DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
MAIO / JUNHO 2010
Nesta edição o leitor encontrará diversas matérias sobre a 37ª Assembleia.
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Lançamento do livro em parceria com a Convenção Batista de Pernambuco.
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Jornal - O Batista Pernambucano Maio / Junho - 2010
PALAVRA DO PRESIDENTE
por Pr.
Ney Silva Ladeia
Presidente da CBPE
Chega às suas mãos mais uma edição do Batista Pernambucano. Edição que apresenta flashes da 37ª Assembleia da Convenção Batista de Pernambuco. Fazer referência à Assembleia inclui, necessariamente, registrar toda a gratidão dos batistas pernambucanos à cidade de Carpina, que nos recebeu tão bem, e às associações Mata Norte e Vale do Capibaribe, que prepararam toda a estrutura para que as reuniões e a hospedagem funcionassem muito bem, com instalações adequadas. A gratidão se estende aos que colaboraram com a programação, especialmente na área da música e aos que trabalharam no local, desde os funcionários do escritório até os muitos voluntários que se ocuparam da limpeza e da ornamentação. Saímos da assembleia revigorados por mais essa demonstração de força e de compromisso do povo batista de nosso Estado: 691 inscritos (e uma participação de mais de 1000 pessoas nas reuniões noturnas) é um número histórico para um encontro realizado no interior do Estado. Mais que isto, as discussões travadas e decisões tomadas, numa clara demonstração da democracia batista, ocorreram, sem destemperos, sem agressões e sem excessos (à exceção de algumas manifestações exagera-
Foto: Pr. Fernando Ribeiro
das de entusiasmo, que devem ser evitadas). Enfim, voltamos de Carpina felizes com o vigor da obra batista em nosso Estado, e desafiados pelas mensagens ouvidas e, principalmente, pelo lançamento de nossa Campanha de Missões Estaduais 2010. O tema, enfatizado durante toda a assembleia, faz referência não só à nossa missão, mas também à nossa identidade. Corre nas veias do povo batista o compromisso com a obra missionária, e daremos mais uma prova disso com o alcance de nosso alvo de 400.000,00 (quatrocentos mil reais). Há ainda um outro assunto que nos ocupa e preocupa: a família. Pelo seu valor para nós, pela sua importância para a sociedade e pela forma absurda como tem sido atingida pelas terríveis investidas do Maligno, a família precisa ser uma ênfase em nossas Igrejas. É tarefa primordial o cuidado com todas as famílias das quais fazem parte os membros da Igreja. O fortalecimento dos lares nos levará a termos igrejas fortalecidas. O relacionamento da família com Deus e a presença Dele nos relacionamentos familiares são condições indispensáveis ao equilíbrio e ao bem-estar de cada membro de nossas comunidades. Desta forma, poderemos fazer uma diferença muito maior na sociedade onde vivemos. Aproveite mais esta Edição do nosso Jornal: 37ª Assembleia, Campanha de Missões Estaduais, Família e diversos outros assuntos enriquecem este periódico que pode ser muito útil a cada líder e a cada Igreja. É este o nosso Desejo.
Pr. Zaqueu Moreira e Pr. João Marcos - parceria da CBPE em lançamento do livro.
Entrevistamos o Pr. Zaqueu Moreira de Oliveira, sobre o lançamento do seu livro "A Palavra Crescia Poderosamente: 80 anos de crescimento dos batistas de Pernambuco". Jornal - Fale um pouco mais sobre seu novo livro: Zaqueu - Nós temos alguns livros escritos sobre os batistas em Pernambuco, o primeiro deles foi de Antônio Neves de Mesquita ainda em 1930, e depois há o livro "Panorama batista de Pernambuco" cuja a parte histórica é minha, e a outra parte do Professor João Virgílio Ramos André, este livro também está esgotado há muito tempo. Não temos em mãos uma obra que seja propriamente histórica. Mais recentemente foi publicado o livro "Memória Batista" que não é propriamente um livro de história, mas é um livro interessante, tem o seu valor. Foi publicado pela Convenção Batista de Pernambuco. E este livro agora não é apenas história, é um livro que parte de uma tese, de um pensamento, que seria "fatores que
contribuíram para o crescimento dos batistas em Pernambuco". Os batistas não cresceram por acaso, houve alguns fatores que realmente exerceram influência, e que contribuíram para que houvesse um crescimento extraordinário nos 80 primeiros anos da existência dos batistas em Pernambuco. Jornal - Então dê exemplo: Zaqueu - Bom, nós apresentamos sete fatores, embora dois deles estejam divididos em duas partes, então são nove capítulos. Por exemplo, as primeiras igrejas como eram fiéis, como aqueles crentes realmente cantavam, anunciavam o evangelho, e que estavam prontos mesmo para sofrer em nome do nosso Senhor Jesus Cristo, então este é um fator. O outro fator está ligado as perseguições religiosas, porque, por incrível que pareça, estou comprovando isto no livro, as perseguições contribuíram para que houvesse uma visão ampla, para que fosse mantida a pureza doutrinária e o fervor na obra de
evangelização. O terceiro ponto ligado ao fator perseguição, esta com a liga contra o protestantismo no início do século XX, esta liga teve o objetivo inicialmente até de destruir toda a obra dos batistas que eles passaram a ser um terror para a Igreja Católica Romana, e através do Frei Celestino de Pedavoli ouvi, inclusive, queimas de Bíblias e pensando que queimando as Bíblias a Palavra iria desaparecer. Mas foi um fator que teve um resultado altamente positivo, porque teve ampla repercursão na sociedade. Depois existiram outros fatores, por exemplo, o movimento radical a gente vê como algo terrível porque realmente houve carnalidade, houve problema, houve elementos negativos, mas Deus na sua misericórdia usou o movimento para que ouvesse nova visão da obra. As igrejas se multiplicaram, cada divisão que havia numa igreja significava uma nova igreja, uma nova agência para promoção do Reino de Deus. Igrejas importantes como, por exemplo, Capunga, Concórdia, Várzea, Afogados e tantas outras surgiram exatamente naquela ocasião. Além disso, como o problema surgiu no seminário, ouve também a visão de ampliar o trabalho do seminário em vários aspectos, inclusive, na ocasião foi criado o colégio da Bíblia, e esse colégio da Bíblia visava alcançar pessoas que não eram pastores, no preparo, na formação bíblica, e depois nós mencionamos outros pontos.
Jornal - O Batista Pernambucano Maio / Junho - 2010
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DA MESA DO SECRETÁRIO
por Fábio Gabriel R. do Nascimento - Colaborador do Evento
por Pr.
João Marcos Florentino
Secretário Geral da CBPE
- Interino
Louvamos a Deus pela bem sucedida 37ª Assembleia Anual da CBPE. O Glorificamos por ter nos dado a possibilidade de realizar uma assembleia marcada pela alegria, harmonia e fraternidade - mesmo nos momentos mais calorosos das discussões plenárias, o que já nos é peculiar. Momento de louvor (Foto - Arquivo JUBAGRE)
Com a presença de 285 jovens, foi realizado na cidade de Bezerros nos dias 01 a 04 de abril, o 34º Congresso da Juventude Batista do Agreste, com o tema: Buscando a Excelência na Adoração, e tantas outras oficinas de interesse, os jovens puderam experimentar um momento de crescimento e edificação em suas vidas. O Pastor Admilson José Galdino dos Santos destacou o intercâmbio e o envolvimento da juventude do Agreste e Extremo Agreste para a continuidade deste evento que tem sido um marco na vida de
juventude. Estiveram presentes ainda, os seguintes preletores: Pastor André Ferreira – CBPE, Pastor Marcos Valério – Arcoverde, Pastor Lenildo – Águas Belas, Pastor Eliabe – São Bento do Uma, Pastor Admilson – Ibimirim, Missionária Sibele –
Colaboradores do Evento (Foto - Arquivo JUBAGRE)
Angelim, Pastor Vicente – Bezerros, Pastor Wágner – Tacaimbó, Missionário Davi – Itaíba. A nova diretoria já trabalha para a realização do próximo congresso que acontecerá na cidade de São Bento do Una em 2011.
