Formamos:
Profissionais competentes... Departamento de Formação do:
Curso destinado a todos os criadores, ou potenciais criadores caninos. Características do Curso Objectivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre Criação Canina, todos os criadores, ou que pretendam vir a sê-lo, na medida em que, este Curso abarca toda esta temática, desde os conceitos de Genética Canina até à entrega do cachorro ao futuro dono. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 6 meses ou 500 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Criadores Caninos que sintam algumas lacunas no seu conhecimento acerca dos Temas propostos no mesmo. É igualmente dirigido a todos aqueles que pretendam iniciar esta apaixonante e nobre atividade que é a Criação Canina. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de Criação Canina. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, Criar cães, uma vez que está na posse de formação técnica e científica específica necessária para o fazer.
Estrutura Programática (Resumida) Tema 1 - A Genética Canina Tema 2 - O Período Reprodutivo Tema 3 - A Reprodução Tema 4 - A Gestação Tema 5 - A Patologia da Reprodução Tema 6 - A Alimentação da Cadela gestante Tema 7 - O Parto Tema 8 - A Amamentação Tema 9 - O Desmame Tema 10 - Primeiras etapas do desenvolvimento do Cachorro Tema 11 - Enfermidades do Período neonatal Tema 12 - O Crescimento do cachorro Tema 13 - Desparasitação e Vacinação dos Cachorros Tema 14 - A entrega dos Cachorros Tema 15 - Identificação e Registo dos Cachorros
http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html
… e donos responsáveis!
Grupo Lobo Uma revista que trata de assuntos sobre cães e lobos não podia deixar de contar com a colaboração da entidade que neste país mais percebe de lobos: o Grupo Lobo. Nesse sentido, decidimos convidar esta entidade a colaborar em todos os números com um artigo e com belas fotos dos lobos que estão ao seu cuidado no Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, imediatamente aceitaram o nosso convite e cá está, o primeiro artigo. Para comemorar essa entrada, pedimos ao Grupo Lobo que nos enviasse uma boa foto para inserir na capa e, como já devem ter visto, o resultado é magnífico. Com a finalidade de tornarmos a nossa revista o mais atrativa e diversificada possível, iniciámos também neste número uma rubrica a que demos o nome de “Histórias (antigas) de Cães”, convidamos todos a deliciarem-se com narrativas muito divertidas contadas há mais de 100 anos. Os nossos colaboradores voltaram a esmerar-se criando um conjunto de artigos de inegável interesse e actualidade. Realçamos um artigo muito interessante e actual da autoria o Ricardo Duarte sobre o corte de orelhas (ototomia), e os relatos verídicos de dois casos de sucesso na recuperação de dois cães conseguidos pelos adestradores Nídia Rodrigues e Bruno Pereira. A personalidade em destaque desta vez é a prestigiada Karen Pryor. O APP também não foi esquecido e tem o seu habitual espaço reservado. Boas leituras e até Outubro! A Redação
Navegue connosco nas ondas da web Revista Cães & Lobos www.facebook.com/ revistacaeselobos Centro Canino de Vale de Lobos www.ccvlonline.com
2 Treinar ou Educar? (Vanda Botelho) 9 Ototomia. (Ricardo Duarte) 14 Manifesto da Essência de Ser Cão. (Marta Wadsworth) 20 Pseudociese. (Karin Medeiros) 22 Instintos Básicos dos Cachorros. (Sílvio Pereira) 28 A História do Nanú. (Nídia Rodrigues) 34 Hiperapego e Ansiedade por Separação. (Bruno Pereira) 39 Capacidades Sensoriais dos Cães. (Sílvio Pereira) 41 Bull Terrier - a Raça. (Vanessa Correia) 13 - Personalidade em destaque. Karen Pryor 27 - Livro Recomendado. 47 - Histórias (antigas) de Cães.
Departamento de Formação do CCVL http://formacaoccvl.weebly.com Departamento de Divulgação do CCVL Blogue: http://comportamento-canino.blospot.com Fórum: http://comportamento-canino.forumotion.net www.facebook.com/ccvlobos
51 - Espaço Lobo 57 - Espaço Adestramento Positivo Project 71 - Espaço APP Solidário Foto de capa: Joaquim Pedro Ferreira (Grupo Lobo)
Autoria: Vanda
Botelho
“...Se pretende educar o seu cão, escolha um profissional que o ajude não só a treina-lo, mas acima de tudo, que o ajude a educá-lo, usando como base da aprendizagem “ferramentas” e técnicas básicas de psicologia canina com enfâse no reforço positivo…”
Seja um dono responsável e escolha com consciência. Lembre-se que um cão treinado, nem sempre é um cão educado!!
Imagine um dia normal da sua vida, após a rotina matinal, antes de sair para o emprego, leva o seu cão a dar um passeio, o tempo está agradável e a temperatura amena, um dia perfeito para passear com o seu cão! Hoje até acordou uma hora mais cedo para aproveitar e caminhar um pouco com o seu fiel companheiro, leva o seu brinquedo preferido, uns biscoitos e pensa para si: – hoje nada poderá correr mal! Assim que sai do seu apartamento encontra-se com o seu vizinho da frente, este que até gosta de cães, cumprimenta o seu cão de um modo entusiástico ora, o Bobi que até é um cão brincalhão e muito sociável com humanos, salta para cima do seu vizinho deixa a sua face marcada com uma valente cabeçada no maxilar, como se não bastasse a baba do Bobi suja-lhe o fato e a gravata. Por mais que repetisse a palavra – “não” e mesmo segurando e puxando a trela, o Bobi saiu vencedor e cumprimentou o seu vizinho da melhor maneira que ele sabe! Como o seu vizinho até é simpático, diz: – não faz mal, ele está só a brincar, mas vou ter que mudar de gravata, já vou atrasar-me! Você entra no elevador e tenta não dar muita importância ao caso, dizendo a si mesmo: – são coisas que acontecem! Desce até à rua e assim que sai do prédio o Bobi dálhe um esticão deixando-o com uma pequena dor no pulso, por mais que lhe diga para ir devagar, ele parece nem ouvir e segue em frente farejando tudo o que encontra, marcando qualquer objecto e local com a sua urina, desde carros, motas, postes, portas de outras casas etc… finalmente chegou a um local relvado onde pode deixar o seu cão mais confortável dando-lhe mais trela para ele fazer as suas necessidades fisiológicas porém, pensa: – ah! Não está aqui ninguém, vou soltá-lo para ele correr um pouco! E assim que o solta, o Bobi, que já estava de olho no cão do outro lado da estrada que você não tinha visto, atravessa a estrada a correr e por um triz não é atropelado pelo autocarro que passava na altura. Você grita o seu nome em vão, mostra os biscoitos, o brinquedo, mas… o Bobi… não quer saber dos biscoitos, do brinquedo e nem de si! Está muito mais interessado no outro cão. O problema maior é quando se apercebe de que o Bobi não ia com intenções de brincar mas sim, de impor-se perante aquilo que ele achava ser uma ameaça! Sem qualquer aviso, o Bobi morde o outro cão e os dois iniciam uma luta desenfreada com latidos e rosnadelas audíveis do outro lado da estrada. A senhora que acompanhava o seu cão à trela, fica nervosa e é incapaz de agarrar qualquer um dos cães, você, sem pensar duas vezes desata a correr e lá consegue agarrar o seu cão colocando-lhe a trela. Quando tudo acalma, acaba por reparar que o outro cão está com ferimentos consideráveis. A senhora, indignada
e nervosa, chama a policia para tomar conta da ocorrência pois considera-o responsável pelo sucedido. A sua identificação é anotada pelo agente de serviço que se deslocou ao local. Finalmente pode levar o seu Bobi para casa e continuar o seu dia da forma que tinha planeando, esperando que não surjam mais imprevistos desagradáveis. Chega a casa completamente transtornado, aborrecido e frustrado com a sua impotência face ao comportamento do seu cão. Um simples passeio numa manhã soalheira e agradável transformou-se num verdadeiro pesadelo:
“Se já definiu claramente o que pretende que o seu cão aprenda e qual o comportamento que deseja que o seu cão manifeste, é o momento ideal para visitar algumas escolas de treino e trocar impressões com treinadores/adestradores a título individual que possam treinar e/ou educar o seu cão ao domicilio.” ◾Sentiu-se responsável pelo atraso do seu vizinho; ◾Magoou-se no pulso quando o Bobi lhe deu um puxão pela trela; ◾O Bobi ia sendo atropelado por não obedecer à sua chamada; ◾Sentiu-se responsável pelos ferimentos que o Bobi provocou no outro cão; ◾Foi identificado por um agente policial que lhe levantou um auto de contraordenação com coima por não cumprir a obrigação de usar trela em locais públicos; ◾Vai ser responsável pelo pagamento do tratamento e consultas veterinárias do outro cão; ◾E como se não bastasse, após esta ocorrência ter ficado registada por um órgão de policia criminal, a Junta de Freguesia local será informada, alterando o registo do seu cão para “cão perigoso” apesar de não pertencer a nenhuma das raças potencialmente perigosas, e consequentemente a legislação em vigor irá obrigá-lo a tomar todas as medidas previstas para raças potencialmente perigosas e para cães considerados perigosos. Os biscoitos não ajudaram e o brinquedo também não! Porque simplesmente a sua relação com o seu cão é praticamente inexistente, neste momento você é incapaz de comunicar eficazmente com o seu cão!
Identifica-se com esta história? Normalmente, o destino destes cães acaba sempre em associações de adopção, se tiverem sorte! Na grande maioria dos casos, nos canis onde serão abatidos após um determinado período de permanência. Pensa que o problema é do cão? Não poderia estar mais equivocado. O problema é do dono/ educador do cão! Se foi honesto consigo próprio e reconheceu que o problema é seu, então deverá ter decidido pedir ajuda profissional! Mas antes de escolher um profissional para o ajudar, terá que levar em consideração o seguinte:
O que é que eu pretendo do meu cão? ◾Quero que o meu cão seja treinado ou educado? ◾O meu cão é um típico cão de companhia? Familiar? ◾Ou é um cão que vai participar em provas desportivas caninas? ◾Pretendo realizar actividades desportivas caninas com o meu cão ao fim de semana em grupo? ◾Ou apenas pretendo que o meu cão se insira na sociedade humana, frequentando espaços públicos como cafés, esplanadas, praias etc… ◾Quero que o meu cão ingresse numa equipa de busca de salvamento? ◾Ou pretendo que o meu cão permaneça no quintal para guarda e defesa? Definir com precisão o objectivo final, irá determinar a escolha do tipo de profissional para o ajudar. Neste momento, em Portugal, temos imensas ofertas na área dos serviços de adestramento e treino canino. Temos profissionais com mais, ou menos experiência prática, temos profissionais com mais, ou menos conhecimento teórico, temos profissionais que se especializam somente em determinadas áreas específicas, tais como problemas comportamentais, ou disciplinas bem definidas e indicadas somente para provas desportivas, temos profissionais que prestam os seus serviços somente em escolas de treino e campos de treino, e temos profissionais que prestam os seus serviços ao domicilio ou em qualquer outro local da preferência do dono/educador.
