Nº 6 - 2º Trimestre 2013

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Nº 6– 2º Trimestre de 2013

Revista Digital de Cães e Lobos

Uma Edição do Departamento de Divulgação do:

Centro Canino de Vale de Lobos

Etologia • Comportamento • Educação • Adestramento Convivência • Psicologia • Veterinária • Estética

Artigos - Notícias - Reportagens - Curiosidades


Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Curso destinado a todos os criadores, ou potenciais criadores caninos. Características do Curso Objectivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre Criação Canina, todos os criadores, ou que pretendam vir a sê-lo, na medida em que, este Curso abarca toda esta temática, desde os conceitos de Genética Canina até à entrega do cachorro ao futuro dono. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 6 meses ou 500 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Criadores Caninos que sintam algumas lacunas no seu conhecimento acerca dos Temas propostos no mesmo. É igualmente dirigido a todos aqueles que pretendam iniciar esta apaixonante e nobre atividade que é a Criação Canina. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de Criação Canina. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, Criar cães, uma vez que está na posse de formação técnica e científica específica necessária para o fazer.

Estrutura Programática (Resumida) Tema 1 - A Genética Canina Tema 2 - O Período Reprodutivo Tema 3 - A Reprodução Tema 4 - A Gestação Tema 5 - A Patologia da Reprodução Tema 6 - A Alimentação da Cadela gestante Tema 7 - O Parto Tema 8 - A Amamentação Tema 9 - O Desmame Tema 10 - Primeiras etapas do desenvolvimento do Cachorro Tema 11 - Enfermidades do Período neonatal Tema 12 - O Crescimento do cachorro Tema 13 - Desparasitação e Vacinação dos Cachorros Tema 14 - A entrega dos Cachorros Tema 15 - Identificação e Registo dos Cachorros

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html

… e donos responsáveis!


Cães & Lobos

Edição Nº 6

Editorial Depois de um esforço bastante grande de todos os que colaboraram nesta edição, apresentamos mais um número da nossa revista. Registamos com satisfação que conseguimos motivar duas novas colaboradoras, a Tânia Carvalho e a Ana Pereira, e que regressou a Dominique Martins com um curioso trabalho sobre as venturas e desventuras de uma Pet Sitter. Infelizmente, neste número não tivemos nenhuma colaboração dos nossos colaboradores brasileiros, penso que foi uma situação pontual e que voltaremos a contar com a sua inestimável participação no nosso projeto. Queria voltar a salientar que esta publicação só existe porque conta com a participação dos atuais e antigos alunos do Dep. de Formação do CCVL, quando estes deixarem de colaborar, o projeto “Revista Cães & Lobos” termina. Esta edição da revista é muito interessante, por vários motivos dos quais salientaria a diversidade de temas abordados e todos eles de extremo interesse para os nossos leitores. A Tânia ajudou-nos a compreender melhor as 7 raças que constam na famigerada (e irracional) lista das consideradas potencialmente perigosas e os deveres que os donos legalmente têm para deterem exemplares destas raças. Na sequência deste trabalho, a Tânia descreveu minuciosamente as caraterísticas destas raças. Há tantos mitos acerca da visão do cão que o Tiago se preocupou em desfaze-los dando-nos uma ideia mais correta deste sentido do cão. A personalidade do trimestre foi o fisiologista Russo Ivan Pavlov, o pai do Condicionamento clássico. Duma intensa discussão no Grupo do Dep. de Formação do CCVL, nasceu um interessante artigo acerca da aplicação do Reforço Positivo. A Anabela descreveu-nos o uso e abuso na utilização das chamadas coleiras estranguladoras. Na sua primeira participação, a Ana Pereira alertou-nos para um grave problema de saúde dos nossos cães que é o contato deste com a lagarta do pinheiro (processionária). O Tiago reportou-nos um Seminário de RCI/IPO ministrado pelo praticante espanhol Daniel Ruano. A pedido do Grupo Lobo transcreve-mos um comunicado à imprensa enviado por esta organização. Mais uma vez, a Anabela e a Vanessa colaboração com as habituais rubricas: “Notícias” e “Curiosidades”. Boas Leituras. Sílvio Pereira

Navegue connosco nas ondas da web Revista Cães & Lobos http://revistacaeselobos.weebly.com Centro Canino de Vale de Lobos www.ccvlonline.com Departamento de Formação do CCVL http://formacaoccvl.weebly.com Departamento de Divulgação do CCVL Blogue: http://comportamento-canino.blospot.com Fórum: http://comportamento-canino.forumotion.net www.facebook.com/ccvlobos Página 1

2 Quais são afinal os cães potencialmente perigosos? (Tânia Carvalho) 4 Que raça escolher? (Tânia Carvalho) 7 A visão do cão (Tiago Barreto) 8 Ivan Pavlov (Sílvio Pereira) 10 O Reforço Positivo (Grupo de discussão do Dep. de Formação do CCVL) 15 Coleiras estranguladoras (Anabela Guerreiro) 17 A Lagarta do Pinheiro (Ana Pereira) 19 Venturas e desventuras de uma Pet Sitter (Dominique Martins) 20 Seminário RCI/IPO c/ Daniel Ruano (Tiago Barreto) 21 Ansiedade por separação canina (Sílvio Pereira) 9 e 24 - Sabia que… 18 - Livro recomendado 23 - Comunicado do Grupo Lobo 25 - Notícias


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Muita é a confusão que reina em torno deste tema, grande parte pela desinformação prestada pelos meios de comunicação social e também por uma regulamentação pouco eficiente por parte das entidades competentes. De acordo com o disposto do DL nº 315/2009, de 29 de Outubro, os cães pertencentes às seguintes raças: Cão de Fila Brasileiro, Dogue Argentino, Pit Bull Terrier, Rottweiler, Staffordshire Terrier Americano, Staffordshire Bull Terrier, Tosa Inu, bem como os cruzamentos de primeira geração, os cruzamentos destas com outras raças são considerados cães potencialmente perigosos.

Identificação, através da aplicação de microship, com código individual na base de dados nacional (SICAFE).

Os alojamentos devem impedir que os cães fujam, devendo por isso:  

as vedações ter 2 m de altura, em material resistente; espaçamento entre gradeamentos não pode ser superior a 5 cm; placas de aviso da existência do cão, afixadas de modo visível e legível no exterior.

Estes cães não podem circular sozinhos na via pública, em lugares públicos ou em partes comuns de prédios urbanos. Para circularem nos referidos locais deverão os cães usar açaime funcional, que não permita comer nem morder e com trela até 1m de cumprimento, que deve estar fixa a coleira ou a peitoral.

O mesmo DL regulamenta os requisitos para a posse destes cães:  Licença emitida pela junta de freguesia da área de residência do detentor e para a obtenção desta o detentor terá que assinar um termo de responsabilidade, apresentar registo criminal isento de condenações contra a vida, seguro de responsabilidade civil e, por fim, comprovativo de esterilização;

Os detentores destes cães têm que promover o treino destes, com vista à

Texto: Tânia Carvalho Página 2

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Atualidade

Fotos: Google


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sua socialização e obediência, o qual não pode ter em vista a sua participação em lutas ou reforço da sua agressividade. Este treino só pode ser ministrado por treinadores certificados para o efeito.

certificado de aptidão técnica, em resumo o detentor de um cão potencialmente perigoso terá que frequentar aulas de adestramento básico. No entanto, mais uma vez a notícia foi publicada, sem que haja já dados concretos, visto ainda não ter sido definiAqui começa um dos problemas da do quem irá ministrar esta formação legislação, segundo o despacho nº nem quem terá competência para emi7705/2010, foi determinado quais as tir o respetivo certificado. Caberá ao entidades que estão acreditadas diretor-geral de Alimentação e Veteripara fazer a certificação dos treina- nária, definir, em despacho, os condores, mas a questão é que ao ques- teúdos da formação, os critérios de tionarmos as entidades sobre o avaliação dos candidatos e quem tema, apenas nos sabem dizer que serão as entidades formadoras (ver está uma proposta em cima da caixa). mesa, mas não há nada em concreto. Desde 2007 até Janeiro de 2013, segundo dados da dgav, ocorreram 373 ataques de raças potencialmente perigosas, mas se há tantos ataques porque não se procuram e se responsabilizam os verdadeiros culpados? Desde 2010 que se está à espera que se decida quem fará a certificação dos treinadores e nada. Recentemente, saiu mais uma notícia relacionada com o tema, desta vez criou-se uma nova exigência o

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Leis, atrás de leis, notícias atrás de notícias, mas a verdade é que continuam a ser destinados para abate todos os cães que perpetuam um ataque, é verdade que um cão que tem este comportamento reforça-se intrinsecamente e será difícil corrigilo. Mas em vez de se criarem leis que não chegam a ser devidamente regulamentadas, que só têm um caráter discriminatório dos detentores e das raças e em nada ajudam a obtermos cães equilibrados, com bom caráter e temperamento, talvez o caminho fosse uma sensibilização da população para a necessidade de se adestrarem em obediência básica todos os cães que connosco coabitam. Procurar-se desumanizar as nossas relações com os cães e nunca esquecermos que na nessa relação eles são sempre o ser irracional e cabe-nos a nós prevenir as situações que possam ocorrer com eles. Os criadores de “vão de escada” deveriam ser responsabilizados pelos seus atos. E por fim as leis, deveriam ser regulamentadas e postas em prática para que pudessem ajudar a evitar que as estatísticas aumentem. Afinal, parece haver mais potencialmente perigosos do que só os cães!

Obrigados a ter aulas O governo vai apertar as regras para os donos de cães perigosos e potencialmente perigosos. Uma das principais alterações que o Ministério da Administração Interna (MAI) quer introduzir na Lei é obrigar quem quer ter estes animais de companhia a fazer uma formação - à semelhança do que já acontece em França, onde desde 2010 é preciso frequentar um Curso e obter um atestado para ter em casa um cão de raça perigosa. Segundo o anteprojeto de proposta de lei - já foi submetido à Comissão Nacional de Proteção de Dados - para obter a licença, que já é obrigatória, será preciso entregar na junta de Freguesia um novo documento: o Certificado de Aptidão Técnica. O Gabinete do Ministro ainda não definiu quem irá ministrar esta formação nem quem terá competência para emitir o respetivo certificado. Essa responsabilidade, ao que o Sol apurou, será atribuída ao diretor-geral de Alimentação e Veterinária que irá definir, em despacho, os conteúdos da formação, os critérios de avaliação dos candidatos e quem serão as entidades formadoras. Com esta revisão da lei, o Governo pretende que os proprietários passem a ter noções sobre comportamento animal e assim prevenir os ataques que têm acontecido nos últimos meses, alguns deles fatais. Além de agravar o montante máximo das coimas previstas na lei, o Governo quer também punir quem circular com cães na rua, lugares públicos ou em partes comuns de prédios com uma taxa de álcool igual ou superior a 1,2 g/l ou sob efeito de droga. Quem for apanhado pela policia nestas circunstâncias pode ser punido com uma multa até 360 dias ou mesmo prisão até um ano. Extrato de notícia do Jornal “Sol” de 15 de Março de 2013 Página 3


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Raças

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1ª Parte Vamos iniciar neste número uma série de artigos sobre as caraterísticas das várias raças que habitualmente convivem connosco nas nossas casas. Quando decidimos levar um cão para casa, devemos estar bem conscientes do compromisso que é assumido para com o cão, perante a família e perante a comunidade civil. Devem-se evitar tomar decisões por impulso, levados por modas ou ainda por insistentes pedidos de crianças. Um cão necessita de cuidados diários, necessita de atenção diária, não se pode deixar para amanhã porque hoje não nos apetece. Assim, a escolha do cão deve basear-se numa série de condições:     

Tempo disponível para interagir com ele, brincar, passeá-lo; Espaço disponível para o animal habitar, quando se está ausente de casa, além do tempo que se está ausente Devemos ponderar muito bem a questão das férias, quais os hábitos de férias, se se está disposto a alterar hábitos por causa do novo membro da família; Situação financeira, a aquisição de um cão para além do custo inicial que pode existir ou não, implica gastos com alimentação, gastos com cuidados veterinários; Gastos com seguros, licenças e outros documentos obrigatórios, particularmente no caso das raças de cães potencialmente perigosos.