Mas hoje, desejo louvar a Deus por ter falado tão claramente aos nossos corações, tanto através dos oradores oficiais, seus profetas: Pr. Roberto Shuller, Pr. Ney Ladeia, Pr. Ken Davis e Pr. Sebastião Tavares; quanto pelos 691 mensageiros que compuseram o plenário. Ficou evidente para nós que Deus deseja que invistamos mais recursos financeiros e humanos na obra missionária estadual, e para isso nos conduziu a aplicar mais verbas do orçamento anual na ação missionária, e a formar o GT de avaliação e planejamento da CEVAM. Ele deseja também,
“Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus” (Mateus 1 8.1 9)
que nos apliquemos em capacitar Lideres em regiões inóspitas do Estado, especialmente através do NUBEM – Núcleo Batista de Educação e Missões, e para isso nos orientou a acelerar o ritmo com que vimos trabalhando nas melhorias estruturais e acadêmicas. E alem disso, cremos sinceramente, que Deus tem algo novo para nosso Pernambuco, pois fomos impulsionados a apresentar um novo Plano Estratégico Plurianual da CBPE, contando para isso com os variados segmentos da denominação. Por tudo isso, e muito mais que o Senhor fez, está fazendo e fará em nós e através de nós, declaramos a Ele toda honra e toda glória, dizendo: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade” (Salmo 1 1 5.1 -2) .
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Jornal - O Batista Pernambucano Maio / Junho - 2010
por Pr.
Alfrêdo Oliveirda Silva
alfredo.oliveiras@gmail.com Pastor Efetivo da 1ª IB em Mirueira, Paulista-PE Professor do STBNB, SEC e AMESPE
A sociedade brasileira assiste a proliferação de igrejas ditas evangélicas, que se multiplicam desordenadamente como franquias de uma rede em expansão. Mas, afinal, o que é a Igreja? Desde que o Senhor Jesus Cristo, conversando com o Apóstolo Pedro, proferiu uma célebre frase: Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; (Mateus 1 6.1 8) 1 , muita coisa aconteceu, e muitas organizações autodenominadas igrejas se apresentam. Os Batistas
distin- guem-se ao desenvolverem “O conceito de igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas.”2 Desta forma está delineada a percepção batista sobre Igreja. Igreja uma comunidade local
A maioria dos cristãos percebem a igreja como organização regional, nacional ou mundial. Os Batistas, em sua estrita fidelidade ao Novo Testamento, percebem a Igreja como comunidade local e
visível que tem Jesus Cristo como Cabeça, seguindo seus ensinos. Partindo desta compreensão os Batistas desenvolveram a sua Eclesiologia – doutrina da Igreja. Como comunidade local que tem como Cabeça Jesus Cristo, a Igreja é democrática, e suas decisões devem ser baseadas na vontade expressa de Deus, através dos seus membros que iluminados pelo Espírito Santo decidem todas as questões. A democracia Batista não deve basear-se na vontade da maioria, mas na vontade de Deus dis-
cernida pelos seus filhos. Dentro deste raciocínio a Igreja é autônoma, e não depende de organizações externas para nenhuma decisão. As organizações denominacionais existem para servir a Igreja, e não controlá-la e as relações com os órgãos denominacionais são de cooperação voluntária, nunca de subordinação. Igreja composição
A Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira (DDCBB) em seu capítulo oito, assim se expressa: “Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé”3 . A Igreja é composta por pessoas regeneradas e biblicamente batizadas. A regeneração, testemunhada através da profissão de fé, precede o batismo e exclui o batismo infantil ou a adesão por conveniência, modismo ou circunstância.
mundo e nova vida em Cristo. Em Romanos 6.3-4 lemos: Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. A DDCBB enfatiza: “O batismo consiste na imersão do crente em água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e pessoal”. A defesa da forma bíblica de Batismo caracteriza os Batistas, e como herdeiros desta história, e em fidelidade às Escrituras, os Batistas enfatizam a forma bíblica do Batismo como pré-requisito para alguém tornar-se membro de uma comunidade batista.
Ao enfatizar o “formada “Uma Igreja Lide pessoas regeneradas e biblicamente batiza- vre em um Estado Livre”. das”, o princípio destaca outra característica Batistas, a insistência na forma. Essa insistência está ________________________________________ 1 A Bíblia Sagrada. Edição Corrigida e Fiel ao Texto Original. São Paulo: associada à obediência à Revisada Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, Bíblia, uma vez que a pa2007. Sócrates Oliveira de, (org.). Pacto lavra Baptizo significa 2e SOUZA, Comunhão. Rio de Janeiro: Departamento imergir, e somente o bade Comunicação da Convenção Batista Brasileira, 2004. P. 14. tismo bíblico simboliza 3 http://www.batistas.com/index.php? adequadamente o teste- option=com_content&view=article&id=15& acessado em 21 munho de morte para o Itemid=15&limitstart=8 Abr. 2010 às 13h39.
Jornal - O Batista Pernambucano Maio / Junho - 2010
por Luciel Vitorino Ramos - Secretária PIBAJA
Leny Amorim
Senhor! Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, encontraria a mão amiga e estendida do meu pastor. Ainda que me faltasse o alento para a vida, encontraria guarida, na oração do meu pastor. Ainda que eu falasse da minha grande dor, daquela ferida e da senda de horror, com a Bíblia aberta, ouvindo a voz alerta, na palavra certa do meu pastor. Ainda que me faltasse, a coragem da luta, o alento que nos leva a continuar, na fraqueza, no tropeço, encontraria o braço forte... do meu pastor. Na minha casa – sua morada, no coração do crente – guarida, um pouco de Deus – nessa vida, um pouco de homem – nessa jornada.
Batista da Liberdade, em Campina Grande. Recebeu o Certificado de Presidente Emérito. Foi feito um breve relato do seu trabalho no decurso de oito anos e seis meses como Pastor no campo paraibano. Momento da homenagem - Pr. Natanael segurando Entre outras a placa (Foto: Arquivo PIBAJA) atividades, No último dia 02 de maio o Pr. Foi citado como pastor da IgreNatanael Menezes Cruz rece- ja Evangélica Batista em João beu o certificado de honra ao Pessoa, como presidente interimérito como ex-presidente da no das Igrejas: Itapororoca, MaConvenção Batista Paraibana. ranguape, Itabaiana, Pilar, Na ocasião o Pr. Natanael Cruz Bayer, Rangel e Santa Rita, foi expressamente homenagea- além de Presidente da Convendo pela Convenção Batista Pa- ção, Presidente da Ordem dos raibana em Assembléia Pastores Batistas e Secretário Convencional, reunida na Igreja de Evangelismo e Missões da-
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quele campo, também coordenando Cruzadas evangelísticas, tendo como então pregadores os pastores: Nilson do Amaral Fanini, Peri eles, e Enéias Tognini e o cantor Luiz de Carvalho. Encerrando a homenagem, o Pr. Sócrates Oliveira de Souza, atual diretor executivo da Convenção Batista Brasileira, orou agradecendo a Deus pela vida do homenageado e por seus serviços prestados ao Reino de Deus e aos batistas brasileiros. O PR. Natanael se fez acompanhar de alguns irmãos da 1ª Igreja Batista em Jaboatão, os quais foram: Cássio Nobre, Filipe Lobão Cruz(filho do Pr. Natanael), Dc. Joselito Carneiro, Sem. Maelite Leite e Severino Genuíno. A Deus, portanto, sejam dadas honra e glória pela vida e trabalho do Pr. Natanael Menezes Cruz, merecidamente reconhecidos pela Convenção Batista Paraibana. “A quem honra, honra.” (Romanos 13:7).
