Revista Pais Econimico

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PORTUGAL E ANGOLA: UMA RELAÇÃO INDESTRUTÍVEL

Nº 125 › Mensal › Fevereiro 2013 › 2.20# (IVA incluído)

Joaquim Santos Administrador da Bompiso

Carlos Bayan Ferreira Presidente da CCIPA

Agostinho Moreira Presidente da Jetclass

Moçambique é um grande mercado José Carlos Rodrigues, Presidente do Grupo JJR, está a investir em Moçambique e quer ser um player cada vez mais importante em Portugal e Moçambique Fevereiro 2013 | PAÍS €CONÓMICO › 1


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2 › PAÍS €CONÓMICO | Fevereiro 2013


Ficha Técnica

Editorial

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Redacção › Manuel Gonçalves › Valdemar Bonacho › Jorge Alegria

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Grafismo & Paginação › António Afonso

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Dinheiro ilusório Foi com grande alvoroço que se deu em meados de Janeiro o regresso aos mercados financeiros internacionais por parte do Estado Português, que na ocasião conseguiu obter um financiamento a cinco anos no valor de 2.500 milhões de euros. Mais de um ano e meio depois, o país voltou a conseguir financiamento nos mercados, de onde andava arredio em virtude de ter recorrido ao resgate financeiro internacional a partir de Maio de 2011. Sem dúvida que é positivo que o país se tenha conseguido financiar nos mercados internacionais sem estar completamente dependente da troika que nos suporta financeiramente desde 2011. Um país sob resgate é um país sem independência, sem autonomia, sem capacidade e voz própria. Mas também é preciso reconhecer que sem essa assistência financeira, Portugal teria entrada na bancarrota, fruto de desmandos de uma sociedade – governos, empresas, cidadãos – que pensou que o “céu era o limite”, mesmo que não produzisse o suficiente para ter o nível de vida a que achou que seria “normal” desde que integrou os designados países ricos. Mas, não nos iludamos com esta reabertura de acesso direto ao financiamento internacional através dos mercados. Na prática, estes 2.500 milhões de euros significam factualmente mais 2.500 milhões de euros de dívida do país, que a vai ter de pagar. E com juros de 4,89%. São mais 2.500 milhões de euros a juntar a uma dívida colossal acumulada desde há várias décadas, mas que acelerou exponencialmente nos últimos oito anos, fruto de uma miragem desenvolvimentista que considerou que a injecção de dinheiro na economia, dinheiro alheio, diga-se, era a coisa mais normal do mundo, até porque «a dívida é coisa de crianças», disse de forma olímpica alguém que teve enormes responsabilidades pela condução dos destinos de Portugal e consequentemente pelo aumento brutal da dívida portuguesa. Não é possível uma sociedade altamente endividada considerar como “normal” continuar a recorrer a empréstimos para garantir a sobrevivência de um Estado que nos últimos anos tem praticado um verdadeiro saque fiscal aos cidadãos, particularmente à iniciativa privada, que continua a ser esmagada para suportar um Estado tão grande que o país não consegue alimentar. Quem ache que sim, que diga claramente como é que o paga! Porque é fácil falar e fazer com o dinheiro dos outros! JORGE GONÇALVES ALEGRIA

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Índice Grande Entrevista Joaquim Augusto Santos, Administrador da Bompiso, é um daqueles self made man que nasceram numa família sem grandes posses, mas que conseguiu construir por si próprio, uma grande empresa, sendo no presente, uma das firmas líderes em Portugal na área da manutenção auto. Localizada em Ermesinde, no concelho de Valongo, a Bompiso possui novas e modernas instalações desde Novembro do ano passado, apostando num serviço personalizado e altamente qualificado aos seus muitos clientes que procuram a empresa em busca da excelência na manutenção das suas viaturas.

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Ainda nesta edição…

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Grande Plano

Vista Alegre fez parceria com a Christian Lacroix Galp Energia investiu nas refinarias Sotecnisol entrou no Brasil Aníbal Cristina ganha obra em Moçambique Tivoli Praia do Forte é ícone hoteleiro na Bahia Corticeira Amorim fornece metro de Varsóvia Aurobindo aposta nos genéricos Lisnave com bons resultados em 2013 António Rosado que competir nos greens europeus Boutique dos Relógios na Avenida da Liberdade Vicaima equipa empreendimento de luxo em Londres

As relações entre Portugal e Angola atingiram novamente excelentes resultados em 2012, com o registo de significativos acréscimos nas trocas comerciais entre os dois países, assim como aumentou também os níveis de investimentos em ambos os mercados. Neste trabalho, onde contamos com importantes entrevistas dos presidentes da Aicep Portugal Global e da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola, destaque para a entrevista com António Cunha, o Presidente do Grupo 7 Cunhas, um grande empresário português que está há mais de duas décadas em Angola e que já leva igualmente mais de uma vintena de empresas constituídas e a laborar naquele país africano de língua portuguesa.

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› GRANDE PLANO Relações económicas e empresariais entre Portugal e Angola atravessaram um ano muito bom

Trocas comerciais e investimentos em alta As relações económicas e empresariais entre Portugal e Angola, como se costuma dizer popularmente, “vão de vento em popa”. Com número já consolidados entre Janeiro e Novembro de 2012, é possível apontar para os números de forma indiscutível. O comércio de bens entre os dois países aumentou de forma significativa, e os investimentos realizados pelas empresas dois países em ambos os mercados também registaram um avanço positivo. As exportações de Portugal para Angola, atingiram nos primeiros onze meses do ano passado uma cifra de 2.767.608 mil milhões de euros, um acréscimo de 32,2% face ao período homólogo, quando se tinha ficado pelos 2.093.268 mil milhões de euros em 2011. Já as exportações de Angola para Portugal atingiram também nos primeiros onze meses do ano transato, a quantia de 1.604.367 mil milhões de euros, um aumento de 55,9% face aos 1.028.964 mil milhões de euros registados em igual período de 2011. Apesar do maior aumento percentual das exportações angolanas para Portugal, ainda assim, o saldo da balança comercial saiu reforçada para Portugal ao passar de 1.064.304 mil milhões de euros em 2011 para 1.163.240 mil milhões de euros em 2012. Na sequência desta evolução, Angola consolidou a sua posição como o quarto destino global das exportações portuguesas, constituindo o primeiro mercado fora da União Europeia. Angola representou 6,56% das exportações portuguesas em 2012. Já no capítulo das importações, os produtos e serviços vindos de An-

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gola representaram 3,09% do total das importações portuguesas. Portugal é o primeiro fornecedor de Angola, com uma quota de 18,13%, enquanto Angola é o oitavo fornecedor de Portugal com uma quota de 2,48%. De referir que segundo dados ainda de 2011, eram na altura 7.893 empresas portuguesas a realizarem exportações para Angola, enquanto as empresas que realizavam importações de Angola atingiam o número de 148. No importante capítulo do investimento direto, de referir que as empresas portuguesas investiram em Angola no período compreendido entre Janeiro e Outubro de 2012 um total de 194.450 milhões de euros, um aumento de 4,9% face a igual período do ano transato. Já no que respeita ao investimento angolano em Portugal, no período acima referido, também se registou um fortíssimo aumento, tendo passado de apenas 58.047 milhões de euros em 2011 para a importante soma de 334.310 milhões de euros em 2012, um aumento de 475,9%. ‹


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› GRANDE PLANO Carlos Bayan Ferreira, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola

Investimento angolano é muito importante para Portugal As relações económicas e empresariais entre Portugal e Angola vão de vento em popa. As exportações entre ambos os países crescem de forma intensa, e na componente dos investimentos, assiste-se a um incremento exponencial das apostas angolanas em Portugal, o que o país também agradece. Carlos Bayan Ferreira, é o Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA), e nesta entrevista à País €conómico destaca os resultados obtidos nessa parceria económica global, mas sublinha essencialmente os fatores que juntam cada vez mais empresários e empresas dos dois países, naquilo a que designa como uma «relação muito sólida e indestrutível». TEXTO › JORGE ALEGRIA | FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS Como avalia o ano que passou no que concerne à evolução das relações económicas e internacionais entre Portugal e Angola?

Em 2012 essas relações foram muito positivas, principalmente em duas áreas, a primeira quanto à evolução das exportações de Portugal para Angola, e de Angola para Portugal. Ainda não temos os dados de Dezembro, mas aqueles que se referem até Novembro foram superiores ao ano anterior em cerca de 33%, o que representa um volume espetacular, colocando Angola como o quarto destino das exportações portuguesas, sendo o primeiro fora da União Europeia, e cada vez com maior significado e importância. Os produtos portugueses são bem recebidos em Angola e são perfeitamente adequados à situação deste país. Por outro lado, antigamente existia um grande desequilíbrio comercial entre os dois países, mas agora fruto do forte incremento das exportações angolanas para Portugal, essa situação alterou-se de forma significativa e tendente a equilibrar, sobretudo em virtude das fortes exportações de petróleo angolano para Portugal.

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Eu sublinho que considero importante que as relações económicas entre os dois países devem pautar-se pelo desejável equilíbrio, pois só assim as relações entre os países são saudáveis. Um outro fator positivo ocorrido no ano passado relacionou-se com os investimentos angolanos em Portugal, fruto de um maior interesse de empresários e empresas angolanas em investirem em Portugal, sendo de mencionar que em 2012 ocorreram a concretização de uma série de projetos que avançaram ou que se reforçaram, o que significou igualmente um reforço do grau de confiança entre os dois países e os seus empresários e empresas. O investimento angolano é importante e bem-vindo a Portugal?

Para a economia portuguesa é fundamental o investimento estrangeiro, seja qual for a sua proveniência. Infelizmente, nos últimos anos, não temos tido muito investimento estrangeiro no nosso país. Deste modo, o investimento angolano em Portugal, no quadro do investimento estrangeiro, é muito importante para o nosso país, na medida em que já existem empresários e empresas angolanas com forte capacidade de internacionalização,

que ou vem para Portugal ou vão para outros países. Possuímos inegável interesse que uma parte significativa desse investimento angolano no exterior venha para Portugal porque contribui para reforçar a nossa economia e dá maior capacidade e competitividade às nossas empresas. Por outro lado, quando os empresários portugueses investem em Angola, também gostam de serem bem recebidos. E são bem recebidos. O investimento angolano em Portugal contribui para a abertura e reforço do próprio investimento português em Angola. Em que áreas é que têm incidido o investimento angolano em Portugal?

As áreas mais conhecidas são a banca, as telecomunicações, a energia, a comunicação, bem como existem um vasto conjunto de empresários e empresas angolanas a investirem em Portugal noutros setores de atividade, incluindo na agricultura, na indústria, no imobiliário e no turismo. Parcerias empresariais são o caminho A liquidez existente na economia angolana e em muitos empresários e empresas angolanas, poderia constituir um


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› GRANDE PLANO futuro interessante para investimento em empresas portuguesas, que depois

papel no apoio ao desenvolvimento da economia angolana.

até poderiam de forma mais sólida se Angola, contribuindo dessa forma para o

Portugueses conhecem Angola como ninguém

robustecimento económico e empresa-

É a lógica do desejo dos governantes an-

rial, tanto em Portugal como em Angola?

golanos em “angolanizar” ainda mais os

Realmente as empresas portuguesas estão com dificuldade de financiamento e a sua própria capacidade financeira é presentemente bem mais limitada. Há já exemplos de boa capacidade empresarial e tecnológica em Portugal, mais, eu diria que o nosso país está capacitado para ultrapassar a crise atual, que é principalmente financeira e que limita a nossa base de expansão. De fato, o que referiu pode ser um caminho muito interessante, em que o empresário português pode procurar e conseguir um parceiro certo em Angola que poderá trazer um apport financeiro que conjugado com o know how e a capacidade tecnológica portuguesa poderão conseguir excelentes parcerias, com vantagens mútuas. Há potenciais parceiros em Angola interessados nesses entendimentos, o que poderá ocorrer em várias árias e em vários setores económicos. Aliás, o Ministro da Economia de Angola quando esteve no ano passado em Portugal lançou a ideia de levar algumas indústrias portuguesas para Angola, o que constituía um projeto que estava em curso e que nós CCIPA pretendemos ajudar a reavivar, no sentido de poder levar à transferência de algumas indústrias que já não têm grande potencial de evolução em Portugal face a um mercado estagnado ou mesmo recessivo, mas que poderão dar um forte contributo para o desenvolvimento industrial e económico de Angola. Angola tem desenvolvido de forma muito forte a chamada “economia não petrolífera”, num grau mesmo superior à componente petrolífera da economia nacional, que sabemos ser muito forte e constitui o motor económico de Angola. Mas, os responsáveis do país pretendem que a evolução dos setores não ligados ao petróleo se desenvolva ainda bastante mais, pelo que Portugal poderá desempenhar um forte

fundamentos da economia do país, pro-

internacionalizarem, inclusivamente em

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duzindo mais localmente e dependendo menos das importações.

Absolutamente. O programa de governo apresentado pelo MPLA nas eleições do ano passado (n.d.r. o MPLA venceu as eleições angolanas obtendo a maioria absoluta na Assembleia Nacional) apontava para o reforço da capacidade produtiva em Angola, visando a troca das importações pela produção no próprio país. Angola continua a importar uma grande parte do que consome, mas o potencial existente em Angola é tremendo e não se justifica que hajam tantas coisas que o país não produza e que poderá e deverá produzir internamente. A política do governo angolano está correta e a própria globalização que se assiste na economia do país não significará um fechar de portas ao exterior, antes significará desenvolver projetos em Angola. Ora, as empresas portuguesas possuem o know how e um grande conhecimento do mercado angolano, pelo que o devem aproveitar em todo os seu potencial. Somos dos mais capacitados para em parceria com os próprios angolanos desenvolver projetos em Angola.

te concentrados na zona de Luanda, ao contrário dos empresários portugueses, que fruto do seu conhecimento do país, se espalham e apostam em todas as zonas de Angola. Eu diria mesmo que posso afiançar que os empresários portugueses acreditam e apostam no futuro de Angola. Agro-indústria é muito promissora para apostar em Angola Quais são os setores da economia angolana mais promissores para os empresários portugueses?

ou já começam a espalhar-se por outras

Ao nível da agro-indústria existe um enorme potencial, tanto na produção para consumo local assim como na produção para a exportação. De igual forma, considero que o setor da logística e das redes de distribuição possuem grandes potencialidades, pois deparamos ainda com situações algo precárias nestas áreas no país. Naturalmente que o setor da construção continuará a ter uma importância e uma visibilidade enorme na economia angolana, pois continuam a registar-se fortes carências em áreas como as da habitação, equipamentos escolares e hospitalares, mesmo nas infraestruturas básicas e de natureza rodoviária, ferroviária, aeroportuária e portuária. Destacaria ainda o enorme potencial na área da formação, área a que as autoridades angolanas dão um enorme valor e importância. Constitui naturalmente uma área para um reforço substancial da presença das empresas e universidades portuguesas no país, pois o papel que poderemos desempenhar em Angola é incomparável.

partes do território angolano?

O que poderá ser feito no presente e no

Ainda existe uma grande concentração na zona de Luanda, mas em comparação com o que acontecia há alguns anos, no presente, já encontramos empresários portugueses espalhados por todo o território angolano. Um dos esforços da nossa Câmara tem sido precisamente o de aconselhar os empresários portugueses a procurarem aproveitar as potencialidades e as oportunidades de negócios e de investimento que existem em toda a Angola. Os empresários de outros países ficam praticamen-

futuro para estreitar ainda mais as re-

Os investidores portugueses ainda estão muito concentrados na zona de Luanda,

lações económicas e empresariais entre Portugal e Angola?

As nossas relações estão no bom caminho. As empresas portuguesas têm na internacionalização um caminho para o seu desenvolvimento futuro. Angola é um local de eleição, mas sublinho uma nota: uma empresa portuguesa que esteja em extremas dificuldades em Portugal, não deverá ir para Angola, apelo mesmo a que não faça esse caminho, pois vai dar-se mal!


