O porco iberico e a saúde ¿amigos ou inimigos? Grupo de Estudo Porco Ibérico e Saúde. Hospital Pepetuo Socorro. Universidad de Extremadura. Badajoz.
HEMORRAGIA < 40 a. Muita Pouco elaborada
TROMBOSES Esperança de vida
>80
Actividade física
Pouca
Alimentação
Mais industrial
Consequências clínicas da Trombose • Cardiopatia isquémica. • AVC isquémico. • Arteriopatia periférica. • Mortalidade: – 45% em países desenvolvidos. – 24% em países em desenvolvimento.
A Alimentação influi na doença Vascular • As populações emigrantes apresentavam aumento de colesterol e de cardiopatia após adoptar os novos costumes de vida e de alimentação. A. Kagan 1974.
O tipo de gordura influi na doença vascular • Maior mortalidade coronária em populações com maior ingestão de gorduras saturadas. A. Keys 1980.
• Os ácidos gordos poliinsaturados provocam uma redução do colesterol e da mortalidade cardiovascular. Parkinson 1984, Sabaté 1993.
• O ácido oleico origina uma redução do colesterol total e do LDL e aumento do HDL. S. Dayton 1969, P. Mata 1992.
Efeitos do Azeite de Oliva (Gordura Monoinsaturada) na saúde Vascular
• Melhora o perfil lipídico sanguíneo • Diminui o valor da Pressão Arterial • Aporta elementos antioxidativos • Melhora o perfil fibrinolítico Berry 1991, López Jiménez 1995, Pérez Jiménez 1999 Escribá 2005
Dieta Mediterrânea MODERAÇÃO
2-3 Doses
2-3 Doses
2-4 Doses
3-5 Doses
6-11 Doses
Ácidos Gordos da bolota, azeite de oliva e porco ibérico Bolota
Gordura do Azeite de Porco Oliva Ibérico 11 21
Palmítico
16
Esteárico
3
4
9
Palmitoleico
-
1
2
Oleico
63
72
57
Linoleico
15
10
9
2
1
-
Linolénico
Grupo de Estudo Porco Ibérico e Saúde. Badajoz. Estudos de Consumo em Humanos • Estudo 1 – Porco Ibérico vs azeite de oliva
• Estudo 2 – Porco Ibérico vs gordura poliinsaturada
• Estudo 3 – Porco Ibérico segundo diferentes formas de alimentação
Estudo 1 •
Comparar o reconhecido efeito do ácido óleico proveniente do azeite de oliva, com o proveniente do porco ibérico.
• •
População institucionalizada. 18 mulheres.
•
Grupos:
Colesterol total < 250 mg/dl, sem antecedentes de cardiopatia, doença vascular, hiperdislipidemia familiar ou qualquer outra doença metabólica.
– PPIB: 50% acido óleico provem do PPIB (120 gr. ao dia). 4 sem. – AO: 100% do acido óleico provem do azeite de oliva. 4 sem.
Estudo 1 250 200 150
Colesterol Total Colesterol LDL Trigliceridos
mg/dl 100 50 0 Inicio
PPIB
AO
Estudo 1 600 500 400 mg/dl 300
Fibrinogenio
200 100 0 Inicio
PPIB
AO
Estudo 2 • • • • •
•
Comparar o reconhecido efeito dos AGPI, com os AGMI provenientes do porco ibérico. População não institucionalizada e hipercolesterolemica. 36 pessoas (18 mulheres e 18 homens) Colesterol total > 250 mg/dl, sem antecedentes de cardiopatia, doença vascular, hiperdislipidemia familiar ou qualquer outra doença metabólica. Dietas:
– Rica em AGPI (a base de peixes azuis, nozes e girassol). 6 sem. – Rica em AGMI (Presunto Ibérico de Bolota –100 gr/dia) 6 sem. – Iso-calóricas (legumes, cereais, hortaliças, frutas, ovos e peixe branco).
Durante o estudo continuaram com o mesmo estilo de vida que faziam habitualmente.
Estudio 2 300
300
250
250
200
200
150
150
100
100
50
50
0
0
Inicio MI Inicio PPIB
Paso MI a PI Troco
Fin FinPI
PPIB a AGPI
AGPI
Inicio Inicio PI AGPI
Colesterol Total TriglicĂŠridos HDL-col LDL-col
Troco Paso PI a MI FinalFin con MI AGPI a PPIB
PPIB
Presunto Ibérico de Bolota: 1.- Os efeitos de produtos frescos tem os mesmos efeitos que o presunto? 2.- As diferentes formas de alimentação dos porcos tem influencia sobre a sua composição e sobre os efeitos do seu consumo?
Formas de alimentação e produçao do porco ibérico Porco Ibérico de Montanheira Livre no campo. Exercício. Consumo de ervas, bolota e antioxidantes. Maior palatabilidade. Maior idade de sacrifício
Porco Ibérico de Cebo Extensivo Livre no campo. Exercício. Consumo de ervas, e antioxidantes. Maior palatabilidade.
Porco Ibérico de Cebo Intensivo Em porqueira. Ausência de actividade física. Sem consumo de ervas nem antioxidantes. Reposição mais rápida do peso. Menor idade de sacrifício
Estudo 3 Consumo do porco ibérico segundo forma de alimentação 78 porcos Ibéricos puros Montanheira n = 26 Extensivo n = 26 Intensivo n = 26
f a r i n h a
Resultados em animais Peso 180 175 170 165 Kg 160 155 150 145 140 CIE
CII G ru p o s
CIM
Resultados em animais Glicose e Triglicéridos séricos
200
mg/dL
150 Glicose Triglicéridos
100 50 0
CIE
CII
CIM
CII vs CIM (p<0.05) e vs CIE (p<0.01).