por Tomaz de Aquino - Jornalista e Escrito Pernambucano
“Isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos. Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele” com esta leitura dos versículos 23 e 24 - Salmos 1 1 8 ,
teve início a posse do novo pastor da PIB de Gravatá – Genivaldo Alves Gomes Júnior, em substituição ao Pr. João Marcos Florentino de Souza que passou a pastorear a IB em Beberibe. O evento ocorreu no dia 10 de abril do corrente e foi bastante prestigiado pelo mundo Batista pernambucano, contando com a presença de mais de 10 pastores de diversas igrejas Batistas de Pernambuco, entre os quais: Pr. Wagner Manoel que trouxe a mensagem Bíblica; seguido pelo pastor Felipe Augusto que elevou a todos em oração de consagração e posse do novo líder daquela comunidade religiosa; continuando com a entrega da Bíblia feita pelo Pr. Gileade Florêncio. Na ocasião falaram na ordem abaixo, repre-
Genivaldo e família (Foto - Tomaz de Aquino)
sentantes da IB de Dois Irmãos – Ir. Abdízio Oliveira, da Convenção Batista de Pernambuco – Pr. Eliezer Moreira; da Associação Batista da Mata Centro e do Conselho de Pastores de Gravatá – Pr. Juarez; da Ordem dos Pastores Batistas de Pernambuco – Pr. Mesquita e finalizando a representante das Mulheres da PIB Gravatá – Keila Salgado. Durante o evento tivemos a entrega do cajado feita pelo Pr. João
Marcos que o passou ao novo pastor Genivaldo Júnior, tudo isso entremeado por momentos belíssimos de oração e adoração com irmã Hisania Clesse, Grupo Karis da PIB Gravatá e o próprio Pr. Genivaldo Júnior. A congregação emocionada e feliz entoou os Hinos do Cantor Cristão “Dá-me a Tua Visão” e “Olhando Pra Cristo”. Parabéns Pr. Genivaldo e sucesso a frente de seu novo ministério.
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Pastor Gileade Florêncio Presidente CEVAM
por Pr. Emanuel Alírio - Vice-presidente da CEVAM
Foi empossado no ultimo dia 14 de maio os novos membros da Coordenadoria de Evangelização e Missões (CEVAM) eleitos na 37ª Assembleia Anual da Convenção Batista de Pernambuco, realizada em Carpina nos dias 23 a 25 de abril, para o triênio 2010-2013. A reunião ordinária aconteceu no auditório do Colégio Americano Batista e tinha também na pauta a eleição da nova diretoria que ficou composta na seguinte ordem: Pr. Gileade Florêncio de Souza Júnior (Igreja Batista da Concórdia) – Presidente, Pr. Emanuel Alírio de Araújo (Primeira Igreja Batista em Cabrobó) – Vice-presidente, Pr. Everaldo Barros de Oliveira (Igreja Batista Emanuel em Serra Talhada) – Primeiro Secretário, Pr. Eliezer Moreira da Silva (Igreja Batista em Afogados) – Segundo Secretário. Para o novo presidente da CEVAM, Pr. Gileade Florêncio a meta é continuar o trabalho que já vêm sendo desenvolvido de aproximação da coordenadoria a todos os campos do Estado através de visitas e atividades que congreguem todos os missionários e missionárias, a exemplo do último encontro nos dias 25
e 26 de abril em Carpina onde durante dois dias foram debatidos todos os assuntos pertinentes ao campo e observações feitas pelos missionários e missionárias no campo e que foram apresentadas ao conselho da CEVAM além do Encontro de Promotores de Missões a acontecer nos próximos dias 4 e 5 de junho na Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem, “acreditamos que esses encontros além de aproximar a todos, nos possibilita tirar dúvidas e fazer esclarecimentos socializando as informações de uma forma muitos mais rápida e sem nenhum tipo de ruído” diz. O Encontro de Promotores de Missões faz parte da programação da Campanha de Missões Estaduais 2010 que trás o temo: “Testemunhar o Evangelho é a Minha Missão” com a seguinte divisa: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24). A CEVAM têm firmado hoje mais de cem convênios com igrejas e associações no Estado
onde repassa recursos para auxilio no sustento de missionários no campo. Esse auxílio é fruto dos recursos vindo através do plano cooperativo e das ofertas da Campanha de Missões Estaduais, além de Plano de Apoio ao Missionário que vem, desde o ano passado, se transformando numa importante fonte de recursos. O Plano de Trabalho para os próximos doze meses e as metas para os próximos cinco anos estão sendo debatidos através dos grupos formados por membro da coordenadoria, a saber: Recursos Humanos, Finanças, Apoio as Igrejas e Planejamento e Projetos Evangelísticos e Missionários. Um outro assunto debatido na ultima reunião foi a função de Coordenador da CEVAM, mas por unanimidade foi votado que o assunto seria discutido na primeira reunião da nova diretoria eleita que iria apresentar um proposta de encaminhamento na próxima reunião ordinária da CEVAM. Pedimos a todos que orem e levem suas igrejas a orar, para que Deus nos mostre a pessoa segundo o seu coração para esta coordenadoria.
para minh a filha Mari a Este título pare ce um rap que fiz ado toda s as veze s que cant es, mes 10 e ano 1 de el, Isab tas do mun do o ober desc suas às gar agre em ela insis te toda s as cinc o a osta resp é bém tam Mas que não deve . de texto no o Paul por s perg unta s feita 2 Coríntios 6.14 -16: injus tiça? - Há socie dade entre a justi çae easa trev as? - Há com unhã o entre a luz e Belia l? o Crist e entr onia harm Há ? - Tem parte o cren te com o incrésdulo de Deu e os ídolo s? - Há cons enso entre o santuário te os cren tes a que não se O após tolo exorta vigo rosa menSEN TIDO DE PARTICIPAREM NO s dulo incré com urem mist have r nenh uma deve Não . VIDA DE O MOD DO SEU te e o mun do cren o e entr te anen ligaç ão perm o! diab pelo o rolad cont ação que justi fica a O vers ículo 16 final iza com uma afirm sois o tem plo do Deu s preo cupa ção do após tolo: “Vósdes frase s da Escritura . vive nte” . Esta é uma das gran pouc as pala vras em osa avilh mar o Reve laçã tão chei as de sentido. a na vida dos cren tes e Deu s habi ta nos cora ções e mor com Sata nás. tem o Ele nenh uma com unhã acita do que está supr texto o te men nova leia a Agor Jesu s e lemb re-se de o stéri mini no e pens is grifa do, depo com incré dulo s u iono relac se e eu com u, que Ele ando ado critic te men dura , sive send o, inclu pelo s relig ioso s de sua époc a. se lido esta s tives Entã o eu perg unto : Será que seoJesu conc orda do com teria Paul tolo após do o daçã reco men sua argu men taçã o? A resp osta é: SIM! ar de dorm ir e acordar Jesu s teria conc orda do, pois apes ao seu redo r por todo com um mon tão de incré dulo sno, mom ento algu m perío do de seu mini stéri o terree nãoempart icipo u do mod o ão ovis cosm sua de u com ungo o cam inho -lhes trou mos , rário cont pelo de vida dele s, s. Deu de inho cam o , lente mais exce ser cren te ou ser Ser justo , ser luz, ser de Cristo,terra , ser cida dão dos na santuário de Deu s é, esta ndoGELH é ter a lemb ranç a O... EVAN DO R NHA EMU céus . TEST terra . Há outros na sós mos esta “não que de cons tante os de dese jar Tem sco. cono alvo ao uzir que tem os de cond ível com o a poss á-la torn e ela por a salvação dele s, orar a.” noss Um forte abra ço!
Encontro de Missionários - 26 e 27 de abril - Carpina - PE
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Grupo de alunos no Acampamento da IEBCA
nados aos ministérios nas áreas de pastorado, música e formação missionária, para que se matriculem em cursos ministrados pelo STBNB.
As igrejas e Congregações batistas têm respondido bem à campanha Mutirão pelo STBNB. Até o momento foi doado um SPLIT para uso na biblioteca e várias CADEIRAS ESCOLARES para as salas de aulas. A campanha continua. Todos os sábados pela manhã na Rádio Evangélica do Brasil FM – 100.7, sob a direção do Pr. Marcos Bittencourt, está no ar o programa Intensa tem sido a campa- radiofônico do STBNB intitunha de visitas às igrejas e lado PRESENÇA, integrado congregações do Recife e ao Programa VOZ BATISTA região Metropolitana intitu- DE PERNAMBUCO. Com o lada STBNB NAS IGREJAS . O formato de apresentação de projeto, além de divulgar as notícias/entrevistas, o proatividades daquela Casa de grama PRESENÇA estará dias ações, Profetas, tem desafiado aos vulgando membros das igrejas visita- atividades e desafios do das, que se sentem vocacio- STBNB.
