Robson Andrade, presidente do CNI, fala do futuro da Indústria
Encontro de Negócios da Língua Portuguesa
Português investiga os segredos da Feijoada à Brasileira
BRASILPORTUGAL NO CEARÁ
Ano II - # 6 - Janeiro-Fevereiro-Março de 2011
TERMINAL DE PASSAGEIROS NO PORTO DO MUCURIPE, EM FORTALEZA, SERÃO INVESTIDOS R$ 106 MILHÕES NA CONSTRUÇÃO DE UM TERMINAL DE PASSAGEIROS
Jan-Fev-Mar 2011 1
2 Brasil-Portugal no Cearรก
nesta edição
10
entrevista Robson Andrade levou para sua gestão na CNI a experiência de articulador que fez dele um dos mais marcantes presidentes da Fiemg. Confira a entrevista exclusiva
4 8
breves
10
entrevista Inovação e competitividade para a indústria nacional
26
economia Com investimentos dos governos federal, estadual e municipal, o Ceará se prepara para a Copa de 2014 com obras estruturais, dentre elas, o terminal portuário de passageiros
20
página econômica Relações comerciais entre o Nordeste brasileiro e a África
22
debate Almoço de negócios
25
com Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria - CNI
informecial RE/MAX - Liderança à vista
26
14
informecial Aquiraz Riviera
economia Obras para a Copa 2014
30
16
informecial Confaht - Na mira do investidor
informecial Infobrasil 2011
32
18
editorial Várias línguas em uma só
negócios Oportunidades lusófonas
34 35
38
gastronomia A receita da feijoada se reinventa durante a história da gastronomia brasileira e continua a conquistar paladares com a sua variada forma de preparo
36
página econômica Gestão nas organizações do Terceiro Setor. Novos paradigmas do Empreendedorismo Social
38
gastronomia Feijoada à brasileira
40
informecial ADIT Invest 2011
42
página jurídica O Ceará é do tamanho do mundo
página econômica O Ceará precisa priorizar relações comerciais com a África
44
cultura Dicas de livros
espaço ibef
46
agenda
política Marca de peso Jan-Fev-Mar 2011 3
Luís Eduardo Fontenelle Barros, diretor presidente do IBEF-CE
destaque
breves | notícias
Enid Câmara assume cadeira na Academia Brasileira de Eventos Associada à Câmara de Comércio Brasil Portugal do Ceará (CBP-CE) e uma das profissionais de eventos mais reconhecidas do Ceará, Enid Câmara de Vasconcelos, diretora da Prática Eventos e presidente do Skal Internacional de Fortaleza, assumiu no dia 16 de fevereiro, em São Paulo (SP), uma cadeira na Academia Brasileira de Eventos. A entidade é presidida por Mariza Canton, primeira Doutora em Eventos do Brasil, e dela participam as principais autoridades do setor no país, como os consultores Paulo Gaudenzi e Raimundo Peres; a empresária da rede Blue Tree de hotéis, Chieko Aoki; e Guilherme Paulo, executivo da CVC, entre outros. E são exatamente alguns dos mais destacados nomes da área de eventos do Brasil que estarão em Fortaleza nos dias 29 e 30 de abril participando de seminário técnico com o tema “Peculiaridades e
4 Brasil-Portugal no Ceará
Perspectivas da Indústria de Turismo e Eventos no Brasil”, numa realização da Academia Brasileira de Eventos e Skal Internacional de Fortaleza. A coordenação e execução locais estão a cargo de Enid Câmara de Vasconcelos. Entre os principais temas a serem enfocados e discutidos, estão “Novos projetos revitalizadores do turismo no Ceará”, “A importância de um centro de eventos e feiras e seu impacto na economia de um estado nordestino” e “Os bastidores do caos aéreo brasileiro – o grande desafio para o futuro dos eventos”. Enid Câmara destaca ainda o significado do seminário afirmando que “pela primeira vez, a Academia e seus acadêmicos se mobilizam para uma reunião fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro, trazendo para o Ceará o brilhantismo dos seus conhecimentos e o peso da importância dos seus nomes no cenário brasileiro de eventos.”
jubileu de prata
IBEF-CE comemora 25 anos O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (IBEFCE) completou 25 anos de funcionamento em 2011. Em comemoração à data festiva, a entidade realizou um encontro, no dia 23 de fevereiro, no Hotel Gran Marquise, com parceiros, associados e convidados. Na ocasião, além da festividade, foram empossadas as novas diretorias da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec Nordeste), do Conselho Regional de Economia do Estado do Ceará (Corecon-CE) e do próprio IBEF-CE, este último que terá à sua frente, por um período de dois anos, o diretor presidente Luís Eduardo Fontenelle Barros. “Recebo a instituição após uma ótima gestão do ex-diretor presidente e pretendo continuar os bons feitos em minha administração, dinamizando a relação entre nossos sócios e proporcionando a interação e valorização dos profissionais da área financeira”, comenta Luís Eduardo. O IBEF-CE conta, atualmente, com cerca de 200 sócios e possui a missão de reunir executivos de finanças com promoção de relacionamento profissional e pessoal, proporcionando aprimoramento técnico na área.
posse
Câmara Portuguesa de Comércio na Bahia empossa nova diretoria A Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil-Bahia empossou, no dia 23 de março, os novos membros da diretoria e dos conselhos consultivo, fiscal e jurídico que administrarão a instituição pelos próximos dois anos. À frente da nova diretoria estão: o presidente Antonio Coradinho, da empresa Corágua; o vice-presidente institucional Ricardo Galvão, da Totvs; e o vicepresidente financeiro Gerson Sampaio Filho, da Teknergia. Além deles, figuram os executivos Walter Montalvão, da IBC, como vice-presidente empresarial; Cezar Almei-
da, da Moldit (Grupo Durit), como vice-presidente de comunicação; e Juvenal Correia, da Pinheiro Turismo, como vice-presidente de cultura e turismo. De acordo com o novo presidente, o principal objetivo desta gestão será ampliar a representatividade da instituição, mobilizar os associados e estimular parcerias. “Dentre as prioridades da nossa gestão, estão as ideias de ampliação da base de associados, conquistando novos e trazendo de volta os antigos, a prospecção de parceiros comerciais, e a realização
gestão
década
IEL oferece cursos de Educação Executiva Especialmente concebido para aperfeiçoar o conhecimento empresarial na área de gestão estratégica, o Programa de Educação Executiva do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) oferece capacitação de excelência para dirigentes das empresas brasileiras dentro dos mais modernos conceitos e práticas de gestão empresarial, permitindo sua aplicação à realidade e às suas necessidades. A programação para 2011 já está fechada e contempla os cursos: Excelência em Liderança/ 1ª Edição (Stanford/Bento Gonçalves) – iniciativa que trouxe ao Brasil a qualidade do ensino empresarial da escola de negócios americana Stanford GSB. Durante três dias, professores de renome internacional oferecerão o melhor sobre competitividade, inovação e liderança para altos executivos.
de eventos qualificados, que favoreçam a discussão de temas importantes para a Câmara”, comenta Coradinho. Atualmente com mais de 140 associados, dentre os quais estão grandes grupos agrícolas, hoteleiros e construtores, a Câmara Portuguesa de Comércio no BrasilBahia tem o objetivo de servir aos associados, de modo a apoiar as atividades empresariais e influir nas políticas públicas afeitas às relações da Bahia com Portugal e demais países de língua portuguesa.
Estratégia e Inovação em Negócios/6ª Edição (Wharton/Filadélfia) – cinco dias em uma das mais consagradas escolas de negócios dos Estados Unidos, com aulas, experiências e materiais traduzidos para o português. Gestão Estratégica para Dirigentes Empresariais/11ª Edição (Insead/Fontainebleau) – combina aulas expositivas, baseadas em estudos de caso, com trabalhos e discussões em grupos. Aborda os mais modernos conceitos e práticas de gestão empresarial na tradicional escola francesa. Mais informações nos sites www.sfiec.org.br/iel ou www.iel.org.br.
CBP-CE utiliza selo comemorativo por seus 10 anos Por todo o ano de 2011, a Câmara Brasil-Portugal no Ceará (CBP-CE) utilizará – em suas peças gráficas, eventos e no próprio site da entidade – um selo comemorativo por seus 10 anos de existência e suas realizações. Criação da agência SG Propag, o princípio seguido foi o de “não afetar a integridade da marca e, ao mesmo tempo, agregar a força e a solidez dos dez anos”, explica a executiva de contas da agência, Ilina Mamede. “Para esta criação, iniciamos o processo analisando a marca atual com suas cores, formato gráfico utilizado e legibilidade”, complementa Mamede. De acordo com o diretor de arte da SG Propag, Cláudio Dikson, “partimos, então, para os estudos gráficos de concepção do selo propriamente dito, e chegamos a esse modelo no qual o número 10 é formado pelas duas velas de jangadas, que representam a união de Brasil e Portugal”.
Jan-Fev-Mar 2011 5
maracatu
breves | notícias
Escritor português Virgílio Gomes desfila no Carnaval de Fortaleza
Sérgio Belleza, consultor imobiliário, foi o convidado de mais uma edição do programa Almoços de Negócios
O escritor português Virgílio Gomes, 62 anos, pretendia apenas fugir do inverno europeu tendo Fortaleza como destino. Mas eis que a fuga converteuse em paixão pelas ruas da cidade: Virgílio encontrou o Maracatu. De lá para cá, sete anos se passaram e agora o escritor costuma passar pelo menos quatro dias hospedado na capital cearense para ensaiar e desfilar pelo Maracatu Rei de Paus, que faz parte do tradicional desfile de carnaval da Avenida Domingos Olímpio. “Des-
cobri essa tradição por acaso. Admirei-me com essa cultura e hoje sou rei do Maracatu Rei de Paus”, conta. Este ano não foi diferente. Pela segunda vez consecutiva, Virgílio Gomes pôde participar dessa festa. “Apesar de cair uma chuva violenta, percorremos a avenida mantendo a dança e as suas coreografias”, relembra. Um adendo importante: o Maracatu Rei de Paus foi o vencedor do Carnaval 2011 e Virgílio voltou a Portugal com a certeza de onde passará novamente no ano que vem.
encontro
Fundo Imobiliário é tema de Almoço de Negócios em abril A Câmara Brasil-Portugal no Ceará (CBP-CE) promoveu no dia 8 de abril outra sessão do programa de Almoços de Negócios, com o consultor imobiliário Sérgio Belleza, que atua há 20 anos no seguimento de investimentos imobiliários. A apresentação teve como objetivo apresentar fontes de recursos para o mercado imobiliário no Brasil e abordou a atual conjuntura do campo de financiamento, além de novas fontes de recursos para sustentar o crescimento desse mercado. O evento contou com o apoio do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon). Sergio Belleza abordará o tema também em Lisboa, durante palestra a ser realizada no dia 30 de maio.
6 Brasil-Portugal no Ceará
palestra
Embrapa Agroindústria Tropical estará no ENLP A Embrapa Agroindústria Tropical já confirmou sua participação no Encontro de Negócios da Língua Portuguesa (ENLP), evento a ser realizado no La Maison Coliseum entre os dias 3 e 6 de outubro. Inserida na programação na forma de visitas técnicas, a Embrapa fará conhecer o trabalho de capacitação de multiplicadores desenvolvido por meio da Unidade Didática de Processamento de Frutos Tropicais, sediada no Campo Experimental de Pacajus (CE), e da Unidade Móvel de Transferência de Tecnologia. O chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Vitor Hugo de Oliveira, afirmou que o ENLP é uma “excelente oportunidade para a Embrapa mostrar o que vem fazendo nesta área”. O ENLP também receberá instituições como o Departamento de Obras de Combate à Seca (Dnocs), a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade Estadual do Ceará (Uece). Segundo o presidente da CBP-CE, Jorge Chaskelmann, “o encontro de negócios tem como objetivo criar um espaço de diálogo para empresários de países falantes da língua portuguesa e aumentar suas trocas comercias”. O encontro é apoiado pelo Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil e pela Câmara Brasil-Angola no Ceará. Mais informações pelos telefones (85) 3261 7423 (CBPCE) ou (85) 3433 7684 (Prática Eventos).
