Outubro | Novembro ! Dezembro
2014
Formamos:
Profissionais competentes... Departamento de Formação do:
Curso destinado a todos os criadores, ou potenciais criadores caninos. Características do Curso Objectivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre Criação Canina, todos os criadores, ou que pretendam vir a sê-lo, na medida em que, este Curso abarca toda esta temática, desde os conceitos de Genética Canina até à entrega do cachorro ao futuro dono. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 6 meses ou 500 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Criadores Caninos que sintam algumas lacunas no seu conhecimento acerca dos Temas propostos no mesmo. É igualmente dirigido a todos aqueles que pretendam iniciar esta apaixonante e nobre atividade que é a Criação Canina. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de Criação Canina. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, Criar cães, uma vez que está na posse de formação técnica e científica específica necessária para o fazer.
Estrutura Programática (Resumida) Tema 1 - A Genética Canina Tema 2 - O Período Reprodutivo Tema 3 - A Reprodução Tema 4 - A Gestação Tema 5 - A Patologia da Reprodução Tema 6 - A Alimentação da Cadela gestante Tema 7 - O Parto Tema 8 - A Amamentação Tema 9 - O Desmame Tema 10 - Primeiras etapas do desenvolvimento do Cachorro Tema 11 - Enfermidades do Período neonatal Tema 12 - O Crescimento do cachorro Tema 13 - Desparasitação e Vacinação dos Cachorros Tema 14 - A entrega dos Cachorros Tema 15 - Identificação e Registo dos Cachorros
http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html
… e donos responsáveis!
É tudo novo! Findo o verão é altura de renovação e nós também aproveitámos este momento para fazermos uma revista toda nova, só ficou o nome. Design do título, o layout, a forma de inserir as fotos e os artigos, os espaços livres que foram criados para tornar a revista mais leve e mais atrativa, etc., tudo foi repensado e alterado. Ficou melhor? Os nossos leitores o dirão. Depois dos mais de 10.000 leitores que nos deram a honra de perder algum tempo a ler-nos no número anterior da revista, com este pretendemos ir bastante mais além, temos a consciência que trabalhámos arduamente para o conseguir. Agradecemos a todos os colaboradores que, de forma totalmente graciosa aceitaram o desafio de partilhar as suas ideias e opiniões connosco e com os leitores, reconhecemos que é preciso alguma coragem, mas é de pessoas com essa fibra que nós e o universo canino necessitam. Queríamos relembrar que todos os conteúdos foram produzidos por formados e formandos dos cursos de formação canina que o CCVL - Academia disponibiliza. Essa é uma condição que nos orgulhamos de manter desde o primeiro número. Boas leituras e até Janeiro 2015 A Redação
Navegue connosco nas ondas da web Revista Cães & Lobos www.facebook.com/ revistacaeselobos Centro Canino de Vale de Lobos www.ccvlonline.com Departamento de Formação do CCVL http://formacaoccvl.weebly.com Departamento de Divulgação do CCVL Blogue: http://comportamento-canino.blospot.com Fórum: http://comportamento-canino.forumotion.net www.facebook.com/ccvlobos
2 Apresentação ao cão de um novo membro da família (Vanda Botelho) 7, 11 e 15 Homenagem à Dra. Sophia Yin (Andreia Lauro) 10 Sensiência Animal (Karin Medeiros) 13 A importância do exercício no comportamento canino (Sílvio Pereira) 17 Terapia Bowen para cães (Maria do Céu Martins) 21 Será o Halti uma boa ferramenta de trabalho? (Francisco Barata) 27 Cão. Um amigo para sempre (Ricardo Duarte) 30 Higiene oral dos cães (Ricardo Duarte) 33 Livro recomendado (Inês Pereira) 35 Enriquecimento ambiental para cães (Vanda Botelho) 45 Será que eles sentem culpa? (Sílvio Pereira) 47 A importância do Microchip (Ricardo Duarte) 48 Ser voluntário (Nídia Rodrigues) 50 - Espaço Lobo 56 - Espaço “Adestramento Positivo Project”
Apresentação ao cão de um novo membro da família Autoria: Vanda
Botelho da
A chegada de um bebé tem como consequência várias mudanças no seio familiar, influenciando não só, a rotina diária da família como também, a interacção entre a família e o cão! Novos Barulhos, odores, e novos horários poderão influenciar o comportamento do cão de uma forma negativa. Para evitar que surjam comportamentos não desejados por parte do cão, é da responsabilidade dos seus proprietários prepará-lo para as mudanças que se avizinham. O período ideal para a preparação do cão é ainda durante a gravidez, é exactamente nesta fase em que a família em conjunto, deverá elaborar um plano de acção e colocá-lo em prática. Caso o cão demonstre sinais e sintomas típicos de algum problema comportamental ainda não resolvido, durante estes nove meses essa será uma das prioridades! O tempo de gestação será mais que suficiente para resolvê-lo ou atenuá-lo. Porém, a família deverá ter consciência de que problemas comportamentais já instalados, exigem sempre a orientação de um com um profissional da área do adestramento e comportamento canino, auxiliando em todo o processo de alteração comportamental. Investir tempo num plano de preparação do cão e num plano de apresentação do bebé ao cão, fundamental
Apresentação ao cão de um novo membro da família | por Vanda Botelho
para construir uma base sólida que será um forte alicerce para uma relação saudável e duradoura entre o cão e a criança, prevenindo a ocorrência de incidentes graves que tão frequentemente são relatados através da imprensa.
Antecipe as mudanças Com a chegada do novo membro irá ser estabelecida uma nova rotina e horários logo, é fundamental criar condições semelhantes antes do bebé vir para casa. Desta forma, o cão irá adaptar-se gradualmente a uma nova rotina, evitando alterações bruscas que normalmente se associam a alterações comportamentais consideráveis. A chegada de um novo membro poderá alterar a estrutura da matilha (família humana), reduzir gradualmente a atenção disponibilizada ao cão bem como, delimitar as áreas da casa a que este não terá acesso antes da chegada do novo membro, permite que o cão se adapte progressivamente às novas alterações sem as associar à presença do bebé, sentindo que a sua posição como membro da matilha continua garantida. O facto de reduzir a atenção disponibilizada ao cão, obrigará a alternativas para auxiliar nos períodos de tempo em que o cão ficará sozinho. Recorrer a brinquedos interactivos estimulando-o cognitivamente poderá ser uma das opções. Outra opção poderá ser o aumento da intensidade de desgaste físico durante os passeios diários, aumentando o ritmo de caminhada no passeio ou recorrendo ao jogo do “busca” de forma mais intensa.
Apresente o odor do bebé Com o bebé ainda na maternidade, é importante que sejam levadas para casa algumas roupinhas usadas do bebé. A apresentação do odor do bebé deve ser feita por um dos donos do cão. Ao contrário do que se possa pensar habitualmente, devemos inicialmente, evitar que o cão entre em contacto directo com os objectos impregnados com o odor a apresentar, o cão deverá senti-lo à distância, sem tocar!
Apresentação ao cão de um novo membro da família | por Vanda Botelho
Pois se associarmos o odor do bebé a uma brincadeira com contacto físico, corremos o risco que o cão associe o bebé a um brinquedo, ao qual ele terá permissão para tocar e empurrar em qualquer altura. A apresentação do objecto deve ser feita na mão do dono permitindo ao cão sentir o seu odor à distância, podendo aproximar-se até uma distância que o dono considere segura. Caso o cão insista em aproximar-se ou “abocanhar” o objecto, o dono deverá repreender e criar um limite. Sempre que o cão respeitar o limite imposto pelo dono, deverá ser recompensado com um biscoito. Desta forma, estamos não só a mostrar ao cão que se exceder o limite ocorre algo desagradável mas também, que se respeitar este limite algo de agradável ocorre. Este exercício deverá ser repetido sempre que o dono se deslocar a casa antes de trazer definitivamente o bebé, ou antes de fazer a apresentação real do bebé ao cão.
A chegada do bebé Ao chegar a casa da maternidade, o ideal é agir com naturalidade sem demonstrar demasiada alegria ou ansiedade. Para a apresentação do bebé, escolha uma hora em que o cão esteja mais calmo e relaxado, poderá ser a seguir a um passeio longo, ou uma sessão de brincadeira intensa com os donos. Caso tenha mais que um cão, faça a apresentação individual, pois será mais fácil controlar um só cão do que vários simultaneamente. É frequente que os cães estranhem o choro do bebé, mostrando curiosidade, tentando aproximar-se e elevando-se para tentar chegar ao bebé ao colo dos donos. Não permita que o cão salte para cima de quem tem o bebé ao colo, repreenda e estabeleça um limite de aproximação, assim que o cão respeitar os limites estabelecidos, recompense-o com uma guloseima ou festa. A recompensa deverá ser fornecida ao cão sempre que este demonstrar um comportamento calmo na presença do bebé e sempre que demonstre alguma curiosidade
curiosidade usando o nariz para sentir o odor do bebé, respeitando a distância de segurança. Porque alguns cães ficam desconfiados e estranham o choro da criança e seus movimentos, evite sempre o contacto directo do focinho do cão com o bebé. A aproximação deve ser gradual, de acordo com o comportamento do cão face ao bebé, e sempre supervisionado por um adulto consciente das regras e limites estabelecidos pelos pais do bebé.