Grande tem sido a repercussão nas igrejas e congregações Batistas do Estado e região, da campanha “200 Novos Alunos” para o STBNB , no segundo semestre deste ano. A procura por informações sobre cursos oferecidos pelo STBNB tem aumentado a cada dia. Destaques para o interesse de vocacionados de outros Estados e alunos que trancaram suas matrículas e que estão negociando suas voltas para o mês de agosto deste ano.
No dia 21 de abril passado, em promoção conjunta do Diretório Acadêmico e Capelania, alunos dos STBNB estiveram participando de um dia de Recreação e Lazer, no Acampiebca - Acampamento da Igreja Evan- gélica Batis-
ta de Casa Amarela - na cidade de Igarassu-PE. Momento rico em comunhão, os alunos aprovei- taram bem o espaço verde, o campo de futebol e a piscina. Na ocasião foi servida uma excelente feijoada. Presentes o Capelão e o Diretor Geral Interino. No dia 29 de maio, será a vez dos professores e famílias que estarão reunidos em Capungópolis – Igreja Batista da Capunga.
Vitoriosa a experiência da campanha 40 Dias de Oração em favor do STBNB . Alunos, professores,funcionários e membros de igrejas, estiveram diariamente, às 12h e 18h, na Capela Pr. Charles Dickson, reunidos, orando em favor daquela Casa de Profetas e seus desafios. No segundo semestre será realizada nova campanha de oração.
A partir de agosto deste ano, os ex-alunos do STBNB , poderão covalidar seus diplomas de Teologia. O curso que será promovido em parceria com a Faculdade Teológica Batista do Paraná, terá a duração de um ano e será ministrado no modelo à distância, sendo que haverá, também, aulas em períodos presenciais.
Na semana de 20 a 25 do mês de julho próximo, o STBNB estará desenvolvendo, com a participação de seminaristas, projeto missio- nário em Estados da Região Nordeste. O projeto será desenvolvido em parceria com a CBPE e Junta de Missões Nacionais.
Nos dias 15 e 16 de maio, a Associação dos Diáconos Batistas de Pernambuco, promoveu viagem missionária à cidade de Carnaíba – Sertão do Pajeú – 410 km do Recife, para realização de ação missionária naquela cidade. O Campo Missionário em Carnaíba tem recebido grande apoio dos Diáconos, desde a aquisição do terreno como na construção do templo que agora foi inaugurado. Os missionários Abraão e Cibelle Amaral tem desenvolvido um abençoado ministério naquela região.
No sábado, 19 de junho, a Associação dos Diáconos promove sua terceira Plenária deste ano, na segunda Igreja Batista em Caetés II – Paulista. Da pauta consta a apreciação dos relatórios de atividades e financeiro. A campanha de construção de mais quatro apartamentos no LAR DO ANCIÃO continua com boa aceitação entre as igrejas Batistas.
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Nos alegramos com os resultados de nossa assembleia anual. Realizada na cidade de Carpina - PE, na Escola Técnica Estadual Maria Eduarda Ramos de Barros, o evento contou com 601 mensageiros inscritos, representantes de 227 igrejas. Louvamos a Deus por esta abençoada assembleia, e pelos resultados práticos nela produzidos, e pela alegria que vimos em todos os que participaram das reuniões e das celebrações noturnas.
Fotos da Assembleia - Pr. Fernando Ribeiro
Plenária da 37ª Assembleia, com a participação expressiva de mais de 1.000 pessoas nas celebrações noturnas.
Mesa diretora, com a palavra Pr. Ney Ladeia - Presidente da CBPE
Autoridades presentes na noite de abertura
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Momento de louvor - PIB de
Floresta ministrando a música oficial "VIVER PARA A GLÓRIA DO SENHOR", letra e música: Luiz Emanuel Nogueira de Sousa.
Noite de missões - momento
de oração com os missionários, muita\ celebração e alegria. Tema da campanha "Testemunhar o Evangelho é Minha Missão."
Conferência Missionária Infantil - teatro de mamulengos, música e muito mais (Fotos - Pr. Fernando Ribeiro / Arquivo CBPE).
A Coordenadoria de Desenvolvimento Cristão também esteve presente em nossa Assembleia, e juntamente com a equipe da Associação Vale Capibaribe, realizaram uma
Conferência Missionária Infantil com crianças de 3 a 9 anos. Com o tema: Falando do Amor de Deus e a divisa João 3.16. A dinâmica da Conferência incluiu
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Participações Especiais - Durante
as sessões os mensageiros puderam ouvir música de boa qualidade, em louvor ao nosso Deus. Participaram o grupo Adelphos (PIB Carpina), coro Jovem Capunga, entre outros.
momentos de louvor, de história, de lanche, de arte e de recreação. Participaram 60 inscritos representando 19 Igrejas da nossa Convenção.
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por Pr.
A palavra de Deus nos ensina que para se formar uma família é necessário casar-se. A orientação bíblica é que duas pessoas se unam e passem a partilhar da vida em um lar. Hoje, não é bem assim! As pessoas falam que estão casadas, mas não moram na mesma casa porque... Por quê mesmo? Segundo elas não partilham da vida na mesma casa para não estragar ou “tirar o brilho” da relação. Na realidade, o que falta nesses relacionamentos vistos como “hiper-megaultra-moderno” é o amor, a erotização do dia a dia, a pulsão de vida, o encantamento e a esperança de que: (...) “Aqui ou em qualquer lugar que pode ser feio ou bonito, haverá sempre um céu azul.” Os casamentos que comemoravam bodas de prata e de ouro ficaram para trás porque o sentimento de quem se casa nos dias atuais é de: “que seja eterno enquanto dure esse amor”. Lamentavelmente, o empenho e a vontade de viver juntos até que a morte os separe tornouse coisa do passado, por-
que não vemos mais o outro como uma pessoa e sim como uma coisa, um objeto que pode ser trocado ou jogado fora após ter sido usado. “De vez em sempre”, ouvimos falar e presenciamos em nossas comunidades de fé separações de casais que já viviam há muitos anos casados e demonstravam ser felizes. O que tem acontecido com esses casais? Como corpo de Cristo, o que podemos fazer por eles? Acredito piamente, que a família é uma instituição divina e que todo casamento deve ser indissolúvel e monogâmico. Para muitos de nós, o que mais gera separações no casamento é a traição, o adultério. Não, necessariamente! A indiferença, a falta de diálogo, maus tratos físico e moral, a inveja, mentiras, ciúmes e tantas outras coisas ruins também geram separações. O adultério não só é apenas traição física, mas também traição ideológica e moral, afinal de contas, duas pessoas se unem com o intuito de se ajudarem e viverem na medida do possível com os mesmos propósitos. Acredito então, que
quando Jesus dialogou com os fariseus acerca do divórcio (Mt 19.1-11), Ele não estava legitimando a separação conjugal por motivos levianos ou efêmeros, mas explicando-os: (...) “Por causa da dureza de nossos corações, Moisés deu-lhes carta de divórcio”. Vale salientar, que a pergunta dos fariseus pode refletir a opinião de Hilel, um rabino que permitia o divórcio pelas mais fúteis razões, baseado em Dt 24.1-4. Como Hilel foi contrariado por outro
Genivaldo Alves Gomes Junior
Pastor Efetivo da PIB de Gravatá -PE / Psicólogo Clínico CRP 02/13939 genivaldojunior@hotmail.com
mestre, Shammai, que considerava somente a indecência gritante como base própria para o divórcio, cria-se então uma discussão sobre o assunto. Acredito também, que o substancial motivo para uma separação conjugal só se deve dá quando compromete a vida do outro, a integridade física e moral do outro e da família . “Para onde foi o seu amado(a), ó mais linda das mulheres? Diga-nos para onde foi o seu amado e o procuraremos com você!