sócios
CBP-CE apresenta novos sócios aos veteranos No período de Janeiro a Março de 2011, a Câmara BrasilPortugal no Ceará (CBP-CE). Com isto, a entidade agregou mais um leque de ramos de atividade ao seu espetro de atuação. O fato demonstra tanto a ampla e positiva projeção da imagem da CBP-CE quanto e disposição de empreendedores rumo ao crescimento próprio, de seus parceiros e das comunidades com as quais interagem. Confira abaixo algumas informações sobre os mais novos associados à CBP-CE: Advocacia - Aloísio Pereira Neto Advocacia Av. Santos Dumont, 3131 Sl. 1419 e 1420 - Aldeota Fortaleza-CE - Fone: 85 3456 3939 - www.aloisioneto.adv.br Advocacia - Caminha Barbosa & Siphone Sociedade de Advogados Rua Martins, 650 - Butantã - São Paulo-SP - Fone: 11 3031 9080 Rua Caio Cid, 403 - Luciano Cavalcante - Fortaleza-CE Fone: 85 3268 3299 - www.cbcsadvogados.com TI - Iativa Tecnologia e Comunicação Ltda. Rua Conegudes Rodrigues, 745 - Montese - Fortaleza-CE Fone: 85 3491 3333 - www.iativa.com.br Administração de Imóveis - Mega Administração de Imóveis Ltda. - Av. Dom Luís, 300 - Lj. 138 e 139 - Aldeota Fortaleza-CE - Fone: 85 3264 5212 - www.megaimoveis.com Advocacia - Rebouças Porto & Praça - Advogados Associados Av. Dom Luis, 300 - Lj. 140 - Aldeota - Fortaleza-CE Fone: 85 3264 5212 - rebouçasporto@hotmail.com Consultoria Empresarial e Educação Corporativa Gomes de Matos Consultores Associados Ltda. Av. Des. Moreira, 1701 - Aldeota - Fortaleza-CE Fone: 85 3224 1005 - www.gomesdematos.com.br Eventos - Locação de Estandes Stand Show Montagens e Eventos Ltda. - EPP Rua Ana Lúcia Dias, 101 - Lagoa Redonda - Fortaleza-CE Fone: 85 3444 3350 - www.standshow.com.br ONG - Associação Social Educacional Criança Integral - ASECI Sítio Lagoa da Cidade, S/N - Cx. Postal 47 - Uruaú Beberibe-CE - Fone: 85 9922 2353 - www.arcadapaz.org.br Montagem de Eventos - Brilhante Eventos Rua Lourdes Vidal Alves, 1375 - Lagoa Redonda - Fortaleza-CE fone: 85 3474 6000 - www.brilhanteeventos.com.br Incorporação Imobiliária Lusoinvest Investimentos Imobiliários Ltda. Av. Santos Dumont, 2122 - Sl. 1907 - Aldeota - Fortaleza-CE Fone: 85 4005 9071 - lusoinvestltda@yahoo.com.br Construção Civil - Confaht Construtora Holanda Ltda. Av. Des. Moreira, 2120 Sl. 605 - Aldeota - Fortaleza-CE Fone: 85 3226 0118 - www.construtoraconfath.com.br Imobiliária - Vandick Ponte Imóveis Rua Prof. Dias da Rocha, 1286 - Ljs 6 e 7 - Aldeota - Fortaleza-CE Fone: 85 3224 0002 www.vandickponteimoveis.com
premiação
Inscrições abertas para o “Melhores Empresas para Trabalhar no Ceará” O Great Place to Work®, empresa global especialista em ambiente de trabalho, e o Grupo de Comunicação O Povo promovem o prêmio “Melhores Empresas para Trabalhar no Ceará”. O projeto tem como objetivo difundir a importância do ambiente de trabalho como ferramenta indispensável à transparência, governança corporativa e a sustentabilidade das empresas. Qualquer empresa com 50 funcionários ou mais, sediada no Ceará (com CNPJ registrado no estado) e operando há mais de três anos nos mercados nacional ou internacional pode participar. Criada há 25 anos, a pesquisa é conduzida em mais de 40 países e seu resultado é baseado na avaliação do nível de confiança dos funcionários, em cinco dimensões: Credibilidade, Respeito, Imparcialidade, Orgulho e Camaradagem, além das 9 Práticas Culturais de gestão de pessoas das empresas. Inscrições e mais informações no endereço www.gptw.com.br.
cultura
Secult-CE e Sindilivros lançam Anuário Literário do Ceará A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) e o Sindicato do Comércio Varejista de Livros do Ceará (Sindilivros) lançaram, no último dia 10 de fevereiro, o Anuário Literário do Ceará 2010-2011. O Anuário é uma obra pioneira no registro de escritores, obras, bibliotecas, livrarias e editoras cearenses, no mais amplo retrato da produção literária que o Ceará já viu. O novo Anuário registra os acontecimentos literários ocorridos no Ceará, complementados com perfil biográfico dos escritores cearenses vivos, distribuídos por entidades e com documentos inéditos sobre a história literária do estado. A obra inclui, ainda, capítulos relacionando ganhadores de prêmios literários, registro da quantidade de exemplares publicados por cada editora local, endereços e atuação das livrarias cearenses, bem como movimento de frequência dos usuários de cada uma das bibliotecas públicas dos 184 municípios do Estado. Jan-Fev-Mar 2011 7
8 Brasil-Portugal no Cearรก
editorial A Câmara Brasil-Portugal no Ceará - Indústria, Comércio e Turismo (CBP-CE) surgiu em junho de 2001. Atualmente, a entidade conta com cerca de 130 associados entre sócios pessoa física e pessoa jurídica. O objetivo principal da entidade é apoiar as atividades empresarias e influir nas políticas públicas vinculadas às relações luso-cearenses no âmbito das áreas de atuação da Câmara. DIRETORIA Presidente
Jorge Duarte Chaskelmann 1º Vice-Presidente
José Maria McCall Zanocchi 2º Vice-Presidente
Antonio Roberto Alves Marinho 3º Vice-Presidente
José Augusto Pinto Wahnon Diretora Tesoureira
Huga Mendes Oliveira Diretor de Energias Renováveis
Armando Leite Mendes de Abreu Diretor de Agronegócios
Carlos Manuel Subtil Duarte Diretor de Comunicação
Cliff Freire Villar da Silva Diretora de Assuntos Jurídicos
Fernanda Cabral de Almeida Gonçalves Diretor de Construção Civil
Francisco Eugênio Montenegro Diretor de Meio Ambiente
José Euber de Vasconcelos Araújo Diretora de Tecnologia da Informação (Brasil) Marluce B. Aires de Pina Diretor de Tecnologia da Informação (Portugal) Miguel Costa Manso Diretor de Logística Carlos Maia Av. Barão de Studart, 1980 - 2º Andar - Ed. Casa da Indústria (FIEC) Fortaleza-CE - CEP: 60120-901 Fone e Fax: + 55 85 3261 7423 E-mail: secretariace@brasilportugal.org.br
BRASILPORTUGAL NO CEARÁ
A Revista Brasil-Portugal no Ceará é uma publicação trimestral da Câmara Brasil-Portugal no Ceará Ano 2 - # 6 - Janeiro-Fevereiro-Março de 2011 Conselho Editorial
Clivânia Teixeira, José Maria McCall Zanocchi, José Wahnon e Cliff Freire Villar da Silva Jornalistas Responsáveis
Mauro Costa (CE01035JP) e Rafaela Britto (PE3672JP)
100
Redação
Aloísio Menescal, Davy Nascimento, Diego Benevides, Larissa Viegas, Renan Pinheiro, Samira de Castro e Sarah Coelho
95 75
Concepção Gráfica / Design Editorial
GMS Studio - Glaymerson Moises Produção 25 5(85)
3258 1001 - www.ad2m.com.br
Os artigos assinados da revista não necessariamente refletem a opinião da entidade e são de exclusiva responsabilidade dos autores.
Várias línguas em uma só A Diretoria da Câmara Brasil Portugal no Ceará, reconhecendo a necessidade de dar continuidade ao potencial resultante do V Encontro Empresarial de Negócios na Língua Portuguesa realizado no Ceará em 2009 e atendendo à atual situação internacional e as iminentes mudanças geoestratégicas que se avizinham no mundo global, assume a organização do Encontro de Negócios na Língua Portuguesa (ENLP) a ter lugar em Fortaleza em outubro deste ano. Assim foi decidido por todos nós, de mover esforços conjuntos com um objetivo muito concreto: criar um espaço de encontro de negócios para todos os empresários de língua portuguesa apoiando a ideia da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) e, nomeadamente no Brasil, concentrar esforços no Nordeste, tendo como base o estado mais próximo da Europa e África, o Ceará. Acreditamos que o espaço atual de negócios de cerca de 300 milhões de pessoas espalhadas pelos cinco continentes do mundo que partilham uma língua e uma identidade histórica comum é ainda bem pequeno e tem um enorme potencial para crescer, desde que se deem oportunidades aos parceiros para se conhecerem e dialogarem entre si. O Mundo atual tende cada vez mais a formar blocos econômicos com sinergias comuns e, no nosso caso e da comunidade da língua portuguesa, temos nações que hoje apresentam crescimentos bem acima da média mundial e cujas populações desejam a melhoria das suas condições econômicas ávidas por bens de consumo que as elevem aos níveis de desenvolvimento internacional no campo econômico, social e cultural. Acredito que todos devemos ter a consciência de que estamos competindo num mundo globalizado com interesses específicos e muitas vezes divergindo dos nossos. Elegemos como nossos parceiros privilegiados as muitas e variadas associações empresariais, Câmaras de Comércio e órgãos oficiais nacionais e internacionais para nos darem o apoio na divulgação desta iniciativa. A participação e envolvimento destes atores confere ao encontro uma oportunidade ímpar de abrir o diálogo entre os empresários e sensibilizar a visão dos responsáveis pelas políticas públicas que permitam agilizar as trocas comerciais entre países, criando infraestruturas e condições jurídicas e tributárias que acelerem este processo. Pretendemos que esta iniciativa venha a ser uma tradição anual consolidada e que possa crescer na proporção da dimensão do nosso espaço econômico internacional. O Programa do encontro tem um foco muito bem definido. O Diálogo entre empresários com atividades afins em áreas programadas de interesse comum após a consulta feita às associações dos vários países. Para podermos ter sucesso nesta nossa iniciativa vamos ter de receber todos os apoios que possam dar ajuda a este evento. No final, porém, os resultados serão medidos pelas transações comerciais e o sucesso das parcerias que resultarem da nossa iniciativa. Contamos com vocês para participar do Encontro de Negócios da Língua Portuguesa. Jorge Duarte Chaskelmann
Presidente CBP-CE – Gestão 2010/2014
0
Jan-Fev-Mar 2011 9
entrevista Robson Braga de Andrade, QUEIROZ NETO
presidente da Confederação Nacional da Indústria – CNI
10 Brasil-Portugal no Ceará
INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE PARA A INDÚSTRIA NACIONAL COM PERFIL EM GERAL DISCRETO, MAS NADA TÍMIDO EM SEU PAPEL DE ARTICULADOR, O ATUAL PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI), ROBSON ANDRADE, AVALIA O PAPEL QUE O BRASIL VEM ASSUMINDO FRENTE AO MERCADO INTERNACIONAL, O POTENCIAL DAS TROCAS COM A ÁFRICA E O INÍCIO DO GOVERNO DE DILMA ROUSSEFF À FRENTE DA PRESIDÊNCIA BRASILEIRA. Natural de São João Del Rey, Minas Gerais, Robson Andrade graduou-se em engenharia mecânica na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pouco depois fundou, ao lado de outros três sócios, a Orteng – hoje um grupo que reúne seis empresas, entre elas um dos maiores fornecedores nacionais de sistemas e equipamentos eletromecânicos e elétricos –, empresa da qual é diretor-presidente. Empresário discreto até oito anos atrás, Andrade ganhou notoriedade quando venceu a eleição para diretor-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) por duas vezes – eleito em janeiro de 2002 e reeleito em 2005. Em abril de 2010 assumiu interinamente a presidência da Confederação Nacio-
nal da Indústria (CNI) para, já em maio, se candidatar e ser eleito por unanimidade para o cargo. Robson Andrade levou para sua gestão na CNI a experiência de articulador que fez dele um dos mais marcantes presidentes da Fiemg. Com 54 representantes para os 27 estados brasileiros, esta é a primeira vez, desde 1954, que a CNI tem um mineiro na presidência. Defensor das reformas tributária, fiscal, previdenciária, trabalhista e política, Robson Andrade reconhece que a presença dele na CNI reforça a pujança da indústria mineira. Mas lembra, “meu trabalho é por toda a indústria brasileira, pelo aumento da competitividade dela, cujo ponto principal é o incentivo à inovação”. Jan-Fev-Mar 2011 11
entrevista | Robson Braga de Andrade
1
Como o Sr. analisa o atual papel do Brasil no cenário econômico mundial? Onde o país já consolidou seu papel de player de destaque e onde o Sr. acredita que ainda temos muito a percorrer? O Brasil desempenha papel cada vez mais relevante no cenário da economia mundial. Temos voz ativa em fóruns internacionais importantes e nossa estabilidade econômica e política atrai investimentos estrangeiros diretos substanciais. Eles somaram o volume recorde de US$ 48 bilhões em 2010 e só no primeiro bimestre deste ano atingiram US$ 10,7 bilhões, três vezes mais do que nos primeiros dois meses do ano passado. O país caminha para ser, em breve, a quinta ou sexta economia mundial. Em resumo: o protagonismo do Brasil é crescente. Os maiores mercados para nossas exportações China, Argentina e Estados Unidos – podem crescer. Naturalmente, ainda há, sim, muito a percorrer, especialmente no vasto mercado chinês. Não podemos continuar limitados a exportar commodities para a China, como o empresariado brasileiro deixou claro, enfa-
12 Brasil-Portugal no Ceará
ticamente, às autoridades chinesas na recente visita da presidente Dilma Rousseff a Pequim.
2
As relações econômicas do Brasil com os países de língua portuguesa têm crescido vertiginosamente, não somente com Portugal. Sobre essas relações, o Sr. acredita que elas possam ser ampliadas e até mesmo tidas como prioridade na pauta do comércio exterior brasileiro, a despeito do crescimento das relações do Brasil com mercados emergentes, como a China? Nossa pauta de exportações é bem diversificada e, é claro, o mercado africano é uma prioridade. Embora a China seja hoje nosso principal parceiro comercial, a África continua um mercado de excelentes oportunidades, que podem ser multiplicadas pela identidade da língua com algumas nações africanas e pelos fortes laços culturais. A corrente de comércio entre o Brasil e a África foi de US$ 20,5 bilhões no ano passado. É pouco. Representou apenas 5% do total da corrente de comércio brasileira em 2010. Há um grande e longo processo de desenvolvimento a ser
construído na maioria dos países africanos e o Brasil não pode perder a oportunidade de participar ativamente desse processo. Empresas brasileiras já atuam fortemente na África, em especial em Moçambique e Angola, e são muito boas as perspectivas de ampliação da presença brasileira no continente. Um papel destacado nas relações econômicas com a África pode ser desempenhado pela atividade cultural e de integração da CPLP, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Instituições como a dinâmica Câmara Brasil-Portugal no Ceará e a Confederação Empresarial da CPLP, cuja vice-presidência tenho a honra de ocupar, são mecanismos que devem ser mais intensamente usados para dinamizar as relações comerciais entre Brasil e África. Como vice-presidente da Confederação Empresarial da CPLP pretendo acionar todos os esforços possíveis para que essa dinamização, tão necessária, ocorra efetivamente.
