Revista Viver Cassems

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Revista trimestral. Exemplar de beneficiário. Venda proibida.

ANO 8 • SETEMBRO 2018 • EDIÇÃO 29

Ônibus da Saúde: sete anos salvando vidas e reescrevendo histórias da população de Mato Grosso do Sul

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EM MOVIMENTO

Futebol society é uma modalidade que cresce no País 8

ORGULHO CASSEMS

Melly Sena construiu uma carreira admirável na área de Letras e hoje quer devolver à sociedade tudo que recebeu 90

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Em cada fase da vida, o tempo passa de uma forma diferente. Por isso, o Laboratório Bioclínico está sempre perto de você, com 17 unidades em Campo Grande que trabalham no seu tempo, pois sabemos que são os bons momentos que valem a pena. Unidade Central

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Unidade Marechal Rondon

Unidade Morena

Unidade Jd. dos Estados

Unidade Executiva

Unidade Cachoeira

Rua Marechal Rondon, 1864 Centro - Campo Grande - MS Tel. (67) 3317-2073 / 3028-6521

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Dr. Tatsuya Sakuma Farmacêutico CRF 106/73

O laboratório da sua vida. 2 //

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Editorial

QUALIDADE E TRABALHO CONSTANTES O início do segundo semestre de 2018 foi marcante para a Cassems. Na edição de 2018 da revista Exame — Melhores e Maiores, que chegou às bancas em agosto, mostrou que a Cassems, pela segunda vez, está entre as mil maiores empresas do Brasil, ocupando a 922ª colocação. Pela décima vez consecutiva, a Caixa dos Servidores segue sua posição de destaque na região, sendo a 61ª maior empresa do Centro-Oeste. Além disso, ainda somos uma das 10 melhores empresas para se trabalhar no Centro-Oeste, segundo a certificação 2018 do Great Place to Work (GPTW). Com menos de dois anos de existência e muito trabalho, o Hospital Cassems de Campo Grande a recebeu o certificado de Acreditação da ONA. A Acreditação é um método de avaliação dos recursos institucionais que tem como principal objetivo garantir a qualidade da assistência hospitalar por meio de padrões previamente definidos. Mas o trabalho não para! O projeto de reforma e ampliação do Hospital de Dourados está a todo vapor. Em breve, teremos um centro de oncologia para quimioterapia e radioterapia e a construção de um novo laboratório de análises clínicas. A nossa décima unidade hospitalar inaugurada no dia 23 de novembro possui 35 leitos e salas cirúrgicas, centro de diagnós-

ticos equipado com ressonância magnética, tomografia, raio X digital, mamografia, densitometria óssea, duas salas de ultrassonografia, laboratório de análises clínicas e um centro de especialidades médicas. Haverá três recepções, uma para o centro de diagnóstico, outra para o pronto atendimento e ainda uma que atenderá o centro de especialidades médicas e a Unidade Regional da Cassems, que será integrada ao prédio com a parte administrativa, cinco consultórios ambulatoriais e dois consultórios odontológicos. Paralelamente, estamos focados no Planejamento Estratégico da Cassems, que visa ações até 2020 e envolve colaboradores da linha de frente e lideranças. Esse processo gerencial é de grande importância, pois impulsiona a empresa na direção correta, auxiliando para que ela possa antecipar-se às ameaças e fazer um diagnóstico de oportunidades e melhorias. O desafio de ser cada vez melhor nos fez crescer. Por isso, acreditamos que a excelência faz diferença, a inovação tecnológica e a humanização do atendimento produzem bons resultados, o cuidado gera confiança e o amor também cura. E assim, reafirmamos nosso compromisso com os nossos beneficiários, investindo em qualidade de atendimento e fazendo da Cassems um plano cada vez melhor!

LEITOR

Foto: Marcos Volkopf

A seção Leitor é um espaço para o diálogo entre a equipe da revista Viver Cassems, beneficiários e os leitores. Para esclarecer dúvidas, fazer elogios ou reclamações, mande um e-mail para comunicacao@cassems.com.br ou fale com Ricardo Ayache, em ricardoayacheresponde@gmail.com. Venho elogiar o atendimento do Ciaps, na Rua São Paulo, em especial, a funcionária Miriam Cangussu, que é excelente pessoa e profissional, simplesmente competente. O dr. Gilberto da Silva Nunes, profissional de absurdo gabarito, humano, gentil, competente e amigo, nos trata como indivíduos únicos e importantes, nos faz sentir seguros. Ele é um médico disposto, caridoso e carinhoso, profissional que dinheiro algum pode pagar pelo empenho em tratar seus pacientes. Só tenho de agradecer ao plano em ter profissionais únicos e exemplares como esse. Marinalva Souza da Silva

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Índice

NESTA EDIÇÃO CAPA

Ônibus da Saúde: sete anos salvando vidas e reescrevendo histórias da população de Mato Grosso do Sul

EM MOVIMENTO Futebol society é uma modalidade que cresce no País

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LAZER Foz do Iguaçu: diversão, beleza e biodiversidade

Gestão Participativa

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BEM-ESTAR Ter um pet de estimação ajuda a melhorar a qualidade de vida e a saúde física e mental

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ENTREVISTA Gerente hospitalar do Hospital Cassems de Campo Grande, Carlos Guizado compartilha os desafios à frente da função e os avanços da unidade

Marcus Vinícius Freitas Moraes, responsável pela Assessoria de Gestão de Convênios da Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização, conta sua história e sua visão sobre a Cassems 86

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SABORES À MESA Açaí é potente em energia e benefícios nutricionais

SAÚDE CASSEMS Endocrinologista pediátrica, Caroline Nantes Chaia alerta sobre obesidade infantil

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VIDA SUSTENTÁVEL Conheça as vantagens de plantar uma árvore

INFORMATIVO Cassems lança projeto para inclusão de trabalhadores com deficiência

Orgulho Cassems

Melly Sena construiu uma carreira admirável na área de Letras e hoje quer devolver à sociedade tudo que recebeu 90

Os anúncios da revista Viver Cassems independem da rede credenciada.

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Em Movimento

BOLA

NO PÉ Futebol society é uma modalidade que cresce no País Texto Stephanie Ribas Fotos Shutterstok

Considerado o esporte mais popular do mundo, o futebol é uma paixão no Brasil. Além da versão tradicional de campo com 11 jogadores por equipe, esse desporto desenvolveu novas modalidades ao longo dos anos, entre elas, o futebol 7, popularmente chamado de society. Hoje já são 12 milhões de praticantes em todo o País, segundo a Confederação Brasileira de Futebol 7. Em Mato Grosso do Sul, um exemplo da sua popularização é a Copa Saúde Cassems de Futebol Society, criada em 2008 para promover a saúde por meio da prática de esportes e integrar os servidores. Este ano, mais de 31 equipes se inscreveram, contra seis times na primeira edição. De acordo com a Liga Nacional de Futebol Sete Society, essa versão surgiu nos anos de 1950, no Rio de Janeiro, quando amigos da alta sociedade carioca se reuniam nos quintais dos casarões do Bairro Tijuca para “seletas” partidas. Daí nasceu a expressão que dá nome à modalidade, um termo que acabou difundido por um comentarista esportivo. Na década de 1980, tornou-se um esporte oficial e ganhou normas e federações próprias. Em resumo, a partida contém dois times com sete jogadores cada, disputando num piso de grama sintética ou comum. As dimensões do campo variam de 45 m a 55 m de comprimento, enquanto a largura é de 25 m a 35 m. Para as categorias Juvenil/Júnior, Principal, Veteranos e Máster,

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o jogo tem dois tempos de 25 minutos cada, com 10 minutos de intervalo. Já para os grupos Infanto/Juvenil, Infantil e Feminino, o tempo é de 40 minutos. A bola também possui especificações de peso e circunferência de acordo com as categorias. E os benefícios desse esporte contemplam vários aspectos do organismo. Pelo caráter coletivo, ele desenvolve as habilidades sociais, como o trabalho em equipe e a capacidade de criar amizades. Como toda atividade física, a modalidade também libera a endorfina, um hormônio que promove a sensação de bem-estar, combatendo o estresse. Para quem está sedentário, a orientação é visitar um médico e checar as articulações mais propensas a contusões. Aos que estão em dia com a saúde, a prática da modalidade ajuda a fortalecer o tônus muscular de áreas como panturrilhas, coxas, abdômen, promove gasto calórico, reduz a gordura corporal e melhora a disposição. Também há melhoria da flexibilidade, coordenação motora, agilidade e densidade óssea. Além disso, há elevação da resistência cardiovascular", completa o profissional de Educação física da Cassems, Nakal Fortunato. Na hora de a bola rolar, o profissional ainda recomenda usar chuteiras próprias para a modalidade e uniformes com tecidos leves, caneleiras para prevenir fraturas, se hidratar bastante e evitar os horários de pico do sol (das 10h às 16h).


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Bem-estar

AMIGO ANI Quem tem um bichinho em casa sabe que a rotina se torna mais feliz, ativa e menos solitária. Seja cão, gato ou até animais exóticos, como aves, répteis, peixes ou roedores, os animais trazem bem-estar, ajudam na afetividade e na socialização no dia a dia. O convívio ainda pode melhorar a comunicação, o humor, o sedentarismo e a autoestima, segundo estudos. E esses benefícios podem estar associados às características da raça do animal. Quem precisa se movimentar mais e praticar atividades físicas pode optar por um cão mais ativo, como labrador, golden retriever, dachshund e border collie, que estimulará brincadeiras e passeios em conjunto. Essas linhagens também podem atender as famílias que têm crianças e buscam pets mais dóceis, tolerantes, alegres e que gostem de diversão. Pessoas mais carentes, que desejam um mascote afetuoso, fácil de educar e que goste de interagir, teriam boas escolhas com o pug, shih tzu, maltês, poodle e outras opções de pequeno porte. Já os gatos são indicados para quem gosta de animais mais tranquilos e independentes. Eles também são amorosos, mas não exigem tanta atenção como os cachorros. Peixes e tartarugas, por exemplo, podem ser alternativas para pessoas alérgicas a pelos ou, ainda, a quem tem perfil hiperativo e ansioso, pois o cuidado e a interação com esse tipo de pet estimula a calma e a contemplação. A ciência já percebeu que os reflexos positivos desse convívio podem beneficiar no tratamento físico, psíquico e emocional de pessoas com alguma necessidade específica. O projeto de terapia de assistida por animais Cão Terapeuta é um exemplo disso. Comandada pelos professores da Uniderp Diogo Cesar Gomes da Silva, Marcelo Monteiro e Fernanda Morais, a iniciativa reúne 54 acadêmicos que levam seus cães ao Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, à Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC), à Associação de Pais e

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IMAL

Ter um pet de estimação ajuda a melhorar a qualidade de vida e a saúde física e mental Texto Cidiana Pellegrin

Foto Shutterstock

Amigos dos Autistas de Campo Grande (Amas), à Associação Juliano Varela — especializada em síndrome de Down — e ao Hospital Nosso Lar para auxiliar no processo de recuperação dos pacientes. “Nesse contato com os animais, nós percebemos que há melhora no ânimo do paciente, em sua autoestima, na relação dele com a equipe médica e com a família, na verbalização e no seu bem-estar físico e mental. São aspectos que beneficiam a qualidade de vida dos internos dessas instituições que visitamos e tudo isso complementa o tratamento convencional da equipe médica”, explica o professor Marcelo Monteiro. Os resultados desse trabalho social também estão sendo transformados em produções científicas. Outra iniciativa em Campo Grande que tem disseminado a terapia com cães em abrigos, clínicas, centros de reabilitação, asilos e hospitais é o projeto Patinhas Solidárias, criado em 2016 pela arquiteta Gycelda Ajala. Entre as experiências de bem-estar obtidas, ela relata que “os pacientes, em contato com o cão, liberam o hormônio da felicidade e tiram o foco do momento difícil”. De acordo com os médicos, essa interação com os animais ajuda a aliviar o estresse da internação, o que potencializa a reabilitação. O sentimento de alegria também marca as visitas a quem não está em unidade hospitalar. “No caso dos idosos, por exemplo, eles lembram de momentos da infância, de quando tinham um animal de estimação. Dá pra perceber que ficam muitos felizes, temos uma resposta muito boa”, revela a voluntária do projeto, Laura Ajala Queiroz. O Patinhas Solidárias reúne cerca de 20 voluntários e está em processo de se tornar uma associação filantrópica. Organizações com interesse em receber as visitas ou pessoas que desejam participar como voluntárias podem contatar a equipe pela rede: https://www. facebook.com/PatinhasSolidariasCG/.

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Sabores à Mesa

AÇAÍ Foto: Istockphoto

Potente em energia e benefícios nutricionais, a fruta do Norte se popularizou pelo País Texto Eminassai Rodovalho

Preferido entre as pessoas que buscam um estilo de vida saudável, o açaí se tornou uma iguaria popular por suas propriedades nutritivas. É um fruto originário da Região Norte do Brasil, de nome científico Euterpe oleracea e consumido na forma de sucos, sorvetes, polpas, creme servido na tigela, ou, até mesmo, em seu estado natural – a fruta in natura. Não é à toa que a fama do açaí se espalhou pelo Brasil e pelo mundo. A fruta contém vitamina E, um importante antioxidante, e muitos minerais, como manganês e cálcio, que auxiliam na formação dos ossos e agem na contração muscular e transmissão do impulso nervoso; o cromo, que contribui para a boa atuação do hormônio insulina; e o magnésio, importante fonte de energia para o corpo. Além disso, apesar de não ser grande fonte de ferro, esse alimento possui propriedades antianêmicas, reduz processos inflamatórios e, consequentemente, aumenta a disponibilidade de ferro para formação de hemoglobina. “O açaí é extremamente rico em compostos fenólicos que possuem atividade antioxidante e anti-inflamatória. Entre esses compostos, prevalecem as antocianinas, responsáveis pela cor escura da fruta. Em razão da abundância dessas substâncias, pesquisas científicas têm associado o consumo de açaí à prevenção de câncer, de doenças cardiovasculares, de processos alérgicos, de doenças neurodegenerativas e ao aumento da longevidade”, destaca a nutricionista da Cassems Juliana Rodrigues. As antocianinas presentes no açaí fazem parte de um importante grupo de flavonoides e, também, estão presentes em vegetais, frutas e em bebidas como chás e vinhos. Essa função antioxidante e antirradicalar protege o organismo contra o acúmulo dos depósitos de colesterol nos vasos sanguíneos e, consequentemente, o coração de doenças cardiovasculares. Além disso, a fruta pode melhorar a resposta anti-inflamatória e o aumento das atividades do sistema imunológico, implicações que beneficiam diretamente o indivíduo praticante de ati-

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vidade física, seja amador ou atleta profissional. Graças às pesquisas, podemos constatar os inúmeros benefícios do açaí, porém, é preciso se atentar para uma questão importante: o valor calórico. Na escolha dos acompanhamentos, devem ser evitados xarope de guaraná, leite condensado, leite em pó, granulados e outros açúcares escondidos. Para a nutricionista Juliana, o consumo de açaí deve ser encorajado, inclusive, entre indivíduos obesos ou com sobrepeso, desde que inserido em uma dieta individualizada, balanceada e orientada por nutricionista. A profissional acredita que, “com base em dados científicos, podemos abrir mão de 'dogmas que permeiam a nutrição, como o que afirma que alimentos calóricos são necessariamente causadores de obesidade e doenças a está relacionada”. Para a escolha e armazenagem do açaí, a nutricionista sugere três dicas importantes: comprar a polpa sem açúcar; dar atenção para a cor do produto, já que o açaí precisa ter aspecto de vinho escuro, caso esteja em um tom de roxo mais claro pode ter sido misturado com outra substância; e manter o produto congelado. Uma preocupação que às vezes está associada ao consumo do açaí é a presença do inseto barbeiro, vetor da doença de Chagas. Juliana esclarece que a polpa industrializada passa por um processo de lavagem e de pasteurização, o que elimina qualquer possibilidade de sobrevivência do Trypanosoma cruzi, o protozoário causador da doença. Além do fato de que, na Região Norte, a fruta do açaí in natura é consumida diariamente, a contaminação ocorre somente quando há falta de higiene. Portanto, podemos degustar a poderosa polpa do Norte sem medo. As tradicionais tigelas de açaí congeladas são opções saudáveis e prazerosas para este verão, assim, como os sucos e cremes dessa fruta. É importante evitar a adição de açúcares e industrializados e dar preferência às frutas.


RECEITAS: SUCO DE AÇAÍ COM FRUTAS VERMELHAS E GENGIBRE Ingredientes: 1 copo de 200 ml de água 2 colheres de sopa de polpa de açaí 2 colheres de sopa de frutas vermelhas Lascas de gengibre Modo de preparo: bata todos os ingredientes no liquidificador e está pronto para o consumo.

CREME DE AÇAÍ FUNCIONAL Ingredientes: 2 polpas de açaí puro e natural congeladas (150 g – pasteurizada) 1 beterraba pequena, sem casca, crua e picada (80 g) 170 g de iogurte natural integral 1 colher de sopa de óleo de coco (já derretido) 3 colheres de sopa de nozes picadas Modo de preparo: bata no liquidificador o iogurte com o óleo de coco e a beterraba, depois adicione o açaí. De preferência, espere a polpa do açaí descongelar um pouco para facilitar o trabalho do liquidificador. Pode-se congelar em porções individuais por até 15 dias ou armazenar na geladeira por até 3 dias em pote fechado. Salpique as nozes por último (sem congelar). A receita é boa opção de pré-treino para atividades mais intensas.