Daí que pretendemos dar uma ajuda na altura de escolher, vamos começar exatamente pelas tão faladas raças potencialmente perigosas.

Cão de Fila Brasileiro Origem: Oriundos do Brasil, é o resultado do cruzamento de várias raças como são os Bloodhounds. Destes herdou as características pregas de pele, o olfato apurado e o nariz comprido. Foi usado como condutor de gado, guarda e seguidor de rastos dos então escravos que tentavam evadir-se. Quando encontra a sua presa não a ataca, encurrala-a, até que chegue o caçador. Aptidão: Guarda e caça Comportamento: É obediente, dócil e extremamente fiel aos donos, mas desconfiado com estranhos pelo que constitui um guarda magnífico. Tem um comportamento sereno revelando segurança e autoconfiança, coragem impressionante, determinado, valente. Não se incomoda com sons ou ambientes novos. A relação com crianças é controversa, pois a grande maioria dos donos que têm cães desta raça a conviver com crianças são de opinião contrária e recomendam-no. Não foi feito para viver em pequenos espaços.

Tosa Inu Origem: Esta raça foi desenvolvida durante o séc. XIX com o propósito de criar um canídeo destemido e robusto para a luta de cães, na época, atividade considerada um desporto. Inicialmente eram cães de porte médio, excelentes caçadores, mas inadequados para as lutas. A evolução desta raça teve o contributo de várias raças, já que se pretendeu conjugar a lealdade e agilidade para a luta típica dos cães japoneses, com a robustez dos cães ocidentais. Foi desde sempre um animal muito respeitado no Japão, pela sua impressionante estatura e bravura, apesar de ser uma raça relativamente rara. Reconhecido pela FCI este cão tem sido importado para os EUA e para a Europa, no entanto, mesmo nos dias de hoje a sua popularidade é muito baixa. Aptidão: Cão de companhia e guarda. Comportamento: Tem um temperamento seguro e leal. Possui as características ideais para cão de família, mas só o é se, durante o seu crescimento, for acompanhado e ensinado pelo seu dono. Daí que estes cães não sejam normalmente aconselhados a pessoas que possuam pouca experiência com animais.

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Raças

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No seio familiar, o Tosa-Inu é um animal calmo, silencioso, protetor do território e da família. É reservado perante estranhos, sem ser agressivo. Com as crianças, revelam-se cães seguros, mas já não o são perante animais de estimação desconhecidos. São cães que toleraram perfeitamente bem dor, pelo que podem atacar. Têm muito potencial como cães de guarda: são destemidos, corajosos, e possuem uma excelente robustez física. Saúde e higiene: É importante a prática regular de exercício físico e uma escovagem ocasional para remover o pelo morto.

Pit Bull Terrier Origem: Origem: Entre os grandes Clubes de raças caninas, apenas o United Kennel Club reconhece esta raça. Não fugindo à regra, em Portugal o APBT não é reconhecida pelo Clube Português de Canicultura. É o resultado de cruzamentos entre as várias raças, nomeadamente, o American Pit Bull Terrier, assemelha-se ao Staffordshire Bull Terrier, sendo mais alto e mais pesado. Inicialmente foi criado para entrar em lutas de cães, mas hoje em dia desempenha também o papel de animal de companhia. Aptidão: Companhia, guarda Comportamento: É um cão dócil para os seres humanos, no entanto, tem um baixo nível de tolerância em relação a outros cães devido. Como qualquer outro cão, o Pit Bull pode ser agressivo, se ensinado e incentivado a isso. Se for um cão bem educado, é um ótimo cão de família .. Mas se há coisa para que o APBT não serve, é para cão de guarda, devido á sua forte ligação ao ser humano. É um cão dominante, por isso necessita de um dono capaz de impor a sua liderança de forma positiva. Por esta razão, não é um cão aconselhado a donos inexperientes. Saúde e Higiene: É uma raça relativamente saudável, as doenças mais comuns são displasia da anca e problemas cardíacos. Também com alguma incidência encontramos cataratas e alergias.

Rotweiller Origem: Inicialmente trabalhou como cão de carga entregando carne, foi também útil na condução do gado e a puxar pequenos veículos com cargas de leite. Diz-se que alguns comerciantes tinham por hábito guardar, nas coleiras destes cães, o dinheiro que faziam nas feiras, por segurança. Em 1901, surge um clube que agrupa duas raças: o Rottweiler e o Leonberger. Em 1924, surge o primeiro Livro de Origens da raça. Por volta da I Guerra Mundial, a sua popularidade já há muito que havia sido estabelecida no meio policial, que a nomeara “cão-polícia”. Em 1935, a raça foi oficialmente reconhecida pelo Kennel Club americano e, no ano seguinte chega á Grã-Bretanha. Em 1966, recebe um registo separado da parte do Kennel Club britânico. Aptidão: Companhia, guarda e defesa Comportamento: É uma raça, calma, silenciosa e obediente. O seu nível de agressividade está muito dependente do tipo de treino que recebe. Como cães de guarda são extremamente atentos e são hostis para com os intrusos. Pela sua constituição e aspeto, são bastante dissuasivos sem terem que fazer nada por isso. Ladram pouco, mas quando ladram deve dar-se atenção, porque não ladram sem razão. Deve ser adestrado desde pequeno para que se torne num companheiro seguro. Visto serem cães bastante inteligentes e com uma personalidade forte, não se aconselham a donos inexperientes. O dono deve ter uma autoridade natural e incontestável. Na sua relação com a família, são animais alegres que gostam de receber atenção do seu dono. Lidam bem com as crianças e com outros animais de estimação, se forem devidamente habituados a conviver com estes. Na verdade são cachorros toda a vida! Mas no que trata da sua relação com outros cães, esta é muito difícil em particular se forem do mesmo sexo e se não estiver habituado a conviver com eles desde pequeno. Saúde e Higiene: As doenças mais frequentes são: displasia da anca, problemas de visão, epilepsia, hipotireoidismo e cancro. Não necessitam de muito exercício físico, mas deve-se ter algum cuidado, pois tendem a engordar com facilidade. Apreciam nadar, passeios moderados ou simplesmente brincar.

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Raças

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Staffordshire Bull Terrier Origem: Os cruzamentos que originaram a raça iniciaram-se em Inglaterra em 1835, pretendiase conseguir um cão com a tenacidade dos Bulldogs antigos e com a agilidade e energia dos Terriers. Estes cruzamentos tinham por objetivo os combates entre cães e touros. Atualmente, o Staffordshire Bull Terrier é bastante procurado no Reino Unido, sendo a quinta raça mais popular no país. Em Portugal, a raça pertence à lista de cães potencialmente perigosos, o que obriga os donos a tomarem medidas especiais em relação aos seus animais. Aptidão: Companhia. Ao contrário do que se poderia pensar não é um bom cão de guarda uma vez que se relacionada bem com os humanos, mesmo estranhos. Comportamento: Coragem e tenacidade são atributos que não faltam ao Staffordshire Bull Terrier. São cães bastante afetuosos e meigos, especialmente com crianças. Os donos podem sempre contar com ele e com a sua lealdade, bem como com a sua energia. O que faz com que esteja sempre disposto para brincar, logo exige muito exercício. Devido à sua dependência do dono não gostam de ficar sozinhos em casa muito tempo e podem ter comportamentos destrutivos quando isso acontece. A sua convivência com outros animais pode ser pacífica se desde pequenos forem habituados a isso, mas podem ser agressivos com outros cães, sobretudo do mesmo sexo. Necessita de uma forte socialização e uma sólida educação baseada no reforço positivo. Por isso não deve adquirido por pessoas inexperientes Mas o pior que se pode fazer a estes cães é bater-lhes, isto porque devido à sua estoicidade perante a dor, isso só irá excitá-lo mais. E uma vez excitado é difícil acalmá-lo. Por isso mesmo as brincadeiras devem ser bastante controladas. Saúde e Higiene: Devido ao focinho achatado, podem ter alguns problemas de sobreaquecimento, sobretudo nos dias mais quentes. Necessitam de escovagens regulares, mas o banho deve ser evitado. As doenças mais características da raça são as displasias da anca e problemas oculares.

Dogue Argentino Origem: Esta é uma raça relativamente recente, desenvolvida na Argentina, nos anos 20 do século passado. Descendente do cão de luta de Corboda, uma raça local, possante e enérgica que tinha sangue de Mastiffs, Buldogues e Bull Terriers. Foi cruzado com várias raças - Irish Wolfhound, Pointer, Bull terrier, Dogue de Bordéus, Dogue Alemão, Mastim Espanhol, Boxer, Bulldog, entre outras. Apesar de no início ter sido considerado um cão de luta, o Dogue Argentino revelouse uma preciosa ajuda na caça grossa. O cão que conhecemos hoje em dia é companheiro, leal e protetor, mas também bom caçador, capaz de aguentar longas caminhadas e ainda fazer frente a animais de grande porte. Somente em 1973 foi reconhecida pela FCI. Aptidão: Companhia, guarda Comportamento: É um cão leal e companheiro e extremamente protetor da família. Bastante apegado aos donos, gosta da presença de humanos e, apesar do seu tamanho, insiste em sentar-se em cima dos pés ou encostado às pernas da pessoa mais próxima. Como um bom cão de guarda, suspeita de estranhos até que lhe sejam apresentados pela família, mas, regra geral, não é agressivo com pessoas. Devido à sua dominância, necessita de um dono experiente, capaz de lhe proporcionar uma boa educação e socialização. A convivência com outros cães e animais é possível se tiver sido habituado desde pequeno. O treino é relativamente fácil, mas, como cão dominante que é, por vezes revela-se teimoso e gosta de impor a sua vontade. Deve sentir-se integrado na família para que desta forma se possa debelar o seu lado mais arisco. Saúde e Higiene: O banho deve ser evitado e quando dado, os produtos utilizados devem ser específicos para pele sensível e para pelos claros. Devido à coloração branca, o cão deve ser protegido do sol, uma vez que tem uma fraca proteção aos raios UV.

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Raças / Visão do Cão

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Staffordshire Terrier Americano Origem: A origem desta raça é exatamente igual à do Staffordshire Bull Terrier. No entanto, neste caso depressa os apostadores se aperceberam da intolerância desta raça em relação a outros cães, da devoção ao dono e da força da sua mandíbula, o que fez com que rapidamente esta raça passa-se a ser usada em lutas de cães. As lutas provocaram a morte de muitos exemplares e criaram um estigma muito negativo na opinião da sociedade sobre estes cães. A raça foi então levada para os Estados Unidos da América e ganhou caraterísticas diferentes da raça que permaneceu em Inglaterra, tornou-se mais robusto e mais alto. O reconhecimento da raça pelo American Kennel Club, só aconteceu em 1936. Se por um lado a intolerância destes cães em relação a outros animais lhes valeu fama entre os entusiastas das lutas, por outro lado, a devoção cega ao dono e a dedicação à família fizeram dele um animal de estimação popular. Aptidão: Companhia, guarda e defesa Comportamento: São cães fortes, resistentes, valentes, persistentes, tenazes. Mas apesar destas caraterísticas, que podem fazer parecer a raça muito rústica, são cães que têm uma grande estima e tentam a todo o custo agradar ao dono. Por ser muito dependente da família, é uma raça que tem necessidade de viver dentro de casa e que não gosta de ser deixado sozinho. São cães relativamente fáceis de treinar, sobretudo devido à sua ânsia em agradar ao dono, o que por vezes pode ser mal aproveitado pelos humanos. Saúde e Higiene: A manutenção da pelagem não exige grandes esforços, basta uma escovagem ocasional para limpar a sujidade. Algumas das doenças que mais frequentemente surgem são displasia da anca e problemas cardíacos. Texto: Tânia Carvalho