As visitas em casa Nestas primeiras semanas irá com certeza ter mais visitas em casa do que o habitual, o que poderá deixar o seu cão mais nervoso e ansioso. Para que o cão não associe estes comportamentos de nervosismo e excitação ao bebé ou às visitas, deverá instruir as suas visitas para ignorarem inicialmente o comportamento do cão caso se encontre num estado mais excitado e nervoso, e só deverão dar uma guloseima ou festa quando o cão se acalmar. Se as visitas não pretenderem dar atenção ao cão quando este se acalma, deverá ser o dono a fazê-lo, para que o cão
Apresentação ao cão de um novo membro da família | por Vanda Botelho
sinta que a presença das visitas e do bebé não significa ser completamente ignorado, sendo mesmo recompensado quando demonstra um comportamento calmo e relaxado. Caso o comportamento de excitação seja demasiado intenso, poderá colocar uma trela para o controlar melhor, usando repreensões para que o cão entenda que um comportamento extremamente excitado não é de todo aceitável, mas lembre-se sempre que assim que o cão demonstrar o comportamento desejado deverá ser recompensado com uma guloseima.
Dividir a atenção entre o cão e o bebé Sempre que estiver ocupado a tratar do bebé ou simplesmente a dar-lhe alguma atenção extra, lembre-se de manter o seu cão também ocupado com algo. Antes de iniciar a muda da fralda, ou a brincadeira com o bebé, dê um brinquedo ao seu cão, um brinquedo interactivo com guloseimas no interior ou ossos para roer. Para além de estar ocupado, não incomodará os donos evitando repreensões na presença do bebé. Desta forma, o cão associará algo de positivo à presença do bebé sem que tenha necessariamente de estar em contacto directo com o bebé ou os donos.
O quarto do bebé Estabeleça desde o início limites em relação ao quarto do bebé. O cão não deverá ter acesso permanente a este local, deverá criar um limite à entrada do quarto pois, este é um local onde o bebé poderá no futuro estar a brincar no chão, caso o cão tenha acesso permanente a esta divisão, poderá ter contacto directo com o seu filho sem supervisão de um adulto o que poderá também conduzir a incidentes desagradáveis. Crie uma rotina de comportamentos ou seja, o seu cão deverá habituar-se a manter-se à porta do quarto e somente entrar quando o dono chamar. Inicialmente, poderá usar um gradeamento de protecção para bloquear a entrada no quarto do bebé. Repita o exercício de espera à porta do quarto várias ve-
Apresentação ao cão de um novo membro da família | por Vanda Botelho
zes durante o dia, recompensando o cão sempre que ele demonstrar o comportamento desejado. Poderá iniciar este exercício mesmo antes do nascimento do bebé.
Criança, família e cães Com o passar dos anos a confiança vai aumentando e a aproximação pode ser maior. A convivência entre cães e crianças é muito benéfica para ambos, pode e deve ser incentivada! Porém, mesmo que o seu cão seja dócil e calmo, as brincadeiras entre os seus filhos e o cão devem ser sempre supervisionadas por um adulto responsável. Lembre-se que o cão não deve ser esquecido nunca! Os seus passeios, as brincadeiras com a família ou entre um dos donos, devem continuar a existir! Os limites que estabeleceu inicialmente também devem manter-se. Muitas vezes, na tentativa de “compensar” o tempo que se passa longe do cão, o dono permite que cão faça o que quiser... E isso nunca deverá acontecer!
A CRIANÇA DE VERÁ SER ENSINADA A:
SEM CORRERIAS OU GESTOS BRUSCOS;
Supervisione sempre a interacção Uma criança em crescimento terá vontade de explorar tudo o que a rodeia. É importante que os pais mantenham uma supervisão constante, e acima de tudo, ensinem a criança a lidar e a cumprimentar cães em geral. Agarrar e puxar as orelhas e a cauda, saltar para cima do cão, colocar as mão no interior da boca e nariz, poderá ser bastante desagradável para alguns cães e poderão responder com um comportamento um pouco mais agressivo do que o habitual. A criança não saberá ler estes sinais de aviso! Será da responsabilidade do adulto repreender a criança quando esta demonstra atitudes que possam conduzir a uma potencial agressão por parte do cão.
CUMPRIMENTAR O CÃO ADEQUADAMENTE: SEM GRITOS ,
RESPEITAR
O ESPAÇO DO CÃO: EVITANDO ACORDÁ-LO,
INCOMODÁ-LO QUANDO ESTE DESCANSA NA CASOTA , NÃO MEXENDO NO COMEDOURO QUANDO ESTE COME, EVITANDO RETIRAR O BRINQUEDO DA BOCA SEM QUE O COMADO “LARGA” TENHA SIDO PREVIAMENTE ENSINADO AO CÃO;
RESPEITAR O CÃO COMO SER VIVO; EVITANDO INFLIGIRLHE DOR ATRAVÉS DOS PUXÕES DE ORELHAS E CAUDAS, EVITANDO PEQUENOS TOQUES REPETITIVOS OU QUALQUER OUTRA ATITUDE QUE PODERÁ MAGOAR O CÃO;
Homenagem Ă Dra. Sophia Yin falecida no mĂŞs de Setembro 2014 | traduzido por Andreia Lauro
Autoria: Karin
Medeiros da
Sensiência Animal | por Karin Medeiros
Senciência animal é a capacidade de os animais sentirem sensações e emoções como dor, medo, prazer, alegria e stress. O estudo da senciência animal é recente, mas tem ganho relevância, influenciando os hábitos de consumo e comportamento das sociedades. Um grupo de neurocientistas canadenses, chefiados pelo doutro Philip Low, comprovou cientificamente a senciência dos animais através de estudos comparados entre o cérebro humano e o de animais. Ao concluir a pesquisa, dr. Philip subscreveu um manifesto ao mundo científico sobre a comprovação de que os animais possuem consciência, tal como nós. O estudo da senciência inicialmente atingia os animais de trabalho e de consumo, mas hoje em dia abrange todos os animais, selvagens, domésticos e até mesmo os invertebrados. O objetivo da senciência é procurar alternativas para elevar o bem estar e qualidade de vida dos animais, através da conscientização da responsabilidade do homem no que diz respeito a exploração e ao seu tratamento. No caso dos animais de trabalho e de consumo, são estudadas formas de criação e manejo que não causem stress nem dor aos animais, incentivando os governos a procurar sistemas produtivos alternativos. A caça comercial de animais também é vista com maus olhos, levando países a optar pelo lucrativo e educativo turismo de observação, como no caso das baleias.
Sensiência Animal | por Karin Medeiros
No âmbito dos animais domésticos, a senciência vem ajudando a consciencializar sobre a posse responsável, através de campanhas de esterilização e de vacinação, reduzindo os casos de abandono e maus tratos. No futuro pode ser que a senciência nos leve a não termos mais animais domésticos, mas enquanto isso não acontece, devemos nos preocupar com o seu bem estar, já que dependem exclusivamente de nossos cuidados. Com o crescente número de cães e gatos nos grandes centros, crescentes também são os problemas de comportamento consequentes da falta de manejo adequado e da humanização dos animais. Sabendo-se então, que o animal doméstico pode sofrer de doenças psicológicas, é fundamental que as pessoas aprendam sobre sua natureza, sua forma de comunicação e estrutura social para tentar minimizar os efeitos da domesticação, permitindo que eles realizem seus instintos ao invés de reprimi-los por achar que são inadequados ao seu ambiente e convivência. O adestramento pode fazer parte desse processo auxiliando as pessoas a criar hábitos de convivência mais adequados aos animais, levando em consideração suas emoções e sensações, ao invés de acharem que os animais precisam “entender” e se adaptar ao estilo de vida humano.
Homenagem Ă Dra. Sophia Yin falecida no mĂŞs de Setembro 2014 | traduzido por Andreia Lauro
A importância do exercício no comportamento canino
Autoria: Sílvio do
Pereira
A importância do exercício no comportamento canino | por Sílvio Pereira
“Um cão cansado é um cão bem comportado!” Isto tem sido dito de forma intuitiva ao longo dos anos, mas existe uma base fisiológica que confirma esta afirmação. A investigação mostra que a estimulação física exerce uma influência terapêutica significativa na fisiologia do cão (Lindsey 2000). O exercício físico estimula a produção de serotonina, noradrenalina e certas endorfinas (hormonas do prazer e bem-estar), o que explica porque é que a estimulação física tema a capacidade de alterar o humor de forma tão significativa. O exercício estimula a libertação de noradrenalina e de várias hormonas do eixo hipotalâmico-pituitário-adrenocortical (HPA), como são os casos das hormonas betaendorfinas, a hormona adrenocorticotrófica e o cortisol (Lindsey 2000). O exercício breve e explosivo pode exercer uma influência stressante negativo sobre o corpo enquanto que a estimulação física mais moderada e de maior duração produz os efeitos benéficos mencionados anteriormente.