Angola é um país para se investir a médio e longo prazo, pelo que uma empresa portuguesa que for para este país tem de possuir capacidade para suportar o embate inicial, que pode ser financeiramente forte e nada fácil de suportar. Quem apostar em Angola poderá ter excelentes resultados e bons retornos dos seus inves-

timentos, mas sempre numa perspetiva de médio e longo prazo. Quem possuir essa perspetiva e que tenha efetivamente essa capacidade de investir, então aconselhamos vivamente a apostar em Angola. Angola e Portugal estão irmanados numa ligação económica e empresarial íntima,

de benefício mútuo, mas sempre com autonomia própria. Cada um dos nossos países possui a sua independência própria e é senhora dos seus próprios destinos. Mas caminhamos de mãos dadas pelo que estabelecemos e fortalecemos todos os dias uma relação muito sólida e indestrutível. ‹

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› GRANDE PLANO António Cunha, Presidente do Grupo 7 Cunhas, um dos maiores grupos empresariais luso angolanos

«Nasci em Portugal, mas o meu coração está em Angola»

Quando em 1979 decidiu deixar Portugal rumo a Angola, o empresário António Cunha era um jovem que levava na sua bagagem uma vontade imensa de vencer na vida, de enfrentar todos os desafios que lhe permitissem concretizar os sonhos que sempre tivera e um futuro melhor para a sua Família. Há dias, a País €conómico entrevistou num hotel do Porto este Homem que há 55 anos atrás nasceu em Caíde de Rei, concelho de Lousada e que em Portugal está ligado a uma empresa de referência: as Tintas Europa, sediada em Alijó (Trás-os-Montes). Uma conversa que serviu essencialmente para melhor “descobrirmos” o empresário que em terras de Angola e através da “7 Cunhas – Construtora e Obras Públicas” muito tem ajudado a desenvolver províncias como Lunda Sul, Lunda Norte, Malange, Kwanza Norte, Moxico, Luanda e muitas outras. Em todas elas, encontramos marcas evidentes do trabalho levado a cabo por António Cunha e todo o seu staff de colaboradores, onde destacamos o seu filho Sérgio Cunha, um dos seus braços direitos em Angola. «É um orgulho poder ajudar um país que me recebeu de braços abertos, e onde há tanto por fazer. Por isso eu digo que embora tenha

Q

nascido em Portugal, o meu coração está em Angola», desabafou António Cunha. TEXTO › VALDEMAR BONACHO | FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS

uando lhe perguntámos se tinha sito por curiosidade, paixão ou espírito de aventura, que um dia deixara Portugal com destino a Angola, António Cunha serviu-se de um argumento deveras interessante. Disse que quando nasceu, «a alcofa onde a minha mãe me deitou, pelos vistos era pequena». Fez uma brevíssima pausa e prosseguiu. «Essa alcofa era o meu país, e senti que essa alcofa era Portugal, um país que era muito pequeno, muito curto, razão porque quando pude e tive autonomia para o fazer, resolvi procurar um espaço maior». António Cunha poderia ter optado naquela altura pelo Brasil, EUA ou pela África do Sul, mas escolheu Angola, que durante mais de 500 anos teve a presença dos portugueses e que viu proclamada a sua independência em 11 de Novembro de 1975,

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tendo tido por permeio uma guerra civil que durou quase quatro décadas. «Em 1979 parti para Angola e fiquei por lá », relembra o patrão do Grupo 7 Cunhas, para recordar também que uma das razões que o prenderam à ideia de ir para Angola foi saber que este era uma país com quase tudo por reconstruir. «Senti que Angola necessitava de mais-valias e que precisava de ultrapassar aquelas dificuldades. Era, pois, uma razão forte para partir e ajudar na reconstrução daquele país. A 7 Cunhas – Construtora e Obras Públicas foi constituída em 2 de Janeiro de 2002, resultado de uma parceria entre a angolana EUROPÁFRICA e o empresário António Cunha, e o seu principal lema desde sempre foi “Construir Bem e no Prazo”. Fez onze anos este ano, embora a empresa, segundo António Cunha, «ter

trabalhado antes de ser constituída legalmente». «Iniciei-me em Angola na área dos materiais de construção e foi neste negócio que funcionei durante cinco anos. Por sua vez as Obras Públicas só se iniciaram quando se começou a prever que iria haver paz. Foi então que achei por bem avançar com o projecto 7 Cunhas – Construtora e Obras Públicas, e a partir daí começou também a formar-se o Grupo 7 Cunhas, presentemente constituído por 22 empresa e que em breve terá mais uma outra, a 7 FRIO. Investidores e políticos no mesmo barco António Cunha tem a plena consciência do muito que tem feito nas províncias de Lunda Sul e Lunda Norte, Kuanza Norte, Malange, Moxico, Luanda e outras. «Feliz-


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› GRANDE PLANO mente são os próprios governantes que reconhecem isso», sublinha com orgulho, para lembrar logo de seguida que quem trabalha tem obrigatoriamente de saber relacionar-se com toda a gente. «Nós, que estamos no terreno, estamos sujeitos a contactar com todas as pessoas. Felizmente que os governantes de Angola têm o bom hábito de também saírem muito dos seus gabinetes, e a partir daí há uma confluência de interesses. Os governantes vão às províncias e nós estamos no terreno, e sendo assim é fácil haver esse contacto e haver também o reconhecimento do trabalho que vimos realizando, o que nos satisfaz imenso. Aqui em Angola existe um contacto quase permanente do investidor com o político, e esse procedimento dá-nos muito alento para prosseguirmos o trabalho que vimos realizando», justificou António Cunha. Investir em Angola é coisa séria No entender de António Cunha, a sua adaptação a Angola foi muito fácil. «Foi

uma adaptação muito fácil desde o início, e o factor linguístico contou imenso. Embora eu costume dizer uma coisa. Hoje em dia não é fácil a qualquer investidor entrar em Angola. Enquanto há uns dez anos atrás com quaisquer 100 mil dólares podiam arrancar para um determinado projeto, hoje talvez não consigam fazê-lo com menos de 800 mil a 1 milhão de dólares. E é preciso trabalhar muito para se conseguir obter o sucesso que se deseja» disse, em jeito de aviso, a alguns portugueses que querem apostar em Angola. Contribuir para ajudar as necessidades do país Era a altura de se falar na estrutura da 7 Cunhas, e António Cunha disponibilizou-se de imediato para o fazer. «Tem sido um projeto que tem tido ao longo dos anos um crescimento sustentado, e em que a componente da inovação e da modernização têm tido um peso muito significativo, pois se assim não fosse não seríamos tão competitivos como somos hoje. Fomos obrigados a ser auto-suficientes.

Combate a erosão Ravinas Cafunfo (Lunda Norte)

Aeroporto de Ravinas Cafunfo

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Então, para aquilo que não havia só víamos uma solução, criarmos as sinergias próprias que permitissem acabar com essas lacunas. O surgimento do Grupo 7 Cunhas é um pouco isso, pois soube rodear-se de empresas específicas em áreas que não existiam, ou pouco existiam em Angola. As atividades das empresas do grupo são as mais díspares, vão das tintas à recolha de resíduos, do mobiliário à saúde, das energias renováveis à pastelaria e restauração, carpintaria e materiais de construção, cinemas e casinos. Em várias cidades do interior (também na capital) uma das coisas que se nota com


muita facilidade é a existência de lixo. E ao constatarmos essa realidade, uma das primeiras coisas que fizemos foi constituir a Ponto Verde, empresa que se dedica à recolha de resíduos sólidos, uma coisa que ninguém gosta de fazer», sublinhou António Cunha, que a propósito desta decisão adiantou um exemplo. «Se tivermos a possibilidade de viajar pelo mundo e observar bons costumes, ao chegarmos a nossa casa e constatarmos que ela está suja, só teremos de copiar o que de melhor os outros fazem nesta matéria. E foi o que fizemos com a criação da Ponte Verde – Recolha de Resíduos, uma das empresas

do nosso grupo», exemplificou António Cunha que para além do trabalho profícuo que a 7 Cunhas tem vindo a desenvolver nas províncias de Lunda Sul, Lunda Norte, Moxico e outras, lembrou uma vez mais que no interior de Angola há muitas casas para construir, muitos hospitais por edificar, muitas infra-estruturas por levar a cabo », enfatizou o presidente do Grupo 7 Cunhas. Um homem que soube prever o futuro Há um ditado popular que reza que em terra de cego quem tem um olho é rei,

mas António Cunha tem uma filosofia e um modo de estar na vida que não se adaptam com rigor a este ditado popular. Isto porque o que ele fez na sua experiência com a realidade angolana foi, a partir das empresas que foi constituindo ao longo dos tempos, adaptá-las convenientemente para suprirem algumas lacunas que existiam nas várias geográficas onde a marca 7 Cunhas chegou. «Estas questões são tão primárias que não precisam de muitos estudos. O que interessa mais nestes casos é a própria experiência de vida. O que denominamos de know-how é cada mais um fator impor-

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› GRANDE PLANO tante em Angola. Nós temos tido a preocupação de importar esse conhecimento para as nossas empresas e isso na prática traduz também uma ajuda preciosa a este país», justificou António Cunha, lembrando que as empresas do grupo abrangem neste momento para cima de uma dezena de áreas de atividade distintas. «Acabámos agora de criar a “7 FRIO” destinada a abastecer com redes de frio toda a área da restauração e hotelaria. Isto possibilita

a estas empresas comprarem peixe, carne, fruta, marisco e outros alimentos em grandes qualidades, o que não acontecia até aqui por falta destes equipamentos», reconheceu António Cunha. Um bom império em termos humanos António Cunha não aceita a expressão de ser dono de um pequeno império em Angola. Prefere dizer que é detentor de um

Estádio Mangueiras (Saurimo)

grupo que necessita de muita organização e de muito trabalho. «No dia em que nós não tivermos essa noção o império a que se refere vai por água abaixo. Mas convém dizer que este não é um império que tenha muito poder e muitos ativos imobiliários. O que ele tem são muitos ativos humanos. Se falarmos em termos humanísticos, com os cerca de 1300 trabalhadores que se distribuem pelas empresas do Grupo 7 Cunhas, direi que já somos um bom im-

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pério», referiu António Cunha, para lembrar logo a seguir que a vertente social faz parte integrante dos valores defendidos pela 7 Cunhas. «Não queremos só para nós, gostamos de dividir e ser solidários», lembra o presidente do Grupo 7 Cunhas. 99,9% do nosso trabalho é com o Estado de Angola Ter no seu grupo cerca de 1300 trabalhadores que em termos sociais, obviamente,

representa uma grande responsabilidade é visto por António Cunha como «uma preocupação despreocupada». «De facto, é preciso termos essa noção, mas não estamos assim tão preocupados porque felizmente os próprios negócios do grupo geram, com naturalidade, os valores necessários para cobrirem todos os compromissos assumidos. Direi que até este momento todos os negócios do Grupo 7 Cunhas dão lucro, e que todos os departa-

mentos do grupo são autónomos e funcionam», deixou claro o nosso entrevistado cuja organização a que preside defende o lema “Construir bem e no prazo”. Abordada esta questão, António Cunha refere que este é «um lema provocatório», mas que é cumprido por todos à risca e com um pormenor importante. «A nossa empresa nunca parou nenhuma obra por falta de pagamento. Ou seja, mesmo quando o nosso cliente não pagou, nós nunca

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› GRANDE PLANO

Museu Dundo

parámos o trabalho, porque o que estava em causa era nós cumprirmos o prazo da obra. Está provado que há crises mundiais que provocam instabilidade nos mercados, mas no nosso caso a nossa empresa

Hospital Lucapa

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tem de conseguir manter este princípio. Até agora temos conseguido manter o princípio de nunca paramos uma obra, mesmo que o cliente não pague no prazo estipulado. Até porque devemos levar em

consideração que o nosso trabalho para o Estado representa 99,9% da nossa carteira, e o Estado é uma pessoa de bem e paga sempre os seus compromissos», garantiu o homem forte do Grupo 7 Cunhas, que


lamenta que em Portugal as coisas não se passem de igual modo, e reage. «O Estado português é uma empresa grande e mal gerida».

Recuperação estrada secundáris (Luangue – Cuilo)

Sempre atento a novas oportunidades Muito embora o Grupo 7 Cunhas desenvolva neste momento atividade em mais de uma dezena de áreas de negócios, para António Cunha ainda existe um vasto espaço de manobra para a sua organização crescer. «Nós somos sempre obrigados a crescer consoante as necessidades que o próprio grupo vai equacionando para dar resposta ao mercado. Como já disse anteriormente, vamos em breve criar uma empresa na área do Frio, que é uma área onde aqui existem muitas carências. Angola tem uma grande capacidade de produção, mas infelizmente não consegue ter ainda

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› GRANDE PLANO uma rede de frio à altura das necessidades, o que leva a que muitos produtos se estraguem. E a 7 Cunhas está atenta a esse fenómeno e resolveu criar uma empresa para ajudar a resolver esse problema. E já pensamos muito a sério na área da Agricultura, que em qualquer parte é importante, mas que em Angola assume um papel preponderante e de muito futuro. Nesta área há muita coisa para levar por diante, inclusivamente na agro-indústria,

e estamos atentos para avançar», resumiu o presidente da 7 Cunhas. Universo 7 Cunhas Passando um olhar pelo universo de empresas que fazem parte integrante do Grupo 7 Cunhas, reparamos que são muitas as áreas que as mesmas abraçam. Avançamos alguns exemplos. “SINAL 7” (Sistemas de Sinalização); “TINTAS EUROPÁFRICA” e “CORES DE ÁFRICA”

Edifício das repartições Saurimo

(Produção e comercialização de tintas); “SEVEN 7 BAR”; “PONTO VERDE” (Recolha de Resíduos); “CLÍNICA PRIVADA DAS LINDAS”; “LAR PARAÍSO”; “PASTELARIA BONINA”; “SUN 7 POWER (área das Energias Renováveis); “HOTEL, RESTAURANTE E CASINO SOLAR LUBOIA”; “FOP – CARPINTARIA E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”; “SOCILUNDA – SOCIEDADE DE CINEMAS DO LESTE”, e outras mais empresas. Facturar 200 milhões nos próximos quatro anos Como já foi referido nesta entrevista, a 7 Cunhas tem no Estado angolano o seu principal cliente, significando 99,9% do valor da sua faturação. «O Grupo 7 Cunhas faturou em 2011 cerca de 100 mi-

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lhões de dólares, em 2012 essa faturação subiu para os 125 milhões, e a previsão para os próximos quatro anos é duplicar este último volume de negócios, pretendemos atingir os 200 milhões de dólares, confidenciou António Cunha. A força do mercado de Angola Embora, e como ele próprio disse, o seu coração esteja em Angola, António Cunha nasceu em Portugal, tem dupla nacionalidade, e gosta de acompanhar por perto o que se passa no seu país. E quando lhe perguntamos se ele achava que as empresas portuguesas ao optarem por Angola estão a seguir o bom caminho, não hesitou na resposta. «As empresas portuguesas estão atrasadas 15 anos na sua saída para o exterior. Há quinze anos atrás falava-se muito

na internacionalização das empresas, mas isso era só papel. Hoje, sim, a necessidade obriga-as a procurarem novos mercados e Angola está a ser a âncora para muita gente. E eu aconselho Angola porque este país tem muitas coisas em comum, incluindo a própria Língua», revela António Cunha. O presidente da 7 Cunha lembra que Angola presentemente é um canteiro de obras, recheado de oportunidades. «Posso-vos dizer que o Orçamento de Estado de Angola para 2012, é um orçamento que cobre todos os investimentos, e posso adiantar também que em relação a 2011 está previsto quase a duplicação dos investimentos inscritos. Portanto, isto contraria aqueles que afirmam, sem razão, que há falta de liquidez em Angola. Em

