Nº 10 - 2º Trimestre 2014

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Nº 10 – 2º Trimestre de 2014

Revista Digital de Cães e Lobos

Uma Edição do Departamento de Divulgação do:

Centro Canino de Vale de Lobos

Etologia • Comportamento • Educação • Adestramento Convivência • Psicologia • Veterinária • Estética

Artigos - Notícias - Reportagens - Curiosidades


Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Curso destinado a todos os criadores, ou potenciais criadores caninos. Características do Curso Objectivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre Criação Canina, todos os criadores, ou que pretendam vir a sê-lo, na medida em que, este Curso abarca toda esta temática, desde os conceitos de Genética Canina até à entrega do cachorro ao futuro dono. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 6 meses ou 500 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Criadores Caninos que sintam algumas lacunas no seu conhecimento acerca dos Temas propostos no mesmo. É igualmente dirigido a todos aqueles que pretendam iniciar esta apaixonante e nobre atividade que é a Criação Canina. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de Criação Canina. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, Criar cães, uma vez que está na posse de formação técnica e científica específica necessária para o fazer.

Estrutura Programática (Resumida) Tema 1 - A Genética Canina Tema 2 - O Período Reprodutivo Tema 3 - A Reprodução Tema 4 - A Gestação Tema 5 - A Patologia da Reprodução Tema 6 - A Alimentação da Cadela gestante Tema 7 - O Parto Tema 8 - A Amamentação Tema 9 - O Desmame Tema 10 - Primeiras etapas do desenvolvimento do Cachorro Tema 11 - Enfermidades do Período neonatal Tema 12 - O Crescimento do cachorro Tema 13 - Desparasitação e Vacinação dos Cachorros Tema 14 - A entrega dos Cachorros Tema 15 - Identificação e Registo dos Cachorros

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… e donos responsáveis!


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Edição Nº 10

Editorial Mais um trimestre e mais um número da nossa revista publicado. Está um pouco mais pequena que as anteriores devido ao facto de não termos recebido a colaboração de algumas pessoas que habitualmente nos prestavam os seus apoios. A continuar assim, iremos equacionar se vale a pena ou não manter este projecto. De qualquer das formas, queria agradecer a todas as pessoas que trabalharam para este número, principalmente à Anabela Guerreiro e à Vanessa Correia que desde o primeiro momento foram enviando regularmente os seus trabalhos e têm colaborado com estoicismo para que este projecto se mantenha de pé, e foi fundamentalmente por respeito a elas e ao seu abnegado trabalho que não decidi terminar por aqui a publicação da revista. Espero que no próximo número haja mais empenho de todos para que possamos, juntos, continuar e respeitar os nossos leitores que já se fidelizaram com a nossa revista e que são já cerca de 6000 por cada número. Desta vez publiquei dois artigos de fundo de Etologia, da minha autoria, e que, devido à sua importância e actualidade, decidi escreve-los: a adolescência canina, período tão importante na vidas dos nossos cães e que é tão negligenciado por todos nós. Defini também as diferenças entre os cães criados para companhia e para trabalho. A Anabela abordou de forma muito consistente alguns comportamentos anómalos dos nossos cães como são os casos dos medos, das fobias e da ansiedade que eles por vezes apresentam. A Vanessa desta vez explicou-nos e identificou-nos os tipos de sarnas que podem assolar os nossos animais. A Inês falou-nos do relacionamento entre as crianças e os cães e o perigo que pode ser deixa-los sozinhos. Por fim, a Karin Pirá, nossa colaboradora habitual do país irmão, o Brasil, apresentou um trabalho muito interessante fazendo uma comparação entre a psicologia canina e a humana. Tivemos também as habituais notícias compiladas pela Anabela Guerreiro, o livro recomendado pela Inês Pereira e a capa deste número foi feita pela nossa nova colaboradora, a Tânia Miranda Boas Leituras.

2 A adolescência Canina (Sílvio Pereira) 6 Medos, Fobias e Ansiedade nos cães (Anabela Guerreiro) 10 Sarnas (Vanessa Correia) 12 Cães e Crianças (Inês Pereira) 13 Psicologia Canina x Psicologia Humana (Karin Pirá)

Sílvio Pereira

Navegue connosco nas ondas da web Revista Cães & Lobos http://revistacaeselobos.weebly.com Centro Canino de Vale de Lobos www.ccvlonline.com Departamento de Formação do CCVL http://formacaoccvl.weebly.com Departamento de Divulgação do CCVL Blogue: http://comportamento-canino.blospot.com Fórum: http://comportamento-canino.forumotion.net www.facebook.com/ccvlobos Página 1

18 Cão de Companhia vs. Cão de Trabalho (Sílvio Pereira

19 - Notícias CCVL 20 - Notícias 21 - Livro recomendado


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Etologia

Como nos humanos, os cães também passam por um período similar à nossa adolescência que no caso deles tem o nome de “período juvenil”. Também como nos humanos, este período tem como principal finalidade a afirmação e integração do cachorro no seio da matilha (família) onde estão inseridos, com todas as consequências, positivas e negativas, que daí advêm. Inicia-se com o final do período crítico ou de socialização, entre os 3 e os 4 meses, e termina em plena fase de maturação sexual, por volta dos 12 meses. Um dos principais objectivos da posse de um cão e, para que ele os cumpra, é que seja amistoso, confiante, dócil e obediente de forma que sejamos capazes de resolver os problemas que podem influenciar os seus comportamentos e o seu adestramento durante a sua juventude, e que ele possa enfrentar a imensa convulsão social a que os cães, sobretudo os machos, têm que fazer frente quando entram na sua “adolescência”. É muito mais fácil entrarmos nesta idade canina com um cão correctamente socializado e bem educado, o que não quer dizer que este trabalho de fundo não continue durante o período juvenil, apesar de poder ser uma tarefa difícil senão se souber como a enfrentar, e é essa a finalidade deste artigo: ajudar os adestradores e, fundamentalmente os donos, a superar esta fase bastante critica do comportamento social dos cães.

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Mudanças de comportamento durante a adolescência O comportamento está continuamente a mudar, umas vezes para melhor e outras para pior. Existem muito mais probabilidades de tudo correr bem se trabalharmos de forma recorrente com o nosso cão adolescente, mas de certeza que existem muito mais hipóteses de tudo correr mal se definitivamente nada fizermos. Nesta altura das suas vidas, tanto o seu comportamento como o seu carácter tendem a estabilizar (para o bem e para o mal) e para que se alcance esse equilíbrio benéfico só é necessário que o dono tenha o cuidado de gerir esta etapa da vida do seu cão de forma a que o animal, através de experiências positivas, aprenda a conduta que deve apresentar para que a inserção na estrutura familiar seja amais correta. Pelo contrário, se não existir o cuidado de acompanhar este período da vida do animal de forma assertiva, poderse-á no futuro não conseguir controlar as situações, podendo como consequência haver mudanças catastróficas que serão projectadas no seu carácter e, por arrasto, no seu comportamento futuro. Mesmo depois de ultrapassada esta fase e o animal alcance a sua maturidade social, devemos continuar atentos à aparição de comportamentos não desejados, que devem ser de imediato eliminados antes que se convertam em hábitos difíceis de erradicar. A adolescência dos cães é a etapa em que tudo pode começar a desmoronar-se a não ser que se faça um esforço coordenado, se for caso disso com o adestrador, para a superar e alcançar a estabilidade da idade adulta. É, como a anterior, uma etapa critica e se é ignorada nesta altura a sua educação, iremos dar-nos conta que vivemos com um cão com maus hábitos, pouco familiarizado e, quiçá, altamente hiperactivo e descontrolado com todas as consequências desagradáveis que daí advêm.


