ências que vão além da internação. “Muita gente acredita que a contaminação pelo coronavírus se resume àquele quadro agudo e que a alta, após a internação, para aque les que precisaram resolver o problema. Infelizmente, isso ocorre para uma pequena parte dos pacientes. A maioria vai precisar de um acompanhamento multidis ciplinar de médio e longo prazo, seja de fisioterapeuta, de pneumologista, de neurologista, de um infectologista ou até de um cardiologista. Isso porque o coronavírus traz sequelas pulmonares, como a fibrose pulmonar, neurológicas, como alteração de memória, alterações psíquicas, alteração do ritmo cardíaco e vascular. É uma doença muito complexa e que precisa ser acompanha da no médio e longo prazo. Vários programas estão sen do organizados. Nós da Cassems temos um programa de acompanhamento dos nossos pacientes, porque nós queremos que essas pessoas tenham um retorno a sua normalidade. Então, criamos um programa de reabilita ção pelas nossas equipes multidisciplinares com esse objetivo. Isso, obviamente, também impacta as finanças assistenciais”.Passados 19 meses desde o início da pandemia, o Brasil ainda sofre efeitos gravíssimos com a crise sani tária e é um dos países mais afetados pela ação do co ronavírus. Apesar de os números de mortos e de infecta dos por Covid-19 estarem diminuindo gradativamente, a população brasileira ainda enfrenta consequências so ciais e econômicos. O presidente da Cassems recorda como foi a chegada abrupta do novo coronavírus ao País e como o vírus, até agora, causa transtornos.

“Quando começamos a ter os primeiros casos de Covid-19 no Brasil, vivenciamos momentos inimaginá veis, em que tivemos que, rapidamente, nos adaptar para combater um inimigo cruel e tivemos grandes di ficuldades de entendimento de como enfrentá-lo. Nós não tínhamos sequer conhecimento de como ele atu aria, como era a sua agressividade, qual era o seu me canismo de ação, de transmissibilidade e tudo que nós podíamos imaginar no início foi pouco. Porém, mesmo após termos mais informações sobre a contaminação e a propagação do vírus, esbarramos em outro tipo de pro blema que foi a falta de uma unidade de pensamento da Federação. O Ministério da Saúde não conseguiu cen tralizar o pensamento do enfrentamento da pandemia, causando grande dificuldade para estados e municípios no controle e nas ações de combate. Houve, em vários momentos, grandes dificuldades, muita discordância entre o que municípios e estados pensavam, entre o que profissionais de saúde pensavam e o que a União e o Ministério da Saúde preconizavam e isso trouxe muitas dificuldades para a população para entender que men sagem seguir. Nós, realmente, enfrentamos uma grande catástrofe no Brasil e ainda estamos enfrentando uma pandemia que já ceifou mais de 600 mil vidas. Infeliz mente, nós temos a 7ª maior mortalidade do mundo, por milhão de habitantes, além de um sistema de saúde ainda sobrecarregado, embora muito menos carregado do que antes. Mas, as consequências de 19 meses de enfrentamento da pandemia são claras. Profissionais de saúde exaustos, a população sofrendo as consequên cias sociais e econômicas, com o desemprego atingido níveisAtéinsuportáveis”.ofechamento desta matéria, de acordo com o Consórcio de Veículos de Imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, a média diária de mor tes pelo novo coronavírus era de 582, já o número de novos casos estava em 15.731. Essa queda vertiginosa dos novos casos e de óbitos se deve, principalmente, ao avanço da imunização da população brasileira. O início da vacinação contra a Covid-19 foi turbulento e reple to de ataques e desconfiança por parte da população, que, muitas vezes, ignora a importância da ciência no progresso de combate e de erradicação de doenças no Brasil. Ayache destaca a união dos agentes de saúde do País no enfrentamento da pandemia e reforça a impor tância de confiarmos na ciência, que já trouxe grandes avanços à saúde. “O que podemos tirar disso tudo é que a união do sistema público, da saúde suplementar e do sistema privado formou um sistema de saúde muito robusto para dar conta deste enfrentamento, apesar de todas as dificuldades e obstáculos enfrentados. A melhor forma para combatermos essa crise sanitária é o bom senso, o conhecimento científico, o equilíbrio e não podemos nos esquecer que o que nos levou, hoje, a ter uma média de vida do ser humano em torno dos 80 anos foi a evolu ção do conhecimento científico. Negar a ciência é negar o que nos trouxe até aqui. Temos que aproveitar esse momento que estamos passando para lembrar o que não podemos fazer, os erros que não podemos cometer novamente”.

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Confira, alguns dados do estudofeito pela FederaçãoNacionaldeSaúdeSuplementar(FenaSaúde):

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Desde o início da pandemia, mais de 50.500 pacientes foram atendidos nos prontos atendimentos Covid-19 da Cassems. Foram mais de 1.400 pacientes internados em UTIs, 8.500 testes da doença realizados e 803 pacientes da capital monitorados após internação. Para assegurar aten dimento de qualidade e com segurança, a Caixa dos Ser vidores contratou mais de 300 profissionais. A nossa área de inovação e tecnologia desenvolveu novas ferramentas e funcionalidades digitais, em tempo recorde, para implantar atendimento digital, por meio de robô e teleconsultas. Para os beneficiários de Campo Grande e Dourados, foi criado o serviço Disque Informação Coronavírus. Na Capital, ainda foi implantado o projeto Travessia, que acolhe os familiares dos pacientes com Covid-19, e o pro grama Fica Tudo Bem fez mais de 360 atendimentos psico lógicos do luto. O Hospital Cassems de Campo Grande foi o primeiro do Estado a receber o selo Covid Free Excellent. A Caixa dos Servidores realizou parcerias com universidades do Brasil e dos Estados Unidos, investindo em pesquisa e na ciência para vencer o vírus. No fim de março de 2021, a Cassems uniu-se à força-tarefa da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) e durante os seis meses de funcionamento, o drive-thru vacinou mais de 60 mil pessoas. Os investimentos foram muitos, mas o trabalho conjun to, em rede, e a dedicação da nossa equipe fizeram toda a diferença. A Cassems é, hoje, referência no atendimento de Covid-19. Do diagnóstico ao tratamento, da alta hospitalar ao acompanhamento pós-doença, da prevenção e orien tação ao acolhimento das famílias, a Caixa dos Servidores não mediu esforços para cuidar com segurança e afeto de cada vida atendida. Numa era de incertezas, carregamos a certeza de que a vida tem de estar em primeiro lugar. E nós estamos fazendo tudo por isso. Os números impactam. Mas o retrato de uma pandemia não pode ser feito apenas com números. Estamos falando de vidas e cuidar da vida exige atenção, dedicação.

CASSEMS NO COMBATE À PANDEMIA

CASSEMSSAÚDE

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CASSEMSSAÚDE

• Abertura 1º hospital de campanha no Hospital Cassems de Campo Grande

• Adoção de teletrabalho de determinados colaboradores como medida preventiva, adição de contratos temporários e atendimento de beneficiários via WhatsApp

• Reorganização dos protocolos e fluxos de atendimento da rede própria

• Cassems cria plano de contingência de enfrentamento da Covid-19

57 2020 LINHA DO TEMPO DA COVID-19 NA CASSEMS 01/2020 • OMS declara emergência de saúde pública com importância internacional • Aquisição preventiva de insumos para enfrentamento da Covid-19 na rede própria Cassems 02/2020 • É sancionada a Lei de Quarentena no Brasil 03/2020 • OMS declara pandemia de Covid-19 • Hospital Cassems de Campo Grande institucionaliza comitê de crise de combate à Covid-19

• ANS aprova inclusão de exame para detecção de Covid-19 no novo rol de procedimentos, de acordo com a RN 453/2020

• Suspensão das cirurgias eletivas (CFM/CBC) com contextualização regional

CASSEMSSAÚDE CASSEMSSAÚDE 04/2020 • Reorganização de leitos na rede própria da Caixa dos Servidores para atender os beneficiários • Estruturação do centro de coletas CG • Instauração de ambulatórios de otorrinolaringologia para pacientes sintomáticos respiratórios • Lançamento do cartão virtual do beneficiário • Serviço de acolhimento psicológico dos beneficiários • Inauguração de site próprio da Cassems com informações da Covid-19 05/2020 • Lançamento do canal de atendimento via telefone Disque Dúvida Coronavírus • Ampliação de leitos para atendimentos de Covid-19 em Campo Grande e Dourados 06/2020 • Edição virtual do programa de prevenção Casal Grávido • Inauguração do Projeto Travessia, com contêiner de atendimento em psicologia e serviço social no Hospital Cassems de Campo Grande 07/2020 • Lançamento do programa de monitoramento de pacientes pós-Covid-19 Fica Tudo Bem • Nova plataforma digital para profissionais de saúde credenciados • Início de atendimentos em telemedicina no programa de prevenção Cassems Itinerante • Projeto de humanização Robô Ipê, com ligação de vídeo entre pacientes com Covid-19 e familiares 08/2020 • ANS suspende reajuste anual por 120 dias para todos os tipos de planos de saúde e por faixa etária

• Encontro digital programa de prevenção Eu me Amo Eu me Cuido 60+

• Live musical de Setembro Amarelo para colaboradores e beneficiários da Cassems 10/2020

• Retorno do programa de prevenção Pode Crê, de atenção à saúde dos adolescentes

• Abertura do 2º hospital de campanha no Hospital Cassems de Campo Grande 58

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• Bate-papo virtual Amamentação 09/2020

• Encontro virtual de gestores de recursos humanos

• Programa de prevenção em psicologia do luto

• 1ª Assembleia Geral Ordinária e Assembleia Geral Extraordinária 100% on-line

• Parceria da Cassems com a Fiocruz para testes de vacina BCG 11/2020

• Encontro virtual de gestores de RH região central, leste e norte

• Inauguração da usina fotovoltaica própria da Cassems

• Novo fluxo de cirurgias em Campo Grande, com fechamento do centro cirúrgico do hospital Cassems para atender pacientes com Covid 12/2020

• Importação de medicamentos

• Cassems encerra participação na força-tarefa do drive-thru de Campo Grande

• Caminhada iluminada em alusão ao setembro amarelo 59

• Campanha de vacinação antigripe 2021

• Inauguração de 10 leitos de UTI no Hospital Cassems de Corumbá

• Assembleia Geral Ordinária 100% digital

• ANS aprova novo rol de procedimento, de acordo com a RN 465/2021

• Desmontagem do 2º hospital de campanha no Hospital Cassems de Campo Grande 08/2021

01/2021 Cassems recebe selo Covid Free Excelente Programa Travessia Digital 02/2021

• Novo serviço de transplante de medula óssea no Hospital Cassems de Campo Grande Curso virtual do programa de prevenção Casal Grávido 03/2021 Cassems faz parceria com prefeitura e realiza vacinação em drive-thru

• Desmontagem do 3º hospital de campanha no Hospital Cassems de Campo Grande 06/2021