por Yclea
Quem esteve presente na última assembleia da Convenção de Pernambuco em Carpina pode ouvir mensagens inspirativas sobre comunhão e conhecer um pouco mais sobre a nossa denominação. A ABAS promoveu, junto ao IHENE, coleta de sangue e doações de alimen-
tos, destinados ao PEPE (Programa de Educação Pré-Escolar) da IB de Machados. No domingo pela manhã organizou palestra para pastores e ministros de ação social, com o Pr. Mark Greenwood (Diretor do DAS - Departamento de Ação Social da CBB). Além de participar da assembleia convencional,
dando uma palavra sobra a responsabilidade e irresponsabilidade social dos batistas brasileiros. No dia 10 de abril, foi organizado o 1º Mutirão de Ação Social, na Casa da Amizade, que teve a participação de 40 voluntários de diversas áreas (médicos, advogados, eletricistas, enfermeiros, ma-
nicures e professores de artes). No evento foram realizadas recreações para crianças, histórias bíblicas, como também a biblioteca foi disponibi- lizada ao o público. A ABAS, divulgou o dia Batista de ação Social, no 1° domingo de maio, com entrevista do Pr Mark Greenwood no programa Voz
O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de especiarias, para descansar e colher lírios. Eu sou do meu amado e o meu amado é meu; ele descansa entre os lírios.” Esses versos não são do poeta Carlos Drummond de Andrade ou do cantor Chico Buarque de Holanda. São versos do livro bíblico “Cântico dos Cânticos”. Você sabe onde está o seu amado? Você sabe onde está sua amada? Que só a morte separe você de seu(sua) amado(a).
Cervino e Nadiedja Souza
Batista, e assim aguarda os relatórios das igrejas sobre seus eventos Sociais nas suas comunidades. Continuamos ao dispor para orientar, emcaminhar, participar e apoiar os projetos sociais e ajudar na orientação da captação de recursos das igrejas batistas do nosso Estado.
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Na foto da direita para esquerda: Presidente - Pr. João Batista Levino 1ª Vice-presidente - Ir. Laodicéia 2º Vice-presidente - Pr. Joaquim Pedro Secretário - Ir. Edvaldo Tesoureiro: Dc. Caetano
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Recente episódio envolvendo amigos com famosa editora, que insiste em renovar assinauturas de uma revistas contra a vontade do assinante, leva-me a compartilhar com os leitores orientações sobre as práticas comerciais abusivas, que, se praticadas por qualquer fornecedor de produtos ou seviços, implica em sua punição com base no código de defesa do consumidor. É no art. 39 do CDC que encontramos a descrição exemplificativa( pois existem outras formas de abusar do consumidor), que passamos a explicar brevemente Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; (isto acontece quando um supermercado limita o número de produtos a serem comprados para cada consumidor, ou quando diz se comprar tal produto pode adquirir o outro, a chamada venda casada) II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades
de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes ( é a continuidade da primeira); III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço ( de vez em quando recebemos em casa um cartão de crédito que nunca solicitamos, com cobrança posterior da anuidade e outras taxas do cartão); IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingirlhe seus produtos ou serviços ( é a venda ou oferta de produtos que não prestam, ou são prejudiciais, aproveitando-se da baixa condição cultural dos consumidores, num país de analfabetos como o nosso. isto acontece muito);
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes ( isto acontece muito com técnicos em eletrônica, consertadores de fogões ou geladeiras, pedreiros mecânicos e automóveis; o orçamento tem de ser prévio, o serviço não poderá ser feito sem antes combinar a noiva despesa com o consumidor, caso contrário, a cobrança a maior não vale)
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos ( é a famosa inscrição indevida do consumidor no SPC ou SERASA, ou até a sua divulgação indevida, além de informações sobre alguma queixa prestada pelo consumidor contra empresas a outra empresa com a qual o consumidor está para V - exigir do consumidor contratar); vantagem manifestamente excessiva ( muitos hos- VIII - colocar, no mercado pitais , numa situação de de consumo, qualquer necessidade, exigem o produto ou serviço em chamado cheque-caução, desacordo com as norou obrigam a assinar con- mas expedidas pelos órtratos com despesas e ju- gãos oficiais competentes ros altos, aproveitado-se ou, se normas específicas da necessidade e urgên- não existirem, pela Associa, ou motoristas de táxi ciação Brasileira de Norque, numa situação de mas Técnicas ou outra necessidade, cobram entidade credenciada pealém do estabelecido na lo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização bandeira); e Qualidade Industrial
(Conmetro) ( aí se incluem todos os produtos com problemas de utilização, como cadeiras de crianças, brinquedos, aparelhos eletrônicos que não apresentem condições adequadas de uso ); IX - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério; IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; (Se alguém se recusa a atender o consumidor simplesmente por perseguição ou discriminação, embora ele apresente dinheiro para pagar a compra); X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) ( ai se incluem
os reajustes indevidos de planos de saúde, escolas, financiamentos etc)
XI - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério. ( são os con-
tratos nos quais a empresa ou o fornecedor estabelece o pagamento para o consumidor mas
não fixa a data em que vai fornecer ou cumprir sua obrigação ou serviço. Acontece muito com profissionais em marcenaria, pintura, mecânicos de automóveis etc)
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido. (Mais uma contra planos de saúde e escolas.) Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento. ( veja que se algum fornecedor lhe envia tais produtos sem seu pedido, não pode cobrar nada por eles, em caso de você não querer contratar ou comprá-los) É isto, todas essas práticas são punidas pelo Código de defesa do Consumidor.Se você estiver em uma dessas situações ou parecidas, acione os órgãos de defesa do consumidor, e os fornecedores serão exemplarmente punidos, além de serem obrigados a resolver o seu problema específico.
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Em 27 de março, mais de mil mulheres pernambucanas Na AFASA – cidade de Igarassu, (litoral norte pernambucano) reuniram-se na XXXVII
Assembléia Anual para vivenciarmos o tema do ano “O Aperfeiçoamento dos Santos na Obra da Evangelização”, divisa em Tito 3.8 e o hino ofi-
cial “Dá-me tua Visão” que foi representado pela MCA da IB Emanuel em Boa Viagem. A presidente, Profª. Severina Ramos proferiu a mensa-
Plenária (ao topo), Profa. Dayse sendo homenageada (ao centro) e momento de oração (Fotos - Pr. Fernando Ribeiro)
gem baseada no tema, com uma abordagem profunda e desafiadora. O relatório Anual da UFMBPE foi apresentado pela Diretora Executiva com a participação dos membros da Diretoria e do Conselho Diretor. A profª. Daisy Santos Correia de Oliveira recebeu uma significativa homenagem por ter completado em 2009 - 25 anos a frente da UFMBPE. Data marcada por uma bela jóia que irá tornar inesquecível esse momento de reconhecimento pelo muito que ela tem feito junto às mulheres deste Estado. As MR de Abreu e Lima apresentaram uma coreografia missionária. Contamos com a presença do presidente da CBPE, Pr. Ney Silva Ladeia e também do Diretor Executivo Interino Pr. João Marcos Florentino e suas respectivas esposas e muitos pastores e lideres do campo. À tarde a segunda sessão contou com a participação do SEC com informações da Dir. Profª. Ábia Saldanha Figueiredo, tendo depoimento de três alunos que nos inspiraram a investir na obra de Educação Cristã Missionária. Também o Lar Batista Elizabeth Mein com a Pres. Eneida Higino e os membros do Conselho Administrativo apresentou seu relatório com a participação das meninas que cantaram e fizeram uma coreografia. A representante da UFMBB para o Nordeste – Prof.ª Elizete Fragoso da Silva, traz informações sobre nossa literatura e as próximas promoções
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da UFMBB. O Coral Louvor da UFMBPE foi responsável pela música da tarde. O processo de eleição se deu nesta sessão, e na terceira sessão a diretoria eleita tomou posse. Presidente: Prof. Azenate da Costa Pessoa; 1ª Vice-presidente: Elizete Fragoso da Silva; 2ª Vice-presidente: Prof. Benícia Moraes; 1ª Secretária: Alvani Arão Silva; 2ª Secretária: Drª. Alcione Araújo; Diretora de Música: Profª. Débora Nascimento e auxiliar Profª. Rosangela Benjamin; Pianista: Profª. Iva Maria da Silva e a música esteve com o trio Vox Dei, composto por jovens da Igreja Batista Cidade Universitária. Uma Assembléia Missionária. Por quê? Tivemos na sessão da manhã e da tarde momentos Missionários da JMM com as missionárias Márcia Carrilho (Chile - indo para Malásia) e Sara Jane Rodrigues (Radical Latino – indo para Colômbia) e da JMN Pr. Cirino e Drª. Regina Refosco que nos inspiraram e trouxeram desafios e a noite a culminância com a mensagem proferida pela missionária da terra Alexandria Joseph do Haiti, presente nos dado pela JMM. A intérprete foi Amanda, que participou do Projeto Radical África, no Senegal, os desafios do povo haitiano e suas necessidades foram projetados e o mover de Deus em nossas vidas nos mostrou que nossa missão é cumprir o Ide de Jesus.
