CECIP
RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2018
Apresentação O CECIP – Centro de Criação de Imagem Popular é uma associação civil de direito privado, filantrópica, independente, sem fins lucrativos, que tem como missão contribuir para o fortalecimento da cidadania, produzindo informações e metodologias que influenciem políticas públicas promotoras de direitos fundamentais. No último triênio, o CECIP implementou diversos projetos – alguns deles ainda em curso –, abordando temas nas áreas de direitos da criança e do adolescente, cultura, arte e tecnologia, educação infantil, saúde, capacitação de educadores, desenvolvimento sustentável, protagonismo juvenil, entre outros. Esses temas respondem às demandas da sociedade por transformação de princípios legais em ações concretas de melhoria da qualidade de vida das comunidades, em especial das crianças, adolescentes e jovens adultos, moradores da periferia urbana do Rio de Janeiro. Os projetos do CECIP traduzem as linhas de ação da instituição, que incluem: capacitação de educadores, apoio a escolas e formação de agentes de mudança; mobilização social e campanhas de interesse público; produção de materiais educativos e realização de documentários sobre a realidade nacional. Parcerias são estabelecidas para o desenvolvimento de suas iniciativas. Em especial, com o Centro de Artes Calouste Gulbenkian, equipamento público vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, da Prefeitura do Rio de Janeiro, que desde 2017 vem acolhendo em seu espaço o projeto Oi Kabum! Lab Laboratórios de Cultura Digital. O Projeto encontra-se em sua terceira edição, tendo atendido cerca de 500 jovens de 18 a 29 anos, na formação de Arte e Tecnologia. O presente relatório contém as informações mais relevantes, seus objetivos, atividades desenvolvidas, resultados alcançados e público beneficiado. Informações adicionais encontram-se em relatórios dos próprios projetos, enviados aos seus financiadores e disponíveis na sede do CECIP para consulta.
Centro de Criação de Imagem Popular Rua da Glória, 190, sala 202, Glória 20241-180 · Rio de Janeiro · RJ Tel/Fax (55 21) 2509 3812 E-mail cecip@cecip.org.br . www.cecip.org.br CNPJ – 29.260.676/0001-04
CECIP
I. Identificação da entidade I.1. Nome: CECIP – CENTRO DE CRIAÇÃO DE IMAGEM POPULAR Inscrição no CMDCA, Número: 02/232/427 I.2. Endereço: RUA DA GLÓRIA, 190 / 202 I.3. Bairro: GLÓRIA Cidade: RIO DE JANEIRO UF: RJ I.4. CEP: 20.241-180 I.5. Telefone: (21) 2509 3812 I.6. E-mail: cecip@cecip.org.br I.7. CNPJ: 29.260.676/0001-04 Data de Inscrição no CNPJ: 21/01/1987 I.8. Data de Fundação: 18/12/1986 I.9. Técnico responsável: Dinah Protasio Frotté, Diretora Administrativo-Financeira.
A seguir, descrevemos um resumo dos projetos realizados na cidade do Rio de Janeiro na área de infância e adolescência. Ressaltamos que as ações desenvolvidas pelo CECIP são oferecidas gratuitamente para o público-alvo a que se destinam.
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CECIP
II - Atividades desenvolvidas no exercĂcio (ANO 2018)
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CECIP 2.1 Projeto
Oi Kabum! Lab Laboratórios de Cultura Digital Fruto de uma parceria entre o CECIP e o Oi Futuro, o Projeto Oi Kabum! oferece a jovens da periferia urbana a oportunidade de dar seus primeiros passos no mundo profissional, por meio de uma formação que alia arte, tecnologia e cidadania. Esta parceria vem sendo implementada desde 2009, com projetos que se diversificam de acordo com demandas dos jovens e possibilidades de investimento a cada ano. Durante oito anos, a Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia ofereceu, em cinco edições, uma formação técnica entre 900 a 1.300 horas, nas áreas de Vídeo, Fotografia, Design Gráfico e Computação Gráfica, para cerca de 420 jovens de 16 a 21 anos. A metodologia aliava a prática em técnicas e softwares utilizados no mundo profissional para expressar, em projetos autorais, seus interesses, preocupações e motivações. Complementando esse currículo, a formação incluía aulas de Design Sonoro, Web Design, Arte Digital, Oficina da Palavra, História da Arte e Tecnologia e Desenvolvimento Pessoal e Social.