• Cassems reabre as portas do Centro de Prevenção

• Abertura do 3º hospital de campanha no Hospital Cassems de Campo Grande 04/2021

• Desmontagem do 1º hospital de campanha no Hospital Cassems de Campo Grande 07/2021

• Encontro virtual Eu me Amo Eu me Cuido 60+

• Hospital Cassems de Campo Grande comemora, pela primeira vez desde o início da pandemia, zero paciente com Covid-19

• Reorganização do atendimento de urgências respiratórias no Hospital Cassems de Campo Grande, para retirada do hospital de campanha

• Importação de medicamentos 05/2021

• Lançamento do novo site da Caixa dos Servidores

• Encontro de padronização de protocolos clínicos da rede própria hospitalar

• Certificação da ONA no Hospital Cassems de Campo Grande

• Roda de conversa virtual sobre amamentação 09/2021

• Meditação guiada para adolescentes no Parque das Nações Indígenas

2021

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Após 18 meses de trabalho intenso, atendendo aos pacientes acometidos pela Covid-19 no Hospital Cassems de Campo Grande, pela primeira vez, há mo tivos para se comemorar. Desde 14 de setembro, a Caixa dos Servidores não tem nenhum registro de pacientes internados pelo coronavírus na unidade hospitalar. Na mesma data, em 2020, o hospital re gistrava 35 beneficiários internados, entre suspeitos e confirmados com a doença. Atualmente, em todo o Estado, a rede própria da Cassems tem quatro pacientes acometidos pela patologia. O maior pico de casos de Covid-19 no Hospital Casse ms de Campo Grande foi em abril deste ano, com 77 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e 172 leitos de enfermaria ocupados.Ofotógrafo Roberto Kelsson esteve internado na unidade de Campo Grande com Covid-19, nos meses de maio e ju nho, e conta seu relato com alegria. “Sou prova viva de como esses profissionais são incríveis no que fazem. Foram 50 dias internados no hospital e eu serei eterna mente grato a cada atendimento huma

PELA PRIMEIRA VEZ EM 547 DIAS, CASSEMS NÃO TEM NENHUM PACIENTE INTERNADO EM HOSPITAL DE CAMPO GRANDE nizado que recebi. Isso tudo está passan do e estamos vencendo essa doença”.

De acordo com o responsável técni co de Enfermagem do Hospital Cassems de Campo Grande, Fábio Doneida, ter zero paciente no hospital é um alívio para os profissionais. “Esse número não é apenas uma celebração por não termos Covid no hospital, mas também por não presen ciarmos pessoas sofrendo, com medo e ansiedade. Agora, vemos os resultados positivos da vacinação e isso nos deixa satisfeitos como seres humanos”.

A unidade na Capital foi destaque no enfrentamento da pandemia de Covid-19, com uma estrutura de ponta e profissio nais capacitados para prestar um aten dimento humanizado. Por esse motivo, em julho, o plano de saúde registrou o dado de 61% na taxa de recuperação da doença.Asadequações feitas pelo Hospital Cassems de Campo Grande para as segurar a qualidade da assistência e a segurança dos profissionais de saúde e dos pacientes foram de definição estru tural das áreas para Covid-19, como UTI e internação clínica, sala cirúrgica exclusiva para pacientes suspeitos ou confirmados com a doença, estruturação da tenda de pronto atendimento exclusivo para casos suspeitos e confirmados, oferta de testes para todos os colaboradores, deslocamento para home office dos co laboradores com fatores de risco, ações de distanciamento social em toda a uni dade, inclusive em áreas administrativas, triagem dos colaboradores e dos visitan tes na entrada do hospital, fluxos internos separados e exclusivos para pacientes com Covid-19, equipes exclusivas para atendimento nas áreas específicas para a doença, além do reforço nas capacita ções de Conformebiossegurança.explicaRicardo Ayache, pre sidente da Cassems, ter zero paciente na unidade hospitalar tem muito significado para o plano de saúde. “Esse dado nos traz grande emoção, porque nos faz revi sitar tudo o que foi vivido ao longo desses 18 meses de muita tensão, muitas per das, mas, sobretudo, de uma equipe luta dora, que se entregou ao enfrentamento da pandemia”. Selo Covid Free Excelente Em janeiro de 2021, o Hospital Cas sems de Campo Grande recebeu o selo Covid Free Excelente, do Instituto Brasi leiro para Excelência em Saúde (Ibes), por boas práticas de prevenção e en frentamento da pandemia de Covid-19. Essa certificação coloca o HCCG entre os cinco primeiros hospitais que têm o selo no Brasil e o primeiro do Estado referendado pelo Ibes. A certificação de boas práticas preventivas para o enfren tamento do coronavírus tem o papel de garantir ambientes seguros para pro dução, operação e/ou atendimento ao público. O selo foi criado para apoiar as empresas a criarem e manterem um ambiente seguro para seus funcionários e pacientes.

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PROGRAMA DE PREVENÇÃO CASAL GRÁVIDO REALIZA O PRIMEIRO CURSO DO ANO, EM PLATAFORMA DIGITAL os pais, e, em decorrência da pande mia, aconteceu em formato digital. Ministrado pela diretora de As sistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib, o evento teve a par ticipação da enfermeira Paula Serafim e da pediatra Ana Carolina Nasser. A diretora da Caixa dos Servidores sa lienta que, mesmo em meio a uma pandemia, o plano de saúde mantém o seu compromisso com as mães e os cuidados durante a gestação. “Se os beneficiários não podem vir até nós, nós vamos até eles. Agora, as dicas e trocas de experiências do Casal Grá vido estarão disponíveis em uma ver são on-line, feita com muito carinho e aberta a toda a comunidade”. // Três Lagoas é o primeiro município a receber o I Simpósio de Pediatria. O evento aconteceu no dia 27 de março, no Hotel OT. O simpósio teve como objetivo debater os desafios e as novas perspecti vas no atendimento pediátrico hospitalar, além de promover discussões técnicas e científicas por meio de oficinas, mesas e palestras. “O maior objetivo do I Simpósio de Pediatria é proporcionar aprendizado contínuo aos profissionais que atuam na nossa rede hospitalar, ofe recendo a eles a oportunidade de aplicar esse conhecimento na rotina dos aten dimentos”, explica o médico hospitalista e coordenador do encontro Alessandro Falchembak.Osimpósio é uma iniciativa da Diretoria de Unidades Hospitalares da Cassems e é voltado para os profissionais que atuam na rede hospitalar da Cassems. Os temas escolhidos levam em consideração a relevância de um atendimento de qualidade em pediatria, preparando a equipe de assistência para o enfrentamento de situações de estresse e tensão. Entre os assuntos a serem abordados estão cetoacidose diabética, choque anafilático, abordagem a pacientes vítimas de queimaduras, reanimação cardiopulmonar, mal epilético, acidente escorpiônico, choque e manejo da asma na emergência.

-redondas

INFORMATIVO Pais e mães tiveram a oportunida de de realizar um curso gratuito com os profissionais da saúde da Cassems sobre gestação, pré-natal e pós-parto, por meio do programa de prevenção Casal Grávido. O curso tem o objetivo de prevenir os principais problemas que possam aparecer durante a gesta ção, por meio de roda de conversa com

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CASSEMS REALIZA I SIMPÓSIO DE PEDIATRIA EM TRÊS LAGOAS

HOSPITAL CASSEMS DE CAMPO GRANDE REALIZA TREINAMENTO PARA INTUBAÇÃO DE PACIENTES GRAVES

O Hospital Cassems de Campo Grande realizou no dia 17 de abril um treinamento de intubação orotraqueal (IOT), com foco no acesso à via aérea na urgência em pacientes com Co vid-19. O treinamento foi ministrado pelo médico Bruno Alexandre da Silva e tem como objetivo principal orientar os médicos plantonistas e da clínica médica sobre as estratégias de aces so à via aérea de pacientes com Co vid-19 em estado grave, que chegam para atendimento na emergência do Pronto Atendimento ou mesmo nas alas de internação clínica. O treinamento na sala de emer gência foi elaborado para os médicos e enfermeiros que atuam no Hospi tal Cassems de Campo Grande com o objetivo de avaliar a via aérea na sala de emergência de forma rápida e correta, elencando as prioridades de forma sistematizada. Foram mos tradas técnicas de habilidade de IOT com diferentes métodos e disposi tivos alternativos, além de orientar como fazer o reconhecimento e a indicação precoce da intubação oro traqueal no paciente com Covid-19.

A Cassems inaugurou, na manhã do dia 23 de março, a Unidade de Tratamento Intensivo do seu Hospital de Corumbá. Em meio ao aumento expressivo de casos de Covid-19 em todo o Estado, a inauguração da UTI “se tornou uma expectativa muito grande para toda a população de Corumbá, Ladário e região, e hoje estamos realizando esse sonho que proporcionará comodidade para quem necessita de atendimento de alta complexidade”, explica o gerente do Hospital Cassems de Corumbá, Israel Santos.

A inauguração foi realizada apenas com a presença da Diretoria de Unidades Hospitalares da Cassems, diretoria clínica e gerência do hospital e médicos e colaboradores da unidade. “Entendemos que este é um momento crítico e que devemos seguir e reforçar todas as normas de biossegurança necessárias. O mais importante é entregarmos essa Unidade de Tratamento Intensivo para prestarmos assistência em saúde de qualidade e, principalmente nesta época de pandemia, contribuir para desafogar outras unidades hospitalares que enfrentam uma situação bastante delicada”, ressalta Israel. Logo após a inauguração da UTI, as equipes de assistência iniciaram um treinamento para atualizar os protocolos clínicos de terapia intensiva. O treinamento foi conduzido pelo médico hospitalista Alessandro Falchembak. “Com a nova Unidade de Terapia Intensiva aqui no Hopsital Cassems de Corumbá, teremos uma capacidade maior de acolher os nossos pacientes. As equipes receberão treinamentos contínuos para trabalhar as diretrizes de cuidados, implantar protocolos e gerenciar todos os processos de assistência em saúde”, ressalta Alessandro. Para o diretor de Unidades Hospitalares da Cassems, Flávio Stival, com a abertura da UTI, o Hospital Cassems de Corumbá muda seu nível de complexidade e passa a ter um protagonismo maior para a região pantaneira. “A Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Cassems de Corumbá é resultado do trabalho de uma grande equipe. O atendimento que vamos disponibilizar aqui não será diferente do atendimento que ofertamos em todas as nossas unidades, priorizando uma medicina de qualidade”, avalia Flávio Stival. Para o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, os tempos críticos provocados pela pandemia da Covid-19 trazem à tona o olhar de cuidado e respeito que não deve ser esquecido em momento nenhum pelos profissionais que atuam na assistência em saúde. “Com essa Unidade de Terapia Intensiva, reforçamos o nosso respeito, carinho e cuidado com a população de Corumbá, Ladário e região. Vivemos tempos bastante difíceis e estamos fazendo a nossa parte para minimizar da melhor forma os impactos que a pandemia tem causado na vida das pessoas, prestando assistência médica humanizada, com tecnologia moderna e equipes altamente especializadas”, destaca Ricardo Ayache. INAUGURA UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO EM CORUMBÁ

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CASSEMS PRESTA CONTAS DO ANO DE 2020 EM ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA (AGO) APROVADA POR MAIORIA ABSOLUTA DOS BENEFICIÁRIOS

A Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Cassems referente ao ano de 2020 foi aprovada por maioria absoluta dos be neficiários do plano de saúde. O evento aconteceu na tarde do dia 22 de abril, em formato on-line e respeitando todas as normas de biossegurança da Organiza ção Mundial da Saúde (OMS), em decor rência da pandemia da Covid-19. A AGO, que é realizada anualmente, foi aberta para todos os servidores do Estado, com votação restrita para beneficiários titula res da Caixa dos Servidores. Durante o evento, foram apresenta dos o relatório de atividades realizadas pela Cassems no exercício de 2020 e os pareceres da Auditoria Independente e do Conselho Fiscal, também referentes ao exercício de 2020.