Numa prova de força com cães os investigadores chegaram à conclusão que o exercício agudo tende a gerar angustia nos animais e a reduzir a quantidade de noradrenalina, provocando, em alguns casos, indefesa aprendida (decisão de não se defender). Concluíram também que o exercício regular favorece a actividade noradrenégica e aumenta as quantidades de noradrenalina armazenadas em diferentes partes do cérebro e de serotonina na amígdala central (Lindsey 2000). Parece então existir uma base fisiológica que apoia o uso da estimulação física regular em caso de cães que sofrem de stress, ansiedade, reactividade ou agressividade. Lindsey descreve o seu uso da seguinte maneira: “A descoberta que o exercício favorece a actividade serotonérgica é importante para o uso do exercício no controlo de problemas comportamentais relacionados com o stress. Dentro da neuroeconomia do cérebro, a serotonina joga um importante papel moderador sobre o stress e o controlo de comportamentos impulsivos indesejáveis. Dey e seus colegas (1992) apresentaram um prometedor estudo que fundamenta que a relação funcional entre a produção de serotonina e o exercício ao demonstrar uma alteração significativa da actividade serotonérgica central em cobaias expostas a um exercício regular. Chegou-se à conclusão que o exercício regular gerava um incremento sustentável e marcado do metabolismo da serotonina em várias áreas do cérebro, incluído o córtex cerebral. Os autores sugerem que o córtex é provavelmente o lugar do sistema nervoso que medeia os exercícios benéficos do exercício sobre a depressão. Os estudos mencionados anteriormente corroboram a hipótese de que o exercício, especialmente o exercício diário e a longo prazo, tem em potência efeitos benéficos sobre a neuroeconomia do cão… Genericamente, a resposta ao exercício dos subtipos receptores da serotonina foi muito similar aos efeitos produzidos por antidepressivos tricíclicos” (Lindsey 2000)
Homenagem Ă Dra. Sophia Yin falecida no mĂŞs de Setembro 2014 | traduzido por Andreia Lauro
Autoria: Maria
do CĂŠu Martins da
Terapia Bowen para Cães | por Maria do Céu Martins
A Terapia Bowen é uma terapia natural, manual desenvolvida na Austrália por Tom Bowen nos anos 50 e 60. É uma técnica pouco invasiva que originalmente foi usada para ajudar pessoas com dores músculo-esqueléticas e viscerais. Esta Terapia foi agora adaptada para tratar animais de uma forma também não invasiva. Esta terapia é usada em animais feridos ou se lesionam por qualquer razão, ao mudarem a forma como se movimentam num esforço para aliviar a dor. Ao fazerem isso estão a colocar pressão sobre outras partes do seu corpo. A Terapia Bowen é aplicada, fazendo movimentos Bowen nos músculos, tendões e ligamentos do animal em determinados pontos. São enviados, através da fáscia, impulsos neurológicos para o cérebro, o que ajuda o corpo a encontrar o seu equilíbrio, relaxando os músculos e reduzindo a dor. A Terapia Bowen é usada em todos os tipos de animais: cavalos, cães, gatos, lobos e porcos são alguns dos animais tratados com esta terapia. A terapia é usada em animais domesticados e selvagens, que sofrem de lesões, maus tratos ou doença. Alguns exemplos de sintomas tratados com a Terapia Bowen incluem dor músculo-esquelética, recuperação após a cirurgia ou lesão e ansiedade. A Terapia Bowen resulta no aumento da circulação sanguínea e do metabolismo dos tecidos, o que elimina toxinas e diminui o inchaço. Esta Terapia também pode melhorar o tónus muscular e a flexibilidade, o que contribui para acelerar a cura física. A Terapia Bowen é uma técnica de toque minimalista bastante eficaz (pois atua na causa) para tratar dores e sintomas variados. Através da aplicação da terapia em locais específicos, o próprio corpo responde restaurando a homeostase e corrigindo os desequilíbrios. Embora suave os seus efeitos sobre o corpo são profundos. O processo de cura ocorre de dentro para fora do organis-
mo, respeitando a capacidade individual de cada um nas respostas ao tratamento. A interferência do terapeuta é mínima. A Terapia Bowen é uma terapia corporal, capaz de actuar na fáscia muscular ativando os recetores presentes na sua membrana que sinalizam respostas do sistema nervoso central. Atua de forma a equilibrar os sistemas simpático e parassimpático, desencadeando um profundo relaxamento. Após os tratamentos Bowen, os animais mostram um bem estar geral e podem mostrar alivio em problemas digestivos, alergias, problemas de pele, etc. Pode também aliviar estados de stress emocional e comportamental.
A Terapia Bowen para cães é indicada para: * Rigidez e lesões musculares; * Melhorar a mobilidade das articulações, como é o caso, por exemplo, da displasia coxo-femural, disfunção na zona lombar ou nas patas traseiras, tensão no ombro, etc.; * Complementar tratamentos veterinários de doenças crónicas e artrites; * Assistir na reabilitação e recuperação de ferimentos ou cirurgias; * Ajudar a resolver problemas comportamentais e de stress; * Ajudar a manter o equilíbrio corporal do animal.
Terapia Bowen para Cães | por Maria do Céu Martins
Nota do editor: Indo contra os princípios que regem a edição desta revista, os conteúdos serem sempre da autoria de formados ou formandos do CCVL - Academia, decidimos publicar este artigo da terapeuta Bowen Maria do Céu Martins, para dar a conhecer esta nova forma de proporcionar melhor qualidade de vida aos nossos animais e pelo facto de a Maria do Céu Martins estar sempre disponível para colaborar com o CCVL, e o APP, em todas as iniciativas organizadas por estas instituições.
Autoria: Francisco
Barata da
Será o Halti uma boa ferramenta de trabalho? | por Francisco Barata
O Halti é um aparelho utilizado pela maioria dos treinadores e donos cujos cães apresentam problemas comportamentais, como é o caso da agressividade para com outros cães ou a tendência de arrastarem os seus donos durante os passeios.
afectam a massa muscular circundante, provocadas pela híper-flexão do pescoço.
Fig. 1 e
Utilização indevida da
Para escrever esta crónica baseei-me em artigos credíveis e em entidades que apoiam e validam o bom funcionamento mecânico dos animais e prezam a utilização consciente dos aparelhos, como é o caso da Federação Internacional Equestre. Desde muito novo que o meu gosto e interesse pelos animais surgiu de uma forma involuntária e natural. Sempre vivi rodeado de cães, cavalos e outros animais domésticos. Com cinco anos comecei as aulas de equitação num centro hípico perto de casa e desde então nunca mais parei. Chegada a idade de optar qual a profissão que queria seguir, escolhi enveredar por uma carreira profissional na área equestre, tirei o curso Técnico de Gestão Equina, o Curso de Monitores de equitação e algumas formações e estágios adicionais. Também tive o privilegio de trabalhar em casas de referência, como a Quinta das Varandas e entre outras.
Fig. 3
Crescimento ósseo na
A minha grande fonte de inspiração para escrever sobre este aparelho baseia-se num outro dispositivo com o mesmo tipo de utilização, mas adaptado aos cavalos, que em casos da má utilização, pode criar danos irreversíveis a nível das vértebras cervicais, lombares e sacrais. Esse aparelho tem o nome de “rédea alemã” e, como o nome indica, teve a sua origem na Alemanha, na idade média, com os objectivos de muscular a linha de cima do cavalo (pescoço, dorso e garupa) e estabilizar a atitude do pescoço do equino, dando maior controlo ao cavaleiro. Como referi, a “rédea alemã” usada indevidamente pode criar lesões bastantes graves, como é o caso de inflamações ao nível do ligamento nucal, provocado pelo stress excessivo dos músculos, lesões ósseas, nomeadamente o desgaste nas vértebras, que causam dores localizadas e
A híper-flexão é um método de trabalho no qual o animal é obrigado a contrair o pescoço. Este procedimento tem suscitado muita polémica a nível mundial. Em 2006 a Federação Equestre Internacional (FEI), juntamente com cavaleiros, treinadores, médicos veterinários, e juízes al-
Será o Halti uma boa ferramenta de trabalho? | por Francisco Barata
Fig. 5, 6 e 7 Hiper-flexão do pescoço
e 2
a “Rédea Alemã”
3e 4
a inserção do crâneo
teraram os regulamentos de avaliação das provas, com o objectivo de mudarem as mentalidades e zelarem pelo bem estar dos animais.
Será o Halti uma boa ferramenta de trabalho? | por Francisco Barata
Outro ponto que gostaria de referir é que o aparelho Haltis tem uma correia que passa pela chanfro do cão, bem junto aos olhos, e em muitos casos encostado aos mesmos, o que me suscita a seguinte questão: será que o canal lacrimal e o globo ocular não são afectados, podendo sofrer danos graves?
Fig. 8 Halti - Colocação do aparelho
A dacriocistite é a consequência da obstrução do canal nasolacrimal que resulta numa infecção que faz com que a zona que circula o saco lacrimal fique dorida, inchada e vermelha. O olho liberta pus, torna-se vermelho e lacrimejante. Também um impacto brusco pode fazer com que o olho recue na cavidade ocular, sendo provavelmente danificadas as estruturas superficiais (a pálpebra, a conjuntina, a esclerótica, a córnea e o cristalino) e mesmo a parte posterior do olho (a retina e os nervos). Olhando para os dois aparelhos as semelhanças são evidentes. Será que é assim tão benéfico para os cães o uso deste aparelho, mesmo sabendo que muitos deles nunca se vão adaptar ao Halti? Por quanto tempo vão os donos e treinadores insistir no fracasso?
Fig. 11 e 12 Úlcera profunda da córnea
Fig. 9 e 10 Obstrução do canal lacrimal
Será o Halti uma boa ferramenta de trabalho? | por Francisco Barata
Fig. 13 e 14 Parece que as semelhanças são evidentes, não?