Um cão educado: ◾Permite o seu manuseamento em qualquer parte do seu corpo, verificando ção;
◾Demonstra boas maneiras, sendo capaz de passar a maior parte do seu tem os limites estabelecidos por esta;
◾Gosta de manter-se perto de si, mostra-se focado e atendo, disponível para r ◾É capaz de andar ou correr ao seu lado sem puxar a trela; ◾Reconhece o comando “larga”;
◾Mostra motivação e entusiamo ao executar o comando “senta” ou outro qua
◾Entende e cumpre os limites estabelecidos por si. Entende o que é esperado Imagine que se encontra nesta situação e que falou com vários profissionais, avaliou a forma como interagiram com o seu cão durante um primeiro contacto, questionou sobre os seus métodos de treino e até pesquisou sobre estes métodos para poder estar ao corrente dos seus benefícios. Finalmente, decidiu optar por uma escola de treino onde o seu cão teria a oportunidade de iniciar aulas individuais de obediência e mais tarde, na altura certa, seria integrado em aulas de grupo com outros cães. Ao fim de uns meses de treino apercebe-se que o seu cão mostra-se motivado durante as aulas, responde à chamada e obedece a vários comandos durantes as sessões de treino no campo de treino. É integrado nas aulas de grupo e mostra-se focado em si e nos seus comandos. Excelente! Temos um cão treinado. Mas… algo não está bem! Ele faz tudo o que deve fazer no campo de treino mas… em casa continua a roer sapatos na sua ausência, continua a saltar para cima do seu vizinho, e apesar de proferir o comando “senta” e o seu cão obedecer, assim que lhe dá o comando “livre” ele continua a não saber como cumprimentar pessoas e continua a considerar os outros cães na rua como ameaças. Na esplanada quer ir ter com todas as pessoas que passam, salta para cima de crianças e atira-as ao chão, etc… que se passa? Porque não está a resultar em casa e nos locais públicos em geral? É simples! O treino levado a cabo num campo de treino é uma boa base para iniciar o treino de obediência e para trabalhar o foco do cão no seu dono/educador. É ideal para cães na área do desporto cuja performance será avaliada sempre num campo de treino e com algumas distracções previsíveis. Mas sejamos sinceros, os donos de cães de companhia, que vivem o seu dia-a-dia em vários locais públicos onde se cruzarão não só com pessoas estranhas de diferentes idades, raças, géneros e estatura, mas também com animais de diferentes espécies, não podem ser treinados somente num campo de treino! As aulas de grupo e individuais em campos de treino para cães de companhia são uma boa base, mas têm de ir mais além! O treino tem de passar para o dia-adia, para a sua casa, para o café que frequenta, para o parque junto ao recinto das crianças, para os transportes públicos que frequenta, etc… Veja-se o caso dos cães de assistência e terapia, o seu treino não se cinge somente ao campo de treino, começa nesses locais mas vai mais além! Ensinar o seu cão a cumprimentar estranhos sem que lhes salte para cima,
ensinar o seu cão a permanecer calmo numa esplanada, ensinar o seu cão a cumprimentar crianças sem as atirar ao chão, ensinar o seu cão a passar por outros animais sem mostrar sinais de tensão ou agressividade, é muito mais que treinar! É educar! E na nossa sociedade queremos cães educados! De nada lhe servirá que o seu cão faça mil e um truques ou que consiga fazer uma pista completa de obstáculos, se na verdade, partilhar a casa com o seu cão é um verdadeiro pesadelo! Se pretende educar o seu cão, escolha um profissional que o ajude não só a treina-lo, mas acima de tudo, que o ajude a educá-lo, usando como base da aprendizagem “ferramentas” e técnicas básicas de psicologia canina com enfâse no reforço positivo. Não bastará mostrar-lhe como aplicar as “ferramentas” para ensinar ao seu cão comandos básicos, terá que mostrar-lhe como aplicar as “ferramentas” na extinção de comportamentos indesejados e no encorajamento de comportamentos desejados. Na maior parte dos casos exigirá um acompanhamento ao domicílio. De nada servirá internar um cão numa escola de treino durante um determinado intervalo de tempo para mais tarde ir buscá -lo esperando que este saiba fazer de tudo um pouco. A sua aprendizagem foi com outro individuo, noutro local e com outras rotinas, assim que ele voltar à sua casa consigo, apresentará os mesmos comportamentos que gostaria de ver corrigidos. As correcções de determinadas condutas só poderão ser feitas com precisão e eficácia no local onde estas se manifestam e na presença das pessoas que eventualmente poderão ser causa destas. O dono/educador do cão terá que aprender a aplicar as “ferramentas” práticas fornecidas pelo adestrador/treinador para controlar futuros comportamentos indesejados perante os mais variados cenários. Ao iniciar um plano de treino com o seu cão estará a dar o primeiro passo para prevenir acontecimentos desastrosos que podem colocar em causa a integridade física do seu cão, de outros cães e/ou de outras pessoas. No entanto, mantenha sempre presente que as aulas semanais de obediência na escolinha de cães, por si só, não são suficientes! o treino deve prolonga-se para lá da escola e deve ser aplicado no seu dia-a-dia.
ferimentos, sinais de doença ou simplesmente para a administração de medica-
mpo dentro de uma habitação juntamente com a sua família humana cumprindo
receber comandos e recompensas;
alquer comando independentemente do local e /ou situação;
o dele e demonstra poucos ou nenhuns sinais de ansiedade/excitação.
Ao escolher um profissional na área do adestramento/treino canino tenha em consideração: ◾Adestradores/treinadores caninos de qualidade devem mostrar conhecimentos sobre vários métodos de treino e várias técnicas de modificação comportamental, sendo capazes de aplicar o método e/ou técnica que melhor se adequa para o seu cão. ◾Os métodos de treino de eleição devem focar-se essencialmente no reforço positivo, usando castigos somente quando estritamente necessário e da forma mais humana possível; ◾Adestradores/treinadores caninos de qualidade devem demonstrar capacidade de comunicação com pessoas e cães. Lembre-se que irão instruí-lo sobre como comunicar com o seu cão; ◾Se o seu cão apresenta problemas de comportamento específicos e muito particulares, as aulas de grupo ou aulas em campos de treino poderão não ser a melhor opção. Problemas comportamentais devem ser tratados por profissionais que apresentem uma especialização nessa área, possuindo um profundo conhecimento em psicologia canina e técnicas de modificação comportamental para cães, por vezes é necessário a colaboração entre o adestrador/treinador e o veterinário;
“...Ao iniciar um plano de treino com o seu cão estará a dar o primeiro passo para prevenir acontecimentos desastrosos que podem colocar em causa a integridade física do seu cão, de outros cães e/ou de outras pessoas. No entanto, mantenha sempre presente que as aulas semanais de obediência na escolinha de cães, por si só, não são suficientes! o treino deve prolonga-se para lá da escola e deve ser aplicado no seu dia-a-dia…”
◾Antes de se inscrever em aulas de treino ou de aceitar ajuda de um profissional que se desloca ao domicílio, peça para observar uma aula/sessão ou peça uma aula/ sessão experimental; ◾Evite qualquer profissional que garanta a 100% que o seu cão sairá do local de treino “a falar todas as línguas”. Lembre-se que por mais experiência que o profissional tenha nesta área, cada caso é um caso e nunca existem garantias a 100%, dependerá não só das técnicas e métodos aplicados pelo treinador/adestrador, mas também do temperamento e carácter do cão, e essencialmente, da personalidade e empenho do dono/educador; ◾Evite profissionais que pretendam resolver todas as questões de comportamento e aprendizagem somente com métodos aversivos; ◾Evite profissionais que pretendam treinar o seu cão sem incluí-lo a si em qualquer fase do treino. A educação e treino do seu cão deverá incluir o dono/educador sempre, nem que seja na fase final. Lembre-se que o objectivo é melhorar a comunicação e relacionamento entre si e o seu cão!
A ototomia, ou vulgarmente conhecida como “corte das orelhas” é uma operação cirurgico-estética onde se faz a remoção de parte das orelhas caninas de forma a deixá-las eretas.
Autoria:
Ricardo Duarte
Embora bastante popular em diversas raças como os Dobermann, Boxer, Pit-Bull, Cane Corso, Mastim Napolitano, entre outros, esta operação sempre gerou muita controvérsia, tendo até mesmo sido proibida em diversos paises como Portugal, França ou Brasil. No entanto, qual é o motivo desta cirurgia? Quais as vantagens? Quais os riscos? Deveremos submeter os nossos patudos a esta cirurgia “estética”? A ototomia teve como origem a necessidade de proteger e de minimizar eventuais lesões em cães de guarda e de caça durante o desempenho das suas funções. Uma vez que as orelhas são membros bastante irrigados, um pequeno corte poder-lhes-ia causar um sangramento intenso e também bastante difícil de cicatrizar. Desta forma o objectivo seria de os tornar menos vulneráveis a eventuais riscos, mas também como forma de intimidação visual a um possível opositor. Os defensores desta cirurgia acreditavam que a silhueta de umas orelhas erectas e afiadas dariam ao cão um ar mais feroz e distinto (apenas em termos de aparência, claro) e, por isso, seria uma excelente estratégia de defesa. No entanto, é importante sublinhar que o comportamento do cão em nada é influenciado pelo corte das orelhas. Para se criar um verdadeiro cão de guarda, este deverá ser treinado para desempenhar tais funções. Nos primórdios da realização desta cirurgia, os seus pioneiros também se basearam na observação de cães primitivos como forma de a justificar. Estes cães apresentavam o pavilhão auricular ereto e em forma de concha, o que os beneficiava na sua sobrevivência, uma vez que potenciava a sua audição. Hoje em dia existem diversas posições em relação a esta cirurgia, os defensores dos cortes das orelhas por um lado e os defensores de manter as orelhas como elas são por outro, apresentando cada um deles um conjunto de vantagens e desvantagens.
de cortar. No entanto, após esta idade e antes de se proceder à cirurgia, deve-se fazer uma avaliação da cartilagem do cachorro. Em alguns casos, esta já se encontra “partida” e como tal a cirurgia seria desnecessária e ineficaz, não permitindo que a orelha se mantivesse ereta. Antes de se proceder à cirurgia deve-se também verificar possíveis casos de anemia ou dificuldades de coagulação do sangue. Para tal é necessário realizar uma bateria de exames que atestem a boa saúde do cachorro.
Procedimento cirúrgico: Cada raça apresenta diferentes estilos de ototomia de acordo com a sua finalidade, com a densidade e dureza do couro da orelha, com o formato do crânio e finalmente, com o tipo de expressão corporal que os donos quiserem transmitir após o corte. Normalmente a ototomia é realizada entre os 2 e os 4 meses de idade, uma vez que nessa fase do crescimento do cachorro a cartilagem da orelha é mais macia e fácil
“Embora bastante popular em diversas raças como os Dobermann, Boxer, Pit-Bull, Cane Corso, Mastim Napolitano, entre outros, esta operação sempre gerou muita controvérsia, tendo até mesmo sido proibida em diversos paises como Portugal,”
Esta técnica, ao ser realizada, deve ser feita numa sala de cirurgia esterilizada e com o animal sedado (anestesia tópica ou geral). A anestesia é administrada para garantir que o cachorro não sente qualquer tipo de dor. Nos casos em que se opta por uma anestesia local é frequente ser administrado também um sedativo para ajudar a acalmar o cachorro e facilitar assim a cirurgia.
Prós e contras: Alguns defensores desta cirurgia defendem que as orelhas cortadas permitem uma maior liberdade de movimentos da orelha e como tal, acabam também por protegê-la de eventuais picadas de insetos, mordidas e infeções
Pós-operatório:
Há quem defenda que o corte das orelhas permite reduzir a probabilidade de otites, disseminação de fungos, deslocamentos de cartilagem por hemorragia, surdez e dermatites. Ora, é verdade que os cães com as orelhas caídas, em regra, apresentam maiores probabilidades de desenvolver otites, uma vez que existe uma maior acumulação de sujidade e, visto ser uma “orelha fechada”, apresenta uma temperatura mais elevada no seu interior, tornandose um ambiente propício ao desenvolvimento de fungos e bactérias.
Como já foi referido, o pós-operatório é um processo longo, podendo chegar até aos quatro meses. Durante esse período, o cachorro terá que utilizar uma tala para manter as orelhas na posição desejada.