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Minhas queridas irmãs e meus queridos irmãos, quero começar agradecendo o honroso convite que me foi feito para estar hoje aqui como orador oficial desta assembléia da CBPE. Quero também parabenizá-los pela escolha do tema para esta ocasião: “Testemunhar o evangelho é minha missão”. Eu gostei muito do tema, porque vejo nele uma tríade formada por três dos principais tópicos da espiritualidade cristã: testemunho, evangelho e missão. Quero então explorar esses três tópicos com vistas à construção de uma reflexão que venha nos ajudar em nossa caminhada no mundo em que vivemos. Em primeiro lugar, vamos abordar a questão do testemunho, ou melhor, das testemunhas, uma vez que são elas que testemunham o evangelho e fazem dessa tarefa a grande missão de suas vidas. Pois bem, quero começar lembrando o grande teólogo suíço, Karl Barth, que admitiu a existência de dois grupos de testemunhas: as testemunhas primárias, que são as próprias testemunhas oculares, isso porque estavam lá quando tudo aconteceu e foi dito. Elas estavam presentes na hora exata e no lugar onde as coisas aconteceram. Tudo isso foi narrado, foi passado de geração a geração, foi compilado e escrito, tudo isso com o objetivo de servir de testemunho tanto para a geração deles, quanto para as gerações futuras, quer dizer, para nós que hoje lemos e tomamos conhecimento e somos confrontados e abalados, mexidos lá no fundo das nossas almas pela mesma força que os tomou e os transformou em testemunhas da história de Deus com a humanidade! Mas a diferença permanece: porque eles foram testemunhas oculares é que eles são as testemunhas primárias. Nesse aspecto, nós somos “apenas” testemunhas secundárias, mas isso não quer dizer que nossa tarefa é menos importante do que a deles. Nós somos responsáveis pelo testemunho à nossa, assim como às gerações vindouras, do mesmo jeito que eles foram responsáveis pelo testemunho à sua geração, assim como pelo testemunho que chegou até nós. De alguma forma, mesmo não sendo testemunhas oculares, também nós fomos confrontados, abalados e transformados lá no fundo do nosso ser e algo maravilhoso aconteceu em nossas vidas – algo que mudou nossas vidas e as nossas prioridades. Como Adão e Eva, também nós pecamos e nos escondemos de Deus. Como Caim, também nós andamos como fugitivos pela terra. Como Noé e sua família, tam-
bém nós fomos salvos da destruição e preservados pela graça que já se fazia presente no AT do mesmo jeito que se fez presente tantas vezes em nossas vidas, mesmo antes de conhecermos a Jesus. Como Abraão, também nós fomos chamados para iniciar um caminho novo e uma grande peregrinação, rompendo com todos os deuses e tradições, rumo a uma fé nova e a uma nova vida. Como Moisés, também nós ouvimos a revelação e o chamado escondidos por trás da sarça ardente – um chamado que exige de nós um rompimento radical com toda forma de opressão e escravidão e nos lança em um grande Êxodo rumo a terra da promessa. Como os israelitas, também nós vamos enfrentar muitos desertos e lutas titânicas, assim como retrocessos, murmúrios, lamentações, grandes batalhas e gigantes enormes, mas, assim como eles, também nós fomos (no passado), somos (no presente) e ainda seremos (no futuro) sustentados por Aquele que pode saciar nossa fome e sede por justiça e graça em nossas vidas e na vida de todos à nossa volta, pois que todos carecemos de misericórdia, enquanto fazemos o caminho rumo à terra da promessa. Há aqueles que são como o grande rei Davi, que escreveu os mais belos salmos mas, infelizmente, também foi capaz de orquestrar a destruição e queda de Urias. Como o rei Salomão, há aqueles que fazem tudo para a construção da grande obra do Senhor, mas também há aqueles que agem como Sambalate e “alugam” os que se levantam para atrasar a obra que o Senhor está fazendo. Ora somos como o profeta Isaías que, vendo a necessidade e ouvindo o conselho Divino, logo se colocou à disposição para o serviço. Mas às vezes corremos o risco de agir como o profeta Jeremias e não queremos ouvir o chamado e alegamos de todas as formas que ainda não estamos preparados e com isso nos tornamos procrastinadores da grande obra que o Senhor quer fazer em nós e através de nós. Também, aqui e ali podemos agir como os apóstolos que apesar de tudo que viram e ouviram, na hora crucial dormiram, fugiram e até foram covardes. Na verdade, queridas irmãs e irmãos, cada um desses personagens serve como espelho, sim, como metáfora da condição, da vida e da prática de muitos de nós hoje: nós que vacilamos entre coragem e covardia, medo e fé, esperança e desespero, amor e ódio, missão e fuga; nós que as vezes estamos na “mão” e as vezes na “contra-mão” da vida e da missão que recebemos de teste-
munhar o evangelho da graça e do grande amor de Deus, mas muitas vezes tudo que conseguimos é viver da lei, quebrando vidas e destruindo obras. Essa é a nossa grande, na verdade, nossa maior contradição. Mas se queremos ser honestos com Deus, com a denominação e com as pessoas que confiam em nosso trabalho, então, “espírito de arrependimento” é hoje uma palavra de ordem e imperativo Divino, pois, de que adiantam grandes planos, metas e alvos se entre nós não houver o amor verdadeiro? Será que esquecemos o grande “hino ao amor”, escrito pelo Apóstolo Paulo lá em 1 Coríntios 13? Podemos entregar todos os nossos bens e até o nosso corpo; podemos ter todos os dons e fazer grandes discursos, mas se não tivermos amor, o verdadeiro amor, de que adiantaria tudo isso? O amor, queridos irmãos e irmãs, tem a idade sem idade de Deus e somente ele, somente a verdadeira vivência do verdadeiro amor é que pode nos transformar em verdadeiras testemunhas de Jesus e do seu evangelho. Não adianta outra coisa, pois o amor não pode ser substituído por nada. O amor não pode ser substituído por números, estratégias ou eficiência em gestão; o amor que pregamos não pode ser “gerido” como se fosse mais um produto naquilo que muitos sociólogos e cientistas da religião denunciam como grande mercado de produtos e bens de salvação; o amor que pregamos não pode ser “gerenciado” como se nossas igrejas ou juntas missionárias fossem apenas o espelho de empresas e estratégias de mercado e marketing. Não, queridos, o pecador precisa ser amado como Deus o ama e as pessoas precisam ser amadas como Deus as ama. Só assim haverá verdadeiro testemunho do verdadeiro evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, que é um evangelho centrado no amor. Chegando a essa altura da nossa reflexão é que chegamos ao nosso segundo ponto, que quer abordar a questão do evangelho. Que nós somos testemunhas, isso é claro para todos nós, mas testemunhas de que? É óbvio que a resposta só pode ser uma: nós somos testemunhas do evangelho. Mas aqui cabe perguntar: de que evangelho? É igualmente óbvio que somos testemunhas do evangelho de Jesus Cristo. Mas qual o conteúdo desse evangelho? Eis aí a questão crucial, pois que o evangelho de Jesus tem sido adulterado, tem sido modificado, tem se tornado cada vez mais um “outro” evangelho, bem diferente daquele que Jesus pregou e viveu. Com