3
Com o crescimento nas exportações, nota-se a necessidade de melhoria na infraestrutura de portos e aeroportos (equipamentos, logística, rotas marítimas, linhas áreas). No caso do mercado africano, esses gargalos são ainda mais sentidos. Como o Sr. avalia essa questão e o que deve ser feito pelo poder público para melhorar esta situação e como a iniciativa privada pode participar? Aí está: a área de serviços na África, em especial a necessidade de obras de infraestrutura, é um mercado altamente vantajoso para as empresas brasileiras, como demonstra a atuação no continente africano de empresas como a Odebrecht e a Camargo Corrêa, para citar só duas. Um dos grandes empecilhos ao aumento das exportações brasileiras, seja para países africanos ou de qualquer outro continente, é interno. Traduzindo em miúdos: o gargalo está nos custos
brasileiros, pressionados por um sistema tributário excessivo, complexo e burocrático, por despesas trabalhistas elevadas, por uma infraestrutura deficiente, por energia elétrica cara, entre vários outros entraves. É urgente, por isso, e a Confederação Nacional da Indústria tem insistido muito nesta necessidade, elevar a competitividade das empresas brasileiras, removendo todos estes obstáculos. O governo precisa ter disposição e vontade política para promover mudanças que tornem as empresas do país mais competitivas.
empresariais no exterior, em parceria com outras entidades. Em 2010, promovemos 15 missões, envolvendo 455 empresas.
5
Em sua opinião, quais os principais temas impulsionadores e quais as prioridades para a economia brasileira atualmente? Como já mencionamos, a prioridade zero deve ser o aumento da competitividade das empresas brasileiras, eliminando-se os obstáculos que elevam seus custos. Como se não bastasse a valorização cambial, que tem trazido graves prejuízos à indústria nacional, o Brasil é hoje, repito, uma economia de custos elevados em áreas nevrálgicas para o setor produtivo. Adequar estes custos à realidade de uma economia globalizada e de concorrência cada vez mais acirrada exige, na vertente governamental, insistimos, disposição e vontade política.
4
Como a CNI vê o papel das Câmaras de Comércio para esse processo de consolidação das relações comerciais internacionais do Brasil? O que pode ser feito no âmbito da Confederação para apoiar ações de empresas brasileiras que queiram expandir negócios para o exterior? As Câmaras de Comércio desempenham papel importante nas relações comerciais internacionais, como bem demonstram as ações da Câmara Brasil-Portugal no Ceará. São fóruns em que as empresas de dois países estão sempre discutindo mecanismos para ampliar suas exportações. A CNI tem participação ativa em vários conselhos empresariais bilaterais, como a Câmara Americana de Comércio, os Conselhos com a Alemanha, com o Japão, com a União Europeia para discussão de investimentos e tributação, entre outros. Há diversas ações da CNI destinadas à internacionalização das empresas, em especial as pequenas e médias, como a Rede de Centros Internacionais de Negócios, a Rede CIN. Vinculada às federações de indústrias, a Rede CIN oferece às empresas treinamentos na área de comércio exterior, informações sobre mercados e outros serviços. Vale mencionar, também, o apoio da CNI a missões
6
Os maiores mercados para nossas exportações – China, Argentina e Estados Unidos – podem cr escer crescer escer.. Naturalmente, ainda há, corr er sim, muito a per percorr correr er,, especialmente no vasto mercado chinês.”
Qual a sua avaliação dos primeiros meses do Governo Dilma e as expectativas do setor industrial para os próximos quatro anos? Positiva. A disposição de cortar R$ 50 bilhões dos gastos públicos é louvável e absolutamente necessária. Esperamos que seja cumprida à risca, porque o combate à inflação não pode ser feito, como tem ocorrido até agora, somente pelo uso da política monetária, isto é, pelo aumento das taxas de juros. Isso é altamente danoso à indústria e encarece os investimentos. A experiência internacional tem mostrado que o controle dos gastos públicos é mais eficiente e causa um efeito mais rápido na queda da inflação do que a política monetária. O custo econômico desse impacto é substancialmente menor, tanto em termos de crescimento do Produto Interno Bruto como na duração do ciclo de ajuste ao longo dos anos. Jan-Fev-Mar 2011 13
informe publicitário
Aquiraz Riviera O complexo disciplina obras de lotes unifamiliares e incrementa investimento na equipe de vendas
C
Masterplan do Aquiraz Riviera
om uma área total de 300 hectares, o complexo turístico-imobiliário Aquiraz Riviera chega antes do prazo a um dos principais momentos de seu negócio: o início de obras dos lotes unifamiliares (para a construção de casas de veraneio ou residenciais). Com um total de 608 unidades comercializáveis para construção independente, o empreendimento fornecerá ainda em maio os regulamentos que disciplinarão a operação das construtoras que forem contratadas por cada comprador. Cada proprietário também receberá um check list contemplando o ‘passo a passo’ a ser seguido para a obtenção de regularização da escritura, bem como do “habite-se” de cada obra, além da relação de taxas (estimativas) e outros detalhes. A obra segue em ritmo acelerado, à frente do cronograma. Dos 425 lotes já disponibilizados para venda (de um total de 608), mais de 250 foram vendidos e pelo menos outros 50 estão reservados para compradores interessados. Cada lote unifamiliar possui uma área de no mínimo 1.000 m² e o empreendimento oferecerá “casas modelo” (projetos arquitetônicos padronizados) para orientar a construção nas propriedades. O Aquiraz Riviera é desenvolvido pelo Consórcio Luso-Brasileiro Aquiraz Investimentos S.A., compos-
14 Brasil-Portugal no Ceará
O diretor comercial Mário João de Almeida Dias empresta sua experiência ao Aquiraz Riviera
to pelo empresário cearense Ivens Dias Branco e pelos portugueses Ceará Investment Fund – Fundo Turístico Imobiliário, Grupo Hoteleiro Dom Pedro e Solverde (divisão de turismo do grupo Industrial Violas com a concessão dos Cassinos do Algarve).
PARCERIA COM A CBP-CE O Aquiraz Riviera acaba de receber um importante reforço em sua área de vendas de lotes unifamiliares. Trata-se do lisboeta Mário João de Almeida Dias, que assume o cargo de diretor de vendas imobiliárias do complexo Aquiraz Riviera. Com experiência acadêmica no Curso Superior de Gestão Hoteleira e Turismo da Universidade Internacional de Lisboa, Mário tem larga experiência no ramo comercial, imobiliário e de construção civil, tendo trabalhado na Lopes Immobilis, Eurorent Aluguel de Carros & Imobiliária e C&R Construção e Reforma, além de diversas outras experiências no ramo imobiliário em terras lusas. Mário também é incansável na capacitação relacionada com seu ramo, tendo frequentado diversos cursos de formação na área imobiliária (tais como investimento imobiliário, avaliação imobiliária, qualidade na construção etc.), além de curso de técnicas de vendas para supervisores (em Belas, Portugal), ministrado por diretores da Rank Xerox Portugal.
A GARANTIA CERTA DE BONS NEGÓCIOS.
VENHA SER NOSSO PARCEIRO.
CONSTRUTORA & INCORPORADORA
A Construtora Confaht é uma empresa com larga experiência em grandes obras públicas e diante do cenário econômico em alta, associado à grande demanda de investidores estrangeiros no Ceará e no Brasil, a construtora Confaht consolida mais um parceiro que é a Câmara Brasil Portugal no Ceará. Com isso, visando investimentos estrangeiros e nacionais, a empresa assume um desafio e acrescenta mais um leque de serviços, passando a oferecer a seus clientes, o seu know-how para a construção de condomínios residenciais, comerciais, resorts, spas, hotéis, etc.
Av. Desembargador Moreira, 2120 - Sala 605 - Aldeota - Fortaleza - Ceará - Brasil Fone: +55 85 3226 0118 site: www.construtoraconfaht.com.br - skype: construtora.confaht Jan-Fev-Mar 2011 15
informe publicitário
Confaht Na mira do investidor
C Confaht amplia seu leque de atuação, anexando empreendimentos comerciais e residenciais de alto padrão
om o fervor da economia, o Ceará tem sido palco de grandes investimentos, atraindo olhares de empreendedores brasileiros e estrangeiros. Com esse aquecimento, alguns segmentos têm tornado a vida do cearense melhor; pois a geração de novos empregos com carteira assinada fez com que a renda na cidade aumentasse.
16 Brasil-Portugal no Ceará
Um dos segmentos que mais cresceu com a chegada desses visionários investidores estrangeiros foi a construção civil. Alavancada por uma série de programas habitacionais, a construção civil é, hoje, o segmento que mais gera emprego no Brasil e faz com que o país continue crescendo. Em virtude disso, várias construtoras têm ampliado sua visão, passando a oferecer novos serviços a fim de atender a demanda de novos investidores. O caso mais recente é da construtora Confaht, que desde 2005 atuava somente com obras públicas, mas devido à grande procura por imóveis residenciais e comerciais, resolveu focar nesse nicho e, desde então, passou a construir também obras privadas. O empresário Fábio Holanda conta que sempre recebeu pedidos de orçamento para construção de
casas duplex, condomínios, mas nunca com tanta frequência como hoje. Por conta disso, resolveu modernizar a empresa; não só a identidade visual, mas também com investimento na qualificação e contratação de pessoal e na aquisição de uma nova sede, localizada num ponto estratégico da cidade com propósito de atender melhor o cliente. Como o objetivo é sempre alcançar novos horizontes, a Confaht abre as portas para o pequeno, médio e grande investidor, interessado em construir e disponibilizar o seu know-how, oferecendo toda garantia e modernidade na execução de seus projetos. SERVIÇO: Construtora Confaht Av: Desembargador Moreira, 2120 Sala 605 - Aldeota - Fortaleza-CE Fone: (55 85) 3226 0118 www.construtoraconfaht.com.br
Jan-Fev-Mar 2011 17
negócios | intercâmbio
por Davy Nascimento
OPORTUNIDADES
LUSÓFONAS ENCONTRO DISCUTE TROCAS COMERCIAIS ENTRE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA
A
Câmara Brasil-Portugal no Ceará (CBP-CE) está completando 10 anos em 2011 e celebrará a data com a realização de um evento ousado e representativo, o Encontro de Negócios da Língua Portuguesa (ENLP), que ocorrerá de 3 a 6 de outubro no La Maison Coliseu, em Fortaleza. O ENLP pretende reunir 300 participantes provenientes do Brasil e de diversos países de língua portuguesa, entre empresários, profissionais liberais, autoridades, pesquisadores, expoentes da cultura, representantes de entidades de classe, instituições e câmaras de comércio. Realização em parceria com a Prática Eventos, empresa associada à CBP-CE, o encontro pretende contribuir para a aproximação e o intercâmbio entre representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). 18 Brasil-Portugal no Ceará
O ENLP, que tem o apoio do Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil e da Câmara Brasil-Angola no Ceará, surgiu da necessidade de dar continuidade ao potencial resultante do V Encontro Empresarial de Negócios da Língua Portuguesa, realizado no Ceará, em 2009. E servirá, acima de tudo, para intensificar os meios e oportunida-
des para que o volume de negócios fechados entre os países ultrapasse os 10% do total de suas transações. Para que se alcance esse objetivo, estão programadas palestras, minicursos e mostras, em que o meio ambiente, energias renováveis, agronegócio e serviços serão os destaques das discussões, buscando garantir a geração de mais de 200 agendamentos empresarias futuros. A meta é que também sejam criados acordos de cooperação nos setores de construção civil, indústria, tecnologia de informação, turismo e comércio exterior, entre as instituições apoiadoras nas rodadas de negócios. O resultado desses esforços é o incremento de investimentos estrangeiros dentro do Ceará. De acordo com o presidente da CBP-CE, Jorge Duarte Chaskelmann, existem cerca de 300 milhões de pessoas espalhadas por todo o mundo
AS partilhando a língua portuguesa e uma identidade histórica comum, mas que precisam de oportunidades para crescer e dialogar entre si sob a óptica dos negócios. “Todos devemos ter a consciência de que estamos competindo num mundo globalizado com interesses específicos e, muitas vezes, divergindo dos nossos, mas a comunidade da língua portuguesa abrange nações que têm apresentado crescimentos bem acima da média mundial. Por isso, o encontro representa uma oportunidade ímpar de abrir o diálogo entre os empresários e sensibilizar os responsáveis pelas políticas públicas para que permitam agilizar as trocas comerciais entre esses países”, diz Chaskelmann. No local, cerca de 40 expositores vão apresentar em estandes os produtos e o artesanato de cada região na Mostra de Produtos e Serviços. Os participantes vão dispor de três
salas com capacidade individual para 50 pessoas, onde serão realizadas as atividades técnicas paralelas, e de um amplo auditório para 300 pessoas destinado para as reuniões plenárias. Como parte da programação, serão feitas visitas técnicas ao Porto do Pecém, perímetros irrigados, Distrito Industrial e aos empreendimentos Aquiraz Riviera e Vila Galé Cumbuco, além de outros locais a serem definidos pela organização, que fará iniciativas culturais e programará um torneio do Golfe. O lançamento oficial do Encontro de Negócios da Língua Portuguesa acontecerá no dia 19 de maio, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
SERVIÇO: Encontro de Negócios da Língua Portugesa Informações: Câmara Brasil-Portugal no Ceará: (55 85) 3261 7423 Prática Eventos: (55 85) 3433 7684 O ENLP surgiu da necessidade de dar continuidade ao potencial resultante do V Encontro Empresarial de Negócios da Língua Portuguesa, realizado em 2009
Jan-Fev-Mar 2011 19
página econômica | exportações
por Roberto Marinho, diretor do Ceará Trade Brasil, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Angola no Ceará, vice-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Portugal no Ceará e gerente regional da Câmara de Comércio Brasil-Moçambique no Ceará
Relações comerciais entre o Nordeste brasileiro e a África
O
Relacionamento comercial Brasil-África remonta o descobrimento e vem atravessando diversas fases desde então. Recentemente, com um reforço de imagem dado pelo ExPresidente Lula, estamos cada vez mais próximos. Diversas empresas brasileiras se estabeleceram em vários países do continente africano, algumas há bastante tempo e outras aproveitando as oportunidades que se abriram com esta proximidade patrocinada pelo Governo Brasileiro. Esta conjuntura se torna mais atraente quando percebemos que a grande maioria dos países africanos possui um parque fabril deficiente, quer por guerras que o destruíram, quer por nunca terem existido. É visível que este fato impulsiona um fluxo de importações maiores, mas também gera uma necessidade premente de industrialização e geração de empregos, renda, diminuição da dependência externa e diversificação da economia, baseada hoje quase que exclusivamente em recursos naturais. O Brasil é um grande fornecedor de matérias-primas e produtos industrializados em condições de atender amplamente as demandas do mercado africano, desde que se utilize a inteligência comercial, estratégias de acesso e manutenção de mercados e adequação de produtos, diferenciando assim da concorrência. O Nordeste brasileiro atualmente é uma região em efervescência, retomando seu lugar de destaque no país e com isto, novas vantagens competitivas se criam em diversos setores, como: industrial, comercial, turismo e serviços. É nesse contexto que defendemos
20 Brasil-Portugal no Ceará
uma participação efetiva nas exportações brasileiras e apostamos que o destino “África” é uma alternativa extremamente viável, operacionalmente possível e estrategicamente acertada. Entendemos que há um “gargalo” nesta relação que é a logística, mas estudos estão sendo desenvolvidos para mitigar estas questões e encontrar saídas viáveis. Um destes estudos está sendo concluído por nossa empresa Ceará Trade Brasil para a ABASE (Associação Brasileira dos SEBRAE Estaduais) através do SEBRAECE e mostra os pontos positivos e os desafios propostos para se atingir o resultado satisfatório. Na África, historicamente, por uma questão estratégica e geográfica, Las Palmas nas Ilhas Canárias, Cabo Verde e África do Sul foram protagonistas das rotas marítimas estabelecidas pelos navegadores das expedições comerciais, que se transformaram em conquistas de territórios, hoje comparados às conquistas de mercados mundiais. Com o passar do tempo, outros países foram entrando no radar comercial, e hoje é factível que tenhamos fluxo comercial com vários deles, a exemplo do grande mercado de Angola, Moçambique, Senegal, Egito, Namíbia, Tanzânia, entre tantos outros. Há que se entender que cada um dos países que formam o continente africano têm características próprias, línguas diversas, culturas e colonizações distintas, o que torna absolutamente necessário um perfeito entendimento destas disparidades e transformação em grandes oportunidades de diversificação de mercados, baseados em cooperação e transferência de tecnologia.