Sumário da Proposta
A partir de agosto de 2017, a escola de arte e tecnologia transformou-se em um Laboratório de experimentação, Oi Kabum! Laboratórios de Cultura Digital. Neste novo formato, a cada edição 60 jovens de 18 a 29 anos são selecionados para desenvolver seus projetos nas áreas de arte e tecnologia, tendo como foco a proposição de criar interferências artísticas urbanas que discutam temas de interesse social e tragam questões ao público que participa das performances. Esta atividade se desenvolve no Laboratório de Intervenções Urbanas – LabI.U. O enfoque multidisciplinar permanece voltado para a formação integral dos jovens. Trabalha com a perspectiva de ampliar sua capacidade de refletir e atuar sobre o universo em que vivem. O diferencial é que adquirem mais instrumentos para interferir nessa realidade, com a criação de produtos capazes de comunicar suas reflexões a outros jovens, para sensibilizá-los a atuar como catalisadores de ações que os integram à cidade que lhes pertence, ao mesmo tempo em que ajudam a superar preconceitos. Como trabalho de conclusão dos semestres, os jovens produzem performances nas ruas da cidade e exposições para apresentar ao público seus trabalhos. Além do LabI.U,. a Oi Kabum! oferece diversas oficinas de curta duração, que já envolveram mais de 800 jovens e educadores com ações e projetos de intervenção social comunitárias, como Oficinas Click, Ações Multiplicadoras: o Imagine-se – Laboratórios de Arte e Tecnologia na Escola, Proliferantes, e ainda, atualmente, o Lab Horizontes. O Oi Kabum! Lab Laboratórios de Cultura Digital também mudou de casa: em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, o projeto está instalado no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, na Praça XI, com o horário de funcionamento de terças-feiras às quintas-feiras, na parte da manhã. O Lab Horizonte fica disponível para coletivos de jovens entre 16 e 29 anos que queiram desenvolver seus projetos.
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CECIP 2.1 Projeto
Oi Kabum! Lab Laboratórios de Cultura Digital O mundo vive uma explosão das expressões audiovisuais e dos aparatos tecnológicos, e os jovens moradores de áreas de baixa renda não costumam ter oportunidades de tornar-se protagonistas na produção dessas expressões, muito menos de tentar se profissionalizar em áreas artísticas e de comunicação. Muitas vezes nem eles próprios valorizam os seus talentos e os de suas comunidades. Paradoxalmente, os artistas visuais contemporâneos de todo o mundo estão, mais que nunca, pesquisando justamente a criatividade pop-urbana das periferias.
Contexto do projeto
As tecnologias consideradas fundamentais para o desenvolvimento acenam com a possibilidade de diminuição das desigualdades tanto internas (entre regiões do país e bairros das cidades) quanto externas (entre países). Se, por um lado, os avanços da tecnologia de fato propiciam a incorporação de recursos cada vez mais sofisticados e poderosos nos campos da comunicação, da educação e da informação, por outro, reproduzem e reforçam os mecanismos de concentração de poder e perpetuação das desigualdades. Por isso, é tão importante a inclusão dos jovens de baixa renda na chamada sociedade do conhecimento. Afinal, há um fosso entre os que têm acesso ao conhecimento artístico-tecnológico e os que não o têm. A desigualdade social, tão presente em outras áreas, também repercute no âmbito da arte e da tecnologia. E assim se estabelece um círculo vicioso: a limitação do ponto de vista socioeconômico leva à limitação do ponto de vista artístico-tecnológico, o qual, por sua vez, contribui para a exclusão no campo socioeconômico. Uma forma de romper esse ciclo é garantir aos jovens o acesso aos conhecimentos e recursos necessários para serem atuantes e críticos em áreas expressivas e artísticas, afirmando-se como cidadãos e como profissionais. Esta é a missão do Oi Kabum! Lab.
Público-Alvo
Jovens estudantes ou egressos da rede pública de ensino, entre 16 e 29 anos, moradores em bairros populares e comunidades de baixa renda.