Angola – garanto-vos – não há faltas de dinheiro. Agora há por aí muita gente que pensa que chegar a Angola é abanar a árvore e o dinheiro cai. Para que o dinheiro apareça é preciso primeiro investir, é preciso procurar os melhores caminhos. Pode demorar um ano, dois ou três, mas o importante é investir», sublinhou António Cunha, este empresário que com 28 anos de idade rumou a terras de Angola com a ambição de dar uma volta à sua vida e à vida dos seus familiares e que hoje já se sente mais angolano do que português. «É claro que não troco a minha Pátria por coisa nenhuma, mas Angola está e estará sempre no meu coração», concluiu o empresário. ‹

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› GRANDE PLANO Pedro Reis, Presidente da Aicep Portugal Global

Portugal e Angola possuem uma irmandade estratégica Angola é o quarto principal destino das exportações portuguesas, sendo o primeiro extra-União Eurpeia. É também um importante destino de investimento das empresas portuguesas no seu processo de internacionalização. Pedro Reis, presidente da Aicep Portugal Global, salienta a evolução do entrosamento entre as duas economias, a portuguesa e a angolana, com os portuguesas a aproveitarem do seu profundo conhecimento da realidade angolana e a espalharem a sua presença no desenvolvimento em todo o país. E por sua vez, regista-se cada vez mais investimentos angolanos em Portugal, o que o país bem precisa. O líder da Aicep acredita que 2013 vai aprofundar ainda mais uma relação que em muito beneficia Portugal e Angola. TEXTO › JORGE ALEGRIA | FOTOGRAFIA › ARQUIVO Como avalia a evolução ocorrida em

empresas portuguesas ganharem ainda

2012 nas relações económicas e empre-

maior espaço em Angola, num momen-

sariais entre Portugal e Angola?

to em que a concorrência internacional

O ano de 2012 testemunhou o reforço das relações económicas entre Portugal e Angola. Registou-se um aumento das exportações portuguesas para o mercado de mais de 15%; o investimento português no mercado foi, igualmente, reforçado, sobretudo através de parcerias locais, e os sectores de interesse para as empresas portuguesas foram alargados. Concomitantemente, as empresas portuguesas começaram a olhar para as 18 províncias de Angola como oportunidades distintas, deixando Luanda de ser encarada como única porta de entrada no mercado. Finalmente, também os investimentos angolanos em Portugal aumentaram, o que significou um reequilíbrio muito positivo das relações entre as duas economias.

neste país de África está mais presente

Angola constitui cada vez mais o mais

Moçambique) deverá constituir uma

relevante mercado extra-comunitário

plataforma para muitas empresas por-

para as exportações portuguesas, assim

tuguesas encararem toda a África Aus-

como representa um importante destino

tral como área importante de presença

na internacionalização das empresas

e negócios no cone sul do continente

nacionais. Como será possível para as

africano?

22 › PAÍS €CONÓMICO | Fevereiro 2013

e agressiva?

As empresas portuguesas em Angola gozam de duas vantagens por comparação às suas congéneres internacionais: têm a oportunidade de uma língua comum e um histórico de presença no mercado que facilita a sua atividade. Muitas das empresas portuguesas presentes em Angola têm capital e quadros angolanos, o que facilita sobremaneira o seu crescimento. As empresas portuguesas participam, efetivamente, no desenvolvimento transversal da economia angolana. O ano de 2013 marcará certamente o aprofundamento da presença empresarial portuguesa em Angola, quer a nível provincial, quer a nível de sectores. A presença em Angola (e também em

Angola pode funcionar como stepping-stone para todo o mercado da SADCC. Um das grandes vantagens do posicionamento angolano no contexto geoeconómico regional é que beneficiará, assim que o anunciado desmantelamento tarifário tiver lugar, de isenção de direitos aduaneiros nas exportações para a maior economia africana: África do Sul. O investimento angolano em Portugal é cada vez mais relevante. Considera existir espaço para o estabelecimento de parcerias entre empresas angolanas e portuguesas, tanto para atuar no mercado português como no angolano?

As parcerias entre empresas angolanas e portuguesas são uma consequência natural do grau de interdependência das duas economias e um fator-chave de uma estratégia comum. Testemunham a vitalidade de uma relação saudável, que procura sempre a maior vantagem para ambas as economias. Os últimos anos têm testemunhado a importância que portugueses e angolanos


atribuem às relações económicas que os unem. O ganho de um é, sempre, o ganho do outro. Não é por acaso que os angolanos elegem Portugal como a porta da Europa; não é por acaso que Angola é o maior mercado para a economia portuguesa fora da União Europeia.

Como perspetiva este ano de 2013 para as relações luso angolanas?

Espera-se que o ano de 2013 seja mais um ano de confirmação e consolidação da essencialidade da relação estratégica e profunda entre os dois Estados e as duas economias. Esperam-se mais empresas

portuguesas a apostar em Angola, a gerar postos de trabalho e riqueza nesta grande potência da África Austral, a par de África do Sul; mais investimento em Portugal; e, numa palavra ainda, mais entrosamento entre duas nações sintonizadas numa irmandade estratégica. ‹

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› GRANDE PLANO António Abrantes, Diretor da Nova Angola Business School

Referência no ensino da gestão em Angola Em Março de 2010 surgiu a Nova Angola Business School (Nova ABS) por iniciativa da Nova Business School and Economics de Lisboa. António Abrantes é o Diretor da Nova ABS e em entrevista à País €conómico salienta que a missão da Instituição que dirige em Luanda é a de proporcionar uma formação de nível mundial aos executivos Angolanos. A resposta destes tem sido excelente, assegura o responsável da escola em Angola, que sublinha a importância da criação do centro de investigação NOVAFRICA, pois acredita que será necessário «desenvolver um corpo de conhecimento sólido sobre gestão e economia em África». TEXTO › JORGE ALEGRIA

Quando surgiu a Nova em Angola?

A Nova em Angola surgiu em Março de 2010 com a Nova Angola Business School (Nova ABS). Quais são os objetivos e a missão da Escola em Angola?

Existem várias razões por trás da opção estratégica da Nova SBE de investir em Angola com a criação da Nova ABS. A primeira é uma razão histórica e cultural partilhada em três continentes há mais de cinco séculos. Em seguida, vem a ambição internacional da Nova SBE que não se coaduna com a dimensão do mercado doméstico Português. E finalmente a necessidade de sustentar o processo de internacionalização e crescimento na diferenciação em áreas específicas do conhecimento em gestão e economia. Nesta medida, a Nova SBE para se diferenciar precisava das suas próprias bandeiras específicas, únicas e dificilmente imitáveis. O mundo dos países de língua Portuguesa foi uma escolha óbvia para a expansão da escola e a sua diferenciação. A Nova SBE pretende, assim, posicionar-se como um centro de conhecimento em gestão e economia na África Lusófona ao serviço de toda a comunidade científica, académica e empresarial mundial. Esta estratégia exigiu um compromisso sólido numa visão de longo prazo da presença da

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| FOTOGRAFIA › Cedidas pela Nova ABS

escola em África. Surge assim a Nova ABS e o centro de investigação NOVAFRICA. A Nova Angola Business School tem como missão proporcionar formação de classe mundial, colaborar com a comunidade empresarial em prol do desenvolvimento de Angola, e aprofundar relacionamentos institucionais entre empresas e instituições Portuguesas e Angolanas reforçando o triângulo estratégico do Atlântico Sul. Nesse sentido, a Nova ABS tem como objetivo desenvolver Programas de Formação com impacto real para as empresas e executivos angolanos.

lidade, reunindo uma equipa de docentes conceituados internacionalmente; e na Relevância, partindo das empresas – dos seus desafios e necessidades – para as soluções de formação. Desta forma os programas dão respostas concretas às preocupações das empresas e dos executivos. É pelo reconhecimento deste trabalho que as empresas e executivos Angolanos têm aderido ao nosso projeto tendo mesmo algumas empresas integrado a Nova ABS no seu processo de desenvolvimento de competências internas dos seus quadros de maior potencial. A Escola desempenha algum papel na

Executivos Angolanos têm aderido à Nova ABS

colocação dos gestores nas empresas

Formar executivos angolanos nos mais

que lhes tem sido proporcionado pela

Neste momento a atividade da Nova ABS está centrada na formação de executivos pelo que tem trabalhado apenas com quadros de empresas ou com empreendedores. Assim, não desempenhamos qualquer papel na colocação de gestores.

Nova ABS?

Para além de angolanos possuem estu-

A resposta das empresas e executivos Angolanos ao trabalho desenvolvido pela Nova ABS tem sido bastante positivo. De facto, a Nova ABS tem sustentado a sua atuação em três pilares fundamentais: A Inovação possibilitando o acesso às mais recentes evoluções científicas nas disciplinas da Economia e da Gestão; A Qua-

dantes de outras nacionalidades?

elevados patamares de gestão, constitui certamente um desafio formidável e aliciante. Como têm correspondido os gestores angolanos ao nível formativo

angolanas?

A maioria dos participantes nos programas da Nova ABS são Angolanos. O segundo mais representativo é de Portugueses expatriados em Angola. E a respeito de professores, de que nacionalidades são provenientes? As aulas são em que língua?


As aulas são em Português e a maioria dos professores pertencem ao quadro de professores da Nova School of Business and Economics de Lisboa. No entanto também temos alguns professores locais quer expatriados Portugueses ou Brasileiros, quer Angolanos. Como avalia o papel global da Nova ABS na preparação de executivos para responderem aos desafios da modernização e desenvolvimento das empresas e

da economia angolana?

A Nova ABS pretende ser uma escola de referência em Angola na criação e desenvolvimento de talento empresarial. Mas este talento tem de ser criado e desenvolvido de forma relevante para a realidade empresarial Africana e Angolana em particular. Para que esta relevância seja real, o papel da investigação é fundamental. O que se sabe hoje sobre gestão e economia é verdade essencialmente para a Europa e

os Estados Unidos. É fundamental desenvolver um corpo de conhecimento sólido sobre gestão e economia em África. Para tal a Nova SBE criou o Centro de Investigação NOVAFRICA cuja missão é precisamente produzir conhecimento relevante para a realidade Africana. Assim, de forma complementar, o NOVAFRICA e a Nova ABS pretendem contribuir para o desenvolvimento das empresas e da economia Angolana de uma forma relevante e útil. ‹

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› GRANDE PLANO Agostinho Moreira, Presidente da Jetclass, uma das marcas de mobiliário de luxo produzido em Portugal, aposta em parcerias com Cristiano Ronaldo e Fátima Lopes

Estamos nas melhores cidades do Mundo Ainda não foi inaugurada, mas a nova fábrica da Jetclass já está em plena laboração. Quando a País €conómico visitou a nova unidade industrial, localizada em Sobrado, concelho de Valongo, em meados de Janeiro, ainda se vislumbrava a azáfama para colocar o mais luxuoso mobiliário produzido na empresa no showroom que ocupa toda a parte fronteira da nova unidade fabril. Agostinho Moreira, presidente da Jetclass, é o cicerone do jornalista e mostra todo o orgulho pessoal e da equipa que o acompanha na mudança pra a nova fábrica. «Passámos de oito para o oitenta, ou seja, estamos agora devidamente equipados para aprimorar ainda mais o mobiliário que já produzíamos, assim como já dispomos de um showroom onde poderemos mostrar o que melhor produzimos e consequentemente receber todos os que nos queiram visitar, pois serão muito bem-vindos. Por estes dias vamos receber uma importante delegação angolana, aliás, na sequência de mobiliário que temos exportado para Angola, incluindo para o palácio presidencial deste país. Mas, o podermos estar nas principais capitais mundiais é muito importante para a Jetclass e para marca», sublinha Agostinho Moreira. Realmente

C

Jetclass rima com alta qualidade e classe pura no mobiliário internacional. TEXTO › JORGE ALEGRIA | FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS

onstituía uma aspiração antiga de Agostinho Moreira. Dispor de uma nova unidade industrial onde pudesse afirmar todo o potencial da marca que criou e que hoje já “dá cartas” em muitos dos mais sofisticados mercados internacionais, embora sem descurar o mercado nacional, estando a desenvolver alianças estratégicas com algumas das principais figuras portuguesas, igualmente com grande destaque mundial, como são indiscutivelmente Cristiano Ronaldo e Fátima Lopes, além da parceria já estabelecida com o Benfica, onde a Jetclass irá mobilar a zona do camarote VIP do Estádio da Luz, conferindo dessa forma um brilho e uma categoria que presentemente ainda está relativamente arredado da zona mais nobre do recinto benfiquista. Voltando à nova fábrica de Sobrado, concelho de Valongo, ultrapassadas algumas dificuldades de ordem burocrática, final-

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DR


biliário, tem todas as condições para ter um grande sucesso no mercado angolano», sublinha o administrador da Jetclass. O mercado angolano é uma das maiores prioridades no continente africano, mas Agostinho Moreira não deixa de sublinhar a presença do mobiliário da empresa igualmente nos mercados nigeriano, moçambicano e argelino. «Temos esperança de que a curto prazo poderemos reforçar a nossa presença nestes mercados, assim como alargar essa presença da Jetclass a outros países do continente». No entanto, a presença do mobiliário da Jetclass já se estende a quase todos os continentes, sendo de referir a presença nas mais importantes cidades europeias. Londres, Paris, Madrid, Amesterdão, Moscovo, Kiev, Varsóvia ou Berlim já conhecem os móveis “By Jetclass”. Mas também os ricos emirados do Golfo Pérsico já adquiriram algum mobiliário da empresa portuguesa. «Cidades como Abu Dabhi, Dubai, ou nos países vizinhos do Qatar, Omã, Arábia Saudita e Bahrain, já dispõem de mobiliário Jetclass, tendo sido muito importante a nossa presença em feiras de mobiliário de top realizadas no Dubai, que é uma cidade magnífica e que constitui um ponto de referência para toda a região do Golfo», aponta Agostinho Moreira.

mente a nova estrutura ficou pronta para receber a quase meia centena de colaboradores da Jetclass, que agora dispõem de amplas e modernas condições para projetarem, produzirem e comercializarem o seu mobiliário de luxo que ali produzem, onde conseguem aliar a arte de conciliar em cada peça o mobiliário tradicional com um conceito moderno, saindo um móvel de alta qualidade, moderno, funcional e sobretudo com imenso glamour. Um autêntico luxo que já decora muitas residências, palácios, hotéis e outros lugares em várias partes do mundo.