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A hierarquização como factor de integração na família humana Esta é a melhor altura da vida de um cão para que desenvolva as suas capacidades de adaptação ao meio ambiente em que vive, de hierarquização e de discriminação das características presentes no seu mapa filogenético. Dito de uma forma mais abrangente é neste período da vida dos cães que são desenvolvidos intrinsecamente os conceitos de hierarquia: liderança e submissão sem que esta seja sinónimo de subjugação. Como o leitor já deve ter reparado, não utilizamos aqui o termo dominância porque, como já afirmámos em artigos anteriores, esse é um conceito errado que não é aplicado aos cães na sua convivência com os humanos. O dono deve aproveitar esta altura para mostrar ao cão que está inserido numa estrutura social em que as regras são ditadas e impostas pelo elemento humano do grupo e, como tal, para que tudo decorra correctamente e sem grandes contratempos de percurso, só tem que as aceitar e seguir. Para que isso aconteça, o dono, ajudado pelo adestrador, deve tomar algumas atitudes que induzem no cão que este não necessita de disputar a liderança no grupo porque esta posição já está ocupada pelo elemento humano e de que forma é que nós vamos dizer isso mesmo ao cão? Através de uma atitude coerente, recorrendo a descriminações positivas e negativas das condutas do animal (recompensando as boas e ignorando as más), interagindo com o animal e aproveitar os passeios para fomentar essa ligação através de brincadeiras controladas, sem excessos para evitar condutas de hiperactividade, ao mesmo tempo que, subtilmente, se começará a introduzir alguns exercícios de obediência básica. Ignorar os pedidos constantes de atenção por parte do cão; somos nós que decidimos quando e em que contexto o animal terá a nossa atenção com o objectivo fundamental de prevenir os saltos constantes e a colocação das patas no nosso peito, assim como os irritantes ladridos típicos de pedido de atenção. A refeição e a importância que esta tem para a sobrevivência dos animais, também deve ser aproveitada para o estabelecimento e reforço da hierarquia através de processos simples, tais como, a hora, o local e o recipiente da refeição devem ser sempre os mesmos, o animal tem que fazer sempre qualquer coisa de positivo para que possa começar a comer, como sentar-se, por exemplo, todos os elementos humanos da residência devem poder mexer na comida e retirá-la, se for caso disso, enquanto o cão se está a alimentar, sem que este manifeste nenhuma atitude agressiva.

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O que se pode e deve fazer nesta fase O início desta fase é altura óptima para se começar, além do estabelecimento da hierarquia, alguns processos de modificação de conduta, tais como: · Criar associações na cabeça e nos hábitos dos cães como sejam, por exemplo, o trabalho do condicionamento clássico em que de um estímulo previamente condicionado obtemos uma resposta também condicionada. Poderemos assim, fazer com que o cão dê uma extrema importância ao ouvir o barulho de um clicker, por exemplo, e essa associação vai ser de extrema importância no futuro, durante os trabalhos de aquisição de hábitos nos exercícios de obediência básica; · Ensinar, de forma assertiva e sem recorrer a castigos físicos, que o seu comportamento tem sempre uma consequência – positiva se é o desejado, através de recompensas, ou negativa se não foi o solicitado, através da inibição da recompensa ou do acto de ignorar o cão. A este processo de criação de associações foi dado o nome de Condicionamento Operante porque opera sempre sobre o comportamento do cão e as consequências que este produz; · Se na altura devida não foi efectuada, podemos ainda, nesta fase, proceder ao ensino da inibição de mordida. É sempre muito desagradável e motivo de algum distanciamento e pretexto para não se interagir com um cão o facto de este, recorrente e inconscientemente, por não lhe ter sido ensinado que deve abrandara pressão que coloca nas mandíbulas quando em contacto com a nossa pele, mordiscar as mãos e os braços dos donos. É um processo simples, fácil e rápido de se “dizer” ao cão que, se não nos tocar com os dentes quando estamos a brincar, essa brincadeira poder-se-á tornar muito agradável e estimulante. Os

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· É o período ideal para se iniciarem os trabalhos de adestramento em obediência básica e social. É nesta altura que as brincadeiras lúdicas e inconsequentes se transformam, subtilmente, em algo com algum conteúdo e utilidade para a convivência com o grupo humano, e não só, da sua matilha. Através de processos que utilizam os instintos e os reflexos do cão podemos potenciá-los, transformá-los e canaliza-los para os objectivos que pretendemos, sempre de uma forma positiva, assertiva e sem recorrermos ao castigo, principalmente físico e verbal. Se nós conseguirmos enraizar na nossa mente que os cães, e os outros animais, aprendem com as experiências vividas e criando relações entre elas, estamos capacitados para compreendermos o nosso cão e evitarmos erros desnecessários que irão comprometer irremediavelmente, não só a nossa relação com ele, mas também todo o trabalho correcto feito até ali. Metamos isto na nossa cabeça: o cão fez uma coisa bem feita, então recompensamos, se, pelo contrário, fez algo que não devia, em vez de castigarmos física ou verbalmente, ignoramos. Eles são excelentes discriminadores e brevemente chegarão à conclusão que vale mais a pena fazerem algo que da última vez foi recompensado do que algo que foi ignorado. O processo de castigar os animais quando estes fazem qualquer coisa que não devam, foi o utilizado durante muitos anos, até ao desenvolvimento a Etologia como a ciência da aprendizagem e do ensino animal, pelos adestradores. Actualmente faz-se precisamente o contrário: recompensam-se os bons comportamentos e não se premeiam os maus ou até se ignora o animal que os pratica. · Outra acção que se pode fazer nesta fase, se não houve oportunidade de o fazer mais cedo, é a socialização intra-especifica, com animais da mesma espécie. Este trabalho é muito importante para evitar problemas futuros, principalmente confrontações entre machos inteiros (não castrados) tornando-se sempre muito desagradável e passível de lesões corporais por vezes de prognóstico reservado. Este trabalho de socialização deve ser efectuado em ambiente controlado, num recinto fechado, de preferência o mais cedo possível e com animais com mais ou menos a mesma idade.


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Etologia

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O que não se deve fazer nesta fase Todo o processo de ensino e modificação comportamental num cão deve ser feito sempre com enfoque na recompensa e não no castigo e, acima de tudo, nunca devemos ceder quando estabelecemos planos de hierarquização. Os cães têm uma capacidade imensa de nos fazer sentir pena deles e adoptam condutas e posturas que nos levam a isso. Se, mesmo por uma vez que seja, inadvertidamente, cedemos, então estamos perante um problema de difícil solução por processos assertivos, portanto, o primeiro passo é certificarmo-nos que o que estamos a fazer é o correcto, e para isso podemos pedir ajuda a um adestrador que utilize o reforço positivo no seu método de trabalho, depois, é implementar de forma coerente e irreversível todos os processos que levem à consecução dos nossos propósitos.

Texto: Sílvio Pereira Fotos: Google Página 5


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Comportamento

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Texto: Anabela Guerreiro Fotos: Google

Existem medos e fobias relativamente comuns nos cães. É importante por isso conhecê-las para que no período de socialização do cão este seja exposto às mesmas de uma forma positiva. Sentir medo é uma resposta natural nos cães. O cão está geneticamente programado para responder a algumas situações sentindo medo. Estes respondem de forma diferente quando têm medo: alguns fogem, outros atacam e há ainda os que estancam. O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo. Este é provocado pelas reações químicas do corpo, sendo iniciado com uma descarga de adrenalina no organismo causando aceleração cardíaca e tremores. Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico, etc. Medo é uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental que gera uma resposta de alerta no organismo. A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade. A ansiedade é a antecipação de perigos futuros ou imaginárias de origens desconhecidas, que resultam em reações normais do corpo associadas ao medo. Os comportamentos visíveis mais comuns são a eliminação, ou seja , urinar e/ou passagem de evacuações, destruição e vocalização excessiva, neste caso ladrar ou "chorar". A ansiedade por separação é a ansiedade específica mais comum em cães de companhia. Quando sozinho, o animal exibe a sua ansiedade ou angústia através de comportamentos excessivos. O medo nos cães pode transformar-se em doença, chamemos-lhe, fobia, quando passa a comprometer o comportamento do animal em sociedade e a causar sofrimento psicológico. A técnica mais utilizada para tratar o medo chama-se dessensibilização. Com ela se constrói uma escala de medo, da leve ansiedade até ao pavor, e, progressivamente, o cão vai sendo encorajado a enfrentar o medo. Ao fazer isso o cão passará, gradualmente, por um processo de reestruturação cognitiva em que ocorre uma reaprendizagem da reação que anteriormente gerava a resposta de alerta no organismo, para uma reação mais equilibrada, desta forma, existe quem defenda que o medo apresentase em várias escalas até à sua inativação, dividindo-se em seis fases de acordo com o grau de extensão e imensidão: 1. Prudência; 2. Cautela; 3. Alarme; 4. Ansiedade; 5. Pânico (medo intenso); 6. Terror (medo muito intenso).