isso se faz necessário pensar, sim, re-pensar qual é, de fato, o evangelho de Jesus Cristo? Mas essa é uma tarefa impossível para o espaço de tempo de uma palestra. Isso é assunto para um semestre inteiro, um ano inteiro em um curso de teologia e não para o modesto espaço de tempo de uma palestra! Todavia, acredito ser possível nem que seja apenas esboçar o conteúdo que considero principal no evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo e farei isso tomando o capítulo 5 do evangelho de Marcos como base e ponto de partida, pois ele nos serve de forma perfeita para ilustrar, ainda que apenas em nível de introdução, o que verdadeiramente está por trás do evangelho. Em primeiro lugar, deixe-me lembrá-los que o capítulo 5 de Marcos é aquele capítulo que nos conta as histórias do endemoninhado gadareno, da mulher com fluxo hemorrágico e da ressurreição da filha de Jairo. Em segundo lugar, quero então chamar vossa atenção para um fato: geralmente ouvimos pregações isoladas sobre cada uma dessas histórias, como se elas fossem apenas unidades independentes, ou seja, histórias independentes uma da outra. Mas eu quero acreditar que Marcos tinha um interesse específico quando colocou essas três histórias uma junto da outra. Na verdade, Marcos quer nos dizer alguma coisa quando coloca três histórias assim tão diferentes, uma junto da outra. Mas será mesmo que essas três histórias são assim tão diferentes e tão sem conexão uma com a outra? Eu penso que não e por isso peço sua atenção para juntos entendermos porque o capítulo 5 de Marcos bem pode ser uma síntese de todo o evangelho, sim, de todo o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo! Primeiro, nós lemos a história do endemoninhado geraseno, que era um homem paupérrimo, quer dizer, um homem muito pobre, que provavelmente não tinha nada como uma carteira de identidade ou CPF e também não tinha endereço fixo e nem declarava imposto de renda. Se tivesse um censo, ele provavelmente nem seria incluído. Ele vivia em um cemitério agredindo as pessoas e agredindo até a si mesmo. Ele não queria viver mas sim morrer; ele não andava atrás da vida mas sim da morte; ele era possuído por uma legião de demônios e por isso era um homem com a personalidade dividida. Note ainda que não é ele que vai a Jesus, mas Jesus que vem a ele e o liberta de si mesmo e da sua condição desesperadora. Depois nós lemos a história da mulher com fluxo hemorrágico,
que é uma pessoa em uma condição totalmente diferente. O endemoninhado era um homem pobre ao passo que ela era uma mulher e não uma mulher pobre mas uma mulher da classe média, pois há doze anos ela gastava tudo que tinha com médicos e remédios em busca da cura para sua enfermidade. Se o endemoninhado era um homem sem fé e querendo a morte, agora nós estamos diante de alguém diferente, sim, diante de uma mulher cheia de fé e ansiosa por viver e não por morrer. Ela acreditava que se apenas tocasse na orla do manto de Jesus poderia ser curada do mal que há doze anos lhe afligia. Ela, mesmo na sua condição de mulher, venceu (em nome da sua fé e do seu desejo de viver) toda uma multidão contrária para conseguir chegar junto de Jesus. Vocês percebem como as duas histórias são diferentes, mas também como ao mesmo tempo elas se completam? Por fim, nós temos a terceira e última história narrada no capítulo 5 do evangelho de Marcos. Trata-se da história da ressurreição da filha de Jairo, uma menina rica, pois seu pai era o chefe da Sinagoga, mas também uma menina em coma, a beira da morte e que nada podia fazer por si mesma Percebem aonde chegamos? Um homem pobre e miserável, sem dinheiro e sem documento ou residência fixa, que não quer viver mas sim morrer, que não estava procurando Deus, mas queria sim distância de Deus. Depois temos uma mulher da classe média que tinha uma fé incrível e fazia tudo que podia para continuar viva. E, por fim, temos uma menina, ou seja, uma criança rica e que tinha tudo mas, no entanto, nada podia fazer por si mesma. Um homem, uma mulher e uma criança – três integrantes da raça, da família humana. Ele pobre, ela da classe média e a menina rica, portanto, uma representação de todas as classes sociais. Ele querendo morrer, ela querendo viver e a menina que nada podia fazer por si mesma e por isso mesmo, também aqui, uma representação de vários estados da condição humana. Três histórias tão diferentes, mas também três histórias que se completam de forma perfeita, fazendo do caos uma história de rara beleza e profundo senso de complementação. Por isso, queridos irmãos e irmãs, que não acho que essas histórias estão juntas por mera coincidência. Por isso que também acredito nesse capítulo como um maestral resumo do evangelho de Jesus – do evangelho que alcança todas as pessoas, de todas as classes ou condições sociais, de todas as
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idades ou confissões religiosas. Na verdade, para Deus nada disso importa, pois Deus quer encontrar e salvar todas as pessoas, até mesmo aquelas que não querem saber dEle e não estão procurando a vida mas sim a morte. Marcos 5 me mostra quem Deus é, como Ele age e também como Ele quer alcançar todas as pessoas. Marcos 5 me mostra que o Reino de Deus não conhece fronteiras, muito pelo contrário, o Reino de Deus rompe todas as barreiras, mesmo as barreiras que nós estabelecemos com as leis, preceitos e tradições que nós mesmos criamos e que mais afastam do que aproximam as pessoas de Deus. Marcos 5 me mostra que o Espírito de Deus saiu da cela em que muitos líderes religiosos tentaram colocá-lo e invadiu o mundo penetrando todos os espaços, sejam eles sagrados ou seculares e profanos. Como dizia Richard Shaull, o Reino de Deus derruba todos os muros de separação, pois o Reino não cresce em jardins internos e protegidos. O Espírito de Deus é indomável, é como um vento que sai pelos desertos, ressuscitando mortos e desfalecidos e assobiando nos mercados, nas praças e nos espaços que justamente precisam ser invadidos pelo sagrado que se faz presente onde o Reino está. Não podemos procurar Deus onde todas as coisas estão calmas, mas sim nas asas do furacão, ou seja, nos problemas e tempestades do mundo à nossa volta, pois é justamente aí, nesse mundo considerado perdido, que encontraremos as mais profundas marcas da presença do Deus que quer libertar e salvar os perdidos e pecadores desse mundo tenebroso, que é também o mundo que Deus ama e quer redimir. Emil Brunner, grande teólogo suíço contemporâneo de Karl Barth, escreveu um pequeno livro intitulado “a verdade como encontro”e nesse livro ele diz que o “encontro” de Deus com os pecadores perdidos é a principal temática dos evangelhos e de todo o NT. E é isso mesmo que acontece em Marcos 5: Deus encontra, Deus vem ao encontro e se deixa encontrar até mesmo daqueles que não o estavam procurando, como o endemoninhado geraseno ou os gentios das missões Paulinas. Esse é o evangelho de Jesus Cristo. Esse é o evangelho que precisamos viver e encarnar; o evangelho que precisamos respirar e transmitir com todas as nossas forças e custe o que custar. Por uma questão de tempo, não podemos mais explorar esse tema riquíssimo, que é o segundo da tríade escondida por trás do tema da CBPE – “testemunhar o evangelho é minha missão”! Assim chegamos ao terceiro ponto, onde vamos abordar a questão da minha, da sua, da nossa missão no mundo em que vivemos. Mas “missão” ou “missões”