Fontes: Pinto, António Filipe Canelas. “O Processo de Hiperflexão”. Tese para obtenção do grau de mestre de equitação. Sousa, Ana. Animais de Quinta, Problemas de Dorso nos Cavalos. http://fep.com http://www.fei.org http://www.mundodosanimais.pt http://www.manualmerck.net http://www.ene.pt
Autoria: Ricardo
Duarte
Cão, um amigo para sempre | por Ricardo Duarte
A escolha de um animal de estimação em geral e de um cão em particular deve ser uma escolha bastante ponderada. Não nos podemos esquecer que um amigo destes dependerá de nós para sempre e como tal, as nossas rotinas diárias terão também que se adaptar às suas necessidades. Todos nós decerto já ouvimos um comentário do género “Oh que cachorrinho fofinho… também quero um destes!”, no entanto, não nos podemos esquecer que o filhote vai crescer e vai ter necessariamente que ter o seu espaço, a sua rotina e que será necessário disponibilidade e carinho por parte dos donos para o educar e fazer crescer feliz e saudável. O que acontece muitas vezes quando estas considerações não são tidas em conta é o abandono do animal em canis ou na rua. Embora Portugal tenha adotado algumas medidas como a obrigatoriedade de identificação eletrónica (chip) em todos os animais nascidos depois de Junho de 2008, infelizmente o número de abandonos tem aumentado nos últimos anos, tendo-se registado em 2013 cerca de 29.645) abandonos (tanto cães como gatos), sem falar claro nos animais que são resgatados por particulares, e que por esse motivo não entram para as estatísticas. Muitas são as desculpas dadas para o abandono, desde problemas de saúde como alergias e mobilidade, separações e falta de tempo, a crise e o mau comportamento do patinhas, entre outras. No entanto, ao olhar para estas desculpas não consigo deixar de pensar que acima de tudo o que deveria contar era a amizade, a fidelidade e o companheirismo entre ambos sabendo de antemão que nós nunca seriamos os abandonados e que fomos acolhidos como um dos seus. Muitas vezes o erro começa na escolha de um companheiro patudo, pois Por vezes esta escolha passa por ser algo apenas emocional. No entanto o nosso lado racional deve sempre estar presente. Devemos ter em conta o nosso estilo de vida, as características e necessidades do filhote, os custos em alimentação e veterinário, maiores ou menores facilidades de aprendizagem, necessidade de
espaço, entre outros. Seguem-se alguns exemplos: Se sou uma pessoa recatada e que gosta de ficar em casa não devo escolher um patinhas que necessite de muito exercício como por exemplo Labradores, Dálmatas, Pastores Alemães entre outros; Se sou uma pessoa que gosta de desporto, de correr e que saio várias vezes por semana para longos passeios no parque não deverei escolher raças como por exemplo Bulldog Francês, Pug, Pequinês, Rafeiro do Alentejo, entre outros; Se sou uma pessoa que tem alguma propensão para alergias uma das hipóteses que tenho é o Schnauzer Se tenho crianças pequenas em casa uma boa hipótese passa por Pastores Alemães, Golden Retrievers ou Dálmatas A ideia é ter em conta a nossa personalidade e do tipo de vida que temos, o tempo que podemos despender com o nosso patinhas e a partir daí procurar informação sobre raças que mais se adequam a cada um de nós. Contudo existe ainda outro fator que deve ser tido em conta na hora da escolha: a adoção ou a compra. Como todos sabemos, existem milhares de amiguinhos em associações e canis e como tal, na altura da escolha devemonos colocar uma questão: será que realmente se justifica a compra de um patinhas? Ou será que não encontrarei o meu grande companheiro numa associação de abrigo de animais? Julgo que esta pergunta deve também estar presente durante a vossa escolha e caso não exista uma razão específica para uma determinada raça penso que uma boa solução pode passar pela adoção de um animal abandonado e indefeso, dando-lhe uma família e tornando a vida de um desses patinhas bem mais feliz. É importante também que os donos saibam que a partir do momento da sua escolha não se encontram sozinhos. Por exemplo, imaginemos que surgiu finalmente aquela oportunidade de que tanto esperava para uma viagem aquele destino que tanto anseia, ou que por motivos de tra-
Cão, um amigo para sempre | por Ricardo Duarte
Mahatma Gandhi
balho vai ter que chegar um pouco mais tarde a casa e não tem ninguém que possa cuidar do seu amigo. Hoje em dia em Portugal existem dezenas de hotéis caninos por todo o país e serviços de dog walking ou petsitting que pode solicitar e que garantem o bem-estar do seu amigo na sua ausência. Pode ainda planear as suas férias tendo em conta sítios para pernoitar onde aceitem cães. Vai ficar surpreendido com a quantidade de hotéis que aceitam os nossos amigos, nacionais e internacionais! Se se deparar com algum problema comportamental do seu patinhas para o qual não encontre justificação e que sinta que não consegue resolver, não desespere nem desista! Existem atualmente muitos treinadores que os podem guiar e ajudar a ultrapassar esses pequenos problemas! Felizmente a 1 de Outubro de 2014 foi publicada uma lei que criminaliza os maus tratos e abandono de animais, como mais uma medida para inverter esta realidade, no entanto não nos podemos apoiar apenas em leis e punições, devemos sim mudar mentalidades para evoluir e compreender que um animal de estimação é um amigo, um companheiro e que decerto as nossas vidas serão mais completas se os tratarmos com o amor e respeito que merecem.
Autoria: Vanessa
Higiene Oral nos cães Tal como os seres humanos, os cães também sofrem de afecções orais, por este facto neste artigo vamos abordar 6 questões muito importantes para poder ter uma higiene oral saudável no seu amigo de 4 patas. 1- Como se desenvolvem os dentes? Os dentes de leite do cachorro (28 no total) são progressivamente substituídos pelos dentes definitos (42 dentes) a partir dos 4 meses. Cronologia de erupção dos dentes definitivos : Incisivos 4 a 5 meses Caninos 4 a 5 meses Pré-molares 4 a 5 meses Molares 5 a 7 meses
FIG.1
É frequente, principalmente nos cães de raça pequena, que um ou mais dentes de leite persistam, sendo necessário a sua extração. De facto, a persistência de um dente de leite pode, não só impedir a correcta erupção do dente definitivo, como também favorecer a acumulação de partículas alimentares e a consequente formação de tártaro. Mau Hálito
Correeia
da:
naturalmente presentes na cavidade oral, misturam-se com a saliva e com os detritos alimentares para formar, á superfície do dente, um biofilme: a placa dentária. Esta placa necessita de ser corada para ser observada, uma vez que é invisível á vista desarmada. Fase 2 - Tártaro: Visível Após a escovagem dos dentes, a placa dentária reaparece ao fim de 6 horas. Se esta placa não for removida (por uma escovagem diária), é mineralizada pelo cálcio salivar, o que leva á formação de tártaro, um depósito duro e acastanhado observado na superfície do dente. O tártaro não é removido com uma simples escovagem dos dentes, mas sim através de uma destartarização realizada pelo Médico Veterinário. O crescimento bacteriano causa a inflamação das gengivas (que ficam vermelhas e tumefactas). A gengivite, nome dado a esta inflamação, é responsável pela diminuição do apetite e pela dor sentida pelo animal durante a mastigação. O mau hálito resulta da libertação, por parte das bactérias, de compostos sulfurados voláteis com odor nauseabundo. Fase 3 - Mobilidade dentária Numa fase mais avançada, as bactérias alojam-se junto á raiz do dente e atacam o osso no qual o dente está implantado (osteólise). Nesta fase, o risco de formação de abcessos é considerável.
Um hálito desagradável pode ser resultado de várias causas e deve ser motivo para uma ida ao médico veterinário. Só um exame detalhado permite descobrir qual a origem exacta desta halitose: abcesso, doença periodontal, problemas digestivos, insuficiência renal, entre outros.
A Doença Periodontal é a junção das 3 fases: Fase 1 – Placa dentária, Fase 2 – Tártaro e gengivite e Fase 3 – Mobilidade dentária.
2-A placa dentária e o tártaro são visíveis a “olho nu”?
A doença periodontal é a afecção mais frequente diagnosticada nos animais de companhia. No entanto, um animal afectado pode não apresentar sintomatologia evidente.
Fase 1 - Placa dentária: Não visível Os micro-organismos (mais de 300 espécies de bactérias)
3- Quais as consequências da doença periodontal?
Fig. 1 Fig. 2
Primeiros sinais
Seu animal
- Mau hálito progressivo: As bactérias multiplicam-se e decompõem as proteínas alimentares, libertando compostos sulfurados voláteis, responsáveis por um hálito desagradável. - Salivação excessiva (hipersiália): um animal com doença periondontal produz uma grande quantidade de saliva. - Dificuldade em alimentar-se: as gengivas estão inflamadas e irritadas e os dentes estão mais sensíveis. A dor provocada pela mastigação impede o animal de se alimentar correctamente. Consequências - Descarnação, com eventual queda do dente: após a destuição do ligamento periodontal pelas bactérias da cavidade oral, os dentes deixam de estar fixos e podem inclusivamente cair. - Formação de abcessos: nos cães de raça pequena, a formação de abcessos juntos á raiz do dente pode levar á fractura da mandíbula. - Infecções secundárias de outros orgãos: o coração, os pulmões, or rins e o fígado podem ser infectados pela entrada das bactérias na circulação sanguínea.