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Vida Sustentável

MUITO MAIS

QUE UMA SOMBRA

Conheça os benefícios de plantar uma árvore Texto Stephanie Ribas

Rico em biodiversidade, Mato Grosso do Sul é composto por três biomas com características diferentes — Pantanal, Floresta Tropical e Cerrado —, mas boa parte da população ainda não tem conhecimento ou não se dá conta da influência que a natureza exerce na vida humana. A simples atitude de plantar uma árvore ajuda a estreitar esse relacionamento das pessoas com o espaço onde vivem. O Ministério do Meio Ambiente revela que mais de 10 tipos de frutos comestíveis produzidos no Cerrado — predominante no Estado — são regularmente consumidos pela população local e vendidos nos centros urbanos, como o pequi (Caryocar brasiliense), buriti (Mauritia flexuosa), mangaba (Hancornia speciosa), cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile) e as sementes do baru (Dipteryx alata). Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em Campo Grande, 96,3% das vias públicas são arborizadas. Em Doura-

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dos, o índice chega a 96,9%; Três Lagoas apresenta 95,6%; e Corumbá, onde predomina o bioma Pantanal, é 96,6% arborizada. O secretário municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana de Campo Grande, Luís Eduardo Costa, explica a importância da arborização para a cidade. “Além da beleza paisagística nas ruas, praças e jardins, as árvores amenizam o efeito estufa no meio urbano, absorvem poeira e diminuem as poluições atmosférica, sonora e visual, contribuindo para a saúde física e mental e interferindo diretamente na qualidade de vida das pessoas”. Ter uma árvore por perto, mesmo que recém-plantada, já traz benefícios para o ar que respiramos, segundo a professora doutora Denise Renata Pedrinho, docente do curso de Agronomia da Uniderp. “As árvores, assim que plantadas, contribuem diretamente na purificação e umidade do ar. Pelas folhas, elas absorvem CO2 (gás carbônico) da atmosfera e devolvem oxigênio. As árvores liberam também, pelas folhas, água para atmosfera, por meio da transpiração”. A engenheira-agrônoma destaca também os objetivos da arborização no planejamento urbano, considerando que as árvores retêm água das chuvas pelas raízes, o que ajuda a controlar erosões; oferecem


abrigo e alimento para pássaros; diminuem a intensidade dos ruídos; e, claro, proporcionam sombra e bem-estar. As áreas verdes urbanas são espaços que ajudam neste processo, definidas pelo Ministério do Meio Ambiente como o conjunto de extensões intraurbanas que apresentam cobertura vegetal, arbórea (nativa e introduzida), arbustiva ou rasteira (gramíneas) e que contribuem de modo significativo para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas cidades. O que plantar? Desde 1965 ficou instituído como Dia da Árvore a data de 21 de setembro, pela proximidade do início da primavera (em 23 de setembro). O Decreto nº 55.795 tem o objetivo de “difundir ensinamentos sobre a conservação das florestas e estimular a prática de tais ensinamentos”. A Secretaria de Meio Ambiente e Gestão Urbana da Capital disponibiliza um guia de arborização com dicas práticas dos procedimentos corretos, como a escolha adequada da espécie, como plantar e manter a árvore e também sobre a poda e remoção desta. O material aponta também quais espécies não são indicadas por terem espinhos ou serem tóxicas, como a coroa-de-cristo e a espirradeira. Com o Programa de Arborização Urbana, a Semadur busca incrementar o número de árvores para que toda a cidade seja arborizada, principalmente as regiões urbanas cujo índice de cobertura vegetal é inferior à média da Capital. Algumas das ações estratégicas para atingir essa meta são plantios para proteção de cursos d’água e nascentes; arborização de canteiros centrais e áreas institucionais; arborização de passeio público; educação ambiental; proteção à arborização existente e produção de mudas. A prefeitura mantém dois viveiros e as mudas podem ser solicitadas à Semadur mediante apresentação de documento pessoal e comprovante de residência. Após análise, é doada a espécie mais indicada para o local. A engenheira-agrônoma Denise Pedrinho ressalta que o plantio de espécies arbóreas deve ser planejado e estudado. “Cada espécie tem características específicas de adaptabilidade ao ambiente e devem ser respeitadas para que se desenvolvam adequadamente”. No caso das podas ou remoções de árvores, é necessário solicitar uma autorização pessoalmente na Central de Atendimento ao Cidadão (CAC), por meio da abertura de processo referente à Poda/Remoção de Árvore. Após a solicitação, a Semadur envia um fiscal até o local para fazer a vistoria e expedir um laudo, autorizando ou não a poda ou remoção. De acordo com a Lei Complementar nº 184 — que dispõe sobre o Plano Diretor de Arborização Urbana —, as multas para podas e remoções irregulares variam entre R$ 468,14 e R$ 16.229,32.

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Vida Sustentável

O que plantar nas ruas e calçadas externas: — Pata-de-Vaca (Bauhinia variegata) — Quaresmeira (Tibouchina granulosa) — Aroeira-Vermelha - (Schinus terebinthifolius) — Calistemon (Callistemon speciosus) — Manacá-da-Serra (Tibouchina mutabilis) — Senna-manduirana (Senna Macranthera) — Resedá (Lagerstroemia indica)

Praças e parques (com espaço e profundidade de terreno): — Todas as espécies de ipês; — Jacarandá (Machaerium villosum Vogel) — Pau-ferro (Caesalpinia leiostachya) — Magnólia-amarela (Michelia champaca) — Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides) Para residências são indicadas as mesmas espécies citadas para arborização urbana de ruas e calçadas, considerando que haja e s p a ç o e p r o f u n d i d a d e d e te r r e n o p a r a o d e s e n vo l v i m e n to d a s á r vo r e s .

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Nosso foco é sua visão.

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Lazer

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DIVERSÃO, BELEZA E BIODIVER SIDADE Cinco festas religiosas e tradicionais em Mato Grosso do Sul Texto Cidiana Pellegrin

Com atrações para todos os públicos, Foz do Iguaçu se destaca mundialmente Texto Stephanie Ribas

Localizada no oeste do Paraná, Foz do Iguaçu tem 264 mil habitantes e recebeu, em 2017, 1.788 milhão de visitantes de 166 nacionalidades, segundo dados da Secretaria de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos (Setur) do município. A expectativa é de que este ano 2 milhões de pessoas passem por lá. É um portal do Brasil para o mundo, que também tem atraído os sul-mato-grossenses — 10.310 pessoas do Estado visitaram a cidade em 2017. Com capacidade hoteleira de 28 mil leitos, Foz do Iguaçu deve receber, ainda em 2018, um voo direto de Campo Grande — facilitando o trajeto de 700 quilômetros e o acesso a um dos principais destinos turísticos do país. Os motivos são as atrações para todas as classes, idades e gostos. Dois bares de gelo e compras nos países vizinhos também fazem parte da diversão. A arquitetura do Templo Budista Chen Tien, com entrada gratuita, e as mais de 120 estátuas provocam um momento mais contemplativo. Na parte alta da cidade, a vista alcança até a Ciudad del Este, no Paraguai.

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Lazer

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Um dos principais atrativos, a usina Itaipu Binacional impressiona pela magnitude da estrutura de concreto. A hidrelétrica que mais produz energia limpa no mundo conta com oito atrações, como o circuito especial, que dá acesso à parte interna, por R$ 82. O Complexo Turístico de Itaipu atrai também pela Iluminação Monumental, embalada por um trilha sonora que destaca a sincronia dos 747 refletores e das 112 luminárias. Cada ingresso é vendido por R$ 45 (adulto). A experiência no Ecomuseu recria cenários desde o período pré-histórico (R$ 14). No Refúgio Biológico Bela Vista, R$ 26 dão acesso à trilha de 2 km de caminhada em meio à floresta nativa. Pelo mesmo valor, dá para conhecer o Polo Astronômico, que tem planetário, observatório e plataforma de observações a olho nu — no passeio noturno, o ingresso fica R$ 28. Já o bilhete de R$ 80 para a embarcação Kattamaram oferece um passeio pelo lago de Itaipu. Com tantos visitantes estrangeiros, o intercâmbio cultural é certo, principalmente por consequência das fronteiras com a Argentina e o Paraguai. O Marco das 3 Fronteiras é um dos locais mais visitados por quem curte contemplar o pôr do sol e ainda conhecer o encontro dos dois principais rios da cidade: o Paraná e o Iguaçu. No local ainda funciona a maior roda gigante itinerante do Brasil, com luzes de LED coloridas, e que possui também gôndolas para cadeirantes. As 18 cabines são fechadas e o ingresso é vendido por R$ 30. Ecoturismo Para os amantes da natureza a visita a Foz é

indispensável, já que a cidade abriga uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza — As Cataratas do Iguaçu. Formadas pelas águas do Rio Iguaçu, que nasce no leste de Curitiba e deságua no Rio Paraná, na Bacia do Prata, o nome significa “água grande” em tupi-guarani (Y “água”,“rio“; e guasu ou guaçu “grande“), e percorre, no sentido leste-oeste, 1.320 km até sua foz, em Foz do Iguaçu. O Parque Nacional do Iguaçu completa 80 anos de fundação em 2019 e abriga o maior remanescente de floresta Atlântica da Região Sul do Brasil. Foi a primeira unidade de conservação do brasil a ser instituída como Patrimônio Mundial Natural pela Unesco, em 1986. Em 2017, foi o segundo parque nacional mais visitado, com um público de 1,8 milhão de pessoas, e de janeiro a julho deste ano já recebeu 1 milhão de visitantes, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o parque. O passeio do lado brasileiro apresenta uma vista privilegiada das cataratas, com alturas de 40 metros a 82 metros, por R$ 42. Para os aventureiros, outra opção é o Macuco Safári, que proporciona a sensação de passar por baixo das cataratas. O local oferece ainda voo de helicóptero, salto de paraquedas, trilhas de bike ou rafting nas corredeiras do Rio Iguaçu. Já no Parque das Aves, o bilhete de R$ 45 abarca diversas atrações que possibilitam o contato com espécies da fauna e flora brasileira que encantam com suas cores e costumes, como no Covil dos Répteis, no Encontro com as Araras, no Reino das Borboletas e na vista do restaurante para o Lago dos Flamingos.

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Lazer

Algumas recomendações são importantes para a visita ao parque: — Beba muita água para hidratar-se; — Use sempre o protetor solar; — Para evitar insetos, passe repelente; — Utilize capas de chuva. Nas cataratas há constantemente uma leve garoa; — Use roupas e calçados apropriados para caminhada. Como documento de identidade podem ser apresentados: — Identidade original (RG) independentemente da idade — não é aceita a certidão de nascimento;

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— CNH, para maiores de 18 anos; — Passaporte válido (quando estrangeiro, verificar se não é necessário visto). — Registro Nacional de Estrangeiro (RNE) dentro da validade (no Brasil, mesmo estando vencido, ele não precisa ser renovado, porém, na Argentina, ele tem de estar na validade); — Para menores de idade desacompanhados de um dos pais: identidade original (RG) ou passaporte válido, junto da autorização do pai ou da mãe registrada em cartório, citando visita aos seguintes países: Brasil, Paraguai e Argentina. Sem essas informações, a autorização não tem validade; — Quando o menor não tem pai ou mãe (falecidos): identidade original (RG) ou passaporte válido, junto de atestado de óbito atualizado.


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ÔNIBUS DA

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Sete anos salvando vidas e reescrevendo histórias da população de Mato Grosso do Sul Texto Ariane Martins Fotos Messias Ferreira

“É muito gratificante lembrar o início disso tudo. Parece que foi ontem quando começamos a formatar o projeto que, hoje, sete anos mais tarde, já atendeu quase 4 mil pacientes”, recorda-se o presidente da Cassems, Ricardo Ayache.

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O sol ainda não tinha raiado quando a equipe do Ônibus da Saúde se reuniu, na madrugada do dia 19 de outubro de 2011, para a primeira viagem do programa de prevenção. Com o céu ainda escuro, 15 pessoas, entre voluntários, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, embarcam na unidade móvel de atendimento oncológico rumo a Camapuã, município distante 150 km de Campo Grande, que recebeu a primeira visita do ônibus. Antes das sete da manhã, cerca de 150 pacientes aguardavam ansiosamente o início dos atendimentos. O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, acompanhou bem de perto a primeira viagem do Ônibus da Saúde e, na época, explicou o motivo que levou a Caixa dos Servidores a criar o programa de prevenção. “Observamos que na Cassems houve aumento no número de beneficiários com câncer e que muitas mulheres não estavam se prevenindo. Então, foi criado o ônibus para facilitar o acesso ao atendimento de prevenção, principalmente, para os municípios do interior”, avaliou. Na ocasião, Ayache destaca ainda que os índices de pessoas com câncer estavam aumentando e que o ônibus vai atender não só os servidores públicos, mas também dividirá os atendimentos com pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que

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não tem condições de realizar esses procedimentos de outras maneiras. “Não é porque a Cassems é do servidor que não vamos olhar para o restante da sociedade. Onde a gente puder estender a mão, iremos fazer”, destacou. Na época do lançamento do programa, a diretora de Assistência à Saúde da Caixa dos Servidores, Maria Auxiliadora Budib, explicou que, “hoje, vemos que muitas mulheres têm medo de fazer alguns exames e constatamos que mais de 50% das pacientes do interior não haviam realizado diversos exames nos últimos anos. Selecionamos os casos mais antigos, para que pudessem fazê-los em nosso ônibus itinerante”. O médico oncologista e coordenador do programa, Fabrício Colacino, enfatiza que mais da metade dos pacientes do interior fica sabendo tardiamente que está com câncer. “Realizar essa prevenção no interior pode diminuir muito os números das doenças e mudar a história do nosso estado. Um simples exame pode ser capaz de prevenir um câncer”. Só na manhã da viagem de estreia, foram realizados 20 exames de colo de útero, 30 mamografias, 30 exames de pele e duas microcirurgias. Ao fim do dia, os números da primeira viagem do Ônibus da Saúde somaram 300 km percorridos e 153


atendimentos, dos quais 54 mamografias, 45 exames de pele e 54 exames preventivos. Desde a longínqua primeira viagem do Ônibus da Saúde, há sete anos, o programa de prevenção já visitou 72 municípios e atendeu quase 4 mil pessoas. Só no primeiro ano de atendimento, foram atendidos 728 pacientes. Em 2013, quando completou dois anos de atividade, o Ônibus da Saúde já havia realizado cerca de 1.800 procedimentos. A diretora de Assistência à Saúde acompanhou a última viagem da unidade móvel de prevenção ao câncer e constatou que a conquista da equipe do programa é chegar aos pacientes antes da doença. “Em torno de 24% dos pacientes atendidos apresentaram alteração nos exames e foram encaminhados para atendimento especializado. A grande conquista é o rastreamento cuidadoso na fase inicial do câncer ou, até mesmo, em lesões pré-malignas. A felicidade em chegar à frente da doença e proporcionar a cura é o motivo maior do nosso trabalho”, comemora Budib. O oncologista Fabrício Colacino destaca que o Ônibus da Saúde leva à população carente de medicina especializada em oncologia um atendimento digno e eficaz, para que as chances

de cura possam ser maiores. “Os casos que nós diagnosticamos precocemente têm altas chances de cura e esse é o nosso objetivo principal: a prevenção”, aponta Colacino. Sete anos após o lançamento do Ônibus da Saúde, o presidente da Cassems olha para trás com a satisfação de quem acreditou num projeto que hoje é um dos mais importantes programas de prevenção realizados pela Caixa dos Servidores. “É muito gratificante lembrar o início disso tudo. Parece que foi ontem quando, lá em 2011, nós começamos a formatar o projeto que, hoje, sete anos mais tarde, já atendeu quase 4 mil pacientes. A satisfação maior é saber que muitas vidas foram salvas graças ao Ônibus da Saúde. Então, fica a certeza de que a nossa aposta foi acertada e que a prevenção, é sim, o melhor remédio”, destaca Ayache. A necessidade da população do interior no acesso a procedimentos oncológicos ficou evidente nas primeiras viagens do Ônibus da Saúde. O presidente da Caixa dos Servidores conta que a quantidade de mulheres, entre 50 e 60 anos, que nunca haviam feito exames preventivos deixou todos alarmados. “Nós já sabíamos que boa parte das mulheres que moram

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no interior estava com seus exames preventivos atrasados, porém, as primeiras cidades visitadas pelo ônibus nos mostraram outra dura realidade: muitas dessas mulheres nunca tinham feito um exame preventivo sequer. Isso é muito preocupante”, salienta o presidente da Cassems. Essa situação é exatamente a vivida pela beneficiária Vilma Carvalho Silva, atendida pelo ônibus em Camapuã. A ausência desses procedimentos em sua cidade e a dificuldade de se deslocar até outros centros são os principais motivos que levam as mulheres do interior a não realizarem seus exames periódicos. “É a primeira vez que eu faço esses exames porque, assim como eu, tem muita gente que não tem condições de ir até Campo Grande para realizá-los. Então, para mim e para muitas outras mulheres, que também foram atendidas pelo ônibus em suas cidades, é muito bom ter esse atendimento perto de casa”, afirma. Maria Auxiliadora destaca justamente que o programa vai ao encontro das dificuldades encontradas pelas mulheres que moram no interior. “A importância desse programa é a gente

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conseguir chegar às pacientes que têm mais dificuldade de ter acesso à prevenção do câncer ginecológico, como a mamografia e o preventivo. Nós já visitamos 72 municípios e, na maioria deles, nós já fomos mais de três vezes, ou seja, estamos entrando na frequência que o Ministério da Saúde e o Instituto do Câncer recomendam”, pontua. A mortalidade do câncer de mama não é uma obra apenas da falta de acessibilidade; muitas mulheres acabam nem procurando atendimento por causa de seus maridos, que as proíbem de fazer o exame. A assessora do Interior da Cassems, Sonilza Lima, acompanha toda viagem do Ônibus da Saúde e ela se lembra de uma situação que, infelizmente, acontece bem mais do que imaginamos. “No início do programa de prevenção, nós encontrávamos muitas mulheres que nunca tinham feito exames e, hoje, esse número caiu bastante, mas ainda encontramos casos assim. Em outros casos, as pacientes nos perguntam se é uma mulher quem vai realizar o exame. Ainda existe muito machismo e alguns maridos não deixam as esposas fazerem os exames preventivos. Teve um caso que eu nunca


“A IMPORTÂNCIA DESSE PROGRAMA É CONSEGUIR CHEGAR ÀS PACIENTES QUE TÊM MAIS DIFICULDADE DE TER ACESSO À PREVENÇÃO DO CÂNCER GINECOLÓGICO, COMO A MAMOGRAFIA E O PREVENTIVO. NÓS JÁ VISITAMOS 72 MUNICÍPIOS”, REVELA A DIRETORA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA CAIXA DOS SERVIDORES, MARIA

O programa de prevenção desenvolvido pela Caixa dos Servidores já é reconhecido pelos seus serviços oferecidos à população. Em 2015, a história do programa de prevenção e de seu atendimento itinerante transformou-se num fotolivro. A obra “100 Viagens, Centenas de Vidas Salvas por Meio da Prevenção em Mato Grosso do Sul” narra, por meio de imagens, a trajetória de cura e de esperança do ônibus da Saúde e de sua equipe. No ano seguinte, quando completou cinco anos de atuação, ao lado de mais dois programas de prevenção realizados pela Cassems, Casal Grávido e Cassems Itinerante, o Ônibus foi classificado para o Prêmio Saúde Unidas, em duas categorias: câncer de mama e câncer de colo de útero. Moradora de Aquidauana, a beneficiária Maria Auxiliadora Soares relata que todo o processo, desde a consulta até a resolução do problema, caminhou da melhor forma possível e com um final feliz. “O atendimento foi muito bom. Eu já operei do nódulo que eu tinha no seio. Foi por meio do ônibus, quando ele veio até a minha cidade, que eu descobri. Eu fiz o exame, descobri esse nódulo e o médico logo me ligou para eu tirar. Eu ainda estou em

AUXILIADORA BUDIB.

vou esquecer, porque a mulher veio até mim e pediu pra nós falarmos com o marido dela. Nós fomos, conversamos com eles, separadamente, e ele permitiu. Era uma senhora de 63 anos que nunca tinha feito um exame”, conta. O coordenador do programa ressalta que sem a ida do Ônibus até essas localidades, essas mulheres “dificilmente teriam acesso e esse é o principal objetivo do programa: levar equipamentos e equipe especializada aos locais onde não tem prevenção. Sem duvida, as beneficiárias tiveram muita sorte em ter o programa fazendo o atendimento oncológico da forma correta e com muito amor”. A beneficiária Belonir Aparecida Franco Batista, de Ribas do Rio Pardo, garante que nunca teria descoberto seu problema se não fosse pelo Ônibus da Saúde. “Eu fiquei muito satisfeita com o atendimento. Fiz mamografia e apareceu um pequeno problema numa glândula, mas fiz uma cirurgia, o eliminei e não era nada. Se a Cassems não tivesse vindo até aqui eu nem teria feito esses exames e nunca saberia desse problema. Na verdade, esse foi o primeiro exame que eu fiz”, salienta.