é outro tema riquíssimo, que não pode ser esgotado no espaço de uma preleção e por isso tenho que dizer aquilo que considero o mais relevante para esse momento, e como isso é difícil! Aqui vou falar para vocês sobre um tema sobre que tenho sido convidado para falar Brasil afora e que também falei no ano passado quando fui preletor da assembléia geral da CBB em Brasilia, para um público de mais de 3.500 pessoas –refiro-me à atualidade e pertinência do livro de Jonas, quero dizer, do chamado de Jonas para nós hoje. Queridos, o livro de Jonas, sim, o chamado de Jonas é extremamente atual para nós hoje. Mais atual do que pensamos ou sequer podemos imaginar. Veja que Jonas era um judeu que foi chamado por Deus para pregar aos ninivitas. Mas Nínive era a capital do império assírio, quer dizer, a capital do império arqui-inimigo dos judeus, isso sem falar que Israel fazia parte da geografia de conquistas e da política de guerra do império assírio e, por isso, tudo que um judeu mais queria era a destruição dos assírios, e não a sua preservação. Dá para perceber, queridos, como era difícil o chamado de Jonas? O chamado de Jonas era tão difícil que ele fugiu em um navio para a direção contrária, até que foi parar no fundo do mar, engolido pelo grande peixe que, para nós, bem pode ser um metáfora do quarto escuro da depressão e do medo, que é geralmente o lugar onde caímos quando nos afastamos dos planos de Deus para as nossas vidas. Daí a atualidade do livro de Jonas para nós hoje! Como Jonas, também nós somos chamados para enfrentar as muitas nínives dos nossos dias; como Jonas, também nós somos chamados a testemunhar o amor de Deus e o evangelho de Jesus Cristo às centenas e milhares de pessoas que todos os dias e durante toda a nossa vida hão de cruzar nossos caminhos; como Jonas, também nós somos chamados a amar os nossos inimigos, mas na maioria das vezes tudo que conseguimos é odiá-los e tudo que fazemos é no intuito de vê-los cair. Queridos, todo cristão tem sua Nínive, mas você conhece a sua Nínive? Nínive pode ser sinônimo de pessoas que você não gosta e prefere ver longe de você; Nínive pode ser sinônimo de lugares que você não quer ir porque são distantes ou de sacrifícios que você não quer fazer porque são custosos; Nínive pode ser sinônimo de um chamado de Deus que você prefere não atender e também pode ser sinônimo de arrependimento e confissão e admitir que você errou e não deveria ter agido como agiu e nem ter feito o que você foi capaz de fazer; Nínive pode ser sinônimo de fazer o caminho de volta, quer dizer, de pensar diferente pois é somente quando co-
meçamos a pensar diferente que somos capazes de começar a agir de forma diferente; Nínive pode ser sinônimo de hoje dizer sim à vontade de Deus em sua vida e de parar de agir por si mesmo; Nínive pode ser sinônimo de dizer sim à grande obra que Deus quer realizar em você e através de você e apesar de você! Essa é, ou pelo menos deve ser, nossa atitude para com missões. Pronto queridos, de forma clara, simples e objetiva acredito ter dito tudo que me foi possível e também que julguei mais importante neste tão curto espaço de tempo. “Testemunhar o evangelho é minha missão”, quer dizer, a minha, a sua, a nossa vocação maior! Como testemunhas, precisamos viver de tal forma que tudo que fazemos e a forma como vivemos possam de fato apontar para o Crito vivo. Como testemunhas, precisamos viver o evangelho “de Cristo” e não outro. Isso quer dizer que precisamos ir além de todas as barreiras e fronteiras, além de todas as bandeiras denominacionais, além de todas as tradições e preceitos da lei, ao encontro de todo ser humano, pois foi isso mesmo que Deus fez no passado e está fazendo hoje através de nós – através de cada um de nós que se dispõe e se levanta em direção ao seu próximo. Como testemunhas, precisamos encarar as nossas Nínives! Eis aí a nossa grande e difícil missão, mas também aquela que o bom Deus espera que abracemos! Para terminar, lembro uma ilustração muito bonita de um homem com um tremendo senso de missão. Ele acreditava que precisava “mudar o mundo” e por isso saiu viajando e foi aos EUA e a alguns países da Europa, do médio e extremo oriente, e falou com muitos presidentes, reis e governadores. Ele promoveu várias reuniões e fez muitas palestras e incontáveis viajens ao redor do mundo sempre com um único objetivo – o objetivo de mudar o mundo! Muitos anos se passaram e depois de muito viajar, nosso amigo “com uma grande missão“ resolveu voltar para casa, mas ele voltou com um sentimento de fracasso, afinal de contas, ele não viu muito resultado em todas as reuniões e viajens, congressos e palestras que realizou ao redor do mundo. Mas ele não desistiu e pensou: se eu não consegui mudar o mundo, então, pelo menos, vou tentar mudar o meu país, a minha cidade, o meu bairro e, se nada disso for possível, então, vou tentar mudar a minha família! Mas queridos, nada disso funcionou e infelizmente todos os planos do nosso amigo e da sua “grande missão” de mudar o mundo foram miseravelmente frustrados. Pouco antes de morrer, depois de muito pensar e imaginar onde fracassou, em um desses mo-
mentos de rara iluminação interior, nosso amigo foi capaz de perceber onde ele fracassou. Ele fracassou no principal: ele pensou em mudar todo mundo e fez tudo para mudar todo mundo, mas esqueceu de mudar a si mesmo! Eis aí queridos, uma das coisas mais importantes quando falamos de testemunho ou de testemunhar o evangelho e também quando falamos de missão: a mudança, a grande mudança que nos transforma em verdadeiras testemunhas do evangelho e nos dá um senso contínuo de missão, precisa primeiro ocorrer em nós mesmos, precisa primeiro ser uma realidade em nós mesmos. Queridos, nós precisamos com urgência resgatar a simplicidade do evangelho que tem sido substituída por leis, preceitos e tradições que esmagam o ser humano. A simplicidade do evangelho tem sido reduzida a uma teia de exterioridades e formalismo. Muitos procuram modelar o evangelho à forma da sociedade e a Palavra de Deus (até mesmo nos seminários) tem sido substituída por filosofias vãs que nenhum poder têm contra a vaidade de tantos que se julgam senhores e donos da verdade. Em nosso meio há mais sede de poder do que sede de Deus; há mais vontade de aparecer do que vontade de servir e testemunhar e tudo isso, além de nos afastar uns dos outros, também afasta tantos de Deus. Mas a grande lição que falta nessa ilustração é o reconhecimento de que nenhum de nós pode se transformar a si mesmo. Isso é impossível e nem o melhor de todos os crentes vai conseguir mudar a si mesmo. Mas aqui está justamente a boa nova do evangelho: Deus é Aquele que opera a mudança e as transformações em nós! Tudo que precisamos é de um pouco mais de fé, uma boa disposição e uma genuína vontade interior que nos leve de volta para os braços do Pai, sim, para o centro da Sua vontade, sem mais demoras ou desculpas. Eis a Palavra do Senhor, segundo as Sagradas Escrituras da nossa fé: uma Palavra que hoje nos é dirigida e a qual precisamos responder e seguir, pois testemunhar o evangelho é minha, é sua, é nossa missão! Que o bom Deus muito nos abençoe. Pr. Dr. Roberto Schuler
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O Batista Pernambucano Órgão Oficial da Convenção Batista de Pernambuco Rua Dom Bosco, 1308 Boa Vista - Recife - PE CEP: 50070-070 Fone: (81) 3301-7890 www.batistas-pe.org.br
Diretoria Presidente
Pr. Ney Silva Ladeia
1º Vice -Presidente
Pr. Alberto Cristiano de Freitas
2ª Vice-Presidente
Profª. Daisy Santos C. de Oliveira
1º Secretário
Profª. Benícia Pereira de Moraes
2º Secretário
Pr. João Marcos Florentino
3º Secretário
Pr. Eliezer Moreira da Silva
4º Secretário
Profª. Jaqueline Rodrigues
Secretário Geral Interino Pr. João Marcos Florentino
Relator do Sis. de Comunicação Pr. João Marcos Florentino
Edição/Diagramação André Ferreira
Fotos
Pr. Fernando Ribeiro / Diversas
editor@batistas-pe.org.br
Tiragem - 5.000 Revisão
Katya Maia Andréa Alves
Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da Convenção Batista de Pernambuco.
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