4- Como e quando fazer uma destartarização? Tudo depende da fase em que a doença periodontal se encontra. Se apenas existir placa dentária, e se o animal colaborar, a escovagem diárias dos dentes, complementada com um alimento e ou brinquedo para a higiene oral pode ser suficiente. Procedimento a adoptar
FIG. 2
Numa fase mais avançada, apenas uma destartarização realizada sob anestesia permite remover o tártaro. O seu médico veterinário poderá informá-lo acerca da necessidade, altura ideal e método utilizado para destartarizar o
Intervenção sob anestesia A destartarização é um procedimento médico que deve ser realizado unicamente sob anestesia geral, para evitar qualquer sensação dolorosa e stress associados á utilização da máquina de ultra-sons. Todos os dentes são destartarizados, um a um, tanto na face interna, como na fase externa. Para finalizar a operação, normalmente procede-se ao polimento dos dentes que permite alisar todas as irregularidades existentes na sua superfície dificultando, assim, uma nova implantação bacteriana. A destartarização é, igualmente, o momento certo para proceder á remoção de qualuqer dente que se encontre descarnado e que apresente mobilidade Acompanhamento bucodentário Na altura da destartarização, o Médico Veterinário pode prescrever um tratamento e indicar quais os cuidados a ter com a higiene oral do animal, nomeadamente qual o alimento mais adequado. Ao remover a placa dentária regularmente, as medidas de higiene oral permitem evitar ou diminuir a formação de tártaro reduzindo, assim, a frequência das destartarizações. 5- Que cuidados de higiene oral se devem ter com o animal? Escovagem dos dentes Este método é o mais eficaz para lutar contra a placa dentária. Para os animais que já apresentem alguns indícios de doença periodontal, a escovagem diária é a única solução para limitar o desenvolvimento desta doença. Alimentação Já existem rações no mercados com diferentes formas e texturas do croquete já especificamente estudados para
aumentar o efeito de escovagem. Permite um efeito abrasivo suave no dente durante a mastigação. Esta acção permite desagregar a rede de bactérias que constitui a placa dentária. Por este motivo, e para conservar o seu efeito benéfico, é importante não humedecer os croquetes ou parti-los. Suplementos e barras dentárias No cão, uma barra dentária oferecida regularmente completa a eficácia da escovagem, graças ao efeito da mastigação prolongada que permite eficazmente a acumulação de placa dentária ou caso não seja possível realizar a escovagem (ausência de disponibilidade do proprietário, não cooperação do animal, etc). Brinquedos Existe no mercado variadíssimos brinquedos com resistências, formas, e características diferentes que ajudam á higiene dos dentes, bolas com dentes especiais que massajam as gengivas e faz efeito de escovagem nos dentes enquanto eles mordem e brincam. Por fim mas não por último… 6- Como escovar os dentes do seu canino? Escovar os dentes de um animal de estimação não é tarefa fácil, por este motivo recomenda-se que o habitue desde cedo a este ritual.
Comece o mais cedo possível Embora os dentes de leite sejam rapidamente substituídos pelos dentes definitivos, a sua escovagem frequente é importante porque permite que o animal se habitue a esse procedimento, tornando-o mais fácil de realizar após o aparecimento dos dentes definitos.
Alguns conselhos para realizar a escovagem dos dentes -Coloque-se preferencialmente ao lado e não á frente dele, - Posicione o animal o mais confortável possível, por exemplo, no seu colo - Escolha uma escova suave e com um tamanho adaptado ás mandíbulas do animal. - Utilize um dentífrico formulado especialmente para animais de companhia. - Espalhe o dentífrico e pressione-o para o interior das cerdas da escova para evitar que o animal o retire ao lamber. - Comece a escovagem de modo progressivo escovando alguns dentes de cada vez (de preferencia os molares e os pré-molares) depois aumente o número de dentes escovados em cada movimento. - Inicialmente pode ser difícil alcançar o interior da boca do animal. Neste caso escove apenas as faces externas dos dentes, especialmente ao longo das gengivas. Se o animal for cooperante, pode começar logo a escovar os dentes da região interior da boca. Depois da escovagem é importante recompensar o animal com algo que ele goste muito, um biscoito, uma barrita, um brinquedo, um passeio
Livro do trimestre | recomendado por Inês Pereiras
Título: Um amigo chamado Henry
Publicação: 2009
Autor: Nuala Gardner
Sinopse:
Editora: Casa das Letras
Quando Jamie e Nuala Gardner escolheram um cachorrinho para o filho Dale, não eram uma família como qualquer outra à procura de um animal de estimação. O autismo de Dale era tão profundo que o mais pequeno desvio à sua rotina podia provocarlhe um assustador acesso de fúria. A vida familiar fora praticamente devastada pela sua doença e os Gardner passavam a maior parte do tempo a tentar entrar no mundo autista do filho e dar-lhe o auxílio de que ele tanto precisava.
Porém, depois de anos de esforços constantes e progressos lentos, as suas vidas transformaram-se ao acolherem um novo membro na família, Henry, um cachorrinho golden retriever lindíssimo. Os laços criados entre Dale e o seu cão ajudaram finalmente os pais deste menino a atingir o objectivo quase milagroso que tanto haviam procurado e a proporcionar-lhe uma vida preenchida e feliz.
Autoria: Vanda
Botelho da
•Enriquecimento ambiental, o que é e para que serve?
Desde sempre que o Homem tem vindo a manter em cativeiro espécies exóticas por diversas razões, no entanto nos dias de hoje, a sua manutenção fora do seu habitat natural prende-se essencialmente, com a problemática da conservação de espécies em vias de extinção. A manutenção de animais selvagens em cativeiro traz inúmeros desafios, principalmente em relação ao seu bem-estar. Para evitar determinados comportamentos desviantes e anómalos melhorando o seu bem-estar em geral, houve, desde sempre, a necessidade de realizar intervenções no ambiente do recinto onde o animal está alojado. Estas intervenções são levadas a cabo através de um processo dinâmico que tem como objectivo estimular os comportamentos naturais de cada espécie.
•O enriquecimento ambiental integra 5 dimensões:
•O enriquecimento social Pensado de forma a respeitar os hábitos sociais da espécie, organizando os animais de acordo com as suas relações e hierarquias no meio natural.
•O enriquecimento alimentar Apostando na promoção da procura de alimento e caça, através da introdução de alimentos com maior ou menor grau de dificuldade de alcance, tal como aconteceria num habitat natural.
•O enriquecimento físico Encontra-se relacionado com as estruturas das instalações, bem como a locomoção dos animais. Utilizam-se cordas, lagos, redes, plataformas de madeira, tudo para tornar a instalação mais naturalista, de acordo com o habitat natural.
•O enriquecimento sensorial Tem como principal objectivo estimular os sentidos dos animais, oferecendo-lhes cheiros e texturas diferentes.
• O enriquecimento ocupacional Visa desenvolver cognitivamente o animal, despertando-lhe interesse e proporcionando-lhe ocupação para que se mantenha activo.
Os cães, apesar de animais domésticos, tal como os animais selvagens mantidos em cativeiro, também têm necessidades particulares. O dispêndio energético, tanto físico como mental são algumas das principais. É da responsabilidade do proprietário de um cão assegurar que as suas necessidades sejam sempre supridas.
Apesar de a maioria dos donos assegurar alimento, abrigo e afecto aos seus cães, a verdade é que existem outras tão importantes quanto estas últimas! Quando não são satisfeitas, é frequente o aparecimento de problemas comportamentais, fruto da falta de actividade física, mental e social. Entre vários problemas comportamentais em cães, os mais comuns são:
•Comportamentos estereotipados:
-O cão passa muito tempo a perseguir insectos, pássaros, a própria cauda e até sombras de uma forma compulsiva; -O cão lambe compulsivamente determinadas partes do corpo, geralmente as mãos e pés. Alguns lambem compulsivamente o próprio nariz; -O cão morde-se a si próprio até apresentar ferimentos consideráveis, geralmente nas almofadinhas plantares e às vezes na cauda. -Faz sempre a mesma trajectória, formando padrões de movimentação;
•Ansiedade de separação: -O cão destrói plantas, cava buracos no quintal, rói paredes, mastiga portas e pés de mesas e cadeiras, destrói sofás e colchões, etc…; -Late sem parar e sem motivo aparente, geralmente de forma cadenciada e constante; -A maior parte dos episódios ocorre na ausência dos proprietários; •Agressividade: -O cão desenvolve possessividade por um objecto, comida ou local em particular, não permitindo que outros cães ou pessoas se aproximem; -O cão demonstra sinais de agressividade quando se encontra com receio, ou lhe tocam em determinados locais do corpo ou simplesmente, quando a brincadeira com pessoas e/ou outros cães se torna muito intensa; Para evitar que surjam comportamentos anómalos e desviantes em cães, fruto da falta de actividade física e mental, Os donos de cães poderão recorrer às técnicas de enriquecimento ambiental. O principal objectivo será sempre manter o cão ocupado num ambiente apelativo que contribua para que o cão possa desenvolver e expressar os comportamentos naturais da sua espécie. Enquanto um cão estiver ocupado com actividades consideradas normais e saudáveis para a espécie canina, não incomodará pessoas nem destruirá a casa. Ocupá-lo é sempre a opção mais saudável comparativamente à opção de simplesmente impedi-lo de fazer o que ele quer.
•Como entreter um cão? É fácil entreter um cão durante a interacção entre este e o seu dono, actividades como passear, brincar com uma bola ou brincar com uma corda de tracção, são das actividades mais comuns. Mas poucos sabem como entretê-lo enquanto conversam com alguém, vêem televisão ou dão atenção a uma visita. O segredo consiste em planear e antecipar estes momentos, aplicando as várias técnicas de enriquecimento ambiental em todas as suas dimensões.