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Comportamento

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SINTOMAS, CAUSAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO A maioria dos medos, fobias e ansiedade nos cães, desenvolve-se no início da maturidade social, isto é dos 12 aos 36 meses de idade. Expor o cão a uma variedade de ambientes e situações sociais quando são jovens, mais ou menos até às 14 semanas de idade, ajuda a diminuir a probabilidade de um comportamento anormal por parte do cão no que se refere a medos e fobias. Estes, podem caracterizar-se da seguinte forma: 1. Medos leves - Tremores, esconder o rabo, retirada, agachamento, comportamento de fuga passiva. 2. Pânico - Caracterizado por comportamentos de fuga activa. 3. Os sinais clássicos da atividade do sistema nervoso, incluindo diarreia. 4. Ansiedades - Lesões secundárias de comportamento ansioso, neste caso lamber ou morder-se. Como referido anteriormente uma má socialização do cão no período chave poderá contribuir para o despoletar de determinados medos e fobias, mas não só, uma doença ou condição física dolorosa poderá aumentar a ansiedade do cão e levar ao desenvolvimento de medos e fobias. No caso da ansiedade por separação, por exemplo, derivada de historiais de abandono, vários donos, negligência, poderá tornar-se comum no cão que sofreu estas situações. A exposição a uma situação estranha a que o cão tenha sido forçado a experimentar bem como ter vivido uma situação de incapacidade de fuga a um determinado estimulo, poderá também conduzir a situações de medo e fobia no cão. Ao se verificar uma ou mais situações de alteração de comportamento no cão provocadas por medo, fobia ou ansiedade, a prescrição de um medicamento pelo médico veterinário, poderá ser tudo o que é necessário, porém o problema continuará e deverá ser trabalhado na raiz de forma a avaliar o cão e trabalhar no sentido de dessensibilizar o animal de forma a aliviar os medos e ansiedades. Ensinar o cão a relaxar numa variedade de situações do quotidiano é importante, porém em situações em que o cão está a viver momentos de medo ou pânico, nunca se deve tranquilizar o cão, pois a interpretação feita por este poderá ser a incorrecta, neste caso o cão poderá compreender esta acção como uma recompensa pelo seu comportamento. Incentivar a calma, mas não reforçar o medo e nunca punir um comportamento do animal relacionado com o medo, fobia ou ansiedade. A dessensibilização e o contra condicionamento são as formas mais eficazes para se tratar o medo, fobia ou ansiedade. Aqui o objetivo é diminuir a reacção a um estímulo específico. A dessensibilização é a repetição/exposição controlada ao estímulo, que provoca uma resposta de medo ou ansiedade no cão em que este responde de forma indesejável. Através de esforços repetidos, o objectivo é diminuir a resposta indesejável do cão. No contra condicionamento trabalha-se o cão de forma a que este execute um comportamento positivo no lugar de um comportamento negativo, neste caso de medo ou ansiedade. Os sinais envolvidos dentro de um ataque de ansiedade que poderão desencadear comportamentos de medo e fobia são muito subtis, porém não impossíveis de reconhecer, deste modo, devemos antecipar estas situações por forma a sermos capazes de assumir o comportamento do cão no sentido desejável. Página 7


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TOP 10 - MEDOS E FOBIAS NOS CÃES Como foi referido anteriormente, o cão podem sofrer de uma série de diferentes medos e fobias. Essas fobias podem derivar de várias causas, incluindo a falta de socialização precoce, genética ou uma experiência negativa. O medo e fobias num cão pode levar a sinais como encolher-se, tremer, babar, ladrar, um comportamento destrutivo e em alguns casos agressão. Abaixo apresentamos as mais comuns. 1. Medo de trovoada - A astrofobia é o medo do trovão e é uma fobia muito comum no cão. O grau deste medo pode variar de animal para animal. Alguns podem ter apenas um leve medo de trovão. Neste caso, o cão pode tremer um pouco ou poderemos observar as orelhas achatadas e o rabo entre as pernas durante uma tempestade. Outros podem ter uma fobia mais grave que os leva a esconder, tornarem-se destrutivos ou perderem o controle dos seus intestinos ou bexiga. O cão é capaz de sentir a tempestade muito antes de nós a conseguirmos detectar. Esta é a razão pela qual muitos donos de cães dizem ter visto os seus cães apresentarem sinais de medo vários minutos ou mais antes da tempestade realmente chegar.

2. Medo de fogo de artifício - Semelhante a um medo de tempestades, os sons altos e imprevisíveis do fogo de artifício fazem muitos cães tremer de medo . Para alguns, podemos lentamente acostumá-los com o som de fogos de artifício de forma a eliminar esta fobia. Para casos mais graves poderá ser necessário recorrer ao uso de medicamentos anti ansiedade ou sedativos.

3. Medo de ficar sozinho- O medo de ser deixado sozinho em casa é conhecido como ansiedade por separação. Cães que sofrem de ansiedade por separação tendem a apresentar um comportamento destrutivo, assim que os seus donos saem de casa. Outros sintomas incluem ladrar, destruição de objectos e até mutilações por parte do cão, quando deixado sozinho. A mudança no comportamento do dono do cão pode ajudar a aliviar este tipo de medo. Simplesmente fazendo alterações nos seus hábitos antes de sair de casa. A dessensibilização, o processo de lentamente acostumar o cão a ser deixado sozinho em casa, também pode ser benéfico para estes cães que sofrem de ansiedade por separação. 4 . Medo do Veterinário - Não é incomum para o cão ter medo de ir ao veterinário. A primeira exposição de um cão para ir ao veterinário geralmente envolve cheiros estranhos, manuseamento, ser picado... Não é de admirar que os cães possam facilmente ficar com medo de uma visita ao veterinário. Se não existir outras fobias envolvidas, este medo muitas vezes pode ser facilmente corrigido simplesmente por trazer um cão ao veterinário para algumas visitas sociais que não envolvem um exame. 5 . Medo de andar no carro - Muitos cães têm medo de andar de carro. O medo é geralmente devido à falta de exposição precoce a passeios de carro ou experiências negativas, como associar o carro a alguns estados, nomeadamente a idas ao veterinário. É possível superar o medo do cão de andar no carro usando guloseimas e incentivos para atrair lentamente o cão para dentro do carro e em seguida fazer pequenos percursos para que este se vá adaptado. Página 8


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6. Medo de subir e descer escadas – Esta fobia é quase sempre devido à falta de socialização precoce. Um cão que não esteve exposto a degraus em cachorro poderá estar exposto a desenvolver medo se subir e descer degraus quando encontrar uma escada mais tarde na vida . Alguns cães podem ser persuadidos do seu medo, fazendo-os subir e descer degraus como um jogo. Outros cães poderão precisar de aprender a descer e a subir escadas literalmente de degrau em degrau. 7. Medo de pessoas do sexo masculino - Pode surpreender mas é bastante comum no cão este tipo de medo. Embora em alguns casos esse medo possa ter sido desencadeado por abusos e maus tratos, na maioria das vezes é devido à falta de socialização. Devemos sempre ter em atenção que um cão com medo pode rosnar ou até mesmo morder como resultado desse medo. 8. Medo de estranhos – Este medo é semelhante ao medo de pessoas do sexo masculino, mas, neste caso, o cão pode ter medo de alguém que ele não conhece. Isso pode ser um problema difícil de superar porque é impossível ensinar um cão a aceitar cada nova pessoa. É importante permitir que o cão se aproxime de novas pessoas ao seu ritmo. Forçar um cão com medo a aceitar um estranho poderá conduzi-lo a uma reacção de agressividade. 9. Medo de crianças – O cão pode desenvolver medo a crianças por várias razões, uma deles é a falta de exposição precoce a crianças, o que poderá acontecer caso não existam crianças em casa. Outra das situações que poderá desencadear este tipo de medo será a interpretação que o cão poderá ter relativamente às aberturas de afeto como sendo uma ameaça, neste caso os donos do cão deverão consultar um instrutor ou comportamentalista para trabalhar esta fobia. 10. Medo de objectos - Muitos cães desenvolvem medo a objectos, como por exemplo ao aspirador, a um secador de cabelo ou até mesmo a um simples brinquedo de uma criança. Nesta matéria o medo a um objecto poderá não ser muito problemático, quando se trata de um objecto que possa ser retirado da vista do cão. Porém, nem sempre tal é possível, sendo que nestes casos poder-se-á tornar problemático, será necessário introduzir lentamente e de uma forma positiva ao cão os objectos que este tem medo.