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tratamento e estou sendo muito bem atendida. Eu volto ao médico de dois em dois meses para fazer mamografia e ultrassom. Esse programa é ótimo, muito bom mesmo e, se o Ônibus não tivesse vindo aqui, acho que não ia descobrir a tempo, porque é muito difícil ir até Campo Grande para fazer exames. Então, acho muito importante o projeto ir até o interior para fazer exames nas pessoas que não têm condições. Estou muito feliz e satisfeita com o atendimento”, agradece. O presidente da Cassems afirma que o objetivo da Caixa dos Servidores é garantir um atendimento eficaz aos seus beneficiários e a prevenção é a base desse processo. Contudo, só é possível tratar e prevenir se o beneficiário tiver as condições para tal. Por isso, a Cassems se aproxima de quem não consegue ir até suas estruturas. “O que mais importa para Cassems é estarmos próximo das pessoas oferecendo o que elas precisam: uma saúde de qualidade. Sabemos o quanto é dramático para o paciente e para a família lidar com um câncer e, com esse projeto, também visamos ter a liberdade e condições para conversar sobre esta doença. Estamos aqui para celebrar a qualidade de vida e quebrar preconceitos” diz Ayache. Atendida pelo Ônibus da Saúde em Terenos, Lídia Pereira da Silva não mede palavras para descrever o seu agradecimento

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para o atendimento recebido no projeto. Sua gratidão se estende para as outras mulheres da sua cidade. “Eu gostei muito do atendimento, foi muito bom. Depois do resultado dos exames, eu fiz o tratamento e estou ótima hoje. O exame acusou uma suspeita, mas eu fui avaliada e a Cassems me encaminhou para realizar outros exames, fui operada e, hoje, estou bem. Mas tudo foi graças ao diagnóstico do exame. Para a gente daqui poder fazer esses exames, nós temos que ir até Campo Grande, porque aqui não tem. Os moradores de Terenos não têm onde fazer exames aqui. A vinda do Ônibus da Saúde foi ótimo para mim e para as minhas amigas. Nós todas fomos atendidas e achamos muito bom, porque não precisamos nos preocupar com transporte e outras coisas que dificultam a nossa ida”, pontua. Para a diretora de Assistência à Saúde da Caixa dos Servidores, o programa de prevenção se justifica quando leva ao interior esses procedimentos e também quando prova que a prevenção é, realmente, o melhor caminho. “Desde a sua criação, em outubro de 2012, o ônibus atendeu mais de 3.700 pacientes. Dessas vidas atendidas, a gente teve mais de 2.500 pacientes com idade superior a 50 anos que fizeram mamografia e o preventivo. O diagnóstico de câncer, tanto o de colo do útero quanto o de mama, apontou estágios iniciais da doença com as pacientes apresentando um prognóstico muito favorável de tratamento, sem precisar de grandes cirurgias, sem precisar de tratamentos quimioterápicos de longa duração. Então, o programa se justifica porque ele leva ao interior, às pacientes que têm mais dificuldades de acesso aos grandes centros, exames que seguem um padrão de qualidade, certificados por laboratórios qualificados para tal. A Diretoria de Assistência à Saúde faz a leitura do exame e retorna com a prescrição necessária e isso é um diferencial em prevenção. Uma vida que a gente pega em estágio de câncer inicial compensa o investimento e a gente sabe que está fazendo um grande trabalho de levar a prevenção, e não o tratamento tardio”, finaliza.


Números do Ônibus da Saúde 72 municípios receberam o ônibus desde a sua criação Água Clara, Amambai, Anastácio, Anaurilândia, Angélica, Antônio João, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Aral Moreira, Bandeirantes, Bataguassu, Batayporã, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Brasilândia, Caarapó, Camapuã, Campo Grande, Caracol, Cassilândia, Chapadão do Sul, Corguinho, Coronel Sapucaia, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Deodápolis, Dois Irmãos do Buriti, Douradina, Dourados, Eldorado, Fátima do Sul, Figueirão, Glória de Dourados, Guia Lopes da Laguna, Iguatemi, Itaporã, Itaquiraí, Ivinhema, Jaraguari, Jardim, Jateí, Juti, Ladário, Laguna Carapã, Maracaju, Miranda, Mundo Novo, Naviraí, Nioaque, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Paraíso das Águas, Paranaíba, Pedro Gomes, Ponta Porã, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, Santa Rita do Pardo, São Gabriel do Oeste, Sete Quedas, Sidrolândia, Sonora, Tacuru, Terenos, Três Lagoas, Vicentina.

* 39 municípios receberam o ônibus mais de uma vez

3.700 vidas atendidas 927

728

774 458

348

2012

|

2013

|

2014

271

|

2015

194 |

2016

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2017

|

2018

21 mamografias positivas para câncer 5 casos de câncer de colo uterino detectados 22 preventivos com sugestivo a câncer de colo uterino

vidas atendidas por ano

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Entrevista

CARLOS GUIZADO Gerente hospitalar do Hospital Cassems de Campo Grande compartilha os desafios à frente da função e os avanços da unidade Texto Miriam Ibanhes Foto Messias Ferreira

Carlos Guizado nasceu em Santos, litoral paulista, e tem 45 anos. É formado em Processos Gerenciais pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci, em Santa Catarina. Atua na área de gestão hospitalar há 22 anos, já trabalhou em instituições como a Santa Casa de Campo Grande e teve passagem como consultor na Santa Casa de Montes Claros e no Centro de Reabilitação Dr Henrique Santilo, em Goiânia. Foi gerente de Logística e Suprimentos da Associação Bom Samaritano, em Maringá. Atuou como assessor da Diretoria de Unidades Hospitalares da Cassems durante quatro anos e agora ocupa o cargo de gerente hospitalar do Hospital Cassems de Campo Grande. Nesta edição, ele compartilha os desafios à frente da função e os avanços que a unidade tem como objetivo em prol da saúde dos servidores. O que é necessário para gerir um hospital como o Hospital Cassems de Campo Grande? Para gerir um hospital do porte do Hospital Cassems de Campo Grande, em primeiro lugar, é necessário estar antenado com tudo o que acontece na área de saúde no Brasil e no mundo. Costumo dizer que, atualmente, nenhum hospital é uma ilha e, sim, interdependente de vários outros fatores externos como a política, a economia e, até mesmo, os movimentos demográficos. O estudo é primordial. Até há bem pouco tempo, as faculdades de

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Administração não tinham em sua grade curricular uma disciplina voltada especificamente para a administração hospitalar e o ato de gerir um hospital ficava relegado para os profissionais da área de saúde, que tinham as suas demandas próprias para serem atendidas. Por conta da exigência do mercado e do aperfeiçoamento das tecnologias na saúde, que exige um esforço concentrado na questão financeira, essa realidade se transformou e foi necessário profissionalizar a gestão hospitalar. Hoje, um gestor hospitalar tem que saber lidar com todo tipo de informação dentro da sua área, aprender a trabalhar com números, dados e prospecção de mercado, porque não existe margem para erro. Não é incomum ouvirmos que está faltando dinheiro para algum investimento na área de saúde, por isso é importante ser assertivo e fazer uma gestão hospitalar voltada para o que está acontecendo hoje, quais as tendências de mercado, com trabalho focado em indicadores, acompanhar a sazonalidade dos eventos em saúde, aproveitar os momentos de calmaria e se preparar para os períodos de crise. O gestor precisa entender não só da administração e, sim, ter uma visão global de tudo o que envolve o negócio. Uma unidade hospitalar parece uma grande cidade. Aqui dentro nós temos hotel, restaurante, café, enfim... Temos várias áreas dentro de um só local, então, se não houver o entendimento de como essa engrenagem funciona, é impossível admi-


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Entrevista

nistrar essa estrutura. De que forma a tecnologia auxilia na gestão hospitalar? O nosso foco é trabalhar com indicadores, com metas e respostas rápidas. Para ter tudo isso, é preciso investir em tecnologia que proporcione aquilo que necessitamos, que são as informações rápidas. Por isso, trouxemos para o hospital de Campo Grande um prontuário informatizado, que nos fornece toda informação sobre os pacientes de maneira rápida, implantamos ferramentas de gestão e integramos os nossos equipamentos ao sistema, de forma que haja uma comunicação entre eles, facilitando a rotina técnica hospitalar e permitindo o acompanhamento dos indicadores e solução ágil dos problemas que, porventura, surjam. Existe uma certificação denominada HIMSS (HealthCare Information and Management Systems Society), que, no Brasil, apenas dois hospitais estão certificados em nível máximo, ou seja, isso demonstra que o uso da tecnologia de informação como ferramenta de tomada de decisão no nosso país não é uma prioridade. Necessitamos caminhar a passos largos para informatizar a gestão e, assim, garantir que todos os processos funcionem da melhor maneira, oferecendo um atendimento de qualidade e confiável, e nisso a tecnologia pode nos auxiliar. Como o Hospital Cassems de Campo Grande trabalha a questão dos avanços tecnológicos com os colaboradores? Nós investimos em cursos e treinamentos, levamos nossos profissionais a outros hospitais para que tenham a oportunidade de conhecer outras realidades, onde fazem benchmarking com o que há de melhor no mercado. A velocidade dentro da área da saúde é muito rápida e o custo da tecnologia é também muito alto, mas com foco naquilo que podemos fazer, sempre com os pés no chão, buscamos capacitar todos os nossos colaboradores nas melhores e mais atuais práticas hoje oferecidas pelo mercado, com foco na qualidade do atendimento. O mais importante disso tudo é que, antes de fazermos qualquer coisa, nos perguntamos qual o impacto que isso terá na qualidade de atendimento para o nosso beneficiário/cliente. Este é o nosso objetivo, pois se não trouxer ganho na qualidade do atendimento de nada adianta, não quer dizer nada termos a tecnologia mais cara disponível no mercado, se não temos uma equipe capacitada para oferecer a assistência

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“A MODERNIDADE TEM UM CUSTO. ENTÃO, O GRANDE DESAFIO QUE TEMOS HOJE É DAR SUSTENTABILIDADE PARA O PLANO DE SAÚDE DA CASSEMS, REDUZINDO O CUSTO DA OPERADORA E PROPORCIONANDO UMA MAIOR ASSERTIVIDADE NOS TRATAMENTOS”


adequada. Buscamos não só a melhor tecnologia e as melhores opções de atendimento, mas, também, capacitarmos a nossa equipe. O Hospital Cassems recebeu, recentemente, um importante selo de qualidade. De que forma a gestão atua para estimular seus colaboradores a buscarem a excelência? A minha missão como gestor é provocar. Temos sempre de provocar as pessoas para que elas deem o melhor de si por meio de metas e objetivos, então, a partir do momento que conseguimos uma certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA), por meio do Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (Ibes), nível um, já estamos trabalhando para alcançarmos o segundo, o terceiro nível da Acreditação. O Hospital Cassems de Campo Grande é muito novo. Estamos completando dois anos, ainda estamos engatinhando e receber o selo de certificação foi algo extraordinário. No Brasil, apenas 4% das instituições hospitalares são acreditadas, um número que não chega a 300 hospitais e 40% deles se localizam na Região Sudeste, em São Paulo, especificamente. Se for comparar com os Estados Unidos, 90% dos hospitais possuem Acreditação, porque isso é requisito básico para que se faça contratos com seguradoras ou com o governo. Por tudo isso, considero que o Hospital Cassems já nasceu com um grande futuro. A nossa preocupação em trabalhar para alcançar essa certificação não foi apenas para conseguir o selo de qualidade, mas, sim, para demonstrar que nós temos um foco, que é fazer o melhor atendimento. Queremos fazer e ser o diferencial e isso é passado para os nossos colaboradores, estimulando o trabalho contínuo por meio dos processos de qualificação da equipe. Quando o profissional se sente desafiado, mas ao mesmo tempo sente que a empresa está oferecendo as condições para ele se qualificar para cumprir esses desafios, criamos uma cultura de excelência. Aqui, criamos as condições para que os profissionais possam se desenvolver e crescer tanto no aspecto profissional quanto pessoal. Quais os desafios que o Hospital Cassems enfrenta? Quando falamos em saúde, temos que lembrar inúmeros pontos a serem considerados. Os desafios impostos pela modernidade são o aumento da longevidade das pessoas, a luta contra o sedentarismo, a obesidade,

“TRABALHO NA ÁREA HOSPITALAR HÁ 22 ANOS E POSSO DIZER QUE É UM PRAZER IMENSO PODER APLICAR O QUE APRENDI E RECEBER A CONFIANÇA E A LIBERDADE PARA PODER SERVIR AO BENEFICIÁRIO DA MELHOR MANEIRA”

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Entrevista

a verticalização da saúde, os custos crescentes e as novas tecnologias que temos de ter acesso. A modernidade tem um custo. Então, o grande desafio que temos hoje, como Hospital Cassems, é dar sustentabilidade para o Plano de Saúde da Cassems, reduzindo o custo da operadora e proporcionando uma maior assertividade nos tratamentos. Se avaliarmos o motivo de verticalização da Cassems, chegamos ao binômio de redução de custos e atendimento de qualidade. Assim, o Hospital Cassems de Campo Grande está aqui por um único motivo: atender bem o beneficiário, de forma que, ao dar entrada na unidade, o paciente tenha um atendimento de qualidade, um tratamento seguro e o menor tempo de recuperação possível com o custo justo. Nosso maior desafio é conseguir atender com qualidade e resultado, mas com um custo compatível. Qual o diferencial do Hospital Cassems? O grande diferencial do Hospital Cassems de Campo Grande está justamente na importância que damos aos nossos beneficiários. Há, pelo menos, 20 anos não se via uma inauguração de um hospital do porte desta unidade em Mato Grosso do Sul e o que se observa é a maior preocupação de alguns hospitais como o resultado financeiro. Nós acreditamos que os resultados surgem e se firmam a partir da qualidade que oferecemos para os nossos beneficiários. Nesses dois anos, construímos um hospital que olha para o paciente e não só para a doença e dessa atitude nasceram vários projetos de humanização, como A Literatura Cura, Musicoterapia, Plantão da Alegria e também o Coral Cassems, este último formado pelos colaboradores, porque a humanização depende de dois atores,

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e um deles é o colaborador, que está diretamente ligado ao nosso paciente. Dessa forma, nós investimos no profissional que está aqui dentro conosco, todos os dias, e na humanização, para tratar com carinho, com afeto cada pessoa que precisa dos nossos serviços. Obviamente que, como seres humanos, cometemos erros, mas o nosso objetivo é que o tratamento oferecido aqui proporcione, se não a cura, ao menos a melhora do estado de saúde dos pacientes e que eles se sintam satisfeitos com o serviço prestado. O grande investimento da Cassems neste hospital não foi a estrutura física, que é excelente e não existe outro hospital igual aqui em Campo Grande ou no Centro-Oeste, temos equipamentos de ponta aqui, a nossa hotelaria é totalmente diferenciada, mas o que faz com que sejamos diferentes não é tudo isso e, sim, o cuidado e a atenção que damos às pessoas. Procuramos nos colocar no lugar do outro, exercitamos um valor muito raro hoje, que é a empatia. Para ter tecnologia, equipamentos, infraestrutura moderna, basta investimento financeiro, mas para ter afeto e cuidado, somente quando despertamos a paixão pela profissão que exercemos, temos o entendimento da nossa importância em todo o processo de cuidado. Existem projetos de expansão? Quais são eles? O Hospital Cassems já nasceu com projeto para se expandir, mas sempre trabalhamos com os pés no chão, pois quando se instala uma estrutura como essa, não sabemos qual o tempo necessário para ter o equilíbrio financeiro da instituição, mas, desde que o hospital foi inaugurado, já havia a ideia de que seria necessário expandir e, hoje, nós já trabalhamos no projeto de expansão de leitos. Inicialmente, havíamos planejado uma UTI neonatal e espaço para maternidade. Porém, acompanhando as mudanças nas necessidades da área de saúde, ficou claro que, neste momento, é primordial o aumento nos leitos de pediatria, por isso, estamos concluindo um projeto para instalação de uma UTI pediátrica, que vai auxiliar não apenas a Cassems, como a cidade e Mato Grosso do Sul, porque hoje, no Estado, não se acha leito de pediatria. Então o nosso próximo passo é a abertura da UTI pediátrica e a ampliação do hospital propriamente dita. Alguns outros projetos menores já estão sendo desenvolvidos, mas os dois maiores são mesmo a UTI pediátrica e a ampliação da unidade, que aumentará a nossa capacidade em mais 100 ou 120 leitos. Os números do Hospital Cassems justificam um projeto de expansão em tão pouco tempo de vida? Atualmente, nós temos uma média de 6 mil a 7 mil


atendimentos por mês. Desse total, realizamos em média 600 internações/mês e 640 cirurgias de pequeno, médio e grande porte, mensalmente. Nesses dois anos de vida, temos mais de 100 mil atendimentos realizados. Nós não esperávamos atingir esses números nem essa maturidade tão cedo. Só no ano passado, nós fizemos mais de sete mil procedimentos cirúrgicos. Este ano, faltando ainda alguns meses para encerrar-se 2018, já estamos com mais de 5 mil procedimentos realizados. Nossa média subiu bastante e com certeza vamos ultrapassar o volume feito no ano passado. No pronto atendimento, houve um aumento médio de 30% no número de atendimentos em relação ao ano anterior, e vamos, seguramente, ultrapassar os 37.500 atendimentos feitos em 2017. Esses números justificam todo o trabalho que já está sendo feito de se projetar a ampliação física do nosso hospital. São realmente o termômetro que nos avisa que estamos pequenos e precisamos expandir. Muito disso se deve à confiança que o nome Cassems passa, porque nós temos um porcentual de atendimento de outros convênios na faixa dos 18%. O nome Cassems, hoje, é sinônimo de qualidade e de bem atender. São esses números que nos fazem brilhar os olhos: realizamos uma média de 26 cirurgias por dia, os leitos de UTI têm uma taxa de ocupação de 97% e a taxa de ocupação no hospital ultrapassa os 85%. Isso é reflexo da confiança depositada em nós. Os números já dizem o que o hospital representa para a cidade e para a Cassems. São em média 6 mil atendimentos mensais no pronto atendimento que estamos absorvendo e, assim, aliviando a demanda de outros hospitais. Na sua visão, o que é o Hospital Cassems de Campo Grande? O que ele significa? Eu me lembro bem do primeiro dia em que comecei a trabalhar na Cassems, na Diretoria de Unidades Hospitalares, há cinco anos. Meu diretor, o Flávio Stival, me passou a missão de fazer o levantamento de custo dos equipamentos para a construção do hospital. Essa foi a minha primeira tarefa e eu acabei acompanhando todo o processo de construção da unidade. Desde a demolição da antiga Chacha Veículos, que ocupava o terreno onde hoje está erguida a estrutura do Hospital Cassems de Campo Grande, até a entrega da obra. Tivemos e temos equipes empenhadas ao máximo para fazer do sonho uma realidade. Desde a presidência, passando pelas diretorias e também pelos profissionais que hoje fazem parte e dão vida a essa estrutura. O hospital é um sonho de 214 mil beneficiários, de pessoas que são visio-

“O HOSPITAL CASSEMS DE CAMPO GRANDE É MUITO NOVO. ESTAMOS COMPLETANDO DOIS ANOS E RECEBER O SELO DE CERTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO FOI ALGO EXTRAORDINÁRIO”

nárias. Ainda não fez seis meses que assumi o cargo de Gerência Hospitalar, mas, por ter visto e acompanhado todo o processo, não tenho dúvidas ao afirmar que estamos fazendo um trabalho diferenciado. Trabalho na área hospitalar há 22 anos e posso dizer que é um prazer imenso poder aplicar o que aprendi e receber a confiança e a liberdade para poder servir ao beneficiário da melhor maneira. O que eu vi foram escombros de uma demolição se tornarem um local que cuida das pessoas com carinho, amor e afeto. Essa foi a grande transformação. Esta é a grande lição que trago comigo, carinho e afeto podem curar não só o corpo, mas a alma das pessoas.