1- actividade física é fundamental! O passeio, no caso dos cães, poderá ser encarado como uma técnica de enriquecimento social, pois acaba por ser uma actividade partilhada com o seu dono (considerado pelo cão como um membro da sua matilha). É das actividades mais importantes na vida de um cão doméstico. Infelizmente, muitos proprietários não lhe dão a devida importância! A actividade física realizada durante um passeio estruturado e bem orientado tem inúmeros benefícios para um cão, nomeadamente: —A Diminuição dos níveis de ansiedade e hiperactividade; –A manutenção do peso corporal; –Excelente oportunidades de socialização intra e inter-espécie; —Contribui para a introdução de comandos básicos de obediência social. Para além do passeio, poderá ainda interagir com o seu cão, criando uma pista de obstáculos no jardim ou simplesmente brincar ao “busca”. Estas sessões podem de aproximadamente 30 – 40 minutos, com algumas pausas de descanso de 3 a 5 minutos, dependendo da motivação do cão para brincar e interagir com o dono. Se o dono planear uma sessão de actividade física antes de receber uma visita, com certeza o cão estará ocupado a descansar nas próximas horas. 2- À procura de comida… Uma forma de enriquecimento alimentar é a exploração das várias possibilidades de fornecer alimento a cães, criando diferentes rotinas de alimentação. A maior parte dos animais no seu habitat natural, passam grande parte do seu tempo à procura de alimento. Este comportamento é natural e saudável permitindo que estes desgastem alguma energia mental e física. Em alternativa ao habitual fornecimento de ração num comedouro, pode-se optar por oferecer o alimento de uma forma lúdica e divertida, mantendo o cão ocupado e prolongando o tempo de alimentação, proporcionando-lhe actividade física e mental. Existem no mercado vários artigos destinados a este efeito. Desde comedouros com diferentes formas passando por alguns artigos com formas redondas e ovais nos quais é possível introduzir ração no seu
Outra opção viável e económica para que o cão se mantenha ocupado durante bastante tempo, será fornecer pedaços de comida previamente cozidos ou até ração, no interior de um cubo de gelo. Não nos podemos ainda esquecer, que os cães canalizam grande parte do seu comportamento na sua boca, usando-a para morder, lamber, latir, etc… Por esta razão, para além da procura de alimento, será fundamental introduzir artigos próprios para roer interior.
3- Um espaço só para ele!
Uma forma de manter o seu cão ocupado através do enriquecimento físico, poderá ser a alteração do espaço destinado somente ao cão. A introdução de novos elementos estruturais, tais como: •Uma pequena piscina onde o cão possa refrescar-se no verão; •Uma rampa de acesso a um local mais elevado; •Um novo abrigo ou casota; •Um túnel ou outros obstáculos para o cão explorar; •Uma corda com um brinquedo ou pedaço de pneu pendurado; •Vegetação (não tóxica) que também lhe permitirá ter mais sombra no verão; São opções a que os donos de cães poderão recorrer facilmente. Com a introdução de novos elementos estruturais no espaço destinado ao cão, estará a oferecer a oportunidade para que este se mantenha entretido a explorar todas as novidades introduzidas. Outra opção também bastante útil, poderá ser a simples alteração da disposição dos objectos e estruturas já existentes no local. É importante referir que o enriquecimento físico pode ser aplicado em prática também em apartamentos, desde que exista uma varanda ou um quarto arejado com dimensões suficientes para criar um espaço somente destinado ao cão. Neste espaço podese também criar uma zona destinada somente às necessidades fisiológicas do cão, usando por exemplo, uma caixa de areia de dimensões adequadas ou, os mais actuais, tapetes de erva sintética com escorredor vendidos em várias lojas de animais para o efeito.
4- Não esquecer a diversidade de materiais O enriquecimento sensorial, é uma das dimensões do enriquecimento ambiental que se encontra intimamente ligado ao enriquecimento físico, sendo que o principal objectivo nesta dimensão será a introdução de elementos que estimulam os sentidos dos cães. Para atingir este objectivo, poderemos optar por usar materiais de várias texturas nas diferentes estruturas físicas que estão incluídas no no espaço destinado ao cão. Tais como: •Casota ou abrigo de madeira ou pedra; •Plataformas e passadeiras em metal; •Zona de brincadeira em relva artificial; •Zona para necessidades fisiológicas em gravilha ou areia; •Zona de repouso com um pequeno colchão ou tapete; •Zona de acesso à casa em mosaico; Com estas pequenas mudanças estaremos a disponibilizar diferentes tipos de pisos que naturalmente estimulam a sensação táctil do cão sempre que este se movimenta pelo espaço.
5- Escolher as ferramentas correctas! A capacidade mental do cão é estimulada por meio de jogos desenvolvidos especialmente para cães, estes jogos podem ser considerados ferramentas úteis a incluir nas técnicas de enriquecimento ocupacional. A maioria destes jogos estão relacionados também com o enriquecimento alimentar, visto que na sua maioria, incluirão sempre petiscos escondidos.
Existem no mercado várias opções, no entanto uma opção bem mais económica pode ser o uso de materiais resistentes para criar jogos para o seu cão.
•O papel do adestramento em obediência social! Apesar de o adestramento não ser considerado por alguns autores como uma técnica de enriquecimento ambiental propriamente dito, na verdade, é que muitos outros autores mais actuais consideram que poderá ser integrado em duas das dimensões de enriquecimento ambiental. Sendo considerado por alguns como uma técnica de enriquecimento cognitivo e social visto que, para além de ser uma interacção entre dono e cão, é também um momento de aprendizagem de novas respostas por parte do cão face a determinados estímulos. O adestramento em obediência social torna-se por isso fundamental! acima de tudo, porque é algo que contribui significativamente para uma forte relação entre cão e dono, melhorando a eficácia da comunicação entre ambos.
•A importância da disciplina Para além do adestramento em obediência social, o dono deve manter-se consciente que o cão necessita de disciplina. Estabelecer regras e limites ao seu cão desde tenra idade, contribuirá para que o cão venha a associar facilmente quais os comportamentos que deve oferecer em determinadas situações, evitando incidentes desagradáveis em locais públicos que o dono e cão frequentem diariamente, bem como incidentes no interior da sua própria casa.
•Organize-se! A maior parte das pessoas proprietárias de cães, principalmente aquelas cuja residência se encontra em meios urbanos, acha difícil manter uma rotina com tantas actividades e/ou novidades para o seu cão. Na verdade, a tão célebre e conhecida expressão: “falta de tempo” nada mais é do que falta de organização, motivação e disciplina! A partir do momento em que decide coabitar com um cão ou outro animal de qualquer espécie domestica, passa a ser responsável pelo seu bem-estar. Certificar-se que consegue satisfazer as suas necessidades é fundamental. A gestão de tempo bem como a motivação e a manutenção da disciplina em relação aos horários e rotina, são fundamentais para que possa desfrutar da companhia do seu cão da melhor forma possível. Não se centre somente nas suas necessidades, e lembre-se de que o seu cão só está consigo porque assumiu a responsabilidade e tomou a decisão de tratar dele! Seja realista em relação às condições e disponibilidade de tempo que pode oferecer à sua mascote, caso não possua o requisitos necessários para supriras necessidades de um cão, então adquirir ou adoptar não será uma opção válida para si!
•Ser um dono responsável é garantir ao seu cão: -Uma adequada sociabilização; -Adestramento em obediência social; -Disciplinar o seu comportamento face a outros cães e pessoas; -Disciplinar o seu comportamento em locais públicos; -Garantir que a disciplina e o adestramento são cumpridos por todos os membros da família; -Garantir que a disciplina e o adestramento não são impostos com recurso à violência.
O comportamento do seu cão espelha a sua personalidade!
Autoria: SĂlvio
Pereira do
Será que eles sentem culpa? | por Sílvio Pereira
Quantas vezes ouvimos os donos de cães dizer coisas como: “o meu cão sabe quando faz algo de mal, vem ter comigo com cara de culpa”, será que realmente isso é verdade? Os nossos cães na realidade têm sentimentos de culpa? Foi para esclarecer este mito que a Psicóloga e investigadora da Barnard College de Nova Iorque Alexandra Horowitz dedicou alguma da sua investigação. Ao criar condições em que o proprietário estava mal informado sobre do seu cão havia cometido alguma infração, ela consegui descobrir as origens da “cara de culpa” dos cães. Horowitz mostrou que a tendência humana em atribuir culpa ao olhar de um cão não se deve ao facto de ele ser realmente culpado. Em vez disso, as pessoas vêm esse sentimento quando simplesmente acreditam que o cão fez algo que não deveria ter feito, mesmo se ele for inocente. Durante os estudo, os proprietários de 14 cães foram convidados a deixarem uma sala após ordenarem aos animais para não comerem um determinado alimento. Enquanto o dono estava ausente, Horowitz deu a alguns dos cães esse alimento proibido antes de pedir aos proprietários que voltassem para a sala. Em certos casos, eles foram informados que o animal havia comido o alimento, noutros receberam a informação de que o cão se havia comportado de forma adequada. Porém, isso nem sempre correspondia à verdadeira situação. Ou seja, o “olhar de culpa” dos cães pouco ou nada tem a ver com o facto de serem realmente culpados. Na verdade, os que foram obedientes e não comeram, mas que haviam sido repreendidos pelos seus (desinformados) donos, pareciam mais “culpados” do que aqueles que tinham, de facto, comido o petisco. A cara de culpa funciona como uma resposta ao comportamento do dono, e não necessariamente um indicativo de qualquer julgamento dos próprios erros caninos. Este estudo lançou uma nova luz sobre o antropomorfismo – tendência natural do ser humano em comparar o comportamento animal com o comportamento humano e se existe alguma semelhança superficial entre eles. Isso inclui a atribuição de emoções de ordem superior como a culpa, ou o remorso, para o animal, mesmo que este não esteja com esses sentimentos, segundo Horowitz. O estudo é uma demonstração da necessidade de projectos experimentais cuidadosos se quisermos compreender a relação cão-humano e não apenas afirmar os nossos preconceitos naturais sobre o comportamento animal.