Fotos: Google

A visão do Cão O nosso amigo cão vê o mundo sob outra perspetiva, diferente da nossa. A primeira diferença é a altura e ângulo de visão. Eles estão muito mais próximo do chão e tem assim um outro campo visual. Além disso, a visão não é o sentido mais importante e desenvolvido no cão. O olfato e Visão do homem a audição são muito mais desenvolvidos e muito mais importante no dia a dia do seu melhor amigo. Para se ter uma ideia, no homem a ordem de desenvolvimento dos sentidos é visão-tato-audição-olfato e paladar. Já no cão o que encontramos é olfato-audição-visão-tato-paladar. Por último, a estrutura ocular dos cães também é diferente da nossa. Os cães veem melhor no escuro e têm uma visão orientada para o movimento, enquanto a nossa visão privilegia a diferenciação das tonalidades de cores conseguindo excelente definição de silhuetas e acuidade visual. Assim, os cães conseguem reconhecer duas cores, o azul (violeta) e amarelo, Visão do cão diferenciando diversos tons de cinzas e não conseguem diferenciar o verde, amarelo, laranja e vermelho. A posição dos olhos dos cães também determina o tamanho do campo visual e a perceção de profundidade. Quanto mais afastados os olhos menor a sobreposição e portanto menor a perceção de profundidade. Assim nos cães com os olhos posicionadas na frente (mais juntos) como o Boxer, Bulldog, Boston, Labrador tem melhor acuidade visual e melhor senso de profundidade, fazendo com que gostem mais de brincar com objetos jogados ao alto, como bolas e frisbies. Já os cães com olhos posicionados lateralmente (mais afastados) como os Collies, Galgos e Pastores tem um campo visual maior e por isso são usados em pastoreio onde conseguem ver uma região muito maior. Todos conseguem ver melhor os corpos em movimentos e por essa razão pequenos movimentos tem interpretações distintas no cão, desde movimentos bruscos de mãos ou mesmo alterações posturais que acabam significando muito para ele. Página 7

Texto: Tiago Barreto Fonte: http://petcare.com.br/blog/a-visao-dos-caes/


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Personalidade

Ivan Petrovich Pavlov (em russo: Иван Петрович Павлов) (Ryazan, 26 de Setembro de 1849 — Leningrado, 27 de Fevereiro de 1936) foi um fisiólogo russo.

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to da psicologia comportamental e mostrou ter ampla aplicação prática, inclusive no tratamento de fobias e nos anúncios publicitários.

O condicionamento clássico é um processo que descreve a gênese e a Premiado com o Nobel de Fisiologia modificação de ou Medicina de 1904, pelas suas des- alguns comportamentos com base cobertas sobre os processos digesti- nos efeitos do binômio estímulovos de animais. Ivan Pavlov veio no resposta sobre o sistema nervoso entanto a entrar para a história pela central dos seres vivos. O termo consua pesquisa num campo que ele dicionamento clássico encontra-se descobriu quase que por acaso: o historicamente vinculado à papel do condicionamento na psicolo- "psicologia da aprendizagem" ou ao gia do comportamento (reflexo condi- "comportamentalismo" (Behaviorismo cionado). ) de John B. Watson, Ivan Pavlov e Burrhus Frederic Skinner, Na década de 1920, ao estudar a pro- também conhecido como sistema de dução de saliva em cães expostos a punição e recompensa. diversos tipos de estímulos palativos, Pavlov percebeu que com o tempo a A origem do Condicionamento salivação passava a ocorrer diante de Clássico situações e estímulos que anteriormente não causavam tal comportaUm reflexo é uma sequência estímulo mento (como por exemplo o som dos -resposta e tem a função de manter o passos de seu assistente ou a aprebom funcionamento biológico, garansentação do comedouro). Curioso, tindo a sobrevivência e reprodução. realizou experiências em situações Encontramos reflexos em todos controladas de laboratório e, com os sistemas orgânicos: nervoso, endó base nessas observações, teorizou e crino, muscular, respiratório,digestivo, enunciou o mecanismo reprodutivo e até mesmo resposdo condicionamento clássico. tas emocionais reflexas. Os reflexos condicionados formam novas ligaO Condicionamento Clássico ções sinápticas inicialmente temporárias e a seguir duradouras, pois são A ideia básica do condicionamento reflexos "aprendidos" e podem ser clássico (ou condicionamento excitadores ou inibidores. A sua funpavloviano) consiste em que algução é preditiva, ou seja, serve para mas respostas comportamentais são antecipar a resposta de prazer reflexos incondicionados, ou seja, são (recompensa) ou mesmo advertir inatas em vez de aprendidas, enquan- sobre um possível perigo (punição). to que outras são reflexos condicionados, aprendidos através da associaPara obter-se um condicionamento ção com situações agradáveis ou efetivo é preciso que o estímulo conaversivas simultâneas ou imediatadicionado (EC) preceda o estímulo mente posteriores. Através da repeti- incondicionado (EI), que não coexisção consistente dessas associações é tam estímulos externos inibidores e possível criar ou remover respostas que haja repetição periódica do confisiológicas e psicológicas em seres dicionamento. Extinções ocorrem humanos e animais. Essa descoberta quando EC é apresentado sem o EI abriu caminho para o desenvolvimen- até que este desfaça a associação. Página 8


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O condicionamento pode ser recuperado se as associações entre EC e EI forem refeitas - processo conhecido como recuperação espontânea.

trada no Behaviorismo. Todavia, junto à psicologia social, propôs-se a abolição do conceito de "comportamento". Em seu lugar, Alexei Leontiev propõe o conEstímulos condicionados podem tam- ceito de "atividade". bém ser associados a outros estímulos neutros de modo a torná-los igual- A experiência de Pavlov mente condicionados sem A experiência que elucidou a existêna associação simultânea com o EI. cia do condicionamento clássico Os primeiros seriam os condicionaenvolveu a salivação condicionada mentos chamados primários e os dos cães (Canis familiaris) seguintes secundários. Esta seria do fisiólogo russo Ivan Pavlov. Estuentão uma associação de segunda dando a ação de enzimas no estôordem. Tais associações podem chemago dos animais (que lhe dera gar até a terceira ordem e mostrarem um Prêmio Nobel), interessou-se -se efetivas. pela salivação que surgia nos cães sem a presença da comida. Pavlov Contra condicionamentos ocorrem queria elucidar como os reflexos conquando um diferente EC ou EI é associado, alterando portanto o refle- dicionados eram adquiridos. Os cães naturalmente salivam por comida; xo incondicionado (RI). Esta ação assim, Pavlov chamou a correlação promoveria o processo de extinção juntamente com um novo condiciona- entre o estímulo não-condicionado mento. Na psicologia, a terminologia (comida) e a resposta nãoacima utilizada é comumente encon- condicionada (salivação) de reflexo não-condicionado.

Todavia, ele previu que se um estímulo particular sonoro estivesse presente para os cães quando estes fossem apresentados à comida, então esse estímulo pode tornar-se associado com a comida, causando a salivação; anteriormente o estímulo sonoro era um estímulo neutro, visto que não estava associado com a apresentação da comida. A partir do momento em que há a associação de estimulações (entre som e comida), o estímulo deixa de ser neutro e passa a ser condicionado. Pavlov referiu-se a essa relação de aprendizagem como reflexo condicionado do sistema de puniçãorecompensa (ou Behaviorismo de Pavlov) e que levou ao desenvolvimento e aplicação em diversas áreas, como comportamento, educação, psicologia, psiquiatria, direito, relações humanas, gestão empresarial, adestramento, treino, policiamento, urbanismo e várias outras. Fonte: Wikipédia Fotos: Google

Sabia que... ... Werner Freund é um senhor de 79 anos que dedicou os últimos 40 aos lobos. Determinado a aprender mais sobre eles e a desmistificá-los perante a sociedade, tornou-se parte do grupo Em 1972, Freund criou o Wolfspark Werner Freund, um santuário com 25 hectares na Alemanha, onde colocou lobos adquiridos a parques e jardins zoológicos. Quarenta anos depois, o investigador comporta-se como se fosse o macho alfa de um grupo de 29 lobos, praticamente todos eles criados à mão. Contudo, Freund não considera que os lobos sejam os seus animais de estimação.“Não podes domesticar um lobo. Eu é que tive de me tornar um lobo. Tive de treinar a minha voz uma vez que o sotaque alemão é algo áspero e os lobos estão acostumados a uma sonoridade suave” explicou o investigador, que vive com a sua esposa Erika e o seu gato Max (foto em cima), numa habitação perto da alcateia. Página 9

.... Um habitante do Tennesse, nos Estados Unidos, entregou o cão num canil para ser abatido por suspeitar que o animal é “gay”. Segundo o jornal americano Huffingtonpost, o homem viu o cão acasalar com outro macho e, por isso, concluiu que Elton é gay. O Psychologist Today explica que há cães gay, mas que na maioria dos casos, esse tipo de comportamento é uma forma de expressar a sua dominância. Entretanto, foi lançada uma campanha no Facebook para salvar Elton, acabou por ser adotado por Stephanie Fryns, que já tinha quatro cães.“Ele tem sido muito meiguinho. Tem muito medo de tudo, mas isso é compreensível”, disse Stephanie à ABC News. Compilação: Vanessa Correia Fontes: www.google.pt www.jn.pt www.cmjornal.xl.pt www.crufts.org.uk www.mundodosanimais.pt (Continua na pág. 24)


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Fonte: Grupo de Discussão do CCVL Fotos: Google

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Durante este último trimestre, desenvolveu-se no Grupo de discussão do Dep. De Formação do CCVL, um debate muito interessante sobre este polémico tema. Pelo interesse que demonstrou e pela qualidade das intervenções, decidimos transcrever neste número da revista, o que foi dito nesse tópico do fórum. _________________________________ Eneida Cardoso Caros colegas: Venho aqui expor um assunto para, ouvir as várias opiniões. Refiro-me ao Reforço Positivo...da experiência e conhecimento que têm; acham possível, útil e credível, treinar um cão ou resolver determinado problema comportamental, utilizando somente o reforço positivo? A mim, parece-me um pouco extremista e não sei até que ponto seja assim tão exequível como muitos o defendem agora; tenho notado que têm aparecido alguns defensores de que realmente, utilizando apenas esta técnica é possível e criticam afincadamente quem utiliza os denominados por eles "métodos aversivos"... O que acham sobre este assunto? Obrigada e um abraço __________________________________ André Moreiras Bom dia Eneida, Em relação ao treino canino.. Uso apenas o reforço positivo com clicker e sem trela, os reforços podem ser comida ou brinquedos e sempre alternados e inesperados de preferência. Resolver problemas de comportamento usando apenas o reforço positivo e clicker é impossível! A mudança de comportamento envolve sempre a presença de reforço positivo, reforço negativo e eventualmente castigo positivo. Só através da combinação desses fatores é q conseguiremos atingir os objectivos a q nos propomos. Numa formação q tive com positivistas extremistas.. lol.. vieram dizer-me q tinham resolvido um problema de agressividade só com clicker.. Eu disse logo.. Só vendo! Cuidado com os positivistas extremistas!! Tudo o q eles não consideram correto é método aversivo pra eles mesmo q nunca tenham visto nem experimentado, ora vejam: - usar coleira de choque é aversivo - usar estranguladora é aversivo - dar uma palmada no cão é aversivo - corrigir/punir o cão quando morde noutro cão ou pessoa é aversivo - sermos o super alfa para o cão é aversivo - usar o "alpha roll" é aversivo e causa danos psicológicos ao cão (esta aconteceu comigo e chamaram-me de mau treinador) In extremis... Tb é aversivo gostar de touradas ou então comer carne porque estamos a tratar mal os animais (Tb já vi defenderem isto) Ou seja, os positivistas extremistas pra mim valem o q valem, eu pessoalmente chamo-lhes membros da seita do reforço positivo. Na minha maneira de pensar e de ver as coisas ninguém me incute o q é bom ou mau, eu próprio sei analisar e chego às minhas próprias conclusões,