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Entrevista HOSPITAL CASSEMS CG COMPLETA DOIS ANOS JÁ COM CERTIFICAÇÃO DE ENTIDADE ACREDITADA

Com o status de entidade Acreditada, o Hospital Cassems de Campo Grande (HCCG) entra em seu segundo ano de vida. A certificação foi concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), através do Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES), e assegura que as práticas de qualidade, gestão e assistência à saúde estão sendo realizadas da maneira correta, sempre prezando pela excelência no atendimento. O objetivo do selo de certificação é manter sempre o foco na melhoria, padronização e controle dos processos e compromisso com resultados positivos. Além disso, permite a identificação de riscos e oportunidades, aumentando a credibilidade da instituição perante médicos e pacientes. Agora, além de ser a primeira unidade hospitalar da Rede Cassems a ser Acreditada, ele figura entre o seleto grupo de instituições certificadas pelo IBES. Em todo o Mato Grosso do Sul, apenas 10 entidades possuem a certifica-

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ção, sendo quatro hospitais. O Hospital Cassems de Campo Grande foi inaugurado em 10 de outubro de 2016 e seu projeto de construção já nasceu com a intenção de ir além da simples edificação. Nesses dois anos o objetivo de humanizar e qualificar cada vez mais o atendimento às mais de 211 mil vidas foi constantemente perseguido. Muito mais que um hospital, o HCCG se tornou uma referência em saúde, um marco histórico da Cassems e também da saúde em Mato Grosso do Sul. Tendo como absoluta prioridade a agilidade, a humanização do atendimento e a segurança do paciente, a unidade oferece uma ampla cadeia de serviços em saúde que vai desde a promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. Implantou também diversos projetos de humanização que auxiliam nos tratamentos convencionais, agindo diretamente no psicológico dos pacientes. Ao fornecer um atendimento mais qualificado e


que integre o conhecimento técnico, comportamento ético e o histórico do paciente é possível conseguir excelentes resultados na interação dos profissionais de saúde com os pacientes. Nesse sentido, o Hospital Cassems de Campo Grande tem como principal diferencial a preocupação em manter a sua qualidade de atendimento, não apenas na parte de recursos tecnológicos de ponta, como também no quesito humanização. Para auxiliar a equipe de assistência em saúde a oferecer o melhor para o restabelecimento rápido e completo dos pacientes, o HCCG conta com o engajamento de grupos de voluntariado que formam os quatro grandes projetos voltados para o trabalho de humanização junto a pacientes, acompanhantes e colaboradores. Para auxiliar a equipe de assistência em saúde a oferecer o melhor para o restabelecimento rápido e completo dos pacientes, o HCCG conta com o engajamento de grupos de voluntariado que formam os quatro grandes projetos voltados para o trabalho de humanização junto a pacientes, acompanhantes e colaboradores.

tria, entre outras ações de atendimento humanizado. A musicoterapia também faz parte da rotina hospitalar. Coordenado pelo educador musical, Gabriel Scatena, a Musicoterapia é um projeto piloto e funciona como um laboratório de práticas e estudos em musicoterapia. É uma atividade terapêutica, sem contraindicações e limite de faixa etária, que se utiliza dos recursos sonoros musicais para reestabelecer e promover saúde nos indivíduos, seja de ordem

PROJETOS DE HUMANIZAÇÃO Por meio do Almofadas do Coração, Sandra Ávila e Jane Benato, coordenadoras do projeto, a unidade pode oferecer um acompanhamento mais humanizado e atencioso para as pacientes que fazem tratamento contra o câncer de mama. Dentre as ações do projeto estão a atenção constante desde a internação, ensinando a usar lenços, a se maquiar e presenteando as pacientes com uma almofada anatômica, em formato de coração, que ajuda no processo de recuperação após a cirurgia. O projeto A Literatura Cura, sob a coordenação da historiadora e escritora Raquel Anderson, promove ações que visam levar a literatura para dentro do Hospital Cassems, colocando, de maneira mais afetuosa, os pacientes do hospital em contato com a literatura através de poemas, histórias, contos e causos. O material é entregue aos pacientes dentro de caixas, frascos e outros recipientes do ambiente hospitalar, todos padronizados para isso. Além disso, a iniciativa também inclui tardes de conto na pedia-

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Entrevista

física, emocional ou mental. As ações são feitas com os pacientes beira leito e também com os colaboradores. O coordenador do projeto criou, ainda o Coral Cassems, que tem como objetivo envolver os colaboradores nas atividades terapêuticas, oferecendo a eles a oportunidade de aproveitar o belo, na busca constante de uma vida melhor, através do fazer musical e da expressividade artística. O Projeto Musicoterapia também possui um piano no hall de entrada do hospital, com uso livre para as pessoas que quiserem tocar e para apresentações constantes de corais e músicos parceiros. O Plantão da Alegria é mais um projeto de humanização muito importante, implantado nos primeiros meses de funcionamento do hospital, formado exclusivamente por colaboradores da unidade hospitalar. O grupo é sinônimo de amor e solidariedade no HCCG onde, da recepção à alta dos pacientes, o tratamento é humanizado. Os colaboradores do hospital, que integram o Plantão de Alegria, transformam-se em personagens e encantam pacientes internados, visitantes, acompanhantes e, como sempre, até quem trabalha no local. Um outro projeto, implantado no primeiro semestre de 2018, com cunho mais social é o Jovem Aprendiz. Com a parceria do Tribunal de Justiça Mato Grosso do Sul, Tribunal de Contas do Estado, da Vara

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da Infância, Juventude e do Idoso de Campo Grande e Senac, o projeto oferece uma perspectiva de futuro profissional para adolescentes e jovens entre 15 e 24 anos, que estão em processo de adoção ou que vivem em abrigos destinados a essa modalidade, na capital. Para completar o ambiente, pensado não apenas para o atendimento técnico e especializado em saúde, mas de forma a proporcionar bem estar, o hospital conta com um acervo de quadros de artistas locais expostos na recepção da unidade, com o intuito de dar oportunidade aos artistas da terra a exporem suas obras e deixar o local mais aconchegante e humanizado, transformando o conceito padrão de unidade hospitalar. “Desde a concepção até neste momento buscamos aliar a tecnologia com conceitos modernos, eficientes e humanizados de atendimento. O rigoroso padrão de qualidade e segurança está presente desde os procedimentos de alta complexidade até os cuidados nos detalhes, que cão do acolhimento a uma alimentação diferenciada. Toda a equipe multidisciplinar está voltada para o ato de cuidar do bem mais precioso do ser humano: a vida”, considera Ricardo Ayache, presidente da Cassems.


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Saúde Cassems

OBESIDADE INFANTIL E A

CULTURA DOS EXCESSOS Endocrinologista pediátrica, Caroline Nantes Chaia explica como o consumo dos ultraprocessados, o convívio social e o sedentarismo influenciam no avanço desse problema Texto Ariane Martins Fotos Messias Ferreira

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“TER E OFERECER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EXIGE TEMPO E DEDICAÇÃO, QUE MUITAS VEZES OS PAIS, AVÓS E CUIDADORES NÃO POSSUEM, O QUE LEVA À QUESTÃO DAS REFERÊNCIAS NEGATIVAS TRANSMITIDAS EM CASA”

Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um dos mais graves problemas de saúde pública do mundo, a obesidade é uma preocupação que aumenta quando voltamos os olhos para as crianças. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, uma em cada três crianças no Brasil está pesando mais do que o recomendado. As faixas de Índice de Massa Corporal (IMC) determinadas para crianças são diferentes dos adultos e variam de acordo com gênero e idade. Os quilos extras podem ter consequências significativas para as crianças até a sua vida adulta: doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto são algumas consequências da obesidade infantil não tratada. Dependendo do caso, também pode resultar em baixa autoestima e depressão nas crianças. De acordo com o mapa da obesidade da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), se as devidas medidas não forem tomadas para combater essa questão, a projeção é de que, até 2025, existam mais de 75 milhões de crianças obesas no mundo todo. No Brasil, o cenário também é desfavorável, com índices alarmantes e crescentes de sobrepeso infantil, o que se acentua nas regiões mais pobres no País – na Região Nordeste, a obesidade entre as crianças de cinco a nove anos é de 28% e de 16% entre os pequenos a partir de dez anos. Campo Grande é a segunda capital do País com maior número de pessoas obesas, segundo a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais. O levantamento mostra que 58% das pessoas tem excesso de peso na capital de Mato

Grosso do Sul, que perdeu apenas para Rio Branco. É sobre esse problema que a endocrinologista pediátrica Caroline Nantes Chaia faz alertas nesta edição. Graduada em Medicina pela Uniderp, em 2006, ela atua, principalmente, nos temas osteogênese imperfeita, crescimento, puberdade, síndrome de Turner, diabetes e tireoide. Diante desse cenário preocupante, quais medidas tomar? É muito importante investir na reeducação dos hábitos alimentares e em atividade física na população infantil. O excesso de industrializados e o tempo passado em frente às telas são os catalisadores para esse processo [obesidade]. O primeiro motivado, sobretudo, pela publicidade infantil, enquanto o segundo é induzido, principalmente, pela falta de tempo das famílias. Inevitavelmente, uma coisa leva à outra, formando um ciclo perigoso de maus hábitos que se iniciam na infância e se perpetuam pela vida toda. Quais hábitos alimentares culturais dos adultos que causam nas crianças a propensão à obesidade? Os pais trabalham muito e o tempo é escasso. Ter e oferecer uma alimentação saudável exige tempo e dedicação, que muitas vezes os pais, avós e cuidadores não possuem, o que leva à questão das referências negativas transmitidas em casa. Por isso, é difícil reverter os maus hábitos. Não é fácil e requer uma mudança de postura gradual e consciente, que envolve toda a família. Os exemplos dos pais não acontecem somente na hora das refeições, mas estão relacionados a todas as escolhas que a família faz, desde a opção alimentar, horários de sono, organização pessoal e atividades simples do dia a dia. É preciso estar atento e refletir o tempo todo qual o exemplo você está passando para o seu filho. Como agir diante da publicidade infantil? O tempo todo estamos expostos aos estímulos da publicidade, que, entre outras coisas, nos induz a alimentos e bebidas que prometem facilitar nosso cotidiano, como enlatados, congelados e processados de alto valor calórico e baixo índice nutricional. Por isso, a participação dos pais é determinante. É possível fazer receitas saborosas para crianças substituindo produtos industrializados por naturais. Mesmo com pouco tempo, pode-se oferecer opções mais saudáveis, prestando atenção nas calorias dos alimentos consumidos, diminuindo o teor de açúcar e gordura dos alimentos, oferecendo mais alimentos frescos. Evite quanto for possível alimentos que venham em caixinhas, saquinhos e embalagens prontas em geral. Sobretudo, o diálogo é de suma importância nessas horas. A criança precisa entender o porquê são necessárias essas mudanças e

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Saúde Cassems

como elas vão refletir na sua vida. A obesidade também é um fator social. Como é possível conviver e ao mesmo tempo ter uma alimentação saudável? Para ter uma vida saudável, não é preciso fechar-se para o mundo, mas saber escolher. Em qualquer ocasião, é necessário cortar não só refrigerantes, mas também os sucos de caixinha, mesmo quando os rótulos dizem que são naturais e não possuem açúcar. Para beber, boas opções são limonadas e laranjas, somente uma fruta e água, batidas ou espremidas sem adição de açúcar. Ofereça opções para a criança poder fugir dos bolos, bolachas recheadas, salgadinhos, frituras, coxinha, pizza, etc., geralmente encontrados nas cantinas das escolas. Evite sair constantemente para comer. Mas, quando isso acontecer, opte por um espetinho, ou, quando a escolha for lanche, é importante escolher um que tenha pão integral, pois sacia por um tempo mais prolongado. E o mais importante: tamanho das porções! Como identificar que a criança está propensa à obesidade? A obesidade infantil é caracterizada quando o peso corporal está acima de 15% do peso médio correspondente para a idade. Os valores do Índice de Massa Corporal (IMC) considerados normais variam de acordo com a idade e o sexo de cada criança. É muito importante o acompanhamento médico para o diagnóstico. Qual o melhor tratamento? O tratamento da obesidade é multidisciplinar, é preciso uma mudança importante no estilo de vida da criança. Controle adequado do crescimento nas fases da infância e adolescência, por meio de curvas de crescimento, orientação para realização de atividade física e redução de atividades sedentárias (TV, vi-

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deogame, computador) para menos de duas horas/dia são algumas das medidas que podem ser adotadas no dia a dia. É imprescindível diminuir produtos industrializadas, aumentar o consumo de frutas e vegetais, reduzir as horas em frente às telas e praticar atividade física. A obesidade está diretamente relacionada ao sedentarismo. Como a gente pode iniciar uma prática de exercícios com crianças, sem que isso se torne um tabu. Quantas horas? A vida urbana mudou muito nos últimos anos. Buscando maior segurança, as famílias optam por morar em condomínios e apartamentos, o que influencia no modo de brincar das crianças. Em vez de brincadeiras nas ruas, jogando bola, andando de patins, pega-pega, esconde-esconde, vivemos em ambientes fechados. Com essa nova rotina, é necessário matricular as crianças em um esporte por uma hora, três vezes na semana, porque a atividade física é uma importante aliada na prevenção. Além de queimar calorias, os exercícios físicos ajudam a fortalecer os ossos e músculos das crianças, melhoram o humor e a qualidade do sono. Desta forma, é grande a probabilidade de a criança manter esses hábitos no futuro, evitando a obesidade ao longo da vida. É recomendado qualquer tipo de atividade física, com exceção de exercícios de alto impacto e musculação. É importante também oferecer alternativas ao ar livre, que favoreçam o movimento do corpo, a conexão da criança com seu próprio corpo, os passeios do fim de semana influenciam na qualidade de vida dos pais e dos pequenos.

Dicas de prevenção • Modere nas frituras e gordura dos molhos nas carnes e saladas; • Evite refeições fora de casa; • Invista nas frutas, legumes e vegetais; • Prefira alimentos integrais aos refinados; • Evite alimentos carregados de açúcar, sódio e gorduras; • Limite o consumo de alimentos industrializados; • Sirva porções moderadas e não force seu filho a comer toda a quantidade servida no prato, se não tiver vontade; • Controle o tempo em que seu filho fica diante da TV, do computador e do videogame. • Estimule seu filho a realizar alguma atividade física.


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Informativo CASSEMS LANÇA PROJETO PARA INCLUSÃO DE TRABALHADORES COM DEFICIÊNCIA

O Brasil tem, aproximadamente, 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência e, destas, apenas pouco mais de 418 mil estão no mercado de trabalho, o que representa menos de 1% da população de pessoas com deficiência (PCD), segundo dados da consultoria i.Social. Atenta a esse cenário, a Cassems lançou no dia 26 de setembro o projeto Inclusão nas suas Mãos, com foco na inserção dessa população no mercado de trabalho. Infelizmente, esse número baixo de PCD no mercado de trabalho acontece por vários motivos, principalmente, por falta de acessibilidade e por preconceito. O gerente de RH da Caixa dos Servidores, Luciano Coppini, conta que a Cassems encontrou um mercado novo ao contratar fun-

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cionários com deficiência. “A Cassems está realmente preocupada e interessada em fazer a diferença, ao trazer para o mercado de trabalho pessoas com deficiência. As empresas são obrigadas a contratar uma certa quantidade de PCD, porém, para nós, nos ajudou a abrir os olhos para todo um mercado novo, para uma possibilidade de inserir essas pessoas. A Cassems é uma empresa de saúde e temos que estar atentos a isso. Nós temos vários PCD, são excelentes profissionais e trazem os resultados que queremos. Precisamos acabar com o preconceito dentro e fora das empresas”, afirma. A gerente da Rede Credenciada, Tatiane Andrade, conta a sua experiência no seu setor quando recebeu

uma funcionária com deficiência. Num primeiro momento, a funcionária realizaria uma função mais simples, contudo, sua capacidade a levou a desempenhar funções mais complexas. “Em maio deste ano, nós recebemos uma colaboradora com deficiência para trabalhar no setor. Esse é um setor bem complicado, bem técnico e, a princípio, ela teria uma função, porém, com o tempo, os próprios colegas foram passando outras demandas para ela e ela passou a desempenhar, de forma muito eficiente e competente, essas atividades mais complicadas. Por isso, em menos de três meses, o que seria o tempo de avaliação no setor, eu a efetivei como minha assistente. Ou seja, em razão excelente trabalho desenvolvido, ela deixou de ser auxiliar para ser assistente”, conta. A colaboradora citada por Tatiane Maria da Silva, que coincidentemente tem o mesmo nome da sua gerente, hoje é assistente de Contas Médicas. Ela salienta que tem muita gente com deficiência esperando uma oportunidade de trabalho. “Eu precisava trabalhar, fui até a Fundação Social do Trabalho (Funsat) e eles me deram uma carta de encaminhamento. Eu vim fazer a entrevista para auxiliar de Contas Médicas e passei. A minha experiência tem sido maravilhosa, tenho aprendido muito, gostado bastante e muito feliz com o reconhecimento da minha coordenadora e das minhas colegas de trabalho. Eu acho importante essa inclusão, porque tem bastante gente lá fora que tem muita capacidade e, para eles, o mercado de trabalho é pequeno", pontua.