Atualmente, existe um intenso fluxo comercial entre Brasil e África, gerando um montante aproximado de US$28 bi em mercadorias exportadas pelo Brasil entre os anos de 2008/10, uma média de US$9,3 bi ao ano, com participação aproximada de 5,1% no total das exportações brasileiras. Apesar do decréscimo nas exportações de 2008/09, por conta da crise financeira internacional, o país se recuperou bem, atingindo um crescimento de 7% em 2009/10. Fazendo um comparativo do primeiro trimestre de 2011/10 das exportações brasileiras para o continente africano, acreditamos que 2011 será de grande crescimento para o Brasil, pois foram exportados US$2,5 mi contra US$1,8 mi em 2010. O Brasil possui uma vasta pauta de exportações para a África, mas vale destacar os três principais grupos de produtos: açúcares e produtos de confeitaria, carnes e veículos automóveis e suas partes, representando 48% de todas as exportações brasileiras, com aproximadamente US$13,5 bi no período de 2008/10. Os Estados nordestinos exportaram juntos, durante o mesmo período, US$1,48 bi, com participação aproximada de 5,3% de todas as exportações para o continente africano. O Estado do Ceará, entre os anos de 2008/10, exportou para o mundo US$3,6 bi, dos quais US$122 mi tiveram como destino o continente africano. Já Pernambuco exportou US$2,8 bi para o mundo e US$388 mi tiveram como destino a África. Devido a esse grande volume de exportações dos dois estados, desenvolvemos a ideia de se estabelecer em ambos pontos de concentração de cargas originadas nestes e nos demais Estados nordestinos e, eventualmente, outras regiões brasileiras, com destino à África, gerando assim um maior volume de cargas e contribuindo para a solução da questão logística. Uma série de fatores dificulta a aceleração dos processos de exportação, dentre os principais se destacam a falta de rotas comerciais marítimas e aéreas que liguem diretamente os portos nordestinos ao continente africano, a defasagem tecnológica dos equipamentos dos portos e aeroportos nordestinos, baixa intensidade de integração intermodal, entre outras citadas
no estudo encomendado pela ABASE e SEBRAE/CE a ser divulgado em breve. Boa parte dos países africanos se utiliza do recurso da re-exportação, comprando mercadorias para consumo próprio e se utilizando da vantagem geográfica, transformando-se em entrepostos para exportações com destino a países vizinhos. É com este propósito que também destacamos o esforço de se criar em Cabo Verde, Angola e Moçambique, entrepostos aduaneiros ou não, com o propósito de armazenarem cargas brasileiras que terão como destino final os inúmeros países do Continente Africano. Dentre as principais importações da África, o Brasil merece destaque especial nos produtos: açúcar e produtos de confeitaria, carnes e miudezas, comestíveis, petróleo e seus derivados, cereais, móveis, colchões, assentos, aparelhos para iluminação, automóveis de passageiros e transporte de mercadorias, além de aparelhos telefônicos, fios e cabos para linha telefônica, entre outros. Na análise Nordeste-África também durante os anos de 2008/10, podemos destacar alguns produtos que possuem força para adentrar e aumentar sua participação, como os móveis e mobiliários, em que o Ceará ocupou a primeira posição nas exportações nordestinas para a África, com US$1,9 mi; já a Bahia foi o segundo, com US$820 mil; e Pernambuco o terceiro, com US$425 mil. Com relação aos calçados, o Ceará também se destacou como primeiro maior exportador nordestino, com US$24,1 mi; a Paraíba com US$11,8 mi; Bahia e Pernambuco com US$3,6 mi e US$2,9 mi, respectivamente. Na área de confecções e moda, Pernambuco ocupou a melhor posição no Nordeste, com US$5,3 mi; Bahia em segundo, com US$690 mil; e logo atrás, Alagoas e Ceará, com US$325 mil e US$308 mil. Para alcançarmos este objetivo, Empresas, Governos, Federação de Indústrias, SEBRAE, APEX, Câmaras de Comércio, Comerciais Exportadoras e sociedade em geral, devem caminhar juntos na importante e necessária melhoria da cultura exportadora, estratégia internacional e diversificação de mercados. Os números e o cardápio estão postos, quem se habilita?
Jan-Fev-Mar 2011 21
debate | oportunidade
por Davy Nascimento
ALMOÇO DE
NEGÓCIOS PALESTRAS PROMOVIDAS PELA CBP-CE DEBATEM A AMPLIAÇÃO DE INVESTIMENTOS CEARENSES E VIRTUALIZAÇÃO DOS MERCADOS 22 Brasil-Portugal no Ceará
A
Câmara Brasil-Portugal no Ceará (CBP-CE) começou o ano de 2011 com a realização de dois encontros, dentro de seu programa Almoço de Negócios, para ampliar os horizontes de investidores cearenses e discutir a realidade da crescente virtualização dos mercados. Em fevereiro, o autor do Best Seller “Google Marketing, o Guia Definitivo do Marketing Digital”, Conrado Adolpho Vaz, apresentou a palestra “Google Marketing e os 8 Ps do Marketing Digital”, no Hotel Luzeiros, em Fortaleza, numa realização da CBP-CE e par-
ceria com a InfoBrasil. Considerado um dos maiores especialistas de marketing digital do Brasil, Conrado falou sobre o constante crescimento da virtualização dos mercados, dando alternativas de quais caminhos os empresários de diversos ramos podem seguir, integrar o planejamento estratégico a uma cultura interativa e agir frente a um mercado em constante mutação. De acordo com Conrado Adolpho, diretor da Publiweb Marketing Digital, a tendência é que o mercado se volte para os meios digitais. “A Internet tornou-se a forma dominante de
comunicar-se, buscar informações e entretenimento, trabalhar e consumir”. Ele acredita que, em poucos anos, “as empresas que não tiverem a cultura digital em seu DNA serão rapidamente suplantadas por concorrentes mais novos e que dominem o comportamento interativo do consumidor do novo milênio”. Especialista em marketing digital, com pós-graduação em Economia e tendo cursado Engenharia Aeronáutica no ITA, Unicamp e IBTA, Conrado Adolpho, que atualmente cursa MBA em estratégia pela BSP, acredita que o comportamento do consumidor está se transformando de forma drástica devido ao crescente acesso à tecnologia ser cada vez mais barato. “É de importância vital para as organizações entenderem de maneira ampla esse novo mercado e saberem como integrar em seus planejamentos estratégicos uma cultura adaptada
aos novos conceitos vigentes”. Dentro da programação da palestra, esteve em pauta a discussão de temas, como a economia dos átomos e a economia dos bits: as profundas modificações no modelo econômico deste início de século XXI; o gap digital: o descompasso entre as estratégias de marketing praticadas pelas empresas e o comportamento do consumidor; os 8 Ps do marketing digital (Pesquisa, Projeto, Produção, Publicação, Promoção, Propagação, Personalização e Precisão); como trabalhar o site para ficar na primeira página do Google; como fazer uma campanha de links patrocinados de resultados; e publicidade 2.0: a queda da mídia de massa e uma breve reflexão sobre os seus resultados cada vez menos expressivos. Para Mariana Marques, coordenadora de Comunicação Criativa da AD2M Engenharia de Comunica-
Especialista em marketing digital, Conrado Adolpho profere palestra em almoço da CBP-CE
ção, empresa sócia da CBP-CE, a palestra evidenciou a importância da presença do empresariado na web, que já é uma realidade há muito tempo. “O posicionamento dos empresários nesse contexto é o de ter maior poder de monitoramento, resposta, defesa, esclarecimento, enfim, tudo que possa melhorar a imagem e ampliar seu público-alvo na web”, conta Mariana.
Jan-Fev-Mar 2011 23
Público assiste à palestra do ex-ministro da Secretaria Especial dos Portos, Pedro Brito
LOGÍSTICA INTEGRADA No dia 21 de março, o Hotel Gran Marquise, em Fortaleza, recebeu a palestra do ex-ministro da Secretaria Especial dos Portos (SEP), Pedro Brito, intitulada “Logística Integrada: os principais desafios do crescimento no Brasil”. No encontro foram apresentadas as experiências do ex-ministro, a partir de seu ponto de vista quando esteve à frente do cargo e enquanto economista e gestor de extensa trajetória. Dar vazão às crescentes trocas com outros países e superar antigos modelos e limitações estru-
Diretoria e sócios marcam presença no Almoço de Negócios promovido pela Câmara BrasilPortugal no Ceará 24 Brasil-Portugal no Ceará
turais, dentro de um contexto de franco crescimento de produção e comércio internacional, além dos altos índices de confiança mundial no potencial econômico do Brasil, foram os principais desafios comerciais debatidos. Natural de Fortaleza, graduado pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestre em Administração Financeira pela Coordenação dos Programas de Pós Graduação em Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pedro Brito explicou que os países africanos surgem como horizonte aos investidores brasileiros e a discussão da logística dessa relação torna-se indispensável. Para ele, o maior problema portuário enfrentado hoje no país é o acesso. “Os gargalos dos portos não estão dentro dos portos”, explicou. Segundo o ex-ministro, um dos exemplos disso é uma das avenidas que levam ao Porto do Mucuripe, em obras há três meses, obrigando a passagem de caminhões pela Avenida Beira Mar. “Como podemos pensar em uma circulação de 15 mil caminhões por dia, que vai aumentar até 2014 para 45 mil caminhões?”, questionou.
Em paralelo, o presidente da Câmara Brasil-Angola no Ceará e vice-presidente da CBP-CE, Roberto Marinho, apresentou o estudo “Logística entre o Nordeste do Brasil e a África”, elaborado pela Ceará Trade Brasil, a serviço da Associação Brasileira dos Sebraes Estaduais (ABASE). A análise foi elaborada para buscar identificar e avaliar o potencial de toda a malha de transporte de carga aéreo-marítima e de cabotagem entre portos e aeroportos do Nordeste brasileiro e países africanos, em particular os países da Costa Oeste do Continente Africano. Entre os resultados ali comentados, está a perspectiva positiva de que o Brasil possa protagonizar o atendimento às necessidades básicas da África. “Este trabalho dialogou com companhias de navegação, empresas de logística, alfândegas e câmaras de comércio”, disse Marinho. Para Ênio Viana, da empresa Arêa Leão, empresa sócia da CBPCE, o encontro ampliou a visão do mercado africano, que tende a ser o novo foco de crescimento do mundo. “É uma ótima oportunidade de encontrar parceiros e possíveis clientes fora da mesa de negócios”, afirmou Viana.
informe publicitário
Liderança à vista RE/MAX Brasil chega ao Ceará para liderar o mercado de franquias imobiliárias
A
Re/Max Internacional, maior rede de franquia imobiliária do mundo em transações, iniciou suas operações no Ceará, em fevereiro passado, com uma estratégia agressiva para conquistar a liderança do mercado local de franquias imobiliárias. “A chegada da Re/Max ao Ceará vem revolucionar o mercado imobiliário da região, promovendo as melhores práticas na área que só uma rede de porte mundial como a Re/Max pode oferecer”, destaca Apollo Scherer, diretor comercial da Master Franquia. Segundo Apollo Scherer, esta garantia de qualidade e preocupação com a padronização da marca já fez com que, logo após o lançamento da Master Franquia Ceará, muitas imobiliárias e corretores se mostrassem interessados em usar a bandeira Re/ Max. “A regional do Ceará já tem cinco empresas franqueadas e está selecionando e trazendo os preparativos para a integração de novas empresas e corretores à rede”. Para Henrique Portela, diretor executivo da Re/Max Ceará, “a empresa tem o cuidado de não só ter um grande número de franqueados, mas de franqueados com qualidade”.