Conhecido como o cão mais medroso da história - SCOOBY DOO - Teve a sua primeira aparição no ano de 1969 nos Estados Unidos da América e a partir daí nunca mais parou. A história é constituída por um grupo de adolescentes acompanhados por um cão: Fred, o eterno vaidoso é o líder do grupo; Velma é a mente brilhante, sempre com atitudes lógicas para resolver as situações; Daphne, miúda rica que está sempre em apuros, sendo por isso o alvo favorito dos vilões; Salsicha (Shaggy) é o dono do herói canino, tem uma aparência desleixada e é muito assustadiço; e por último Scooby-doo, o cão mais medroso do mundo, um Dogue Alemão desajeitado e sempre assustado mas que se deixa sempre aliciar por guloseimas. Juntos desvendam os mais variados mistérios inexplicáveis, enfrentam fantasmas, múmias e monstros. A fórmula do sucesso é sempre a mesma: após seguirem as pistas, o grupo de jovens separam-se atrás do vilão e após umas corridas mirabolantes com música à mistura, conseguem apanhar o bandido. No final o vilão tira a máscara e é descoberto que já era uma personagem que já teve a sua aparição no episódio, o vilão afirma sempre a mesma frase “Eu teria conseguido se não fossem aqueles miúdos e aquele cão idiota“. Em 2002 o filme Scooby-doo foi exibido nas salas dos cinemas. Página 9


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Saúde

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O que é a Sarna? A sarna é a doença causada por ácaros (parasitas da pele), que “habitam” na pele dos cães e gatos em diversas localizações. Os ácaros são de dimênsões muitos reduzidas (décimas de milímetro) e como tal não são visíveis á vista desarmada. No entanto causam alterações desagradáveis na pele e ouvidos dos animais que muito os incomoda. Existem diversos tipos de sarna. Os animais de companhia podem ser essencialmente afectados por três tipo, cada uma causada por um ácaro diferente e que se distinguem entre si pelas lesões provocadas e pela localização. Otodectes

Sarcoptes

Cão / Gato

Cão / Homem

Demodex

Cão / Gato

Como se transmite a Sarna? A transmissão é feita normalmente pelo contacto directo entre animais, sendo nalguns casos muito contagiosa. Esta situação pode ocorrer com extrema facilidade divido ao comportamento social dos animais.

Sarna Otodécica O ácaro Otodectes tem dimensões superiores ás dos outros ácaros e localiza-se nas orelhas dos gatos e cães. É muito contagioso. Normalmente observa-se inflamação da pele, em casos extremos podem ocorrer hematomas por traumatismo (otohematoma). Pode provocar alergias tem secreções de côr acastanhada e grande produção de cerume. O ácaro alimenta-se de sangue, cera e das secreções resultantes da inflamação.

Produz prurido e irritação. O animal sacode a cabeça e coça as orelhas nos objectos que encontra. Página 10


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Saúde

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Sarna Sarcóptica Localiza-se nas zonas com menos pêlo dos cães: bordos das orelhas, cotovelos, região do abdómen, axilas e joelhos.

Os ácaros sarcoptes escavam galerias na pele e aí multiplicam-se. Aparecem pequenos nódulos e pústulas e há descamação da pele. É frequente a contaminação bacteriana das lesões e o espessamento da pele. As manifestações começam com um prurido intenso que se traduz no acto de coçar contínuo (podem-se observar crostas).

É contagioso para o Homem? Infelizmente sim. A sarna Sarcóptica é transmissível ao homem quando existe um contacto muito próximo com os cães. A sarna no homem manifesta-se com erupções cutâneas. Os casos de contágio dos outros tipos de sarna são muito raros. Sarna Demodécica A Demodecose pode aparecer em qualquer idade e surge normalmente quando há quebras no sistema imunitário (devido a infecções, mudanças de alimentação, episódios de stress entre outros factores). O ácaro Demodex destrói os folículos pilosos. Provoca a queda dos pêlos, o espessamento e inflamação da pela e a pele fica áspera. As zonas infectadas apresentam um odor típico a ranço ao contaminarem-se com bactérias. A Demodecose nota-se em particular nas extremidades e face (em volta dos olhos e boca). Nos cães é frequente estender-se a todo o corpo.

O que se pode/deve fazer contra a sarna? Aos primeiros sintomas de sarna deve dirigir-se ao seu médico veterinário para ser feito o diagnóstico e tratamento adequado. O tipo de tratamento e a duração do mesmo, bem como os cuidados adicionais, variam em função do tipo de sarna, da resposta apresentada e do estado geral de saúde do animal. Uma das medidas imprescindíveis que se deve ter em conta em qualquer tratamento de sarnas, é a aplicação de antiparasitários de acção acaricída, que eliminem os ácaros de modo a favorecer a rápida regeneração da pele lesionada. Hoje em dia existem produtos de fácil aplicação que são eficazes e seguros. Se o seu animal de companhia padece de uma sarna é também aconselhável evitar o contacto directo e prolongado com outros animais e ou com o homem, de modo a evitar possíveis contágios.

Texto: Vanessa Correira Fotos: Google Página 11


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Convivência

Edição Nº 10

Os cães e as crianças podem criar laços muito estreitos entre si, com inúmeros benefícios para ambas as partes. Estes laços são tão importantes que a criança vê no cão um amigo, um confidente e um excelente apoio emocional. Para além disso, as crianças que crescem com animais, desde cedo percebem que lidar com os outros exige educação e limites, o que as torna mais responsáveis, equilibradas e menos egocêntricas. Contudo, são inúmeros os casos de cães que são abandonados pelo facto de não haver uma relação pacífica entre o cão e as crianças com que convive. Em grande parte dos casos, as relações que deveriam ser saudáveis, tornam-se problemáticas por não existir uma educação em que o cão e a criança aprendam a respeitar os respectivos espaços. A criança 1. As crianças são brutas e não têm noção que, com as suas brincadeiras, podem estar a magoar os cães. 2. As crianças não sabem interpretar os sinais de desagrado emitidos pelos cães, sendo demasiado insistentes. Os cães mais independentes não toleram tantos abusos nem o excesso de atenção. 3. As crianças são tão frágeis que os cães de maior porte podem magoá-las com brincadeiras mais brutas. Por outro lado, os cães de porte mais pequeno são ainda mais frágeis que podem ser as crianças a magoá-los. 4. A criança deve respeitar o espaço do cão. Então, deve ser ensinada a não incomodar o cão quando ele está a comer ou a dormir. 5. Não atirar objectos para cima do cão é outra regra importante na educação da criança. Caso contrário, o cão poderá ver a crianças como uma ameaça e não como uma companheira de brincadeiras. 6. A forma como a criança afaga o cão também é importante. Evitar que a criança coloque a cara demasiado perto do focinho do cão, para que o cão não entenda o gesto como qualquer forma de agressividade. 7. Evite, também, que a criança abrace ou coloque as mãos demasiado perto da cabeça do cão. 8. Oriente a criança para as brincadeiras mais adequadas a desenvolver com o cão. Jogos com a bola, frisbees ou escondidas, são só alguns exemplos. 9. Ensine a criança a não retirar os brinquedos da boca do cão. O cão deve saber entrega-los para repetir o jogo, ou deve ser o adulto a passar o brinquedo do cão para a criança. Acima de tudo, o convívio entre cães e crianças deve ser SEMPRE supervisionado pelos adultos. Só assim é possível prevenir acidentes. A implementação das regras de convivência entre ambas as partes, é o garante de uma bonita relação entre o cão e a criança. Certamente, tornar-se-ão amigos inseparáveis. Texto: Inês Pereira Fotos: Google Página 12

O cão 1. O cão deve ser devidamente socializado, com todo o tipo de pessoas, inclusive crianças. Deve ser utilizado o reforço positivo, de forma a motivar o cão a ficar calmo perante gritos, berros, pulos… tal como outros comportamentos típicos nas crianças. Desta forma, também irá desenvolver no cão boas memórias relativas às crianças. 2. A escolha do cão também é bastante importante. Procure uma raça que seja mais tolerante às brincadeiras das crianças. 3. Trabalhe a inibição da mordida do cão desde cedo, para que o cão saiba controlar a força que exerce com a mandíbula e não a aplique inoportunamente. 4. Inclua o cão nas rotinas normais do quotidiano da família, especialmente nos momentos de brincadeiras. 5. Não cultive, no seu cão, o hábito de saltar para cima das pessoas, quer seja para as cumprimentar ou para chamar a atenção. Esta é uma das formas de evitar que o cão magoe a criança com as patas e com arranhões.