Conforme salienta o diretor jurídi co da Cassems, Cleber Tejada, a pos sibilidade de realizar a assembleia a distância contribui com o aumento da participação. “Os beneficiários que mo ram em cidades longínquas da Capital e que em outros momentos tinham de se deslocar para a participação agora conseguem fazer parte da assembleia das suas casas, e isso facilita o acesso à informação”.AAssembleia Geral Ordinária traz a participação dos beneficiários, que são fundamentais em um plano de saúde de autogestão, como é a Cassems, de acordo com o segundo vice-presidente, Alexandre Junior Costa. “Os servidores do Estado, que ajudaram a construir a Caixa dos Servidores, continuam po dendo participar do evento. O que fica é a saudade das velhas assembleias com a participação presencial. Ainda assim, pedimos para que as pessoas se cuidem, pois a pandemia da Co vid-19 ainda não acabou”.

O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, salienta que o plano de saúde continuou trabalhando durante a pande mia para aprimorar os serviços presta dos aos beneficiários. “A pandemia trouxe uma série de mudanças nos hábitos e nas formas de atendimento, mas, ape sar de todo esse desafio que enfrenta mos, tivemos um ano positivo em 2020, o que demonstra a nossa preocupação em relação à qualidade do atendimento e à sustentabilidade econômica da Caixa dos ParaServidores”.opresidente do conselho fiscal da Cassems, Lucílio Nobre, o trabalho re alizado pelo plano de saúde mostra um exemplo em competência de gestão. “Durante a pandemia, o conselho fiscal da Caixa dos Servidores não parou. Em nossos encontros, mantivemos o dis tanciamento entre as pessoas, o uso de máscara e de equipamentos de prote ção individual que permitissem trabalhar com mais segurança. A assembleia geral do plano de saúde consolida tudo aquilo que é desenvolvido ao longo do ano”. De acordo com o vice-presidente da Cassems, Ademir Cerri, a pandemia trou xe um ano difícil em todos os âmbitos da sociedade. “Nada melhor do que esse reencontro, mesmo que a distância, para entender sobre como estamos traba lhando. A Caixa dos Servidores sempre se esforçou para continuar mantendo o padrão de qualidade que tinha antes da pandemia. Foi ágil, presente e jamais fur tou o atendimento aos beneficiários”.

INFORMATIVO 68 // Uma pesquisa encomendada pela Cassems mostra que 88,93% dos bene ficiários consideram como “muito bom” ou “bom” o atendimento prestado pela operadora de saúde. O estudo, que foi feito com beneficiários de todo o Esta do, analisou os serviços assistenciais prestados pelo plano de saúde em sua Rede Credenciada e Própria. Em virtude da pandemia de Covid-19, conforme as normativas da Organização Mundial da APONTA QUE 88,93% DOS BENEFICIÁRIOS AVALIAM COMO POSITIVO O ATENDIMENTO DA CASSEMS Saúde (OMS), a pesquisa foi feita por te lefone, no período de 12 a 16 de abril. Para o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, o resultado positivo se deve ao trabalho e ao empenho de todos os diretores, conselheiros e colaboradores, principalmente em um ano atípico, marcado pela crise sanitária do novo coronavírus. “Após um ano crítico, de intenso trabalho no enfrentamento à pandemia de Covid-19, esse resultado é especial mente satisfatório, principalmente porque ele demonstra que a pre ocupação do servidor público em construir, há vinte anos, o seu pró prio plano de saúde foi uma decisão acertada, e hoje todos nós colhemos os frutos dessa atitude corajosa, que é poder oferecer um atendimento digno às nossas famílias neste mo mento tão desafiador”.

PESQUISA

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Os dados apontam também que 88,60% dos beneficiários participantes da pesquisa re comendariam o plano de saúde para amigos e familiares. Esses números são consequ ência de uma estratégia moderna de gestão na área da saúde, que prioriza a descentra lização, a prevenção e, sobretudo, a verticalização do atendimento, ou seja, a estruturação de serviços próprios oferecidos aos seus usuários com o intuito de otimizar os recursos e reinvesti-los para que o beneficiário do plano tenha cada vez mais acesso a um atendi mento de qualidade e humanizado.

Ainda de acordo com a pesquisa, 82,11% dos beneficiários avaliam positivamente a aten ção em saúde recebida nas redes Própria e Credenciada da Cassems. Atualmente, a Caixa dos Servidores conta com mais de 3.200 profissionais credenciados de várias especiali dades, além de oferecer alternativas para suprir a falta de médicos em algumas locali dades, como o programa de assistência à saúde Cassems Itinerante. Criado em 2013, o programa tem como objetivo amenizar as dificuldades encontradas pela população do interior do Estado no acesso à medicina especializada nos locais onde esses serviços não estão disponíveis na Rede Própria ou Credenciada.

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Nos dias 19 e 20 de maio, cola boradores da assistência em saúde dos dez hospitais componentes da rede Cassems debateram assuntos voltados à gestão da qualidade no atendimento hospitalar e à seguran ça do paciente. O Hospital Cassems de Campo Grande, por meio de sua equipe de Qualidade, coordenou o 1º Webnário de Gestão da Qualidade Hospitalar e Segurança do Paciente, no intuito de iniciar um grande mo vimento para padronização de tarefas e processos assistenciais em todas as unidades hospitalares da Caixa de Assistência dos Servidores do Esta do de Mato Grosso do Sul. “O nosso objetivo é fazer com que todas as unidades hospitalares da Cassems falem a mesma linguagem”, explica a coordenadora do setor de Qualidade do Hospital Cassems de Campo Gran de, enfermeira Carolina Weber Prieto Leite. PROCESSO DE PADRONIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE NA REDE HOSPITALAR CASSEMS

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ENCONTRO VIRTUAL INICIA

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A diretora de Clientes da Cassems, Jucli Stefanello, salienta que o novo aplicativo surgiu para contribuir com o cotidiano dos servidores do Estado e seus familiares. “Com esse novo recurso, o beneficiário não precisa ir até a Cassems para ser atendido. A plataforma está muito bem-feita, a equipe trabalhou para entregar bons resultados. Então, a plataforma aten de às necessidades dos usuários do plano de saúde”. PASSA POR ATUALIZAÇÃO E TRAZ MELHORIAS

APLICATIVO CASSEMS BENEFICIÁRIO

A Caixa de Assistência dos Servi dores do Estado de Mato Grosso do Sul, aliando a tecnologia ao aten dimento de qualidade, lançou uma atualização do aplicativo Cassems Beneficiário. Para ter acesso ao re curso, disponível para Android e iOS, os usuários do plano de saúde de vem fazer um novo download na loja de aplicativos do celular e excluir a plataforma antiga. Com a ferramen ta, os usuários do plano conseguem atualizar dados cadastrais, marcar consultas, acompanhar solicitações, entre outras funcionalidades.

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O encontro foi mediado pela gineco logista, obstetra e diretora de Assistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib, e contou com a participação da psiquiatra Karina Cestari e da geriatra Isabela Carrijo. A diretora da Caixa dos Servidores destaca que, mesmo durante a pandemia, os idosos devem se manter ativos, e esses encontros virtuais têm o objetivo de levar informações e cuidados a essa faixa etária. “Nosso encontro teve foco na saú de das pessoas com mais de 60 anos. Propomos um debate sobre os cuidados ao longo da vida, sobre a importância da adesão aos programas de prevenção, além da necessidade de manter as con sultas com geriatra. Contudo, falar mui to da importância de viver mais, porém, também viver com mais alegria, mais gratidão e intensidade. Nestes tempos em que vivemos, em que ainda continu amos com afastamento social, a saúde mental precisa ser também reavaliada e cuidada. Para isso, oferecemos infor mações importantíssimas, com profis sionais altamente gabaritados”, salienta Maria Auxiliadora. REALIZA ENCONTRO DIGITAL COM FOCO NA SAÚDE E NO BEM-ESTAR DO PÚBLICO IDOSO

Desde o dia 25 de maio, o drive-thru Cassems passou a funcionar no esta cionamento da sede administrativa do plano de saúde, na Rua Antônio Maria Coelho, nº 6.065, no Bairro Vivendas do Bosque. Desde março, a Cassems se uniu à grande força-tarefa de imuniza ção da população, em uma parceria do plano de saúde com o Sistema Único de Saúde (SUS), em atenção à portaria da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

Na noite do dia 25 de junho, a Casse ms realizou um encontro digital voltado ao bem-estar e à saúde do público idoso. Com a participação de profissionais de diversas áreas médicas, o encontro faz parte do programa de prevenção Eu me Amo, Eu me Cuido 60+, que tem como objetivo oferecer uma linha de cuidados específica para idosos, com acompanha mento frequente e uma atenção multi disciplinar para o corpo e a mente.

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ATENÇÃO: DRIVE-THRU DE VACINAÇÃO CASSEMS FUNCIONA NA SEDE DO PLANO DE SAÚDE

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Endoscopia Diagnóstica e Terapêutica EcoColonoscopiaEndoscopia Alta e Baixa Broncoscopia e Laringoscopia Retirada de corpo estranho Colocação de Balão Gástrico ManometriapHpHGastrostomiaMetriaEsofágicaImpedanciometriaEsofágica e Retal UltrassonografiaBiofeedback Geral TesteDopplerElastografiaColoridoRespiratório de Hidrogênio (H2) Colangiografia Pancreática Endoscópica Gastroenterologia Clínica e Cirúrgica FonoaudiólogaOtorrinolaringologia ESPECIALIDADESEEXAMES www.digestdiagnosticos.com.br Rua Dr. Antônio Arantes, n° 272 - C. Cachoeira • CEP 79040-720 - Campo Grande/MS Campo Grande: (67) 3042-1000 99265-2509 • Filiais: Aquidauana (67) 3241-7429 • Rio Verde (67) 3292-1820.