Foto: Messias Ferreira

DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA CASSEMS REALIZA WORKSHOP SOBRE ATENDIMENTO

Os colaboradores dos setores de atendimento participaram, no dia 1º de setembro, de um workshop com o intuito de reciclar os conhecimentos, revisar práticas e caminhar para um trabalho coletivo de responsabilidades e crescimento. O encontro aconteceu no Centro Médico e de Diagnóstico Avançado (CMDA) da Caixa dos Servidores e contou com participação de coordenadores, gerentes e da diretora de Assistência à Saúde, Maria Auxiliadora Budib.

“O objetivo desse encontro é a atualização de informações aos nossos colaboradores. A gente tem um grande desafio no atendimento ao beneficiário, que é a transparência dessa informação que chega até ele. A ideia é a gente trazer casos de guias que a gente recebe no atendimento para treinar a transmissão dessa informação da forma mais correta”, avalia. Para a diretora de Assistên-

cia à Saúde da Caixa dos Servidores, Maria Auxiliadora Budib, esses treinamentos acontecem anualmente buscando melhores resultados. “O nosso foco é no beneficiário e na transparência dos processos. Essa equipe que está aqui é quem recebe o cliente para dar orientação e, uma vez por ano, a gente oferece capacitação para que eles tenham práticas de trabalho sustentáveis e com melhores resultados”, finaliza.

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Informativo

Foto: Messias Ferreira

CASSEMS REALIZA 6º ENCONTRO DAS NUTRICIONISTAS EM CAMPO GRANDE

As nutricionistas da Caixa dos Servidores participaram, no dia 31 de agosto, da sexta edição do “Encontro das Nutricionistas do Programa de Nutrição Preventiva (Pronutri)”. O evento tem como objetivo promover a troca de experiências e contribuir com o crescimento profissional das nutricionistas que atuam tanto na Capital, quanto no interior do Estado. Durante todo o dia, as profissionais participaram de palestras e aulas práticas, tendo sempre como foco despertar nos beneficiários o interesse por uma alimentação mais saudável, gerando, assim, mais qualidade e vida. Para a nutricionista e coordenadora do Programa de Nutrição Preventiva da Cassems (Pronutri), Eliana Dias, o encontro busca a reciclagem e a integração entre as profissionais. “Esse evento acontece para que as nutricionistas possam se reciclar e

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também interagir entre elas. Nesta edição, nós trouxemos uma profissional de fora que vai falar sobre um tema atual. No encontro, a gente também integra as nutricionistas da Capital e do interior, além de traçar novas metas para o Pronutri”, afirma. A diretora de Assistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib, salienta que o mote do trabalho do Pronutri é a medicina preventiva. “A gente faz esse encontro todo ano com todas as nutricionistas credenciadas do Estado. O Pronutri existe como uma linha de cuidado para que os pacientes não adoeçam, ou para aqueles que têm algum problema de também partirem para a prevenção. Essa linha de cuidado tem uma rede ampla de nutricionistas credenciadas. Em Campo Grande e Dourados, nós temos a Cozinha Experimental, que busca despertar o interesse por uma alimentação mais saudável,

gerando, assim, maior qualidade de vida”, aponta. A nutricionista Roberta Lara foi a palestrante convidada desta edição. Responsável pelo Instituto de Nutrição Roberta Lara, a nutricionista conta que ficou impressionada com a estrutura que a Cassems oferece aos seus beneficiários. “Eu estou muito feliz pelo convite, porque não conhecia Mato Grosso do Sul. Para mim, como nutricionista, trazer experiência de fora, uma experiência bem-sucedida, mas mostrar ao pessoal as dificuldades que a gente teve ou ainda tem, é uma troca muito grande. Eu fiquei extasiada com a qualidade dos serviços oferecidos pela Cassems. Eu conheci o hospital, o Centro de Prevenção e o trabalho é muito integrado, é um trabalho de ponta. Eu estou levando para São Paulo o que vi aqui”, destaca.


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Informativo

O educador físico Márcio Atalla realizou, na noite do dia 27 de agosto, no Parque das Nações Indígenas, uma palestra sobre qualidade de vida. O evento foi uma parceria entre a Cassems e a Rádio CBN, comemoração do aniversário de Campo Grande. Além da palestra, o evento ofereceu espaço kids para as crianças, espaço para atendimento a idosos e aula fitness. Marcio Atalla é professor de Educação Física, com pós-graduação em nutrição pela Universidade de São Paulo (USP). Depois de muitos anos como preparador físico de atletas de alto rendimento, passou a desenvolver uma série de iniciativas na mídia para incentivar a população a levar uma vida mais saudável. É autor de três livros, entre eles, “Sua Vida em Movimento” (ed. Paralela), com mais de 50 mil cópias vendidas. A beneficiária Lourdes Medina pratica esportes há pouco tempo, por conta de problemas de saúde. Para ela, eventos como esse incentivam pessoas como ela a continuarem a cuidar da saúde. “Estou fazendo ginástica funcional há pouco tempo, pouco mais de um mês, mas já estou vendo resultados. Tenho mais disposição, porque, antes, eu era muito sedentária e meu corpo sentia falta de exercício físico. Eu sou diabética e o exercício tem me ajudado bastante. Esse evento é uma iniciativa muito boa e a Cassems está de parabéns por oferecer esse tipo de evento para nós”, afirma. Já Edenilson Longhini Pereira é um praticante assíduo de atividades físicas e, segundo ele, esse “é um evento maravilhoso para a gente que gosta de atividade física. Quando acontece um evento desse tipo aqui, nós ficamos bem ansiosos para participar”. Para o vice-presidente da Cassems, Ademir Cerri, tudo que envolve pre-

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Foto: Messias Ferreira

MÁRCIO ATALLA PARTICIPA DE EVENTO SOBRE QUALIDADE DE VIDA EM CAMPO GRANDE

venção, qualidade de vida e saúde melhor desperta o interesse da Caixa dos Servidores. “A Cassems sempre tem a preocupação de investir em atividades esportivas para chamar a atenção para o esporte como um método eficaz de prevenção às doenças. Por isso, a gente faz muita questão de participar de eventos como esse. Todo e qualquer evento que alinhe a prática esportiva e a qualidade de vida, a gente está junto”, diz. O diretor-executivo da CBN, Estevão Congro, destaca a parceria com a Cassems para oferecer um evento desse porte aos campo-grandenses. “É uma honra muito grande para o grupo RCN poder proporcionar, juntamente à Cassems, um evento desse porte para a população de Campo Grande. Quero agradecer imensamente a equipe da Cassems, que não mensurou esforços para que essa noite fosse um sucesso”, afirma. O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, também salienta a parceira com a CBN e o conhecimento do palestrante da noite. “Essa é uma atividade muito importante, porque a gente traz hoje, em parceira com a CBN, um gran-

de nome do Brasil e até do mundo. O Marcio Atalla tem um conhecimento profundo sobre atividade física, sobre qualidade de vida e aproveitar muito desse conhecimento dele é fundamental para a gente melhorar a vida da população campo-grandense e dos nossos beneficiários. É por isso que esse evento tem muita importância para a gente”, pontua. Ayache ainda destaca que a prevenção de doenças deve estar sempre na pauta da Cassems por ser fundamental para que tenhamos uma vida mais saudável. “A nossa grande preocupação em falar em prevenção, de estimular e falar às pessoas a importância de mudar seus hábitos de vida, de ter uma alimentação mais saudável, prática regular de atividades físicas, é porque a gente sabe que nós todos vamos viver mais, mas controlar os fatores de risco de doenças vasculares é fundamental para a gente ter mais qualidade de vida. Então, a gente quer viver mais, mas quer viver melhor. Por isso é importante falar de prevenção e praticar aquilo que especialistas como o Atalla recomendam”, finaliza.


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Informativo CASSEMS FIGURA PELO 10º ANO CONSECUTIVO NO RANKING DAS MELHORES E MAIORES EMPRESAS DO BRASIL

A Cassems se destaca, pelo décimo ano consecutivo, como uma das maiores e melhores empresas do Centro-Oeste. Na edição de 2018 da revista Exame— Melhores e Maiores, que chegou às bancas no dia 16 de agosto, mostra que a Cassems, pela segunda vez, está entre as mil maiores empresas do Brasil, ocupando a 922ª colocação. A Cassems segue sua posição de destaque na região, sendo a 61ª maior empresa do Centro-Oeste. Nesta edição da revista, a Cassems melhorou sua posição nos rankings nos quais figura, em relação ao ano passado. Em 2017, a Caixa dos Servidores ocupava a 940ª entre as maiores empresas do Brasil, hoje, subiu para 922ª, melhorando sua colocação em 18 posições. Já na Região Centro-Oeste, a Caixa dos Servidores era a 68ª maior empresa e, nesta edição, figura como a 61ª, galgando 7 posições. A lista da revista Exame está na 45ª edição e enumerar as mil maiores e melhores empresas do Brasil. Esta análise é feita por meio de demonstrações financeiras das entidades e outros quesitos como ucro, patrimônio, rentabilidade, capital circulante, liquidez, endividamen-

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to e número de empregados. Para o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, o reconhecimento nacional da Caixa dos Servidores é fruto do investimento em tecnologia, em pessoal e na humanização do atendimento. “Nós acreditamos que a excelência faz a diferença e a inovação tecnológica e a humanização do atendimento produzem bons resultados. O cuidado gera confiança e o amor também cura. O desafio de ser cada vez melhor nos fez crescer”, aponta. Ayache também destaca o investimento da Caixa dos Servidores em sua rede própria de atendimento, que oferece uma gama de opções para os seus beneficiários, e outro prêmio recebido pela Cassems: o Great Place to Work. “A Cassems é mais que um plano de saúde, é uma rede completa com 9 hospitais, o 10º, em Corumbá, foi entregue em outubro, 6 centros de diagnóstico, 4 centros de prevenção, 28 centros odontológicos e uma clínica da família. Por isso, mais uma vez, somos reconhecidos nacionalmente pela revista Exame. Além disso, ainda somos uma das 10 melhores empresas para se trabalhar no Centro-Oeste, segundo a certificação de

2018 do Great Place to Work”, pontua. Great Place to Work A Cassems recebeu, no dia 26 de junho, o prêmio Great Place to Work (GPTW) e foi eleita pela empresa global uma das 10 melhores empresas de grande porte para se trabalhar no Centro-Oeste. A premiação foi entregue em Goiânia–GO ao vice-presidente da Caixa dos Servidores, Ademir Cerri. O ranking Melhores Empresas para Trabalhar é o padrão de excelência para a definição de excelentes ambientes de trabalho e o Great Place to Work é pioneiro em conduzir essa pesquisa, que existe em todo o mundo, em 53 países, nos seis continentes. A Cassems conta com cerca de 2 mil funcionários e investe constantemente em treinamentos e atualizações de seus colaboradores. Antes de concorrer ao ranking, a Caixa dos Servidores passou pelo processo de certificação da GPTW, no qual os funcionários avaliam a empresa. O vice-presidente da Cassems conta que, ao receber esse prêmio, a Caixa dos Servidores celebra a valorização do seu maior patrimônio: o colaborador.


8ª CORRIDA SAÚDE CASSEMS LEVA MAIS DE 2,6 MIL PESSOAS A PRATICAREM QUALIDADE DE VIDA

Cerca de 2,6 mil pessoas participaram da oitava edição da Corrida Saúde Cassems-Noturna, no dia 25 de agosto. A corrida, que foi realizada pela segunda vez no período noturno, ofereceu percurso de corrida de 5 km e 10 km e caminhada de 5 km. Além de incentivar a prática esportiva como o melhor caminho para uma maior qualidade de vida, a corrida Cassems também promove a solidariedade ao arrecadar mais de cinco toneladas de alimentos, que serão doados às seguintes instituições de caridade: Cotolengo, ACPD, Doando com Amor e Asilo São João Bosco. O ex-jogador de voleibol Maurício Lima participou da corrida e da entrega de prêmios. Maurício é bicampeão olímpico com a seleção brasileira e foi eleito o melhor levantador do mundo por dois anos consecutivos. Como entretenimento da noite, a banda Naip e o DJ Magão animaram o evento. O vice-presidente da Caixa dos Servidores, Ademir Cerri, destaca as novidades desta edição da corrida Cassems. “A primeira novidade é visível, que é a praça de alimentação, a qual é uma ótima ideia. Outra coisa importante é o recorde da quantidade de participantes que se

inscreveram neste ano. Mas a Corrida Cassems é mais importante quando inspira essa quantidade de pessoas a praticarem uma atividade esportiva, que é a melhor forma de prevenção. Não podemos esquecer o caráter solidário da Corrida, porque cada quilo de alimento doado no ato da inscrição será entregue para instituições de caridade”, afirma. Para o presidente da Caixa dos Servidores, Ricardo Ayache, a Corrida Cassems hoje é um evento que vai além do esporte.

“Esse é um dia muito especial para nós todos. É a oitava corrida da Cassems e, mais uma vez, com grande sucesso. Essa é a segunda edição noturna que tem se transformado numa festa muito bonita, com música, esporte, cultura, lazer e a congregação das pessoas. Hoje, nós temos 2.600 pessoas participando e a presença do grande atleta de vôlei Maurício, que veio abrilhantar a nossa corrida”, conta. O ex-jogador de voleibol Maurício Lima participou da oitava edição da Cor-

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Informativo rida Saúde Cassems. Bicampeão olímpico com a seleção brasileira, o levantador destaca a importância da prática esportiva para uma melhor qualidade de vida. “Eu acho a prática de esporte muito importante, independentemente de qual seja a modalidade, porque acrescenta muito ao ser humano, esporte é saúde. Eu fico feliz de estar aqui e faço questão de participar de todo evento que incentive a prática esportiva. Nós, que tivemos uma carreira no esporte, temos a obrigação de incentivar qualquer evento desse tipo”, pontua. Apoiados pelo Hospital Cassems CG, atletas vencem provas André Rodrigues do Nascimento, Vilmar Roberto Dias, Abissai Cordeiro Ricci e Maicon Dieferson Gomes estrearam na 8º edição da corrida Cassems e conquistaram de pronto lugares importantes no pódio da competição. Os três primeiros ficaram, respectivamente, no 1º, 2º e 3º lugares da categoria Geral Masculino no percurso de 10 km. Já Maicon ficou em 2º na categoria Geral Masculino, no percurso de 5 km. Os quatro atletas possuem algumas coisas em comum além do gosto pela corrida: eles recebem apoio do Hospital Cassems de Campo Grande para realizarem seus treinos e participarem de várias competições. Para o treinador André Milani, o apoio é fundamental “porque não apenas oferece condições para que os atletas treinem e participem das competições, mas permite que eles possam levar mais longe o nome do Estado e incentivar a prática esportiva como qualidade de vida”. O grupo, de 10 atletas, também participou, no domingo, aniversário de Campo Grande, da tradicional Corrida do Facho e levou o nome do Hospital Cassems CG novamente ao pódio. A equipe Percurso Livre venceu a prova masculina da competição com o tempo de 34,14 minutos e um percurso de 10 km.

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CONFIRA OS TRÊS PRIMEIROS COLOCADOS POR CATEGORIA: Geral Feminino 5 km: — 1ª Janine Rodrigues de Oliveira; — 2ª Susie Davalos Guibu; — 3ª Luciana dos Santos Gaspar. Geral Masculino 5 km: — 1º Lucas Soares do Nascimento; — 2º Maicon Dieferson Gomes; — 3º Enderson Rodrigo Jesus Amorim. Geral Feminino 10 km: — 1ª Thais Paz Watanabe Tomazoni; — 2ª Vaneide Sarate de Souza da Silva; — 3ª Danielle Lemoigne. Geral Masculino 10 km: — 1º André Rodrigues do Nascimento; — 2º Vilmar Roberto Dias; — 3ª Abissai Cordeiro Ricci. Servidor Público Feminino 5 km: — 1ª Luciana dos Santos Gaspar; — 2ª Mariana Assunção Manna; — 3ª Anny Gabrielly Lopes Cardoso. Servidor Público Masculino 5 km: — 1º Gustavo Giovanoni Ribeiro; — 2º Mariel Fernandes de Melo; — 3º Sidnei José Flávio Dias. Servidor Público Feminino 10 km: — 1ª Nalva Maria Martins Duarte; — 2ª Naiady dos Santos Martins; — 3ª Michele Nakazato. Servidor Público Masculino 10 km: — 1º Agnaldo Moura de Menezes; — 2º Wellington Castro da Silva; — 3º Edivaldo Morais Leite.


ABERTURA DA 11ª COPA SAÚDE CASSEMS DE FUTEBOL SOCIETY ACONTECEU EM AGOSTO

Foto: Messias Ferreira

categoria. Esperamos e contamos com a participação dos amantes do futebol bem jogado”, afirma Xavier.

O pontapé inicial da décima primeira edição da Copa Saúde Cassems de Futebol Society ocorreu no dia 19 de agosto, no campo do clube de campo do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP). A copa Cassems, que é realizada desde 2008 e é aberta exclusivamente aos servidores públicos estaduais, tem o objetivo de promover a saúde por meio da prática de esportes. Nesta edição, o campeonato oferecerá quatro modalidades: Livre, Veterano, Feminino e

Master. O coordenador da copa Cassems, Wilson Xavier Paiva, destaca que a inclusão da categoria Master é uma solicitação antiga dos participantes do campeonato. “Esperamos um número maior de equipes inscritas, pois teremos como novidade a categoria Master. Essa categoria é uma reinvindicação de vários titulares do plano, haja vista que essas pessoas participam da copa desde a primeira edição e agora poderão continuar na competição nessa nova

Incentivo a uma melhor qualidade de vida Nesta edição da copa, consta no regulamento a apresentação de atestado médico para atividades físicas por parte dos atletas participantes do campeonato. A Cassems desenvolve vários programas de prevenção com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos seus beneficiários e despertar neles o interesse de uma vida mais saudável. Sendo assim, a organização da copa decidiu estender a prevenção do plano de saúde para os participantes do campeonato. O coordenador da copa Cassems explica que “ao solicitarmos o atestado médico estamos, além de preservando a integridade dos atletas, incentivando eles a estarem atentos a sua saúde e em dia com seus exames, ou seja, estamos também investindo na prevenção”, pontua Xavier.