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mas para tanto, necessito conhecer e vivenciar os vários métodos positivos e aversivos q existem por forma a ser justo na minha analise. Saudações caninas ___________________________________ Eneida Cardoso Muito obrigada André; de facto, do pouco que ainda sei, porque assumo que estou a entrar neste mundo há relativamente pouco tempo, identificome bastante com a sua opinião. Até porque, antes de se tratar de uma questão de experiência, conhecimento, etc., é uma questão de bom senso! Como Psicóloga e reportando-me para a minha área de experiência, qualquer tipo de fenómeno, seja ele de que natureza for, tem de ser percecionado e compreendido tendo em conta todas as dimensões que o compõem. Uma visão de apenas uns dos lados, é limitada, extremista e não permite atingir a compreensão total ou o mais completa do fenómeno. Julgo que como, em tudo na vida, tem de haver um equilíbrio; o bom, o mau, o certo, o errado, o positivo, o negativo...etc. Efetivamente, sempre me questionei: "como resolver um problema de agressividade apenas com reforço positivo??"; passei por essa experiência com a minha Pit, a Kaya e usei os ditos métodos aversivos (coleira de estrangulamento e de picos), o castigo (toques na coleira), etc...tive de o fazer. Perante o seu comportamento de agressividade perante os outros cães, segundo o reforço positivo, ignoraria a sua agressividade (puxões, rosnar, não me obedecer...) e depois de horas nisto, quando por exaustão acalmasse..dava-lhe um biscoito??! Estou a ser um pouco irónica, eu sei...mas realmente, faz-me confusão... Na minha opinião, penso que um bom treino terá de contemplar um equilíbrio entre os vários métodos existentes e como dizemos em Psicologia (humana), "cada caso é um caso", que necessita de uma avaliação e compreensão diferenciada, para depois se decidir pelos métodos a utilizar. Obrigada pela partilha _____________________________________ Tiago Barreto Quando nós pretendemos treinar um cão, antes de o começar a adestrar temos que ganhar a confiança do cão. Existem cães mais motivados que outros. Quando estamos na parte do adestramento básico, o reforço positivo até determinada altura faz todo o sentido. Imagine agora, que o canídeo começa a querer comer coisas do chão, aí já temos que usar o castigo positivo, porque está em causa a saúde do animal. Houve aqui há tempos uma questão relacionada com o uso de coleiras, e um membro deste grupo falou na coleira de bicos, porque um cão era demasiado forte, neste caso, o uso deste tipo material era que o cão deixasse de puxar, e se comportasse de maneira correta. Na psicologia canina, quando estamos na presença de um cão que faz as necessidades em casa, devesse usar o reforço positivo que ele faz as necessidades na rua. Por oposição, quando um cão pretende comer objetos, como meias ou pedras, que lhe são prejudiciais, usamos o castigo positivo. Conclusão: O uso do reforço positivo ou castigo positivo, depende de caso para caso, e da própria situação.

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Dominique Martins Bom dia, Eu fico também sempre na dúvida perante um cão agressivo com outros cães, eu vi num workshop de reforços positivos um destes cães. O que se fazia era clicar e encher o cão de biscoitos (o cão neste caso focalizado no dono e ordens dele) a passar perto do outro cão para desviar atenção do agressivo. Mas quando o cão não gosta nem de biscoitos nem de jogo o que se pode fazer neste caso? Tapar os olhos, já vi alguns fazer. Tudo que sei é que um cão agressivo para outros cães é muito difícil conseguir desviar a sua atenção para nós ou para qualquer reforço positivo, parece que o cão está só fixado no outro cão, não existe mais nada ou ninguém à sua volta. Esticão parece excitar ainda mais o cão. Tenho alguns casos com cães de tamanho médio, grande porte, passeio com eles sempre com ordens de junto, parar, sentar, (eventualmente deitar) com clicker e recompensas, um outro cão vem a nosso encontro com dono ou sem, eu continuo o passeio com os ordens de maneira a focalizar o cão mesmo no passeio como num treino e neste caso eles não estão a dar atenção a outros cães, mas isso resulta com cães que gostam de recompensas ou jogos e não teimosos. No caso do Duque, ele chegou na casa depois do Pucci, o Pucci disputou com ele a posição hierárquica e se o Pucci fez birras quando o Duque era cachorro, influenciou o seu comportamento atual na rua, ainda por cima que ele saiu, infelizmente pelo Pucci, vencedor e do fato reforçou a sua agressividade. Pode ser também uma questão de proteção pelos donos na rua. bjs para todos _____________________________________ Anabela Guerreiro Olá, A meu ver este será sempre um tema que nunca chegará a nenhum tipo de consenso por muitos e variados argumentos que sejam usados pelos diversos agentes. Da pouca experiência que tenho sei que em casos de resolução de problemas comportamentais nos cães, é mais simples e sobretudo rápido usar os chamados métodos aversivos, por vezes nunca se tenta solucionar a questão de outra forma, talvez por uma questão de morosidade, capacidade e paciência do próprio treinador ou adestrador, o que lhe quisermos chamar. Na própria educação de um cão, a palavra tempo é um fator muitas vezes critico para quem tem que apresentar resultados, sendo que a meu ver, regra geral, utiliza -se a solução que mais rapidamente agrada aos agentes, neste caso ao dono do cão, que se encontra com um problema que não sabe resolver, o que não quer dizer que seja a correta. Muito sinceramente, questiono-me se, com o devido tempo, carga de inteligência e paciência não se conseguirá chegar aos bons resultados através do adestramento positivo e relembro que adestramento positivo não se baseia apenas no uso do clicker, em alguns casos podemos nem o usar. Ao contrário do que muitos pensam é o animal que escolhe o que é mais recompensador para ele. Isto quer dizer que podemos dar um biscoito ao cão sempre que ele se sentar, e depois pedir novamente que se sente e ele não o fazer, é muito possível que ele não considere o biscoito uma recompensa. Caberá a quem trabalhar com o cão perceber o que realmente o motiva. Por exemplo com um dos meus cães uso uma pinha, após experimentar bolas, brinquedos e um sem fim de coisas, casualmente descobri a sua fixação. Por vezes a dificuldade é chegar lá. Considero que com o adestramento positivo o objetivo é recompensar comportamentos desejáveis e excluindo o uso intencional de intimidação física ou psicológica. Se numa situação de "desespero" poderemos recorrer aos outros métodos, aqui refiro-me unicamente a coleiras estranguladoras ou de bicos (como forma de controlo e proteção do animal no exterior), acredito que a outra parte é possível, mais trabalhosa, mais morosa, exigente e colocando em prova as Página 12


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as capacidades de quem a trabalhará. Acredito que com perseverança, persistência e inteligência se consegue adestrar um cão pelo reforço positivo bem como tratar de problemas comportamentais, afinal, porquê usar uma coleira de bicos ou outro método aversivo, quando treino o meu cão no quintal? Não estou aqui num ambiente controlado? Esta é mais uma opinião que como todas as outras não está correta, não existe uma resposta certa a esta problemática, apenas opiniões e formas de encarar os avanços do adestramento de uma outra perspetiva, do meu lado, pelo reforço positivo. Obrigada, ________________________________________ Ricardo Rodrigues Olá Eneida, Em relação ao tema que aqui foi lançado por si é um assunto bastante controverso e que dificilmente se chegará a um consenso. Na minha opinião é sem duvida melhor, mais seguro e fiável adestrar um cão com reforço positivo porque ao o fazermos tornamos o processo de aprendizagem muito mais agradável, divertido e motivador, tanto para o animal como para nós. É um método que exige bastante trabalho, criatividade, paciência e dedicação que por vezes não é bem compreendido por algumas pessoas que pensam que adestrar ou tratar de um problema comportamental de um cão é como se vê na Tv, mas aí cabe a nós mostrar que nestes assuntos não há números de magia e que a pressa é inimiga da perfeição. Ao reforçarmos positivamente algum comportamento desejado, ao fim de algum tempo, o cão não só dá como oferece o comportamento que desejamos e para mim aí está a grande diferença. Quando utilizamos o reforço positivo (R+) deixamos o animal com vontade de mais e devemos aproveitar essa motivação para trabalhar. Quando o animal apresenta um comportamento que não é o desejado, o castigo negativo (C-) ajuda bastante para que ele reduza esse tipo de conduta. É claro que cada caso é um caso e devemos evitar estereótipos mas na minha ótica nunca devemos optar pelo castigo positivo (C+) quando há opções para o reforço positivo (R+), salvo raras exceções como quando está em risco a integridade física do animal. Infelizmente muitas pessoas optam pelo castigo positivo (C+), umas por falta de conhecimentos outras por acharem mais fácil e por verem “resultados” mais rapidamente mas quando vamos comprovar tudo isso observamos que o animal não apresenta comportamentos fiáveis e por vezes até desenvolveu problemas comportamentais graves. Apesar disto se formos obrigados a usar o castigo positivo (C+) este deve ser muito bem estruturado para que o seu uso acabe logo ou reduza significativamente o comportamento indesejado, sem nunca esquecer que deve sempre acabar com um reforço negativo (R-). No adestramento e tratamento de problemas comportamentais cabe a nós e somente a nós criar condições ambientais, dessensibilizações e contracondicionamento para atingirmos um determinado objetivo e com isso prevenir situações bastante graves. Com o melhores cumprimentos, __________________________________________ Sílvio Pereira Boa tarde, a todos: Dei este período de tempo com a finalidade de aguardar que mais alguém desse a sua opinião antes de eu intervir para evitar com isso influenciar os pontos de vistas de outros intervenientes que os quisessem expressar. Ora bem! Vamos lá colocar as ideias no lugar. Página 13


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Costumo dizer aos meus alunos dos Cursos presenciais que não devemos ser fundamentalistas de nenhum método nem de nenhum processo. Felizmente, temos nas nossas mãos todas as ferramentas necessárias para adestrar cães e resolver todos as suas disfunções comportamentais, o que é necessário é saber quando e como as utilizar. A própria conceção do termo tão em voga "Adestramento positivo" ou "Adestramento pela positiva" está errado porque, para ensinar animais é impossível utilizarmos sempre o reforço positivo (R+) porque para eles poderem discriminar o que fazem bem daquilo que fazem mal, precisam de errar, e aí temos que utilizar o castigo negativo (C-) portanto, também existe castigo quando, inadvertidamente, dizemos que utilizando este método não necessitamos de castigar os nossos cães para os ensinar. O que podemos dizer com toda a segurança é que, através deste inovador processo de ensino animal, o paradigma do método de aprendizagem mudou radicalmente: do tradicional que castigava os comportamentos indesejados para o moderno que recompensa os desejados. A este fato, a esta mudança de processos, devemos agradecer ao Sr. Skinner (personalidade do trimestre na nossa revista "Cães & Lobos" nº 5) ao criar o conceito de "Condicionamento Operante". Portanto, não devemos dizer que utilizamos o adestramento pela positiva para ensinarmos os nossos cães mas sim que utilizamos o Condicionamento Operante no ensino dos nossos animais. Sendo assim, partimos da ideia que a Eneida queria dizer no título deste tópico: "Condicionamento Operante nos treinos" e não "Reforço Positivo nos treinos". Neste contexto, cabe-me esclarecer o seguinte, e neste esclarecimento vou dividir o processo de Adestramento do processo de correção de disfunções de comportamento: Podemos e devemos, sempre, mas sempre, utilizar o condicionamento operante para ensinarmos os processos de obediência básica aos nossos cães. Todos eles estão estruturados para aceitarem este método, o que podemos é variar os motivadores utilizados uma vez que os animais não se motivam todos utilizando o mesmo objeto. Em última análise, se o animal não se motivar por nada, recorremos à comida como motivador depois de algum período de jejum. Esta teoria está provada com a inúmera quantidade de animais de todas as espécies domesticadas (e não só, vejam o caso dos mamíferos marinhos) como são o caso dos cães, dos gatos, das galinhas, dos porcos, dos cavalos, das ovelhas, dos papagaios, etc., que foram adestrados através deste método. No caso da correção das disfunções comportamentais, a situação poderá já não ser a mesma, o que não quer dizer que na grande maioria dos casos não devam ser resolvidos através dos processos de dessensibilização e contracondicionamento com utilização do condicionamento operante. Mas há um caso específico em que poderemos utilizar o castigo positivo (C+). É meu entender, e de outros especialistas nesta área, que quando se utiliza o C+ ele tem que ser feito de forma inequívoca e que produza efeitos, não de uma maneira soft porque temos pena dos animais, temos é que pensar nas consequências futuras de um tratamento mal feito baseado no remorso com que ficamos por provocarmos dor ao animal. A meu ver, o único caso em devemos utilizar C+, devendo ser feito com utilização de coleira elétrica e por terapeutas com perfeito conhecimento desta técnica, é numa agressividade por complexo de controlo com mordidas já recorrentes a pessoas ou outros animais, mas só no caso em que todos os outros processos (castrações, dessensibilizações, contra condicionamentos, etc.) já não dão resultado. Todos sabemos que o ato de morder é muito reforçante intrinsecamente. O cérebro de um animal quando morde é inundado por uma série de hormonas que são chamadas as hormonas do bem-estar e do prazer. as dopaminas, endorfinas adrenalinas, os corticoides, etc., são abundantemente adicionadas ao cérebro quando um animal morde e por isso é reforçado intrinsecamente não precisando de reforços externos para se sentir recompensado. Aí sim, são colocadas duas alternativas: como o cão já não responde ao processo natural e não aversivo da resolução do problema, ou se eutanásia o cão porque a sociedade humana e as suas leis assim o impõe, ou resolve-se com um método que provoque dor ao cão e este a associe ao ato de morder indiscriminadamente, sendo que neste caso o processo tem que ser inequívoco. Conclusão: Aprendizagem animal e resolução de disfunções comportamentais utilizando como principio o Condicionamento Operante! Inequivocamente sim!!! Mas atenção. Não devemos ficar reféns de um único processo. E quem me conhece pessoalmente sabe que sou o maior defensor do ensino animal através de processos que não provocam nem dor nem desconforto aos animais. Bem hajam a todos e venham mais tópicos que provoquem este tipo de reflexões.

