ENTREVISTA Entrevistada: Entrevistada: Lenir Maria Ramos, vice-diretora da escola Jardim das Pedras, natural de Barra de São Francisco/ES, formada em pedagogia e pós-graduada em orientação educacional pela FIAR. Tem 47 anos de idade, sendo 28 anos deles dedicados à educação, reside em Ariquemes há 30 anos. 1-Em sua opinião qual é a situação atual da educação no Brasil? Que nota você daria? A educação no Brasil ainda não é das melhores, mas está melhorando eu conceituo como regular, e a nota é seis. 2-Quais os maiores obstáculos enfrentados por educadores na sala de aula, e no seu local de trabalho? Falta de atenção por parte dos alunos e acompanhamento por parte dos responsáveis, muitas vezes o aluno é cuidado pelos avós ou por entidades. No trabalho é a falta de acompanhamento dos responsáveis. 3- Como é a relação entre educadores, alunos e pais? Muito falha, pois a escola muitas vezes tem que criar estratégias para os pais acompanhar a vida escolar dos alunos e alguns deles os pais não são localizados nem por telefone. 4- Há ainda muita evasão escolar? O que poderia ser feito para mudar isto? Nesta escola há pouca evasão escolar no ensino fundamental regular, porém no ensino médio semestral há em média 40% de evasão. O governo poderia fazer projetos para reduzir a evasão, se possível através de bolsas, assim ficaria mais difícil a desistência, mas com algum acompanhamento, como o bolsa família. 5- Qual é o real papel da escola na sociedade atual? Formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, além de ensinar as disciplinas tradicionais, prepará-los para a vida ensinando a respeitar as leis e ao próximo, porém nem sempre é possível. 6- Você é favor ou contra o sistema de cotas nas universidades brasileiras? Sou a favor das cotas desde que sejam acompanhadas e oferecidas para as pessoas certas, pois muitas vezes, quem não precisa é que ganha, o sistema de cotas deve ser melhorado em especial para as pessoas de baixa renda que conseguem ter acesso a uma universidade, as cotas devem ser dadas as pessoas com baixa renda e não por ser negras.
A professora chega à sala de aula toda entusiasmada para trabalhar a linguagem, disposta a utilizar métodos que aprendeu na faculdade, quando acadêmica. Deparase com alunos de diversas culturas, com várias ideologias, olhos fitos com vontade de aprender. Inicia-se a alfabetização, um mundo desconhecido das letras e das junções, denominadas sílabas, e mais tarde uma diversidade delas imersas em gigantes textos. A professora diz: -Vamos ao ditado! Vem a atenção dos pequenos estudantes que acompanham toda a sonoridade das palavras sem nenhuma preocupação com a gramática. Surge a primeira palavra: -Vamos lá - “chupeta”. -Epa! Chupeta é com “x” ou com Ch”? Nossa! Que dúvida cruel permeia na cabeça dos pequenos. -Tem som de “x”, como aprendi primeiro a usar o “x” então vai ser com ele que vou escrever. -Vamos lá outra palav -Minha nossa! Agora que deu um nó mesmo “s” ou “c” – a criança nem se lembra do casal de letras “xc”, vai ser com “c”, outros vai ser com “s”, bom será, vamos ver. ra: “excelência”.
-Outra palavra: “muito”. -Bom tem um “n” entre “i” e o “t” então vai se escrito “muinto”. Palavras vão, palavras vêm e as mesmas dúvidas, o seguimento sonoro continua. Chega a hora da correção, a professora observa cada palavra minuciosamente. Nota-se as diferenças em cada palavra escrita, preocupações surgem - calma professor!!! Você não ensinou errado. -“Mas não pode ser, ‘muito’ com ‘n’, ‘chupeta’ com ‘x’, não pode ser. Pode ser sim, a sonoridade é a vilã disso tudo. Tristezas a parte, o professor é o gramatiqueiro que não percebe o raciocínio dos pequenos ouvintes, que analisando pela lógica, escrevem as palavras como as ouvem. Mediante a isso o professor procura exercitar a mente dos pequenos, com atividades repetitivas, utilizando as diferenças do som e da escrita. Seria correto? Teria algum resultado? Talvez sim talvez não, mentes a partes, soluções diferentes. O certo é que o futuro completará e formará as mentes desses pequenos sonhadores, que aos poucos aprenderão a diferenciar o som da escrita. E possivelmente aqueles que escreviam “muintos”, poderão escrever “muitos, muitos livros”, trocadilho excelente e promissor.