Faixa etária do público alvo:
Jovens de 16 a 29 anos Promover a formação de jovens de periferia nas áreas de arte e tecnologia, oferecendo oportunidades para transformarem seu potencial criativo em competências que os habilitem a atuar com chances de sucesso no mundo do trabalho.
Objetivo
Criar um espaço privilegiado de concepção e experimentação metodológica no ensino e na produção de peças de comunicação e de arte em mídias digitais. Incentivar e fortalecer outras iniciativas educativas, sociais e artísticas em comunidades de baixa renda, por meio de ações multiplicadoras, projetos sociais promovidos pelos próprios jovens participantes do Oi Kabum! Lab.
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CECIP 2.1 Projeto
Oi Kabum! Lab Laboratórios de Cultura Digital
Justificativa
Foi pensando em diminuir o gap entre a força da estética pop e a falta de acesso aos meios tecnológicos de criação e produção da imagem por parte da juventude popular urbana — e ciente da carência de projetos sociais voltados especificamente para uma formação multimídia, com equipamentos e softwares de ponta — que o Oi Futuro, em parceria com o CECIP, se colocou o desafio. O Oi Kabum! Lab tem como objetivo promover a explosão de talentos, formando jovens moradores de bairros de baixo Índice de Desenvolvimento Humano nas áreas de Computação Gráfica, Design, Fotografia e Vídeo, ampliando suas perspectivas de vida. O trabalho é desenvolvido pelos jovens em oficinas, utilizando a metodologia de aprendizagem por projeto. Á medida em que vão desenvolvendo suas ideias, surgem conteúdos ou habilidades necessárias, que são então supridas pelos orientadores ou pelos próprios colegas, numa educação em que todos ensinam e todos aprendem.
Metodologia
As oficinas acontecem com a periodicidade de três dias por semana (em 2018, terças, quintas-feiras e sábados), no horário de 8h às 13h. São oferecidas competências em Fotografia, Vídeo, Computação Gráfica, Design Gráfico, Arte Digital, Mapping, Web Design, Design Sonoro. Esta formação tem 6 meses de duração. O aprendizado por projetos incentivou os jovens a formarem coletivos e desenvolverem projetos de intervenção urbana que foram implementados ao término da formação, sendo registrados em foto e vídeo e expostos na mostra Interferências, para um amplo público.
Sistema de avaliação
Período de realização
A avaliação é feita considerando as produções artísticas (portfólio) e observação de desempenho dos alunos. São registradas frequência e participação nas oficinas. Há dinâmicas de autoavaliação e de avaliação dos educadores. Ao concluir o curso, os alunos recebem um certificado, com a descrição dos conteúdos abordados. A parceria com o Oi Futuro foi iniciada em 2009. A segunda turma Oi Kabum – Laboratório de Intervenções Urbanas, objeto deste relatório, teve início em abril 2018 e encerrou em fevereiro de 2019. A equipe seguiu com atividades de avaliação e relatoria até março 2019. 180 jovens participaram da Oficina Click (20 horas) – de experimentação artística, visando também selecionar os participantes do Lab IU.