Agostinho Moreira refere que a nova fábrica possui cinco mil metros quadrados e custou cerca de 3,5 milhões de euros. É com evidente orgulho que nos aponta para a área do showroom, ainda a ser devidamente ornamentado para receber por esses dias uma importante delegação angolana «que vem para constatar a alta qualidade do que produzimos e estamos muito esperançados que se possam seguir encomendas do nosso mobiliário, que já está aliás presente no palácio presidencial em Luanda, pois aquilo que aqui produzimos, pelo bom gosto e luxo do nosso mo-

Jetclass quer apostar no mercado brasileiro No entanto, no radar da empresa também já está o continente americano. Com uma presença já conquistada em Nova Iorque, Miami e na Cidade do México, o objetivo da Jetclass é atingir outras partes do sul do continente americano, com grande realce para o Brasil. O mobiliário da empresa estará presente num importante feira a realizar em São Paulo no decorrer do presente ano, mas a País €conómico sabe que a Jetclass está a desenvolver contatos significativas para poder ter uma presença mais significativa no mercado brasileiro de mobiliário de luxo. Os próximos tempos poderão ditar algumas novidades… Todavia, a Jetclass está a desenvolver um conjunto de parcerias estratégicas com al-

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› GRANDE PLANO

gumas figuras e marcas portuguesas que possam ajudar a catapultar ainda mais uma empresa que ainda recentemente foi uma vez mais escolhida como vencedora dos prémios Mobis, os galardões máximos do mobiliário produzido em Portugal. “Fátima Lopes by Jetclass” e “CR7 by Jetclass” Uma das parcerias mais importantes foi concretizada com a conhecida estilista Fátima Lopes, famosa pela sua participação em mais de vinte edições oficiais da Moda Paris. Segundo Agostinho Moreira, «a Fátima Lopes vai desenhar algumas peças de mobiliário que nós produziremos e vamos depois apresentar essas peças ao mercado. Provavelmente, embora ainda não tenhamos a certeza de que isso será possível, talvez tenhamos hipóteses de

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apresentar os primeiros móveis da marca “Fátima Lopes by Jetclass” na próxima feira de Milão, que decorrerá na segunda quinzena de Abril. Seria muito importante que isso possa acontecer, pois é talvez a mais importante feira mundial do setor do mobiliário, logo é o melhor momento para mostrarmos o resultado desta parceria. Mas ainda não é certo que possamos estar com esse mobiliário em Milão. Se não estivermos, estarmos certamente depois noutros lugares importantes do Mundo», enfatiza Agostinho Moreira. A amizade com Cristiano Ronaldo e com a sua família já vem de há vários anos. Recorde-se que o berço onde dorme Cristiano Ronaldo Júnior, filho do craque português, foi desenhado e construído pela Jetclass. Móveis construídos pela Jetclass

também decoraram algumas lojas das irmãs do futebolista do Real Madrid. Agora, esse relacionamento vai ser reforçado e a Jetclass e Cristiano Ronaldo acordaram uma parceria que será proximamente anunciada em Madrid e que se materializará na marca “CR7 by Jetclass”. Segundo o responsável da empresa portuguesa, «construiremos 7 peças de mobiliário, cada uma com 20 unidades, numeradas de um a vinte, e assinadas pelo próprio Cristiano Ronaldo. Além de que entregaremos aos seus compradores um certificado de autenticidade, assinado também pelo Cristiano. Estamos certos que vamos estabelecer uma grande e frutuosa parceria entre dois grandes nomes mundiais, Cristiano Ronaldo e a Jetclass», finaliza Agostinho Moreira. ‹


África

› LUSOFONIA

Quadros da Sonangol visitaram ZILS Um conjunto de quadros da Sonangol Investimentos Industriais (SIIND), empresa do Grupo Sonangol, o gigante petrolífero angolano, visitou no final do passado mês de Novembro a ZILS de Sines, infraestrutura gerida pela Aicep Global Parques. O objetivo da visita dos quados da SIIND visou conhecerem as estruturas físicas e os serviços prestados pela entidade gestora aos clientes instalados desde a fase de negociação, à instalação e acompanhamento diário na fase pós instalação. A Sonangol Investimentos Industriais está a trabalhar na dinamização da indústria em Angola tendo previsto até ao final de 2016 a instalação de cerca de 70 fábricas na zona de Luanda. A SIIND será a primeira gestora e acionista das unidades industriais e assumirá em primeira instância, a coordenação de todos os projetos infraestruturais, de suporte às unidades industriais, o apoio ao fornecimento de matérias-primas, usando tecnologia industrial moderna, para a produção de produtos essenciais com qualidade

e quantidades suficientes para cobrir parte das necessidades do mercado nacional e regional. ‹

MDS aposta em Angola A corretora de seguros MDS, detida pelo grupo Sonae, começou agora no início de 2013 no mercado angolano. Segundo José Dias da Fonseca, presidente da MDS, «a ambição da MDS em Angola, um mercado de elevado potencial, é sermos líderes, à semelhança, aliás, do que já acontece no Brasil, onde, em apenas dez anos, alcançámos a quarta maior posição naquele mercado». O presidente da seguradora portuguesa destacou ainda no ano passado que «a minha expetativa é que a MDS Angola (uma parceira igualitária entre a MDS SGPS e a angolana ISEM) possa estar a operar em pleno no início de 2013». Na fase de arranque, a MDS Angola possui 10 trabalhadores, na sua maioria angolanos. A nova seguradora a operar no mercado angolano pretende ser um “broker de referência no mercado local, à semelhança do que acontece em Portugal e no Brasil”. ‹

Rating de Angola melhora A classificação de risco atribuída pela OCDE a Angola melhorou um nível para rating 5, o que reflete o esforço de desenvolvimento económico, a estabilidade política do país e a forma atempada como Angola está a cumprir as suas responsabilidades relativamente aos financiamentos internacionais. A melhoria da classificação do risco-país de Angola para o Grupo 5 implica a diminuição das taxas mínimas de prémio aplicadas de acordo com a tabela da OCDE, no âmbito dos créditos à exportação com apoio oficial, que no caso português, é executado através da Cosec. Recorde-se que no âmbito da Convenção Portugal-Angola foi estabelecido um montante de 1.000 milhões de euros e que tem presentemente uma utilização de 80%. Esta convenção engloba a vertente de projetos de grande dimensão com prazos de crédito superiores a 2 anos, designadamente na área da construção e obras públicas. ‹

Fundo Soberano de Angola O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) lançado recentemente anunciou as suas principais metas para os anos de 3013 e 2014. Entre estas estão a elaboração e publicação de diversos instrumentos de base legal, nomeadamente a publicação da política de investimentos da FSDEA aprovado pelo governo angolano. Armando Manuel, presidente do Conselho de Administração do Fundo Soberano de Angola, sublinhou que «numa demonstração do nosso empenho na total transparência e responsabilidade perante o povo angolano, o FSDEA tem o prazer de confirmar um calendário de metas de divulgação de referência. Adoptamos uma abordagem sólida quanto às comunicações e à adesão a princípios de governação institucional internacionalmente aceites». O FSDEA é totalmente detido pelo Estado angolano e irá gradualmente diversificar a sua carteiras de investimentos, através de um conjunto de indústrias e de classes de ativos de acordo com a sua política e diretrizes de investimento. ‹

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› NOTÍCIAS

Subindo na Pirâmide

Flávio Dino O Presidente da Embratur – Instituto Brasileiro de Turismo apresentou o projeto “Vivências Brasileiras”, que contemplará todos os estados brasileiros e que tem como objetivo promover o destino do país no âmbito da realização da Copa do Mundo em 2014, evento que decorrerá em 12 cidades do Brasil. ‹

Vista Alegre faz parceria internacional com a Christian Lacroix Luís Cardoso É o novo Senior Vice-President da Liberty Mutual Group para a área de Sinistros e Serviço na Europa. O português terá agora as responsabilidades do planeamento estratégico e supervisão de operações de sinistros no continente europeu do gigante de seguros norte-americano. Já tinha estado na Polónia, Brasil e Colômbia. ‹

Joaquim Braga É o novo Diretor Comercial & Marketing da GEFCO Portugal, ficando a fazer parte do comité de Direcção e será responsável por assegurar o desenvolvimento e a gestão do departamento comercial e de marketing a nível nacional. A GEFCO é um dos maiores operadores logísticos a nível mundial e em Portugal possui uma importante quota de mercado no setor. ‹

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Duas grandes marcas juntas A portuguesa Vista Alegre e a francesa Christian Lacoix decidiram unir-se numa parceria global para criar quatro coleções de mesa e de peças decorativas, conjuntos que foram apresentados na recente feira Maison & Objet, que decorreu em Paris. “Butterfly Parade”, “Picassiete”, “Sol y Sombra” e “Fórum”, constituem as coleções exclusivas com as quais a Vista Alegre e a Christian Lacroix, apresentam nesta parceria internacional. As coleções foram desenvolvidas por ambas as marcas, os produtos unem o know how e qualidade da Vista Alegre à elegância e estética reconhecida da casa Christian Lacroix no mundo da moda. Desta união, resultou uma mistura sumptuosa de cores e padrões, riscas e motivos gráficos, flores e motivos barrocos, replicados em peças irreverentes, únicas e contemporâneas. Do ponto de vista da empresa portuguesa, esta parceria internacional reforça o seu posicionamento a nível mundial, entrando em novos mercados e alargando a sua rede de pontos de venda internacionais. O contrato agora assinado com a Christian Lacroix tem uma duração de cinco anos e define como mercados prioritários a Europa, os EUA, Rússia, Índia, China, Dubai, Angola e Moçambique. Segundo Nicolas Topiol, CEO da Casa Christian Lacroix, «sempre me pareceu o passo natural lançarmos a nossa própria coleção e ao know how da Vista Alegre permitiu-nos espelhar em porcelana o universo criativo da Christian Lacroix». Por sua vez, Nuno Barra, esta parceria «é um feito muito importante para a Vista Alegre, e que nos dá muita força para expandir esta marca centenária cem por cento portuguesa para os mercados e locais mais prestigiados do mundo, juntando duas marcas de prestígio internacional para o desenvolvimento de produtos de mesa e decorativos de luxo, que agregarão o know how da porcelana e cristal da VA e o design e arrojo criativo da Christian Lacroix». ‹


› A ABRIR

VÍTOR GASPAR O Ministro de Estado e das Finanças foi o arquiteto do retorno aos mercados pela parte do Estado Português, e o sucesso da operação de empréstimo de 2.500 milhões de euros se deve em grande medida ao conhecimento e à credibilidade do ministro português perante o sistema financeiro internacional. ‹

Galp Energia concretizou investimento de 1,4 mil milhões de euros nas refinarias de Sines e de Matosinhos

Portugal passa de importador a exportador de gasóleo A Galp Energia finalizou os projetos de investimento de modernização das suas refinarias de Sines e de Matosinhos, um investimento global na ordem dos 1,4 mil milhões de euros, e que permitirá à empresa reforçar significativamente a produção de gasóleo, tornando assim não apenas o país auto-suficiente neste produto derivado do petróleo, como alavancará inclusivamente as exportações deste produto, tanto mais que o mercado europeu é deficitário na produção de gasóleo. Considerado o maior projeto industrial alguma vez realizado em Portugal – a reconversão das refinarias de Sines e de Matosinhos – o projeto da Galp Energia permitiu iniciar uma nova era na unidade de negócio de refinação da petrolífera portuguesa. A empresa dispõe agora de um aparelho refinador mais complexo, mais eficiente e mais flexível. O hydrocraker, com capacidade de processamento diário de 43 mil barris de gasóleo de vácuo pesado, encontra-se atualmente a operar em condições processuais normais, tendo já atingido um nível de produção comercial com uma carga superior a 60%. A concretização deste projeto de conversão permite à Galp Energia o aumento da complexidade do seu aparelho refinado, tendo o índice de complexidade “Nelson” – é o índice de complexidade de uma refinaria que mede a sua capacidade de processar petróleo bruto e outras matérias-primas - passado de 9,4 para 10,7 na refinaria de Matosinhos e de 6,3 para 7,7 na refinaria de Sines. Com este investimento, a Galp Energia possibilita ao país passar de um importador de gasóleo para a situação de exportador deste combustível, permitindo ainda à empresa liderada por Américo Amorim atingir um patamar de cerca de quatro mil milhões de euros de exportações em 2013, reforçando dessa forma a liderança nacional no que respeita às empresas portuguesas exportadoras. ‹

AMÉRICO AMORIM O Presidente da Galp Energia teve mais um mês de grande performance ao concluir um dos maiores projetos industriais em Portugal, o da reestruturação das refinarias de Sines e de Matosinhos, o que permitirá à empresa portuguesa exportar gasóleo e aumentar as exportações para cerca de quatro mil milhões de euros. ‹

JAQUES WAGNER O Governador da Bahia passou por Portugal (vindo da China) em Janeiro e por aqui se reuniu com empresários portugueses onde sublinhou uma vez mais não apenas as grandes oportunidades de investimento mas o firme apoio do governo estadual às empresas portuguesas que quiserem apostar naquele estado do nordeste brasileiro. ‹

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› GRANDE ENTREVISTA Joaquim Santos, Administrador da BOMPISO (Centro Especialista de Mobilidade Automóvel)

«Sinto-me orgulhoso por ter levado por diante este projeto» A criação da Bompiso, que hoje é considerado um dos mais modernos e bem equipados centros especialistas em Mobilidade Automóvel da Península Ibérica ficou a dever-se a um grande sonho do empresário Joaquim Santos, um homem de grande fibra que apesar da crise que se instalou em Portugal e na Europa, não teve receio de levar por diante este investimento avaliado em 2,8 milhões de euros, a funcionar há dois meses, e que veio valorizar substancialmente a economia de Ermesinde, freguesia do concelho de Valongo, onde está instalado.

C

TEXTO › VALDEMAR BONACHO

omo se sente um empresário que se lança num empreendimento como este? Joaquim Santos talvez não esperasse esta pergunta do jornalista da País €conómico, mas após uma pausa de brevíssimos segundo arranja a resposta que lhe pareceu mais adequada. «Acima de tudo sinto-me orgulhoso por ter conseguido levar por diante esta minha ideia, que começou a evoluir dentro de mim deste 2008», diz com firmeza este homem nascido há 59 anos na freguesia de Loma, situada na margem esquerda do Rio Douro, considerada por muitos o paraíso de Gondomar. Embora hoje a Bompiso concentre todos os elos da sua atividade nas instalações recentemente inauguradas em Ermesinde, que abrangem uma área de 5 mil metros quadrados nos seus dois pisos, ela foi oficialmente constituída há 18 anos atrás em Vila Nova de Gaia. A partir daí dar-se-ia início a um processo de crescimento sustentável imparável, que teve como pontos altos, a mudança em 2001 para a Zona Industrial de Santa Rita, em Ermesinde, e a internacionalização da Bompiso em 2008, particularmente para Angola. «O crescimento que vínhamos tendo no mercado nacional, e as exportações para Angola,

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| FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS

ditaram sobremaneira a nossa decisão de construirmos em Ermesinde estas novas instalações, este Centro Especialista de Mobilidade Automóvel», justificou Joaquim Santos. Um projeto de muita coragem Dizer desde já que esta nova estrutura da Bompiso só se começou a concretizar quando Joaquim Santos decidiu, em 2010, adquirir o terreno onde ela foi construída. É uma estrutura toda concebida para servir com altíssima qualidade os seus milhares de clientes. Estamos a falar de instalações espaçosas e moderníssimas, com uma decoração cuidada onde tudo foi projetado ao pormenor. E em termos de oferta, a Bompiso oferece aos seus clientes uma gama alargada de Serviços que vão desde a venda de pneus das mais diversas e conceituadas marcas mundiais, às áreas de equilibragem de rodas, alinhamento de direções, enchimento de nitrogénio, mecânica rápida, lavagem e higienização, peças e acessórios, e um serviço SOS Pneus 24 horas, especialmente destinado aos condutores de pesados que circulam nas nossas estradas e que dele necessitem. E não se pode dizer que 2013 esteja a correr mal para a Bompiso. Foi o próprio Joaquim

Santos que nos revelaria que no primeiro mês deste ano mais de 250 novos clientes deram preferência aos serviços da Bompiso, e este facto mereceu deste empresário uma reação de regozijo. «As preferências que tivemos destes nos clientes provam de certo modo que os serviços que pomos à sua disposição são de excelente qualidade e vão ao encontro das suas necessidades. E prova também que estamos no bom caminho», refere com satisfação Joaquim Santos, que nos lembrou um pormenor muito importante e que se prende por o facto de este empreendimento ter sido inaugurado em plana crise. Filho mais novo de oito irmãos, Joaquim Santos viveu até aos 14 anos na freguesia de Lomba (concelho de Gondomar) e ali estudou até à 4ª Classe e Telescola, e com aquela idade já trabalhava num armazém de ferro em Matosinhos, onde depois aproveitou para estudar na Escola Industrial e Comercial. Aos 17 anos surgiu-lhe a oportunidade de trabalhar como apontador na Conduril, empresa de construção civil e obras públicas onde até hoje permanece, estando desde há alguns anos a desempenhar o cargo de responsável técnico e administrativo do setor de Equipamentos. «Trabalho na


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› GRANDE ENTREVISTA convidado para ocuparmos uma parte da área onde esta construtora está instalada em Benguela, e esse gesto tem de ser por nós reconhecido. Queremos com o tempo ampliar a nossa presença em Angola, um mercado em grande crescimento que tem constituído para nós uma verdadeira oportunidade», salientou Joaquim Santos.