Mesaque Dias, Romilda, Francieli Candeias, Vanesssa Moreira)
Sabemos, hoje, que um dos grandes problemas para aqueles que atuam na área da educação é conseguir estimular o gosto da leitura por parte dos alunos. Esse é um problema que não só afeta a área de línguas como a portuguesa, mas também as demais disciplinas: Matemática , Geografia , História entre outras , pois para que possa aprender as demais o aluno precisa ter uma boa base de leitura e saber interpretar. Mas sabemos que se valendo de uma boa pesquisa podemos encontrar livros atrativos para crianças e jovens sobre diversos assuntos. Dentro dessa perspectiva podemos classificar como sendo um livro de grande ajuda no estudo da história do Brasil “O vampiro que descobriu o Brasil” de Ivan Jaf, obra muito divertida em que um vampiro percorre nosso país, atrás do Velho que o transformou e durante essa procura narra a história do Brasil desde 1500, data de seu descobrimento, até o ano de 1999, data do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Conta a história que Antônio Brás, comerciante em Portugal, dono de uma taverna, em certa noite, já sendo altas horas, estava com um cliente e por querer fechar o estabelecimento, pediu que este se retirasse e o mesmo se transtornou atacando Antônio. Desde o ocorrido passou a perceber mudanças, apresentandose mais disposto, não conseguindo comer normalmente e se irritando com a luz do sol. Só se deu conta do que lhe ocorreu, quando encontra outro vampiro chamado Domingos que lhe esclareceu sobre sua nova condição e lhe conta que só havia um vampiro Velho que poderia tê-lo transformado; passando Antônio então a persegui-lo. A primeira vez que teve notícias do Velho foi quando a frota de Cabral estava para partir ao encontro das Índias, sendo que o velho se encontrava no corpo do comandante, pois para que revertesse sua situação Antônio precisava cravar uma estaca de carvalho no seu coração e aspirar as cinzas de seu corpo, parte então com a esquadra de Cabral e em 1500 chega ao Brasil. O primeiro encontro de Antônio com o Velho se deu durante o descobrimento, estando o velho no corpo de um frei, nesse encontro ele não foi bem sucedido e acabou perdendo as pistas do velho. Durante sua estada no Brasil o vampiro passou a conviver com as pessoas e as grandes transformações históricas, políticas e sociais sem as compreender
muito bem e sem se importar, foi durante as Invasões Holandesas que se encontrou pela segunda vez com o Velho, descobrindo-o no corpo de um certo Calabar, conhecido por trair o Brasil . Antônio o perde e a partir de então passou a acompanhar os grandes eventos da história em que o velho poderia estar presente, sempre pensando em poder voltar a comer suas lascas de bacalhau fritas em azeite e beber seu vinho tinto rascante. Esta obra nos transporta para Salvador, Recife, Vila Velha, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, sempre com Antônio a perseguir o Velho e acompanhando o desenvolvimento político e econômico do país, passando por fatos como: história de Tiradentes; movimento de Diretas Já. A história tem seu fim no ano de 1999 durante a eleição e segundo mandato de Fernando Henrique. Em seu enredo final conta-se que Antônio marca um encontro com o vice-presidente reeleito depois de algumas semanas e assim realiza o que sempre quis, cravar as estacas e aspirar as cinzas do velho, podendo realizar seu grande desejo de ser mortal outra vez e saborear suas lascas de bacalhau fritas em azeite e beber seu vinho tinto rascante. Diante de tudo isso, essa obra pode ser de grande valia no estudo da história do Brasil tornando assim um estímulo à leitura e uma forma prazerosa de conhecimento, pois quer um tema mais interessante e que chama a atenção do leitor do que um vampiro que esteve presente nos fatos históricos mais importantes de nosso país? O professor pode usar recursos novos para que os alunos aprendam e possam confrontar a obra de Ivan Jaf com os livros didáticos e descobrir o que é verdade ou pura ficção, mergulhando nos conteúdos e descobrindo novas formas de aprender.