Resultados obtidos
60 jovens participaram das oficinas do Lab IU – Laboratório de Intervenções Urbanas, realizado no âmbito do Oi Kabum! Lab, para produção de seus projetos envolvendo Vídeo, Fotografia, Design Gráfico, Computação Gráfica, Arte Digital. Em fevereiro 2018, 11 intervenções urbanas foram realizadas durante duas semanas nos bairros do Centro, Praça Onze, Passeio Público, Lapa, Cinelândia, Praça XV, Rio das Pedras e ainda nos centros culturais da Justiça Federal e do Oi Futuro, que envolveram todo tipo de público, desde 6
CECIP 2.1 Projeto
Oi Kabum! Lab Laboratórios de Cultura Digital moradores de rua, jovens, adultos, e frequentadores de espaços culturais. Uma exposição "Interferências" recebeu cerca de 400 pessoas no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, mobilizadas por meio do mailing da Oi Kabum!, do CECIP e do Oi Futuro e pelas páginas de Facebook da Oi Kabum! Lab e do CECIP, e dos próprios jovens, além de divulgação na imprensa (incluindo o caderno Rio Show, do Globo, o RJTV entre outras mídias). Lab Horizontes - o espaço voltado para fortalecimento de coletivos e desenvolvimento de projetos – proporcionou as seguintes ações: Adote um artista e Mensagens e Linguagens Híbridas realizados por egressos Oi Kabum!; Neurose Urbana foi aperfeiçoado com a produção de conteúdo e exibido no evento de Comunicação Acordes, na UERJ, Maracanã; Cool Hunter Favela – coletivo da Zona Oeste que trabalha com moda alternativa – atualização do site, vídeo, revista online; coletivo O Berro – com a produção de clip musical da Lorac – música pop –; e produção da marca de roupas Maria Chantal; coletivo para a produção do clip musical da Thais Feijão. Houve ainda workshops de: Blender (aplicativo gráfico), de Projeção Mapeada (software Resolume) e expressão corporal e tecnologia - Corpos e Gestos Tecnológicos. O público direto do Lab Horizontes é composto por jovens e adultos selecionados por edital, divulgado pela internet (facebook da Kabum! e do CECIP), e também por coletivos que chegam ao Oi Kabum! Lab por procura espontânea, interessados nas oficinas e workshops propostos durante o período. 60 jovens participantes do Lab IU – Oi Kabum! Lab
Número total de beneficiários atendidos
180 jovens que participam da Oficina Click. 223 jovens participaram das ações do Lab Horizontes 400 pessoas – jovens, familiares, amigos, parceiros visitaram a exposição Interferências População em geral, por meio das intervenções urbanas nas ruas.
Origem dos recursos
Oi e Oi Futuro por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Equipe
Coordenador – 3; Aux. Escritório – 1; Secretária – 1; Auxiliar Administrativo – 1; Monitor – 1; Monitor Jr. – 2; Educadores – 10.
Abrangência territorial
Prioritariamente, região metropolitana do Rio de Janeiro.
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CECIP
2.2 Projeto
Criança Pequena em Foco Projeto Criança Pequena em Foco (CPFoco) surgiu da necessidade de incluir a perspectiva da criança de 0 a 8 anos, ao pensar as políticas públicas para a cidade do Rio de Janeiro.
Sumário da Proposta
O CPFoco visa a realização de projetos-piloto em comunidades, desenvolvendo e sistematizando metodologias de participação da criança em ações de planejamento urbano; a promoção de debates sobre a primeira infância com a presença de especialistas; e o registro e sistematização da experiência, para ser divulgada e disseminada amplamente, de maneira a influenciar as políticas públicas para este segmento. A segunda fase do projeto, iniciada em 2015, tem como objetivo prevenir a violência contra a vida das crianças, especialmente aquela sofrida no trânsito, a partir da promoção de um modelo de política pública focado na melhoria da mobilidade, com participação infantil e comunitária e de articulações políticas. O ano de 2018 foi dedicado a divulgação dos resultados e articulação com o poder público.
Contexto do projeto
De acordo com o Ministério da Saúde, por ano, mais de 2400 crianças perdem a vida em consequência de acidentes de trânsito no país. Dentre as causas externas, esse é o principal índice de mortalidade infantil no Brasil, desde o nascimento até os 14 anos de idade. Além disso, ao pensar em áreas urbanas adequadas ao público infantil, é notória a falta de equipamentos urbanos que garantam espaços de lazer, de brincar, de estabelecer trocas culturais para as crianças. Compreendemos que as crianças merecem uma atenção especial, uma vez que o direito de brincar está garantido pela Constituição Brasileira, pelo ECA e mais recentemente fortalecido pelo Marco Legal pela Primeira Infância. E são poucos os espaços onde podem circular e brincar de forma segura nos lugares onde vivem. Crianças de 0 a 8 anos moradoras do complexo de favelas de Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Público-Alvo
Profissionais que compõem o sistema de garantia de direitos das crianças e adolescentes (SGDCA) – educadores, agentes sociais, conselheiros, entre outros. Indiretamente: Crianças de outras áreas da cidade e de outras cidades do país, funcionários de órgãos do poder público, organizações não governamentais, universidades e escolas, a nível nacional.
Faixa etária do público alvo:
Objetivo
Diretamente: de 0 – 8 anos Adultos que atuam no SGDCA. Incluir a participação infantil na formulação de políticas públicas a partir de articulação com o poder público, criação e disseminação de metodologias participativas, sensibilização, comunicação e promoção de debates sobre o assunto.