Conduril há 41 anos, hoje tenho 59 anos, e não está na minha mente reformar-me tão cedo. Gosto daquilo que faço naquela empresa, sei que o meu contributo ainda é importante, e isso enche-me de ânimo para prosseguir, ajudando também a Conduril a conseguir atingir os seus objetivos», enfatizou o nosso entrevistado, que não se esqueceria (mais adiante nesta entrevista) de evidenciar a preciosa ajuda que esta empresa lhe proporcionou em termos logísticos aquando da instalação da Bompiso com Angola. Angola determinante para a Bompiso A Bompiso instalou-se definitivamente e oficialmente em Angola em 2012, mais concretamente em Benguela, através da empresa Offipeças, que funciona num

espaço onde está instalada a Conduril/Angola, e Joaquim Santos aproveita o ensejo para falar à P€ sobre o modo como se tem desenvolvido este processo de internacionalização. «Exportamos para Angola componentes para máquinas e viaturas (sobresselentes, lubrificantes e pneus de todas as marcas, particularmente as marcas prémio: Michelin, Continental, Good Year e outras), e a nossa previsão de faturação para 2013 em Angola está estimada em 5 milhões de euros, contra os 1,5 milhões que a empresa faturou naquele país em 2012. Angola é um mercado muito promissor, que eu pessoalmente visito-o várias vezes ao ano e conto muito com ele para o crescimento sustentável da Bompiso. A nossa decisão de irmos para aquele país foi muito facilitada pelo facto da Conduril nos ter

Prémio no Totobola não lhe deu volta à cabeça Em 1993 o fundador da Bompiso foi bafejado com a sorte. Acertou os 13 resultados num dos sorteios do “Totobola” e recebeu um prémio de cerca de 8 mil contos, quantia que naquela altura era muito dinheiro. «Foi na verdade um acontecimento importante na minha vida, mas hoje até lhe digo que não jogo nem no Totobola nem em coisa nenhuma», lembra Joaquim Santos que fez questão de dizer que muita gente no seu lugar tinha aproveitado aquele prémio para fazer umas viagens, comprar um bom carro, utilizá-lo em iniciativas de lazer. «Mas a minha ideia desde logo foi guardar o dinheiro e esperar a melhor altura para o investir, pois de outra maneira essa verba já tinha sido gasta sem grande utilidade. Surgiu uma oportunidade e comecei a investir no ramo automóvel», esclareceu Joaquim Santos um homem que faz questão de enaltecer o contributo prestado por todas as pessoas por ele escolhidas para participarem no engrandecimento da Bompiso. «Sem elas não seríamos a empresa que já somos hoje. E aqui quero também deixar expressa a minha alegria por ter neste grupo de colaboradores as minhas duas filhas: Andreia Santos e Vanessa Santos, minhas assistentes directas», destacou este empresário nortenho. Alma de desportista Embora goste muito de futebol, tendo até praticado a modalidade no Leixões, Joaquim Santos faz questão de afirmar que a modalidade desportiva que mais admira é o automobilismo em todas as suas vertentes. «Fui puxado por um amigo para esta modalidade e hoje posso afirmar sem hesitação que sou um amante fervoroso de rallycross. Embora não me considere

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um profissional nesta matéria, não escondo a paixão que tenho por esta modalidade onde já fiz alguns investimentos em viaturas, e neste momento faço parte da Divisão 1 do Campeonato Nacional, onde já constam no meu curriculum alguns prémios. Uma coisa é certa, quando entro em qualquer corrida é para ganhar, embora esse meu empenhamento já me tenha valido alguns sustos, embora sem gravidade», revela Joaquim Santos. Como já foi dito nesta entrevista, o patrão da Bompiso vê no mercado de Angola uma oportunidade para a sua empresa continuar a expandir-se. «Além do mais, os bons resultados que possamos vir a ter na nossa experiência com Angola poderão de certo contribuir para contrabalançar alguma quebra nos negócios em Portugal, proveniência da crise em que o país está

mergulhado. Como sou um homem que acredita que o trabalho e a determinação tudo vencem, também estou convicto que a situação em Portugal irá ter melhores dias, embora reconheça que os momentos atuais têm sido muito difíceis para a maioria dos portugueses», reconheceu Joaquim Santos, administrador da Bompiso. Bompiso – uma empresa com valores A Bompiso tem vindo ao longo da sua vida a assinalar um crescimento sustentável, e com este Centro Especialista em Mobilidade Automóvel é previsível que a esta empresa continue a registar índices de faturação ascendentes. «Em 2012 a nossa faturação em Portugal deverá andar à volta dos 6 a 6,5 milhões de euros, e em Angola essa faturação

atingiu os 1,5 milhões. Para 2013 e apesar da crise as previsões para os negócios da Bompiso em Portugal continuam a ser de crescimento, e em Angola as estimativas apontam para um volume de negócios sempre a rondar os 5 milhões, o que traduzirá um crescimento de mais de duzentos por cento em relação a 2012», revelou Joaquim Santos, que nesta entrevista anunciou também que a Bompiso já trabalha na certificação da ISO 9001:2000 no âmbito da Qualidade, uma ferramenta que este empresário considera fundamental para o desenvolvimento dos negócios da Bompiso, uma empresa que se norteia por valores como o Compromisso, Profissionalismo, Humanismo, Responsabilidade, Transparência e Honestidade. «Esta é a única maneira que sabemos estar na vida», concluiria Joaquim Santos. ‹

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› LUSOFONIA › Brasil

Exportações recorde para o Brasil As exportações portuguesas para o Brasil atingiram um nível recorde em 2012 com um volume total de vendas na ordem dos 999 milhões de dólares, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O valor global atingido em 2012 representou um acréscimo em termos anuais de 19,5% face ao ano de 2011 quando tinha ficado nos 835 milhões de dólares. Aliás, o próprio mês de Dezembro ajudou a atingir aquela cifra ao registar um volume de exportações de 101,2 milhões de dólares, praticamente mais 10% face ao valor alcançado no mês anterior. Apesar desta subida das exportações portuguesas para o mercado brasileiro, ainda assim Portugal continuou a registar um défice comercial com o Brasil, visto que este país exportou para Portugal 1,62 mil milhões de dólares, ou seja, atingiu um défice de 625 milhões de dólares. Os produtos mais exportados por Portugal para o Brasil foram o azeite (cerca de 19%), seguido do bacalhau (7,7%), combustíveis (7,2%), peras e vinhos (ambos com mais de 3%). ‹

Glintt chegou a São Paulo A tecnológica portuguesa Glintt abriu uma subsidiária brasileira na cidade de São Paulo, dando assim mais um passo no seu processo de internacionalização. A Glintt Brasil será a “sociedade através da qual a Glintt irá promover o desenvolvimento dos eu negócio no Brasil, dando cumprimento à anunciada estratégia de reforçar a aposta na internacionalização nesta geografia”, anunciou a empresa em comunicado. A Glintt definiu a América Latina, a par da Europa e de África, como uma das geografias prioritárias no seu processo de internacionalização, onde no caso do Brasil, a estratégia passa pela oferta de soluções já testadas em Portugal, tanto na área empresarial como no setor da saúde. De referir que já em Setembro passado, a tecnológica portuguesa tinha anunciado um acordo de parceria com a empresa Inspirit para a distribuição do software MAC no mercado brasileiro. ‹

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Unidas comprou a Best Fleet A Unidas, empresa brasileira do universo da portuguesa SAG, assinou um contrato para a aquisição da totalidade do capital da Best Fleet, uma empresa também brasileira da área do “renting” automóvel. A Unidas deverá despender 69,4 milhões de euros para concretizar a operação. A Best Fleet, segundo um comunicado emitido pela SAG, “é uma sociedade brasileira que desenvolve atividades de renting e gestão de frotas para clientes corporativos, com bases nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba e a prestação de serviços a clientes em todo o território brasileiro”. Ainda segundo empresa, “com esta aquisição, a Unidas passa a ter uma presença mais forte no segmento dos veículos executivos”.

Sotecnisol entra no Brasil A empresa Sotecnisol, ligada ao setor da construção, iniciou a sua entrada no mercado brasileiro, em parceria com a também portuguesa Sitel, assim como com um grupo de Recife (estado de Pernambuco), segundo relevou José Luís Castro, presidente da empresa ao Diário Económico. Segundo o responsável da Sotecnisol, «no Brasil, estamos a iniciar a nossa entrada no mercado com um parceiro de cá, a Sitel, uma empresa de construções metalomecânicas que opera nas áreas de ambiente, águas, nas ETAR e nas centrais de triagem», acrescentando também que «estamos a negociar a entrada no Brasil com parceiros locais. Queremos agregar valor que nos permitam entrar em mercados da dimensão do Brasil». Ainda segundo o diário português, a Sotecnisol tem no Brasil um outro negócio, que envolve a impermeabilização dos túneis do metro de São Paulo, para o qual foi convidada na qualidade de subempreiteira. ‹


Fortaleza investe para acolher turistas A cidade de Fortaleza, capital do estado brasileiro do Ceará, está a realizar um vasto conjunto de investimentos para capacitar a cidade a receber os milhares de turistas que chegarão para acompanhar as partidas da Copa das Confederações, em Junho deste ano, e a Copa do Mundo, em Junho do próximo ano. A capital cearense foi a primeira cidade brasileira a entregar o primeiro estádio onde se disputará partidas de ambas as competições. Só a Arena Castelão representou um investimento de 188,8 milhões de euros, estando em curso ou ainda previstas mais oito grandes obras na cidade e que representarão um conjunto de investimentos na ordem dos 574,9 milhões de euros. Quanto aos oito empreendimentos referidos, destaque para as obras de ampliação do terminal de passageiros do aeroporto internacional de Fortaleza, com um investimento de 127,4 milhões de euros e que possibilitará aumentar a atual capacidade de movimento de 6,2 milhões de passageiros por ano para 8,6 milhões no futuro. Outra obra marcante será a construção do novo cais do porto do Mucuripe, no valor de 54,2 milhões de euros permitindo o aumento de atracagem de cruzeiros no porto da cidade de Fortaleza. ‹

Grupo JJR reforça em Moçambique Presente em Moçambique desde 2010, a JJR Moçambique, participada do Grupo JJR, com sede em Leiria, viu recentemente ser concedido um financiamento de um milhão de euros pela SOFID – Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento, no âmbito de um projeto de investimento global de seis milhões de dólares e que assenta na aquisição de equipamentos industriais, de transporte e outra maquinaria ligeira necessários ao apetrechamento de um estaleiro local de apoio e ao desenvolvimento da atividade da empresa. O financiamento de um milhão de euros pela SOFID foi atribuído à empresa mãe do Grupo em Portugal, para a realização de suprimentos na sua participada moçambicana, perfazendo 25% do investimento total. O projeto da JJR Moçambique perspetiva a criação de mais de 100 postos de trabalho diretos, recorrendo a oito trabalhadores portugueses deslocados e apostará na formação e na transferência de competências técnicas para quadros moçambicanos. A estratégia da JJR Moçambique aposta no segmento das obras de pequena e média dimensão, associadas à manutenção, conservação e beneficiação de rodovias e outras atividades complementares. ‹

Portos do Ceará crescem O balanço da movimentação em 2012 dos portos do estado brasileiro do Ceará apresentou-se como bastante positivo, segundo os dados apontados pela Companhia Docas do Ceará. O Porto do Mucuripe, localizado em Fortaleza, movimentou no ano passado um total de 4,5 milhões de toneladas, um acréscimo de 6,57% face ao ano anterior. Já o Porto do Pecém, apesar de registar uma quebra no capítulo das exportações, ainda assim apresentou um desempenho global positivo em 2012 com um movimento de 4,15 milhões de toneladas, um valor superior em 22% face ao registado em 2011. De referir que o Porto do Pecém é o primeiro porto brasileiro no capítulo da exportação de frutas. ‹

Aníbal Cristina ganha obra em Moçambique O Grupo Aníbal Cristina (AOC) venceu o concurso para a construção da nova delegação do Banco de Moçambique em Nampula, obra avaliada em 13 milhões de euros. Para além da aposta em Moçambique, o grupo com sede em Pousos, Leiria, abriu uma sucursal em França e está a realizar obras em Israel e na Suécia. Em 2012, os mercados externos já representaram cerca de 60% dos 21 milhões de euros registados na globalidade da faturação do grupo. ‹

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› LUSOFONIA › Brasil João Eça Pinheiro, Diretor Geral do Tivoli Eco-Resort Praia do Forte, hotel que é um símbolo do turismo de lazer na Bahia e no Brasil

A Bahia é um grande destino turístico no Brasil Construído há 27 anos, o Hotel Tivoli Eco-Resort Praia do Forte é um dos principais ícones do turismo de lazer no estado da Bahia e do próprio Brasil. Desde há vários anos que foi adquirido pela rede portuguesa Tivoli tendo então procedido a um processo de modernização mas sempre respeitando e inserindo-se na tradição local. João Eça Pinheiro é o Diretor Geral do empreendimento e sublinha que o hotel continua «a constituir uma marca muito forte da Bahia e do Brasil, tendo sido considerado o “Melhor Hotel para Famílias da América Latina”. As famílias sentem-se muito bem no nosso empreendimento que oferece um extremo conforto mas igualmente uma magnífica sensação de tranquilidade mesmo que a unidade esteja lotada, pois a nossa área é muito grande», sublinha João Eça Pinheiro, que menciona também o sucesso de vendas do vizinho Tivoli Eco-Residence e sublinha que o grupo Tivoli poderá eventualmente estar aberto no futuro a ponderar a gestão de unidades hoteleiras no Brasil, «embora não

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exista neste momento nenhum processo em análise», finaliza. TEXTO › JORGE ALEGRIA | FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS E CEDIDAS PELO TIVOLI ECO-RESORT

Hotel Tivoli Eco-Resort Praia do Forte, localizado junto à vila da Praia do Forte, no litoral norte do estado brasileiro da Bahia, é um dos maiores símbolos da indústria hoteleira da Bahia e do Brasil. Construído há 27 anos em plena zona de Mata Atlântica e defronte para o mar, a unidade seria muito depois adquirida pela cadeia hoteleira portuguesa Tivoli, pertencente ao Grupo Espírito Santo. João Eça Pinheiro, Diretor Geral do Tivoli Eco-Resort, e também responsável pelo novo empreendimento Tivoli Eco-Residence, um empreendimento construído numa área que pertencia ao próprio Tivoli Eco-Resort, e onde o grupo desenvolveu um projeto residencial inovador, de grande qualidade e com forte sentido de sustentabilidade ambiental. «Posso adiantar-lhe que o Tivoli Eco-Residence, projetado por arquitetos de referência no Brasil, já possui 70% das 42 unidades comercializadas, onde os seus proprietários ou os seus convidados poderão usufruir

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de todas as infraestruturas e serviços do próprio Tivoli Eco-Resort. Os proprietários que adquiriram unidades residenciais do Eco-Residence são quase na totalidade brasileiros», enfatiza João Pinheiro. No entanto, nesta entrevista realizada no Hotel Tivoli, em Lisboa, o responsável do seu congénere do outro lado do Atlântico faz os seus olhos brilharem quando se refere ao Tivoli Eco-Resort Praia do Forte. Lembra que «fazer hotelaria no Brasil não é a mesma coisa que fazer hotelaria fora do Brasil, mas penso que interpretámos bem a cultura local e procurámos com propriedade evoluir na continuidade, acrescentando um know how próprio do grupo Tivoli, onde tentámos introduzir um padrão de serviço mais internacional, sem nunca, repito, nunca perder a sua identidade e a sua cultura. Os clientes procuram-nos justamente porque o nosso hotel possui uma identidade e uma cultura próprias», enfatizou João Eça Pinheiro. O diretor do hotel da cadeia Tivoli na Bahia (a outra unidade brasileira do grupo

localiza-se na cidade de São Paulo) lembra que há algum tempo a ocupação do hotel dividia-se equitativamente entre estrangeiros e brasileiros, mas a crise económica internacional teve o condão de diminuir a afluência de estrangeiros e reforçar a quota de brasileiros que presentemente se situa em torno dos 75%, com predominância para os turistas vindo do sudeste e sul do país. Quanto aos estrangeiros que demandam o Tivoli na Praia do Forte são sobretudo alemães, portugueses, italianos, espanhóis e norte-americanos. Segmento de eventos também é muito importante Continuando a ter no segmento de lazer uma das componentes mais significativas da afluência ao espaço de um hotel que se integra numa perfeita harmonia com a natureza e onde o cliente poderá desfrutar de vários espaços de enorme qualidade sempre com atendimento personalizado e de grande atenção, além do seu acesso fácil à praia atlântica adjacente, ainda assim,