Foto: Messias Ferreira

GERENTES REGIONAIS DA CASSEMS PARTICIPAM DE ENCONTRO EM CAMPO GRANDE

Os gerentes de todas as unidades regionais da Cassems participaram, no dia 10 de agosto, de um encontro em Campo Grande. Essas reuniões são realizadas periodicamente com o objetivo de trocar informações e levar atualizações para os beneficiários do interior. A gerente regional da Caixa dos Servidores de Dourados, Vera Lima, explica que esses encontros fortalecem ainda mais a

Cassems no interior do Estado. “Para nós que somos de Dourados, de uma regional bem complexa, onde a demanda é bem parecida com a da Capital, é fundamental realizarmos esses encontros. É importante para nos atualizarmos e nos adequarmos. Esses encontros periódicos fortalecem o plano como um todo, porque a Cassems está em todo o Estado e todos têm que trabalhar da mesma forma”, avalia.

Para o gerente regional de Naviraí, João Inácio, “é importante que a gente esteja sempre nos atualizando para que possamos levar até os nossos beneficiários do interior as informações necessárias para eles. Assim, a Cassems pode atuar no interior da mesma forma que atua na Capital”. A assessora do Interior da Caixa dos Servidores, Sonilza Lima, conta que o principal objetivo dessas reuniões é melhorar o atendimento aos beneficiários do plano de saúde. “Hoje nós recebemos os gerentes das onze unidades regionais da Cassems para nos atualizar. A gente se reúne periodicamente para debatermos alguns assuntos para que cada vez mais melhoremos o atendimento aos beneficiários da Caixa dos Servidores”, pontua.

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Informativo CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANTIGRIPE É LANÇADA NA ‘8ª CORRIDA SAÚDE CASSEMS’ O beneficiário Cassems interessado em se vacinar contra a gripe já pode reservar sua dose e a do seu grupo familiar pelo Portal do Beneficiário (beneficiario.cassems.com.br) até o dia 30 de novembro. Apenas o titular do plano poderá garantir a sua dose e a do seu grupo familiar. Para mais informações, o beneficiário deve ligar na Central de Atendimento (67) 3314-1010. O valor de cada dose é de R$ 70,00. O Sistema Único de Saúde (SUS) distribui a vacina apenas para crianças menores de dois anos, gestantes e idosos acima de 60 anos, considerados grupos de risco. Dessa forma, uma grande parcela da população fica vulnerável ao vírus e a suas

consequências no período de inverno. A vacina protege contra os diversos subtipos do vírus da H1N1 e, na Cassems, pode ser tomada a partir dos três anos de idade. É importante saber que os subtipos do vírus podem variar de um ano para o outro. Em consequência dessa mutação, a composição e a produção da vacina também mudam a cada ano. Por essa razão, é necessário se vacinar anualmente contra a influenza. Principais sintomas da gripe: febre alta, calafrios, dor de garganta, tosse, dor de cabeça, nariz entupido e dores no corpo. Para a diretora de Assistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib,

CONFIRA O PASSO A PASSO PARA ACESSAR E AGENDAR SUA VACINA:

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o agendamento é necessário porque a vacina tem sua composição alterada anualmente, em razão dos novos vírus que entram em circulação, e os laboratórios atendem aos pedidos apenas no início de cada ano. “Trabalhamos conforme a solicitação e quem não reservar dificilmente será vacinado, pois não há estoques desses produtos. Os nossos beneficiários são, em sua maioria, servidores públicos que circulam em ambientes de trabalho com muitas pessoas e são expostos aos vírus da gripe. Com a vacinação, teremos a saúde preservada, sem intercorrências clínicas, e, assim, diminuímos a taxa de morbimortalidade”, explica a diretora.


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DOURADOS RECEBE NOVO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DA CASSEMS

O Hospital Cassems de Dourados inaugurou, em 16 de outubro, seu mais novo espaço para melhor atender os beneficiários do plano, convênios credenciados e também aquelas pessoas que procuram um local com qualidade para realizar seus exames laboratoriais. Embora a inauguração do espaço esteja marcada para o próximo mês, os beneficiários já podem utilizar seus serviços. O laboratório do Hospital Cassems de Dourados passou por uma ampla reforma, que contemplou toda a sua infraestrutura, desde a recepção à área técnica, permitin-

do oferecer mais conforto no atendimento aos pacientes e qualidade para os colaboradores que ali trabalham. Além da ampliação da recepção, houve ainda a adaptação dos banheiros e portas, em cumprimento à lei de acessibilidade, e outras para maior conforto. “Nossa expectativa é dobrar o número de atendimentos, visando atender o paciente com respeito, qualidade e satisfação. Investir em tecnologia e equipamentos de ponta e ser referência em qualidade em exames de análises clínicas”, considera o diretor do Hospital Cassems de Dourados, Jean Ro-

2ª SIPAT TEM COMO FOCO SAÚDE E BEM-ESTAR DO TRABALHADOR NO HOSPITAL DE CAMPO GRANDE

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drigues. O presidente da Cassems, Ricardo Ayache acredita que a reforma do local vai proporcionar mais qualidade e conforto no atendimento. “A Cassems vem crescendo e se desenvolvendo sempre pensando no bem-estar dos seus usuários. O laboratório é mais uma conquista e quem ganha é a população douradense, que passará a ter um atendimento humanizado com todo o carinho da nossa equipe”, explica. O laboratório funciona há pouco mais de um ano e a reforma vem para ampliar sua capacidade e permitir um atendimento mais ágil. Entre os serviços oferecidos estão: exames hematológicos, imunológicos, bioquímicos, hormonais, parasitológicos, uroanálises, testes genéticos, entre outros. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 6h às 17h (o horário de coleta de material para os exames é das 6h às 14h). Aos sábados, o horário é das 7h às 11h. O atendimento aos pacientes de pronto atendimento e internados é 24h.

Com o tema "Seu maior patrimônio é a vida. Sua maior proteção é a prevenção", a 2ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat) do Hospital Cassems de Campo Grande sensibilizou os colaboradores para a importância dos cuidados com a própria saúde. O evento acorreu na última semana de outubro. A iniciativa é organizada pelos integrantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e tem como objetivo fazer com que os colaboradores da unidade hospitalar estejam sempre atentos aos cuidados com a segurança pessoal e dos pacientes. “A intenção é lembrar os nossos colaboradores da necessidade da prevenção e fazer com que os profissionais incorporem no seu dia a dia atitudes positivas que garantam a sua segurança e também a dos pacientes”, explica Márcio Rogério Pinheiro de Freitas, presidente da Cipa.


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ONCOLOGIA DO HOSPITAL CASSEMS CG UTILIZA SINO PARA ESTIMULAR PACIENTES DURANTE TRATAMENTO

Quando o som alto e característico repica nos corredores do primeiro andar, todos já sabem que um objetivo foi alcançado. Os tempos de luta, enfim, são substituídos por sentimentos de alívio e de esperança: o badalar do Sino da Cura significa o início de uma nova etapa na vida de muitos pacientes que estão em tratamento contra o câncer. Instalado recentemente no setor de Oncologia do Hospital Cassems de Cam-

po Grande, o Sino da Cura foi um presente de Ivone dos Santos Campos, fundadora do Grupo Amigas do Peito, que dá apoio a dezenas de pacientes que lutam contra a doença. Ivone foi diagnosticada com câncer de mama em 2002. Há 16 anos, empreende uma luta contra a doença. Durante todos esses anos, ela nunca deixou de olhar por outras pacientes que necessitavam de ajuda e, durante uma viagem, a São Paulo descobriu no sino,

HOSPITAL CASSEMS CG REALIZA CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR

O curso de ressuscitação cardiopulmonar ocorreu nos dias 30 e 31 de agosto, no Centro Médico da Cassems — Unidade Carandá Bosque, e contou com a participação de toda a equipe de enfermeiros do Hospital Cassems de

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Campo Grande. O objetivo do curso foi proporcionar aos profissionais da assistência em saúde da unidade hospitalar uma reciclagem do conhecimento na área. Entre os assuntos abordados nos

além de um instrumento de percussão, uma motivação para que a vontade de viver não esmorecesse. “Eu acredito que o sino dá uma motivação maior para continuar a viver. Ver o sino e acreditar que um dia poderá tocá-lo te dá mais força”, explica Ivone. Instalado há menos de um mês na Oncologia do Hospital Cassems de Campo Grande, o Sino da Cura, como foi carinhosamente chamado por todos (o primeiro sino que Ivone trouxe está instalado na Santa Casa), já foi tocado três vezes e a primeira paciente a fazer soar o instrumento foi Maria Diogo, que em um desabafo numa rede social disse o seguinte: “Coincidentemente eu não fui a primeira paciente a inaugurar o sino no Hospital Cassems de Campo Grande. Simbolicamente toquei o sino da superação ou da vitória dessa fase tão surreal que é a quimioterapia. Só quem faz sabe o que significa. Porém, o que nos fortalece é a busca constante na fé e na vontade de viver. E nessa nova fase a sensação é de renascimento”.

dois dias de treinamento, estão temas como abordagem inicial do paciente, cuidados em eventos de parada cardiorrespiratória (PCR), montagem de equipe padrão, de acordo com as normas do protocolo, técnicas de ventilação e suporte de vida em adultos, gestantes e crianças. Durante a exposição dos assuntos, o enfermeiro Felipe César Veloso e Raphael Fior, da empresa Ideal Cursos, explicaram a importância da manutenção de uma equipe voltada especificamente para esses casos dentro de um hospital: “A equipe deve seguir todo o protocolo, de forma que os seus integrantes tenham domínio total dos procedimentos a serem tomados e saibam atuar no socorro ao paciente, mesmo quando algum membro não esteja presente”, afirmam.


Toda indicação exige confiança:

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HOSPITAL CASSEMS CG RECEBE CERTIFICAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO

Com menos de dois anos de existência, o Hospital Cassems de Campo Grande é o primeiro da rede hospitalar própria da Caixa dos Servidores a receber o certificado de Acreditação da ONA. A certificação foi entregue oficialmente ao presidente da Cassems, Ricardo Ayache, no dia 21 de agosto, pela diretora de Planejamento e Controle do Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (Ibes), Vivian Giudice. Estiveram presentes na solenidade, além de conselheiros e diretores da Cassems, a diretora técnica do hospital, Priscilla Alexandrino, o diretor clínico, Marcos Bonilha, o gerente, Carlos

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Guizado, e os colaboradores. Antes da entrega oficial do selo de certificação, a diretora de Planejamento e Controle do Ibes, Vivian Giudice, afirmou ser uma grande satisfação ter o Hospital Cassems de Campo Grande entre “o seleto grupo de instituições acreditadas pelo instituto”. Em todo o Brasil, o Ibes é responsável pela certificação de 714 instituições de saúde. No Estado, são 10 as entidades que possuem o selo de Acreditação. O Hospital Cassems de Campo Grande é o quarto hospital em Mato Grosso do Sul a receber a certificação.

Emocionado, o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, agradeceu o empenho de todos os colaboradores da unidade hospitalar. Ele destacou que, ao longo dos 17 anos de vida da Cassems, a força e a determinação foram os principais ingredientes, que, misturados ao trabalho intenso, fizeram com que o plano de saúde se tornasse referência em todo o Estado. “Nós estamos entre as melhores e maiores empresas do Brasil. Formamos uma equipe de duas mil pessoas que trabalham juntas para mais de 221 mil vidas e não podemos esquecer de onde viemos. Hoje, com o selo de Acreditação,


temos a certeza da nossa capacidade de construir uma saúde bem melhor”, conclui. Em nome do Conselho da Cassems, Maria das Graças Freitas parabenizou a equipe e agradeceu por todo o esforço realizado. “Esta é apenas a primeira de muitas certificações que ainda virão. Sem dúvida, essa é a nossa contrapartida para os servidores públicos de Mato Grosso do Sul, que confiaram no nosso trabalho”, avalia. A Acreditação é um processo que visa a certificação de qualidade da insti-

tuição de saúde, de acordo com padrões e requisitos definidos pela metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação (ONA). O Ibes é uma das mais importantes e conceituadas instituições especializadas em certificações em saúde do País e permite a certeza de que todo o trabalho e empenho das equipes na confecção das rotinas e processos foram recompensados. “Significa, acima de tudo, que estamos melhorando permanentemente a qualidade da nossa gestão em assistência, com foco na segurança do paciente, na integração harmônica entre

as áreas assistenciais, tecnológica e administrativa”, assegura a diretora técnica do Hospital Cassems CG, Priscilla Alexandrino. O diretor clínico da unidade, Marcos Bonilha, considera o rigor com que foram tratadas todas as questões que envolvem a segurança do paciente de suma importância para a obtenção do selo. “O nosso hospital foi minuciosamente avaliado e atendeu aos critérios de segurança do paciente em todas as áreas de atividade, incluindo aspectos estruturais e assistenciais”, explica.

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PILOTOS DA STOCK CAR FAZEM PALESTRA MOTIVACIONAL NO HOSPITAL CASSEMS CG

A presença dos pilotos brasileiros da Stock Car Max Wilson, Daniel Serra e Ricardo Maurício movimentou a manhã de colaboradores, acompanhantes e pacientes do Hospital Cassems de Campo Grande, no dia 16 de agosto. Eles fizeram parte da equipe patrocinada pela Eurofarma e participaram da etapa principal da Stock Car realizada no Autódromo Internacional de Campo Grande, em 19 de agosto. Na chegada, os pilotos conheceram a estrutura da unidade, acompanhados pelo gerente do hospital, Carlos Guizado, e pelo diretor de Unidades Hospitalares da Cassems, Flávio Stival. No andar de internação, eles visitaram dois pacientes, tiraram fotos e trocaram ideias sobre a prova que foi realizada no domingo. Em seguida, foram para o auditório do hospital, onde realizaram uma palestra motivacional para os colaboradores. Max, Serra e Maurício disseram que ser piloto de automobilismo não é muito diferente do trabalho realizado pelos profissionais de saúde. Eles afirmaram que aprenderam a pilotar

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um carro ainda na infância e, ao longo dos anos, foram se especializando na profissão. Da mesma forma que os profissionais de saúde, que estudam durante anos e se especializam na área em que têm mais afinidade. Além disso, contaram que, para entrar na pista, a preparação é feita em equipe. Todas as estratégias são conversadas e combinadas, num trabalho contínuo para extrair o melhor de cada integrante do grupo. “Nós trabalhamos sempre no limite para obter os melhores resultados”, explicou Maurício. Daniel Serra afirmou que o trabalho de uma equipe de automobilismo “requer planejamento e muito diálogo”. Max reforçou a ideia, analisando que a realidade das duas profissões parece muito distante, “mas, na verdade, há muitas coisas em comum, como, por exemplo, a margem de erro. Ela (a margem de erro) tem de ser muito baixa para nós como pilotos, para evitarmos um acidente grave que coloque a nossa vida e a vida de outros em risco. Para os profissionais da saúde, essa margem de erro

deve ser baixa, para que se possa salvar vidas”, considera. Sobre a visita ao Hospital Cassems de Campo Grande, os pilotos se disseram muito impressionados com a estrutura e o ambiente diferenciado que encontraram, nada parecido com o padrão de outras unidades hospitalares. “Ficamos impressionados porque, além da estrutura muito diferente daquela que estamos acostumados a ver, vimos ainda sorrisos nos rostos dos funcionários e também dos pacientes”, ressaltou Max. O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, também salientou as similaridades entre as duas profissões, como os momentos de estresse, pressão e a constante busca por resultados positivos. “Nós também sofremos com a pressão do dia a dia, porque estamos sempre em busca dos melhores resultados. Aliamos a técnica a outros atributos como o diálogo constante, o conhecimento, a força de vontade e o trabalho em equipe para que o nosso desempenho seja o melhor”, finalizou.


Atendimento com carinho e atenção A tecnologia é essencial para diagnosticar doenças. A Clínica Scope está sempre à frente e oferece equipamentos modernos, diagnósticos precisos e procedimentos confiáveis. Ajudando clientes e amigos a recuperar saúde e qualidade de vida.

ESTEATOSE HEPÁTICA (GORDURA NO FÍGADO) O QUE É? Trata-se do acúmulo de gordura em excesso nas células do fígado.

QUAIS SÃO AS CAUSAS ? EXAMES Pode ser decorrente de doenças próprias do fígado (doença alcoólica, hepatite C, etc)

ou estar associada a doenças metabólicas (diabetes, obesidade, dislipidemia, VÍDEO ENDOSCOPIA DIAGNÓSTICA VIAS BILIARES E PÂNCREAS Dr. Glauco Sammarco - CRM/MS 9744 Especialista em doença do aparelho digestivo componentes da síndrome metabólica, DHGNA, etc). Disgestiva: Esôfago, Estômago,Duodeno Colangiopancreatografia Endoscópica A doença hepática gordurosa não alcoólica – DHGNA, é a principal causa deExtração de Cálculos e Cólon Retrógada, esteatose (mais de 70% dos casos). Respiratória: Laringoscopia e Broncoscopia e Próteses Endoscópicas A maioria desses apresenta uma forma estável da doença, porém até 30% deles, podem evoluir para uma VÍDEO ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA LABORATÓRIO MOTILIDADE forma de inflamação do fígado (esteatohepatite) e, ao longo do tempo, com fibroseDE progressiva do órgão, Polipectomias, Hemostasia pHmetria Esofágica por Cápsula chegando atéVarizes a cirroseEsofágicas, hepática. e Coagulação com Plasma de Argônio pHmetria Esofágica Prolongada COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO? Manometria Esofágica e Anorretal CÁPSULA ENDOSCÓPICA O diagnóstico é feito pelo médico especialista com exame clínico e exames complementares. ENTEROSCOPIA POR BALÃO Manometria Anorretal para Biofeedback QUAL É O TRATAMENTO? TRÂNSITO COLÔNICO ULTRASONOGRAFIA Nos casos de esteatose secundária, como por exêmplo na esteatose alcoólica, a eliminação do fator causal (no caso, o álcool em excesso) é o tratamento de escolha. Já na DHGNA, o tratamento padrão envolve dieta saudável aliada à atividade física regular e eventualmente medicações, Rua Maracaju,1.148 - Centro - Campo Grande/MS que devem ser individualizadas para cada caso. Telefones: 0800 605 6040 - (67) 3325 6040 A dieta tem de ser com mais fibras, frutas e vegetais e menor quantidade gorduras carboidratos. 3382de 2000 - 98193e0123 - 98193 0111 Estudos demonstram que 150 minutos de atividade física por semana, divididos em 3 a 5 dias, seria o ideal. 79 www.clinicascope.com.br


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COMITIVA DE MÉDICOS DO JAPÃO VISITA O HOSPITAL CASSEMS DE CAMPO GRANDE

O Hospital Cassems de Campo Grande recebeu, no dia 9 de agosto, a visita de uma comitiva de médicos japoneses da Kochi University. Acompanhados pelo presidente da CAixa dos Servidores, Ricardo Ayache, os médicos e professores fizeram um tour pelo hospital para conhecer o parque tecnológico da unidade. Durante a visita, o grupo desfrutou de alguns momentos de descontração proporcionados pela Orquestra Filarmônica Adoração. O grupo musical, comandado pelo maestro Paulo César Silva, ao piano, e acompanhado por instrumentos de sopro e violinos,

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encantou os visitantes. Narufumi Suganuma, diretor da Kochi University, destacou a ambientação humanizada e acolhedora do hospital. “As obras de arte, as cores e a música tornaram o hospital lindo e impressionante. É uma ideia que pretendemos levar para o Japão”, esclareceu o diretor. Flávio Stival, diretor de Unidades Hospitalares da Cassems, salientou que, além da preocupação com o atendimento humanizado aos pacientes, o hospital mantém atualizado o seu parque tecnológico, “de forma que a nossa estrutura mantenha sua qualidade em busca da excelên-

cia no atendimento”. O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, ressaltou a importância de visitas como a dos médicos japoneses e considerou a ação um importante marco para o Hospital Cassems de Campo Grande. “Esta é uma oportunidade que temos de estreitar laços com profissionais que podem nos trazer grandes oportunidades de aprendizado e desenvolvimento na área da medicina de média e alta complexidades. Esperamos poder, no futuro, realizar convênio, a exemplo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul”.