No entanto, existem no mercado diversos produtos de limpeza auricular especialmente desenvolvidos e que se forem utilizados com regularidade previnem a ocorrência destes problemas.
Antes de proceder ao corte, com uma tesoura, bisturi ou laser, o veterinário deve-se assegurar da região do corte, tendo para isso que realizar uma marcação na orelha, para o guiar. Após o corte deve-se proceder à sutura da orelha. Finalmente, são colocadas talas de forma a manter as orelhas numa posição vertical e envoltas numa ligadura (que deve ser trocada regularmente), podendo a recuperação durar até cerca de 3/4 meses.
À parte do longo período de recuperação, é necessário pensar também nos cuidados que os tutores terão que ter para evitar eventuais infeções e garantirem uma boa recuperação. Sendo uma cirurgia incómoda, e tendo o cachorro que portar algo exterior ao seu corpo, é natural que este sinta comichão e tenha o instinto de coçar. Os tutores terão como responsabilidade não permitir que o cachorro se coce e também o dever de prestar os curativos diários, bem como a toma dos medicamentos receitados pelo veterinário, que regra geral serão antibióticos e analgésicos.
Por outro lado, uma das principais desvantagens é o facto de ser necessário administrar uma anestesia. Embora este procedimento possa ser realizado com anestesia local, muitos veterinários adotam por uma anestesia geral, de forma a poderem realizar todo o procedimento mais tranquilamente, o que à partida representaria um maior sucesso em termos de resultado final. Contudo, a anestesia geral nos cães, tal como nos humanos, apresenta os seus riscos e, em diversos casos, pode até levar ao falecimento do animal.
ca: o mau procedimento “cirúrgico”. Certo “criadores autodidatas” preferem ser eles próprios realizar a cirurgia. Recorrendo-se de material completamente inadequado, como tesouras artesanais e facas, sem o recurso a anestesia e sem especiais cuidados de esterilização, o resultado final pode ser desastroso. Infeções, hemorragias que podem levar à morte e um resultado estético final completamente aquém do que seria esperado.
É também necessário ter em conta que as orelhas, tal como a cauda, são veículos de expressão dos cães. Sentimentos de medo, de agressividade, de submissão e de alegria são expressos de forma bastante evidente através das orelhas e da cauda. Ora se as cortarmos, estamos a reduzir a comunicação entre cães e humanos mas, e mais importante ainda, estamos também a reduzir a comunicação entre membros da própria espécie.
Em suma, se é verdade que a imponência do porte de algumas raças, como o Doberman ou o Dogo Alemão, com as orelhas bem cortadas é evidente, conferindo-lhes um ar elegante e ao mesmo tempo portentoso, também é verdade que o bem-estar do animal deve sempre vir em primeiro lugar. Como em qualquer cirurgia, o tempo de recuperação é sempre doloroso e pode acarretar alguns imprevistos e problemas mais complicados. Por isso julgo que deve ser considerada a necessidade real de optar por esta intervenção.
Outra questão que leva ao corte das orelhas é a possibilidade de participação em concursos de beleza canina. Muitos participantes creem que para participarem em concursos de beleza têm que apresentar o seu cão conforme os critérios da prova e, muitas vezes, pensam que os critérios obrigam a que o animal apresente as orelhas cortadas. No entanto esta regra foi alterada, e nos dias de hoje não existe qualquer obrigação nesse sentido. É relevante ponderar também acerca da fase de desenvolvimento do cachorro que passa por este procedimento, pois sendo um procedimento cirúrgico que se realiza quando o patudo é ainda um cachorrito, temos que ter em conta que este se encontra numa fase durante a qual necessita de estímulos e de partir à descoberta do meio que o rodeia, para que possa crescer confiante e equilibrado. No entanto, o período de recobro acaba por não o permitir. Isto faz com que o cachorro passe por essa fase de desenvolvimento de forma menos adequada do que deveria, podendo este défice vir a manifestar-se mais tarde. Existe ainda outro fator que leva a que os defensores da integridade das orelhas do cão se oponham a esta práti-
O que realmente importa?
Muitas vezes, a necessidade do homem de interferir sobre o meio onde está inserido, sem critério nem justificação, pode levar a graves problemas nas espécies alvo. Porque deveremos nós moldar quem de nós depende, conforme a nossa vontade e os nossos padrões de estética e beleza? Devemo-nos lembrar que os nossos cachorros confiam e dependem de nós, e que temos portanto a responsabilidade de não os desiludir!
Personalidade Karen Pryor
Karen Pryor, autora e cientista com reputação internacional nos domínios da biologia dos mamíferos marinhos e psicologia comportamental. Através dos seu trabalho com os golfinhos na década de 60, foi pioneira nos modernos métodos de treino de animais sem recorrer à força e tornou-se uma autoridade no Condicionamento Operante - a arte e a ciência da mudança do comportamento com reforço positivo. É a fundadora e principal responsável pela criação do ensino animal com clicker, movimento mundial que envolve novas formas de comunicar de forma positiva com animais de estimação e outros animais. É autora de vários livros, incluindo amamentando o seu bebé, um clássico para as mães que já vendeu mais de um milhão de cópias e mais de 50 artigos científicos sobre aprendizagem e comportamento. Karen Pryor licenciou-se na Universidade de Cornell e fez pós-graduação em zoologia e biologia comportamental nas Universidades do Havai, Nova York e Rutgers. Foi uma das fundadoras do Instituto Sea Life Park do Havai, onde foi presidente e pioneira no treino de golfinhos. Trabalhou para o governo dos Estados Unidos como Comissária dos Mamíferos Marinhos e foi consultora da industria privada sobre o comportamento e treino. É presidente do Cambridge Center para estudos comportamentais e membro do Conselho da Fundação B.F. Skinner. Muitos treinadores de cães usam actualmente uma pequena caixa de plástico com uma lâmina dentro que ao ser pressionada produz um som único e característico a que se deu o nome de “clicker”, que irá servir como marcador de um comportamento desejável em relação ao qual irá receber uma recompensa. Em 1987 Pryor começou a dar seminários e teve oportunidade de comunicar com centenas e milhares de treinadores de cães que estavam ansiosos por experimentar um sistema de ensino não coercivo em vez do ensino com castigos.
O método do condicionamento operante aplicado já se espalhou por todo o mundo, auxiliado principalmente pela internet. O treino com reforço positivo é agora amplamente utilizado em zoos na manipulação e cuidados médicos de animais selvagens e com outros animais domésticos, como gatos, cavalos, papagaios, etc. Karen Pryor é fundadora, editora e directora executiva da Karen Pryor Clickertraining (KPCT) e da Sun Light Books, Inc., editora de livros e vídeos sobre trabalho com clicker e da ciência do condicionamento operante com reforço positivo. É também uma das fundadoras da TAG Teach International, organização que ensina treinadores a aplicar os princípios da modelagem (shaping) para desporto e dança. Karen Pryor tem três filhos e sete netos. Actualmente vive em Boston com dois cães e um gato. Acerca do seu livro “Introdução ao adestramento com clicker” Karen disse o seguinte: “Este livro tem o objectivo de te introduzir na técnica, darte as competências necessárias para que obtenhas os primeiros comportamentos utilizando o clicker. Uma vez que tenhas conseguido algumas respostas com esta técnica, verás que os livros e vídeos que existem sobre o condicionamento operante, incluído neste livro, fará mais e mais sentido para ti”
Manifesto da essĂŞncia
Autoria: M
a de Ser C達o
Marta Wadsworth
Todos os verdadeiros amantes de cães, e tenho a certeza que és um deles, caso contrário nem estarias a ler este artigo, têm em comum algo muito especial – a capacidade e interesse de cuidar e proteger um ser que embora possa não ser necessariamente indefeso, depende incondicionalmente dos cuidados do seu dono para o seu bemestar. Nos dias agitados que vivemos, cuidar de um cão é para muitos uma tarefa árdua, que envolve muita “perda de tempo” e que culmina muitas vezes em abandonos cruéis dos seus cães, simplesmente porque não “encaixaram” no estilo de vida de quem os acolheu na sua família. Falamos disto porque é verdade que ter um cão, como membro da família, implica sim tempo, implica que os donos tenham consciência das suas necessidades, que “percam tempo” em conhecê-lo, em brincar com ele, estimulá-lo física e mentalmente, que se riam das suas aventuras e não se afastem um segundo dele quando algo não está bem. Cuidar de um cão, um ser de outra espécie, que não pensa da mesma forma que nós, é um desafio mas que pode rapidamente tornar-se o ponto alto da vida de uma família, um elemento unificador, que traz harmonia e equilíbrio para os nossos dias. Que nos faz companhia, traz alegria e ajuda até a trazer uma nova esperança para quem têm andado mais em baixo. Um cão, é um amigo, o melhor amigo, mas é também um cão. É também ele um ser vivo, irracional, cujas origens remontam às montanhas e planícies onde o seu ancestral costumava correr, livremente. Um cão tanto tem em si a capacidade de viver na sua caminha, em frente à lareira, como de correr quilómetros em busca de um coelho saltitante ou de um cheiro interessante. Um cão tanto afoga o seu dono em lambidelas como pode apresentar sinais de agressividade quando vê algo que não gosta.
“...Um cão tanto afoga o seu dono em lambidelas como pode apresentar sinais de agressividade quando vê algo que não gosta…”
O cão, como talvez já saibas, tem personalidade própria. É produto do que os seus genes ditam, do que acumulou com a sua experiência e do que a educação o ensinou. O cão tem emoções básicas, sim é verdade, o cão pode estar ansioso, feliz, com medo ou até curiosidade e interesse. Agora não penses que o teu cão é capaz de ter grande consciência acerca das suas ações, que ele medita ou faz qualquer tipo de “introspeção”, de facto isso não acontece. O cão vive o momento, responde de acordo com o contexto. O cão não sente culpa, o cão não tem ciúmes, o cão não tem segundas intenções (esta tem muito que se lhe diga, mas vamos manter as coisas simples) no que faz.. Desde os seus primeiros dias de vida, que qualquer cão começa a construir o seu mundo a partir do que cheira. Um mundo de cheiros, um mapa de tudo o que conhece é feito através do seu nariz. O teu cão cheira 40 vezes melhor que tu, coisas que tu nem imaginas. Ele reconhece todos os cães do teu bairro pelo cheiro, mesmo que nunca os tenha visto “em pessoa”. E mais, se pensares que cada cão pode alterar o odor da urina todas as semanas (na melhor das hipóteses), é incrível pensar que o teu cão vai memorizar todos esses odores de todos esses cães, todas as vezes que sente... E para sempre! Mas não fica por aqui; os cães ouvem 4 vezes melhor que os humanos (podendo variar ainda de acordo com a raça e caraterísticas morfológicas de cada indivíduo) e, apesar de não terem tanta sensibilidade à cor como nós, os cães têm uma capacidade única de refletir a luz (muito útil na visão noturna) e identificar movimento.