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CECIP 2.2 Projeto
Criança Pequena em Foco Dar visibilidade a experiências de participação infantil em âmbito nacional. Prevenir a violência contra a vida das crianças, inclusive aquela sofrida no trânsito, a partir da promoção de um modelo de política pública com participação infantil e comunitária e de articulações políticas.
Justificativa
Nesse projeto, buscamos incentivar a criação de estratégias que visam incluir a participação das crianças, principalmente a partir do desenvolvimento de uma ação-piloto, para que estas possam ter suas opiniões e necessidades contempladas nas políticas públicas e nos projetos de intervenção. Essa perspectiva implica em mudar a concepção de que crianças devem aguardar passivamente, para que no futuro se tornem cidadãos. Incluir a participação de crianças é percebê-las como sendo capazes de agir no momento presente de suas vidas. Realização de pesquisa quantitativa e qualitativa sobre a violência na comunidade; Monitoramento do andamento do projeto para identificar as iniciativas que têm mais potencial de mudança e refletir sobre as que precisam ser reestruturadas para atingirem os seus objetivos; Avaliação das estratégias utilizadas no desenvolvimento da experiência para identificar aquelas que poderiam ser replicadas em outros territórios e aquelas que precisam ser melhoradas; Atuação como um laboratório de criação de tecnologias sociais, realizando uma experiência de construção e implementação participativa de plano de ação para redução da violência em comunidades com: crianças, escolas, pais, poder público, comunidade etc;
Metodologia
Comunicação e promoção de uma cultura de diálogo e de paz entre crianças, pais, escola, comunidade e poder público. Articulação de encontros e diálogos com parceiros da Rede Nacional da Primeira Infância, rede interfóruns de educação infantil, redes e grupos de interesse na questão da participação infantil -nacionais e internacionais, Conselhos Municipal, Estadual e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - para troca de informações, disseminação do projeto, seus desafios e resultados e inclusão da participação infantil em seus espaços. Atuação na transferência da tecnologia social criada nesta experiência e de outras criadas pelo CECIP para outros contextos, em diálogo com o poder público e terceiro setor. Realização de ações de promoção e comunicação sobre participação infantil visando estimular, valorizar e ampliar as discussões sobre o tema. Este último ano do projeto foi dedicado a ações de divulgação e articulação com o poder público e agentes do sistema de garantia de direitos.
Cronograma de - Em Fevereiro (6/2/2018) foi organizado o Seminário Primeira Infância na atividades Cidade do Rio que reuniu mais de 200 pessoas, entre convidados e plateia, dispostos a refletir sobre o que o município tem feito pelas crianças de zero 9
CECIP 2.2 Projeto
Criança Pequena em Foco a seis anos. Este evento foi realizado pelo GT PMPI, do CMDCA, a partir da articulação entres as instituições que compõem o GT (CEDECA- Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, CIEDS- Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável, CIEDS- Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre Infâncias e o CECIP- Centro de Criação de Imagem Popular). no auditório da Universidade Veiga de Almeida, com quem se estabeleceu uma parceria. - As assembleias mensais promovidas pelo CMDCA no auditório da prefeitura, recebem centenas de instituições do município associadas ao Conselho que utilizam o certificado do CMDCA como importante instrumento na aquisição de financiamentos e parcerias. Um espaço potente de diálogo e articulação com a sociedade civil, um público específico que luta pelos direitos das crianças. O projeto, ao longo de 2018, conquistou espaços de fala e divulgação do PMPI durante as Assembleias. - O Projeto esteve representado também junto ao CEDCA. A presença, durante as assembleias, da equipe do Projeto Criança Pequena em Foco foi importante para pontuar, sempre que possível, que a participação infantil é um direito e que o Rio de Janeiro é referência nessa escuta de crianças e condução da participação infantil nos espaços de direito. - Abril - CMDCA São Gonçalo: Em abril de 2018 a equipe do Criança Pequena em Foco foi convidada a realizar uma escuta de crianças em duas creches do município de São Gonçalo. O convite foi feito pela integrante da RNPI, Maria Luzinete Martins Moreira, Conselheira do CMDCA e Diretora de uma Creche da Rede Municipal. A