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Equipamento Texto: Alexandra Guerreiro Fotos: da própria e Google

Um outro olhar

Antes de iniciar este tema que se entende por controverso e que poderá eventualmente dividir opiniões convém primeiro de uma forma muito breve perceber o que se entende por coleira e qual ou quais os seus

principais benefícios para o bem estar e segurança do animal. Entendemos por coleira como uma espécie de colar que envolve o pescoço dos animais, na sua maioria dos cães e que entre outras funções servem para obter um melhor controlo sobre o cão, como por exemplo quando este é levado a passeio. Desta forma, muitos defendem que a coleira deve estar sempre colocada no cão, pois para além de permitir a contenção do cão, quando se encontra à trela também possibilita, através de chapa identificadora ou através de novas tecnologias criadas recentemente, identificar o cão caso ele fuja e/ou se perca. A coleira, assim como qualquer outro equipamento usado com os nossos cães deve ser confiável, confortável e antialérgica, sendo que deverá estar justa no pescoço do cão para evitar que ele se enrosque em algo e se possa ferir ou até mesmo enforcar. Tipos de coleira: Couro: São resistentes e duram bastante, mas tendem a apodrecer ou a cheirar mal se molhadas. Algumas têm a borda arredondada de forma a evitar que o seu uso contínuo não marque o pelo. Nylon: Costumam desbotar, mas permanecem muito mais limpas e raramente cheiram mal. Em ambos os modelos devemos dar preferência às coleiras com fivelas, já que outros encaixes podem danificar-se mais facilmente. Estranguladores/enforcadores: São coleiras que, sob pressão, enforcam o cão. Os seus defensores referem-nas como úteis, uma vez que facilitam o controlo do cão, diminuindo a força com que ele será capaz de puxar durante o passeio ou treino. Sendo este um acessório tão controverso no mundo canino e que tantas dúvidas suscitam em fóruns, resolvi aprofundá-lo um pouco e partilhar também algumas soluções que poderão ser encontradas no uso destas coleiras que a meu ver em nada prejudicarão o cão. Controvérsia O estrangulador/enforcador foi criado com o intuito de chamar a atenção do cão através de uma sensação desagradável, neste caso o enforcamento, todas as vezes que o cão puxar excessivamente. Ao contrário do que os simplistas possam pensar, este tipo de coleira, sozinha não soluciona o problema de cães que puxam a trela durante os passeios, mas poderá auxiliar na correção desse comportamento, de acordo com algumas opiniões. Os estranguladores/enforcadores devem afrouxar assim que a tensão da trela é aliviada, o que só ocorre quando está corretamente colocada no pescoço do cão, neste caso fazendo a forma de um P quando colocada no cão, sendo que o cão é conduzido do nosso lado esquerdo. Uma vez colocada de forma incorreta a sua função será a inversa, isto é, independentemente do comportamento do cão, uma vez puxada a trela provocará sempre o enforcamento do cão. Desta forma, até mesmo os seus defensores admitem que este equipamento apenas deva ser utilizado durante o treino ou passeio do cão e sob supervisão humana, já que existe uma forte probabilidade do cão se enforcar acidentalmente. Como forma de treino ou complemento, esta coleira poderá eventualmente ser eficaz, no entanto de muito difícil uso, uma vez que nunca se sabe se a pressão exercida é ou não a correta, desta forma existe quem defenda inúmeras desvantagens sobre o uso das mesmas. Quando o cão puxa, o esticão na trela, neste caso o castigo, terá que ser suficientemente forte para ser eficaz, caso contrário se a coleira não provocar qualquer tipo de desconforto, transtorno, dor ou medo nunca será eficaz e o cão continuará a puxar porque a consequência não é suficientemente forte para o fazer parar. Em contrapartida se aplicarmos um esticão com força a mais poderemos causar danos irreparáveis no cão, correndo o risco de abusar do cão aplicando um castigo desproporcional ao comportamento em questão, fazendo com que o cão desenvolva agressão defensiva, medo, ansiedade ou vários outros problemas, nomeadamente o de Página 15


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Equipamento

associar o castigo ao dono, tornando esta relação baseada no medo. Assim sendo corremos o risco da associação que o cão faz ao castigo não ser aquela que esperamos. Com a aplicação desmensurada do esticão que poderá ser exercida, o cão poderá desenvolver resistência à dor o que faz com que o dono tenha que aplicar esticões cada vez mais fortes para que a coleira continue a ser eficaz, podendo causar graves problemas físicos, nomeadamente:  Danos na traqueia e esófago;  Pescoços torcidos;  Paralisia das pernas dianteiras, provocado por danos nos nervos que se estendem para as pernas dianteiras;  Paralisia do nervo laríngeo, podendo afetar a voz do cão para toda a vida;  Ataxia, traduzida na falta de coordenação dos movimentos podendo afetar a força muscular e o equilíbrio do animal; Os opositores a estas coleiras questionam o porquê do seu uso se as mesmas não funcionam como método de treino e que ainda podem causar danos permanentes aos cães. Um estudo feito em 1992 na Suécia, concluiu que 91% dos cães que apresentam lesões na coluna foram submetidos a esticões com estranguladoras e têm um longo historial de puxar na trela. O treino do cão é a melhor forma de ter um animal bem educado e feliz, desta forma o cão deve ser treinado psicologicamente e não fisicamente, com o uso de estímulos e não de punições. Um outro olhar O uso incorreto e para fins de treino e correção deste tipo de coleiras como verificamos anteriormente pode trazer grande e grave sofrimento ao cão, como a própria morte por sufocamento em situações mais extremas. Neste caso devemos focarmo-nos em métodos de treino mais corretos e atrevo-me a dizer civilizados, utilizando estímulos positivos com o cão. Porém o uso deste tipo de coleira que nesta situação atrevo-me a chamar-lhe apenas e só de coleira, poderá ter outras funções, banais e simples para o seu utilizador, neste caso o cão. Ao contrário do que se possa pensar, se usada num cão que puxa por vezes à trela, não usando a função de correção por esticão, este tipo de coleira é menos penosa do que uma coleira estática, isto porque distribui a pressão de forma igual por todo o pescoço, enquanto que na coleira estática a pressão é concentrada na região inferior do pescoço, exercendo forte pressão na traqueia, causando uma maior sensação de sufoco. Com este tipo de coleira, o cão dificilmente consegue libertar-se, uma vez que quando exerce pressão, a folga da coleira é diminuída o que não acontece com as coleiras tradicionais em que o cão pode soltar-se, desta forma, existe alguma segurança extra, uma vez que o animal não corre o risco de se soltar e fugir durante o passeio. Assim e apesar de todos os defeitos que se possa, no presente, colocar neste tipo de coleiras, poderemos considerar ainda vários aspetos como positivos no seu uso para determinados tipos de cães (quando não a usamos para o seu propósito inicial). Ao contrário das coleiras de cabedal e nylon, esta não debota, não parte, não cheira mal, é à prova de água, não marca e não faz nós no pelo difíceis de remover à volta do pescoço, para quem pretende apenas uma coleira para o seu cão onde possa colocar uma identificação com nome e telefone, para a sua segurança e proteção em caso de fuga do cão, esta poderá ser o tipo de coleira ideal, pois nunca exercerá a função de estrangulador/enforcador e fará corretamente a sua função que resultará nada mais nada menos que num simples apoio para a chapa identificadora do animal.

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Prevenção

vez a Processionária se move, libertando milhares destes que se dispersão no meio envolvente. Estes pelos funcionam como finas agulhas, através do qual é injetado na pele e mucosas dos animais e do E os animais Domésticos homem uma haloproteína tóxica, designada de taumatopoína, capaz de desencadear a libertação massiva de histamina. A Processionária do Pinheiro também vul- Por este motivo os cães, os gatos, os garmente conhecida por Lagarta do Pinhei- cavalos, entre outros animais domésticos, ro, ou ainda por Thaumetopoea Pityocam- assim como os animais selvagens e o pa é apesar do seu aspeto inofensivo, uma homem, apresentam um quadro clinico das maiores pragas devastadoras de flocom graves efeitos alérgicos. restas. O contacto direto com este pequeno animal pode provocar graves problemas Sinais e Sintomas a nível de saúde não só no ser humano, Dos nossos animais domésticos, o Cão mas também nos animais selvagens devido à sua enorme curiosidade e, à (lobos, raposas, texugos, etc.) e nos nossos animais domésticos (cães, gatos, cava- necessidade de farejar tudo torna-se a los, suínos, ovelhas, etc.), podendo mesmo principal vítima da Processionária. Os sinais clínicos e, as lesões causadas são ser fatal em alguns casos. variadas e de caracter evolutivo. No cão, os lábios, a mucosa oral e a língua são as Ciclo de Vida mais afetadas seguindo-se diversos sintomas como focinho inchado (adema da O ciclo de vida da Processionária do face), salivação excessiva (ptialismo), Pinheiro tem duas fases destintas a fase aérea e a fase terrestre. A fase aérea inicia dificuldade em deglutir (disfasia), comichão na face (intenso prurido), urticária, -se de Junho a Agosto é conhecida pela vómitos, apatia, falta de apetite, etc. Mas fase de postura e desenvolvimento dos ovos em larvas, num ninho construído nos a língua em geral é o órgão mais afetado ramos dos pinheiros dos quais se alimen- e também dos mais perigosos, pois esta aumenta de volume e, ao desenvolver tam e ai permanece durante todo o Inverno. A passagem da fase aérea para a fase infeções nos lábios, língua e por toda a garganta o cão pode vir a asfixiar. Por terrestre ou subterrânea inicia-se de outro lado, com a evolução a língua apreFevereiro a Maio, quando a lagarta abandona o ninho e percorre em fila, parecendo senta-se azulada/preta, que pode findar na perda de alguns dos tecidos ou até uma procissão (daí o nome de processiomesmo parte da língua de 6 a 10 dias. No nárias), um determinado percurso com a finalidade de se enterrarem para puparem, contato com os olhos estes apresentam ou seja, passarem pela metamorfose entre um edema na córnea com uma coloração azul. a larva e a fase adulta, a borboleta. Os efeitos do contato direto