A Caixa de Assistência dos Servi dores do Estado de Mato Grosso do Sul deu início à campanha Junho Vermelho, para conscientização so bre a doação de sangue. No dia 22 de junho, o plano de saúde realizou uma grande ação de coleta com os colaboradores de Campo Grande, em parceria com o Hemosul. A gerente de Recursos Humanos da Cassems, Vanêssa Trivellato Jucá, aborda a importância da doação de sangue feita pelos colaboradores. “Cuidar de quem cuida está na cul tura da empresa, e uma ação como esta, além de contribuir com a socie dade, fortalece nossos valores orga nizacionais e permite ainda mais o exercício diário do afeto e da fé, para lembrarmos que temos um papel a cumprir com o próximo e que dias melhores virão”.

JUNHO VERMELHO: CASSEMS LANÇA CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A DOAÇÃO DE SANGUE

ENTENDA A ATUAÇÃO DA CASSEMS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA CONTRA A COVID-19 74 //

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A Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso Do Sul (Cassems) foi criada após a reforma administrativa do Estado em 2000, a partir da extinção do órgão que oferecia assistência à saúde aos servidores públicos estaduais. A Cassems é uma associação civil, sem fins econômicos, registrada na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com vínculo ativo sob o nº 41353-4. A Caixa dos Servidores opera como plano coletivo empresarial na modalidade de autogestão, seus recursos são oriundos de desconto porcentual na folha de pagamento dos servidores associados, acrescidos de uma parcela porcentual do Estado dessa mesma folha, e são destinados à assistência à saúde em geral dos servidores públicos estaduais ativos, aposentados, pensionistas e ex-funcionários, bem como de seus respectivos grupos familiares definidos por estatuto.

Custeio do plano de saúde O plano de assistência à saúde Cassems tem como objetivo a prestação de serviços médico-hospitalares, odontológicos, fonoaudiológicos, psicológicos, etc., de caráter de autogestão, com finalidade de redução de risco de doença e outros agravos, mediante contribuição participativa dos seus associados juntamente de seus patrocinadores, observando critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Portanto, os associados titulares são responsáveis pela maior parte da receita e dos recursos necessários à administração do plano de saúde, assim, a prestação dos serviços pela Caixa dos Servidores está condicionada ao custeio dos benefícios assistenciais pelo beneficiário, que adere voluntariamente ao plano de saúde. A contribuição dos servidores públicos estaduais é feita da seguinte forma: associados titulares sem dependentes: 6%; associados titulares com um dependente: 7%; associados com 2 dependentes: 7,25%; associados titulares com três ou mais dependentes: 7,50%. A contribuição patronal (governo do Estado, Poderes Judiciário e Legislativo) é de 5,05%. A contribuição dos convênios municipais, tanto do servidor, quanto patronal, é feita de acordo com cálculo atuarial.

Cassems e a pandemia Em 11 de março de 2020, a Organi zação Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de pandemia do novo coronaví rus, em todo o mundo. Diante da crise sanitária, a Cassems passou a seguir, rigorosamente, os protocolos da OMS, adotando medidas preventivas e de atendimento, tais como:

• Mobilização de equipes multidisci plinares para o diagnóstico rápido e tra tamento das doenças respiratórias;

• Antecipação para o mês de março da campanha de vacinação contra a gri pe H1N1 + cepas virais recentes, a qual já é realizada há dez anos;

• Fortalecimento da sua rede de atendimento, tanto da atenção básica ambulatorial como da hospitalar e de diagnóstico, para o cumprimento do flu xo de assistência aos casos suspeitos ou prováveis de coronavírus (Covid-19) e doenças respiratórias;

• Fortalecimento das campanhas de conscientização e prevenção em seus veículos de comunicação e redes sociais, direcionadas aos 2.983 colabo radores e quase 215 mil beneficiários, reforçando a importância da higieniza ção das mãos, do uso de máscaras e do distanciamento social; • Lançamento de vários canais de comunicação e atendimento aos seus beneficiários para resolução de todo tipo de demanda, seja ela de assistência à saúde, financeira ou administrativa. Além de um canal de atendimento com profissionais da saúde capacitados e aptos a fornecer as orientações neces sárias a cada beneficiário e, se neces sário, o encaminhamento para uma das unidades hospitalares;

• Fragmentação dos atendimentos na rede ambulatorial, visando evitar o grande fluxo e a concentração de pa cientes num mesmo horário;

• Cancelamento e adiamento dos grandes eventos corporativos que reu niriam públicos significativos, como a Assembleia Geral Ordinária (AGO) e a Convenção dos Colaboradores Cassems;

• Suspensão de atendimentos nas academias dos centros de prevenção e dos atendimentos eletivos em odonto logia;Desde o início da pandemia, mais de 50.500 pacientes foram atendidos nos prontos atendimentos da Covid-19, da Cassems. Foram mais de 1.400 pa cientes internados em UTIs, 8.500 testes de Covid-19 realizados e 803 pacientes da Capital monitorados após internação. Para assegurar atendimento de qua lidade e com segurança, a Caixa dos Servidores contratou mais de 300 pro fissionais. A nossa área de inovação e tecnologia desenvolveu novas ferramen tas e funcionalidades digitais, em tempo recorde, para implantar atendimento digital, por meio de robô, e teleconsultas. Para os beneficiários de Campo Grande e Dourados, foi criado o serviço Disque Informação Coronavírus. Na Capital, ainda foi implantado o projeto Travessia, que acolhe os familia res dos pacientes com Covid-19, e o pro grama Fica Tudo Bem fez mais de 360 atendimentos psicológicos do luto. O 75

• Intensificação de medidas de profilaxia, higienização e monitoramento em toda a rede corporativa e de atendimento;

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conjunto com todos os segmentos e diretorias da Caixa dos Servidores, iniciou a implementação de planos de contingência e de biossegurança nos dez hospitais que compõem a rede. Cada hospital foi avaliado em sua ca pacidade de assistência e foram definidos polos de atendimento para os casos mais graves relacionados ao contágio pelo coro navírus, priorizando esses pacientes, mas, ao mesmo tempo, buscando um protocolo de biossegurança que preservasse tanto a integridade dos colaboradores da linha de mil Ospessoas.investimentos foram muitos, mas o trabalho conjunto, em rede, e a dedicação da nossa equipe fizeram toda a diferença. A Cassems é, hoje, re ferência no atendimento da doença. Do diagnóstico ao tratamento, da alta hos pitalar ao acompanhamento pós-Co vid-19, da prevenção e orientação ao acolhimento das famílias. Os números frente quanto dos familiares de pacientes e ainda os beneficiários que buscavam aten dimentos não relacionados à Covid-19. Por meio de um monitoramento contí nuo da evolução da pandemia em todos os municípios de Mato Grosso do Sul, a Dire toria de Unidades Hospitalares da Cassems conseguiu estruturar linhas de atendimento em que três dos maiores hospitais da rede, localizados em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, concentraram os serviços de terapia intensiva, com ampliação de leitos de UTI, em apoio às unidades restantes. impactam. Mas o retrato de uma pan demia não pode ser feito apenas com números. Estamos falando de vidas e cuidar da vida exige atenção, dedica ção. A Cassems não mediu esforços para cuidar com segurança e afeto de cada vida atendida. Numa era de incer tezas, carregamos a certeza de que a vida tem de estar em primeiro lugar. E nós estamos fazendo tudo por isso.

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Unidades hospitalares O ano de 2020 foi atípico para todas as unidades hospitalares da Cassems. A pandemia da Covid-19 influenciou não apenas o cotidiano das populações em todo o mundo, mas, principalmente, a rotina dos serviços de saúde, em especial a dos hospitais, que tiveram de se adaptar a uma demanda cada vez mais crescente de internações em unidades de terapia intensiva (UTIs). Mesmo antes que o estado de pandemia fosse decretado, a Diretoria de Unidade Hospitalares, em Hospital Cassems de Campo Grande foi o primeiro do Estado a receber o selo Co vid Free Excellent. A Caixa dos Servidores realizou parcerias com universidades do Brasil e dos Estados Unidos, investindo em pesquisa e na ciência para vencer o vírus. No fim de março de 2021, a Casse ms se uniu à força-tarefa da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) e já foram vacinadas mais de 10

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Hospital Cassems de Aquidauana O Hospital Cassems de Aquidaua na precisou se adaptar às mudanças abruptas provocadas pela pandemia da Covid-19. Inicialmente, foi montada uma estrutura de tenda, fora do corpo do hospital, para que os pacientes fos sem triados, separando os casos sus peitos da doença dos pacientes que buscavam atendimento para outras especialidades. Com o aumento no número de casos, foram suspensos os atendimentos eletivos especializados e também cirúrgicos, mantendo o foco nos de emergência e de casos suspei tos de Covid-19.

Hospital Cassems de Naviraí Ao longo de 2020, mesmo com as dificuldades promovidas pela pande mia, no mês de setembro de 2020, o Hospital Cassems de Naviraí realizou contratualização para a prestação de serviços de diagnóstico por imagem, para melhor atender os beneficiários da região. Com o fluxo de atendimen to em constante aumento, a unida de realizou 15.613 consultas, 1.179 internações, 664 cirurgias e 20.697 exames.

Hospital Cassems de Coxim No enfrentamento da pandemia, a unidade hospitalar da Cassems em Coxim firmou um contrato de cooperação com o Hospital Regional da cidade para que os casos relacionados ao coronavírus fossem atendidos pelo HR. Em contrapartida, como forma de colaborar com a liberação de lei tos para pacientes com a doença, o Hospital Cassems de Coxim realizou o atendimento de puérperas. Em um segundo momento da evolução da pandemia, o hospital pas sou a atender os pacientes com Covid-19.

Hospital Cassems de Corumbá Em tempos de prevenção e cuidados redobrados contra a Covid-19, o Hospital Cassems de Corumbá adotou uma série de medidas a fim de minimizar os impactos provocados pela circulação do novo coronavírus. Em 2020, para atender a essa nova realidade, mais médicos foram contratados e a equipe de enfermagem recebeu reforço substancial. Instituiu-se um plano de biossegurança, o qual reforçou a aquisição de equipamentos de proteção individual e testagem entre os colaboradores. O Hospital Cassems de Corumbá abriu um pronto atendimento exclusivo para os casos suspeitos durante a fase mais aguda da doença no município e toda internação de paciente com sintomas respiratórios foi feita em ala própria.Dentro das medidas de combate ao coronavírus, a unidade firmou parceria com a Santa Casa do município como forma de garantir o melhor tratamento a pacientes diagnosticados com o vírus, otimizando o oferecimento de leitos entre as instituições. Aos colaboradores da unidade hospitalar também foi prestado todo o suporte necessário para o enfrentamento da Covid-19. Em 2020, o Hospital Cassems de Corumbá realizou 21.001 consultas, 1.646 internações, 1.051 cirurgias e 8.860 exames de imagem. 77

A unidade também estruturou um setor de internação e observação para os pacien tes sintomáticos respiratórios com cinco lei tos, sendo um para estabilização dos casos críticos. O maior volume de atendimentos de casos de Covid-19 registrado pelo Hos pital Cassems de Paranaíba aconteceu em meados do mês de agosto de 2020, quando a unidade hospitalar teve sua capacidade máxima de leitos ocupada. As cirurgias ele tivas foram paralisadas no mês de abril de 2020, para redução do risco de exposição à contaminação tanto de profissionais que atuam no hospital quanto dos pacientes e seus familiares.