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› LUSOFONIA › Brasil

o Tivoli Eco-Resort tem assumido nos últimos anos um protagonismo crescente na área dos eventos e do segmento corporate. Segundo João Eça Pinheiro, neste último ano de 2012, «grandes empresas, associações e instituições nacionais escolheram o Tivoli Eco-Resort Praia do Forte para realizarem os seus eventos anuais. Posso adiantar-lhe entidades que durante um determinado período reservaram todo o hotel para a realização das suas conferências, nomeadamente o IBF – Instituto Brasileiro de Finanças, a Adema que é a associação de construtores da Bahia, ou a Natura, empresa brasileira conhecida internacionalmente na área da cosmética. Por outro lado, gostaria de acrescentar o evento realizado no nosso hotel pela Faculdade de Medicina da universidade norte-americana de Harvard. E posso adiantar-lhe que todas estas entidades já nos confirmaram a repetição este ano de eventos semelhantes aos realizados no ano passado, o que configura o grande grau de satisfação manifestado com os serviços e todas as estruturas disponibilizadas pelo nosso hotel, que nesta matéria poderá disponibilizar no máximo uma sala para acolher 450 pessoas, embora também possa acolher um número

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significativo de reuniões mais pequenas. Espaços e estruturas são o que não nos faltam», remata João Pinheiro. Entre a Mata Atlântica e o Oceano É de referir que a compatibilização dos segmentos de lazer e de eventos é perfeitamente possível no hotel que o jornalista da País €conómico teve a oportunidade de visitar em Outubro passado aquando da nossa passagem pela Bahia. O principal responsável do hotel de bandeira portuguesa da Bahia, sublinha que a unidade permite essa compatibilização, «visto que possuímos uma área muito grande, multifacetada, permitindo conviver perfeitamente aqueles que estão no hotel por lazer e aqueles que estão para participar em algum evento ou conferência. Gostaria de sublinhar que o Hotel Tivoli Eco-Resort, que possui 287 quartos, foi considerado o melhor hotel para famílias de toda a América Latina, sendo um perfeito sucesso o nosso clube de crianças, o que permite uma grande tranquilidade e uma perfeita confiança para todos os pais que estão no nosso hotel. Esse é um grande diferencial que distingue e sublinha a excelência do nosso hotel na Bahia», referiu João Pinheiro.

No entanto, os responsáveis do Tivoli Praia do Forte sabem que qualquer unidade hoteleira precisa de renovar-se e de evoluir. Desde 2007 que o hotel empreendeu um processo de renovação da unidade, tendo realizado essa modernização por fases. Segundo João Eça Pinheiro, esse processo continua em curso estando prevista o término dessa renovação até ao final do presente ano. O futuro é risonho para a unidade baiana, acredita o Diretor Geral que sublinha que o Brasil possui um inegável potencial turística, «ainda pouco conhecido internacionalmente, mas com a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, para já não falar da própria Copa das Confederações que se realiza em Junho deste ano no Brasil, incluindo aqui em Salvador da Bahia, poderá dar um impulso muito forte ao turismo no Brasil, trazendo muitos estrangeiros ao país, e nós Tivoli na Praia do Forte queremos estar, como sempre estivemos, completamente capacitados para participarmos nesse processo de acolhimento de todos aqueles que quererão conhecer melhor o Brasil e o seu grande potencial turístico. Venham à Bahia e conheçam o nosso hotel», foi a mensagem final de João Eça Pinheiro. ‹


› EMPRESAROARIADO

Siemens apoia “Engenharia made in Portugal” A Siemens, SA, a Siemens PLM e a Caflow, assinaram com o Estado português um protocolo de entendimento “Engenharia made in Portugal”, que possui como objetivo estratégico o de garantir a competitividade nacional, estreitando a colaboração entre o mundo académico e empresarial. No âmbito desta parceria, iniciou-se um programa que visa dotar as principais instituições académicas das áreas da engenharia e do design em Portugal com uma das mais inovadoras soluções CAD do mercado, o Solid Edge, disponibilizando gratuitamente licenças de software, no valor equivalente até 400 milhões de euros a universidades, institutos politécnicos e escolas profissionais, assim como hardware de automação e a formação dos docentes para a utilização dos programas e equipamentos. Este é um programa piloto que está a decorrer apenas em Portugal e o seu sucesso fará com que seja replicado noutros países europeus. O projeto “Engenharia made in Portugal” concretizou-se através do protocolo assinado na presença dos ministros da Educação e da Ciência, e da Economia e do Emprego, tendo Carlos Melo Ribeiro, CEO da Siemens Portugal, sublinhado na ocasião que a empresa alemã pretende colaborar com o país para colmatar a falta de engenheiros no mundo e acredita que o investimento na engenharia portuguesa é crucial na preparação do país. Para Mike Brown, Diretor para as Relações Académicas da Siemens LPM,

«com este protocolo, estamos a ajudar a criar uma nova geração de estudantes portugueses quês e licenciarão com as competências, a experiência e a confiança necessárias para utilizar o Solid Edge, o mais avançado software industrial para engenharia e desenho tecnológico». ‹

Corticeira Amorim inova no metro de Varsóvia

Derovo investe nas sobremesas

As 35 novas carruagens do metro de Varsóvia vão dispor de um novo piso de cortiça, que pesará cerca de 30% a menos do que os pisos das carruagens de metro tradicionais. A nova aplicação desenvolvida pela Amorim Cork Composities, equipará assim as carruagens de nova geração desenvolvida pela Siemens – um veículo com seis carruagens pesará manos 18 toneladas – o que terá igualmente um impacto na redução do consumo energético. Segundo um comunicado da Corticeira Amorim, o piso AluCORK em cortiça «é leve, durável e de elevada performance técnica». Por outro lado, acrescentou a empresa liderada por António Rios Amorim, uma das metas que o veículo possa ser reciclado quase na totalidade após uma vida útil de 40 anos. A maior corticeira mundial, com sede em Mozelos, no concelho de Santa Maria da Feira, referiu ainda que o facto de a “cortiça ser um material sustentável e reciclável” foi muito importante para a selecção e incorporação desta tecnologia desenvolvida pela Corticeira Amorim. De referir que a Corticeira Amorim já tinha estado envolvida em dois projetos na área da automação, um com a CaetanoBUS, do grupo Salvador Caetano, e um outro designado “Eco Train”, num consórcio com a Alstom para aplicação de novos componentes de cortiça para comboios de muita alta velocidade. ‹

A empresa portuguesa Derovo e a espanhola Postres Reina realizaram um novo investimento industrial na zona de Pombal, com a construção de uma fábrica para a produção de sobremesas, onde foram investidos 11 milhões de euros e criados 43 postos de trabalho. A unidade fabril foi inaugurada pelos ministros Paulo Portas (Negócios Estrangeiros) e Assunção Cristas (Agricultura), mas o projeto teve o seu início em 2009, tendo já resultado num volume de negócios de 15 milhões de euros resultantes da produção de cerca de onze mil toneladas de sobremesas fabricas, essencialmente a partir de matérias-primas nacionais, e cuja produção final é sobretudo virada para a exportação. O grupo Derovo resultou de um agrupamento de produtores de ovos nacionais e é o atual líder na produção de derivados de ovos, nomeadamente ovo líquido pasteurizado, ovo cozido, ovo em pó e em spray. ‹

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› EMPRESARIADO José Carlos Rodrigues, presidente do Grupo JJR não tem dúvidas

«Queremos ter uma posição forte em Portugal e Moçambique» O Grupo JJR com sede na Quinta da Sardinha, Santa Catarina da Serra que em 2013 assinala 40 anos de vida, é um dos principais especialistas em Portugal na área da Construção, Manutenção e Conservação de Vias e está decidido a consolidar a sua frente de negócios no nosso país e em Moçambique, através da JJR Moçambique, tornarse um parceiro de excelência na construção, beneficiação e conservação de rodovias. Entrevistado pela País €conómico, José Carlos Rodrigues, presidente do Grupo JJR diz-se satisfeito com o comportamento do mercado nacional, embora não esconda que o setor está a passar por uma crise aguda. «O setor da construção e obras públicas nunca mais atingirá em Portugal a pujança de outros tempos. Por isso, as empresas como a nossa têm de saber diferenciar as suas apostas, e o mercado externo será uma delas. Até agora os resultados da nossa presença em Moçambique têm sido muito positivos, e os negócios em Portugal também estão a correr com alguma normalidade. Mas por agora queremos ficar por estas duas frentes: Portugal e Moçambique, e não pensamos em novos mercados», revelou José Carlos Rodrigues que anunciou que em 2012 as empresas do Grupo JJR registaram um volume de negócios próximo dos 55 milhões de euros.

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TEXTO › VALDEMAR BONACHO

á muito que o Grupo JJR é referenciado como um dos mais respeitados especialistas na área da Construção, Manutenção e Conservação de Vias, e este contributo é muito da responsabilidade da JJR – Construções, SA, a empresa-mãe que há 40 anos pelas mãos de José Jesus Rodrigues (pai do nosso entrevistado) nasceria para através dos tempos envolver à sua volta um naipe de outras empresas que deram origem à constituição do Grupo JJR, que hoje agrega também a Bripealtos (que se dedica à exploração, britagem e comercialização de agregados); PlenaVia (Sinalização e Segurança Rodoviária); Lusasfal (que se dedica ao fabrico e comercialização de emulsões asfálticas e betumes modificados); JJR Moçambique (que neste país da África Austral se dedica à construção,

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| FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS E CEDIDAS PELO GRUPO JJR

beneficiação e conservação de rodovias); e a Bela Vista (Residência Sénior), a mais recente empresa do Grupo JJR, localizada em Pinheiro, Ourém. Moçambique é um mercado com potencialidades Curiosamente, abriríamos esta entrevista com o presidente do Grupo JJR com o processo de internacionalização com Moçambique. A propósito da opção feita por este país do Índico, José Carlos Rodrigues não poderia ter sido mais frontal. «Entre 2006/2007 tivemos uma experiência de negócios com Angola que ficou muito aquém das nossas expectativas e, perante este cenário, as nossas atenções começaram a voltar-se para Moçambique, um mercado que começara a ser por nós observado há uns anos atrás e que viria a

ser a nossa grande escolha em termos de internacionalização, revelou José Carlos Rodrigues, que a este propósito teceria algumas considerações oportunas. «Moçambique tem no seu Governo bons gestores que têm sabido com a sua conduta fazer com este país tenha hoje uma grande credibilidade internacional. A nossa decisão a favor deste mercado teve muito a ver com as condições e o potencial natural que o país mostrava ter. Na altura já falava-se muito das primeiras jazidas de carvão em Moatize, do gás natural lá em cima em Cabo Delgado, e pensámos que Moçambique seria o destino ideal para o Grupo JJR iniciar a sua internacionalização através da JJR Moçambique, empresa que foi oficialmente constituída a 20 de Setembro de 2010. Para além disso é um país com bons portos, casos de Maputo,


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› EMPRESARIADO

Beira, Quelimane, Nacala e outros, que são fatores de interesse a levar em conta», lembrou o presidente do Grupo JJR, para

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sublinhar também que a Língua Portuguesa foi um outro fator que pesou bastante nesta decisão.

SOFID apoia Grupo JJR É evidente que a internacionalização de qualquer empresa é um processo que não é nada fácil e que incorre em apoios financeiros e outros, sem os quais é quase impossível lá chegar. No caso concreto do Grupo JJR, José Carlos Rodrigues não esconde a importância do apoio que lhe foi prestado pela SOFID no montante de 1 milhão de euros, numa perspetiva de poder aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mercado moçambicano. O projeto apresentado à SOFID pelo Grupo JJR, no montante global de cerca de 6 milhões de USD, assenta na aquisição de equipamentos industriais, de transporte e outra maquinaria ligeira necessários ao apetrechamento de um estaleiro local de apoio e ao desenvolvimento da atividade da empresa. Segundo o presidente do Grupo JJR «este financiamento de 1 milhão de euros que


foi concedido à empresa mãe do nosso grupo pela SOFID foi uma ajuda preciosa, que veio fortalecer a parceria que com ela mantemos», reconheceu José Carlos Rodrigues, um empresário que há 46 anos nasceu na Quinta da Sardinha, freguesia de Santa Catarina da Serra, a escassos 3 quilómetros de Fátima, que reforçando ainda mais a confiança que o Grupo JJR deposita no mercado moçambicano, lembrou que a sua empresa se tem diferenciado em Moçambique pela sua flexibilidade e capacidade de realizar obras de média dimensão. Bons resultados também em Moçambique Em 2012 a JJR Moçambique atingiu um volume de negócios a rondar os 14 milhões de euros e tudo leva a crer que em 2013 essa faturação ande à volta dos 20 milhões. «Estamos a falar em números já

muito animadores para uma empresa que está ainda há pouco tempo no mercado moçambicano, mas para podermos crescer mais temos de fazer obras para que as pessoas acreditem em nós. Efectivamente, neste momento já sentimos que essas pessoas têm confiança em nós, que somos reconhecidos pelo nosso know-how, e que o portfólio de obras por nós realizadas em Portugal também pesa muito nesta apreciação e para esta confiança. Mas não podemos viver à sobra destes bons resultados. Temos, sim, de continuar trabalhar afincadamente todos os dias para que os resultados continuem a ser os que desejamos, e deste modo podermos contribuir também para o desenvolvimento dos países onde estamos presentes», reconheceu o presidente do Grupo JJR. Aquando do início do projeto da JJR Moçambique, este perspetivava a criação de mais de 100 postos de trabalho diretos,

recorrendo a 8 trabalhadores portugueses deslocados e apostando na formação e na transparência de competências técnicas para quadros moçambicanos. Desta forma, prevê-se a implementação de padrões de exigência internacional em termos de responsabilidade social e ambiente. «Em termos de formadores inicialmente eram oito, mas agora estaremos a falar entre 16 a 20 formadores. E no que respeita ao número global de trabalhadores moçambicanos e portugueses já traduzem cerca de 150 postos de trabalho diretos», precisou José Carlos Rodrigues, que aproveitaria para confidenciar aos jornalistas da P€ que neste momento a JJR Moçambique já tem contratadas para 2013 obras num montante próximo dos 20 milhões de euros. «Este cenário traz-nos alguma tranquilidade em termos de futuro, mas temos a consciência de que poderemos ir muito mais além, já que estamo-nos a

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› EMPRESARIADO

referir a um país onde há muito trabalho a realizar nas áreas onde somos especialistas», sublinhou o presidente do Grupo JJR. Bela Vista – Residencial Sénior já é um sucesso Cada uma das empresas que faz parte do Grupo JJR exerce uma atividade que se interliga com a sua matriz natural. A construção, manutenção e conservação de rodovias, são áreas que fazem parte do seu ADN, e até o projeto mais recente – a Bela Vista Residencial Sénior -, não foge à regra, já que como nos disse o próprio presidente do Grupo JJR, «a componente social esteve sempre bem presente nas preocupações da nossa empresa». Mas no que é que consiste este projeto?! A Bela Vista Residencial Sénior é uma instituição que disponibiliza aos seus residentes um conjunto de serviços que pretendem ser uma mais-valia para cada