Os cães são inteligentes, à sua maneira. Os cães aprendem por associação, a cada experiência, a cada lugar, a cada comportamento, a cada reação, a cada objeto ou pessoa associam um resultado. No futuro, o seu comportamento ou atitude vai ser determinado pelo que aconteceu da última vez. Eles sempre vão procurar o seu bem-estar, tentar minimizar confrontos ou desconforto por isso o que quer que tenham de fazer para o conseguir, vão fazê-lo. Se da última vez o dono veio quando estavam a fazer uma grande asneira e lhe deu muita atenção... então é porque fazer asneiras é um bom comportamento que lhes dá o que procuram! Os cães criam vínculos verdadeiros com os seus donos. Não é por acaso que nas últimas décadas, com a alteração significativa do estilo de vida das sociedades (que deixaram a vida do campo e em casa, próxima dos seus animais de companhia para um estilo de vida industrial, onde passam maior parte das horas do dia fora de casa)
“Um cão é uma vida, vai estar na tua vida parte da vida, e ser parte dela, durante toda a vida!” se desenvolveram em grande escala patologias de comportamento relacionadas com ansiedades por separação dos donos. Os cães gostam e precisam da sua família, de companhia, de atenção. Algo muito diferente disto é a crença de que os cães querem continuamente dominar a sua família, tornar-se os líderes da matilha, os Alfas lá de casa. Esta é uma ideia totalmente ultrapassada, sem qualquer base científica, muito pelo contrário, que contradiz tudo aquilo que tem vindo a ser estudado acerca do que é Ser cão. Os cães podem sim lutar pela dominância no seio de uma família com mais cães, mas desenganem-se os que pensam que os cães nos vêm ao mesmo nível. Os cães sabem que não somos cães e por isso não precisamos de nos apoiar em quatro pernas, fazer grunhidos, ou tentar beliscá-los simulando as interações entre cães... Isso para eles, não faz sentido nenhum! Um cão, de qualquer raça, origem ou criação é um ser único, individual. A criação seletiva (para quem não sabe, implica cruzar cães da mesma raça, com as mesmas caraterísticas para que se prolongue a linhagem e se atinja um desejado estalão) é um processo que tem vindo a ser desenvolvido com base nas preferências dos donos, nas modas... Não necessariamente nos interesses dos cães, para quem a contribuição genética variada era uma mais-valia. Cães de pedigree, cães de passerelle, são por muitas vezes (por falta de conhecimento e interesse do criador) cães pouco saudáveis, frutos de sucessivas linhagens de consanguinidade – que irá sofrer as consequências disso toda a sua vida. Antes de adquirir um cão perca tempo a conhecer o criador, as suas escolhas e princípios. Um cão não é um brinquedo, não é um presente de Natal. Um cão não é uma paixão de momento. Um cão não é para uma estação.
Um cão vai ver-te como o seu protetor, o recurso de sobrevivência, a companhia de brincadeira, toda a sua vida será centrada em ti. Vai conhecer-te como ninguém, antecipar os teus movimentos e saber como reagir quando te vê triste. Ele pensa diferente, reage diferente, aprende diferente mas no fundo, tal como tu, vai deixar a sua marca neste mundo, no teu mundo.
Autoria: Karin
Medeiros
A expressão é utilizada para indicar mudanças comportamentais, mas a fêmea com “gravidez psicológica” não está realmente grávida e sim sofrendo de alterações hormonais, relacionadas ao aumento da prolactina e diminuição da progesterona.
Pseudociese, fenômeno também conhecido como “gravidez psicológica”, manifesta-se em cadelas inteiras através de comportamentos anormais como irritação, falta de apetite, diminuição de interação social, proteção com objetos e brinquedos e, em alguns casos até agressividade.
Para os lobos a pseudociese teve uma função evolutiva, pois mesmo as fêmeas não fecundadas, que não ficariam grávidas, podiam apresentar comportamentos maternais, como o instinto de proteção e a produção de leite, por exemplo, o que permitia que os filhotes nascidos pudessem receber cuidados de várias fêmeas, assegurando seu crescimento, mesmo se a fêmea alfa não estivesse por perto.
Para os cães domésticos essa função não é mais necessária, mas, provavelmente, permanece na sua herança genética, já que não existe um padrão de raça, idade ou localização geográfica para a ocorrência desse fenômeno natural. Mesmo cadelas que já tiveram filhotes podem apresentar gravidez psicológica em outros cios. Outros sintomas físicos podem surgir, também associados á pseudociese, como aumento das glândulas mamárias, produzindo secreção fluida ou leite, secreção vaginal e distensão do abdômen. Esses sintomas devem ser avaliados por médico veterinário para não serem confundidos com outros distúrbios como a piometra, infecção uterina grave, a mastite, inflamação das glândulas mamárias ou tumores de mamas. As alterações hormonais preparam o corpo da cadela para a chegada de um “pseudo” filhote, surgindo, geralmente, por volta de dois meses após o cio, com duração de 30 a 60 dias. Mas, apesar disso, não interfere na capacidade reprodutiva da fêmea em outros cios nos quais não se manifeste a pseudociese. Na maioria dos casos, não é necessária a intervenção com medicamentos, cessando os sintomas em algumas semanas. Em outros, a cadela mama nela mesma, sendo necessário desestimular esse comportamento, sem punições, utilizando roupa cirúrgica ou colar Elizabetano para impedir o acesso às mamas e evitar a produção de leite. Mas, se a cadela estiver produzindo muita secreção, demonstrar dor nas mamas e prostração, pode ser preciso utilizar medicação específica para secar o leite. A esterilização é o tratamento indicado nesses casos, e mesmo não eliminando os sinais durante o quadro de pseudociese, previne que ele ocorra novamente.
Autoria:
SĂlvio Pereira
INSTINTOS BÁSICOS DOS CACHORROS
A solidez de carácter do cão adulto é consequência directa do adequado equilíbrio dos seus instintos naturais. A criação permite seleccionar os exemplares melhor dotados para o trabalho e para o desporto. O adestramento dá forma ao “todo” e, neste sentido, o papel exercido pelo adestrador desde as primeiras semanas de vida é imprescindível.
Instinto gregário O cão, animal de matilha como o seu ancestral o Lobo, prefere viver no seio de uma comunidade. O medo atávico que o Lobo tem das pessoas foi vencido pelo cão há 16 000 anos com a sua domesticação. O cão não considera o homem como pertencente à sua espécie, mas aceita-o no seio da sua comunidade e aprendeu a integrar-se também na humana. Esta circunstância faz com que o cão encontre facilmente o seu lugar na escala hierárquica da família humana que o acolhe e é esta a base da relação com o seu dono ou adestrador. Mas o facto de o cão não temer os humanos tem como consequência que a conduta de os morder se encontre desinibida, em maior ou menor grau. Por esse motivo é possível que os exemplares adultos, em determinadas situações, sejam capazes de defender-se do homem ou, i n c l u s i v a m e n t e , a t a c á - l o . O fenómeno baptizado por Konrad Lorenz Imprinting (anglicismo do termo alemão Prägung, e já abordado por nós em artigos anteriores), que significa impressão, tem lugar a partir da altura em que o cachorro abre os olhos e começa a ter noção do meio envolvente, nas terceira e quarta semanas de idade. Durante esta fase, diferentes estímulos e comportamentos adquirem um significado concreto que fica gravado para sempre.
É neste período que convém manipular o cachorro diariamente, pois é-lhe oferecida a oportunidade de reconhecer o homem como membro do seu grupo social. De facto, está provado cientificamente que os cachorros que, nesta idade, são pesados diariamente são mais seguros e sociáveis que aqueles que não têm tanta atenção por parte do homem. Quero com isto dizer que é obrigação do criador tratar cuidadosamente os cachorros e evitar que todas as situações desagradáveis possam deteriorar o futuro carácter do cão definitiva e irreparavelmente. A partir da quinta semana começam a aparecer vestígios de comportamento de defesa do alimento, mas é depois da sexta semana que se evidenciam claros comportamentos agonísticos à volta do comedouro, com grande profusão de sinais: eriçamento dos pelos dorsais, rosnadelas, ladridos e autenticas lutas. Através deste tipo de condutas começa a estabelecer-se a escala hierárquica no grupo e um dos cachorros, geralmente o mais desenvolvido, começará a destacar-se dos restantes. Come primeiro, não deixa os irmãos acercar-se até que se sacie, colocará as patas sobre quem ouse disputar a sua primazia… em definitivo, converte-se num líder. O criador não deve intervir neste processo, mas quando já estiver claramente estabelecida a dominância de um dos cachorros, chegou o momento de o separar dos outros para evitar que o seu carácter se construa à custa da deterioração do dos demais. Assim dá-se a oportunidade a outro de se converter em líder, repetindo-se assim
o processo anterior até que fique só um que será o seu próprio líder. Para a maturação do comportamento social é tão importante dominar como, em certas ocasiões, aceitar ser dominado. Uma atenta observação à ninhada oferecerá ao criador, nestas alturas, suficiente informação para que possa ter uma ideia clara das características psicológicas de cada exemplar: do carácter (capacidade de excitação), do temperamento (grau de dureza perante estímulos adversos), da inteligência adaptativa (facilidade de resolução perante situações novas), da capacidade de recuperação (facilidade de superação de situações desagradáveis), etc. O segundo dominante é, de momento, o cachorro que demonstrou ser o melhor, pois foi dominado, recuperouse e soube dominar os outros. O primeiro dominante só mostrou capacidade de dominar não passando pela experiência de ser dominado. Poderá ser este o melhor mas poderá dar-se o caso de não ser. Terá de demonstrar a sua capacidade de recuperação e, para isso o criador terá que intervir, submetendo-o e facilitando o seu restabelecimento. O criador deve ser aceite como fazendo parte da comunidade. Para ele, ainda que os cachorros vivam separados, é conveniente que nalgumas ocasiões os juntem todos, mãe incluída, permanecendo debaixo da sua atenta supervisão. O criador deverá ser aceite como o elemento super-alfa. A sua experiência, sensibilidade, tolerância, doçura e firmeza permitirão que os cachorros aprendam a aceitar os diferentes estímulos, tanto positivos como negativos, com toda a naturalidade e sem inibições. Através do jogo o cachorro aceita sem traumas a autoridade do homem. Brincar com o dono facilita a relação entre ambos, melhora a comunicação e facilita que o cão reconheça a hierarquia, que desenvolva a sua capacidade de aprendizagem e que adquira, em suma, a disposição necessária para o trabalho futuro.
Instinto predatório Durante todo o período de socialização (das 5 às 12 semanas), o criador deve iniciar as primeiras fases de fomento do instinto de caça, aproveitando as alturas em que se encontra reunida toda a ninhada – sem a mãe. Para evitar que os cachorros se cansem, estas sessões devem ser curtas, intensas e espaçadas no tempo. Assim, utiliza-se um trapo velho, que servirá de presa, que devemos mover rápida, e entrecortadamente e que, rapidamente, deve afastar-se dos cachorros. Com este procedimento iremos estimular o comportamento de caça e desenvolver a conduta inata de perseguir uma peça de caça que corre e se afasta. Finalmente, permite-se que a mordam para dar por encerrado este ciclo e poder darlhes liberdade ao seu comportamento de presa (isto não é mais do que o que as mães lobas fazem para ensinar à sua prole as técnicas de caça). Agora, podemos observar a capacidade expressiva da conduta persecutória, as características da mordida (tranquila ou nervosa, dura ou branda, ambiciosa ou tímida, duradoura ou breve) e o grau de possessibilidade. Da análise do conjunto das características psicológicas dos cachorros, se obterá informação suficiente para os classificar no que diz respeito à força da sua carga instintiva e em relação ao equilíbrio entre os seus diferentes instintos. Seleccionam-se os exemplares mais aptos para o Trabalho Desportivo (RCI ou SchH, por exemplo) e estabelecem-se em cada caso a estratégia adequada onde irão assentar as bases do futuro adestramento.
Instinto de protecção Quando o cachorro atinge as 12 / 14 semanas e já apresenta algumas sessões de trabalho relativas ao desenvolvimento do instinto de caça, pode-se aproveitar, ainda que leve e brevemente, o momento em que o acto de persegui a presa apresente a sua máxima expressão para, quase simultaneamente, permitir-lhe captura-la e assim restaurar a sua segurança e tranquilidade.
Com a apresentação de estímulos adversos de intensidade inferior ao impulso predatório, o cachorro aprende que a mordida – de escape, tem um efeito benéfico, pois faz com que cesse a pressão. Assim, agora acede à presa através do Instinto de Sobrevivência e não, como antes, através do Instinto de Caça. O resultado é que o animal descobre que a forma de canalizar as suas inseguranças é através da mordida – mordida de escape. Desta maneira, estabelecem-se solidamente as bases para o que no futuro será a pressão activa (pressão em direcção ao instinto).