Cães & Lobos

Estudo

Edição Nº 10

Cada vez mais os cães de companhia fazem o papel de “terapeutas”, trazendo conforto para os sintomas de solidão, depressão ou estresse das pessoas, mas, geralmente, as características e necessidades caninas não são levadas em consideração, causando desequilibrio nessa convivência. A humanização dos cães é um fator que agrava o processo inadequado de comunicação, deixando o cão confuso em relação ao que deve fazer e como se comportar no ambiente humano. A maioria das pessoas tendem a tratar os filhotes e até mesmo cães adultos, principalmente os de pequeno porte, como eternos bebês e esperam que eles reajam como tal.

Quando isso não acontece, se surpreendem pelo cão ter reações instintivas e não humanas, levando a frustrações emocionais em relação a eles. Em alguns casos, os cães sofrem privações e até maus tratos pelo simples fato de não entenderem ou por não terem orientação correta de como devem se comportar em determinadas situações. Confinamento e punições físicas ainda são usadas para tentar corrigir cães que destroem, sujam a casa ou são agressivos, o que apenas piora o comportamento e prejudica psicologicamente os cães. Um estudo científico realizado pelo pesquisador József Topál, do Instituto de Pesquisas Psicológicas da Academia de Ciências da Hungria, revela a semelhança do processo de comunicação dos cães em relação aos bebês humanos. Topál é um dos autores do estudo publicado no periódico Current Biology, que comprova cientificamente que cães conseguem perceber a intenção de comunicação das pessoas quando elas interagem através dos sinais gestuais, verbais e visuais, tal como acontece com bebês na fase pré-verbal, com idade de 6 meses. O estudo usou o mesmo método utilizado em estudos anteriores com bebês, nos quais os cães assistiram a um vídeo de uma pessoa direcionando-se para um dos dois potes de plástico da cena, enquanto um rastreador ocular captava a reação do cão. No primeiro momento, a pessoa olhava diretamente para um dos potes dizendo “oi cão”, com voz estridente. No segundo momento a pessoa utilizou entonação de voz suave e não fez contato visual com o pote. Os testes mostraram que os cães tendiam a olhar mais para o pote na primeira situação, quando a pessoa demonstrava a intenção de se comunicar utilizando diretamente os sinais visuais e verbais na direção do pote. Página 13


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Estudo

Edição Nº 10

Segundo Topál, com o rastreamento ocular foram obtidas as primeiras experiências sobre como a mente dos cães está trabalhando e processando os estímulos, levando em conta que a direção e o tempo do movimento do olho indica o interesse especial da mente. O pesquisador pretende usar novas técnicas para poder aprofundar o processo mental dos cães. A pesquisa mostra que os cães têm um nível de inteligência elevado, compreendendo nossos sinais de comunicação, fato que comprova a responsabilidade do ser humano em conseguir se comunicar corretamente para que entendam as regras de convivência em nosso ambiente. A grande maioria das pessoas que possui cães domésticos, tem dificuldade em aceitar essa responsabilidade, em grande parte por causa de seus próprios problemas psicológicos, transferindo emoções humanas para os cães. Os animais não julgam, não criticam e não questionam, mas reagem a essas emoções com comportamentos estereotipados e desequilibrados, por não terem sua natureza animal respeitada. Quando os problemas se tornam insuportáveis, profissionais da área de adestramento, comportamento de cães e veterinários são acionados para solucioná-los, mas precisam, também, ter conhecimento sobre psicologia humana para tornar a convivência entre as duas espécies bem sucedida. Na natureza não encontramos tantos desvios comportamentais como nos cães domésticos, fruto da interferência psicológica do ser humano nessa convivência. Os cães podem ajudar as pessoas de muitas formas, através da realização de diversos trabalhos como o pastoreio, a guarda, o resgate, mas hoje em dia, também fazem o papel de “terapeutas”.

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Estudo

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Com base na “zooterapia”, que trabalha com os conceitos de atividade, educação e terapia assistida por animais, algumas instituições brasileiras treinam os cães e seus responsáveis para levar maior bem estar e qualidade de vida para crianças, jovens, adultos e idosos enfermos, carentes ou portadores de deficiências físicas ou intelectuais. Estudos comprovam que o simples contato com um animal, traz muitos benefícios para a saúde como a diminuição da pressão sanguínea e cardíaca, melhora no sistema imunológico, na capacidade motora, na memória e até mesmo aumento da autoestima. O contato com esses “cães terapeutas” como são conhecidos, também estimula a interação social, provoca uma ação calmante e antidepressiva resultando, em alguns casos, na redução da quantidade de medicamentos. Mas, nem todo cão tem características apropriadas para essa função. É preciso que o cão tenha uma natureza dócil com pessoas e outros cães, que seja confiante e demonstre gostar de contato físico. Exames de saúde são realizados por médicos veterinários para verificar a vacinação, a presença de parasitas e de doenças infectocontagiosas. O cão deve ter mais de dois anos de idade, fase em que já está maduro física e psicologicamente, mas também passa por avaliações de comportamento com especialistas, através de vários testes para determinar se está apto a exercer a função, garantindo o bem-estar dos assistidos e do próprio cão.

Texto: Karin Pirá Fotos: Google

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Etologia

Agumas vezes, os nossos serviços de aconselhamento são confrontados com pedidos de informação sobre a dificuldade que os novos donos têm em escolher o melhor cão em função daquilo que pretendem dele e tentar inseri-lo no seu estilo de vida. Isso é o correcto. Mas com bastante mais frequência chegam ao nosso Departamento de Consultadoria em comportamento canino ajuda para resolução de distúrbios de conduta de animais que não foram seleccionados para viverem nos ambientes onde são inseridos. Muitos desses animais acabam, infelizmente, nos canis de adopção com um reduzido prognóstico de poderem um dia a virem a ser de novo integrados e recuperados. O que pretendemos dizer com isto é que, quase sempre a compra de um animal baseia-se mais em razões puramente estéticas e de preferência pessoal por uma raça ou um tipo de cão e menos no carácter e nas funcionalidades do animal e de saber se o escolhido está programado para se integrar no tipo de vida que lhe podemos proporcionar. O exemplo mais recente e mais gritante de como um certo tipo de cão não se adapta ao modo de vida que escolheram para ele é o caso dos Huskies Siberianos que, no início deste século, foram criados em massa, devido às particularidades fenotípicas serem muito parecidas com as do lobo, terem olhos azuis e parecerem muito dóceis, qualidades que as pessoas adoravam. Ao serem inseridos em pequenos apartamentos criaram neles grandes necessidades de liberdade e de espaços abertos onde viveram os seus avós e bisavós, tendo como consequência uma total ina-

Edição Nº 10

A manipulação genética poderia tornar possível gerar cães que se parecessem mais com Huskies ou até com raposas do agrado de tanta gente mas com características mais dóceis, mais sociáveis e que se adaptassem bem a espaços confinados. No entanto, embora essa abordagem fosse, decerto, gerar novidades, mas também controvérsias, não é disso que se necessita para salvar o cão. Já existe alteração genética mais do que suficiente entre os cães de hoje para gerar uma ampla variedade de indivíduos bem adaptados para a vida de animais estimação; o que se precisa fazer então, é reconhecer esse papel como a função principal do cão e tomar a iniciativa das mãos daqueles que se empenham todos os dias em melhorar a qualidade dos animais que produzem, não só em termos de funcionalidade, de carácter mas também em termos de saúde.