Figura 1: Microchip V.S. grão de arroz
Autoria: Ricardo
Duarte
Certamente muitos de vós já ouviram falar da implantação de um microchip nos nossos amigos patudos, mas o que é realmente o microchip canino e para que serve? Será incómodo ou poderá causar algum tipo de problemas de saúde ao vosso amiguinho? Neste artigo vamos tentar explicar e desmistificar um pouco este assunto. Já imaginaram um passeio pelo parque com o vosso patinhas e de repente quando menos esperam ele corre atrás de algo e desaparece… procuram-no mas não o encontram… Pois é, este tipo de situações é mais frequente do que possam pensar. Nestes casos o microchip pode apresentar-se como uma ajuda preciosa para a recuperação do vosso amiguinho. Mas então o que é o microchip? O microchip é acima de tudo o bilhete de identidade do vosso patinhas. Trata-se de um microcircuito eletrónico do tamanho de um grão de arroz (cerca de 12mmx2mm) com o seu próprio código de registo e que é colocado na face lateral esquerda do pescoço do seu cão através de uma injeção subcutânea. Esta injecção, embora seja feita com uma seringa de agulha ligeiramente maior do que o normal não causa qualquer tipo de dor extra ao animal, não existindo a necessidade de anestesiar o patinhas. Ao colocar o microchip, o veterinário vai enviar também a informação sobre o cão (nome e morada) para uma base de dados nacional (SIRA) que poderá ser consultada por qualquer veterinário. A lei portuguesa exige, desde 1 de Julho de 2008, que todos os cães nascidos após esta data possuam tal identificação sendo uma das principais medidas tomadas pelo governo para prevenir a perda, abandono e o roubo de animais.
encapsulado em vidro cirúrgico biocompatível, de forma a prevenir qualquer tipo de reação alérgica ou inflamatória. Este componente é também envolvido numa substancia que evita que o microchip se desloque dentro do corpo do patinhas. Sem qualquer tipo de bateria integrada, o microchip permanece inativo a maior parte do tempo, não emitindo qualquer tipo de sinal ou radiação, e sendo apenas ativado na altura em que recebe o sinal enviado pelo leitor de microchips (Figura 2 e 3). A durabilidade deste então não está dependente de qualquer tipo de recarga e como tal estima-se que a sua durabilidade seja de cerca de 100 anos que corresponde ao tempo de degradação do biovidro utilizado para encapsular o microchip. Resumindo, a utilização do microchip é essencial por duas razões principais: O microchip proporciona maior facilidade em encontrar o seu cão caso este se perca ou seja roubado; Não necessita de qualquer tipo de manutenção e não provoca qualquer tipo de desconforto ou problemas de saúde ao animal.
Figura 2: Seringa, microchip e scan de leitura do chip
Embora o microchip possa ser colocado após as 2 primeiras semanas de vida do cachorro, normalmente este é apenas ministrado conjuntamente com o terceiro “cocktail de vacinas” aos 3 meses de idade. Ao contrário do que possam pensar este objeto não causa qualquer desconforto ao animal não apresentando também qualquer tipo de risco para o cachorro. O microchip é inerte e está Figura 3: Procedimento de leitura do microchip
Autoria: Nídia
Rodrigue
Enquanto voluntária numa associação de animais abandonados, venho aqui contar um pouco da minha experiência.
vamos aprendendo a ler no seu olhar. Tanta excitação por verem pessoas novas! Tudo saltava e ladrava! Uns mais efusivos, outros mais recatados, muitos curiosos. Tantos olhos postos em nós.
No primeiro dia em que entrei no canil senti um misto de emoções. Entusiasmo, por começar a fazer voluntariado, e algum choque, porque por mais que pudesse imaginar como seria, nunca estamos preparados.
Distribuídos por várias zonas, havia muito mais cães. Todos diferentes mas em comum o abandono, o esquecimento. Estavam "a mais" nalgum sítio e ali foram parar.
Fui com um grupo de amigos e logo antes de chegarmos à porta já se sentia aquele odor forte e ácido que quase faz arder os olhos. Mais tarde, foi algo a que nos habituámos, tal como a roupa suja de fezes, urina, por vezes até sangue. Não é fácil de início, mas chega uma altura que já nem pensamos nisso. Foi uma surpresa ver que os cães estavam todos visivelmente bem tratados, sem sinais de magreza nem doença na sua maioria, tendo em conta as péssimas condições do canil. De uma forma geral pareciam cães comuns, que podiam ser de qualquer um de nós. Mas, com o tempo,
As condições do canil eram terríveis, buracos no chão por onde andam ratazanas, abrigos partidos e remendados onde entra a chuva, uma fossa constantemente cheia e entupida, portões corroídos pela ferrugem, redes metálicas retorcidas e partidas, paredes cobertas pela humidade e sujidade. Os voluntários e os tratadores tentam manter as zonas minimamente limpas, mas com tantos animais e com estas condições é uma tarefa ingrata tentar dar algum conforto e bem-estar a estes cães. Munidos de galochas e roupas impermeaveis, pás, vassouras e muita vontade, os voluntários fazem o que
es
muitos se recusaram. Cuidar dos animais, distribuir ração e água fresca, dar medicação, limpar, brincar e acarinhar, ajudar em tudo o que for necessário. Alguns cães vão partindo, porque são finalmente adoptados ou porque chegaram ao final da sua vida, mas outros tantos vão entrando. O canil deveria ser um abrigo temporário mas para muitos infelizmente não o é. A melhor parte do trabalho são os passeios, as brincadeiras, os mimos. Vê-los felizes a brincar nas poças de água, a correr, para que possam ter um bocadinho daquilo que os nossos têm, nas nossas casas. A distribuição de biscoitos e mantinhas no Natal é uma alegria! Ficam tão contentes com tão pouco e agradecem-nos sempre, cada um à sua maneira. Mas dói... dói sair de lá e deixá-los para trás, dói não poder fazer mais, dói o sentimento de incapacidade e impotência perante determinadas situações. Muitas vezes saímos de lágrimas nos olhos e com um nó na garganta. O choque de estar num canil é brutal para alguns cães que não se adaptam. Alguns parece que desistem mesmo de viver. As adopções têm sempre um sabor agridoce. Nenhum merece viver num canil, mas a verdade é que todos eles são um pouco de nós e nós deles. Quando há uma adopção o sentimento é de alívio e felicidade por sabermos que vai ter uma casa e a família a que têm direito. Fica para trás a saudade e a recordação dos momentos que passou conosco, daquele passeio, aquele carinho, do seu olhar. Revoltante é quando alguns voltam passados dias, meses ou anos. Porque não se adaptaram, porque os humanos esperavam mais deles, porque fazem as necessidades fora do sítio, porque vai haver uma mudança de casa, a família aumentou, porque as condições de vida se alteraram. Para algumas pessoas a solução é "despejar" o cão no canil novamente porque se tornou um "empecilho". Em alguns casos este ciclo repete-se várias vezes, tornando, consequentemente, ainda mais difícil o processo de adopção e adaptação desse cão que já foi abandonado tantas vezes e perde toda a confiança nas pessoas. São tratados como coisas que se compram, trocam e devolvem. Ser voluntário é gratificante, mas também revoltante quando nós percebemos que muitas vezes não se faz mais porque não se quer, porque existem outros interesses envolvidos nos canis, nas associações em geral. Por vezes quem devia proteger os animais que tem a seu
cargo, é quem os prejudica também. Anualmente são abandonados centenas ou milhares de animais domésticos, muitos desses encontram-se em canis municipais, muitos ainda com política de abate, em associações, FAT‘s, etc. Outros vivem na rua, sobrevivem com a ajuda de alguns amigos dos animais ou daquilo que encontram, ficam doentes, feridos e morrem sozinhos. Antes de adoptarmos/comprarmos um cão ou gato, devemos pensar seriamente se estamos dispostos a nos responsabilizarmos por ele para o resto da sua vida, independentemente das circunstâncias.
Fotos gentilmente cedidas por:
Living With Wolves
Grupo Lobo
Cรฃes & Lobos
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Cรฃes & Lobos
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Espaço dedicado à divulgação das actividades do “Adestramento Positivo Project” iniciativa criada e dinamizada pelo Dep. de Divulgação, em estreita colaboração com Dep. de Formação do CCVL, com o objectivo de divulgar e difundir o ensino animal sem castigos, cujo lema é:
O Projecto A convite do CCVL, três adestradores formados pelo Dep. de Formação do Centro Canino Vale de Lobos, decidiram unir-se para criar o presente "Adestramento Positivo Project". As Adestradoras Tânia Carvalho da TC-Treino Canino, Ana Bártolo e o Adestrador Francisco Barata da Oficina dos Cães, mais tarde entraram Vanda Botelho e Ricardo Pinto da Ativanimal e mais recentemente Andreia Lauro da Dog Instinct com o apoio técnico e logístico do Centro Canino de Vale de Lobos, acharam que o panorama do ensino canino em Portugal não reflectia o que já se fazia nesta área por essa Europa fora. As suas formações tiveram como suporte o adestramento científico baseado no condicionamento operante com a apresentação de um estímulo agradável e o que acontece é que os métodos tradicionais da obrigação, da subjugação e dos castigos físicos e psíquicos ainda é o mais utilizado no nosso país o que é totalmente errado e retrógrado. A ciência já nos permite ensinar animais sem recorrer a esses métodos, e são essas evoluções da ciência da aprendizagem que este projecto pretende divulgar e difundir. A particularidade deste projecto está em que todos os profissionais que o compõem terem feito a sua formação cinotécnica no Centro Canino de Vale de Lobos - Cursos de Formação Canina
Durante os Ăşltimos 3 meses foram estabelecidas uma sĂŠrie de parcerias com diversas entidades do universo canino
Organização: Francisco Barata
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Veja uma reportagem fotogrรกfica deste evento em: http://www.approject.pt/#!dia-mundial-do-animal-2014/clmv
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Formamos: Cães & Lobos
Edição Nº 1
Profissionais competentes... Departamento de Formação do:
CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS
Presencial Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente.