Tratamento

A intoxicação por contacto direto assume um caracter sazonal, dependendo do clima de cada região, mas apresenta-se geralmente na fase subterrânea entre os meses de Fevereiro e Maio ou na maior parte dos casos durante a Primavera e o Verão. Para sua defesa a Processionárias dispõem de 8 recetáculos, cada um com 120 000 pelos urticantes alaranjados, que se abrem cada

No caso de verificar alguns dos sintomas descritos anteriormente deve dirigir-se de imediato ao veterinário com o seu cão, pois é de máxima importância que este seja tratado o mais cedo possível, para assim se tentar evitar o agravamento dos sintomas e até a morte do animal. Para a toxina da Processionária não existe nenhum antidoto especifico, o trata-

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Processionária do Pinheiro

Ninho de Processionária

Fase subterrânea

Pelo de Processionária


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Prevenção

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Sintomas da língua e do olho

mento passa pela lavagens das zonas afetadas e pela administração de medicação para a dor e a inflamação. Contudo o tratamento depende do grau de evolução dos sintomas podendo o cão ter de ficar internado. Prevenção Durante a fase aérea podemos proceder à destruição dos ninhos, com inseticidas ou, com o corte e queima do ninho. Este processo tem de ser realizado com a máxima precaução, pois o ninho encontra-se cheio de pelo e, excrementos que em contacto com a pele pode também desencadear uma reação alérgica grave. Na fase de terrestre ou subterrânea, o período do abandono do ninho, o cão deve ser impedido de ter acesso livre ao pinhal, ou evitar o contacto com as filas das processionárias. Nesta fase podemos ainda proceder á colocação de armadilhas, como envolver o tronco do pinheiro com papel colante. Texto: Ana Pereira Fontes e fotos: http://www.fmv.utl.pt/spcv/PDF/pdf9_2003/547_151_156.pdf http://vetmangualde.blogspot.pt/2013/03/intoxicacao-no-cao-pela-lagarta-do.html

Livro recomendado Título: E o Homem encontrou o cão Autor: Konrad Lorenz Editora: Relógio D’Água Publicação: Abril 1997 Sinopse: «Apenas dois animais entraram no lar humano noutra qualidade que não a de prisioneiros, e foram domesticados por outros meios que não a servidão forçada: são eles o cão e o gato. Ambos partilham duas caraterísticas, a saber, ambos pertencem à ordem dos carnívoros e ambos servem o homem na sua qualidade de caçadores. Em tudo o resto, e antes de mais na forma como se associam ao homem, eles são tão diferentes um do outro como a noite do dia. Não há animal doméstico que tenha alterado tão radicalmente todo o seu modo de vida, até mesmo toda a sua esfera de interesses, que se tenha tornado doméstico de uma forma tão genuína como o cão; e não há animal que, no decurso da sua associação secular com o homem, tenha mudado tão pouco como o gato.» Página 18

Da introdução


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Experiência

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Texto: Dominique Martins Fotos: Google

Ser Pet sitter é uma profissão que pode ser muito gratificante mas por vezes pode trazer alguns desgostos. O Pet sitter vai ao domicílio das pessoas tomar conta dos animais quando os donos se ausentam por motivo de viagens, férias, trabalho, saúde etc…. (dar a comida e a água, limpar o espaço dos animais, brincar com eles e levá-los a passear se for necessário, pentear, lavar, secar, dar a medicação e eventualmente transportar o animal ao veterinário e/ou, como é o meu caso, trabalhar em parceria com um veterinário ao domicilio etc., tudo com muito carinho). Aos donos reporta diariamente o estado do animal, envia fotos, etc. Esta atividade não tem horário, não se compadece se o tempo está favorável ou não, não tem feriados nem fins-de-semana. Os donos têm naturalmente de ter confiança no Pet sitter, porque este tem na sua posse a chave do quintal ou da casa, além disso, a maior parte dos Pet sitter têm uma empresa e elaboram um contrato de prestações de serviços assinado por este e pelos donos e também a seriedade e honestidade do Pet sitter é passada muitas vezes de boca á boca. Queria partilhar a felicidade dos animais que nos vêm chegar para tomar conta deles quando o dono não está presente, o primeiro dia (por isso que há sempre visita previa antes de tomar conta do animal), é sempre o mais delicado sobretudo para os gatos, já estive três dias sem ver novos clientes gatos, e quando abria a porta, mesmo dizendo carinhosamente “bonjour les bébés” (é a minha frase preferida, eles percebem o Francês ou qualquer língua é o tom de voz que usamos que funciona) eles começam a fugir e eu ocupo-me do cão, deixo a comida dos gatos, a água e depois do meu serviço vou-me embora e digo: “aurevoir les bébés “, passados os três dias, começam a aproximar-se para ver quem é esta pessoa que fala connosco e nos dá comida e bebida e a minha felicidade maior foi de ver estes gatos “selvagens” de início

fazem-me festas e agora, cada vez que trato deles, vêm aos meus braços deixam-se acariciar e até pentear. Página 19

Em geral o cão é muito menos selvagem, eu dou sempre em primeiro a mão a cheirar depois começo o serviço, dou comida, brinco, dou guloseimas ao sentar deitar etc., se ele já souber os exercícios, senão faço um pouco de obediência básica sobretudo durante o passeio, e porque é que o faço durante o passeio? Porque a maior parte dos cães que temos para tomar conta não estão treinados no andar ao lado e por esse fato puxam, puxam e, quem sofre das costas é o Pet sitter, por isso desde os primeiros dias de Pet sitting com o cão, se ele não anda junto eu ensino com clicker e guloseimas e, naturalmente, é também uma felicidade para ao cão, para mim e também para o dono que quando volta tem o cão a andar ao lado. Em relação a este ponto, queria deixar uma mensagem em relação a este emprego de Pet sitter e a responsabilidade de todos os donos porque é aí que aparecem os desgostos: Não deixem andar sozinhos os vossos cães na rua (devem estar sempre sob vigilância), têm que ter cuidado para não os deixarem fugir de casa e não abandonem os vossos animais. Vou contar quatro casos de desgostos de donos e do Pet sitter (e vou ser breve porque prefiro as histórias felizes): O primeiro foram cães vadios que atacaram um caniche dum Senhor de idade, que andava à trela que não pode defender, infelizmente, o seu próprio animal e agora está muito mal psicologicamente. O segundo foram dois cães fugiram de casa e mataram um pequeno cão duma senhora que eu conhecia (andava sempre na rua sozinho). O terceiro aconteceu comigo, dois pastores alemães fugiram de casa, eu estava a fazer o meu serviço tranquilamente passeando com o meu cliente e eles começaram a atacar como uma matilha ataca. Fiquei calma e consegui ultrapassar a situação dei-lhes ordem para fugirem e chamei à atenção da dona que estava na sua casa, mas demorou tempo de mais para o meu gosto o que podia ter aconte-

cido uma situação com grande gravidade. O quarto caso tem a ver com o abandono de cães, formam matilhas, andam juntos à procura de comida e quando encontram um estranho à matilha (pode ser pet sitter e cliente, miúdos na rua, qualquer pessoa ou outros cães) não são forçosamente pacíficos. Há medidas que deveriam ser tomadas. Descobrir algumas eventuais doenças nos clientes também fazem parte desta atividade, (já me aconteceu, num caso, descobrir um tumor e há poucos dias tive de reagir rapidamente com massagem cardíaca a um cliente depois de uma paragem). Voltando às situações que nos dão felicidade, há pouco tive a alegria de saber através de um dono que o seu cão (novo cliente) que, depois do meu serviço de Pet sitter à hora que costumava ir, o cão estava perto do portão a ouvir todos os carros e quando ouvia a minha carrinha, ficava todo eufórico à minha espera, cada vez que vou para serviços de clientes regulares pode passar 1 mês, 2 mês ou 6 meses eles ficam sempre felizes por me ver o que faz a minha felicidade dia após dia neste mundo tão cinzento. Também queria sublinhar que há cada vez mais pessoas a escolher este serviço em vez de colocar os animais no Hotel, o fato de deixarem o cão ou gato no seu ambiente familiar deixa-me feliz e certamente todos as pessoas que se dedicam a esta profissão, algumas vezes com desgostos mas em geral cheia de felicidades.


Cães & Lobos

Evento

c/ Daniel Ruano Bou Em Fevereiro, nos dias 23 e 24 o Rottweiler Clube de Portugal organizou um seminário de trabalho de RCI/IPO, nas Caldas da Rainha, com a finalidade de divulgar esta modalidade, mas também proporcionar uma reciclagem de conhecimentos a quem já pratica este desporto canino ou dar a conhecer esta prova a quem pretende começar. Para isso, convidou o Sr. Daniel Ruano Bou, atual campeão de Espanha, que conta no seu palmarés, a pontuação máxima de 100 pontos na prova de obediência, realizada em Sevilha em 2010. As regras do RCI/IPO foram alteradas, já não se avalia a execução de cada exercício, mas sim a forma como o cão os faz isto é, o canídeo deve fazer os exercícios contente e livre de stress, o estado emocional do cão deve estar ao nível ótimo do dia da competição. Não nos adianta de nada preparar o cão a um mês da prova, ou a duas semanas, e depois no dia da competição termos o nosso companheiro de quatro patas sem vontade de trabalhar. Hoje em dia, cometem-se muitos erros na obediência básica. Se queremos atingir um patamar elevado, nesta prova de desporto canino (RCI/IPO devemos ter em atenção cada exercício, o reforço deve ser dado na altura adequada e algo desejado pelo cão. Outro erro que se comete é o uso excessivo da bola, o cão passa a pensar no reforço (a bola) e não no seu trabalho (comportamento). Muitas vezes, quanto tentamos corrigir um determinado comportamento, damos mais que um esticão com a trela, e depois temos um cão instável. Quando adquirimos um cachorro, pode ser o melhor da sua ninhada, mas à medida que ele cresce a forma como o educamos, bem ou mal, vai refletir-se mais tarde na vida do cão. A educação deve ser clara e rigorosa, e quando o nosso companheiro não obedece à primeira, deve haver uma consequência, retirar o comedouro ou acabar com o exercício. No adestramento moderno o nosso cão trabalha sem stress, alegre por forma a que nos peça para ir para o campo de trabalho. O canídeo deve estar ativo, assim temos um nível ótimo para começar a trabalhar, nós só devemos ter a perceção quando é que começamos a fazer os exercícios.

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Edição Nº 6


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Etologia

Edição Nº 6

Explicação etológica para a

Os problemas derivados da angústia por separação canina agrupam uma grande diversidade de manifestações de hipervinculação social e de lugar. A angústia por separação pode-se encontrar de maneira natural em muitas espécies de canídeos, sobretudo nas mais sociais como são o caso dos Lobos e dos cães domésticos. Os comportamentos de ansiedade, incluindo a vocalização e a tentativa de conseguir proximidade em relação ao objeto de apego, são comportamentos adaptativos. O propósito evolutivo dos comportamentos de angústia por separação é prevenir que o cachorro se afaste para demasiado longe da unidade familiar e também para ajudar a mãe e outros membros da família a encontrá-lo. A angústia experimentada motiva o cachorro a permanecer junto do seu objeto de apego (primeiro o local de abrigo e depois a mãe). As vocalizações têm como objetivo atuar como localizador de forma que a mãe, ou outros membros da matilha, possam localizar o cachorro perdido. As vocalizações do cachorro podem provocar uma resposta de base psicológica na mãe que a leve a localizá-lo. No fundo, o propósito da angústia por separação é recalcar a importância do contacto direto e a vinculação entre o cachorro e a unidade familiar que o cria.