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Informativo - Rede Própria HOSPITAL CASSEMS DE CAMPO GRANDE IMPLANTA RESIDÊNCIA MÉDICA O programa integra o Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP)

O Hospital Cassems de Campo Grande completa dois anos de vida como uma instituição que, além de se preocupar com a qualidade dos serviços prestados, promover a humanização no atendimento, inovar no conceito de estrutura física e tecnológica da assistência em saúde, agora receberá o programa de residência médica, que é parte do Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP),, da Cassems, com o desafio de contribuir na formação de profissionais médicos por meio de projetos de residência médica, ampliando para as áreas multiprofissionais. O projeto atuará, inicialmente, nas áreas de pediatria e medicina intensiva, avançando para outras especialidades nos próximos anos. O objetivo é contribuir para a formação latu sensu de médicos recém-formados, destinando seis vagas de residência nessas duas especialidades. Inserido na visão de implantação dos princípios de qualidade dos serviços de saúde e segurança do paciente, o NEP, além de contribuir para a formação dos futuros médicos, também

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permitirá que os valores da Cassems sejam propagados e fundamentados. O Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva do hospital Cassems vai formar médicos intensivistas (aqueles responsáveis pelas rotinas de cuidados nas unidades de terapia intensiva) com qualificação de excelência, em conformidade com as diretrizes da Associação Nacional de Residência Médica, do Conselho Federal de Medicina e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Já o Programa de Residência Médica de Pediatria objetiva a formação de pediatras para o cuidado integral da saúde da criança e do adolescente, incluindo, além da formação hospitalar e em UTIs neonatal e pediátrica, o atendimento ambulatorial nas várias especialidades da pediatria na Clínica da Família. As atividades educativas e de pesquisa na área de saúde serão desenvolvidas em Campo Grande, no hospital Cassems, e também em outras unidades hospitalares que serão parceiras nessa construção de um projeto transformacional.

Os residentes terão contato multiprofissional e desenvolverão todas as atividades previstas nessa modalidade de ensino, com apoio de enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e todos os profissionais envolvidos com o cuidado ao paciente crítico, proporcionando o exercício de uma clínica ampliada e integral. Os hospitais Cassems do interior do Estado também serão cenários de inserção dos residentes, para uma formação com vivência na realidade heterogênea da saúde em Mato Grosso do Sul. O processo educacional será permanente e contará com acesso gratuito aos periódicos médicos, como o New England Journal of Medicine, o Journal of the American Medical Association (Jama), sistema de biblioteca, Plataforma Capes, entre outros. Os residentes terão oportunidade de participar de cursos extracurriculares para vivências além da teoria em casos mais raros e também em emergências, com acesso, ainda, aos laboratórios de telemedicina e inteligência artificial. Para a médica Maria Auxiliadora Budib, diretora de Assistência à Saúde da Cassems e professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, “o início do projeto de educação da Cassems tem como propósito fundamental transformar as práticas médicas no Estado, assim como foi a implantação do Hospital Cassems de Campo Grande, que integra um atendimento de qualidade com atenção, humanização e boas práticas ao nosso dia a dia e foi um grande presente a todos os sul mato-grossenses”.


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Artigo

A IMPORTÂNCIA DA DISCUSSÃO SOBRE O CUSTO DA SAÚDE SUPLEMENTAR NAS JUDICIALIZAÇÕES Matheus Brunharo – advogado e gerente jurídico da Cassems O tema da judicialização da saúde não é mais novidade em nosso ordenamento jurídico. Embora seja oriundo de um dos pilares de nossa Constituição Federal, importante enfatizar que esse fenômeno atinge diretamente os custos da saúde suplementar, na medida em que algumas decisões judiciais criam direitos não contemplados no ordenamento jurídico, tema esse que deve ser enfrentado com maturidade por todos os atores envolvidos na relação tripartite de uma demanda judicial, sob pena de inviabilidade da saúde suplementar, que hoje representa o atendimento de um quarto da população brasileira, conforme estudos do setor . Nota-se que não se trata de mera retórica, vez que o custo da saúde suplementar, medido no segmento pela variação do custo médico-hospitalar (VCMH), demonstra que a inflação da saúde suplementar é

em regra três vezes maior que a inflação geral medida pelo IPCA/IBGE, o que é demonstrado em estudo do setor realizado em dezembro de 2016, ocasião em que se verificou que a variação em 12 meses da inflação de mercado (IPCA/IBGE) foi de 6,3% e a VCMH/IESS atingiu 20,4%, situação que se mostra alarmante se pensarmos na manutenção da saúde suplementar, especialmente em um cenário em que o Sistema Único de Saúde (SUS), notadamente não consegue sequer dar atendimento à população que atualmente lhe acessa, o que por outro giro verbal significa dizer que eventual extinção do sistema privado de saúde, traria como consequência um agravamento no sistema público de saúde que teria de absorver toda a demanda advinda dessa “nova” população. Vale destacar que a saúde privada não possui o condão de suprimir a saúde pública e, sim, de apenas com-

plementá-la, já que o acesso ao SUS é universal, questão que agrava mais a situação acima e aumenta a importância de reflexão sobre o tema, pois o ponto em análise não está ligado à continuidade ou não de determinada atividade econômica, mas, sim, de acesso à saúde de toda a população brasileira. Aliás, abrindo-se um pequeno parênteses, vale destacar que o referido tema não pode ser tratado como tabu, especialmente por já ser consagrado no âmbito da saúde pública, por meio do princípio da reserva do possível, que, em síntese, significa que os pleitos judiciais endereçados aos SUS só deverão ser atendidos se restar comprovada a razoabilidade desses e a possibilidade financeira do ente estatal em atendê-los. Nesse contexto, importante frisar que não há que se falar em gratuidade do SUS, como fundamento para apontar eventual diferença entre a saú-

1 LARA, N.; MINAMI, B.; CARNEIRO, L. A., A Variação de Custos Médicos Hospitalares. (VCMH): um compêndio dos estudos do IESS e uma atualização do tema. Texto para Discussão n° 71 – 2018. Disponível em: <www.iess.or.br>

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de pública e a suplementar, já que o Sistema Único de Saúde é financiado por toda a população por meio de tributos pagos direta ou indiretamente, sendo razoável afirmar que todos de alguma maneira contribuem com tal financiamento . Votando à questão em análise, vale dizer que não se busca aqui a transferência de responsabilidade das entidades de saúde suplementar para o Poder Judiciário, órgão de importância ímpar para o Estado Democrático de Direito, que, por incansáveis vezes, corrige a rota de injustiças que surgem diante de um complexo e falho sistema social. Todavia, é de grande relevância amadurecer a discussão sobre o tema, pois a judicialização nos moldes em que muitas vezes é proposta, além de não apresentar nenhuma solução para o segmento da saúde, ainda individualiza as soluções em um setor cuja principal característica é a coletivi-

dade, especialmente se pensarmos nas autogestões em saúde. Fato é que a própria legislação é o limite que preceitua o acesso dos beneficiários à saúde privada, de modo que se as operadoras de planos de saúde não podem oferecer menos do que foi contratado, também não é razoável lhes exigir mais do que foi convencionado entre as partes. Nesse ponto, é de relevância citar que a atuação do Judiciário, por muitas vezes, acaba afrontando a Constituição Federal, visto que o artigo 197 é claro ao descrever que: “São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado”. Concluindo, é importante frisar

que as normas que regulamentam e fiscalizam os planos de saúde estão contidas nas leis 9.656/98, que regula o mercado da saúde suplementar, e 9.961/2000, que institui a Agência Nacional de Saúde Suplementar, órgão que fiscaliza o setor, devendo ser esse o limite legal que autoriza acesso aos tratamentos de saúde questionados em demandas judiciais sobre o tema, devendo ainda o magistrado lembrar que é de sua responsabilidade promover uma ampla análise de todo o contexto em discussão, ocasião em que deve recordar que o tema do custo do segmento de saúde suplementar também faz parte do arcabouço jurídico a ser analisado, sob pena de proferir decisões judiciais que geram um desequilíbrio contratual que pode levar a saúde suplementar a sua extinção, agravando mais o acesso à saúde pública de nossa população.

2 [...] os condicionamentos impostos pela ‘cláusula da reserva do possível’ a processo de concretização dos direitos de segunda geração – de implementação onerosa – traduzem-se em um binômio que compreende, de um lado 1) a razoabilidade da pretensão individual/social deduzida em face do poder público e, de outro, 2) a existência de disponibilidade financeira do Estado para tornar efetivas as positivas dele reclamadas", ministro Celso de Melo nos autos da ADPF 45 MC/DF REIS, Otávia Miriam Lima Santiago. O ressarcimento ao SUS pelas operadoras de plano de saúde: uma abordagem acerca do fundamento jurídico da cobrança. Universidade Federal de Viçosa. Disponível em <http://www.ans.gov.br/portal/upload/biblioteca/Mono_Ressarcimento%20otica%20juridica%20-%20Otavia_Reis. pdf>

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Gestão Participativa

TRABALHO E

REPRE SENTA TIVIDADE Foto Messias Ferreira

A Cassems possui uma gestão participativa e prioriza o compartilhamento de ideias e planos. Nesta edição, abre espaço para o responsável pela Assessoria de Gestão de Convênios da Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização e membro do Conselho Fiscal da Cassems, Marcus Vinícius Freitas Moraes, contar sua história e sua visão sobre a Cassems. Marcus Vinícius Freitas Moraes é graduado em Direito pela UCDB e pós-graduado em Direito Administrativo pela UFMS. Servidor público concursado desde 2003, esteve à frente, por três anos, da Coordenadoria de Contratos e Convênios da Secretaria de Estado de Gestão Pública. De 2007 a 2014, respondeu pela Assessoria de Convênios da Secretaria de Estado de Administração e, desde 2015, é responsável pela Assessoria de Gestão de Convênios da Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização, além de membro do Conselho Fiscal da Cassems. Com ampla experiência na área fiscal e controle, ele construiu sua carreira ajudando o Estado a conter gastos e analisar investimentos. Hoje, dedica-se aos convênios que analisam a cedência de servidores públicos estaduais com ônus, permutas ou convênios de cooperação para órgãos municipais, estaduais e federais. Na condição de patrocinador da Cassems, o governo de Mato Grosso do Sul tem o direito de manter um representante como membro titular no Conselho Fiscal. Em 2015, Marcus Vinícius foi nomeado oficialmente pelo governador, para acompanhar a rotina administrativa e fiscal da Caixa dos Servidores. “É uma responsabilidade muito grande. Ajudo a analisar todo o trabalho contábil e controle de contas, tudo que é aprovado pelo Conselho de Administração”, pontuou. “Aqui, a gente vê como realmente as coisas funcionam. Acompanhei a fase de construção do hospital de Campo Grande e vi o carinho e a responsabilidade de cada setor para que estivesse à altura

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do servidor público. Também fazemos visitas técnicas aos hospitais e unidades do interior, entendemos a realidade de cada local e a luta que é para fazer a manutenção de tudo isso”, salientou Freitas. Para ele, a estrutura administrativa e democrática da Cassems é muito interessante, pois mantém a transparência dos processos. “Tem pessoas para gerir e para controlar, sempre estão integradas, buscando soluções. A questão aqui não é política, mas de beneficiar o servidor”, destacou. Marcus Vinícius acredita que o Hospital Cassems de Campo Grande trouxe segurança e tranquilidade para o servidor público, em especial aos que têm filhos pequenos e podem contar 24 horas com o pronto atendimento infantil. “Todas as vezes que precisei desse serviço, fui muito bem atendido, com rapidez e agilidade”, contou. O espírito de coletividade que motivou e, principalmente, solidificou a Caixa dos Servidores também influenciou a carreira de técnicos e analistas de planejamento e orçamento, que, até então, não tinham um sindicato para representá-los. “Inspirado nos colegas do Conselho Fiscal, que também são representantes de classe, iniciamos a papelada para a criação do Sindicato Estadual dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Sinplor), com cerca de setenta servidores”, explicou. “Agora, nossa categoria também poderá buscar valorização salarial, condições de trabalho, reconhecimento pela importância da categoria e representatividade”, finalizou.


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Dr. Dr. Thiago Thiago V.V. de deP.P.Souza Souza Diretor Diretor Técnico TécnicoMédico Médico CRM/MS 9033 RQE CRM/MS 9033 RQE5071 5071

Rua RuaSebastião SebastiãoLima, Lima,1323 1323| Campo | CampoGrande Grande- MS - MS/ Brasil / Brasil Fone Fone+55 +55(67) (67)3222-6619 3222-6619/ /CelCel+55 +55(67) (67)9248-6887 9248-6887 contato@fertius.com.br contato@fertius.com.br/ /www.fertius.com.br www.fertius.com.br 87


Expediente CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Ricardo Ayache 1º Vice-presidente Ademir Cerri 2º Vice-presidente Alexandre Junior Costa MEMBROS TITULARES Alexandre Barbosa da Silva, Roberto Magno Botareli Cesar, Priscila Lemos Wormsbecher, Edmar Soares da Silva, Lauro Sérgio Davi, Lilian Olivia Aparecida Fernandes, Robelsi Pereira SUPLENTES Darlene Pereira Mendes, Elcio Oliveira Bastos, José Remijo Perecin, Giancarlo Corrêa Miranda, Thiago Mônaco Marques CONSELHO FISCAL MEMBROS TITULARES Cláudio Mário Salvador Menezes de Souza, Geraldo Celestino de Carvalho, Fabiano Reis de Oliveira, Lucilio Souza Nobre, Wilson Xavier Paiva, Angelo Montanher Neto, Marcus Vinicius Freitas Moraes (representante do Governo do Estado) SUPLENTES André Luiz Garcia Santiago, Ricardo Alexandre Corrêa Bueno, Wilds Ovando Pereira, Diego Fernando de Arruda, Adriana Oliveira Araújo (suplente representante do Governo do Estado) GESTÃO EXECUTIVA Presidente Ricardo Ayache Diretoria de Assistência à Saúde Maria Auxiliadora Budib Diretoria de Unidades Hospitalares Flávio Stival Diretoria de Assistência Odontológica Denise Garcia Sakae Diretoria de Finanças Maria Antônia Rodrigues Diretoria de Clientes Jucli T. Stefanello Peruzo Diretoria Jurídica Cleber Tejada de Almeida Diretoria de Projetos e Processos Organizacionais Celciliana Barros de Moura GERÊNCIAS REGIONAIS Aquidauana Ana Maria Mendes Machado Campo Grande Sonilza de S. Lima Corumbá Rosana Lídia da S. Pereira Coxim Ezequiel de Azevedo Dourados Vera Lúcia de Lima Jardim Odete Aquino Vareiro Naviraí João Inácio de Farias Nova Andradina Ivone Ramos Pereira Paranaíba Valéria Lucena Matos Pereira Ponta Porã Selma Dias Gonçalves Três Lagoas Aelton Manoel A. de Oliveira GERÊNCIAS HOSPITALARES Aquidauana Júlio Antônio Rossi Campo Grande Carlos Eduardo Badin Guizado Coxim Paulo Souza Dourados Jean Davi Rodrigues Naviraí Maria Inês Vidotto Nova Andradina Eliezer Branquinho Paranaíba Soraya Rita E. de Lima Ponta Porã Sônia Cintas Três Lagoas Efrain Gomes ASSESSORIAS Presidência Adriana Georges Sleiman Comunicação Ariane Martins Comunicação da Rede Hospitalar Karina Vilas Boas Interior Sonilza S. de Lima Contabilidade AT Contábil Assessoria em Contabilidade Auditoria Independente Ascoplan TI Oxxy / Strategy OUVIDORIA Cecília D. Jeronymo Serra

CONSELHO EDITORIAL Presidente Ricardo Ayache Representante da Saúde Maria Auxiliadora Budib Representante do Conselho de Administração Ricardo Ayache Representante do Conselho Fiscal Lucílio Souza Nobre Representante de Comunicação Ariane Martins Coordenação-Geral da Revista Viver Cassems Ariane Martins GERÊNCIA Gerente Administrativo Financeiro Samir Santos Gerente de Recursos Humanos Luciano Coppini Gerente de TI Raphael Domingos Barbosa Gerente Administrativa de Assistência à Saúde Tatiane Alves de Andrade Gerente de Assistência à Saúde Vera Lucia Matos Gerente de Riscos e Controle Samuel Dias Projeto Gráfico Diniz Ação em Marketing Diagramação e Produção DNZ Editora e Eventos Comercial Gabriela Galante E-mail gabiigalante@gmail.com Telefone Comercial (67) 3304-8505 / 9 8116-3850 Fotos Assessoria Cassems, Elis Regina, Alexis Prappas, Messias Ferreira, Marcos Vollkopf Jornalistas Gustavo de Deus (MTB/MS 898), Ariane Martins (MTB/MS 513), Mikaele Teodoro, Karina Vilas Boas e Miriam Ibanhês Colaborou Cidiana Pellegrin, Stephanie Ribas e Gustavo de Deus Revisão Ana Heck E-mail comunicacao@cassems.com.br Telefone da Redação (67) 3309-5365 Tiragem 70.000 exemplares

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Os anúncios da revista Viver Cassems independem da rede credenciada.