A outra aplicação da engenharia genética, a clonagem, tampouco é a solução para produzir um cão de companhia perfeito. O multimilionário texano John Sperling clonou a sua cadela Missy, cruzada de Border Collie com Husky, e os clones com certeza parecem-se com ela. Mas de que é que o dono gostava? Da aparência da Missy ou da sua personalidade? Porque a personalidade de um cão é em grande parte produto da sua experiência de vida que não pode ser replicada graças à genética in vitro. daptação à vida das cidades, sendo nessa altura os cães que mais fugiam das casas onde eram obrigados a viver.

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Etologia

Quais são, então, as barreiras que impedem o desenvolvimento de um melhor cão de companhia? Deixando de lado, por um momento, as características desse tipo de cão, parece haver pelo menos duas barreiras. A primeira é que os criadores de cães raramente tomam as melhores decisões sobre que cães criar com base em quais deles se revelaram melhores companheiros. Simplesmente podem não ter informações sobre como os animais que venderam desempenharam as suas funções como tal. Ou podem estar primariamente concentrados nas possibilidades de que os cães de sua criação sejam ou não competitivos nos ringues de exposição –mesmo que a maior parte dos cães não seja adquirida para participar em competições. Além do mais, é difícil fazer com que os criadores sejam responsáveis pela qualidade dos cachorros que produzem. Eventuais fracassos podem ser prontamente atribuídos a erros cometidos por pessoas inexperientes que adquirem os cachorros – que os alimentaram com a dieta errada, que não lhes deram exercício suficiente, ou lhes deram em excesso e assim por diante. A segunda barreira podemos defini-la com um ditado “preso por ter cão e preso por não ter”, quer isto dizer, que quanto mais responsável for o dono de um cão, maior a possibilidade de que esse cão seja castrado. Em resumo, muitos dos cães mais cuidadosamente seleccionados e nutridos, aqueles que se adaptam perfeitamente ao âmbito da companhia, quase nunca conseguem passar os seus genes para a geração seguinte. Por outro lado, o que nasce são cachorros produzidos mais ou menos por acidente, por causa de donos irresponsáveis, muitos dos quais são atraídos por cães com status, como os Pit Bulls, os Pastores Alemães ou os Rottweilers (daí a quantidade de exemplares dessas raças e de seus cruzamentos que acabam em canis de adopção ou de abate onde irão terminar os seus dias) Como todos os donos são encorajados, de modo correcto, a castrar e esterilizar os seus animais para reduzir a superpopulação de cães, fazer isso, infelizmente, trabalha contra o propósito de criar uma população mais voltada para a companhia. Também é problemático o facto de que a criação de cães com base na personalidade não seja tão simples como criar cães com vistas à sua aparência. Parte da explicação está em que os genes não codificam os comportamentos como tais – mas outra parte está em que o próprio papel do cão de companhia não está claramente definido. Presume-se que cada dono ou futuro dono tenha um cão ideal em mente, de modo que existe um número infindável de cães “ideais”. No entanto, certos traços são universalmente desejados. Página 17

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A maioria das pessoas acredita que os cães de companhia devem ser dóceis, obedientes, robustamente saudáveis, fáceis de controlar, seguros com crianças, facilmente treináveis em casa e capazes de mostrar afeição pelos donos. Muitos donos também valorizam o contacto físico com o seu cão – uma descoberta que não deve surpreender, pois agora sabemos que acariciar um cão não só reduz o stress como também conduz à libertação da hormona do “amor” a oxitocina. Outras características são avaliadas diferentemente por donos distintos. Algumas pessoas preferem um cão que seja dócil com toda a gente; outras, especialmente os homens, valorizam um alto sentido de territorialidade no cão, que eles veem como uma ajuda para a protecção da sua casa. Os homens também tendem a expressar uma preferência por cães enérgicos e leais, enquanto muitas mulheres dão mais valor à calma e à sociabilidade. Mas a maior parte dos donos não prioriza o carácter quando escolhe um cão. Por exemplo, muitos valorizam mais a aparência que a personalidade e consideram o treino como relativamente sem importância, mesmo que esperem que os cães sejam obedientes. Além disso, se é verdade que um cão se adapta melhor ao estilo de vida de uma dada pessoa, isso pode mudar à medida das circunstâncias da vida dessa pessoa. Embora o tempo de vida dos cães seja menor que o nosso, ele ainda é bem longo se comparado com o moderno ritmo de mudança nos actuais estilos de vida. Dito isto, a selecção com base no temperamento tornase ainda mais desafiadora quando consideramos quantas variações existem, mesmo dentro de uma raça específica. Muitos dos traços “de companhia” mencionados acima são influenciados pela genética apenas de forma marginal. Anormalidades físicas e predisposições a doenças com base na genética podem, e devem, ser objecto dos cuidados de uma criação mais esclarecida; muitos outros traços, porém, tais como afabilidade, obediência, falta de agressividade e uma predisposição para a afeição são fortemente influenciáveis pelo ambiente e pela aprendizagem precoces. É difícil ver como esses traços podem ser activamente selecionados sem que paralelamente melhore a compreensão dos donos sobre como inculcá-los nos seus novos cães ou cachorros.


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Etologia

Traços de companhia podem ser difíceis de selecionar, mas com certeza outros traços comportamentais específicos das raças precisam ser reduzidos nos cães de companhia. A maior parte da selecção genética imposta aos cães durante a sua longa associação com o homem tem sido dirigida para traços úteis, como a habilidade nos pastoreio, na caça e na guarda. Mas agora que os cães no Ocidente, na sua grande maioria não se destinam a cumprir essas tarefas, precisamos reduzir esses vínculos, pois de outra forma a frustração prevalecerá. Aconteceu inúmeras vezes terem-nos pedido conselho se um lindo cachorro Border Collie daria um bom animal de companhia. Sempre dissemos que não, que esses cães são criados para trabalhar no campo e decerto achariam intolerável a vida na cidade. No entanto, quase todas essas pessoas que aconselhámos dessa forma foram em frente e compraram Border Collies de qualquer maneira e muitos arrependeram-se disso –mas não tanto como decerto fariam os próprios cães se o arrependimento existisse no seu arsenal emocional. Se tais cães devem adaptar-se ao âmbito da companhia, precisamos reconfigurar a raça para que eles não se sintam

A maior parte dos donos não quer que o seu cão seja demasiado “pegajoso”. (ou, por falar nisso, demasiado saltitante: pede-se que os cães de companhia fiquem inativos, em média, durante três quartos das suas vidas.) Há consideráveis desafios a serem enfrentados antes que os métodos de criação melhorem, não só porque muitos criadores ainda subestimam a necessidade de socialização dos cachorros, mas também porque existe um óbvio mecanismo pelo qual a melhor prática se tornará disseminada, graças simplesmente ao número de pessoas envolvido. A informação de que os criadores precisam para produzir cachorros bem socializados agora está amplamente disponível – esperemos que a sua adopção universal seja apenas uma questão de tempo. Mesmo que a informação seja cuidadosamente difundida, não é provável que a criação irresponsável desapareça. As instituições de adopção e de recolocação arcarão inevitavelmente com o peso de lidar com os cães não desejados que resultarem dessa criação. Mas, felizmente também, elas começam a ter à sua disposição cada vez mais a informação necessária para adoptar métodos de bases científicas para reabilitar esses cães, e para garantir a compreensão, entre os donos adoptivos, do que faz os cães comportarem-se de uma certa forma e como o fazem, e para os auxiliarem estão a formar-se jovens terapeutas comportamentais caninos possuidores de vasta base técnica e cientifica, como são os casos dos formados nos Cursos de Formação do Centro Canino de Vale de Lobos.

frustrados. Finalmente, embora a extensão em que podemos criar cães de companhia seja ilimitada, também devemos ser cuidadosos para não ir longe demais na direcção oposta – aumentando a capacidade de afeição dos nossos cães até ao ponto de se tornar uma carga para eles. Já existe uma epidemia de desordens de separação, as chamadas ansiedades por separação, entre cães de companhia; aqueles que sejam avassaladoramente motivados para estar com os seus donos, o hiperapego, iriam, presume-se, sofrer de forma desproporcionada se deixados sozinhos. Página 18

Texto: Sílvio Pereira Fotos: Google


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Notícias CCVL

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Cães & Lobos Cão de guarda vendido por 1,4 milhões de euros