Hospital Cassems de Ponta Porã Assim como todas as unidades da rede da Caixa dos Servidores, o Hos pital Cassems de Ponta Porã também precisou realizar adequações para se adaptar ao “novo normal” instituído pela pandemia da Covid-19. O ambu latório de consultas foi reestruturado para separar a entrada de pacientes com sintomas respiratórios daqueles pacientes que buscavam atendimento para outras especialidades e apre sentou maior procura no fim de 2020, momento em que já era esperado um aumento significativo no número de casos.As cirurgias eletivas foram sus pensas na unidade logo no início da pandemia, sendo retomadas após 15 dias. Os casos graves de Covid-19 fo ram transferidos para os hospitais de referência da Cassems em Campo Grande ou Dourados.

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Hospital Cassems de Paranaíba Em 2020, o Hospital Cassems de Para naíba priorizou o atendimento dos casos de Covid-19. A unidade precisou fazer uma alte ração na entrada dos pacientes pelo pronto -socorro, separando a triagem de pacientes sintomáticos respiratórios dos demais ca sos, inclusive nos consultórios.

Hospital Cassems de Nova Andradina Localizado em uma região fronteiriça com os estados de São Paulo e Paraná, o Hospital Cassems de Nova Andradina en frentou um momento difícil no mês de abril de 2020, sendo a primeira unidade hospitalar da Cassems a sentir os impactos da pandemia da Covid-19. O primeiro caso de coronavírus em Mato Grosso do Sul foi registrado na unidade, mas os planos de contingência e preparação que já estavam sendo executados em toda a rede Cassems, em especial nos hospitais, foram essenciais para o enfrentamento da pandemia. De forma rápida, todos os colaborado res tiveram as orientações de prevenção e cuidados, que já estavam em andamento, reforçadas. O hospital abriu um ambula tório específico para o atendimento de urgências respiratórias e o ambulatório de consultas eletivas foi suspenso tempora riamente, de modo a garantir qualidade e segurança no atendimento aos pacientes.

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Hospital Cassems de Dourados O ano de 2020 representou uma mudança significativa para a unidade hospitalar da Cassems em Dourados. Para se adaptar à nova realidade provocada pela pandemia da Covid-19, foi necessário fazer várias reestruturações no atendimento da unidade. Para cumprir com a sua prerrogativa de unidade polo de referência no atendimento a pacientes sintomáticos respiratórios e suporte às outras unidades da rede Cassems, foi necessário dividir o pronto atendimento para atendimentos gerais e de urgência respiratória, com duas entradas separadas, com equipe e plantonistas diferenciados. Foi preciso, ainda, fazer reestruturação das equipes, dos espaços do laboratório, do setor de diagnósticos, da recepção e da oncologia, de modo a evitar o perigo da contaminação cruzada e consequente aumento na propagação do coronavírus. Como referência para o recebimento de demandas de unidade de tratamento intensivo de outras unidades da rede Cassems e também de suporte para outros estados, como Mato Grosso, montou-se uma UTI com oito leitos exclusivos para Covid-19 e 15 leitos de internação clínica, também exclusivos para pacientes sintomáticos respiratórios. Desde o início da pandemia, o Hospital Cassems de Dourados tem mantido uma alta taxa de ocupação de leitos clínicos e críticos, girando sempre em torno dos 100%. O volume de atendimentos do pronto atendimento de urgências respiratórias da unidade também se mantém alto, com uma média de 30 consultas por dia. Ao longo do ano de 2020, o hospital precisou suspender as cirurgias eletivas diversas vezes, mantendo apenas os procedimentos cirúrgicos considerados de urgência e emergência.

Hospital Cassems de Três Lagoas O Hospital Cassems de Três Lagoas, no período da pandemia, também se tornou um polo para o atendimento de casos graves e suporte às demais unidades da rede Cassems. A unidade precisou duplicar a sua estrutura de atendimento na ala ambulatorial, com a estruturação de duas recepções, duas salas de atendimento, observa ção e triagem, de forma a separar os pacientes sintomáticos respiratórios dos Ademais.pandemia, em Três Lagoas, em momento algum, durante o ano de 2020, apresentou índices extremamen te altos de infecção da população, no entanto, a unidade hospitalar se man teve preparada para receber os pa cientes. Para internação clínica, foram destinados sete leitos exclusivos para pacientes sintomáticos respiratórios. Na unidade de terapia intensiva, em alguns períodos, foi necessário montar duas estruturas de internação de modo a segregar os pacientes em tratamento para o coronavírus dos pacientes com outras doenças, evitando a dissemina ção do contágio.

Hospital Cassems de Campo Grande

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Um ano atípico mostrou a capacidade de superação e renovação no cotidiano do Hospital Cassems de Campo Grande. Com apenas quatro anos de vida, a maior unidade hospitalar da rede da Caixa dos Servidores enfrentou o grande desafio que tem sido a pandemia e se consolidou no cenário da assistência em saúde hospitalar de média e alta complexidade. Sendo um ano atípico, 2020 permitiu às equipes do HCCG renovar todos os processos assistenciais, testando a capacidade de todos os colaboradores em enfrentar a crise de forma bastante profissional.Paraoenfrentamento da Covid-19, já nos primeiros meses de 2020, an tes mesmo da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a situação de pandemia, o Hospital Cassems de Campo Grande começou a se organizar para encarar uma situação que poderia se tornar bastante crítica. Sob a orien tação da presidência, da Diretoria de Assistência em Saúde, da Diretoria de Unidades Hospitalares da Cassems e

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81 das diretorias técnica, clínica e admi nistrativa da unidade, iniciou-se todo o planejamento para o atendimento tanto de casos leves quanto de casos graves de coronavírus, prevendo-se, in clusive, o apoio aos hospitais da rede Cassems do interior do Estado. O HCCG foi o primeiro hospital de Mato Grosso do Sul a colocar em fun cionamento uma unidade de campa nha completamente equipada para a assistência aos pacientes que apre sentassem crises respiratórias, prin cipal sintoma da Covid-19. Montou-se uma estrutura com cerca de 600 me tros quadrados, com disponibilidade de 30 leitos de observação, específicos para atender pacientes em sistema de isolamento, com equipe própria total mente equipada e sistema de filtragem de ar específico para evitar contamina ções ou disseminação do vírus. Além disso, o comitê de crise, implantado exclusivamente para coordenar e dire cionar as boas práticas de assistência em saúde nesse período, criou e refor mulou diversos fluxos internos do hos pital, de forma a garantir a qualidade no atendimento e a segurança tanto dos pacientes e seus familiares quanto das Conformeequipes. a pandemia foi evoluin do, o hospital também se manteve em movimento, ampliando seus espaços para internação em leitos críticos e nas enfermarias. Inicialmente, foram disponibilizados 20 leitos de UTI para os casos graves de Covid-19. No auge da pandemia, as cirurgias eletivas fo ram redirecionadas à rede hospitalar de apoio, sendo possível, dessa forma, ampliar a oferta de leitos críticos, to talizando 42 leitos disponíveis na uni dade hospitalar, sendo 30 para unidade de terapia intensiva e 12 para unidade de cuidados intensivos, ambos exclusi vos para os casos graves de Covid-19.

Na parte de internação clínica, o Hospital Cassems de Campo Grande disponibilizou de forma inicial 24 leitos, mas com o agravamento da pandemia a partir do segundo semestre de 2020, foi necessário liberar mais uma ala de enfermaria para o suporte aos pacientes, num total de 48 leitos de internação clínica. A pandemia mostrou o quanto a unidade se adaptou para o enfrentamento de uma crise sem precedentes e também testou a capacidade de renovação das equipes diante das dificuldades. Desde o início da pandemia, o Hospital Cassems de Campo Grande realizou cerca de 20 mil atendimentos em sua unidade de pronto atendimento de urgências respiratórias e internou 885 pacientes nas alas exclusivas para Covid-19.

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Foi assim que a trajetória da Cassems começou.

ARTIGO ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ON-LINE: UM IMPORTÂNCIAFORMATO,NOVOAMESMA TEXTO: CassemsdaVice-presidente2º–CostaJuniorAlexandre FOTO: FerreiraMessias

Com a aprovação dos servidores a uma nova era

A participação popular tem um papel fundamental no fortalecimento e na preservação da democracia, e essa participação deve ir além da eleição de representantes a cada quatro anos. Começo este texto falando de democracia, mas, na realidade, quero falar da Cassems. Por qual motivo, então, resolvi iniciá-lo com esse pensamento? Simples! Porque os fatos que antecederam o dia 1º de março de 2001, marco da fundação da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), foram protagonizados por “atores e atrizes”, servidores adeptos e defensores dessa ideia, que ousaram disputar a gestão do seu plano de saúde. Portanto, não há como falar da Caixa dos Servidores sem abordar valores como democracia, solidariedade, responsabilidade social e transparência, além de ousadia, coragem e inovação. Esse é o DNA da AindaCassems!ecoaem meus ouvidos a seguinte frase: “Os que aprovam a proposta levantem seus crachás”.

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No início, éramos pouco mais de 70 mil servidores, quando acreditamos nesse sonho ao levantarmos os nossos crachás para dizer sim à criação da Cassems. Hoje, somos quase 220 mil vidas, que colocam a sua saúde e a de seus familiares sob os cuidados do plano de saúde dos Comeceiservidores.otextofalando de democracia, solidariedade e transparência por que foram esses os principais pilares que nos pautaram no início e nos guiaram durante os 20 anos de existência da Cai xa dos Servidores. Uma gestão com base sólida na coletividade, na reciprocidade, na transparência, extremamente profis sionalizada e, principalmente, humana, foi o que nós apostamos lá atrás e conti nuamos seguindo à risca essas diretrizes que nos fizeram grandes. Esse modelo de governança já apontava, em 2001, o pioneirismo da Cassems no sistema de autogestão, que garante aos próprios servidores do Estado administrarem e serem beneficiados pelo plano de saúde. Esse modelo também propunha garantir um atendimento digno e uma melhor qualidade de vida aos servidores públicos de todo o Estado e seus familiares, que anteriormente só podiam ser atendidos na Capital, por meio de uma rede cre denciada estrategicamente distribuída, que oferece atendimento com a mesma qualidade à população das cidades mais longínquas.Diferentemente da assembleia de criação da Cassems, realizada com a presença maciça dos beneficiários, atipicamente, em 2020 e em 2021, ano no qual completou 20 anos, as Assem bleias Gerais Ordinárias (AGOs) de pres tação de contas tiveram de ser realiza das on-line, em virtude da pandemia do novo coronavírus. Para nós, compa nheiros e companheiras de tantas lu tas, de tanto corpo a corpo nas ruas em busca dos nossos direitos, pode parecer estranho nos reunirmos a distância, porém, neste momento, a saúde vem em primeiro lugar, a pandemia ainda não acabou e a vacinação da popula ção também não caminha da maneira que esperávamos. A AGO sempre foi o momento mais importante para nós, beneficiários da Caixa dos Servidores, e continuará sendo, porque a Cassems é uma construção coletiva dos servidores e não há coletividade sem a participa ção em massa das pessoas. Não sabe mos se em 2022 poderemos nos reunir pessoalmente, como preferimos, com aquele calor humano que nos é típico. Contudo, seja presencial, seja a distân cia, a realização da AGO é fundamental para o bom funcionamento da Caixa dos Servidores. É na AGO que o benefi ciário pode exercer o seu poder de dono do plano de saúde e decidir os seus rumos. Presencial ou on-line, a Assem bleia Geral Ordinária tem a mesma importância e sempre será o momento mais esperado dos servidores públicos, não importa o meio pelo qual acontece.