Primeiro curso administrado em Portugal com base nas últimas investigações Estrutura Programática do Curso
Módulo 1
(teórico)
1.1 CONHECER O CÃO 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.1.6
Conhecer como funciona um cão O Carácter num cão O Temperamento num cão A Comunicação canina Os Instintos Básicos caninos Conhecer o cão que se vai adestrar
1.2 MÉTODOS DE ADESTRAMENTO 1.2.1 Métodos de Adestramento 1.2.2 Traçar objetivos 1.2.3 Escolher o melhor método de Adestramento 1.2.3.1 Em função do cão 1.2.3.2 Em função do dono 1.2.3.3 Em função dos objetivos 1.2.4 As várias fases do Adestramento
Módulo 2
(prático)
2.1 O ADESTRAMENTO EM OBEDIÊNCIA SOCIAL 2.1.1 Material de adestramento 2.1.1.1 Material de contenção 2.1.1.2 Material de assistência 2.1.1.3 Material didático 2.1.2 Postura corporal do adestrador 2.1.3 Desenvolvimento da motivação do cão 2.1.4 Condicionamento e aquisição de hábito 2.1.5 Exercícios de Obediência Básica 2.1.5.1 Exercício de andar ao lado 2.1.5.2 Exercício de sentar 2.1.5.3 Exercício de deitar 2.1.5.4 Exercício de deitar e ficar quieto 2.1.5.5 Exercício de chamada
2.2 SOCIABILIZAÇÃO 1.3 CONDICIONAMENTO OPERANTE 1.3.1 1.3.2 1.3.3
Definição O que é o Clicker O treino com Clicker
2.2.1 Sociabilização intraespecífica 2.2.2 Sociabilização interespecífica
… e donos responsáveis! Página 1
Formamos: Cães Cães & & Lobos Lobos
Entrevista
Edição Edição Nº Nº 1 4
Profissionais competentes... Departamento de Formação do:
CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS Módulo 3
(prático)
3.1 ADESTRAMENTO EM GUARDA E DEFESA 3.1.1 Determinar as aptidões do cão 3.1.2 O Figurante (Homem de ataque) 3.1.2.1 Vestuário 3.1.2.2 Equipamento 3.1.2.3 Formação 3.1.3 O trabalho de motivação 3.1.4 O treino técnico das mordidas 3.1.5 O treino da inibição da mordida (larga) 3.1.6 O treino da fuga do figurante 3.1.7 O treino da busca do figurante 3.1.8 O treino do ataque surpresa ao guia 3.1.9 O treino do ataque longo
Módulo 4
(teórico)
4.1 COMPORTAMENTOS ANÓMALOS E DESVIANTES 4.1.1 Agressividades 4.1.1.1 Definição e tipologias
4.1.2 Micção ou defecação inadequadas 4.1.2.1 Definição 4.1.2.2 Tratamento 4.1.3 Ansiedade por separação 4.1.3.1 Definição 4.1.3.2 Tratamento 4.1.4 Fobias 4.1.4.1 Definição 4.1.4.2 Tratamento 4.1.5 Manias Maternais 4.1.5.1 Definição 4.1.5.2 Tratamento 4.1.6 Hiperatividade e hiperexceptibilidade 4.1.6.1 Definição 4.1.6.2 Tratamento 4.1.7 Comportamentos estereotipados 4.1.7.1 Definição 4.1.7.2 Tratamento 4.1.8 Ingestão Inadequada 4.1.8.1 Alimentação Estranha 4.1.8.2 Coprofagia 4.1.8.3 Objetos 4.1.9 Síndrome de Disfunção Cognitiva
Curso intensivo de formação de monitores de adestramento científico canino (presencial) Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente Características do Curso Tipo de Curso: Curso presencial ministrado em sistema intensivo de 15 dias de duração, com uma carga horária lectiva diária de 4 horas, incluindo as componentes prática e teórica. Início do Curso: A combinar com o formando Local das Aulas: Campo de Trabalho do Centro Canino de Vale Lobos – Vale de Lobos - Sintra Método de Ensino: Científico Quantidade de Alunos por Curso: 1 Documento fim de Curso: Certificado com informação detalhada sobre as avaliações intercalares e finais e matéria leccionada
Estrutura Programática do Curso Módulo 1
(teórico)
Módulo 2
(prático)
Do Curso de duração normal
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www.facebook.com/doginstinctpt
www.ativanimal.com
Propriedade:
Cães & Lobos Nº 12
Centro Canino de Vale de Lobos www.ccvlonline.com contacto@ccvlonline.com
Edição: Dep. Divulgação do CCVL http://Comportamentocanino.blogspot.com
Revista Digital de Cães e Lobos
Colaboradoraram nesta edição:
Editor: Sílvio Pereira sp@ccvlonline.com Colaboraram nesta Edição: Andreia Lauro, Francisco Barata, Inês Pereira, Karin Medeiros, Maria Céu Martins, Nídia Rodrigues, Ricardo Duarte, Vanda Botelho, Vanessa Correia Paginação e execução gráfica: Sílvio Pereira Nota: Todo o material publicado nesta edição é da exclusiva responsabilidade dos seus autores. _________________________ Página web: http://revistacaeselobos.weebly.com revista.caeselobos@ccvlonline.com
Andreia Lauro andreiaplauro@gmail.com
Francisco Barata francisco.m.barata@gmail.com
Inês Pereira marta.ines.santos.pereira@gmail.com
Karin Medeiros pirakarin@gmail.com
Maria do Céu Martins mcmterapiabowen@gmail.com
Nídia Rodrigues nidiaaprodrigues@hotmail.com
Ricardo Duarte r_duarte_9@hotmail.com
Vanda Botelho vandabotelho80@gmail.com
Vanessa Correia vanessa_correia_sb@hotmail.com
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Formamos:
Profissionais competentes... Departamento de Formação do:
Curso destinado a todos os proprietários que queiram adestrar os seus cães em casa (portanto, no seu território) evitando assim as sempre stressantes e por vezes traumatizantes idas às escolas de treino canino. Características do Curso Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: De 2 a 4 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do aluno). A quem é dirigido este Curso: Com este Curso o dono dispensa as sempre angustiantes e traumáticas idas às escolas de treino, uma vez que o cão aprende no seu próprio território, portanto, qualquer pessoa está em condições de frequentar este curso , a única limitação prende-se com a obrigatoriedade de possuir um cão (seja ele de que raça for) uma vez que numa das fases do Curso terá que aplicar na prática, as técnicas que vão sendo estudadas. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/teórica e conhecimento profundo do aspeto funcional do cão, assim como uma identificação da interação dos mecanismos da aprendizagem com os vários tipos de condicionamento. No aspeto prático adquire-se um conhecimento básico dos princípios gerais do Condicionamento Operante assim como a utilização do clicker como instrumento fundamental no moderno treino científico canino. Resumindo, o formando fica perfeitamente preparado não só para poder treinar o seu cão positivamente mas também para compreender a sua linguagem, o seu carácter, a sua personalidade e o seu temperamento.
Estrutura Programática (resumida) Módulo 1 (teórico) 1ª Parte - Conhecer o Aspeto Funcional do Cão 2ª Parte - O Carácter e o Temperamento num Cão 3ª Parte - A Comunicação Canina 4ª parte - Os Instintos 5ª Parte - Condicionamento Operante 6ª parte - Descobrir o Clicker
Módulo 2 (prático) 7ª Parte - O Adestramento em Obediência Social 8ª Parte - Motivar e Condicionar o Cão 9ª parte - Exercícios de Obediência Básica 10ª Parte - Sociabilização
http://formacaoccvl.weebly.com/curso-on-line-de-adestramento-positivo-canino.html
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Formamos:
Profissionais competentes... Departamento de Formação do: CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS
Características do Curso Objetivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre a identificação, diagnóstico, tratamento e prevenção dos Comportamentos anómalos, desviantes e patológicos dos cães que vivem integrados na sociedade humana. É um Curso abrangente uma vez que é transversal a todos os Problemas Comportamentais dos canídeos domésticos. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 3 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Adestradores Caninos que sentem dificuldades na interpretação e tratamento destas patologias cada vez mais presentes na interação dos cães com os seus donos e o meio envolvente. Mas também a todos os interessados na temática do Comportamento Canino e nas alterações causadas por via da domesticação. Perspetival de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de interpretação, diagnóstico, tratamento e prevenção das Patologias do Comportamento. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, resolver todos os problemas ligados à área Comportamental.
Estrutura Programática do Curso Tema 1 - Como Funciona um Cão Tema 2 - O Carácter Tema 3 - O Temperamento Tema 4 - A Comunicação Canina Tema 5 - Os Instintos Básicos de Sobrevivência Tema 6 - Os Condicionamentos Tema 7 - As Agressividades Tema 8 - Ansiedade por Separação
(Resumido)
Tema 9 - Síndrome de Disfunção Cognitiva Tema 10 - Fobias Tema 11 - Manias Maternais Tema 12 - Hiperatividade e Hiperexcitabilidade Tema 13 - Comportamentos estereotipados Tema 14 - Ingestão Inadequada Tema 15 - Eliminação Inadequada
http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html
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