Estudo 3 - Animais Lípidos séricos CIM
CIE
CII
Colesterol T (mg/dl)
130 ± 12
115 ± 9
109 ± 12
p<0.001 CIM vs CIE e CII
HDL (mg/dl)
59 ± 11
39 ± 8
36 ± 5
p<0.0001 CIM vs CIE e CII
0,33 ± 0,1
0,33 ± 0,2
P<0,05 CIM vs CII e CIE
62 ± 11
54 ± 11
N. S.
96 ± 26
p<0.001 CIM e CIE vs CII
HDL/Colest T 0,45 ± 0,1 LDL (mg/dl) Triglicéridos (mg/dl)
57 ± 39 68 ± 22
69 ± 11
Estudo 3 - Animais Homocisteína plasmática Maior Homocisteina maior risco vascular 40 35
mcmol/L
30 25 20 15 10 5 0
CIM
CIE
CII
CIM vs CIE e CII (p<0,0001). CIE vs CII (p<0,01)
Estudo 3. Animais
m g/l
Vitamina E plasmática Vitamina E é um protector cardiovascular 5,5 5 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 CIM
CIE
CII
CIM v.s. CIE (p<0.05), CIM v.s. CII (p<0.001).
Estudo 3. Animais Vitamina E plasmática Vitamina E é um protector cardiovascular
Tecido
CIM
CIE
CII
Fígado
2938 ± 674
1007 ± 290
592 ± 87
P<0,05
Músculo
416 ± 152
237 ± 66
153 ± 24
P<0,05
Estudo 3. Animais Vitamina E plasmática Vitamina E é um protector cardiovascular 2600 2100 Figado Músculo
1600 1100 600 100 CIM
CIE
CII
CIM vs CIE e CII (p<0,05) CIM vs CIE e CII (p<0,05)
Estudo 3 Fase de estudo em humanos Estudo da dieta habitual
Consumo de CIE
Consumo de CII
Consumo de CIM
(39% gordura)
(39% gordura)
(39% gordura)
Mesma quantidade de calorias
40% Gordura, 45% Carbohidratos. 15% proteĂnas
Estudo 3 Fase de estudo em humanos
• 27 Mulheres • Cozinha única • Instruções muito precisas
Real Convento do Sta Ana. Badajoz
Material e Métodos Fase de estudo em humanos • Gordura 40% da energia ingerida. • Proteínas: 15% da energia ingerida. • Carbohidratos: 45% da energia ingerida
30% da gordura ingerida ( 22% da energía total ingerida )
Estudo 3 - Mulheres Peso corporal e IMC 70 60 50 40
Peso (kg) IMC
30 20 10 0 Inicial
CIE
CII
CIM
Estudo 3 - Mulheres Tensão arterial 170
mm Hg
150 130
TAS TAD
110 90 70 50 Prévio
CIE
CII
CIM
TAD: Previo vs CII y CIM (p<0,01)
Resultados em mulheres Colesterol total e LDL colesterol sérico 250
m g/ d L
200 150 100 50 0 Prévio
CIE Colesterol Total
CII
CIM
Colesterol LDL
Prévio vs CIE e CII (p<0,05) e CIM (p<0,01)
Estudo 3 - Mulheres Colesterol-HDL / Colesterol Total 0,5
0,25
0 Inicial
CIE
CII
CIM
PrĂŠvio vs CIE (p<0,001), CII (p<0,01) e CIM (p<0,05)
Estudo 3 – Mulheres A menor PAI-1 e Dimero D, menor risco vascular
Parâmetro
Prévio
CIE
CII
CIM
Dados estatisticos
Prévio vs CII p<0.0001, PAI-1 18,3 ± 5 17,3 ± 7,9 12,2 ± 6,6 11,6 ± 7 (U/ml) Prévio vs CIM p<0.0001 Prévio vs CIE p<0.0001, Dimero-D 0,59 ± 0,53 0,48 ± 0,33 0,49 ± 0,27 0,47 ± 0,35 Prévio vs CIM (µg/ml) P<0.0001
Estudo 3 Mulheres Vitamina E plasmática 25
mg/L
20 15 10 5 0 Prévio
CIE
CII
CIM
Prévio vs CIE (p<0.01) Prévio vs CII (p<0.001). CII vs CIE (p<0.01)
Estudo 3 Mulheres C-18:1 “trans” Os ácidos gordos tipo “trans” são mais prejudiciais para a saúde 3 2,5
%
2 1,5 1 0,5 0 Prévio
CIE
CII
CIM
Prévio vs CIE (p<0,001), CII e CIM (p<0,01)
Resultados em Mulheres • Melhora o perfil lipídico • Melhora o perfil fibrinolítico • Melhora o perfil antioxidante
Efeitos do consumo do porco ibérico. • O consumo de produtos do porco ibérico não só não é prejudicial, como também melhora o perfil dos lípidos plasmáticos e outros factores de risco cardiovascular, inclusive ingerido diariamente e durante tempo prolongado. • Estes efeitos parecem ser mais intensos com o consumo dos produtos de porcos criados em montados e em cebo extensivo. • Isto ocorre sempre que se faz no contexto de uma dieta equilibrada e variada, que inclua cereais, hortaliças, frutas, peixes, etc • Achamos que o porco ibérico deveria fazer parte da denominada Dieta Mediterrânea, de reconhecidos efeitos cardio saudáveis.
Muito obrigado