Notícias

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Cão de 18 meses tem mais de 2 metros de altura

Um raríssimo cão de guarda tibetano foi vendido na Chi- Freddy, um dogue alemão com 2,1 metros, está na luta na por quase 1,4 milhões de euros, no que será talvez a pelo título de "Cão mais alto do mundo", reconhecido pelo mais cara transação do género, anunciou esta quartaGuiness World Record. feira um jornal local chinês. À sua frente, tem apenas o atual detentor do recorde, Um promotor imobiliário chinês pagou 12 milhões de Zeus, com uma diferença de oito centímetros. yuan (1,391 milhões de euros) pelo animal numa feira realizada esta semana na província de Zhejiang, no les- Com apenas 18 meses, Freddy conta já com mais de 2 te da China, segundo a publicação de Qianjiang. metros de altura (em pé, sobre as patas traseiras). A dona, Claire Stoneman, conta que ele já lhe destruiu Descrito como "um animal de estimação de luxo", o cão vários sofás em casa e que evita sair com ele à rua tem um ano de idade, 89 centímetros de altura e pesa durante o dia para não assustar as pessoas. 200 quilos. Fonte Lux, "É um cão com sangue de leão. Os puros cães de guar- F e v e r e i r o da tibetanos são muitos raros, como os nossos protegi- 2014 dos pandas, e, por isso, os preços são altos", disse o vendedor e criador de cães Zhang Gengyun. Comentários na internet acerca do elevado valor pago na feira de Zhejiang consideram que se trata de pura especulação para tentar elevar o preço dos animais.

A história de Pickles, o cão que salvou o Mundial há 44 anos

No domingo, 27 de Março de 1966, David Corbertt avisa Ex-militar viaja 8000 km para adotar cão que serviu a a mulher que vai sair e que leva o cão. O inglês, funcionário dos correios, estava longe de imaginar que aquela saíseu lado da ia mudar-lhe a vida. Depois de fazer um telefonema numa cabine Um sargento norte-americano viajou 8.000 quilómetros pública, sai e chama pelo cão, que não vem. "Fui ter com para adotar um pastor alemão que serviu ao seu lado ele, reparei que estava a cheirar um embrulho de jornal e durante quatro anos no Iraque. O reencontro aconteceu na Alemanha, ao fim de um ano, foi filmado e posterior- espreitei para ver o que era. Saltou-me à vista as inscrimente colocado no Youtube, tornando-se viral em pou- ções de Uruguai, Brasil, Alemanha...", conta ao Maisfutebol. "Oh meus Deus, é a Taça do Mundo!" cas horas. Era mesmo a Taça Jules Rimet. A verdadeira. Tinha sido roubada uma semana antes do Centrall Hall, David Simpson residente na Florida e pai de três filhos de Westminster. Quatro guardas não foram suficientes menores, que deixou a missão da Força Aérea um ano para evitar o improvável: os ladrões aproveitaram a disantes por motivos médicos, acabando por reformar-se tracção provocada por um serviço religioso no mesmo antecipadamente, ficou inconsolável com a separação local e roubaram o troféu mais valioso do futebol mundial. de "Robbie", com o qual patrulhou várias cidades iraO mundo desportivo entrou em depressão. Faltaquianas. vam quatro meses para o Mundial e o troféu que era uma relíquia tinha acabado de ser roubado. A Scotland Yard O cão continuou no Iraque mais um ano, mas o exvirou o país do avesso, fizeram-se suspeitos, foi detido militar nunca perdeu de vista o fiel companheiro. Foi um homem, prometeram-se recompensas monetárias. A então que recebeu a notícia que "Robbie" estaria de regresso à Alemanha, à base militar norte-americana em Taça Jules Rimet, a autêntica, porém... nada. Foi um cão que resolveu o assunto tão delicado. Spangdahlem. David não perdeu tempo e viajou para a Pickles, de seu nome. Um rafeiro de quatro anos de idade Europa pelo seu próprio custo. que entrou nesse instante para a história do futebol mun"Foi muito difícil separar-me dele. Não tinha sequer ideia dial. Encontrou a taça embrulhada em folhas de um jornal, onde o ladrão a tinha deixado, assustado com as prose ele sentiria o mesmo. Felizmente, foi uma separação porções do caso. Fez no mês passado 44 anos. temporária. O meu objetivo agora é que ele tenha uma "O Pickles foi transformado em herói. Entrou num vida cheia de alegria até ao fim. Quero apenas que ele filme, foi a programas de televisão, até roubou a primeira disfrute da reforma ", contou David Simpson à Fox 13. página ao Sir Harold Wilson em período eleitoral. Fui convidado para ir ao Brasil, ao Chile, à Checoslováquia, à Alemanha", conta David Corbertt. -> Página 20


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Notícias

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O entusiasmo era tanto que Pickles entrou de baixa, "Durante seis meses esteve de quarentena. Já não aguentava a pressão." O dono, esse, não se cansava. "Arranjei um agente, o mesmo que representava Spike Milligan. Fazia 60 libras por dia. Juntei três mil libras e comprei esta casa, em Survey, uma zona calma." Como todos os heróis, também Pickles teve uma morte trágica: morreu enforcado quando corria atrás de um gato. Cerca de um ano depois da descoberta que o transformou em herói mundial, com direito a um prémio e comida para toda a vida, Pickles deu o último suspiro outra vez num jardim ao pé de casa. "Andava a passear com o meu filho mais velho, que tinha na altura cinco ou seis anos. Começou a correr atrás de um gato e fugiu-lhe. Procurei-o durante mais de vinte minutos, até que o encontrei morto. O gato tinha subido a uma árvore, a coleira ficou presa num ramo e ele sufocou", conta. A família despediu-se do cão que morreu como um herói deve morrer: jovem. "Enterrei-o na parte de trás do quintal desta casa, onde ainda vivo. Às vezes as pessoas ligam-me a perguntar se ele ainda é vivo. Como é possível? Depois disso tive outros cães, mas nenhum substituiu o Pickles. Era especial." Fonte Mais Futebol, Março 2014

Livro recomendado Título: De Bagdadfe, com amor… Autor: Jay Kopelman Editora: Porto Editora Publicação: 2007 Sinopse: Ao entrarem numa casa abandonada em Fallujah, no Iraque, alguns fuzileiros ouvem ruídos suspeitos, empunham as armas, contornam uma parede e preparam-se para abrir fogo. O que encontram durante o ataque americano à "cidade mais perigosa do mundo," contudo, não é um rebelde apostado em vingarse, mas um cachorrinho, abandonado durante a fuga da maior parte da população civil antes de começar o bombardeamento. Apesar da lei militar que os proíbe de ter animais de estimação, os fuzileiros tiram as pulgas ao cachorro com querosene, desparasitam-no com tabaco de mascar e empanturram-no com refeições de consumo imediato (RCI). Inicia-se assim a dramática tentativa de resgatar um cão chamado Lava, que por sua vez irá salvar das feridas emocionais da guerra pelo menos um fuzileiro, o tenente-coronel Jay Kopelman. Página 21


Formamos: Cães & Lobos

Edição Nº 1

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Presencial Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente. Este Curso tem a vantagem de ser composto no máximo por 8 formandos.