proposta de contrapartida do projeto foi de que além das crianças fosse feita uma sensibilização com Conselheiros de direitos e outros interessados. O número de interessados superou a expectativa, mais de 60 pessoas entre conselheiros do CMDCA, conselheiros tutelares, estudantes de serviço social, entre outros representantes da sociedade civil. Como desdobramento desse encontro de formação sobre a escuta de crianças e espaços de participação infantil foi firmado um contrato de consultoria em que a equipe do projeto Criança Pequena em Foco realizará dois encontros de preparação para a Conferência Municipal, nos meses de junho e julho, e acompanhará a Conferência que seria realizada em outubro. - Maio – Realização do minicurso “Criança nos Conselhos é de Direito”. Na assembleia de abril, o conselheiro João Cariello de Moraes fez um histórico da participação pioneira do CECIP no comitê e ações de participação do CEDCA. Como encaminhamento, o CEDCA foi convidado a participar do curso de escuta e participação de crianças em espaços que lhe são de direito, que foi realizado no dia 23 de maio. A proposta era contribuir com a condução das Conferências Estaduais e incluir a participação de crianças, já que a de adolescentes tem sido sempre priorizada. - Setembro: lançamento da Publicação Crianças e seus caminhos, elaborada pela equipe do Criança Pequena em Foco, com consulta a professoras da rede pública e à CET-Rio, que custeou a impressão. O
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CECIP 2.2 Projeto
Criança Pequena em Foco Criança Pequena em Foco e a CET-Rio a lançaram em 18 de setembro de 2018, no Museu de Arte do Rio (MAR) seguida de uma capacitação da equipe do projeto A Caminho da Escola que levará o material para dentro das escolas municipais em suas visitas.
O projeto realizou uma pesquisa, qualitativa e quantitativa, para a criação de um diagnóstico sobre a questão da mobilidade em Manguinhos. Foi feita também, com a participação da equipe e de parceiros, a construção de rubricas avaliativas para serem monitoradas ao longo dos três anos. Ao término do projeto, foi produzido um Relatório de Avaliação, apresentando os resultados e as recomendações para ações futuras, visando a transferência Sistema de desta tecnologia social para outras regiões do município do Rio de Janeiro, monitoramento assim como para outros municípios. e avaliação Além disso, o projeto conta com um processo de monitoramento constante através de reuniões semanais de equipe. Nesses encontros, são abordados diversos pontos referentes ao andamento do projeto, dentre os quais: o alcance dos objetivos propostos, as dificuldades e os problemas enfrentados e a busca por soluções e encaminhamentos para serem realizados ao longo dos meses de duração. Origem dos recursos
Fundação Bernard van Leer (Holanda)
Equipe
1 Coordenador Geral, 1 Coordenador de Projetos; 1 Assistente de Projeto, 1 Assistente de Campo e 1 Assistente de Articulação. Além disso, o projeto conta com uma assistente social e com equipes de apoio e contábil do CECIP.
Abrangência territorial
Municipal, Estadual e Nacional
Período de realização
A parceria com a Fundação Bernard van Leer para implementação desse projeto foi iniciada em 2012. Esta é a segunda etapa com previsão de três anos - Fevereiro/2015 a Maio/2018. - Criação do Grupo de Trabalho de Implementação do Plano Municipal Primeira Infância no CMDCA, Rio de Janeiro.
Resultados obtidos
- Realização de uma cartilha/jogo, em parceria com a CET-Rio, para ser utilizada no Programa A caminho da Escola, realizado com as escolas municipais. Nesta cartilha é enfatizado o protagonismo da criança no diagnóstico dos problemas do bairro e sua solução. - Realização de mini-cursos sobre participação infantil para educadores e membros dos Conselhos Tutelares e de Direitos. Uma delas em São Gonçalo, para conselheiros de direitos envolvidos na organização das préconferências e na construção do PMPI do seu município.
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CECIP 2.2 Projeto
Criança Pequena em Foco Diretamente: - 60 adultos participantes dos mini-cursos sobre participação infantil
Número total de beneficiários atendidos
- 20 adultos – entre conselheiros de direitos e suas equipes. Indiretamente: 13.500 pessoas com idade entre 0 e 15 anos, moradoras de Manguinhos. Por estarmos voltados para implementação de metodologia que busca influenciar as políticas públicas para primeira infância no município do Rio de Janeiro, entendemos que cerca de 500 mil crianças podem ser beneficiadas com essa ação.