HISTÓRIA DE SUCESSO Fundada nos Estados Unidos por Dave e Gail Liniger, em 1973, período marcado por graves problemas econômicos provocados pela crise mundial do petróleo, a empresa baseia-se em três fundamentos: máximo serviço para o cliente, máxima comissão para o corretor e máxima rentabilidade para o franqueado. Hoje a Re/Max é tida como uma
das melhores empresas para se trabalhar nos EUA e uma das mais agressivas em vendas. De acordo com o ranking de 2009 da Revista Entrepreneur, a Re/Max está entre as Top 10 franquias de baixo custo. Em 2008, ficou em 7ª posição no ranking mundial de franquias, sendo sempre a primeira no setor imobiliário. Com sede em Denver, Colorado (EUA), a Re/Max está presente em todos os continentes, em 87 países, com mais de 100 mil corretores em sete mil franquias. A Re/Max realiza anualmente cerca de 1,5 milhão de transações imobiliárias em todo o mundo. O segredo do sucesso da marca está no número de agências e no treinamento dado aos corretores.
“A cadeia de franquias opera como se fosse uma imobiliária tradicional, mas dentro de uma mesma bandeira. As vantagens é que o consumidor final conta com vantagens, como a maior facilidade para adquirir um imóvel no exterior a partir de um sistema integrado de vendas; o atendimento personalizado e uma segurança jurídica maior”, afirma o presidente da Re/Max Brasil, Renato Teixeira.
Franqueados da Re/Max brindam na festa de lançamento para 360 convidados; abaixo, Apollo Scherer, diretor comercial da Master Franquia, em discurso motivador
RE/MAX NO BRASIL A Re/Max atua no Brasil em todos os segmentos imobiliários. A expectativa do Master Brasil é que, no prazo de cinco anos, a rede de franquias da empresa no País atinja um volume geral de vendas de R$ 12 bilhões. Jan-Fev-Mar 2011 25
economia | investimento
26 Brasil-Portugal no Cearรก
por Samira de Castro
OBRAS PARA A
COPA TERMINAL DE PASSAGEIROS PÕE CEARÁ NA ROTA DOS CRUZEIROS INTERNACIONAIS
2O14 E
m menos de quatro anos, o Nordeste estará entre os palcos privilegiados do maior espetáculo do esporte mais popular do planeta: a Copa do Mundo de Futebol, que acontecerá no Brasil, em 2014. A região, com seus inegáveis e inigualáveis atrativos turísticos, apresenta quatro capitais como subsedes dos jogos – Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA). Até lá, um verdadeiro celeiro de oportunidades se configura em território nordestino, possibilitando incremento nos negócios para segmentos como a construção civil, o comércio e os serviços, sobretudo o turismo. Um verdadeiro canteiro de obras se forma na região. Polêmicas à parte sobre o cumprimento do cronograma exigido pela FIFA, governos e setor privado vêm tentando fazer a sua parte. O Governo Federal, por exemplo, está investindo R$ 900 milhões na modernização de sete portos brasileiJan-Fev-Mar 2011 27
O objetivo é utilizar, a exemplo do Píer Mauá, no Rio de Janeiro, a área, de 140 mil m² com serviços de lazer e contemplação, atrelando eventos de moda, exposições, espetáculos, diferentes gastronomias, e, assim, consolidar a imagem turística da cidade em baixa temporada.
MARÉ ALTA
Com o Terminal de Passageiros no Porto do Mucuripe, Fortaleza passará a integrar a rota dos grandes cruzeiros internacionais
ros cujas cidades sediarão jogos da Copa do Mundo – Fortaleza, Natal, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, além do Porto de Santos (SP) e Manaus. Para acelerar as obras, os portos de Santos e Rio terão três turnos de trabalho, 24 horas por dia. A ideia do governo é fazer dos navios de passageiros uma opção para aumentar o número de leitos para os turistas durante os jogos. No total, a ampliação dos portos dará lugar a navios que comportam 70 mil leitos, pelos cálculos da Secretaria Especial dos Portos (SEP). O primeiro a ficar pronto será o de Recife. Os terminais mais críticos, como os de Santos e Rio de Janeiro, que tinham previsão de terminar só em abril de 2014, terão seu cronograma ajustado por meio de mudanças nos editais. Para os demais, a secretaria garantiu a conclusão em 2013. Depois das ampliações, os portos de Santos, Rio e Salvador poderão comportar até seis navios cada (um navio de grande porte tem aproximadamente 3,5 mil leitos). Os de Natal, Recife, Fortaleza e Manaus terão ancoradouros para dois navios, de acordo com o ministro Leônidas Cristino. Depois do grande fluxo de turistas para a Copa, a estrutura servirá, sobretudo, para movimentação de carga.
VANTAGENS DO MUCURIPE No Porto do Mucuripe, em Fortaleza, serão investidos R$ 105,9 milhões para a construção de um terminal de passageiros de cruzei28 Brasil-Portugal no Ceará
ros. Segundo o ministro Leônidas Cristino, da SEP, a Companhia Docas do Ceará (CDC) está concluindo o projeto do novo terminal. Hoje, o receptivo de passageiros é realizado na sede da CDC. “Estes investimentos irão mudar o fluxo do turismo na região, pois Fortaleza fica próxima à costa leste americana e europeia, o que gera um grande atrativo”, disse o ministro, que é cearense e já foi prefeito de Sobral, cidade da zona Norte do Estado. As obras consistem na ampliação do cais de atracação para 350 metros, construção de uma retroárea de 70 mil metros quadrados e um terminal de 10 mil metros quadrados. Além do terminal de passageiros, o Porto do Mucuripe também recebe obras de dragagem, com previsão de conclusão para o fim de abril. O projeto amplia a profundidade de 10,5 para 14 metros de calado e abre um novo canal de acesso às embarcações. O terminal de passageiros vai incrementar a movimentação de navios de cruzeiro. A operadora de turismo CVC, por exemplo, anunciou que dará prioridade ao Nordeste com a construção do terminal em Fortaleza. A intenção é ligar a área do porto organizado com as áreas hoteleira, aeroporto e com o estádio Castelão, palco de jogos da Copa. Com 2,5 milhões de habitantes, economia crescente e uma classe média sólida, a Capital cearense irá precisar de um terminal que opere port-of-call, ou seja, com utilização de trânsito e não somente para embarque.
A temporada de cruzeiros marítimos 2010/2011 bateu um recorde antes de seu início, em outubro passado. Serão 415 roteiros, contra 407 do período anterior. “O número de roteiros aumentou porque a procura sobe a cada ano. Não podemos esquecer que os 29 milhões de brasileiros que ascenderam à classe média nos últimos anos estão com poder econômico para fazer um cruzeiro”, diz Ricardo Amaral, presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar). Também cresceu o número de navios: são 20 contra 18 no ano passado. Durante os quase oito meses em que permanecerão no país (até maio deste ano), os navios deverão receber 886.833 turistas, conforme a previsão da Abremar – 23% mais que os 720 mil cruzeiristas da temporada 2009/
No país do futebol
2010. Do Porto de Santos deverá sair o maior contingente deles, 651 mil, seguido pelo Rio de Janeiro, que poderá registrar mais de 500 mil embarques. A estação deve trazer à Fortaleza cerca de 12 mil turistas. Os 20 navios que virão ao Brasil até maio representam 10% da frota atual em operação no mundo, que é de 200 transatlânticos. Dados da
Com a Copa do Mundo de Futebol de 2014, o fluxo de turistas tende a ser ampliado – não só durante, mas também após a sua realização
Abremar revelam que, nos últimos 10 anos, foram construídos 118 navios e mais 26 serão entregues até 2012. “Os navios conduzem uma média de 13,44 milhões de turistas a cada ano, sendo 5,35% na costa brasileira, número que tende a crescer à medida que os cruzeiros ganham espaço em diferentes mercados”, diz Amaral. “China, Índia e Dubai construíram portos especiais para receber cruzeiros, cientes da força desenvolvimentista do turismo”, acrescenta. A demanda por cruzeiros cresceu mais de 2.000% em dez anos, segundo a Abremar. Hoje, o Brasil é o sexto mercado de cruzeiros do mundo, com a perspectiva que se torne o quinto do ranking. A movimentação da atual temporada gera otimismo entre os empresários do setor, que trabalha ainda com a expectativa de complementar a oferta de hospedagem para atender o público da Copa do Mundo de 2014. “O setor é novo no Brasil. É importante que todos os segmentos envolvidos se comuniquem”, avalia o vice-presidente da Associação, André Pousada, que defende a criação de um marco regulatório para o setor, com a agregação das várias legislações em um só documento.
Para um país em desenvolvimento como o Brasil, a Copa de 2014 será um importante evento, capaz de movimentar os mais diversos setores – da construção de estádios à melhoria do esgotamento sanitário. As 12 capitais escolhidas para sediar as partidas do mundial receberão mais de R$ 33 bilhões em investimentos – 78% são oriundos dos cofres públicos –, dos quais a maior parte será destinada à mobilidade urbana e reforma ou construção de estádios. A competição movimentará R$ 700 milhões em campanhas de marketing, além de gerar R$ 11 bilhões em tributos federais. De acordo com o Ministério do Turismo (MTur), os impactos econômicos resultantes da realização da Copa no Brasil podem chegar a R$ 185 bilhões, dos quais R$ 48 bilhões (26%) são diretos e R$ 136 bilhões indiretos, causados pelo estímulo às atividades econômicas ou induzidos pelos efeitos diretos. No mercado de trabalho, a estimativa é de geração de 713 mil novas vagas, entre 2009 e 2014. Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontam que 3,6 milhões de trabalhadores se envolvam nos preparativos e na realização deste megaevento. O Nordeste será uma das regiões mais beneficiadas pela Copa. Metade dos investimentos no segmento hoteleiro terá como destino Salvador, Recife, Natal e Fortaleza, cuja quantidade de quartos poderá chegar a 45 mil. Nos últimos quatro anos, mais de 50% dos recursos alocados em turismo no Brasil foram para a região nordestina. Esse resultado tem uma explicação: as cidades nordestinas são conhecidas pelas belezas naturais. A estimativa é de que o conjunto de bens e serviços produzidos no Nordeste – o Produto Interno Bruto – seja ampliado em 1,2% devido à Copa. Jan-Fev-Mar 2011 29
informe publicitário
Infobrasil 2011 Feira oferece programação variada para profissionais e estudantes
C
om diversificada programação sobre “Gestão de TI & Telecom na Era da Colaboração”, a InfoBrasil 2011 discutiu, entre 26 e 29 de abril, a Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), promovendo o intercâmbio entre mercado, governo e academia. Em sua 37ª edição, realizada no Centro de Convenções do Ceará, a programação incluiu 25 eventos voltados para empresários, gestores de TI, pesquisadores e estudantes. A programação incluiu o IV Congresso Tecnológico InfoBrasil, onde pesquisadores e estudantes de 17 estados brasileiros, Cuba e EUA apresentaram trabalhos em 16 sub-áreas de TIC, com destaque para Automação e Sistemas Embarcados, Engenharia de Software, Engenharia Biomédica e Inteligência Artificial. Com mais de 60 estandes, nos quais líderes do mercado apresentaram as novidades do setor em produtos e soluções, a InfoBrasil realizou ainda eventos voltados para empresas de diferentes portes, como os seminários Segurança da Informação; NFC e o Futuro do Mobile Payment, com o consultor e desenvol-
30 Brasil-Portugal no Ceará
vedor de novos negócios, Eduardo Prado; Software Livre para Micro e Pequenas Empresas (MPEs), com Corinto Meffe; e Educação a Distância para MPEs.
MERCADO E GOVERNO O Grupo de Gestores de Tecnologia da Informação e da Comunicação do Ceará (GGTIC) realizou, no evento, o II Encontro Anual do GGTIC, com oito palestras ministradas pelas empresas Aliz, Decatron, Converge TI, Neoris, Synapsis, Totvs, Vivo e Oi, além de cases de sucesso da Hapvida, EIT, Expresso Guanabara, Grupo J. Macêdo, Grupo Marquise e Vicunha Têxtil. O XI Seminário e-Gov discutiu o uso da tecnologia nas áreas de Segurança, Saúde, Educação e Inclusão Digital, contando com ampla presença de representantes de instituições e órgãos, como a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS); Gestão da Tecnologia da Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF); Conselho de Educação do Ceará (CEC); Instituto UFC Virtual; Universidade Estadual do Ceará (Uece); Secretaria da Educação do Ceará (Seduc);
Ministério da Educação (MEC); Ministério da Saúde, Odorico Monteiro; Telebrás; o representante do Instituto de Inovação Digital InfoBrasil e Ministério das Comunicações.
GRANDES ATRAÇÕES Outros destaques foram as palestras com nomes de projeção nacional, como Dill Casella (Fazer Acontecer na Era da Colaboração, Como Construir o Futuro); Eduardo Prado (Novos negócios com a exploração de serviços MVNO - Operadoras Móveis Virtuais); Conrado Adolpho Vaz (Como montar uma empresa digital e ganhar dinheiro na internet); e o Prof. Dr. Sérgio Amadeu da Silveira (Cidadania digital e segurança nas redes cibernéticas).