Primeiro curso administrado em Portugal com base nas últimas investigações científicas desenvolvidas na área da aprendizagem canina Estrutura Programática do Curso

Módulo 1

(teórico)

1.1 CONHECER O CÃO 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.1.6

Conhecer como funciona um cão O Carácter num cão O Temperamento num cão A Comunicação canina Os Instintos Básicos caninos Conhecer o cão que se vai adestrar

1.2 MÉTODOS DE ADESTRAMENTO 1.2.1 Métodos de Adestramento 1.2.2 Traçar objetivos 1.2.3 Escolher o melhor método de Adestramento 1.2.3.1 Em função do cão 1.2.3.2 Em função do dono 1.2.3.3 Em função dos objetivos 1.2.4 As várias fases do Adestramento

1.3 CONDICIONAMENTO OPERANTE 1.3.1 1.3.2 1.3.3

Definição O que é o Clicker O treino com Clicker

Módulo 2

(prático)

2.1 O ADESTRAMENTO EM OBEDIÊNCIA SOCIAL 2.1.1 Material de adestramento 2.1.1.1 Material de contenção 2.1.1.2 Material de assistência 2.1.1.3 Material didático 2.1.2 Postura corporal do adestrador 2.1.3 Desenvolvimento da motivação do cão 2.1.4 Condicionamento e aquisição de hábito 2.1.5 Exercícios de Obediência Básica 2.1.5.1 Exercício de andar ao lado 2.1.5.2 Exercício de sentar 2.1.5.3 Exercício de deitar 2.1.5.4 Exercício de deitar e ficar quieto 2.1.5.5 Exercício de chamada

2.2 SOCIABILIZAÇÃO 2.2.1 Sociabilização intraespecífica 2.2.2 Sociabilização interespecífica

1.4 O ADESTRADOR 1.4.1 1.4.2 1.4.3

Exigências Físicas Exigências Mental Ética profissional

… e donos responsáveis! Página 1


Formamos: Cães Cães & & Lobos Lobos

Entrevista

Edição Edição Nº Nº 1 4

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS Módulo 3

(prático)

3.1 ADESTRAMENTO EM GUARDA E DEFESA 3.1.1 Determinar as aptidões do cão 3.1.2 O Figurante (Homem de ataque) 3.1.2.1 Vestuário 3.1.2.2 Equipamento 3.1.2.3 Formação 3.1.3 O trabalho de motivação 3.1.4 O treino técnico das mordidas 3.1.5 O treino da inibição da mordida (larga) 3.1.6 O treino da fuga do figurante 3.1.7 O treino da busca do figurante 3.1.8 O treino do ataque surpresa ao guia 3.1.9 O treino do ataque longo

Módulo 4

(teórico)

4.1 COMPORTAMENTOS ANÓMALOS E DESVIANTES 4.1.1 Agressividades 4.1.1.1 Definição e tipologias 4.1.1.2 Tratamento 4.1.1.3 Prevenção de agressividade por complexo de controlo

4.1.2 Micção ou defecação inadequadas 4.1.2.1 Definição 4.1.2.2 Tratamento 4.1.3 Ansiedade por separação 4.1.3.1 Definição 4.1.3.2 Tratamento 4.1.4 Fobias 4.1.4.1 Definição 4.1.4.2 Tratamento 4.1.5 Manias Maternais 4.1.5.1 Definição 4.1.5.2 Tratamento 4.1.6 Hiperatividade e hiperexceptibilidade 4.1.6.1 Definição 4.1.6.2 Tratamento 4.1.7 Comportamentos estereotipados 4.1.7.1 Definição 4.1.7.2 Tratamento 4.1.8 Ingestão Inadequada 4.1.8.1 Alimentação Estranha 4.1.8.2 Coprofagia 4.1.8.3 Objetos 4.1.9 Síndrome de Disfunção Cognitiva 4.1.9.1 Definição e Sintomas 4.1.9.2 A importância de um Diagnóstico Correto 4.1.9.3 Prognóstico 4.1.9.4 Tratamento

Curso intensivo de formação de monitores de adestramento científico canino (presencial) Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente Características do Curso Tipo de Curso: Curso presencial ministrado em sistema intensivo de 15 dias de duração, com uma carga horária lectiva diária de 4 horas, incluindo as componentes prática e teórica. Início do Curso: A combinar com o formando Local das Aulas: Campo de Trabalho do Centro Canino de Vale Lobos – Vale de Lobos - Sintra Método de Ensino: Científico Quantidade de Alunos por Curso: 1 Documento fim de Curso: Certificado com informação detalhada sobre as avaliações intercalares e finais e matéria leccionada

Estrutura Programática do Curso Módulo 1 (teórico) Módulo 2 (prático)

Do Curso de duração normal

… e donos responsáveis! Página Página 131


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Edição EdiçãoNº Nº10 4


Cães Cães & & Lobos Lobos

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Edição EdiçãoNºNº10 4


Cães & Lobos

Ficha Técnica

Edição Nº 10

Cães & Lobos Nº 10

Propriedade:

Centro Canino de Vale de Lobos

www.ccvlonline.com contacto@ccvlonline.com Edição:

Dep. Divulgação do CCVL http://Comportamentocanino.blogspot.com

Revista Digital de Cães e Lobos

Colaboradores

Editor:

Sílvio Pereira sp@ccvlonline.com Colaboraram nesta Edição: Anabela Guerreiro, Inês Pereira, Karin Pirá, Vanessa Correia Paginação e execução gráfica: Sílvia Pereira Nota: Todo o material publicado nesta edição é da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

_________________________ Página web: http://revistacaeselobos.weebly.com revista.caeselobos@ccvlonline.com

Página 26

Anabela Guerreiro anabelapg@iol.pt Inês Pereira marta.ines.santos.pereira@gmail.com Karin Pirá adestramentoresponsavel@gmail.com Tânia Carvalho tania.carvalho.rodrigues@gmail.com Vanessa Correia vanessa_correia_sb@hotmail.com


Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Curso destinado a todos os proprietários que queiram adestrar os seus cães em casa (portanto, no seu território) evitando assim as sempre stressantes e por vezes traumatizantes idas às escolas de treino canino. Características do Curso Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: De 2 a 4 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do aluno). A quem é dirigido este Curso: Com este Curso o dono dispensa as sempre angustiantes e traumáticas idas às escolas de treino, uma vez que o cão aprende no seu próprio território, portanto, qualquer pessoa está em condições de frequentar este curso, a única limitação prende-se com a obrigatoriedade de possuir um cão (seja ele de que raça for) uma vez que numa das fases do Curso terá que aplicar na prática, as técnicas que vão sendo estudadas. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/teórica e conhecimento profundo do aspeto funcional do cão, assim como uma identificação da interação dos mecanismos da aprendizagem com os vários tipos de condicionamento. No aspeto prático adquire-se um conhecimento básico dos princípios gerais do Condicionamento Operante assim como a utilização do clicker como instrumento fundamental no moderno treino científico canino. Resumindo, o formando fica perfeitamente preparado não só para poder treinar o seu cão positivamente mas também para compreender a sua linguagem, o seu carácter, a sua personalidade e o seu temperamento.

Estrutura Programática (resumida) Módulo 1 (teórico) 1ª Parte - Conhecer o Aspeto Funcional do Cão 2ª Parte - O Carácter e o Temperamento num Cão 3ª Parte - A Comunicação Canina 4ª parte - Os Instintos 5ª Parte - Condicionamento Operante 6ª parte - Descobrir o Clicker

Módulo 2 (prático) 7ª Parte - O Adestramento em Obediência Social 8ª Parte - Motivar e Condicionar o Cão 9ª parte - Exercícios de Obediência Básica 10ª Parte - Sociabilização

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-on-line-de-adestramento-positivo-canino.html

… e donos responsáveis!


Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Características do Curso Objetivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre a identificação, diagnóstico, tratamento e prevenção dos Comportamentos anómalos, desviantes e patológicos dos cães que vivem integrados na sociedade humana. É um Curso abrangente uma vez que é transversal a todos os Problemas Comportamentais dos canídeos domésticos. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 3 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Adestradores Caninos que sentem dificuldades na interpretação e tratamento destas patologias cada vez mais presentes na interação dos cães com os seus donos e o meio envolvente. Mas também a todos os interessados na temática do Comportamento Canino e nas alterações causadas por via da domesticação. Perspetival de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de interpretação, diagnóstico, tratamento e prevenção das Patologias do Comportamento. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, resolver todos os problemas ligados à área Comportamental.

Estrutura Programática do Curso Tema 1 - Como Funciona um Cão Tema 2 - O Carácter Tema 3 - O Temperamento Tema 4 - A Comunicação Canina Tema 5 - Os Instintos Básicos de Sobrevivência Tema 6 - Os Condicionamentos Tema 7 - As Agressividades Tema 8 - Ansiedade por Separação

(Resumido)

Tema 9 - Síndrome de Disfunção Cognitiva Tema 10 - Fobias Tema 11 - Manias Maternais Tema 12 - Hiperatividade e Hiperexcitabilidade Tema 13 - Comportamentos estereotipados Tema 14 - Ingestão Inadequada Tema 15 - Eliminação Inadequada

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html

… e donos responsáveis!


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