Uma ideia ousada, inovadora e corajosa, que em um primeiro momento parecia inviável, mas que hoje inspira outros estados a adotarem um modelo parecido.

bempós-Covid:Fisioterapiaumnecessário

FreepikImagem:

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de assistência à saúde que se iniciava e que mudaria a história da saúde de Mato Grosso do Sul. Insatisfeitos com o atendimento recebido na época pelo extinto Previsul, os servidores públicos se organizaram e resolveram criar e administrar o seu próprio plano de saúde.

GUIA ONDE ENCONTRAR ATENDIMENTO CASSEMS NO ESTADO Campo Grande Avenida Mato Grosso, 5151 (67) Aquidauana3323-0330 Rua José Bonifácio, 115 (67) 3241-0200 / 3241-0201 Coxim Rua Virgínia Ferreira, 2415 (67) 3291-7603 / 3291-3269 Dourados Rua Oliveira Marques, 2771 (67) 3410-0069 / 3410-0092 Naviraí Av. Dourados, 1425 (67) Nova3461-2200Andradina Rua Walter Hubacher, 748 (67) Paranaíba3441-2444 Rua Coronel Carlos, 1955 (67) 3668-2171 / 3668-5275 Ponta Porã Rua Guia Lopes, 1785 (67) Três3431-4907Lagoas Rua Bruno Garcia, 2330 (67) Corumbá3521-2871 Rua Monte Castelo, 60 (67) 3234-5300 Pronutri (67) 3382-8584 - Campo (67)Grande3033-8350 - Dourados Odontologia para bebês (67) 3309-5394 - Campo (67)Grande3033-8359 - Dourados Centro de Prevenção (67) 3382-8584 - Campo (67)Grande3033-8350 / 984034450 - Dourados Eu me amo, eu me cuido 60+ (67) 3322-3401 / 3309-5351 Casal Grávido (67) 3309-5351 / 3309-5305 / 999740599 - Campo Grande (67) 3033-8383 - Dourados (67) 3919-1100 - Três Lagoas (67) 99974-0599 - Corumbá Ônibus da Saúde (67) 3309-5399 / 3309-5351 Dia M (67) 3309-5351 Farmácia OAB (67) Cartão3318-4813deBenefícios (67) 0800-7351585Benefício3309-5333Póstumo(Grupo Lírios) (67) 3042-8774 (Nipo Brasileira) Central de Atendimento 24 horas 67 Ouvidoria3314-1010 (67) Clínica3309-5380daFamília Cassems Rua: 25 de Dezembro, 1.231 - Centro - (67) 3322-3400 Centro Médico e de Diagnóstico Avançado Rua: Príncipe Ranier, 94 - Royal Park (67) Centro3056-9800Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps) Rua: São Paulo, 68 - Centro (67) Unidade3384-6344Carandá Bosque Rua: Boipeva, 184 - Carandá Bosque I 67 3312-2101 / 3312-2102 Centro de Prevenção em Saúde Cássio Pereira do Nascimento Rua: Abrão Julio Rahe, 97 - Centro67 3382-8584 HOSPITAIS CASSEMS PROGRAMAS DE PREVENÇÃOBENEFÍCIOS CASSEMS GUIA

A Aquidauana Ana Maria Mendes Machado. Rua Antonio Joaõ/ s/n - Bairro Alto - 79200-000. (67) 3247-0220 C Campo Grande Sonilza de Souza Lima. R. Antonio Maria Coelho, 6065. 79002-200. (67) 3309-5362 Corumbá Rosana Lídia da Silva Pereira. Rua Monte Castelo, 60 - Bairro Popular Velha. 3234-5349 / 3234- 5348 e 3234- 5347 Coxim Ezequiel de Azevedo. Av. Virginia Ferreira 2415. Bairro Flavio Garcia. 79400-000. (67) 3291-3853 D Dourados Vera Lúcia de Lima. Av. Mato Grosso, 1470. Jardim Santo Andre. 79810-110. (67) 3411-7530 / Fax. 3411-7536 J Jardim Odete Aquino. R. Tenente Hernani de Gusmão, 279. 79240-000. (67) 3251-1811 N Naviraí João Inácio de Farias. Av. Dourado, 569. 79950-000. (67) 3461-1405 Nova Andradina Ivone Ramos Pereira. R. Elizabete Rubiano, 1431. 79750-000. (67) 3441-1415 / Fax 3441-4506 P Paranaíba Valeria Lucena Matos Pereira. R. Dr. Mario Correia, 1175. Centro. 79500-000. (67) 3668-5148 Ponta Porã Selma Dias Gonçalves. R. Coronel Camisão, 254. 79900-000. (67) 3431-4347 T Três Lagoas Aelton Manoel A. Oliveira. R. Marcilio Dias, 318, Bairro Colinos. 79603-140. (67) 3521-3958/3522-8889 LOCAIS A Água Clara Rua Idalina Guarini da Silva, 60. 79680-000. (67) 3239-2431 Alcinópolis Rua Maria Barbosa Carneiro, 640. 79530-000. (67) 3260-1661 Amambai Rua da República, 3283. (67) 3481-1422 Anastácio Rua Padre Patrício, 1520. 79210000. (67) 3245-1942 Anaurilândia Avenida Brasil, 1177. 79770-000. (67) 3445-1629 Angélica Rua Antônio Basílio de Lima, 109. 79785-000. (67) 3446-1113 Antônio João Rua Vereador Arthur de Oliveira, 325. (67) 3435-1986 Aparecida do Taboado Avenida Orlando Mascarenhas Pereira, 1157. Centro. (67) 3565-5190 Aral Moreira Rua 31 de Março, 810. 79930-000. (67) 34881112 B Bandeirantes Rua Francisco Antonio de Souza, 2616. 79430-000. (67) 3261-1600 Bataguassu Avenida Coxim, 61. 79780-000. (67) 3541-2362 Batayporã Avenida Brasil, 1453. 79760-000. (67) 3443-1561 Bela Vista Rua Duque de Caxias, 1013. 79260-000. (67) 3439-4353 Bodoquena Rua Yossio Okaneko, 499. 79390-000. (67) 3268-1581 Bonito Rua Senador Filinto Muller, 630. 79290-000. (67) 3255-2134 Brasilândia Avenida São José, 457. (67) 3546-1344 C Caarapó Avenida Duque de Caxias, 421. (67) 3453-3323 Camapuã Rua Cândido Severino, 639. (67) 3286-3640 Cassilândia Rua José Cristino Sobrinho, 414. (67) 3596-1516 Chapadão do Sul Avenida Oito, 800. Sala 06. 79560-000. (67) 3562-1050 Corguinho Rua Marechal Deodoro, 173. 79460-000. (67) 3250-1501 Coronel Sapucaia Rua Teixeira de Freitas, 268. 79995-000. (67) 34832145 Costa Rica Rua José Pereira da Silva, 792. 79550-000. (67) 3247-2205 D Deodápolis Rua Paraná, 503. Caixa Postal 190. 79790-000. (67) 3448-2187 Dois Irmãos do Buriti Rua Ponta Porã, 304. 79215-000. (67) 3243-1387 Douradina Rua Joaquim Araújo Jurema, 1025. (67) 3412-1028 E Eldorado Avenida Brasil, 986. 79970-000. (67) 3473-2587 F Fátima do Sul Rua Melvin Jones, 1249. (67) 3467-1403 Figueirão Avenida Moisés de Araújo Galvão, 1012. 79422-000. (67) 3274-1534 G Glória de Dourados Rua Projetada, s/nº. 79730-000. (67) 3466-1177 Guia Lopes da Laguna Rua Victor Francisco Bertola, 122. 79230-000. (67) 3269-1600 I Iguatemi Avenida Jardelino José Moreira, 2649. 79960-000. (67) 3471-2093 Inocência Rua Duca Valadão, 881. Caixa Postal 8. 79580-000. (67) 3574-1377 / (67) 3574-2214 Itaporã Rua Pedro Celestino da Costa, 320. Centro. (67) 3451-2579 Itaquiraí Avenida Getúlio Vargas, 636. 79965-000. (67) 3476-1297 Ivinhema Rua José Batista da Cunha, 430. Centro. (67) 3442-1499 J Jaraguari Rua Orlando Nogueira, 451. (67) 3285-1002 Jateí Rua Miguel Lopes Falheiros, 188. 79720-000. (67) 3465-1211 Juti Avenida Sérgio Maciel, 1245. 79950-000. (67) 3463-1666 L Laguna Carapã Rua Napoleão Santiago, 556. (67) 3438-1009 M Maracaju Rua Gonçalves Dias, 867. Sala 3. Bairro Paraguai. 79150-000. (67) 3454-3476 Miranda Rua Barão do Rio Branco, 468. 79380-000. (67) 3242-1777 Mundo Novo Avenida Juscelino Kubitschek, 883, Sala 03. 79980-000. (67) 3474-1892 N Nioaque Avenida Visconde de Taunay, 252. (67) 3236-2391 Nova Alvorada do Sul Rua Manoel Antunes Lopes, 918. 79140-000. (67) 3456-2483 P Paranhos Rua Josevaldo Cordeiro Mauso, 1508. Sala B. (67) 3480-1794 Pedro Gomes Rua Espírito Santo, 611. 79410-000. (67) 3230-1072 Porto Murtinho Rua Doutor Correa, 603. (67) 3287-1061 R Ribas do Rio Pardo Rua Carlos Anconi, 656. 79180-000. (67) 3238-1122 Rio Brilhante Rua Prefeito Athaíde Nogueira, 827. Sala 3. (67) 3452-7584 Rio Negro Rua Massato Matsubara, 710. 79470-000. (67) 3278-1368 Rio Verde de Mato Grosso Rua Santos Dumont, 721. Centro. 79480-000. (67) 3292-2189 Rochedo Rua Albino Coimbra, 301. Sala 03. (67) 32891572 S Santa Rita do Pardo Rua Nicanor Gregório Rodrigues, 941. 79690-000. (67) 3591-1590 São Gabriel do Oeste Rua Espírito Santo, 2305. Centro. (67) 3295-3413 Selvíria Rua 24 de Junho, 560. 79590-000. (67) 3579-1440 Sete Quedas Rua Rui Barbosa. Centro. (67) 3479-2221 Sidrolândia Rua Tomas Cáceres, 325. Bairro São Bento. (67) 3272-1919 Sonora Rua das Seriemas, 250. 79415-000. (67) 3254-3280 T Tacuru Rua José Carlos de Castro Alexandria, 450. 79975-000. (67) 3478-1086 Taquarussu Rua Profª Nair Rodrigues Nogueira, 77. 79765-000. (67) 3444-1405 Terenos Rua Ruberta Franco Leite, 18. (67) 3246-7481 / Fax (67) 3246-7366 V Vicentina Rua Rainha dos Apóstolos, 709. 79710-000. (67) 3468-2104