WORKSHOPS Para garantir mais opções de qualificação profissional aos participantes, a InfoBrasil 2011 promoveu workshops que abordaram temas como “Marketing Digital”, ministrado por Conrado Adolpho Vaz (um dos maiores especialistas da área no país); “Fotografia Digital em Foco”, com o especialista em edição e tratamento de imagens do Fantástico (TV Globo), Altair Hoppee; e de um dos fundadores do estúdio Lumini, de Minas Gerais, Márcio Rodrigues. Destaque também para o workshop “Arte Digital”, com Alex Oliver, especialista em animação gráfica e escultor figurativo. A InfoBrasil é uma realização do Instituto InfoBrasil de Inovação Digital (IIID) e Instituto Brasileiro de Qualidade & Gestão Pública (IBQGP), promovida pelo Sebrae com apoio de parceiros como 2LA Eventos, GGTIC, Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza, dentre outros.
Jan-Fev-Mar 2011 31
página jurídica | internacional
por Rômulo Alexandre Soares, advogado, presidente do Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil
O Ceará é do tamanho do mundo
E
m 2011 se celebra 10 anos de fundação da Câmara Brasil Portugal no Ceará. É bem verdade que as relações lusocearenses têm uma trajetória mais longa do que esses 10 anos, mas a consolidação da ligação aérea diária entre Fortaleza e Lisboa é um divisor de águas nesse processo de imigração – e de turismo – e fez com que a onda portuguesa de investimentos no Brasil se ressaltasse neste estado que, juntamente com São Paulo, atraiu importantes aportes nas áreas do turismo e energia, para citar apenas os maiores e aqui se organizasse uma das mais ativas câmaras de comércio do Brasil. Sucedeu-se o mesmo com a África, em especial aquela que fala português, a partir da criação do voo para Cabo Verde e esperamos que seja da mesma forma com a criação da linha aérea entre Fortaleza e Madrid que é inaugurada em fevereiro e nos ligará ao país que tem uma das maiores reservas de investimento externo direito no Brasil e cujas marcas comerciais são bem conhecidas aqui, tais como Santander, Telefônica e Meliá. Além do mais, o maior vetor de investimento no estado, cujas obras preliminares já começaram – a siderúrgica – é em parte coreano e soma, com pelo menos outras dezenas de países, uma fonte de poupança externa indis-
32 Brasil-Portugal no Ceará
pensável ao desenvolvimento do nosso estado. Também seremos palco em 2014 de um dos maiores eventos do mundo. Justificável, portanto, a atual existência de 22 consulados estrangeiros e mais de 10 entidades de caráter internacional no nosso Estado.
Num ambiente de recursos escassos, entendo que as ações de internacionalização devem ser articuladas entre estado e a sociedade civil, juntos, estabelecendo-se prioridades e o papel de cada um.” Definitivamente, a agenda internacional do Ceará nesta última década contribuiu para assegurar a redução das desigualdades regionais cuja parcela da política e elites brasileiras parece ignorar e, pior, alimentar. Mas é preciso aprofundar esse processo de internacionalização e tirar vantagens da excelente localização do Ceará, um ponto equidistante para a África, a Europa e as Américas, que abriga um
dos maiores complexos industrial e portuário do Brasil e que tem vocações muito bem definidas e francamente competitivas, como por exemplo, servir de entreposto nas relações entre o Brasil e a África e entre o Brasil e a Europa. Recentemente, o Governador Cid Gomes delineou num encontro da Câmara Brasil Portugal a intenção de rearticular a assessoria internacional ligada ao seu gabinete, a fim de incentivar, apoiar e coordenar as ações externas do estado. Tal organismo teria o intuito de contribuir para a identificação de novas oportunidades internacionais de cooperação, comércio e investimento, atração de financiamentos e inovação tecnológica, habilitando-nos a atingir novos patamares de competitividade e, portanto, qualidade de vida do cearense. Está certo o governador. Essa rearticulação é uma decisão de governo de extrema importância, na medida que poderá mediar a formulação de uma agenda internacional do Estado juntamente com as instituições que se dedicam permanentemente ao fomento das relações internacionais, a exemplo das Câmaras de Comércio bilaterais, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, através do seu Centro Internacional de Negócios, do Sebrae, dos Correios, consulados e
da Sociedade Consular, dentre muitos outros. Certamente essas entidades têm muito a oferecer em termos de conhecimento e práticas, reduzindo os custos de internacionalização do Estado. Recordo-me, por exemplo, quando comecei a atuar na área de direito internacional e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará, então presidida pelo industrial Fernando Cirino Gurgel, era o braço local do Ministério das Relações Exteriores para o programa Trade Point criado pela Comissão das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento – Cnucd. Desse projeto – então sob os cuidados do ex-presidente da Câmara Brasil Portugal e atual Superintendente do Centro Internacional de Negócios da FIEC, Eduardo Bezerra e da expert em comércio exterior, Farah Diba Braga – resultou a criação da Brasil Trade Net, uma das maiores
ferramentas de comércio exterior na atualidade. Efetivamente, há muito conhecimento a ser compartilhado e a assessoria internacional poderia se valer disso. O governador Cid está certo colocando em prática a diplomacia federativa, cuja existência no mundo globalizado é uma realidade incontornável e que precisa ser notada como um instrumento de poder. O próprio Ministério das Relações Exteriores, percebendo isso, criou em 2003, a Assessoria Especial de Assuntos Federativos e Parlamentares – Afepa, à qual compete promover a articulação entre o Ministério e os Governos estaduais e municipais e os legislativos estaduais e municipais, com o objetivo de assessorá-los em suas iniciativas externas. Aliás, quanto à Afepa, advogo que o Ceará deveria, em conjunto com o Maranhão, o Piauí e o Rio Grande do Norte,
reivindicar a criação de um Escritório de Representação do Itamaraty, a exemplo do que já existe em outros estados do Brasil, a fim se coordenar com as autoridades locais – estado e municípios – as ações desenvolvidas por esse Ministério e fazê-las mais visíveis em benefício desta região. Num ambiente de recursos escassos, entendo que as ações de internacionalização devem ser articuladas entre estado e a sociedade civil, juntos, estabelecendo-se prioridades e o papel de cada um. O que não pode é existirem agendas desconexas e que resultam no gasto do dinheiro, muitas vezes público. A assessoria internacional tem um papel importante na condução desse processo virtuoso. Enfim, o Ceará será do tamanho que a nossa sociedade e governo quiserem. Acho que o Ceará pode ser do tamanho do mundo.
Assessoria Contábil Consultoria de Negócios Gestão Empresarial e de Condomínios A OSS CONSULTING oferece aos seus clientes um mix de serviços especializados em consultoria e assessoria de negócios, gestão de condomínios e especialmente assessoria contábil. O cliente pode encontrar em um só lugar (one stop shop) todas as soluções necessárias para o sucesso nos negócios.
Assessoria Contábil, Fiscal, Trabalhista e Societária
A contabilidade é uma ferramenta essencial para o controle dos negócios e tem como objetivo gerar informações que possibilitem aos gestores a melhor decisão, mantendo sua competitividade no mercado.
Consultoria em Negócios Turísticas e Imobiliários
Desenvolvemos serviços especializados em consultoria e assessoria em negócios imobiliários e turísticos, oferecendo apoio desde o projeto inicial, compreendendo estudos mercadológicos e a viabilidade econômico-financeira do projeto.
Consultoria Tributária
A gestão eficaz da carga tributária está entre as principais preocupações da administração de uma empresa.
Gestão de Condomínios
Assessoria na gestão condominial, incluindo a assessoria contábil e jurídica em parceria com escritório de advocacia especializado em projetos imobiliários e condominiais. Av. Dom Luís, 500 -Sala 1925 - Aldeota - Fortaleza - Ceará - Brasil Fone: +55 (85) 40065804 - www.osssconsulting.com.br - comercial@ossconsulting.com.br
Jan-Fev-Mar 2011 33
ESPAÇO IBEF
PIB cearense em 2010 e desempenho setorial
O
PIB cearense foi tema de duas publicações recentes do IPECE, com a divulgação da estimativa do crescimento do PIB estadual para o ano de 2010 e a análise do comportamento da economia nesta última década. O presente documento tem por objetivo principal sintetizar estes resultados, com foco na contribuição da indústria para a dinâmica da expansão econômica do Ceará na década passada.
DESEMPENHO DO PIB CEARENSE EM 2010
Quando analisamos os três grandes setores da economia, notamos que a indústria cearense desempenhou papel de destaque no ano de 2010, com expansão de 9,7%, contra 7,5% do setor de serviços e queda de 8,1% da agropecuária. Dentro da indústria, destacam-se as variações da construção civil (+ 14,5%) e eletricidade, gás e água (+ 13,4%). TABELA: Ceará e Brasil - Crescimento Anual do Valor Adicionado a Preços Básicos - 2010
A economia cearense apresentou, em 2010, crescimento do PIB na ordem de 7,9%, ou seja, mais um ano com taxas de crescimento superiores aos números do País (7,5%). Com este resultado, o PIB a preço de mercado do Ceará atinge o valor de R$ 74,949 bilhões, representando 2,04% da economia do País.
Setores
O resultado do quarto trimestre expõe a tendência de desaceleração do ritmo de expansão, uma vez que a economia do Ceará apresentou crescimento de 5,8% em relação ao mesmo trimestre de 2009. Com isto, as taxas de expansão da economia convergem para o ritmo previsto pelo IPECE para o ano de 2011, de aproximadamente 5,5%. Gráfico 1 – Brasil e Ceará – Variação do PIB a preços de mercado
4 o Tri/2010 sobre 4o Tri/2009
Ceará 34 Brasil-Portugal no Ceará
Acumulado em 2010
Brasil
Ceará
Brasil
Agropecuária
-8,1
6,5
Indústria
9,7
10,1
Extrativa mineral
-16,1
Transformação
6,9
15,7 9,7
Construção Civil
14,5
11,6
Eletricidade, Gás e Água
13,4
7,8
Serviços
7,5
5,4
Fonte: IPECE
Como se pode ver, o crescimento menor da indústria cearense face à indústria do Brasil se deve à performance negativa da indústria extrativa mineral. Há de se ressaltar que a Indústria de transformação cearense também apresentou taxa de crescimento menor que aquela do Brasil, fato que se deveu ao comportamento descencional apresentado por este ramo industrial no último trimestre de 2010.
por Pedro Jorge Ramos Vianna e Guilherme Muchale
política| eleições
por Aloísio Menescal
Obras da Usina Termelétrica Energia Pecém, no Ceará
MARCA DE PESO A EDP É 280a MARCA MAIS VALIOSA DO MUNDO, ACIMA DO FACEBOOK Energias de Portugal (EDP), que já integrava a lista das “500 mais”, detém hoje a 280ª marca mais valiosa em todo o mundo. Uma posição nada modesta – imediatamente acima do valor de marca do Facebook, que acaba de ingressar na lista. De acordo com a classificação elaborada pela Brand Finance e que avalia as 500 marcas mais valiosas de todo o globo, a marca EDP possui atualmente um valor de U$ 3,692 bilhões de dólares. A EDP, liderada por António Mexia, fechou o quarto trimestre de 2010 com um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 420 milhões – alta de 5,7% em comparação ao mesmo trimestre de 2009. Este indicador atingiu, no ano, o valor de R$ 1,55 bi-
lhão, o maior da empresa até hoje, crescendo 3,6% face ao ano anterior. Somente o lucro líquido da companhia somou R$ 200,7 milhões no quarto trimestre, em linha com o obtido no mesmo trimestre do ano anterior. Já é o terceiro ano consecutivo que a EDP no Brasil registra redução em seus custos, diminuindo os gastos gerenciáveis em 19,2% no 4º trimestre de 2010, em relação ao mesmo período do ano anterior.
EDP NO BRASIL E NO CEARÁ Holding do setor elétrico que consolida ativos nas áreas de geração, distribuição e comercialização de energia, a EDP no Brasil está presente nos estados de São Paulo (Vale do Paraíba, Alto Tietê e Litoral Norte), Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul e também no Ceará. Controlada pela EDP Energias de Portugal, uma das maiores operadoras europeias do setor elétrico, a empresa está construindo no Ceará a Usina Termelétrica Energia Pecém, em parceria com a MPX Energia. O projeto já se encontra 91% concluído, enquanto a obra já está 65% pronta. Com mais de cinco mil empregos gerados durante a construção, o empreendimento será responsável por converter o Ceará de importador em estado exportador de energia elétrica com seus 720 MW (Megawatts) de potência instalada e podendo gerar anualmente até 6.307 GWh (Gigawatts/ hora), o suficiente para abastecer uma cidade com aproximadamente 5,6 milhões de habitantes.