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residente proporcionando-lhe um maior conforto e um bem-estar absoluto. Dispõe de Serviço Médico com Enfermagem, Psicólogo, Fisioterapia; Serviço Social que oferece Animação Cultural e Ocupacional, Hidroginástica e Ginástica; Tratamento de Roupa, Refeições e Capela; e Espaços de Lazer que incluem Biblioteca, Internet, Bar, Jardins, Mini-Zoo, Horta, Espaços Verdes e Passeios Programados ao Exterior. A Bela Vista é uma residencial sénior de alta qualidade que se integra no verde da paisagem de Pinheiro, Ourém, e que se integra numa área de atividade que o próprio presidente do Grupo JJR classifica de muito futuro. «Estamos a pensar estender esta atividade a outras zonas do país, nomeadamente a Lisboa e ao Porto», garantiu. José Carlos Rodrigues, que no conjunto das empresas que integram o Grupo JJR emprega cerca de 300 pessoas, tem mais três irmãos. «Somos quatro ao todo, dois homens e duas mulheres, mas neste mo-

mento no Grupo trabalho eu, uma irmã minha e o meu irmão mais velho que está presentemente a residir em Moçambique e é o responsável pela JJR Moçambique. Uma outra irmã que de início colaborou connosco, saiu para seguir um outro projeto, mas que como é evidente também torce para que o Grupo JJR seja cada vez mais forte», disse. Cuidar da conservação de 7000 Kms de estradas No entender de José Carlos Rodrigues a JJR em Portugal tem uma focalização muito forte na Conservação de Vias, área onde há 20 anos temos vindo a desenvolver um trabalho de grande qualidade. «Temos neste momento cerca de 7000 quilómetros de EN que se distribuem pelos distritos de Leiria, Évora, Portalegre e Beja, e cuja conservação está a nosso cargo. Este facto é importante porque nos garante um certo conforto em termos de trabalho,

e por outro lado revelas a confiança que os nossos clientes continuam a depositar em nós», destacou o presidente do Grupo JJR. Esta entrevista estava a chegar ao fim, mas ainda com tempo para ouvirmos da boca de José Carlos Rodrigues a sua satisfação por constatar que mesmo em tempos de crise a sua empresa tem sabido manter um espírito sereno e de confiança, muito contribuindo para esta realidade o grande empenhamento de todos que dão o seu contributo diário às empresas do Grupo JJR. Neste momento – soubemos ainda – o Grupo JJR tem em mãos duas obras de grande envergadura: a construção do troço entre Magude e Moatize, em Moçambique, e a Central de Valorização de Resíduos Domésticos para a Resitejo, orçada em 16 milhões de euros. «São obras nas quais onde também queremos deixar bem vincada a marca JJR», deixou claro p nosso entrevistado. ‹

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› EMPRESARIADO

Pedro Merlini, Diretor-Geral da Aurobindo Pharma Portugal

«Somos claramente prejudicados pela não aplicação da lei» 48 › PAÍS €CONÓMICO | Fevereiro 2013


Em entrevista concedida à País €conómico, Pedro Merlini, diretor-geral da Aurobindo Pharma Portugal, que representa no nosso país uma das maiores produtoras de medicamentos genéricos da Índia, estando a operar em Portugal ainda não há dois anos, está preocupado com o facto da Portaria 137-A de 11 de Maio de 2012, que estabelece as regras de prescrição e as condições de dispensa de medicamentos não estar a ser aplicada. E reage. «A lei existe, está publicada, só que não é executada. E isso prejudicanos imenso. Nós estamos perante uma situação gravíssima, porque ao ser permitido que se viole a lei, o Estado está a fazer com que as pequenas empresas que normalmente são as que têm os preços mais económicos, desapareçam de vez do mercado. Essa situação (como nãopodia deixar de ser) preocupa-nos sobremaneira». Em relação à experiência da Aurobindo com o mercado português, Pedro Merlini reconheceu que a atual conjuntura não é muito benéfica às empresas (como a sua) que estão a entrar no mercado e muito menos a empresas que têm uma política de baixo preço.

Q

TEXTO › VALDEMAR BONACHO

uando em Julho de 2011 começou a operar no mercado português, a Aurobindo Pharma Portugal quis dar a imagem de ser uma mais-valia. Além de disponibilizar pro-

| FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS

dutos a preços económicos, a empresa procurou desde logo diferenciar-se na informação a prestar aos profissionais da saúde, partilhando com eles um portal de informação elaborado pela empresa JRS

Pharmarketing, que cruza dados de saúde de várias fontes oficiais. Referindo-se ao modo como tem sido a vivência da Aurobindo no mercado farmacêutico português, Pedro Merlini

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› EMPRESARIADO classificou-a de ambivalente. «Isto porque a Aurobindo está a conseguir o seu espaço, está a conseguir criar uma imagem diferenciada, fruto também da estratégia comercial que definiu», referiu o diretor-geral desta empresa, lembrando que a atual conjuntura não tem facilitado este objetivo, porque têm havido sucessivas alterações legislativas. «E mais grave do que isso é a instabilidade dentro do setor, que nos impede de fazer uma previsão clara do tipo de estratégia e do tipo de conjuntura que iremos apresentar nos próximos anos», disse Pedro Merlini que a propósito desta questão deixou bem sublinhado que assim é impossível fazer previsões a médio e longo prazo. «E simultaneamente esta legislação (Portaria 137-A, de 11 de Maio de 2012) foi publicada mas não foi implementada na prática. Aquilo que acontece é que de acordo com a legislação, os produtos mais económicos do mercado deviam ser os produtos privilegiados e dispensados, só que o que está a acontecer não é isso. E não é isso porque as farmácias ou os distribuidores em geral também estão a passar pormaus momentos», enfatizou Pedro Merlini, diretor-geral da Aurobindo Pharma Portugal, que aproveitaria o ensejo para chamar a atenção da P€ para um outro aspeto importante. «Há inúmeras farmácias com problemas de crédito e que não conseguem fazer face às despesas que têm. Perante uma situação como esta e numa tentativa de defender o seu negócio, essas farmácias optam naturalmente por vender aqueles produtos que lhe dão maior margem. As farmácias têm uma margem fixa de 20 por cento sobre o preço do produto e, sendo assim, quanto mais caro for o produto que vende, maior será a sua rentabilidade», alertou Pedro Merlini. Lei que retira competitividade à Aurobindo O diretor-geral da Aurobindo disse por outro lado que aquilo que parecia mais natural e que eram os produtos mais económicos serem os mais procurados, isso não tem acontecido. «Há uma baixa contínua,

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mas ainda estamos a falar de diferenças abissais em termos de preço», recordou Pedro Merlini. que ainda a este propósito acrescentaria. «As pessoas têm a noção que os produtos de marca são muito caros e que os genéricos são mais baratos. Este é o conceito generalizado. Mas mesmo dentro dos genéricos há diferenças abissais de preço. As pessoas não estão abertas para aceitar esta realidade e normalmente confiam naquilo que lhes é proposto», garantiu Pedro Merlini. Então o que é que a Aurobindo devia fazer para inverter esta situação?! Pedro Merlini não hesitou uma vez mais na resposta. «Sendo a Aurobindo uma empresa conhecida pela sua veia inovadora, pela diversidade e qualidade dos seus produtos, com uma prestação de serviços diferenciada e personalizada junto dos seus parceiros, está a ser altamente penalizada pela não aplicação da lei. A lei existe, está publicada, só que não é executada. Estamos a falar concretamente na Portaria 137-A, de 11 de Maio de 2012 em que claramente é dito que deve ser dispensado um dos cinco genéricos mais baratos do mercado, e que as farmácias são obrigadas a ter três dos cinco genéricos mais baratos. Isto é o que está inscrito na lei, é claríssimo como a água, mas não é cumprido. Esta é uma lei que entrou em vigor há mais de um ano (desde Junho de 2012) e é incompreensível que se continue a permitir esta sistemática substituição ilegal com produtos mais caros. Como a Aurobindo é uma empresa farmacêutica que devido à sua políticaapresenta preços económicos, isto na prática é uma desvantagem competitiva. Nós vamos manter-nos com os produtos mais económicos do mercado, agora que esta é uma estratégia que neste momento se está a revelar desastrosa, isso é um facto», defendeu Pedro Merlini, diretor-geral da Aurobindo Pharma Portugal, que só quer que esta lei seja rigorosamente cumprida. Em risco a presença das farmacêuticas de baixo preço Pedro Merlini disse também que tudo isto está a ter consequências tremendas. «Nós

estamos a falar de várias empresas que estão em risco de desaparecer, estamos a falar de utentes normalmente reformados, pessoas idosas de baixo poder de compra que estão a ser fortemente penalizadas porque estão a levar para casa medicamentos mais caros. Temos situações lamentáveis de pessoas idosas de baixos rendimentos que não têm dinheiro para adquirir medicamentos. Têm à disposição medicamentos de baixo preço e que não os utilizam porque não lhes são dispensados. Esta é uma situação muito grave que não podia estar a acontecer, que está a ser altamente penalizadora e que poderá até por em risco a continuidade da Aurobindo em Portugal, comentou Pedro Merlini, para dizer em seguida que não é só a presença da Aurobindo em Portugal que está em risco. «Está em risco a presença de todas as empresas farmacêuticas de baixo preço». Empresa “inimiga“ do papel Escalpelizada esta questão, Pedro Merlini apresentou a estratégia da Aurobindo Pharma Portugal. «A nossa estratégia é baseada em três pilares fundamentais: produtos de baixo preço, tecnologia e proteção ambiental. Estes são os três pilares que sustentam a nossa estratégia. Porque é que é assim? Essencialmente porque produzimos para milhares de outras empresas em mais de 150 países,temos uma parceria privilegiada com duas das maiores multinacionais à escala mundial, e asseguramos a produção dessas multinacionais para o mundo inteiro: a Pfizer e a Astrazeneca. Os produtos fora de patente dessas duas empresas são produzidos pela Aurobindo, uma das maiores produtoras de genéricos da Índia, que tem uma grande imagem de suporte no mercado internacional e que tem mostrado um respeito muito grande pela questão da tecnologia e pela questão ambiental. Em Portugal tivemos de ser coerentes com esta estratégia, de tal forma que toda a nossa estrutura utiliza um sistema eletrónico de interface com os nossos clientes. Tudo aqui é processado em formato digital, o papel não é utilizado na nossa estrutura. ‹


› PORTOS

Porto de Sines melhora resultados

Lisnave manteve nível de atividade em 2012 Num ano de contração económica mundial, a Lisnave conseguiu reparar nos estaleiros da Mitrena, próximo de Setúbal, exatamente o mesmo número de navios que tinha reparado no ano de 2011, ou seja, 101 navios., oriundos de 60 clientes de 23 países. Entre os países que mais enviaram navios para reparação na Lisnave, destacaram-se Singapura, com 22 navios, a Grécia com 15, Chipre com 10, Japão com 9, Dinamarca com 7, Alemanha com 5, seguindo-se depois a Espanha, Estados Unidos e Noruega, todos com quatro navios. De referir ainda que entre os navios reparados merecem saliência os 66 petroleiros, os 12 graneleiros e os 10 porta-contentores. Por outro lado, verifica-se que a Lisnave é cada vez mais procurada para reparações importantes nos seus estaleiros, tendo no passado dia 10 de Janeiro sido efetuada a descarga no porto de Setúbal de cinco blocos de aço que se destinam à modificação de um bolbo (parte saliente da proa). Estas peças destinam-se ao navio “Maersk Brownsville”, que se encontra em reparação no estaleiro da Lisnave e futuramente passará a designar-se “Seago Piraeus”. ‹

Estaleiros do Mondego reativados O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, assinou um despacho que vai permitir a reativação dos estaleiros navais do Mondego e a reintegração dos ex-trabalhadores. O despacho do ministro vai possibilitar à empresa Atlantic Ship Building um investimento de 18 milhões de euros na reativação dos estaleiros do Mondego, tendo Álvaro Santos Pereira sublinhado que se «trata de um projeto de interesse estratégico para o país e para a economia da região centro», além de que permitirá a contratação de 134 postos de trabalho diretos e de 230 indiretos até ao final do presente ano. A empresa que agora terá a responsabilidade da gestão dos estaleiros do Mondego espera alcançar no espaço de 10 anos um volume de negócios na ordem dos 66 milhões de euros. ‹

O Porto de Sines fechou o ano de 2012 com um novo máximo histórico de movimentação de mercadorias, alcançando um total de 28,6 milhões de toneladas, o que representou um crescimento homólogo de 11%, puxado sobretudo pelos crescimentos parciais dos segmentos de granéis sólidos, carga geral e granéis líquidos. Para atingir este recorde de movimentação de mercadorias destacaram-se o Terminal Multipurpose (crescimento de 34%), o Terminal de Contentores XXI (23%) e o Terminal de Granéis Líquidos (7%). É de referir que os movimentos de carga atingiram um aumento de 18% enquanto os de descarga apenas subiram 8%. O top 10 dos destinos de exportação originados do Porto de Sines foram, respetivamente, os Estados Unidos da América, China, Brasil, Gibraltar, Reino Unido, França, Holanda, Bélgica, Espanha e Marrocos. ‹

Porto de Leixões é primeiro nos contentores O Porto de Leixões foi o primeiro porto português em 2012 na movimentação de contentores, tendo atingido a cifra de 633 mil TEUS, um crescimento de 19% face ao período homólogo de 2011. Este crescimento nos contentores foi decisivo para o aumento de 1,5% no total da carga movimentada no principal porto do norte de Portugal, tendo registado um movimento anual de 16,6 milhões de toneladas. Neste número inseriu-se o amplo movimento relacionado com a exportação de mercadorias, que atingiu um crescimento de 23% face ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais mercados de destino das exportações oriundas do Porto de Leixões, estiveram Marrocos, Angola, Argélia e Reino Unido. ‹

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› ECONOMIA IBÉRICA

EDITORIAL S

No número anterior estivemos a ver como é que as empresas podem contratar quadros diretivos em Espanha. Neste vamos a analisar outra questão laboral relevante: a deslocação de trabalhadores para este país. Como fazê-lo? Que requisitos devem ser cumpridos? Como sempre, qualquer comentário pode ser enviado para vigo@avinalabogados.com ou madrid@avinalabogados.com

DESLOCAÇÃO DE TRABALHADORES PARA ESPANHA: OBRIGAÇÕES E DIREITOS Um dos resultados da crise é a necessidade de procurar trabalho ali onde estiver. Muitas vezes, por exemplo no caso de uma empreitada, é preciso deslocar trabalhadores, o que implica, pelo menos dentro da UE, cumprir com algumas obrigações. Portanto, as empresas que pretendam deslocar trabalhadores para Espanha terão especial interesse no presente artigo. A norma espanhola que regula esta matéria é a Lei 45/99, de 29 de Novembro. Também, como veremos, devemos prestar atenção à legislação geral contida no Estatuto dos Trabalhadores (equivalente ao Código do Trabalho). Devemos definir, em primeiro lugar, que deslocações e que trabalhadores estão afetados pela Lei. Em virtude do artigo 2º temos: a) a deslocação de um trabalhador por conta da sua empresa, na sequência de um contrato celebrado entre esta e uma empresa espanhola; b) a deslocação de um trabalhador a um centro de trabalho da própria empresa ou a uma empresa do grupo; c) a deslocação de um trabalhador por parte de uma empresa de trabalho temporário para pô-lo à disposição de uma empresa usuária espanhola. No que diz respeito aos trabalhadores, não há qualquer diferença por questões de nacionalidade: todos estão abrangidos pela Lei. A obrigação mais importante diz respeito à legislação aplicável às condições de trabalho. De acordo com o artigo 3º número 1, os seguintes pontos estarão submetidos à lei espanhola (Estatuto dos Trabalhadores): a) tempo de trabalho; b) dias feriados; c) princípio de não discriminação; d) prevenção de riscos laborais; e) direito de greve; f) trabalho de menores; g) princípio de respeito à intimidade e dignidade dos trabalhadores.