Nome: O vampiro que descobriu o Brasil Autoria: Ivan Jaf Coleção: Memórias de Sangue Editora: Ática 120 páginas Por: Franciele Fernandes de Aquino, Jéssica dos Santos e Rebeldiane Mesabarba de Oliveira.
de Opinião Uso dos Clássicos na Escola - Trabalhando poesias
Por: Ivanete Tavares, Fabiana Dias, Magno Fontoura, Maclei Gonçalves
Vemos a necessidade de utilizar, com mais frequência, as poesias no ensino-aprendizagem de alunos de 5º ao 9º ano, principalmente no que se refere à leitura, pois são textos de fácil compreensão, prendem a atenção dos alunos e encantam qualquer idade. Nesta faixa etária (10 a 14) os alunos estão em fase de desenvolvimento, e as poesias, principalmente os clássicos, fascinam adolescentes e pré-adolescentes, que se identificam com autores e obras literárias. Uma vez que essas obras podem ser trabalhadas de diversas maneiras, usando a criatividade dos professores e alunos. Segundo Pimentel, (2010, p. 248): “O papel do professor será o de permitir o encontro da criança com a poesia. Ele disporá de inúmeros meios: clube de poesia, concursos, entrevista com poetas, leituras dos poemas acompanhados ou não de musicas, audição de discos de poesias, seguido de debates.” Sendo assim, o papel do professor será sempre de mediador e incentivador do aluno para que adquire o gosto pela poesia, proporcionando-lhe meios que facilitam a aprendizagem e desenvolvam a sensibilidade, a criatividade e as competências (leitura e escrita). Infelizmente, ainda temos professores que não valorizam este gênero textual “poesia” como recurso para o ensino da língua; quando a levam para a sala de aula é com intuito de apresentá-la em momentos cívicos. De acordo com Pimentel (2010), o aluno, simplesmente, deve conviver naturalmente com a poesia e não ser obrigado a recitá-la ou decorá-la em ocasiões especiais. Desta forma estaremos dando oportunidade para que aluno tenha contato com o conjunto maravilhoso de sons, ritmo, colorido que a poesia transmite e que as crianças entendem e amam.
Evento A semana intercursos - FIAR - Faculdade Integradas de Ariquemes foi realizada no período de 22 a 26 de outubro. Teve como objetivo transmitir aos acadêmicos, conhecimentos nas diversas áreas do conhecimento. Os temas abordados foram de importância para todos, com capacitações e oficinas. O aproveitamento foi satisfatório. O curso de Letras marcou presença durante o evento, com apresentações culturais abordando temas literários. Uma das palestras marcantes foi sobre memorização e concentração com José Claudio Luvizzotti. ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DO EVENTO Letras in Foco: A semana do intercurso foi importante para você? Acadêmica: Sim, porque eu aprendi como me comportar em uma apresentação de oratória. Letras in Foco: Foram disponibilizadas algumas oficinas. Qual delas você participou? Acadêmica: Oficina ministrada pelo professor Nilson, com o tema: novo acordo ortográfico. Letras in Foco: O que mais lhe chamou atenção nesta oficina? Acadêmica: Como o professor usa seus métodos para transmitir os conhecimentos sobre a língua portuguesa. Letras in Foco: Segundo os temas abordados no seminário o que mais lhe despertou interesse? Acadêmica: Os temas Memorização, Oralidade e Auto Motivação. Letras in Foco: Qual desses palestrantes serviu de exemplo para seu futuro profissional? Acadêmica: o primeiro palestrante: José Claudio Luvizzotti e o último que foi realizada nas dependências da Missão kadosch – Augusto Leite Costa.