Grande parte deste sistema está presente de forma instintiva no cachorro cão e a aprendizagem adquire um efeito modulador à medida que passa o tempo. O alivio e consolo do contacto social (a mãe) e do local (abrigo) reforçam o contacto e o apego enquanto que a ausência relativa de consolo e a experiência negativa do jovem atuam para castigar o desenraizamento. Reunir o cachorro com o objeto de apego reforça os comportamentos de angústia. Quando o cachorro se afasta para demasiado longe é castigado com o isolamento. A dependência está afiançada no sistema social canino na criação dos cachorros. O período critico – ou de socialização - seguramente tem um papel fundamental no desenvolvimento de objetos de apego. O ancestral do cão doméstico é o Lobo. Apesar dos cães serem uma espécie aparte, não há duvida de que compartilham a maioria das suas características mais enraizadas. Em ambiente selvagem, um lobito normalmente não deixa a sua toca antes das 3 ou 4 semanas de idade, nesse momento as excursões acabam com o regresso à segurança da toca. Os lobitos começam com um apego espacial (a toca) mais que social (a mãe). Nas semanas seguintes o cachorro vai amadurecendo, adquire maior confiança e familiariza-se mais com o mundo exterior. Começa a desenvolver um maior apego social com os membros da alcateia e familiariza-se cada vez mais com o mundo que rodeia a toca. Entre as 10 e as 12 semanas, os lobitos abandonam a toca de vez. Espera-se dos lobitos que, gradualmente, participem mais na vida da alcateia, também na caça dado que já ninguém lhe proporciona comida. Passam os dias ao lado das presas mortas onde comem e brincam. Logo vão a outra zona onde foi abatida outra presa. Este processo de maturação biológica e integração na alcateia é gradual e tem uma temporização perfeita. A ansiedade por separação raramente se converte num problema ou transtorno nestas condições.

A ansiedade por separação não se observa em espécies de animais que não criam a sua prole. Há muitos répteis O que ocorre com os cachorros é um pouco diferente. como as tartarugas marinhas, por exemplo, que não Quando estão na ninhada é possível que os criadores mostram comportamentos de angustia por separação. manipulem a proximidade dos cachorros à mãe. ParecenPágina 21


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Etologia

Edição Nº 6

do que não, este procedimento pode ter resultados nocivos. Muitas vezes retira-se os cachorros da ninhada antes que estejam preparados, do ponto de vista biológico e psicológico. Nesta situação, a transição é brusca e traumática totalmente contrária ao pretendido que seria uma alteração gradual e sem problemas. Os novos donos, em muitos casos, enjaulam o cachorro num local separado da casa (canil, por ex.). Durante os dias seguintes o cachorro sente-se traumatizado por lhe ser estranho o local e o meio social. A isto muitas vezes junta-se o isolamento intolerável dos novos “objetos sociais” (a família). Os donos saem para os empregos ou vão para a escola e querem que o cão fique sossegado longe do olhar da família. O isolamento provoca ansiedade, naturalmente, e o cachorro vocaliza constantemente para que o objeto de apego se reúna a ele. Isto não ocorre e o cachorro começa a sentir que não pode controlar o seu próprio meio envolvente: estamos a criar um animal neurótico. O cão sente-se desesperado. Há muitos donos que não percebem o sofrimento do pobre cachorro, sentem-se frustrados e castigam-no por ladrar ou uivar. Gritar, ou o que é pior, bater no cão agrava o problema ao fazer com que o cachorro se sinta mais perdido e com maior necessidade de apego social. O apego social do cão pode reforçar-se (às vezes a níveis nada saudáveis) com este tipo de tratamento porque procura consolo no contacto social. Esta situação aumenta a incidência, duração e intensidade da angustia e tem como resultado vocalizações de ansiedade. Se o cachorro não tem uma predisposição genética para a ansiedade por separação (sensibilidade/reatividade), e o dano não é muito grave, então pode aprender a adaptar-se a esse meio ambiente. Em situações novas é onde os cachorros se mostram mais ansiosos, tal como acontecem com as suas vocalizações às seis semanas de idade. A partir deste pico as vocalizações começam a baixar em circunstâncias normais, e entre as 12 e as 16 semanas os cachorros apresentam uma adaptação cada vez maior ao seu meio e menos ansiedade perante o isolamento. Este é um processo adaptativo normal. Com uma predisposição genética ou práticas de criação inadequadas a angústia pode transformar-se em ansiedade, frustração e pânico, situação que marca o declive do estado psicológico do cão e da relação entre este e o seu dono. ____________________________________ Texto: Sílvio Pereira Fotos: Google

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Cães & Lobos

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Comunicado

Edição Nº 6


Cães & Lobos

Sabia que...

... No fim de semana de 27, 28 e 29 de Setembro de 2013 a praia de Huntington, na Califórnia, EUA, vai acolher mais um evento muito especial, nada mais nada menos que um campeonato de surf… onde os surfistas são cães. Em Surf City Surf Dog os caninos são divididos por categorias consoante o peso, e as suas competências no surf são atentamente observadas por um júri. Manter-se de pé na prancha dá direito a cinco pontos, enquanto que os que caem à água mais cedo recebem um ponto de honra. Ainda existe pontos extras para os que conseguem surfar as ondas maiores, mas todos sem exceção serão longamente aplaudidos pela multidão que se junta sempre para assistir. ...Uma das representações zoomórficas de deuses mais famosas no Antigo Egito era a de Anúbis, o cão selvagem protetor das necrópoles, “Deus dos Mortos”, relacionado também com a mumificação ou embalsamamento dos defuntos. Anúbis é o nome dado pelos antigos gregos ao deus com cabeça de chacal associado também á vida após a morte na mitologia egípcia. ... A febre do Harlem ‘Shake’ chegou ao Crufts, (o mais prestigiado espetáculo de cães) que se realizou neste passado mês de Março. No dia 8 de Março foi feito e publicado um vídeo que mostra um grupo de cães a fazer a famosa dança Harlem Shake no Crufts e o vídeo contagiou o mundo. Veja o vídeo em http:// www.youtube.com/watch?v=mYL7mYqXlcU

... Existem muitos mitos relacionados com os cães, são transmitidos de geração em geração, tidos por muita gente como verdades absolutas e aqui estão alguns deles:

 Um ano num cão equivale a 7 anos nas pessoas.  Os cães ao manifestarem comportamentos "sexuais" é porque estão a precisar de cadela.  A cadela deve procriar porque lhe faz bem à saúde.  Quando um cão faz chichi em casa e se encolhe quando o dono chega e ralha, é porque percebe que fez mal.  O leite de vaca deve ser diluído para dar aos cachorros.  Deve esfregar-se o nariz do cão no chichi para ele deixar de fazer porcaria em casa.  O mito dos dobermann: Têm um crânio pequeno e o seu cérebro gigantesco não cabe lá dentro, por isso aos sete anos de idade devese abater.  Dar carne crua ou comida picante aos cães torna-os mais agressivos e implacáveis.  Não se pode cortar os pelos à frente dos olhos nos cães de pelo comprido, se não ficam cegos.  As coisas doces provocam lombrigas.  A esgana cura-se com borras de café.  Num apartamento só se podem ter cães pequenos.  Os rafeiros são mais saudáveis que os cães de raça.  Não se deve alimentar os cães alguns dias antes de uma jornada de caça, pois desta forma aumenta-se o seu instinto.  Não se deve vacinar um cão de caça, pois tira-se-lhe o faro.  Um cão cruzado é melhor que um cão de raça pura.  Os cães puros têm o céu da boca preto.  Cão adulto já não aprende.  Cão adulto não aceita novo dono.  Nariz quente e seco é sinal de que o cão esta doente. Página 24

Edição Nº 6

... Algumas espécies de plantas podem intoxicar o cão e em alguns casos mais graves, a planta pode levar o animal a uma internação ou até á morte. Antes de ter um jardim bonito, com várias plantas, devemos saber quais delas representam risco à saúde dos nossos companheiros caninos, e retirálas do espaço que ele frequenta, algumas plantas são capazes de fazer alergias, de intoxicar e podem ocorrer alterações do sistema nervoso central e do sistema digestivo ... o “Bidu” é um cão ajudante numa oficina de mecânica e percebe 100 palavras em português e alemão? Bidu tem dois anos e é uma mistura de Labrador com Rotweiller que adora brincar, subir a árvores e até fingir de morto. Ernesto Schwert é o seu dono, mecânico, de 60 anos e com grande amor pelos animais. O seu ajudante Bidu vai buscar as ferramentas que ele pede e além disso ainda consegue perceber mais de 100 palavras, tanto em Português como em Alemão. ... Xiao Sa, a Cachorra que Percorreu 1.700 Km Atrás dos Seus Novos Amigos Tudo começou quando um ciclista, na China, parou e alimentou uma pequena cachorrinha abandonada. Desde esse momento, ela não o largou e seguiu o grupo de ciclistas… até ao Tibete. De início, os ciclistas pensaram que ela os estava a seguir apenas por divertimento e que voltaria para trás assim que se sentisse cansada, mas a cachorrinha continuou a segui-los dia e noite. Percebendo que ela estava determinada a ir com eles, decidiram levála até ao final do percurso. Numa incrível jornada de 20 dias, Xiao Sa acompanhou os ciclistas e percorreu cerca de 1.700 quilómetros, com montanhas de 4 mil metros pelo meio e caminhos onde muitos ciclistas nem se aventuram. A única porção do caminho que a cachorrinha não percorreu foi uma descida onde as bicicletas atingem os 70 quilómetros por hora, que seriam impossíveis de atingir por parte do animal. Assim, improvisaram uma caixa transportadora para a levar ao colo.Sete dias depois de conhecerem a nova companheira de viagem, os ciclistas abriram um microblog para ela, chamado “Go Go Xiao Sa”, que recebeu 37 mil visitas em duas semanas, com mais de 4 mil comentários numa história que se tornou rapidamente viral. ... Cães Usados Como Mulas Para Transporte de Droga Vários cães de grande porte, como Dogues Alemães, Labradores e Mastiffs, são usados por redes de tráfico de droga como mulas. Os cães são obrigados a engolir sacos de cocaína e, quando chegam ao destino, são brutalmente abertos para recuperar a droga e deixados ao abandono para morrerem. A polícia italiana capturou 75 pessoas pertencentes a uma rede de tráfico entre o norte de Itália e Roma, que mataram pelo menos 50 cães desta maneira.


Cães & Lobos

Edição Nº 6

Notícias

Cão vai todos os dias à missa desde que a dona morreu

Cão come notas de 100 dólares do dono, mas deixa a de um

Ciccio, um pastor alemão de 12 anos, perdeu a dona em novembro. Desde que o funeral da mulher se realizou na igreja de San Donaci, no sul de Itália, o animal desloca-se lá diariamente a assiste a missas, batizados, casamentos e funerais. Segundo o jornal «Il Messaggero», citado pela AFP, Ciccio ouve os sinos a tocar e desloca-se da aldeia para a primeira fila da igreja, bem perto do altar. O padre, Donato Panna, não só não se importa, como até espera pelo animal para começar. A dona de Ciccio vivia sozinha com este e mais três cães que tinham sido abandonados. Os animais seguiam-na sempre pelos seus passeios e foram agora adotados por toda a aldeia. Fonte TVI 24

Um habitante do estado de Montana, nos Estados Unidos, viu o seu cão comer-lhe cinco notas de 100 dólares (cerca de 384 euros), mas não desistiu de recuperar o dinheiro exigindo agora ao governo federal a restituição do montante em causa. O episódio dispendioso aconteceu numa viagem que Wayne Kinkel e a mulher fizeram, acompanhados do Golden Retriever de 12 anos Sundance, para visitar a filha do casal no Natal. Durante uma paragem pelo caminho, como contou Kinkel ao «Independent Record», quando voltaram ao carro, Sundance tinha comido cinco notas de 100 dólares e só deixou intacta uma de um dólar. Kinkel esperou que a natureza seguisse o seu caminho e quando Sundance evacuou o pecúlio devorado recuperou o que restava das notas. Lavados os restos e enviados para o Departamento do Tesouro norteamericano para que lhe seja devolvido o dinheiro, Kinkel já teve resposta. Os restos das notas vão ser examinados por um perito em dinheiro mutilado e cada 51 por cento de nota encontrado terá direito a reembolso. Fonte TVI 24