REGIONAIS

SUPLENTEMEMBRO DO SERVIDORESCAIXAFISCALCONSELHODADOS

DeusdeGustavo

PARTICIPATIVAGESTÃO

Natural de Três Lagoas, Marcelo Tabone Neves iniciou a carreira no serviço público em 2001. Graduado em Serviço Social, pós-graduado em Gestão de Políticas Públicas e especialista em Socioeducação, Marcelo é lotado na Sejusp, onde atua na Superintendência do Sistema Socioeducativo, como inspetor de segurança socioeducativo. Além de desenvolver suas atividades como servidor público, Tabone dedica seu tempo a ações com outras entidades relevantes, como movimentos sindicais e associação de moradores. Marcelo é o primeiro vice-presidente do Sindsad-MS e, desde 2019, integra o Conselho Fiscal da Cassems, como membro suplente, representando o governo estadual.

PARTICIPATIVAGESTÃO

FerreiraMessias

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Marcelo Tabone Neves nasceu em Três Lagoas, há 47 anos. Casado e pai orgulhoso, é graduado em Serviço Social, pelo Instituto de Ensino Superior (IES/FAR), pós-graduado em Gestão de Políticas e especialista em Socioeducação pela Universidade de Brasília (UNB). Em 2001, entrou no serviço público como servidor concursado na Secretaria de Estado, de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). “Eu comecei minha graduação aqui em Campo Grande, na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), porém, por motivo de transferência de atuação profissional, finalizei os estudos no IES/FAR, em Ilha Solteira, no estado de São Paulo, em 2006. Mais tarde, para aprimorar meus conhecimentos e competência na prática profissional, me especializei em Gestão de Políticas Públicas, também na UNB”. Antes de se tornar servidor público, Tabone realizou diversas atividades, em vários setores. Porém, a necessidade de crescer profissionalmente e, também, de ter mais qualidade de vida o levou a buscar outras perspectivas, por meio dos estudos. “Eu admito que não foi fácil dar novo rumo a minha vida profissional. Antes de buscar essa mudança, eu me dediquei a várias atividades, seja como trabalhador rural, nos setores de agronegócio e industrial, ou como auxiliar de produção em indústrias de processamento de óleo de soja. Em razão das escalas de trabalho extensas e exaustivas, meu corpo necessitava de mais cuidado, de mais qualidade de vida, eu precisava cuidar da minha saúde. Então, superando o cansaço, o sono, a irritação, o frio e o calor, resolvi estudar para prestar um certame que foi repleto de etapas, com avaliações teóricas, práticas e psicológicas, além de uma investigação social. Eu sabia que não seria fácil, porém, também sabia que não era impossível”. Tabone tornou-se servidor público no mesmo ano no qual a Cassems foi criada, após a reforma administrativa do Estado de Mato Grosso do Sul, em 2000. A partir da extinção do órgão que oferecia assistência à saúde ao funcionalismo público, os servidores estaduais criaram, por meio de assembleia, a Caixa dos Servidores, um novo e moderno modelo de atendimento em saúde aos beneficiários. Marcelo Tabone recorda como foi esse momento de transição e o empenho dos sindicatos na luta pela criação da Caixa dos Servidores. “Eu me recordo que, assim que ingressei no funcionalismo público, já ocorriam os efeitos da reorganização administrativa do Estado, como a criação da Cassems. Me lembro de nós, agentes do sistema socioeducativo de Mato Grosso do Sul, reunidos na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Seguridade Social (Sintss) para tratar de vários assuntos sobre o plano que estava sendo construído, procurando ajustes e superando os desafios. Era imperioso, e ainda é, que o funcionalismo público tivesse um plano de saúde que pudesse atender os servidores e os seus familiares com qualidade. Esses encontros sempre tiveram a participação ativa e grande adesão dos servidores, confirmando, assim, a essência e marca registradas da Cassems: a gestão participativa”. Em 2010, Tabone iniciou sua trajetória nos movimen tos sindicais e logo se aproximou da Cassems. Num pri meiro momento, apenas sugerindo demandas e como observador de como era administrado o plano de saúde, até que, em 2017, foi convidado para compor a diretoria, como membro suplente do Conselho Fiscal. “A minha in serção no movimento sindical teve início em 2010 e recebi o convite para compor a chapa da diretoria que seria elei ta em pleito realizado em 2019, como membro suplente do Conselho Fiscal, representando o governo do Estado. Mesmo antes de fazer parte da diretoria, já acompanha va de perto a administração da Cassems e muitas das demandas que apresentava foram repassadas e atendi das. Também pude expor vários tipos de solicitações de beneficiários, além de sugestões, críticas, dúvidas, enfim, pude colaborar com a eficácia do maior, melhor e mais premiado plano de saúde de Mato Grosso do Sul”.

Beneficiário da Cassems desde a sua fundação e, agora, como conselheiro, Tabone elenca o avanço da Caixa dos Servidores nos seus 20 anos de existência. Para ele, a estrutura de primeiro mundo erguida pelo plano de saúde, que oferece um atendimento digno aos seus beneficiários, é fruto da gestão compartilhada. “A Cassems é um plano de saúde muito bem estruturado. Tem uma ótima rede hospitalar, centros de prevenção e programas como o Casal Grávido e o Cassems Itinerante que fazem grande diferença e influenciam positivamente na vida da minha família e na família dos meus colegas servidores, que usufruem dos excelentes serviços ofertados. Na última edição da revista Viver Cassems, o presidente Ricardo Ayache contou que, ‘para os beneficiários, a assembleia geral ordinária também é um momento bastante importante e, até mesmo, muito aguardado por eles, pois é por meio da AGO que eles exercem o seu papel de também administradores do plano de saúde’. De fato, creio que a construção coletiva está consolidando resultados e me orgulho em ser, estar e viver a Cassems”.

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CASSEMSORGULHO TEXTO: DeusdeGustavo FOTO: pessoalArquivo AINDADO SUPER-HERÓIEXISTEROCKSIM

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Atuando como músico profissional há mais de 24 anos, o londrinense Hugo Roberto da Silva Carneiro mudou-se para Campo Grande aos 19 anos, para criar uma das bandas de rock mais conhecidas e cultuadas do Estado. Nas próximas linhas, Hugo conta um pouco da história de vida do garoto que sonhava em ser jogador de futebol e tornou-se cantor.

CASSEMSORGULHO

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Hugo Roberto da Silva Carneiro nasceu em Londrina, no dia 6 de maio de 1974. Em dezembro de 1992, mudou-se para Campo Grande, aos 19 anos. Em sua terra natal, Hugo alimentava o sonho de ser jogador profissio nal de futebol, mas uma contusão encerrou prematuramente a aspiração de se tornar um craque dos gramados. Foi também em Londri na que Hugo teve suas primeiras experiências com a música, mas só em Campo Grande que ele descobriu que o palco poderia ser seu local de trabalho. “Eu me mudei para Campo Grande aos 19 anos. Depois que o meu time, o Lon drina, foi campeão estadual, eu vim embora. Meu sonho era ser jogador de futebol, cheguei a fazer testes nos times de base em Londrina, mas tive uma fratura séria no pé e larguei mão do esporte. Logo após essa fratura, eu descobri a música com uns amigos que tinham uma banda. Aí o meu sonho passou o de ser gui tarrista. Eu tinha facilidade para decorar letras e, em um dos ensaios, eles precisavam de alguém para fazer a guia das músicas, então me colocaram para cantar. Tinha uns 15 ou 16 anos e eu cantava coisas como The Cure, Joy Division e Echo & the Bunnymen. A gente tam bém tocava Barão Vermelho e Ira!, que sempre foi a minha banda favorita. Mas, nessa época, a música não era nada sério para mim e só ficou sério aqui em Campo Grande”. Antes de morar aqui na Capital, Hugo veio para a cidade visitar a mãe e, nos primeiros minutos, um outdoor de um show, que ocorre ria na época, viria a se tornar um sinal do seu futuro. “Quando eu ainda morava em Londrina, vim visitar a minha mãe. Estava sem perspecti va lá, estava difícil arrumar emprego, aí o meu pai disse pra eu vim para cá, afinal, era uma capital nova e cheia de oportunidades. Então, eu vim, desci do ônibus e comecei a andar em volta da antiga rodoviária, porque a minha mãe trabalhava na Santa Casa, era enfermeira, o plantão dela acabava 7h30 e o ônibus estava previsto para chegar 6h30, mas chegou mais cedo, então comecei a andar em volta da ro doviária até ela chegar e fui parar na Avenida Afonso Pena, onde vi um outdoor do primeiro show do Nenhum de Nós aqui no Estado, que foi no Círculo Militar. Mas eu estava muito duro e não queria pedir dinheiro para a minha mãe, então, pensei: da próxima vez que eles vierem tocar aqui, eu vou assistir. Vinte e tanto anos depois, eles voltaram para tocar aqui e eu es tava fazendo a abertura do show, que foi em 1º de setembro de 2012. Quando eu os conheci, fiz questão de contar essa história para eles”. Em meados de 1997, Hugo conheceu o cara com quem firmaria uma parceria que dura até os dias de hoje. Desse encontro, nasceu a banda Haiwanna, uma das mais populares e mais duradouras de Mato Grosso do Sul, que, na primeira formação, tinha sete componen tes, incluindo dois vocalistas e um tecladista. Hoje, conta com uma formação clássica de rock’n’roll: vocal, guitarra, baixo e bateria. “Eu conheci o Xandão Ourives no Arlindo Andrade Gomes e logo montamos uma banda chamada Baseado em Rock, que foi o embrião do Haiwanna, que surgiu em 1997. O significado do nome Haiwanna é harmonia, em chinês. O nosso primeiro show foi no dia 21 de junho de 1997, na chácara do colégio Latino. A primeira formação do Haiwanna era eu e o Cristian Ca belo, nos vocais, o Alexandre ‘Xandão’ Ourives e o Marcus Câmara, nos violões, o Hilton Noguei ra, no baixo, o Leandro Gonçalves, no teclado,