Jan-Fev-Mar 2011 35
página econômica | ong´s
por Maiso Dias, consultor, professor e escritor
Gestão nas organizações do Terceiro Setor. Novos paradigmas do Empreendedorismo Social
C
omo se articulam as organizações do Terceiro Setor para garantir a efetividade em sua gestão? Esse é um dos questionamentos feito pelos gestores à frente das associações e organizações não governamentais – ONGs, que veem o Terceiro Setor como sendo uma consequência da revolução nos papéis sociais tradicionais, em que a sociedade torna-se mais participativa, não deixando apenas a cargo do Estado o trabalho que garante o bem-estar das pessoas. Com o foco voltado para o desenvolvimento sustentável das comunidades em geral, inclusive as de baixa renda, surge como a efervescência o papel do empreendedor social. O empreendedorismo empresta uma eminente contribuição na profissionalização da gestão no âmbito do Terceiro Setor, faltando, porém, a cultura da sistematização das atividades, assim como do acompanhamento das tendências sobre as melhores práticas de gestão efetiva. A profissionalização do setor parece ser crucial para a sobrevivência das organizações da área. Precisamos levar em consideração a cultura. Conhecer os valores do outro e verificar qual é o grau de compatibilidade entre as culturas. Para constituir o fortalecimento da gestão é necessário avaliar a gerência dos empreendimentos sociais; identificar por meio do “modelo trevo” – engloba informação, serviços e processos, recursos e relacionamento, – as relações que caracterizam uma boa ges-
36 Brasil-Portugal no Ceará
tão nas organizações sem fins lucrativos e analisar os desafios de gestão das organizações, por meio das dimensões do empreendedorismo social. Seu papel é fundamental para manter sua existência e o equilíbrio das práticas como: finanças, planejamento, marketing, recursos humanos. Sob o ponto de vista de um dos maiores mestres da Administração, Peter Drucker afirma que as próprias instituições sem fins lucrativos reconhecem que devem ser gerenciadas exatamente por que não têm “lucro convencional”. Elas precisam aprender a utilizar a gestão como ferramenta, para que esta não as domine, caso contrário, os gargalos irão surgir e prejudicar a efetividade das organizações. Hoje, começaram a se apropriar também das ferramentas e ações que elevam suas características a resultados. Segundo Drucker, em todas as organizações do terceiro setor, o ’resultado final’ é medido em vidas transformadas. A organização filantrópica é responsável pelo melhor desempenho interno – pelo marketing eficaz, pela administração exemplar, – mas sempre com o foco central em seu resultado final. Fica claro que as ONGs, apesar de se declararem não lucrativas, também são independentes e autogeridas, como as empresas e mercados, por isso da necessidade também de capacitar seus colaboradores. A busca por novas ferramentas de gestão está oportunizando a reavaliação das rotinas e procedi-
Ceará, por exemplo, algumas mentos administrativos que ajuFica claro que as organizações já se encontram darão no cumprimento da missão. ONGs, apesar de se atendendo aos princípios da Similarmente às empresas, as ordeclararem não lugestão efetiva, representada pela ganizações procuram apropriar-se crativas, também capacidade de coordenar esforde processos que contribuam ços e energias, com vistas ao para uma melhor administração são independentes alcance dos resultados de fordos recursos humanos, dos sere autogeridas, como ma permanente. viços prestados, dos recursos fias empresas e mernanceiros e materiais, e, fundaEmbora haja muito a ser feicados, por isso da mentalmente, atender cada vez to, algumas universidades púnecessidade também melhor ao seu público. blicas e privadas, por exemplo, de capacitar seus têm efetivamente apoiado ações Criado para quebrar o paracolaboradores.” voltadas ao terceiro setor. As sodigma da exclusão social surge o luções advindas das novas aborempreendedorismo social como alternativa para combater esses problemas, caracteri- dagens sociais estão ligadas ao mundo da gestão, crizando-se como um novo modelo do desenvolvimen- ando um caminho fácil e rápido para o alcance de to. Para tal acontecimento, são necessários que os metas, desde o equilíbrio financeiro, avaliação preciempreendimentos sociais superem desafios que de- sa de projetos, e principalmente, mobilização de vocorrem de condicionamentos sociais, econômicos, luntários e perpetuidade. políticos e, sobretudo, culturais e ambientais. Este tema foi abordado no XXXIII Encontro da AsAs práticas de gestão desenvolvidas no empreen- sociação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em dedorismo social têm contribuído positivamente para Administração – EnANPAD. Maiso Dias é também a construção do novo paradigma de gestão e desenvol- autor do livro Sustentabilidade das Organizações sem vimento para as organizações do Terceiro Setor. No fins lucrativos.
Jan-Fev-Mar 2011 37
gastronomia | nacional
por Diego Benevides
FEIJOADA RECEITA SE REINVENTA DURANTE A HISTÓRIA DA GASTRONOMIA NACIONAL E CONQUISTA PALADARES COM A SUA DIVERSIFICADA FORMA DE PREPARO
38 Brasil-Portugal no Ceará
F
eijão preto, carne seca bovina, costelas de porco salgadas ou defumadas (em Portugal, mais conhecido como fumadas), pé e rabo bovinos salgados, lombo e língua de porco defumadas, paio, linguiça portuguesa, bacon, cebola, alho, louro, sumo de laranja e vodka ou aguardente. São esses os ingredientes básicos que compõem uma das referências gastronômicas nacionais, a Feijoada à Brasileira. Para acompanhar, arroz branco, bolinho de arroz com gengibre, couve à mineira, mandioca frita, mandioca cozida,
banana à milanesa, linguiça calabresa frita, bacon torradinho, torresmo, bisteca de porco grelhada, leitoa à passarinho pururuca, farinha de mandioca torrada, molho de feijão apimentado, farofa, molho de pimenta, quibebe, carne seca refogada, farofa de carne seca, pãezinhos de inhame, cebola fatiada dourada, purê de abóbora japonesa cozida em leite de coco e laranjas cortadas aos gomos. O modo de preparo pode variar de acordo com a região do País e até mesmo com a versatilidade de cada chef, que dá personalidade a este prato que é um emblema nacional. O gastrônomo português Virgílio Gomes aponta que atualmente não há apenas um tipo de feijoada feita no Brasil, mas várias. Para chegar nessa diversidade, a receita passou por processos históricos e começou a ser desenvolvida, adaptada e reinventada durante os anos. São conhecidas lendas e movimentos históricos que conspiram para uma evolução notória de procedimentos culinários. “A cozinha não é uma atividade estática, é dinâmica e pode evoluir a velocidades diferentes”, conta o gastrônomo. Costuma-se atribuir o início da feijoada ao período escravocrata, quando se aproveitavam os restos da carne de porco que os patrões não comiam. Possivelmente, os escravos comeriam feijão com fubá (habitualmente farinha fina de milho) ou farinha de mandioca ao qual poderiam juntar restos de carne seca. Alguns dizem que este começo é uma lenda. Outros atribuem o surgimento da feijoada à cultura europeia.
Sugestão de preparo Do feijão cozido com pouca carne, acompanhado com arroz, até chegarmos à atual Feijoada à Brasileira passaram-se dois ou três séculos. É possível aceitar que no período de evolução da feijoada possa ter havido alguma influência da cozinha portuguesa, muito embora não seja essa influência determinante para o produto atual. Gomes avalia que, ao pensar em tais movimentos, é importante fixar-se na história do feijão para compreender a evolução do prato. Ele acredita que a cultura africana tenha sido a sua mais forte influência. “Não devemos também aceitar a transforma-
ção da feijoada portuguesa para a brasileira apenas devido à qualidade do feijão”, aponta o gastrônomo. Perceber que a feijoada se adapta de região para região e de mão em mão dos cozinheiros prova que a culinária está sempre avançando e conquistando paladares. Em cada estado do país, onde o prato é referência, existe uma forma peculiar de preparar e servir. Mas o importante é que, independente de onde esteja, a feijoada será uma boa pedida que reflete a mistura de diferentes povos que contribuíram e continuam atribuindo valor à culinária nacional.
Lave bem as carnes e deixe de molho. Limpe também o feijão e coloque de molho em recipiente separado. No dia seguinte, cozinhe rapidamente o feijão com o louro e junte as carnes (escorridas) começando pela carne seca e pezinhos, que demoram mais a cozer. Frite previamente a linguiça e junte depois. À medida que as carnes vão ficando cozidas, corte em pedaços e volte novamente para a panela. Se optar por fritar a linguiça, toucinho, bacon ou outros enchidos, reserve a gordura de fritura para fazer transpirar as cebolas picadas e os alhos esmagados. Junte um pouco do feijão já cozido e esmague até obter uma massa e acrescente à panela da feijoada. Não se esqueça de ir provando a feijoada para que não fique salgada. Para servir, ponha as carnes em uma travessa separada do feijão com os enchidos. No acompanhamento, arroz branco solto, couve cortada fininha e passada por gordura quente, um molho picante e laranjas cortadas às rodelas ou gomos. Jan-Fev-Mar 2011 39
informe publicitário
gastronomia | artigo
ADIT Invest 2011 Evento reúne os principais players e investidores de diversos segmentos
A
cidade de Fortaleza (CE) será sede da 6ª edição do ADIT Invest, maior evento brasileiro de investimentos imobiliários e turísticos do Brasil. O encontro, promovido pela Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (ADIT Brasil), acontece nos dias 10, 11 e 12 de maio, no espaço La Maison. O cenário e as perspectivas para o mercado imobiliário brasileiro e as oportunidades abertas para o turismo no país com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são alguns dos temas a serem debatidos. Mais de 100 investidores internacionais estarão presentes, com o objetivo de discutir as tendências do mercado e identificar as oportunidades de investimentos e de realização de negócios no país. Os maiores players do mercado imobiliário do Brasil, Estados Unidos e Europa já confirmaram presença, entre eles, Yann Caillère (COO da Accor Hospitality), Pat McCudden (vice-presidente sênior da Hyatt International), Mordejai Goldenberg (vice-presidente da Cushman & Wakefield), Jorge Arraes (presidente da CDURP), Felipe Góes (secretário de Desenvolvimento – RJ) e Alda Lucia Amaral Ayres Rosselli (superintendente executiva comercial de negócios imobiliários do Banco Santander). A programação do ADIT Invest 2011 está dividida em três módulos: Conferência, com a presença de grandes no40 Brasil-Portugal no Ceará
mes dos setores imobiliário e turístico que debaterão sobre temas atuais de ambos os setores; Salão Imobiliário e Turístico, área onde empresas e entidades poderão expor seus produtos e serviços, além de ampliarem sua rede de relacionamento; e Rodada de Negócios, espaço para a concretização de novos negócios. “Este evento será um divisor de águas na história da ADIT Brasil, por conta da nacionalização recente da unidade e do peso dos grupos de investidores, especialmente estrangeiros, que estamos trazendo”, destaca o presidente da associação, Luiz Henrique Lessa. “Ampliamos a matriz dos temas debatidos, abordando questões como logística, crédito e meio ambiente”, antecipa o executivo.
PARCERIA COM A CBP-CE Parceiro do ADIT Invest, os associados da Câmara Brasil Portugal Ceará têm desconto especial na participação do evento. Para obter a inscrição com preço promocional é preciso enviar um e-mail para: secretariace@brasilportugal.org.br
HISTÓRIA DE SUCESSO Em 2010, o evento foi realizado em Natal (RN) e contou com a presença de 1.450 participantes, 120 investidores internacionais de 16 países como EUA, Espanha, Portugal e Inglaterra, 50 jornalistas nacionais e internacionais. Foram gerados mais de R$ 1,8 bilhão em expectativas de negócios prospectados em 437
reuniões agendadas na Rodada de Negócios. Em 2011, a expectativa é que esses números sejam mais expressivos. O evento do ano passado contou também com a realização do Speed Networking, troca rápida de cartões em que o participante conhece mais de 50 pessoas em menos de uma hora, e a Mesa Redonda Interativa, oportunidade para os participantes debaterem diretamente com especialistas do setor os assuntos mais polêmicos do mercado imobiliário e turístico do Brasil. Os interessados em participar do ADIT Invest 2011 devem efetuar a inscrição no site www.aditinvest.com.br, onde também se encontram as informações completas sobre o evento. Dúvidas podem ser enviadas para o email adit@adit.com.br. SERVIÇO: ADIT Invest 2011 Local: La Maison Endereço: Av. Engenheiro Luis Vieira, 555 Dunas - Fortaleza (CE) Informações: (82) 3327 3465/ (82) 9127 7220 ou pelo email jornalismo@adit.com.br Datas e horários Terça-feira - 10/05 9h às 18h: Rodada de Negócios 20h: Solenidade de Abertura Quarta-feira - 11/05 9h30 às 18h: Conferência Internacional e Salão Imobiliário Quinta-feira - 12/05 10h às 18h: Conferência Internacional e Salão Imobiliário
Jan-Fev-Mar 2011 41
página econômica | investimento
por José Bessa Maia, mestre em economia pela Universidade de Brasília (UnB), ex-assessor internacional do Governo do Ceará e doutorando em relações internacionais pela UnB E-mail: nbessamaia@terra.com.br
O ceará precisa priorizar relações comerciais com a África
N
o final da última década do século XX, o Ceará parecia despontar como uma das pontas de lança do Brasil rumo ao continente africano, considerado uma nova fronteira geoeconômica e prioridade geopolítica da política externa nacional. Com efeito, a abertura dos voos da TAP para Lisboa e da TACV para Cabo Verde e o foco da ação promocional do governo do Estado, do SEBRAE e da Federação das Indústrias (FIEC) rumo a países como Cabo Verde, Angola e Senegal rendeu bons frutos, tendo alavancado vendas externas para aqueles mercados africanos e incentivado os pequenos e médios empresários cearenses a buscar expandir suas exportações e estabelecer parcerias de negócios com nossos vizinhos atlânticos. Isso resultou num salutar processo de internacionalização da economia cearense e indicava uma promissora expansão de nosso comércio exterior, renda e emprego. Malgrado, porém os esforços e os resultados positivos então obtidos, o Ceará aparentemente perdeu o interesse pela África, a julgar pelo retrocesso dos últimos dois anos, em que as exportações do Estado para o conjunto da África subsaariana despencaram 55% em 2010, atingindo a modesta marca de US$ 22,3 milhões (ou 1,75% das exportações totais, contra 4,57% no ano anterior). No mesmo período, Pernambuco exportou US$ 73 milhões para a África subsaariana, ou 6,6% de suas exportações em 2010. Longe de ser uma mera oscilação conjuntural de fluxos de comércio, as séries estatísticas do MDIC apontam para tendência de declínio na participação cearense nas exportações nordestinas para aquele bloco africano,
42 Brasil-Portugal no Ceará
ficando hoje atrás de Pernambuco, Bahia e Alagoas. Esse retrocesso ocorre num momento em que a África subsaariana se firma como uma das áreas mais dinâmicas da economia mundial, perdendo apenas para os países da Ásia, liderados pela China. Segundo o FMI, as economias dos 44 países subsaarianos cresceram em média 6,6% no período 2004-2008; reagiram bem aos efeitos da crise global de 2009, quando cresceram 2,5% (enquanto o Brasil teve uma queda no PIB de -0,6%) e cresceram 4,9% em 2010, com expectativa de acelerar ainda mais essa trajetória nos próximos anos. Em função do crescimento sustentado e dos ganhos atingidos nos termos de troca (devido aos aumentos de preços de commodities), o poder de compra nos países da África subsaariana permitiu dobrar suas importações nos últimos seis anos (de US$ 172,4 bilhões, em 2004, para US$ 343 bilhões em 2010). Trata-se, portanto, de uma área do mundo com grande potencial de expansão de mercado e de absorção de importações de bens manufaturados. A explicação para esse dinamismo em umas das regiões mais pobres e atrasadas do mundo em meio à fraca recuperação das economias avançadas (EUA, Zona do Euro e Japão) reside em três fatores: i) melhoria no ambiente político interno dos países africanos após décadas de instabilidade e conflitos étnicos; ii) avanços quase generalizados na condução da política macroeconômica (à exceção do Zimbábue), que reduziram a inflação, os déficits fiscais e o excesso de endividamento externo, e iii) crescentes vínculos de comércio e investimento com os gigantes asiáticos (China e Índia), que vêm estimulando o incremento das ex-
As perspectivas favo- na área de logística e transportes portações africanas e da formação de capital fixo nesses paíinternacionais para equacionar ráveis de crescimenses. As perspectivas favoráveis to no longo prazo na problemas de falta de linhas rede crescimento a longo prazo na região vêm atraindo gulares de navegação e aviação região vêm atraindo o interesse civil que obstaculizam as operao interesse de invesde investidores internacionais e ções de comércio exterior entre o tidores internaciocriando condições para o desenNordeste brasileiro e a África. nais e criando condivolvimento de mercados de caA julgar pelo desempenho ecopitais (emissão de bônus, aberções para o desenvol- nômico atual alcançado pela Áfritura de bolsas de valores etc) em vimento de mercaca subsaariana, os mercados alpaíses como Nigéria, Quênia, vos dessa investida cearense – a dos de capitais” Gana e Angola. ser liderada pelo governo estaduEm face dessa nova realidade e da agressividade al e a Federação das Indústrias com o apoio do Sebrae de outros Estados nordestinos nos mercados africa- – seriam África do Sul (importações de US$ 101,4 nos é chegada a hora do Ceará reagir e buscar restabe- bilhões em 2011); Nigéria (importações de US$ 57,1 lecer seu protagonismo no campo da paradiplomacia bilhões); Angola (importações de US$ 37,6 bilhões); comercial com vistas a ocupar lugar de destaque na- Gana (importações de US$ 15,4 bilhões), Senegal (imquele promissor Continente e criar oportunidades de portações de US$ 5,85 bilhões) e Cabo Verde (impornegócios para suas empresas. Uma estratégia promo- tações de US$ 1,2 bilhão). É claro que os demais pacional com chances de sucesso requer a remontagem íses da região subsaariana, que juntos perfazem um do sistema estadual de relações internacionais volume de importação US$ 160,6 bilhões (em 2011) (desativado em 2007); a articulação mais efetiva com merecem atenção, mas seu potencial está pulverizado os órgãos federais envolvidos na promoção comercial entre 38 países, o que limita o alcance e a efetividade (MRE, MDIC e APEX) e, não menos importante, ges- de uma estratégia de promoção comercial com foco tões junto à iniciativa privada, nacional e estrangeira, em resultados.