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Orgulho Cassems

MELLY

SENA

Aluna de escolas públicas e apaixonada por livros, ela construiu uma carreira admirável na área de Letras e hoje quer devolver à sociedade tudo que recebeu Texto Ariane Martins | Foto Messias Ferreira

O escritor Monteiro Lobato dizia que “os livros não podem mudar o mundo. As pessoas podem mudar o mundo. Os livros podem mudar as pessoas”. De fato, isso é verdade e é assim que começa a história de Melly Sena. De família humilde, ela passou a infância no Bairro Anache, região norte de Campo Grande. Frequentou escolas públicas, cresceu admirando os trabalhos realizados em periferias. Tinha vontade de lecionar e, na adolescência, se apaixonou pelos livros. “Eu me lembro até hoje como surgiu essa paixão. Me vejo entrando na escola Joaquim Murtinho, na sala do 1º H, que era a minha sala, era a aula de Literatura e aquela professora toda ‘louca’ estava falando de trovadorismos e suas canções de amor, de escárnio”, conta. A partir desse momento, Melly se aprofundou na literatura e passou a se interessar pela cultura, com a influência da professora Karina Vicelli. “Ela é aquela pessoa que te inspira, que te marca, hoje, tenho o privilégio de ser sua amiga”, diz com carinho. “Ela lecionou para a minha turma pouco tempo, mas depois tive aulas com a professora Rogéria, que era apaixonada por Manoel de Barros e tinha outro perfil, mas também incentivou o meu interesse pela literatura. Eu tive bons professores na rede pública, que se tornaram a minha inspiração e que contribuíram para o que eu produzo hoje”, salientou.

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Assim que terminou o curso de Letras na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), iniciou a faculdade de Jornalismo, fez concursos e passou a lecionar Literatura em escolas municipais e estaduais. Em 2006, prestou o concurso da Fundação de Cultura e passou em segundo lugar. Trabalhou na biblioteca até a gerente de patrimônio, Neusa Arashiro, fazer o convite para atuar na área de literatura da Gerência de Patrimônio, na qual está até hoje. “Aqui, defendemos a importância do núcleo do livro, leitura, literatura e bibliotecas. Fortalecemos o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler), que está em sua décima primeira edição e tem por finalidade contribuir para a ampliação do direito à leitura, promovendo condições de acesso a práticas de leitura e de escrita críticas e criativas. Nesse evento, debatemos a necessidade do mediador de leitura e como vamos incentivá-la”, explica. A vida que fez Melly enveredar-se pelos livros ainda na adolescência lhe deu a oportunidade de expandir o entendimento da importância de conectar a cultura ao cotidiano. É com esse entendimento que ela está, aos poucos e conscientemente, ajudando a provocar uma pequena mudança na vida das crianças e dos jovens sul-mato-grossenses. “Com o Proler, a gente articula a literatura com ou-


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Orgulho Cassems tras expressões culturais, propicia o acesso a materiais escritos, abre novos espaços de leitura e integra essas práticas aos hábitos espontâneos da sociedade, ajudando a construir, dentro e fora da biblioteca e escola, uma sociedade leitora”. De acordo com a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida em março de 2016 pelo Instituto Pró-Livro, 30% dos brasileiros nunca compraram um livro e 44% da população não lê. Ler é um hábito, então, se tratarmos isso logo na infância, é maior a chance de ter um adulto leitor. Mas, como chamar a atenção das novas gerações para os livros, enquanto tudo ao redor delas oferece conexão 24 horas nas mais diversas redes sociais? Como deixar de lado todas as infinitas possibilidades que o mundo digital oferece e se dedicar à leitura de um livro com suas centenas de páginas, cheias de palavras e letras inertes, exigindo concentração para serem decifradas? Esse é o desafio do Proler Teen e do Prolerzinho, cuja meta é formar cidadãos leitores, tornando a leitura uma prática dentro do cotidiano escolar e cultural da sociedade. “Nesse contexto, a escola e a biblioteca são fundamentais, mas o gosto pela leitura transcende a alfabetização. Para constituir uma sociedade leitora, na qual a participação dos cidadãos no processo democrático

seja efetiva, é preciso fazer um link da leitura da palavra à leitura do mundo. Literatura é arte, acima de tudo. Ela não é apenas uma disciplina ligada à Língua Portuguesa. Por isso, levamos para as escolas as oficinas. Ano passado, trabalhamos muito os quadrinhos, este ano conseguimos inovar com uma oficina de escrita criativa. Levamos também uma oficina de literatura fantástica, que é o universo de muitos adolescentes e foi muito produtivo. Eles viram que Star Wars, Percy Jackson, Harry Potter também são literaturas e são plausíveis, não são aqueles clássicos que por tradição as escolas obrigam a ler. A partir da leitura fantástica, é possível abrir um leque para ler até mesmo os clássicos, com outro olhar, com outro gosto”, salientou. Paralelamente a isso, o Ministério da Cultura já está lançou alguns editais pedindo que sejam desenvolvidos projetos envolvendo bibliotecas digitais. Pensar nessas estratégias é desafiador. Paralelamente, acredito que alguns youtubers têm desenvolvido um papel muito importante, incentivando o gosto pela leitura em adolescentes que têm acesso a essas ferramentas”, explicou. De acordo com Melly, Mato Grosso do Sul já foi o primeiro a zerar mas voltou a ter deficit de bibliotecas e a fazer um plano estadual de leitura. “Vimos avanços, temos prêmios literários, temos ações continuadas, mas precisamos de mais investimento, dados e mais

“TEMOS O PRIVILÉGIO DE TER O CONTATO COM ESCRITORES VIVOS, MAS DAQUI A 100 ANOS ISSO VAI MUDAR E A NOSSA OBRIGAÇÃO É DEIXAR ESSA MEMÓRIA ORGANIZADA PARA AS PRÓXIMAS GERAÇÕES CUIDAREM, PESQUISAREM E AMPLIAREM”

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pesquisas, até para pensar em que é necessário atuar mais”, pontuou. Dentro da área de literatura, Melly recebeu outros desafios, como a realização de alguns sarais e o prêmio Guavira de Literatura, que é destinado exclusivamente aos escritores regionais e contempla as categorias Literatura Infantil e Juvenil, Romance, Conto e Poesia. Outro desafio é ser uma das guardiãs da história sul-mato-grossense. “Nosso estado ainda é muito novo, temos o privilégio de ter o contato com escritores vivos, mas daqui a 100 anos isso vai mudar e a nossa obrigação é deixar essa memória organizada para as próximas gerações cuidarem, pesquisarem e ampliarem. Como servidora, Melly Sena demonstra o cuidado, a preocupação e a responsabilidade que tem com o futuro. “É um misto de sentimentos. Hoje, a sociedade vai contra o servidor público, pois existe a cultura de que ser servidor público é sinônimo de privilégios, isso não é verdade, a nossa vontade é sempre de querer fazer mais, mas não é sempre que temos a estrutura necessária”, explica. “Eu gosto de ser servidora pública, gosto de ver o trabalho dando resultado positivo para a sociedade, sofro quando não dá o resultado esperado”. Ela diz ainda que hoje a Cassems é um dos patrimônios do servidor público, "quando olhamos para outros estados ficamos assustados. “Muita gente fala que o melhor de ser servidor público é ter a o plano de saúde da Cassems e, por isso, a gente tem que acompanhar sua rotina administrativa. A gente tem um plano de saúde muito bom em relação aos outros planos do Brasil, claro que existem problemas, como distribuição dos médicos, mas é nítido o trabalho sério e de qualidade que está sendo desenvolvido, inclusive de prevenção, acompanhamento nutricional e psicológico. Muitas pessoas, hoje, precisam desse acompanhamento psicoterápico e não tem as facilidades que nós temos”, complementa. “Eu era uma usuária que usava ocasionalmente os serviços, usava apenas para alguns exames de prevenção, me aproximei mesmo quando eu comecei a frequentar os cursos da Cozinha Experimental. Eu tinha acabado de casar e não sabia fazer nada”, explica sorrindo. “Depois, tornei-me mais assídua, vou sempre às assembleias de prestação de contas, às vezes não concordo e voto de acordo com o que acredito, estou sempre olhando os balancetes, quando estou insatisfeita eu reclamo e acho muito legal esse padrão de qualidade que a gente se orgulha, porque é gerida para nós servidores públicos. O olhar atento do servidor mantém a Cassems viva”, finaliza.

“EU GOSTO DE SER SERVIDORA PÚBLICA, GOSTO DE VER O TRABALHO DANDO RESULTADO POSITIVO PARA A SOCIEDADE”

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Hospitais Cassems Campo Grande Avenida Mato Grosso, 5151 (67) 3323-0330 Aquidauana Rua José Bonifário, 115 (67) 3241-7429 / 3904-2752 Coxim Rua Virgínia Ferreira, 2415 (67) 3291-7603 / 3291-3269 Dourados Rua Oliveira Marques, 2771 (67) 3411-9595 / 3410-0000 Naviraí Av. Dourados, 1425 (67) 3461-2200 Nova Andradina Rua Walter Hubacher, 748 (67) 3441-2444 Paranaíba Rua Coronel Carlos, 1175 (67) 3668-2171 Ponta Porã Rua Guia Lopes, 1785 (67) 3431-4907 Três Lagoas Rua Bruno Garcia, 2330 (67) 3521-2871

Programas de Prevenção Pronutri Campo Grande (67) 3382-8584 Pronutri Dourados (67) 3033-8350 Centro de Prevenção em Saúde (67) 3382-4907 / 8584 Pronutri (67) 3321-0363 Viva Saúde (67) 3352-8024 Odontologia para Bebês (67) 3314-1075 Eu me Amo, Eu me Cuido (67) 3309-5381 Casal Grávido (67) 3309-5381 Ônibus da Saúde (67) 3309-5381 Dia M (67) 3309-5381

Benefícios Cassems Farmácia OAB (67) 3318-4813 Cartão de Benefícios (67) 3309-5333 Benefício Póstumo 0800-7351585 (Grupo Lírios) (67) 3042-8774 (Nipo Brasileira) Central de Atendimento 24 horas 67 3314-1010 Ouvidoria (67) 3309-5380 Clínica da Família Cassems Rua: 25 de Dezembro, 1.231 - Centro (67) 3322-3400 Centro Médico e de Diagnóstico Avançado Rua: Príncipe Ranier, 94 - Royal Park (67) 3056-9800 Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps) Rua: São Paulo, 68 - Centro (67) 3384-6344 Unidade Carandá Bosque Rua: Boipeva, 184 - Carandá Bosque I 67 3312-2101 / 3312-2102 Centro de Prevenção em Saúde Cássio Pereira do Nascimento Rua: Abrão Julio Rahe, 97 - Centro 67 3382-8584

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ONDE ENCONTRAR ATENDIMENTO CASSEMS NO ESTADO Regionais A Aquidauana Ana Maria Mendes Machado. R. Manoel Antonio Paes de Barros, 540. 79200-000. (67) 32413226 C Campo Grande Sonilza de Souza Lima. R. Antonio Maria Coelho, 6065. 79002-200. (67) 3309-5362 Corumbá Rosana Lídia da Silva Pereira. R. Luiz Feitosa Rodrigues, 886. 79331-060. (67) 3231-2385 / Fax 32310473 Coxim Ezequiel de Azevedo. Av. Virginia Ferreira 2415. Bairro Flavio Garcia. 79400-000. (67) 3291-3853 / Fax 3291-1101 D Dourados Vera Lúcia de Lima. Av. Mato Grosso, 1470. Jardim Santo Andre. 79810-110. (67) 3411-7530 / Fax. 3411-7536 J Jardim Odete Aquino. R. Tenente Hernani de Gusmão, 279. 79240-000. (67) 3251-1811 / Fax 3251-4107 N Naviraí João Inácio de Farias. Av. Dourado, 569. 79950-000. (67) 3461-1405 / Fax 3461-5153 Nova Andradina Ivone Ramos Pereira. R. Elizabete Rubiano, 1431. 79750-000. (67) 3441-1415 / Fax 3441-4506 P Paranaíba Valeria Lucena Matos Pereira. R. Dr. Mario Correia, 1175. Centro. 79500-000. (67) 3668-5148 / Fax 3668-2622 Ponta Porã Selma Dias Gonçalves. R. Coronel Camisão, 254. 79900-000. (67) 3431-4347 T Três Lagoas Aelton Manoel A. Oliveira. R. Marcilio Dias, 318, Bairro Colinos. 79603-140. (67) 3521-9046 / Fax 3521-9046.

Locais A Água Clara R. Idalina Guarini da Silva, 60. 79680-000. (67) 3239-2431 Alcinópolis R. Maria Barbosa Carneiro, 640. 79530-000. (67) 3260-1661 Amambai R. Pedro Manvailer, 3071. 79990-000. (67) 3481-1422 Anastácio R. Padre Patrício, 1520. 79210-000. (67) 3245-1942 Anaurilândia Av. Brasil, 1177. 79770-000. (67) 34451629 Angélica R. Antônio Basílio de Lima, 109. 79785-000. (67) 3446-1113 Antônio João R. Vereador Arthur de Oliveira, 325. 79910-000. (67) 3435-1986 Aparecida do Taboado R. Duque de Caxias, 3970. 79570-000. (67) 3565-5190 Aral Moreira R. 31 de Março, 810. 79930-000. (67) 3488-1112 B Bandeirantes R. Francisco Antonio de Souza, 2616. 79430-000. (67) 3261-1600 Bataguassu Av. Coxim, 61. 79780-000. (67) 35412362 Batayporã Av. Brasil, 1453. 79760-000. (67) 3443-1561 Bela Vista R. Duque de Caxias, 1013. 79260-000. (67) 3439-4353 Bodoquena R. Yossio Okaneko, 499. 79390-000. (67) 3268-1581 Bonito R. Senador Filinto Muller, 630. 79290-000. (67) 3255-2134 Brasilândia Av. São José, 457, Centro. 79670-000. (67) 3546-1344 C Caarapó Av. Duque de Caxias, 421, Sala 07. 79940-000. (67) 3453-3323 Camapuã R. Cuiabá, 346. 79420000. (67) 3286-3640 Cassilândia R. Dr. Manoel Thomaz da Silva, 257. 79540-000. (67) 3596-1516 Chapadão do Sul Av. Oito, 800, Sala 06. 79560-000. (67) 3562-1050 Corguinho R. Marechal Deodoro, 173. 79460-000. (67) 3250-1501 Coronel Sapucaia R. Teixeira de Freitas, 268. 79995-000. (67) 3483-2145 Costa Rica R. José Pereira da Silva, 792. 79550-000. (67) 3247-2205 D Deodápolis R. Paraná, 503, Caixa Postal 190. 79790000. (67) 3448-2187 Dois Irmãos do Buriti R. Ponta Porã, 304. 79215-000. (67) 3243-1387 Douradina Av. Presidente Dutra, s/nº. 79880-000. (67) 3412-1028 E Eldorado Av. Brasil, 986. 79970-000. (67) 3473-2587 F Fátima do Sul Rua Celcio Joaquim de Barros, 1456, Centro. 79700-000. (67) 3467-1403 Figueirão Av. Moisés de Araújo Galvão, 1012. 79422-000. (67) 3274-1534 G Glória de Dourados R. Projetada, s/nº. 79730000. (67) 3466-1177 Guia Lopes da Laguna R. Victor Francisco Bertola, 122. 79230-000. (67) 3269-1600 I Iguatemi Av. Jardelino José Moreira, 2649. 79960-000. (67) 3471-2093 Inocência R. Duca Valadão, 881, Caixa Postal 8. 79580-000. (67) 3574-1377 / 67 3574-2214 Itaporã Av. São José, 693. 79740-000. (67) 3451-2579 Itaquiraí Av. Getúlio Vargas, 636. 79965-000. (67) 3476-1297 Ivinhema Av. Panamá, 389. 79740-000. (67) 3442-1499 J Jaraguari R. José Serafim Ribeiro, 270. 79440-000. (67) 3285-1002 Jateí R. Miguel Lopes Falheiros, 188. 79720-000. (67) 3465-1211 Juti Av. Sérgio Maciel, 1245. 79950-000. (67) 3463-1666 L Laguna Carapã Rua Napoleão Santiago, 556. (67) 9613-6040 M Maracaju Rua Gonçalves Dias, 867, Sala 3, Bairro Paraguai. 79150-000. (67) 3454-3476 Miranda R. Barão do Rio Branco, 468. 79380-000. (67) 32421777 Mundo Novo Av. Juscelino Kubitschek, 883, Sala 03. 79980-000. (67) 3474-1892 N Nioaque Av. General Klinger, 2649. 79220-000. (67) 3236-2391 Nova Alvorada do Sul R. Manoel Antunes Lopes, 918. 79140-000. (67) 3456-2483 P Paranhos R. Dr. João Ponci de Arruda, 2130. 79925-000. (67) 3480-1794 Pedro Gomes R. Espírito Santo, 611. 79410-000. (67) 3230-1072 Porto Murtinho R. Dr. Costa Marques, 451. 79280-000. (67) 3287-1061 R Ribas do Rio Pardo R. Carlos Anconi, 656. 79180-000. (67) 3238-1122 Rio Brilhante R. Julio Siqueira Maia, 1632. 79130-000. (67) 3452-7584 Rio Negro R. Massato Matsubara, 710. 79470-000. (67) 3278-1368 Rio Verde de Mato Grosso R. Santos Dumont, 721, Centro. 79480-000. (67) 3292-2189 Rochedo R. Júlio Honostório de Rezende, 520, Centro. 79450-000. (67) 3289-1572 S Santa Rita do Pardo R. Nicanor Gregório Rodrigues, 941. 79690-000. (67) 3591-1590 São Gabriel do Oeste Rua São Paulo, 1419. 79490-000. (67) 3295-3413 Selvíria R. 24 de Junho, 560. 79590-000. (67) 3579-1440 Sete Quedas R. Monteiro Lobato, 446. 79935-000. (67) 3479-2221 Sidrolândia R. João Marcio Ferreira Terra, 343, São Bento. 79170-000. (67) 3272-1919 Sonora R. das Seriemas, 250. 79415-000. (67) 3254-3280 T Tacuru R. José Carlos de Castro Alexandria, 450. 79975-000. (67) 3478-1086 Taquarussu R. Profª Nair Rodrigues Nogueira, 77. 79765-000. (67) 3444-1405 Terenos R. Ary Coelho de Oliveira, 519. 79190-000. (67) 3246-7481 / Fax (67) 3246-7366 V Vicentina R. Rainha dos Apóstolos, 709. 79710-000. (67) 3468-2104.


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