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Se a deslocação for superior a oito dias, ainda ficarão submetidos as férias anuais e o salário (isto é, as empresas devem garantir o salário mínimo previsto pelas leis e convénios). Nesse sentido, incluem-se no conceito de salário o salário base e complementos, subsídios, retribuição de horas extraordinárias e trabalho nocturno. Para realizar corretamente a comparação entre o montante do salário que corresponde ao trabalhador segundo a legislação do seu contrato e aquele que, como mínimo, deverá ser garantido em Espanha, serão tomados em conta os complementos de deslocação (por exemplo estadia e manutenção) que não sejam pagos como reembolso das despesas efetivamente originadas por ela. A Lei exige ainda, antes do início da deslocação, a notificação à autoridade laboral espanhola competente da seguinte informação: identificação; domicílio fiscal; dados pessoais e profissionais dos trabalhadores; identificação dos centros de trabalho; início e duração previsível da deslocação. Novamente, esta comunicação não será exigível se a deslocação for inferior a oito dias. Por último, um tema crucial: quais as coimas pela infração da Lei? De acordo com o artigo 13º, temos três categorias: a) infrações leves pelos defeitos formais da comunicação da deslocação; b) infrações graves pela apresentação de documentação após o início da deslocação; c) infrações muito graves pela ausência de comunicação da deslocação e a falsidade ou ocultação de dados. O valor das multas é definido pelo Real Decreto Legislativo 5/2000, de 4 de Agosto, que aprova o texto reformado da Lei sobre infrações e sanções na ordem social. As coimas por infrações leves variam de 60 € até 625 €; por infrações graves variam de 626 € até 6.250 €; por infrações muito graves variam de 6.251 € até 187.515 €. Portanto, é essencial ter presente estas obrigações antes de começar uma atividade prolongada em território espanhol. E, para isso, convém averiguar qual a autoridade espanhola competente já que poderá variar de uma comunidade autónoma para outra. Antonio Viñal Menéndez-Ponte Antonio Viñal & Co. Abogados madrid@avinalabogados.com


I.- GALIZA E EURO-REGIÃO GALIZA-NORTE DE PORTUGAL

II.- APOIOS E SUBVENÇÕES

POLIGONO DE “A VEIGAÑA”, OPORTUNIDADE PARA EMPRESAS O poligono de “A Veigaña” situado em Mos, Pontevedra, está ocupado atualmente por 40 empresas e pode encerrar 2013 com 50. A zona conta com 77 naves industriais, que abrangem 800.000 metros quadrados, e oferece lotes de 720 metros por € 125.000, ou € 173 por metro quadrado. PORTO DE VIGO POTENCIA PRESENÇA INTERNACIONAL O Porto de Vigo está a potenciar o comércio internacional através de um protocolo com a Zona Franca desta cidade. A promoção do Porto realizar-se-á através de ferias, como a Breakbulk, em Antuérpia; a Transport Logistic, em Munique; a Fruit Attraction, em Madrid; a Seatrade Cruise Shipping em Miami; a Seatrade Europe Cruise & Rivercruise Convention em Hamburgo; e, no próximo ano, na Seafood Boston e Conxemar.

PROJETOS EMPRESARIAIS DE INVESTIMENTOS Ajuda a projetos empresariais de investimento

PRAZO: Até 31 de Dezembro de 2013 1º OBJETIVO - Investimento passível de apoio superior a € 500.000 para a criação de um novo estabelecimento; a diversificação da produção de um estabelecimento existente; câmbio no processo geral da produção de um estabelecimento existente. 2º OBJETIVO - Investimento passível de apoio em serviços avançados superior a € 200.000 com a criação de emprego ligado ao investimento igual ou superior a 10 novos postos de trabalho com contrato sem termo. BENEFICIÁRIOS: Empresas existentes ou em constituição VALOR DA AJUDA: Até ao limite máximo de 30%

FEIRAS E EXPOSIÇÕES JANEIRO A FEVEREIRO DE 2013 DATA

EVENTO

LUGAR

16 – 20 Janeiro

BISUTEX (Salón Internacional de la Bisutería y Complementos)

Madrid

16 -20 Janeiro

MADRID JOYA (Salón Internacional de la Joya Urbana y de la Tendencia)

Madrid

16 – 20 Janeiro

INTERGIFT, (Salón Internacional del Regalo)

Madrid

24 – 27 Janeiro

TENDENCIAS CREATIVAS

Bilbao (Vizcaya)

25 – 27 Janeiro

FIMI (Feria Internacional de la Moda Infantil y Juvenil)

Valencia

25 -27 Janeiro

CERO A CUATRO (Feria Internacional del Bebé)

Valencia

25 – 27 Janeiro

THE BRANDERY WINTER

Barcelona

30 Janeiro – 3 Fevereiro

FITUR (Feria Internacional de Turismo)

Madrid

2 – 4 Fevereiro

COSMOBELLEZA & WELLNESS (Salón Internacional de la Belleza, Peluquería y Estética)

Barcelona

5 – 7 Fevereiro

VIVERALIA (Salón Profesional de la Planta Ornamental y Afines)

Elche (Alicante)

5 – 8 Fevereiro

CEVISAMA (Salón Internacional de Cerámica para Arquitectura, Equipamiento de Baño y Cocina, Piedra Natural, Materias Primas, Fritas, Esmalte y Maquinaria)

Valencia

8 – 10 Fevereiro

SIMM (Salón Internacional de Moda de Madrid)

Madrid

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› LAZER António Rosado, golfista profissional, aspira a novos voos

Posso chegar mais longe no golfe Começou a jogar golfe aos onze anos, no âmbito de uma iniciativa de uma professora da escola que frequentava em Quarteira, começando aí um percurso que o levou a ser campeão nacional ainda antes de atingir a idade de 20 anos e depois já em 2009 a sagrar-se campeão nacional profissional em Portugal. António Rosado recebeu a País €conómico no Clube de Golfe do Victoria, em Vilamoura, a zona do Algarve com mais campos de golfe, e contou-nos um pouco do seu percurso nos greens portugueses e internacionais, além das suas aspirações que se mantém intactas aos 28 anos, e que passam por voltar a competir ao mais alto nível no circuito internacional de golfe. «Mas, para isso acontecer, e tenho condições técnicas, físicas e psicológicas para atingir patamares mais elevados e disputar de forma muito competitiva as provas mais exigentes em Portugal e na Europa, é preciso encontrar patrocínios, que é difícil encontrar no nosso país, pois apesar da grande visibilidade e do retorno que o golfe traz para as marcas, as principais empresas portuguesas não têm estado disponíveis para essa aposta. Espero que alguma coisa se altere, pois temos condições para fazermos parcerias vitoriosas em prol da minha pessoa enquanto profissional, mas também do

A

golfe português e das próprias empresas», sublinha António Rosado. TEXTO › MANUEL GONÇALVES | FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS

os onze anos dava as primeiras tacadas nos greens, resultado da paixão que uma sua professora na escola de Quarteira tinha pelo golfe e que levou os seus alunos a experimentarem este desporto que muitos ainda consideram de elite, mas que é acessível a todos e pode contribuir e muito para a prática desportiva e melhoria da saúde dos seus praticantes, sobretudo os de mais tenra idade. António Rosado, nascido em Faro há 28 anos, é um dos principais praticantes de golfe em Portugal. O momento mais marcante da sua carreira atingiu-o em 2009 quando se sagrou campeão português de golfe profissional. «Nessa altura, curiosamente, era patrocinado por uma empresa espanhola, e não só joguei vários torneios em Portugal, como também aconteceu em Espanha e noutros países europeus»,

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recorda com viva emoção, mas destaca que esse patrocínio acabou pouco depois e não conseguiu depois encontrar novos apoios que lhe possibilitassem prosseguir uma carreira ao mais alto nível, «visto que para treinar todos os dias de forma intensa e depois jogar ao mais alto nível, implica a existência de um conjunto de patrocínios com valor significativo e, infelizmente, em Portugal tem existido em termos gerais uma clara diminuição dos apoios por parte das empresas ao golfe de competição, o que tem restringido a possibilidade de muitos golfistas profissionais portugueses poderem evoluir e competir lá fora», admite o praticante algarvio. No presente, António Rosado continua com a sua atividade de profissional de golfe ensinado a prática da modalidade, principalmente aos mais novos. Destaca o papel desenvolvido pelas escolas da área

de Vilamoura e de Quarteira no sentido de incentivarem os alunos para as vantagens da prática do golfe, salientando que presentemente todos podem praticar golfe por valores anuais bastante acessíveis. O golfista gostaria de ver esta aposta estendida de forma mais intensa a toda a zona do Algarve, mas reconhece que as tentativas para atingir essa situação não têm tido grandes resultados. «Mas temos esperança de que algo possa mudar no futuro e cada vez possamos ter mais crianças a aprender e a praticar golfe, um desporto muito bom para o desenvolvimento físico e da mente das pessoas», salienta António Rosado. «Com novos patrocínios posso chegar longe» Aquele que foi campeão profissional em 2009 e atuou em alguns dos principais


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› LAZER greens europeus pretende voltar a competir ao mais alto nível. António Rosado afirma à País €conómico que «possuo as condições técnicas, físicas e psicológicas para jogar com os melhores, mas para que isso possa acontecer efetiva e regularmente preciso de treinar todos os dias de forma intensa e praticamente com dedicação exclusiva e depois, em resultado dessa preparação muito profissional e regular, então estar presente em alguns dos principais torneios do circuito europeu, como presentemente acontece com o meu colega Ricardo Santos, que felizmente para ele e para o golfe português, tem obtido excelentes classificações e tem prestigiado Portugal e as marcas que o patrocinam», refere. Significa isso que António Rosado necessita de novos patrocínios para poder evoluir na carreira e estar desse modo nos grandes torneios? «Sem dúvida, é isso que necessito. Como lhe disse, sinto que tenho todas as condições para progredir e competir a alto nível, mas também reconheço que é preciso encontrar condições, ou seja, encontrar patrocínios, que me possibilitem dar novos passos em frente na minha carreira. As empresas portuguesas de um modo geral não têm sido muito sensíveis a apoiar o golfe, mas saliento o grande retorno que esta modalidade, pela sua visibilidade e exposição mediática, pode proporcionar às marcas. E os praticantes profissionais de golfe, quando competem nos bons torneios, são indiscutivelmente os melhores veículos promocionais dessas marcas», sublinha António Rosado enquanto dava mais umas tacadas no green do Victoria em Vilamoura, «um campo que se integra no melhor destino de golfe da Europa que é indiscutivelmente o Algarve, região que possui quase quarenta campos de golfe, alguns dos quais estão entre os melhores para a prática da modalidade a nível mundial», finaliza um dos praticantes de top do golfe em Portugal. ‹

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› RELOJOARIA

Boutique dos Relógios abriu na Avenida da Liberdade A Boutique dos Relógios Plus inaugurou no final do ano passado a nova loja do grupo na Avenida da Liberdade, um espaço que reforça a oferta no segmento de luxo da principal avenida da capital portuguesa. Inaugurado por Salomão Kolinsksy, presidente da Boutique dos Relógios, o novo espaço representou um investimento superior a um milhão de euros e compreende uma área de 270 metros quadrados, onde o cliente poderá contemplar e adquirir as várias marcas de relógios que constituem o portfólio de uma das principais empresas comerciais na área da relojoaria em Portugal, nomeadamente, a Omega, Bulgari, Breitling, Chanel, Hublot, Longines, IWC, Breguet e Blancpain, cada um com espaço exclusivos para apresentar os seus

modelos mais luxuosos. Além da área de relojoaria, é ainda de sublinhar o reforço na área da joalharia de luxo que a nova loja da Avenida da Liberdade proporciona. Aqui os clientes poderão encontrar marcas internacionais famosas como sejam a Piaget, de Grisogono, Bulgari, Gucci e a Shamballa Jewls. A nova loja possui ainda a curiosidade de albergar uma oficina de relojoeiro especializado com equipamentos certificados pelas marcas que representam, um wine bar com vinhos portugueses, além de uma sala para clientes mais exclusivos e um espaço dedicado a produtos portugueses. «Pretendemos mostrar o melhor que Portugal tem para oferecer aos nossos visitantes, e temos muito para oferecer,

efetivamente», sublinhou o presidente da Boutique dos Relógios. Salomão Kolinsksy acredita que a nova loja vai ser um polo de atração adicional em Lisboa, visto que «sendo o turismo uma área tão importante para a economia portuguesa, pretendemos dar o nosso forte contributo para o reforço de Lisboa como destino turístico de qualidade, com um número cada vez mais importante de lojas na Avenida da Liberdade que nos permitam concorrer com outras grandes cidades europeias». Ainda segundo o responsável da empresa, os clientes com maior potencial são sobretudo os turistas vindos da Rússia, França, Turquia, Angola, Brasil, Alemanha e China. ‹

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› A FECHAR

Vicaima reforça em Inglaterra A Vicaima acaba de reforçar a sua presença no mercado inglês, onde atua desde 1998, ao ser a marca escolhida para equipar a Bayview House, uma área residencial de luxo situada a norte de Londres, em Inglaterra. Trata-se de um empreendimento composto por amplos apartamentos, cujos interiores são marcados pela intemporalidade e pelo modernismo. A escolha recaiu sobre as portas de gama Exclusive da Vicaima com folha de nogueira e inlays cromados, uma vez que estas criam o ambiente pretendido para os apartamentos da Bayview House e combinam os detalhes e design da mobília. A gama Exclusive da Vicaima destina-se a interiores modernos e contemporâneos, possui as soluções corta-fogo, segurança e isolamento acústico, todas elas certificadas por entidades internacionais acreditadas. A

EDP reforçou potência em Alqueva A EDP inaugurou a obra de reforço da capacidade de produção de eletricidade da barragem de Alqueva, um investimento de 190 milhões de euros da elétrica nacional liderada por António Mexia. Dispondo agora de uma capacidade instalada de 512 MW, a central de Alqueva produzirá mais de 381 GWh por ano, um volume de energia capaz de alimentar o nível de consumo conjugado dos concelhos de Évora, Portel, Beja, Moura e Vidigueira, ou seja, correspondendo a cerca de 4% d totalidade da energia produzida anualmente em Portugal. A barragem de Alqueva, onde trabalham agora 350 pessoas de forma direta, será assim a unidade da EDP com a segunda maior no país, apenas superada pelo empreendimento do Alto Lindoso. ‹

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Vicaima é um dos maiores players europeus no mercado de portas de interior, tendo também sido a primeira empresa portuguesa do setor a obter a certificação FSC* (Forest Stewardship Council*). A empresa com sede em Vale de Cambra exporta para 27 países e possui presença direta em Portugal, Espanha e Reino Unido. ‹

Unicer prepara-se para chegar ao Brasil A Unicer, fabricante português de cervejas, entre as quais a marca Super Bock, está a preparar a sua entrada nos mercados brasileiro, norte-americano e moçambicano, onde neste país pretende construir uma unidade industrial. Segundo entrevista ao Diário Económico de António Pires de Lima, presidente da Unicer, «estamos a constituir a Unicer Brasil, a Unicer EUA e a Unicer Moçambique – esta será a primeira a estar constituída. Já temos pessoas da Unicer a trabalhar em Moçambique desde há um ano e nos EUA desde este mês. O projeto passa por vermos desenvolvimentos comerciais nestes três mercados já em 2013», referiu. O presidente da empresa com sede na Maia admitiu que Moçambique poderá vir a receber uma fábrica da Unicer, «mas só colocamos essa hipótese depois de atingirmos uma dimensão minimamente interessante naquele mercado», finalizou. ‹

Ramos Catarino atua no Aeroporto de Faro A Torre de Controle do Aeroporto de Faro está a ser objeto de obras de reabilitação e valorização, levadas a cabo pela Ramo Catarino Dois, empresa do Grupo Catarino, com sede em Febres, concelho de Cantanhede. Por outro lado, a Ramos Catarino, empresa de construção especializada e reabilitação, do mesmo grupo, conseguiu obter quatro novas obras na zona de Lisboa, destacando-se a requalificação de estruturas da Makro de Alfragide, a construção a nova loja da Midas, em Loures e a construção de um edifício na Avenida da Liberdade, para escritórios e área comercial, na cidade de Lisboa. ‹


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› HEAD

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