Livro Recomendado
Editora: Booksmile (www.booksmile.pt) Ano de lançamento: 2007 1ª Edição em Portugal: Fevereiro 2011 Prefácio: Karen L. Overall - Prestigiada investigadora norte americana de comportamento canino
Autoria: NĂdia
Rodrigues
A hist贸ria do
Um caso especial
“...há casos que deixam marcas, quando sabemos que ajudámos a mudar a vida de um cão e de uma família de forma bastante significativa. Claro que, nada se faria sem a colaboração da própria família, sem o empenho dos donos. E aqui está a grande diferença entre um caso perdido, ou um caso de sucesso como o do Nanú.”
A profissão de adestrador tem a grande vantagem de nunca ser um trabalho monótono. Todos os cães são diferentes e todos os donos têm necessidades diferentes em relação aos seus cães. Desde o adestramento em obediência básica, à resolução de problemas comportamentais e socialização, cada caso tem a sua complexidade e as suas peculiaridades. Daí ser fundamental adaptarmos o nosso trabalho e os métodos utilizados a cada situação.
Foi tosquiado e o cabo de aço removido, que por pouco cortava os vasos sanguíneos vitais, tendo que ser sedado porque as dores eram insuportáveis para o pobre bichinho. Com uma ferida muito profunda no pescoço, o Nanú demorou a recuperar.
Mas há casos que deixam marcas, quando sabemos que ajudámos a mudar a vida de um cão e de uma família de forma bastante significativa. Claro que, nada se faria sem a colaboração da própria família, sem o empenho dos donos. E aqui está a grande diferença entre um caso perdido, ou um caso de sucesso como o do Nanú. O Nanú (ex-Charcoal) foi resgatado pelo Refúgio Animal Angels em Outubro de 2014. Estava escondido num armazém há mais de 1 mês, muito fraco e cheio de medo. Voluntários da associação conseguiram apanhá-lo e foi um choque o que encontraram. Petrificado de medo, num sofrimento inacreditável, o Nanú estava a caminho de uma morte lenta e dolorosa. O pêlo estava enorme e num estado lastimável, cheio de nós e de lixo. Numa magreza extrema e muito fraco, o Nanú tinha um cheiro nauseabundo e indescritível. O horror surgiu quando se aperceberam que tinha um cabo de aço amarrado ao pescoço, de tal forma, que estava cravado na carne. Alguém o tinha deixado assim para morrer, ou poderá ter conseguido soltar-se e fugido do sítio onde estivera preso.
Em Fevereiro finalmente estava bem para ser adoptado e encontrou uma família humana e canina para o acolher, com a salvaguarda de que este era um cãozinho especial, que iria necessitar de muita atenção e paciência dos donos. Os medos que apresentava eram tremendos e só queria fugir de tudo, principalmente do contacto com os humanos. Os novos donos fizeram um trabalho excelente, estando já habituados a cães especiais, pois têm uma pequena matilha de cães adoptados. O Nanú tornou-se um pouco mais confiante com as pessoas, mas ainda receoso. Este caso chegou-nos através da mãe humana do Nanú, que nos contactou a pedir ajuda. Houve muitos progressos, mas o Nanú ainda tinha um grande caminho pela frente e os seus donos queriam que pudesse desfrutar da boa vida de cão que todos os seus manos têm lá em casa. O grande medo do Nanú agora era a trela. Só podemos especular sobre o que terá sido a vida do Nanú até ser resgatado, mas pelo estado em que foi encontrado, com um arame cravado no pescoço, o mais natural é que o pobrezinho não queira ver trelas ou correntes, ou tudo o que se lhe assemelhe, como aconteceu com uma fita métrica, em que o Nanú fugiu a correr com medo.
O trabalho teve que começar por ganhar a confiança do Nanú, para que me deixasse aproximar dele e fazer-lhe festas. O fiambre e o frango desfiado foram os meus melhores aliados, porque os biscoitos não eram o suficiente para que ele se quisesse aproximar e trabalhar comigo. Visto que o Nanú não podia sequer ver uma trela, então primeiro tive que fazer um trabalho de contracondicionamento, para que associasse a trela a algo bom e que visse a sua presença como uma experiência positiva. Colocámos a trela no chão, meio enrolada, com muitos bocadinhos de fiambre à volta e no meio. Primeiro, o Nanú comeu os que estavam mais afastados da trela mas estava muito receoso em avançar para comer o resto. Para o deixar mais confortável, deixámo-lo sozinho e fomos para outra divisão onde o podíamos ver. A pouco e pouco o Nanú foi-se aproximando e acabou por comer todos os bocados de fiambre que estavam no meio da trela, tendo mesmo que lhe tocar para chegar aos prémios.
O próximo passo seria então sair de casa com trela e um passeio na rua. Estando já a aceitar a trela num espaço que conhece bem e em que se sente seguro, avançámos mais um pouco na sua recuperação e fomos passear para a rua, primeiro muito próximo de casa. O Nanú mostrou-nos mais um dos seus medos, portas e passagens estreitas. Com algumas repetições, a entrar e sair, ao longo do tempo foi perdendo esse receio.
Este trabalho foi repetido diariamente pela dona, que passou a dar-lhe a alimentação desta forma, colocando o comedouro no meio da trela. Ao fim de uma semana, a presença da trela já era indiferente para o Nanú. Começámos então a colocar-lhe a trela, utilizando o mesmo método, com o objectivo de dessensibilizá-lo para aquele objecto, para que não o considerasse como algo penoso para ele, mas sim, um objecto normal e comum. Com a ajuda do fiambre e do frango desfiado, lentamente colocámos a trela em contacto com o corpo do Nanú, para depois a colocar presa à sua coleira. Inicialmente o Nanú quis fugir, mas depois acalmou-se e demos um pequeno passeio para trás e para a frente no pátio, recompensando sempre que ficava mais tranquilo, até que deixou de tentar fugir. A dona continuou este trabalho nos dias seguintes e o Nanú evoluiu imenso.
Este trabalho foi repetido diariamente pela dona, que passou a dar-lhe a alimentação desta forma, colocando o comedouro no meio da trela. Ao fim de uma semana, a presença da trela já era indiferente para o Nanú.
O primeiro passeio do Nanú depois de começarmos a reabilitação foi extremamente gratificante, para mim, para a dona, mas acima de tudo para ele. Finalmente vimos o Nanú descontrair e levantar a cauda, abanando-a e a mostrar a sua felicidade a passear, sem medo da trela. Queria correr e dava saltinhos de contente. Começamos então uma série de passeios com o Nanú, afastando-nos mais de casa, para que pudesse conhecer o pequeno mundo à sua volta. Apercebemo-nos então de outro medo, os carros em andamento. Quanto maiores fossem, mais barulho faziam e pior era para o Nanú. Ficava em pânico, a querer fugir e a tentar soltar-se. Com a ajuda da sua mana canina, a Clô, que é muito confiante e sempre foi muito prestável a ajudar o Nanú, passámos a fazer passeios em locais movimentados, evoluindo gradualmente. Primeiro em ruas paralelas com pouco movimento e depois na estrada principal onde estão sempre a passar carros e camiões. Outro problema que o Nanú apresentava, era o facto de se afastar quando o chamavam ou quando o tentavam agarrar. No entanto, o Nanú com a sua força de vontade e vivacidade, está determinado a ultrapassar os seus medos e a deixar para trás todos os traumas e não pára de nos surpreender. Apesar de ter ainda algum receio, a sua evolução foi notável após algumas sessões em que treinámos a chamada, com uma trela extensível e a dona afastada a chamar por ele com muitas recompensas. Lentamente o Nanú foi evoluindo. Deixou de ter aquela reacção de pânico aos carros e começou a descontrair ligeiramente. Avançámos mais um passo na sua recuperação e fizemos alguns passeios numa estrada com muito movimento, perto da praia. Por fim, na companhia da Clô e da Juka, duas das suas manas peludas, o Nanú descontraiu, levantou a cauda e desfrutou de um passeio, contente e tranquilo, apesar de estar de trela e de passarem carros constantemente ao seu lado. Escusado será dizer que o trabalho de reabilitação do Nanú terminou em grande, com umas corridas na praia e umas banhocas no rio!
Entretanto, foi de férias com a sua nova família, numa grande viagem de caravana! O Nanú portou-se lindamente e a família está radiante de ver o seu menino especial, que lhes foi entregue quase como um caso perdido, agora tão feliz! Está praticamente reabilitado, apesar de ainda recear um pouco os carros, o que na opinião da dona até é desejável, mas já corre e brinca sem medos e vem logo quando o chamam, sem receios. Com a continuação do excelente trabalho que a dona tem realizado, o Nanú está a aprender a ser cão novamente e a recuperar o tempo perdido. Quando o vemos a brincar, a sua alegria é contagiante porque parece um cachorro nas suas primeiras corridas.
É fundamental não desistirmos dos nossos cães, mesmo quando o futuro possa não se apresentar risonho. Eles são mais fortes e resilientes do que nós pensamos. Com o caso do Nanú, temos a prova de que com esforço e perseverança tudo se consegue, utilizando as técnicas adequadas a cada caso e evoluindo ao ritmo do próprio cão. Quando um cão tem medo, é ansioso ou mesmo agressivo, significa que está em sofrimento. E é nosso dever, enquanto donos, fazer o que estiver ao nosso alcance para o retirarmos desse estado e dar-lhe uma vida, verdadeiramente, de cão! Gostaria de deixar um agradecimento muito especial à dona do Nanú, a Sr.ª Rita Santos, não só pelo trabalho fantástico que fez com ele, sem a sua ajuda nada disto seria possível, mas também pela disponibilidade que teve em ajudar-me na construção deste artigo e enviarme algumas das fotos.
Autoria: Bruno
Pereira
Ansiedade por separação é uma das patologias mais graves experienciadas pelos cães. Podemos definir Ansiedade por Separação como todos os eventos relacionados com o comportamento de alguns cães quando separados dos respectivos donos. É uma patologia que pode acontecer a todos os tipos de cães (sexo, idade, raça) levando tanto os donos como o cão a viver em constante stress que geralmente resultam em constantes punições para o animal e, em casos extremos, ao abandono! Uma vez que existem muitas causas que não estão relacionadas com a ansiedade, podemos mencionar este problema como “Distúrbios relacionados com a separação do dono”. Sendo o Cão um animal com elevado instinto gregário é, para ele, contra natura ser deixado sozinho pelos donos e, na maioria das vezes, são os respectivos donos a criar situações para estimular essa ansiedade como por exemplo demonstrarem, de uma forma bastante enfática, pena porque o seu companheiro vai ficar sozinho em casa, despedindo-se dele antes de sair. Para além disso, todos temos rotinas antes de sairmos de casa como por exemplo vestir o casaco, pegar na mala, na chave de casa ou do carro etc, sinais esses que são detectados pelo cão e que faz com que a ansiedade aumente até à saída do dono, momento em que aumenta bastante a sua frustração por não poder controlar a situação. Frustração essa que o levará a apresentar vocalizações excessivas, eliminação inadequada, comportamentos destrutivos, entre outros comportamentos inadequados. Para além dos acima referidos, passamos a enumerar outros factores de risco que podem levar ao desenvolvimento desta patologia:
Cães adoptados;
Desmame prematuro;
Disfunção cognitiva;
Cães que passam longos períodos em canis;
Experiências traumáticas quando cachorros;
Longos períodos sem separação dos donos;
Cães deixados sozinhos muito tempo quando jovens;
Mudança de rotinas.