O Haiwanna gravou dois CDs e está prestes a lançar um EP. O primeiro foi um CD demo, lançado em 2001, que, apesar de ser uma gravação prati camente caseira, alavancou a carreira da banda e colocou uma das músicas do repertório entre as mais tocadas e pedidas nas rádios de Mato Grosso do Sul. A música em questão é “Super-Herói”, que, passados 20 anos, ainda é considerada uma das mais conhecidas do cancioneiro pop-rock do Estado e o seu curioso processo de criação já apontava um caminho especial. “Nós lançamos um CD demo chamado ‘Valisere’, um CD oficial chamado ‘Herrar é Umano’ e vamos lançar um EP chamado ‘Contradições’, todos com músicas autorais. O CD demo foi muito mal gravado, mas abriu muitas portas para a gente. Foi ele que mandamos para o Temporadas Populares [projeto cultural realizado no Estado, entre o fim dos anos 1990 e início dos anos 2000] e fomos escalados para abrir o show do Ira!. Foi também com esse CD demo que aconteceu uma coisa bem legal para a gente. Estávamos indo para Aquidauana fazer um show e, no meio do caminho, me ligaram dizendo que ‘Super-Herói’ estava em primeiro lugar entre as mais pedidas na Rádio Educativa, não só entre as regionais, mas entre todas. Isso foi muito bom para a gente, nos deixou extasiados. Quando eu escrevi ‘Super-Herói’, eu estava deitado no quarto e me veio a primeira frase na cabeça. Estava escuro e eu não queria acordar a minha filha, que era pequena, e a minha esposa, mas precisava anotar para não es

95 e o Valdisley ‘Ley’ de Carli, na bateria. O Marcus ficou na banda até 2011 e é o meu grande parceiro de composição. Eu não toco violão, então, ele é o cara que mais traduz o que eu quero para a música. Atu almente, nós somos em quatro: eu, na voz, o Diego mar Ciaparini, na guitarra, o Danilo Lopes, no baixo, e o Maykon Skudeller, na bateria”.

Durante a sua carreira, o Haiwanna teve a oportuni dade de dividir o palco com o Ira! e com outras im portantes bandas, mas, o privilégio maior é manter contato com alguns desses artistas até hoje.

“O Ira! é a nossa maior influência e é a minha banda favorita. Mas, além do Ira!, a maioria das pes soas liga muito o Haiwanna ao Legião Urbana, tal vez por causa da minha voz ou da simplicidade das nossas composições. Nós abrimos para o Nenhum de Nós três vezes, para o Ira!, Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial, Plebe Rude, Caetano Veloso, Wander Wildner, NX Zero e Maria Gadú. Cada um deles foi muito emocionante, de maneira diferente. Desses, o mais importante para mim foi abrir para o Ira! e para

quecer. Então, veio a segunda frase e eu procurando caneta e papel no escuro, saí do quarto, comecei a escrever, parecia que estava transcrevendo e ela saiu de uma vez. Mas eu não consegui dormir, por que, apesar de não tocar violão, eu já sabia como cantar ela. Como eu sabia que o Marcus acordava muito cedo, esperei dar 7h30 da manhã e liguei para ele. A gente estava finalizando o CD demo e o reper tório já estava fechado, mas eu disse para ele que tinha escrito uma música e que queria colocar no CD. Ele ponderou, mas eu disse que a música era boa, que não tinha conseguido dormir e pedi para ele ir lá para casa. Ele chegou umas 8h e lá pelas 8h30 a música estava pronta. Aí a gente olhou um para o outro e percebemos que tínhamos feito uma coisa legal. Mostramos para o resto da banda e eles gostaram de cara, aceitaram colocar ela no CD, fize mos o arranjo e gravamos. Essa foi a primeira mú sica que tocou do CD e tocou demais, não parava de tocar, de ser pedida nas rádios e, por causa dessa música, nós tocamos em vários lugares”.

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Quando é perguntado sobre quais bandas ou ar tistas influenciaram o trabalho do Haiwanna e sua maneira de compor, Hugo conta que, geralmente, aponta o Ira!, porém, ele explica que os fãs indicam uma outra grande banda brasileira como influência.

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o Caetano, até porque, eu cito ele em ‘Super-Herói’ e mostrar a música pra ele no camarim foi mui to legal, ele gostou bastante, achou muito bonita. A história desse show com o Caetano, que foi no Fes tival de Inverno de Bonito, foi uma aventura à parte. Acabou a luz, meu baterista estava com dengue, eu estava com faringite, acharam que a gente estava com gripe suína e queriam mandar a gente embora. Eu disse que não ia perder esse show de forma al guma, imagina, abrir para o Caetano?! Dessa turma que a gente teve o privilégio de abrir, eu tenho con tato com vários deles. Com o Edgard Scandurra, que eu gosto muito, os caras do Nenhum de Nós, o Veco e o Sadi, que são muito bacanas. A gente tem con tato com os músicos da Maria Gadú. E outros que se perderam no tempo, até porque os caras conhecem muita gente e é difícil lembrar. Mas uma coisa é importante ressaltar: nós fomos bem tratados por todos, todos foram muito cordiais. O Ira!, por exem plo, quando eles perceberam que a gente era muito fã deles, literalmente nos abraçaram e nos trataram com a maior educação e carinho. Inclusive, nessa ocasião, nós demos o nosso CD para eles, que che gou até os produtores da gravadora Abril, que nos ligaram e fizeram uma proposta. Ficamos super confiantes, mas, nesse processo todo, a gravadora faliu. Foi nessa época que a formação original da bandaComoruiu”.dito no início do texto, antes da música, a primeira paixão de Hugo foi futebol. A carreira de jogador não foi para frente, mas o amor ao esporte bretão ainda fala forte e ele encontrou uma maneira de estar próximo do antigo sonho. “A música e o fute bol, na verdade, o esporte em geral têm muita coisa em comum e o mais importante que eu acho é que posso estar ao lado de uma pessoa e, daqui a pouco, vejo essa pessoa na Olimpíada, ganhando medalha de ouro, ou num palco, tocando para milhares de pessoas. Por isso, amo os dois e dou um jeito de estar inserido no universo do futebol também. Há pouco tempo, eu comecei a me dedicar a essa outra paixão minha, que é o futebol, como comentarista esportivo. Além de cantar e escrever músicas, eu te nho uma coluna sobre futebol no site A Onça que chama ‘Fazendo Música, Jogando Bola’, uma home nagem ao Pepeu Gomes, que eu acho um músico genial. Eu também faço um programa esportivo na Rádio Jara, de segunda a sexta-feira, às 11h40, que pode ser acessada pelo endereço https://radiojara. com.br/, com o ex-jogador do Santos Robert Almeida, que eu curto muito fazer”. Como para boa parte da população brasileira, a pandemia também afetou diretamente as atividades profissionais da banda Haiwanna e Hugo teve de se adaptar à nova realidade. Em meio às dificuldades encontradas pelo cancelamento de quase todos os shows, o vocalista ainda precisou lidar com alguns problemas de saúde. Beneficiário da Cassems, Hugo teve apoio do plano de saúde para realizar consultas e exames. “Para entender como a pandemia afetou o trabalho da banda, em 2020, o Haiwanna fez 12 sho ws, entre lives e presenciais. Neste ano, a gente fez só 9 shows e esse número a gente fazia na primeira semana de janeiro. Então, na pandemia, os shows acabaram e eu tive que voltar a fazer coisas que não queria mais fazer, como trabalhar em campanha política, mas, como a grana estava ficando curta, eu fui trabalhar para um candidato, em Ponta Porã. Eu engordei bastante nesse período de campanha e quando eu voltei para Campo Grande, fui ao mé dico e ele me disse: ‘Amigão, você era um cara que sempre gostou de correr, de jogar futebol, seu pai e sua mãe eram diabéticos e eu já estou a ponto de te receitar remédio para pré-diabetes’. Então, voltei a correr, mas tive que fazer uma bateria de exames e consultas, tudo pela Cassems. Também tive um pro blema de cálculo renal, fui ao hospital da Cassems e fui muito bem atendido. O plano de saúde me ajudou muito, porque se eu fosse fazer pelo SUS ia demorar muito e se fosse particular ia gastar muito”.

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GERÊNCIAS HOSPITALARES Aquidauana Júlio Antonio Rossi Campo Grande Alessandro Depieri Coxim Paulo Souza Corumbá Israel Dias Dourados Jean Henrique Davi Rodrigues Naviraí Maria Inês de Almeida Vidotto Nova Andradina Eliezer Branquinho Paranaíba Soraya Rita E. de Lima Ponta Porã João Carlos Biff Três Lagoas Meyre Alves ASSESSORIAS Presidência Adriana Georges Sleiman Comunicação Ariane Martins Interior Sonilza S. de Lima Contabilidade AT Contábil Assessoria em Contabilidade Auditoria Independente Ascoplan TI Oxxy / Strategy OUVIDORIA Cecília D. Jeronymo Serra CONSELHO EDITORIAL Presidente e Representante do Conselho de Administração Ricardo Ayache Representante da Saúde Maria Auxiliadora Budib Representante do Conselho Fiscal Lucílio Souza Nobre Representante de Comunicação e Coordenação-Geral da Revista Viver Cassems Ariane Martins GERÊNCIA Gerente Administrativo Financeiro Sandra Ortega Gerente Jurídico Patrick Hernands de Desenvolvimento Humano Organizacional Vanêssa Trivellato Gestora de Departamento Pessoal Juliana Inácio Gerente de Tecnologia e Informação Raphael Domingos Barbosa Gerente da Rede Credenciada Tatiane Alves de Andrade Gerente Administrativo de Assistência à Saúde Wellington Martins Gerente Técnica de Assistência à Saúde Elea Godoy Gerente de Riscos e Controle Internos Samuel Dias Gerente Contábil Sirleide Gama de Mello Ouvidoria Cecília D. Jerônymo Serra Compliance Officer Matheus Brunharo Projeto Gráfico Diniz Ação em Marketing Diagramação e Produção DNZ Editora e Eventos Comercial Cibelly Nunes E-mail cibelly@dinizacao.com.br Telefone Comercial (67) 3304-8520 / 9 9917-6766 Fotos Assessoria Cassems, Elis Regina, Messias Ferreira Jornalistas Gustavo de Deus (MTB/MS 898), Ariane Martins (MTB/MS 513), Mikaele Teodoro, Miriam Ibanhês e Sarah Santos Colaborou Cidiana Pellegrin. Revisão Ana Heck e Amanda Denise Lima E-mail comunicacao@cassems.com.br Telefone da Redação (67) 3309-5365 Tiragem 70.000 exemplares

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