Barney, o cão que comeu 109 pedras O cão labrador de uma família britânica, Barney, comeu 109 pedras durante um passeio à praia e teve de ser operado. A descoberta foi feita pelo veterinário, perante o mal-estar do animal, que contabilizou 79 pedras no estômago de Barney através de um raio-X. As outras 30 foram encontradas na cama do cão. A dona do labrador, Kim Woollard, disse ao jornal Daily Mail que não percebeu, inicialmente, qual era o problema de Barney, mas que o marido ouviu um som estranho quando passou a mão no estômago do animal. A família tinha ido à praia de Kent, perto de Londres, onde, segundo Kim, Barney «ia muitas vezes até ao mar com a boca aberta, onde deve ter engolido algumas das pedras». «Eu calculei que ele tivesse engolido algumas e, depois, colocado no seu cesto, mas nunca imaginei que fossem tantas», contou. Barney teve de ser operado duas vezes: a primeira, ao estômago, para retirar as pedras e a segunda aos dentes, que ficaram estragados. Fonte TVI 24

A moda dos cães de collants Cães de collants é a nova moda na China, como o site Sharp Daily comprova. Não há raça nem tamanho que impeça os caninos de se renderem às meias de senhora. Para todos os gostos e de todas as cores. E os donos divertem-se a partilhar as fotos dos seus amigos caninos no Weibo, o equivalente ao Twitter na Ásia. A foto destes dois lavradores de collants pretos e sapatos de saltos colecionam milhares e milhares de comentários, de acordo com a WPTZ. Como tudo, há os que estão a favor e os que estão contra. Por isso, a esta onda de fotos de cães vestidos, em contracorrente, as redes sociais também debatem a «crueldade» para com os animais. Fonte TVI 24

Cão salva menina de três anos Uma criança de três anos terá sido salva pelo cão, depois de ter desaparecido da sua casa, na cidade de Pierzwin, na Polónia. A menina foi encontrada na manhã seguinte, vários quilómetros longe da sua casa, com o cão. As autoridades polacas acreditam que Júlia só sobreviveu graças ao cão, que a manteve quente durante toda a madrugada. Segundo a «Sky News», um dos bombeiros afirmou que «o cão esteve com a menina toda a noite, nunca a deixou». «Lembrem-se que estavam cinco graus abaixo de zero e a criança estava molhada». A menina foi levada para um hospital polaco com algumas úlceras provocadas pelo frio. Fonte TVI 24 Página 25

Compilação: Anabela Guerreiro Fotos: Google


Formamos: Cães & Lobos

Edição Nº 1

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Presencial Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente. Este Curso tem a vantagem de ser composto no máximo por 4 formandos.

Primeiro curso administrado em Portugal com base nas últimas investigações científicas desenvolvidas na área da aprendizagem canina Estrutura Programática do Curso

Módulo 1

(teórico)

1.1 CONHECER O CÃO 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.1.6

Conhecer como funciona um cão O Carácter num cão O Temperamento num cão A Comunicação canina Os Instintos Básicos caninos Conhecer o cão que se vai adestrar

1.2 MÉTODOS DE ADESTRAMENTO 1.2.1 Métodos de Adestramento 1.2.2 Traçar objetivos 1.2.3 Escolher o melhor método de Adestramento 1.2.3.1 Em função do cão 1.2.3.2 Em função do dono 1.2.3.3 Em função dos objetivos 1.2.4 As várias fases do Adestramento

1.3 CONDICIONAMENTO OPERANTE 1.3.1 1.3.2 1.3.3

Definição O que é o Clicker O treino com Clicker

Módulo 2

(prático)

2.1 O ADESTRAMENTO EM OBEDIÊNCIA SOCIAL 2.1.1 Material de adestramento 2.1.1.1 Material de contenção 2.1.1.2 Material de assistência 2.1.1.3 Material didático 2.1.2 Postura corporal do adestrador 2.1.3 Desenvolvimento da motivação do cão 2.1.4 Condicionamento e aquisição de hábito 2.1.5 Exercícios de Obediência Básica 2.1.5.1 Exercício de andar ao lado 2.1.5.2 Exercício de sentar 2.1.5.3 Exercício de deitar 2.1.5.4 Exercício de deitar e ficar quieto 2.1.5.5 Exercício de chamada

2.2 SOCIABILIZAÇÃO 2.2.1 Sociabilização intraespecífica 2.2.2 Sociabilização interespecífica

1.4 O ADESTRADOR 1.4.1 1.4.2 1.4.3

Exigências Físicas Exigências Mental Ética profissional

… e donos responsáveis! Página 1


Formamos: Cães Cães & & Lobos Lobos

Entrevista

Edição Edição Nº Nº 1 4

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS Módulo 3

(prático)

3.1 ADESTRAMENTO EM GUARDA E DEFESA 3.1.1 Determinar as aptidões do cão 3.1.2 O Figurante (Homem de ataque) 3.1.2.1 Vestuário 3.1.2.2 Equipamento 3.1.2.3 Formação 3.1.3 O trabalho de motivação 3.1.4 O treino técnico das mordidas 3.1.5 O treino da inibição da mordida (larga) 3.1.6 O treino da fuga do figurante 3.1.7 O treino da busca do figurante 3.1.8 O treino do ataque surpresa ao guia 3.1.9 O treino do ataque longo

Módulo 4

(teórico)

4.1 COMPORTAMENTOS ANÓMALOS E DESVIANTES 4.1.1 Agressividades 4.1.1.1 Definição e tipologias 4.1.1.2 Tratamento 4.1.1.3 Prevenção de agressividade por complexo de controlo

4.1.2 Micção ou defecação inadequadas 4.1.2.1 Definição 4.1.2.2 Tratamento 4.1.3 Ansiedade por separação 4.1.3.1 Definição 4.1.3.2 Tratamento 4.1.4 Fobias 4.1.4.1 Definição 4.1.4.2 Tratamento 4.1.5 Manias Maternais 4.1.5.1 Definição 4.1.5.2 Tratamento 4.1.6 Hiperatividade e hiperexceptibilidade 4.1.6.1 Definição 4.1.6.2 Tratamento 4.1.7 Comportamentos estereotipados 4.1.7.1 Definição 4.1.7.2 Tratamento 4.1.8 Ingestão Inadequada 4.1.8.1 Alimentação Estranha 4.1.8.2 Coprofagia 4.1.8.3 Objetos 4.1.9 Síndrome de Disfunção Cognitiva 4.1.9.1 Definição e Sintomas 4.1.9.2 A importância de um Diagnóstico Correto 4.1.9.3 Prognóstico 4.1.9.4 Tratamento

Curso intensivo de formação de monitores de adestramento científico canino (presencial) Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente Características do Curso Tipo de Curso: Curso presencial ministrado em sistema intensivo de 15 dias de duração, com uma carga horária lectiva diária de 4 horas, incluindo as componentes prática e teórica. Início do Curso: A combinar com o formando Local das Aulas: Campo de Trabalho do Centro Canino de Vale Lobos – Vale de Lobos - Sintra Método de Ensino: Científico Quantidade de Alunos por Curso: 1 Documento fim de Curso: Certificado com informação detalhada sobre as avaliações intercalares e finais e matéria leccionada

Estrutura Programática do Curso Módulo 1 (teórico) Módulo 2 (prático)

Do Curso de duração normal

… e donos responsáveis! Página Página 131


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Edição Nº 6 4

Adestramento Canino

Anabela Guerreiro - Treino e Avaliação de Comportamento Canino - Pet-sitting Visite-nos em: http://mydogcenter.blogspot.com/ Email: mydogcenter@gmail.com Telef. 966 159 407

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Edição Edição Nº Nº 6 4

Visite-nos em: www.adestramentoresponsavel.com Email: adestramentoresponsavel@gmail.com Telef. (21) 3435 4776 / (21) 9262 5111 Atendimento na zona sul do RJ. Para outras localidades atendimento via Skype.

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Brasil


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Ficha Técnica

Edição Nº 6

Cães & Lobos Nº 6

Propriedade:

Centro Canino de Vale de Lobos

www.ccvlonline.com contacto@ccvlonline.com Edição:

Dep. Divulgação do CCVL http://Comportamentocanino.blogspot.com

Revista Digital de Cães e Lobos Editor:

Sílvio Pereira

Colaboradores

sp@ccvlonline.com Colaboraram nesta Edição:

Ana Pereira, Anabela Guerreiro, Dominique Martins, Tânia Carvalho, Tiago Barreto, Vanessa Correia Paginação e execução gráfica:

Sílvio Pereira Nota:

Todo o material publicado nesta edição é da exclusiva responsabilidade dos seus autores. _________________________ Página web: http://revistacaeselobos.weebly.com revista.caeselobos@ccvlonline.com

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Ana Pereira ana.margarida01@gmail.com Anabela Guerreiro anabelapg@iol.pt Dominique Martins quenimidom@gmail.com Tânia Carvalho tania.carvalho.rodrigues@gmail.com Tiago Barreto tjoaobarreto@gmail.com Vanessa Correia vanessa_correia_sb@hotmail.com


Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Curso destinado a todos os proprietários que queiram adestrar os seus cães em casa (portanto, no seu território) evitando assim as sempre stressantes e por vezes traumatizantes idas às escolas de treino canino. Características do Curso Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: De 2 a 4 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do aluno). A quem é dirigido este Curso: Com este Curso o dono dispensa as sempre angustiantes e traumáticas idas às escolas de treino, uma vez que o cão aprende no seu próprio território, portanto, qualquer pessoa está em condições de frequentar este curso, a única limitação prende-se com a obrigatoriedade de possuir um cão (seja ele de que raça for) uma vez que numa das fases do Curso terá que aplicar na prática, as técnicas que vão sendo estudadas. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/teórica e conhecimento profundo do aspeto funcional do cão, assim como uma identificação da interação dos mecanismos da aprendizagem com os vários tipos de condicionamento. No aspeto prático adquire-se um conhecimento básico dos princípios gerais do Condicionamento Operante assim como a utilização do clicker como instrumento fundamental no moderno treino científico canino. Resumindo, o formando fica perfeitamente preparado não só para poder treinar o seu cão positivamente mas também para compreender a sua linguagem, o seu carácter, a sua personalidade e o seu temperamento.

Estrutura Programática (resumida) Módulo 1 (teórico) 1ª Parte - Conhecer o Aspeto Funcional do Cão 2ª Parte - O Carácter e o Temperamento num Cão 3ª Parte - A Comunicação Canina 4ª parte - Os Instintos 5ª Parte - Condicionamento Operante 6ª parte - Descobrir o Clicker

Módulo 2 (prático) 7ª Parte - O Adestramento em Obediência Social 8ª Parte - Motivar e Condicionar o Cão 9ª parte - Exercícios de Obediência Básica 10ª Parte - Sociabilização

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-on-line-de-adestramento-positivo-canino.html

… e donos responsáveis!


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CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Características do Curso Objetivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre a identificação, diagnóstico, tratamento e prevenção dos Comportamentos anómalos, desviantes e patológicos dos cães que vivem integrados na sociedade humana. É um Curso abrangente uma vez que é transversal a todos os Problemas Comportamentais dos canídeos domésticos. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 3 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Adestradores Caninos que sentem dificuldades na interpretação e tratamento destas patologias cada vez mais presentes na interação dos cães com os seus donos e o meio envolvente. Mas também a todos os interessados na temática do Comportamento Canino e nas alterações causadas por via da domesticação. Perspetival de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de interpretação, diagnóstico, tratamento e prevenção das Patologias do Comportamento. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, resolver todos os problemas ligados à área Comportamental.

Estrutura Programática do Curso Tema 1 - Como Funciona um Cão Tema 2 - O Carácter Tema 3 - O Temperamento Tema 4 - A Comunicação Canina Tema 5 - Os Instintos Básicos de Sobrevivência Tema 6 - Os Condicionamentos Tema 7 - As Agressividades Tema 8 - Ansiedade por Separação

(Resumido)

Tema 9 - Síndrome de Disfunção Cognitiva Tema 10 - Fobias Tema 11 - Manias Maternais Tema 12 - Hiperatividade e Hiperexcitabilidade Tema 13 - Comportamentos estereotipados Tema 14 - Ingestão Inadequada Tema 15 - Eliminação Inadequada

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html

… e donos responsáveis!


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