Uma vez que a Ansiedade por Separação se pode manifestar de diferentes maneiras, é importante efectuar um diagnóstico diferencial aos cães que apresentem os seguintes sintomas:
Vocalizações excessivas;
Comportamentos destrutivos;
Cães que apresentem sinais de automutilação;
Salivação excessiva;
Eliminação inadequada;
Anorexia e letargia;
Dermatite acral por lamber;
Vestígios de humidade (suor) nas almofadas.
Por vezes os cachorros são separados da sua mãe e irmãos cedo demais e, no seu “novo mundo”, em que tudo é novo e desconhecido, passando muito tempo sozinhos, a ansiedade e o stress aumentam. Com o passar do tempo, e após a sua integração no seio familiar, o cão consegue diferenciar quem é a sua figura de apego. A domesticação trouxe este problema, produziu uma grande dependência do cão pelo dono criando potencial suficiente para que se produza um Hiperapego (como já foi referido nos parágrafos anteriores, os donos muitas das vezes, por desconhecimento ou não, reforçam esse apego levando os cães a sofrer de Hiperapego).
É de extrema importância ensinarmos os nossos cães desde cachorros a ter a sua independência e a ficarem sozinhos em casa para evitar o desenvolvimento desta patologia que, infelizmente, grande parte dos cães sofrem e para lhes ensinar que o facto de os donos saírem e eles ficarem sozinhos em casa não é um problema e que esses mesmos donos irão voltar. Assim, quando vamos buscar um cachorro/cão adulto, é “obrigatório”:
Começar a criar regras e rotinas diárias como por exemplo determinar um local seguro para passarem algumas horas do seu dia (a caixa transportadora – com um possível e pequeno espaço cercado à sua frente – é a melhor maneira de dar o descanso que eles precisam); Ter horas e locais certos para as refeições (NUNCA deixar a comida à descrição durante todo o dia); Moderar, em quantidade e frequência, a atenção dada ao cão para que não se crie um apego exagerado; Mesmo em casa deixar o cão separado do dono (sem o contacto visual), numa divisão ou na caixa transportadora, durante alguns períodos de tempo (ir aumentando gradualmente consoante a resposta do cão – Nunca voltar ao cão quando este estiver a mostrar comportamentos ansiosos como ladrar, ganir, etc) ; Sair por alguns momentos de casa sem se despedir do cão e sem lhe dar qualquer sinal que vai sair para não estimular a ansiedade que possa surgir, e quando voltar não lhe dar a atenção que ele lhe vai exigir. Agir naturalmente como se o cão não estivesse lá e darlhe atenção quando ele estiver calmo e descontraído (Ir aumentado os períodos de tempo consoante a resposta do cão).
Quando não consigamos passar a devida mensagem, ou no caso do cão que formos buscar já vir a sofrer dessa patologia é muito importante fazer o diagnóstico correcto e passarmos ao respectivo tratamento. O tratamento é composto por 3 fases combinados entre si conforme segue: - Efectuando algumas alterações ambientais: * Minimizar ao máximo a intensidade dos estímulos externos * Oferecer-lhe um lugar seguro onde não possa causar nenhum dano * Ir mudando de vez em quando os brinquedos que tem à sua disposição que não devem ser mais que 2 ou 3 . - Modificação comportamental: * Rotina diária * Controlo do cão * Trabalhar com o cão * Estimulação mental e física * Brinquedos interactivos (por exemplo o KONG) * Ligar rádio ou televisão - Terapêutica farmacológica * Antidepressivos para auxilio da modificação comportamental – De salientar que os medicamentos têm que ser prescritos pelo veterinário sempre que o animal tenha necessidade disso e a medicação sozinha não é a solução para o problema servindo, apenas, como auxilio de modificação de comportamento. Posto isto, é igualmente importante relembrar que NUNCA SE DEVE CASTIGAR O CÃO por reincidências ou comportamentos realizados na ausência dos donos, pois ele nunca compreenderia o motivo de estar a ser castigado para além de que só iria aumentar muito mais a sua ansiedade.
O caso que apresentamos e que ajudámos a resolver centra-se exactam e n t e n e s t a patologia que não era boa nem para o cão nem para o dono porque, no fundo, todos nós queremos ter um cão equilibrado e que consiga (con)viver com todas as situações do dia a dia. Neste caso, a Magali, uma Golden Retriever com quase 4 anos, super meiga e sociável tanto com cães como com pessoas, sofria de hiperapego devido ao facto da sua dona trabalhar em casa e estar 24 sobre 24h com ela. O Amor mutuo e a felicidade da constante companhia uma da outra levava-as a ir juntas para qualquer lado que fosse. Com tudo isto, o hiperapego estava a ser muito reforçado pela dona sem que ela desse por isso. Sempre que o trabalho aumentava, os passeios da Magali iam sendo reduzidos, tanto em tempo como em frequência, e para a compensar a sua dona falou connosco (Dog’s Fit) para irmos dar uns passeios maiores com a sua companheira. Foi quando chegámos e nos deparámos com a situação do Hiperapego, num estado muito avançado. A Magali saía connosco de casa e não passava da porta do prédio. De frisar que nós já conhecíamos a Magali desde pequenina e nem assim ela vinha passear connosco. Falámos com a dona, explicámos a situação e fizemos com que percebesse quão importante e fundamental seria a resolução deste problema. Para a resolução de qualquer patologia é fundamental a vontade e empenho dos donos e, neste caso, a dona da Magali seguiu todo o programa para a “reabilitar” e, passado cerca de um mês, a Magali já dava grandes passeios connosco. Desde então, e até aos dias de hoje, já nos vem receber à porta com grande alegria porque já sabe que é hora do “passeio maior e mais mexido”! Esperamos que este artigo ajude na resolução desta patologia, contudo é muito importante fazer um diagnóstico correcto para que o tratamento a fazer seja o indicado pelo que recorrer a alguém especializado é fundamental.
Como “dona” de animal de companhia de primeira viagem e sendo a Magali um animal super meigo, social e submissa, não foi para mim fácil perceber os primeiros sinais do híperapego que ela tinha por mim. Como trabalho em casa e a levava sempre comigo quase para todo o lado, as situações de ansiedade dela geradas pelo apego a mim eram inicialmente levadas como amor de Dono/Cão. A o n d e E u i a , M a g a l i Ela não saia de ao pé de mim, nunca.
i a .
Mas conforme ela foi crescendo e sobretudo a partir dos 2 anos e meio, comecei a ficar preocupada com o seu sofrimento em ficar sozinha. Ela não passeava com ninguém quando se apercebia que eu não a acompanhava, e, chegou a fugir em direcção a casa uma das vezes que passeava com o meu irmão. Os vizinhos referiam que ela chorava e gania o tempo todo, não comia, ficava o tempo todo à janela, e, quando íamos a casa de amigos ela ficava muito ansiosa com medo de que a abandonasse. Tentei que ela ficasse com amigos, mas a ansiedade de ambas era grande. Pesquisei sobre o assunto, até que um dia falei com o Bruno Costa Pereira da Dog’s Fit para me ajudar com os passeios dela devido á minha vida profissional, e, num dos “nossos” primeiros passeios começámos a falar sobre que passos a tomar, tais como: - Enquanto trabalho não estarmos ambas na mesma divisão; - Aumentar gradualmente o tempo de separação; - Não me despedir quando saia; - Deixá-la acalmar quando chegava e recompensando-a por “bom comportamento” quando ficava sozinha. Em pouco tempo os resultados foram visíveis e a Magali foi se apercebendo que estarmos separadas não é sinal de que eu a abandone. É muito gratificante ver que o seu sofrimento é cada vez menor. A sua felicidade é também a minha felicidade. É ainda um processo em curso na qual a ajuda da Dog’s Fit é inestimável.
Visão: Pode discriminar cores. Vê o mundo numa cor atenuada e distingue bem o vermelho, o azul e o amarelo, cores primárias;
Muito sensível aos objectos móveis;
Visão pobre para o detalhe;
Boa visão nocturna.
Audição:
Quatro vezes mais agudo que o homem;
Pode ouvir uma frequência mais alta;
Percebe ruídos ultra sónicos.
Olfacto:
Sentido predominante;
40 vezes maior que no homem;
Pode discriminar entre milhares de diversos odores;
Pode detectar concentrações muito baixas de substâncias com odor. Gosto:
A sacarose é altamente aceitável;
O sabor agradável está baseado no odor;
Prefere a carne de vaca > porco > cordeiro;
Prefere a carne aos cereais;
Prefere o alimento conservado > cozinhado > picado > cru;
Come durante o dia.
Tacto:
Pouco desenvolvido;
Está ligado a manifestações de amizade.
: Vanessa Correia
Autoria
Nome original English Bull Terrier País de origem GrãBretanha F.C.I. Grupo 3 Secção 3 – Terriers de tipo Bull Estalão 11 – 2 de Fevereiro de 1998 Variedades 2 Bull Terrier Standard / Bull Terrier Miniatura
1 - Trufa 2 - Focinh 3 - Stop 4 - Crânio 5 - Occipit 6 - Cernelh 7 - Dorso 8 - Lombo 9 - Garupa 10 - Raiz d 11 - Ísquio 12 - Coxa 13 - Perna 14 - Jarret 15 - Meta 16 - Patas 17 - Joelh 18 - Linha 19 - Cotov 20 - Linha 21 - Meta 22 - Carpo 23 - Anteb 24 - Nível 25 - Braço 26 - Ponta 27 - Ponta
a - profund b - altura d a + b = alt
História do Bull Terrier (factos)) A raça está baseada em cães do tipo Bull e Terrier criados para o combate durante o século XIX. James Hinks com anos de experiências com cruzamentos apresentou a raça na década de 1850. Os traços da raça são baseados no actualmente extinto English White Terrier. Hinks tinha o intuito de criar um Bulldog que fosse utilizado tanto em ringues de luta como em exposições caninas. James utilizou o Pointer Espanhol para conferir maior tamanho e Dalmata para conseguir cães totalmente brancos. Em cerca de 1860 os juízes das exposições caninas mostraram parcialidade a favor dos Bull Terriers completamente brancos. Hinks propôs-se a criar uma raça completamente branca eliminando os cães com manchas e tigrados. Os homens de classes altas andavam com os seus Bull Terriers como moda chamando-os de Cavaleiros Brancos. A raça fez muito exito nos concursos caninos e passou a ser conhecida como cão de companhia e não cão para lutas, ao que deu resultado ao actual pacífico e harmonioso Bull Terrier.