Jan-Fev-Mar 2011 43
cultura | literatura
por Sarah Coelho e Larissa Viegas
Anuário Literário do Ceará Um setor em franca expansão, mas com imensos desafios a serem vencidos. Esse é o panorama do mercado editorial cearense. Nos últimos dez anos, o trabalho organizado e bem articulado de autores, editores, gráficas e livrarias tem modernizado processos e superado atrasos, com o objetivo de conquistar – e firmar – um espaço seguro dentro do concorrido mercado editorial no Brasil. É nessa perspectiva que surge o Anuário Literário do Ceará, criado para ser um veículo que possa registrar, a cada ano, com amplitude e rigor, os acontecimentos do mundo do livro e da leitura no Ceará, avaliar a qualidade estética da produção literária de nossos
escritores e servir de porta-voz desse vasto campo socioeconômico que é o livro. Além de apresentar autores, academias literárias, bibliotecas, livrarias, programas e iniciativas (públicas e privadas) de incentivo à leitura, a publicação também apresenta um perfil do leitor cearense e a mais completa leitura da indústria literária local. E se um país se faz com homens e livros, o Anuário Literário do Ceará é, sem dúvida, uma contribuição valiosa para todos os cearenses. SERVIÇO: Anuário Literário do Ceará Informações: Secretaria de Cultura do Estado do Ceará
Crônicas em prosa de mar e verso de cordel
SERVIÇO: Crónicas - em prosa de mar e verso de cordel Autor: Antonio de Abreu Freire
44 Brasil-Portugal no Ceará
Unindo dois estilos literários distintos, o professor Antonio de Abreu Freire lança mais uma publicação, a obra “Crónicas - em prosa de mar e verso de cordel”. Os diversos textos escritos em fases diferentes de sua vida se encontram na obra, que tem como unidade sua temática: a Ria de Aveiro, lagoa costeira de baixa profundidade e extensas zonas entre marés, que se estende por 45 quilômetros ao longo da costa Ocidental de Portugal, e as suas gentes. Os assuntos são variados:
Antropologia cultural, literatura de cordel, análise psicossocial e imaginário popular são discursados nos textos do professor, sempre evidenciando as emoções que afeiçoam as crenças e o relacionamento humano. Com momentos que “passeiam” pela prosa poética, contos e reportagens, o autor proporciona uma viagem pelas páginas, com surpresas e emoções. “Todos nós, criaturas, faremos um dia a nossa última viagem e atracaremos num derradeiro cais. Não importa quantas foram as via-
gens e as escalas da nossa vida, os espaços que nos encheram os olhos, os encontros que nos emocionaram, a alegria que nos encheu o coração e as mágoas que nos despedaçaram a alma. (p. 92)” O professor Antonio de Abreu Freire tem em seu currículo estudos sobre o padre Antonio Vieira, doutorados em Física e em Ciências Humanas e publicações no domínio da História das Ciências e da Educação. Suas pesquisas estendem-se pelo Canadá, Brasil e Portugal.
Hiperconsumo contínuo e o fim da classe média num planeta hiperurbano Era um fim de tarde da primavera de 2003. Emanuel Pimenta, arquiteto e filósofo brasileiro, caminhava junto ao lago de Maggiore, em Locamo, Suíça, ao lado de Giorgio Alberti, um PhD em informática e amigo de muitos anos. Despretensiosamente, Alberti falava sobre a facilidade posta aos jovens e adolescentes de hoje, consequência de muita tecnologia, rapidez e automaticidade. Sem perceber, ele despertava em Pimenta uma reflexão que duraria oito anos e que, agora, vem ser dividida com o público através do livro Sociedade Low Power. A obra traz discussões sobre as mudanças econômicas, as estratégias geopolíticas, a
profunda transformação dos valores humanos, a educação, a ética e a cultura, os crescentes conflitos entre o Estado e a Nação, as novas tecnologias de hipercomunicação, o fim da privacidade, o fim da classe média e a emergência de uma sociedade estruturada no entretenimento contínuo e no hiperconsumo. Pimenta analisa todos esses fatos e muito mais, mostrando como eles constituem uma nova abordagem estética, um novo
salto civilizacional. Com introdução escrita pelo jornalista ítalo-suíço Corrado Bianchi Porro, um dos mais importantes especialistas suíços em economia, e um prefácio escrito pelo legendário jornalista americano Jon Rappoport, Sociedade Low Power está dividido, sem fronteiras muitos definidas, em duas partes - uma mais orientada para questões filosóficas; e outra mais dedicada ao mundo concreto. Tudo flutuando num fluxo, sem capítulos ou departamentos.
SERVIÇO: Sociedade Low Power Autor: Emanuel Dimas de Melo Pimenta Editora: ASA Art and Tecnology Onde encontrar: www.asa-art.com/ books.html ou www.amazon.com Preço Médio: R$ 27,00
Onde está Jonathan Makeba? Se for possível escolher apenas um representante do povo africano, essa pessoa é Jonathan Makeba. O personagem real apresentado nesta obra do consultor econômico Altair de Souza Maia é um guerreiro que lutou pelo desenvolvimento dos países do continente que, ao longo do século XX, passou por inúmeras transformações, com a independência de muitos países, como Guiné Bissau, Congo, Moçambique e Angola. Jonathan Makeba escolheu a fronteira entre o Burkina Faso e o Níger para intervir, com o objetivo de inserir a região do Sahel na economia globalizada por meio da ética, de conceitos econômicos e de reformas sociais. Representante de uma empresa de fertilizantes, Makeba encontrou uma forma de beneficiar, com o fosfato encontrado no solo, a agricultura
da região. Em paralelo, conquistou inúmeros inimigos em seu caminho, como os diretores da Burkina Société Minière, empresa concorrente. Em paralelo aos fatores empresariais que compõem a narrativa, Maia apresenta a real situação da África, como atrasos, riquezas, mazelas e histórias do povo sofrido e questiona: onde está Jonathan Makeba? Altair de Sousa Maia é economista pela Universidade de Brasília (UnB), com especialização em Comércio Exterior. Trabalhou por dez anos no Ministério das Relações Exteriores e no Ministério da Indústria e do Comércio em Brasília/DF, tendo sido professor, profissional liberal e consultor, desenvolvendo projetos ligados à importação e exportação. Maia participou de feiras e missões comerciais em diversos países
e se dedica à consultoria internacional, especialmente em assuntos africanos, e a proferir palestras em universidades e entidades no Brasil e no exterior.
SERVIÇO: Onde está Jonathan Makeba? Autor: Altair Maia Editora: própria Preço sugerido: R$ 30,00 Onde comprar: no site do livro: www.jonathan-makeba.com.br e nas melhores livrarias Jan-Fev-Mar 2011 45
agenda | Câmara
Abril
Maio
Junho
De 2 a 12 FIT - Feira Internacional de Tripoli Dia 8 Evento CBP-CE - Almoços de Negócios Novas Fontes de Recursos para o Mercado Imobiliário no Brasil De 9 a 16 Negociação Assertiva Dia 14 Palestra Compra Coletiva: Gerando Resultados para o seu Negócio De 13 a 15 Mopor -Mostra Empresarial de Produtos e Serviços Moçambique Portugal Dia 21 Tiradentes (Feriado) Dia 23 Workshop de Comunicação Organizacional: A Dinâmica entre Empresa, Liderança e Clientes Dia 25 Revolução dos Cravos De 26 a 29 Inforbrasil 2011 De 28 a 30 XVI Encontro Internacional de Negócios do Nordeste
Dia 1o Dia do Trabalho (Feriado) De 5 a 8 Sima - Salão Imobiliário de Angola Dia 7 Planejamento Estratégico na Prática: Definição e Execução com Balanced ScoreCard De 10 a 12 ADIT INVEST 2011 De 11 a 13 ERACS - Energias Renováveis e Alternativas do Cone Sul De 18 a 20 SIAL 2011 De 18 a 22 Salão Imobiliário do Ceará 2011 Dia 19 Lançamento do ENLP em Fortaleza Dia 25 Fórum Multisetorial de Responsabilidade Ambiental
Dia 1o 10 Anos da Câmara Brasil-Portugal no Ceará De 1o a 6 FIA - Feira Internacional da Argélia De 2 a 5 AquaLiveExpo - Água, Energia, Resíduos e Ambiente De 4 a 12 Fersant - Feria Empresarial da Região de Santarém De 8 a 10 III EMBRACI - Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis De 9 a 18 PECNORDESTE 2011 Dia 10 Dia de Camões, Portugal e das Comunidades Portuguesas Dia 15 Lançamento do ENLP em Lisboa
46 Brasil-Portugal no Ceará
Mais informações e atualizações no site www.brasilportugal.org.br /ce
&DGD DJĂ“QFLD IUDQTXHDGD Ă’ MXUâGLFD H Ä&#x; QDQFHLUDPHQWH LQGHSHQGHQWH
Na hora de comprar ou vender seu imĂłvel, procure a imobiliĂĄria que mais vende no mundo.
A RE/MAX ĂŠ a maior rede imobiliĂĄria do mundo, com cerca de 100 mil corretores e presente em mais de 85 paĂses. 1R &HDUĂ€ HP PHQRV GH GRLV PHVHV GH DWXDĂ?Ă‚R D 5( 0$; MĂ€ FRQWD FRP FLQFR XQLGDGHV IUDQTXHDGDV Por isso, quando o assunto for imĂłvel, procure a RE/MAX mais prĂłxima.
+ 55 85 3241-3004
+ 55 85 3260-4999
+ 55 85 3361-7653
+ 55 85 9646-7056
+ 55 85 3067-3697
Av. Coronel Miguel Dias, 442 CocĂł - CEP: 60.810-160 www.remax.com.br/avance
Av. Santos Dumont, 2727, Sl. 1104 Ed. Etevaldo Nogueira Aldeota - CEP: 60.150-161 www.remax.com.br/voxgroup
Av. Caminho do Sol, n.3325 Porto das Dunas Aquiraz - CE - CEP: 61.700-000 www.remax.com.br/supreme
Av. Santos Dumont, 5753, Sl. 403 7RUUH 2IÄ&#x; FH 6Ă‚R 0DWHXV Papicu - CEP: 60.150-162 www.remax.com.br/atitude
Av. Beira Mar, 3190, Sl. 02 e 03, TĂŠrreo Meireles - CEP: 60.165-121 www.remax.com.br/fort
Para franquias, ligue: + 55 (85) 3267 - 7755 | www.remax.com.br
Jan-Fev-Mar 2011 47
48 Brasil-Portugal no Cearรก