ho
o tal lha
o a da cauda o
a te atarso s ho a inferior velo a do solo acarpo o braço do esterno o a do esterno a do ombro
didade do peito do cotovelo tura do cĂŁo na cernelha
Estalão da raça Aspecto Geral: De constituição forte, musculoso, proporcional e activo com uma expressão viva, perspicaz, determinada e inteligente. Características: O Bull Terrier é o gladiador do mundo canino, cheio de entusiasmo e coragem. Uma característica única é a cabeça, com a frente descendente e de forma ovóide. Independentemente do seu tamanho, os machos deverão ter um aspecto masculino, e as fêmeas, feminino. Temperamento: De um temperamento equilibrado e aberto á disciplina. Embora obstinado é particularmente amável com as pessoas. Cabeça e crâneo: Cabeça longa, forte e profunda até á ponta do focinho, mas não grosseira. Observada de frente tem a forma de ovo e está completamente cheia, a sua superficíe está livre de cavidades ou recortes. A parte superior do crâneo é quase plana de orelha a orelha. O perfil curva-se suavemente para abaixo desde a parte superior do crâneo até á ponta da trufa, que deverá ser negra e estar dobrada até abaixo á ponta. Orifícios nasais bem desenvolvidos. A zona cituada debaixo da mandíbula é profunda e forte. Olhos: De aspecto estreito, oblíquamente colocados e triangulares, profundos e de cor preta ou de um marron o mais escuro possível, de maneira a parecer quase preto e com um brilho penetrante. A distancia desde a ponta da trufa até aos olhos é perceptivelmente maior que a existente entre os olhos e a parte superior do crâneo. A côr azul ou parcialmente azul é indesejável. Orelhas: Pequenas, finas e bastante juntas entre si. O cão deverá portá-las muito rijas e erectas quando apontam para cima. Boca: Dentes saudáveis, limpos, fortes, de um bom tamanho e com uma perfeita mordedura em tesoura, regular e completa (os incisivos superiores ficam justos á frente em contacto estreito com os incisivos inferiores que estão inseridos perpendicularmente aos respectivos maxilares). Lábios limpos e apertados. Pescoço: Muito musculoso, longo, arqueado, afinando desde os ombros até á cabeça. Isento de papada. Extremidades Anteriores: Ombros fortes e musculados, sem estarem carregados. Os omoplatas largos, planos, portados perto da caixa toráxica e com uma caída profunda até atrás da face frontal, desde a parte inferior á superior da extremidade anterior. Os cotovelos são rectos e fortes e os metacarpos estão perpendiculares ao chão. As patas anteriores têm uma ossada muito forte, redondeada e de qualidade, o cão deverá estar firmemente assente sobre elas e devem ser perfeitamente paralelas. Nos cães adultos, a longitude das extremidades anteriores, da cruz ao chão, específica do estalão, deverá ser aproximadamente igual á profundidade do tórax. Tronco: Bem arredondado, com umas costelas muito arqueadas e uma grande profundidade desde a cernelha até á musculatura peitoral, de maneira que este fique mais próximo do solo que o abdómen. Dorso curto, forte, queda por baixo do nível da cernelha, arqueando-se formando uma ligeira concavidade á altura dos rins, largos e musculosos. O contorno inferior, desde a musculatura peitoral até ao abdómen, forma uma elegante curva até acima. Visto de trás, o tórax é largo. Extremidades Posteriores: Paralelas quando as observamos de trás. Musculos e segundos musculos bem desenvolvidos. Articulação do joelho bem angulada com a ossada que chega até ao pé curto e forte. Patas: Redondas, compactas e com os dedos bem arqueados. Cauda: Curta, de implantação baixa e portada horizontalmente. Grossa na base, estreita até acabar numa ponta fina. Marcha/Movimento: Quando o movimento é bom, cobre o terreno com uns passos regulares, soltos com um ar alegre típico. A trote, o movimento será paralelo á frente e atrás, convergendo unicamente até ao centro a velocidades mais altas, com um bom alcance das patas anteriores e um movimento das extremidades posteriores de forma fluída á altura da anca, com uma grande força de impulsão. Pelagem: Curta, lisa, homogénea, densa, aspera ao toque e com um brilho fino. A pele bem aderente. Pode fazer uma subpelagem de textura fina no Inverno. Cor: Para os brancos, pelagem de cor branco puro. A pigmentação da pele e as manchas na cabeça não constituem defeitos. Para os cães coloridos, a cor deve predominar sobre o branco. Em igualdades de circusntâncias, deve preferir-se a cor tigrada. O tigrado, o preto, o avermelhado, o dourado e o tricolor admitem-se. Pequenas marcas na pelagem branca são indesejáveis. A cor azulada e cor de fígado não são desejáveis. Tamanho: Não há limites de peso nem altura, no entanto deveremos ter a impressão de que o cão tem a máxima substância respectiva ao seu tamanho, tendo em conta as suas qualidades e o sexo. Faltas: Qualquer desvio nos pontos anteriormente mensionados deverá ser considerado como defeito, e será penalizado em função da sua gravidade. Nota: *Os machos devem ter os dois testículos aparentemente normais, apresentam-se descidos por completo e acomodados na bolsa escrotal.
Bull T
Quando criados cruzamento de Bull riers pequenos com eram comuns, se nã
Em 1861 na e grande variedade d altura, foi aceite um ra).
Com a I Guerra ponto de desaparec Kennel Club aceitou rado, dando origem tura (o seu peso foi a
Assim o estalão mo do Bull Terrier altura do garrote que
Terrier Miniatura
s no início do século XIX a partir do ldogues com Terriers, os Bull Termo a miniatura dos dias de hoje ão a regra.
exposição de Islongtom, devido à de tamanho e peso existente na ma nova classe (Bull Terrier Miniatu-
a Mundial esta variedade esteve a cer, para resolver este problema o u que o estalão da raça fosse alteem definitivo ao Bull Terrier Miniaaumentado para os 18 Kg).
o do Bull Terrier Miniatura é o mesStandart, excepto no seu peso e e não poderá passar de 35,5 cm.
Doenças e patologias mais frequentes na raça Geralmente saúdável e resistente com alguns problemas de pele e alergias e normalmente vive até aos 11, 12 anos Bloqueio Gastro-intestinal – Devido á raça ser forte ás vezes só passado dias é que se nota o aspecto de deprimido e é provável que tenha vómitos, a ajuda tardia pode ser fatal. Doença Renal – Rins pequenos ou disfunção dos filtro microscópicos dos rins, recomenda-se análise de urina anual deve-se começar por volta dos 2 anos. Epilepsia – Pode ser hereditário e os ataques controlados, mas geralmente os Bull Terriers afectados só sobrevivem 1 ou dois anos depois do surgimento da doença. Doença Cardíaca – Podem ser hereditários, e os Bull Terriers afectados podem viver alguns anos com sopros cardíacos que são pontuados do grau 1 ao grau 6. Recomenda -se testes e ultrasons cardíacos. Surdez – É hereditária através dos cruzamentos com Dálmatas e com o actualmente extinto English White Terrier, é devido a um gene recessivo, e podem ser surdos de 1 só ouvido ou dos 2, recomenda-se provas desde cachorro. Problemas de pele / Alergias – podem ser hereditários, pode ser uma deficiência imunitária, pode ser derivado de alergias á picada de parasitas, pode também derivar de alergias transmitidas pela ingestão, contacto ou pelo ar. Manifestam-se através de peladas e borbulhas com ou sem prurido, no caso das alergias pode ocorrer espirros e ou vómitos.
Nesta nova secção, criada precisamente neste número da revista, vamos publicar algumas histórias, muito interessantes, engraçadas, por vezes hilariantes, mas também, nalguns casos, relatos puros de bravura e heroísmo, que se passaram durante os séculos XIX e primeira metade do século XX.
Mas iremos igualmente publicar nesta secção muitas outras curiosidades acerca da forma como os cães eram encarados na sociedade de então, fotos da morfologia de algumas raças para as podermos comparar com as de agora, a educação e o ensino, a legislação, a saúde e a reprodução a higiene, etc.
São preciosidades, pela sua raridade, que só são possíveis de as dar a conhecer ao público, pelo esforço que o Centro Canino Vale de Lobos tem vindo a levar a efeito na procura e aquisição dos poucos livros que foram publicados sobre este tema antes do 2º terço do século XX .
Esperamos que a sua leitura vos dê tanto prazer como nos deu a nós.
Decidimos iniciar esta nova rubrica com algumas histórias que vêm descritas no livro
A Intelligencia dos Animaes De Ernesto Menault Publicado no ano de:
1876
Nas histórias que vamos reproduzir decidimos manter a grafia original da época, não só para sermos fieis ao realismo das narrações mas também, para quem se interessa por esta área, e agora que tanto se fala no novo acordo ortográfico, se deliciar com a forma como o português era escrito naquele tempo.
Life Med-Wolf – Pela coexi
“A minha serra, pedregal, lobos e vento”. Assim descrev ram tantas das suas narrativas. O lobo era então parte in
Mas já então este predador muito sofrera, graças a uma humana, portador de doenças míticas como a “lobagu Sem esquecer as crendices acerca de lobisomens – sétim baptismo, figurantes habituais nos medos e nas históri urzes.
Grupo Lobo
Mas não era bicho inocente, o lobo. Entre perseguir um do bicho não hesita. Por isso, desde há séculos que quem das, construindo fojos, por vezes até espalhando veneno o lobo tem desaparecido, recuando para domínios cad 300 exemplares. Isto porque o Homem sempre foi con predadores.
Mas a História começou a fazer marcha-atrás; com a di mercê dos animais e melhores condições ganham estes ça em distritos onde pouco se dava por ele, como na G nunca chegou a desaparecer, perto de gentes sempre a
Assim chegamos aos dias de hoje. E aos ataques a reba jornais, a par de muitas queixas de quem vê o seu ganha
Gonçalo Costa
Como vimos, o lobo não está “de volta”; pois nunca daq nas serras sabe-se lá por quem – tal seria até ilegal, face é que a sua presença se faz hoje sentir com mais inten com o lobo, a diminuir a dimensão dos prejuízos que ele
É precisamente esse o objectivo do projecto LIFE MED-W Regiões Mediterrânicas. Uma iniciativa financiada pela lobo e as populações locais, em regiões onde os hábito uma duração total de quase cinco anos, está já a fornec as medidas de protecção que há muito são comuns nou vedações. Partilhando experiências, ensinando os mais n
Um projecto que não é “a favor” do lobo, ou “contra” os todos possam conviver, com um mínimo de atritos, rode Quer saber mais, ou dar-nos sugestões? Está convidado
Grupo Lobo
istência com o lobo ibérico
via Aquilino Ribeiro, em 1947, as serranias que acolhentegrante da paisagem, das vidas da Serra.
a fama muitas vezes injusta. Visto como ameaça à vida ueira”, espírito daninho, cúmplice de “fadas dos lobos”. mos filhos varões ou criados por enganos dos padres no ias sussurradas à beira de fogueiras, entre nevoeiros e
m bravo javali ou atacar uma vitela, claro que o instinto m tem gado tem inimizade pelo lobo, organizando batios que acabam por matar muitos outros animais. Assim, da vez mais escondidos, contando hoje com menos de nquistando mais e mais território, expulsando os outros
iminuição da população do interior, mais terras ficam à s para se multiplicarem. O lobo intensifica a sua presenGuarda. Noutras paragens, como Bragança e o Gerês, afeitas à vizinhança do predador.
anhos que têm trazido os lobos para as parangonas dos a-pão ameaçado.
qui saiu por completo. E muito menos anda a ser “solto” à legislação que protege este animal desde 1988. Certo nsidade. E torna-se necessário (re)aprender a conviver e causa.
WOLF – Boas Práticas para a Conservação do Lobo em União Europeia que vai minimizar os conflitos entre o os culturais de coexistência se têm vindo a perder. Com cer apoio a criadores de gado para que possam instalar utras paragens de Portugal, como bons cães de gado ou novos, explicando o acesso a indemnizações, etc.
s criadores de gado. Ambiciona sim contribuir para que eados por uma Natureza em equilíbrio. a usar o mail lifemedwolf@fc.ul.pt.
Alfredo Rocha
Espaço dedicado à divulgação das actividades do “Adestramento Positivo Project” iniciativa criada e dinamizada pelo Dep. de Divulgação, em estreita colaboração com Dep. de Formação do CCVL, com o objectivo de divulgar e difundir o ensino animal sem castigos, cujo lema é:
O Projecto A convite do CCVL, três adestradores formados pelo Dep. de Formação do Centro Canino Vale de Lobos: Tânia Carvalho da TC-Treino Canino, Ana Bártolo e Ana Camacho da Good Dog, decidiram unir-se para criar o presente "Adestramento Positivo Project”, porque acharam que o panorama do ensino canino em Portugal não reflectia o que já se fazia nesta área por essa Europa fora. As suas formações tiveram como suporte o adestramento científico baseado no condicionamento operante com a apresentação de um estímulo agradável e o que acontece é que os métodos tradicionais da obrigação, da subjugação e dos castigos físicos e psíquicos ainda é o mais utilizado no nosso país o que é totalmente errado e retrógrado. A ciência já nos permite ensinar animais sem recorrer a esses métodos, e são essas evoluções da ciência da aprendizagem que este projecto pretende divulgar e difundir. Neste momento fazem parte do projecto a Andreia Lauro da Dog Instinct, Bruno Pereira da Dog’s Fit, Francisco Barata da Oficina dos Cães, Marta Wadsworth da Dog Lovers Portugal, Nídia Rodrigues da Psicanis e Tânia Carvalho da TCTreino Canino, com o apoio técnico e logístico do Centro Canino de Vale de Lobos, A particularidade deste projecto está em que todos os profissionais que o compõem terem feito a sua formação cinotécnica no Centro Canino de Vale de Lobos - Cursos de Formação Canina
Durante os Ăşltimos 3 meses foram estabelecidas uma sĂŠrie de parcerias com diversas entidades do universo canino
Desde o início do projecto, há apenas 14 meses, que um dos propósitos dos seus membros fundadores seria, um dia, mais tarde, ajudar, com os nossos recursos, quem realmente vive com dificuldades nesta área. Estamos a falar, evidentemente, das Associações de protecção dos animais. O APP é actualmente um projecto consolidado, assente em estruturas sólidas, e já com um extenso portefólio de cães, e seus donos, que está a acompanhar e a ajudar a uma melhor convivência mútua. Nesse sentido, decidimos avançar, mais cedo que o previsto, para o APP SOLIDÁRIO. No primeiro mês, Março 2015 ajudámos a Associação "O Cantinho da Milu". Durante o mês de Março, um Euro de cada aula de adestramento ou consulta de comportamento de cada um dos nossos técnicos reverterá para esta instituição. Nos meses de Abril, Maio e Junho ajudámos a ASPA de Santarém, a APA de Torres Vedras e a Adoro Mimos de Mafra, respectivamente. Mas o APP SOLIDÁRIO não irá ficar por aqui. Em breve daremos notícias de novas iniciativas neste nosso propósito de ajudar quem mais precisa. Obrigado a todos por nos terem ajudado a fazer com que esta nossa vontade se pudesse materializar mais depressa do que tínhamos planeado, e esperamos que com esta nossa humilde ajuda consigamos dar uma melhor qualidade de vida àqueles que por qualquer motivo não tiveram ainda a sorte de encontrarem uma família que os trate com a dignidade que merecem. Bem hajam a todos!
Formamos: Cães & Lobos
Edição Nº 1
Profissionais competentes... Departamento de Formação do:
CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS
Presencial Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente.
Primeiro curso administrado em Portugal com base nas últimas investigações Estrutura Programática do Curso
Módulo 1
(teórico)
1.1 CONHECER O CÃO 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.1.6
Conhecer como funciona um cão O Carácter num cão O Temperamento num cão A Comunicação canina Os Instintos Básicos caninos Conhecer o cão que se vai adestrar
1.2 MÉTODOS DE ADESTRAMENTO 1.2.1 Métodos de Adestramento 1.2.2 Traçar objetivos 1.2.3 Escolher o melhor método de Adestramento 1.2.3.1 Em função do cão 1.2.3.2 Em função do dono 1.2.3.3 Em função dos objetivos 1.2.4 As várias fases do Adestramento
Módulo 2
(prático)
2.1 O ADESTRAMENTO EM OBEDIÊNCIA SOCIAL 2.1.1 Material de adestramento 2.1.1.1 Material de contenção 2.1.1.2 Material de assistência 2.1.1.3 Material didático 2.1.2 Postura corporal do adestrador 2.1.3 Desenvolvimento da motivação do cão 2.1.4 Condicionamento e aquisição de hábito 2.1.5 Exercícios de Obediência Básica 2.1.5.1 Exercício de andar ao lado 2.1.5.2 Exercício de sentar 2.1.5.3 Exercício de deitar 2.1.5.4 Exercício de deitar e ficar quieto 2.1.5.5 Exercício de chamada
2.2 SOCIABILIZAÇÃO 1.3 CONDICIONAMENTO OPERANTE 1.3.1 1.3.2 1.3.3
Definição O que é o Clicker O treino com Clicker
2.2.1 Sociabilização intraespecífica 2.2.2 Sociabilização interespecífica
… e donos responsáveis! Página 1
Formamos: Cães Cães & & Lobos Lobos
Entrevista
Edição Edição Nº Nº 1 4
Profissionais competentes... Departamento de Formação do:
CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS Módulo 3
(prático)
3.1 ADESTRAMENTO EM GUARDA E DEFESA 3.1.1 Determinar as aptidões do cão 3.1.2 O Figurante (Homem de ataque) 3.1.2.1 Vestuário 3.1.2.2 Equipamento 3.1.2.3 Formação 3.1.3 O trabalho de motivação 3.1.4 O treino técnico das mordidas 3.1.5 O treino da inibição da mordida (larga) 3.1.6 O treino da fuga do figurante 3.1.7 O treino da busca do figurante 3.1.8 O treino do ataque surpresa ao guia 3.1.9 O treino do ataque longo
Módulo 4
(teórico)
4.1 COMPORTAMENTOS ANÓMALOS E DESVIANTES 4.1.1 Agressividades 4.1.1.1 Definição e tipologias
4.1.2 Micção ou defecação inadequadas 4.1.2.1 Definição 4.1.2.2 Tratamento 4.1.3 Ansiedade por separação 4.1.3.1 Definição 4.1.3.2 Tratamento 4.1.4 Fobias 4.1.4.1 Definição 4.1.4.2 Tratamento 4.1.5 Manias Maternais 4.1.5.1 Definição 4.1.5.2 Tratamento 4.1.6 Hiperatividade e hiperexceptibilidade 4.1.6.1 Definição 4.1.6.2 Tratamento 4.1.7 Comportamentos estereotipados 4.1.7.1 Definição 4.1.7.2 Tratamento 4.1.8 Ingestão Inadequada 4.1.8.1 Alimentação Estranha 4.1.8.2 Coprofagia 4.1.8.3 Objetos 4.1.9 Síndrome de Disfunção Cognitiva
Curso intensivo de formação de monitores de adestramento científico canino (presencial) Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente Características do Curso Tipo de Curso: Curso presencial ministrado em sistema intensivo de 15 dias de duração, com uma carga horária lectiva diária de 4 horas, incluindo as componentes prática e teórica. Início do Curso: A combinar com o formando Local das Aulas: Campo de Trabalho do Centro Canino de Vale Lobos – Vale de Lobos - Sintra Método de Ensino: Científico Quantidade de Alunos por Curso: 1 Documento fim de Curso: Certificado com informação detalhada sobre as avaliações intercalares e finais e matéria leccionada
Estrutura Programática do Curso Módulo 1
(teórico)
Módulo 2
(prático)
Do Curso de duração normal
… e donos responsáveis! Página Página 131
Propriedade:
Cães & Lobos Nº 15
Centro Canino de Vale de Lobos www.ccvlonline.com contacto@ccvlonline.com
Edição: Dep. Divulgação do CCVL http://Comportamentocanino.blogspot.com
Revista Digital de Cães e Lobos
Colaboradoraram nesta edição:
Editor: Sílvio Pereira sp@ccvlonline.com Colaboraram nesta Edição: Bruno Pereira, Grupo Lobo, Karin Medeiros, Marta Wadsworth, Nídia Rodrigues, Ricardo Duarte, Sílvio Pereira, Vanda Botelho, Vanessa Correia Paginação e execução gráfica: Sílvio Pereira Nota: Todo o material publicado nesta edição é da exclusiva responsabilidade dos seus autores. _________________________ Página web: http://revistacaeselobos.weebly.com revista.caeselobos@ccvlonline.com
Bruno Pereira bmcp83@gmail.com
https://www.facebook.com/DOGSFIT Grupo Lobo globo@ciencias.ulisboa.pt
http://lobo.fc.ul.pt/ Karin Medeiros pirakarin@gmail.com
www.adestramentoresponsavel.com Marta Wadsworth marta.wadsworth@gmail.com
http://www.dogloversportugal.com/ Nídia Rodrigues nidiaaprodrigues@hotmail.com
http://www.psicanis.com/ Ricardo Duarte r_duarte_9@hotmail.com
Vanda Botelho vandabotelho80@gmail.com
www.ativanimal.com Vanessa Correia
vanessa_correia_sb@hotmail.com
Formamos:
Profissionais competentes... Departamento de Formação do:
Curso destinado a todos os proprietários que queiram adestrar os seus cães em casa (portanto, no seu território) evitando assim as sempre stressantes e por vezes traumatizantes idas às escolas de treino canino. Características do Curso Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: De 2 a 4 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do aluno). A quem é dirigido este Curso: Com este Curso o dono dispensa as sempre angustiantes e traumáticas idas às escolas de treino, uma vez que o cão aprende no seu próprio território, portanto, qualquer pessoa está em condições de frequentar este curso, a única limitação prende-se com a obrigatoriedade de possuir um cão (seja ele de que raça for) uma vez que numa das fases do Curso terá que aplicar na prática, as técnicas que vão sendo estudadas. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/teórica e conhecimento profundo do aspeto funcional do cão, assim como uma identificação da interação dos mecanismos da aprendizagem com os vários tipos de condicionamento. No aspeto prático adquire-se um conhecimento básico dos princípios gerais do Condicionamento Operante assim como a utilização do clicker como instrumento fundamental no moderno treino científico canino. Resumindo, o formando fica perfeitamente preparado não só para poder treinar o seu cão positivamente mas também para compreender a sua linguagem, o seu carácter, a sua personalidade e o seu temperamento.
Estrutura Programática (resumida) Módulo 1 (teórico) 1ª Parte - Conhecer o Aspeto Funcional do Cão 2ª Parte - O Carácter e o Temperamento num Cão 3ª Parte - A Comunicação Canina 4ª parte - Os Instintos 5ª Parte - Condicionamento Operante 6ª parte - Descobrir o Clicker
Módulo 2 (prático) 7ª Parte - O Adestramento em Obediência Social 8ª Parte - Motivar e Condicionar o Cão 9ª parte - Exercícios de Obediência Básica 10ª Parte - Sociabilização
http://formacaoccvl.weebly.com/curso-on-line-de-adestramento-positivo-canino.html
… e donos responsáveis!
Formamos:
Profissionais competentes... Departamento de Formação do: CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS
Características do Curso Objetivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre a identificação, diagnóstico, tratamento e prevenção dos Comportamentos anómalos, desviantes e patológicos dos cães que vivem integrados na sociedade humana. É um Curso abrangente uma vez que é transversal a todos os Problemas Comportamentais dos canídeos domésticos. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 3 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Adestradores Caninos que sentem dificuldades na interpretação e tratamento destas patologias cada vez mais presentes na interação dos cães com os seus donos e o meio envolvente. Mas também a todos os interessados na temática do Comportamento Canino e nas alterações causadas por via da domesticação. Perspetival de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de interpretação, diagnóstico, tratamento e prevenção das Patologias do Comportamento. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, resolver todos os problemas ligados à área Comportamental.
Estrutura Programática do Curso (Resumido) Tema 1 - Como Funciona um Cão Tema 2 - O Carácter Tema 3 - O Temperamento Tema 4 - A Comunicação Canina Tema 5 - Os Instintos Básicos de Sobrevivência Tema 6 - Os Condicionamentos Tema 7 - As Agressividades Tema 8 - Ansiedade por Separação
Tema 9 - Síndrome de Disfunção Cognitiva Tema 10 - Fobias Tema 11 - Manias Maternais Tema 12 - Hiperatividade e Hiperexcitabilidade Tema 13 - Comportamentos estereotipados Tema 14 - Ingestão Inadequada Tema 15 - Eliminação Inadequada
http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html
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