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CECIP 2.3 Projeto
Transição da Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância
Sumário da Proposta
A Rede Nacional da Primeira Infância – RNPI é uma articulação nacional de organizações da sociedade civil, do governo, do setor privado, de outras redes e de organizações intragovernamentais, que se comprometem atuar em conjunto na defesa e promoção dos direitos das crianças de até seis anos de idade. A Rede tem com como princípio a gestão democrática, apresentando uma configuração horizontal entre as suas organizações integrantes. Em sua estrutura, possui uma Secretaria Executiva, que foi desempenhada pelo CECIP no triênio 2015 – 2017, com a tarefa de elaborar e executar ações no âmbito político da primeira infância. O ano de 2018 foi de transição da Secretaria Executiva do CECIP para a ANDI – Comunicação e Direitos, que assumiu a Secretaria Executiva da Rede para o triênio 20182020.
Contexto do projeto
A Rede Nacional Primeira infância teve seu início em 2007 com a organização PROMUNDO (2007-2008) e OMEP-BR (2009-2010), e apoio da Fundação Bernard van Leer, com o trabalho de constituição da Rede e da criação do Plano Nacional pela Primeira Infância. As gestões seguintes, Avante (2011-2012) e Ifan (2013 – 2014), ampliaram o número de membros e de ações para a garantia dos direitos das crianças pequenas. A Rede articula mais de 200 organizações, num leque amplo e diversificado de especialidades na área dos direitos das crianças pequenas. A diversidade da Rede não está apenas nas especialidades das organizações que a compõem, mas também nos âmbitos de poder a que pertencem. A capacidade de articulação, mobilização e formulação propositiva que a RNPI está demonstrando vem lhe conferindo importância e reconhecimento social e político no país. O seu crescimento é atestado pelo poder agregador que a primeira infância exerce no momento atual.
Público-Alvo
Poder executivo (federal, estadual e municipal) e legislativo, Sociedade Civil, profissionais que atuam com primeira infância.
Objetivo
Dar apoio e garantir a passagem das informações necessárias para que a ANDI– Comunicação e Direitos assumisse a Secretaria Executiva da Rede para o triênio 2018-2020.
Finalizar ações da Gestão CECIP (Distribuição de certificados de participação no Curso EAD Elaboração dos Planos Municipais pela Primeira Infância)
Transferir o acervo da rede para Brasília
Finalizar os relatórios de atividades e financeiro.
Justificativa
A RNPI é uma rede diversa e complexa – assumir a secretaria executiva desta rede requer apoio financeiro, organização e construção de muitas parcerias. A cada três anos, quando a nova secretaria executiva é eleita, dá-se um processo de transição para apoiar a nova gestão a se assenhorar dos documentos e procedimentos que lhe competem.
Metodologia
Os processos desenvolvidos pela Rede baseiam-se na gestão democrática 13
CECIP 2.3 Projeto
Transição da Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância das organizações integrantes. Em sua estrutura, a RNPI possui uma Secretaria Executiva, que tem o compromisso de elaborar e executar ações no âmbito da primeira infância, e a Assembleia Geral, como instância máxima de deliberação, com a responsabilidade de aprovar as políticas e as linhas de ações da RNPI. O Grupo Gestor, outro componente da estrutura da Rede, composto por 11 organizações titulares e três (03) suplentes, possui a função de aconselhar, acompanhar e auxiliar o trabalho da Secretaria Executiva na captação de recursos, desenvolvimento de projetos conforme plano de ação, acompanhamento financeiro e posicionamento técnico e político. A RNPI também tem Grupos de Trabalho, formados por organizações integrantes ativas da Rede, que se organizam para atender às demandas, segundo suas habilidades e/ou especialidades temáticas. A Secretaria Executiva desenvolveu um processo de transição que incluiu a garantia de um financiamento mínimo por três anos, apresentação da ANDI para outros apoiadores da RNPI, além de coach a organização nos processos burocráticos da rede (por exemplo, cadastros, inscrições de novos membros, entre outros). É de praxe que ao sair da posição de Secretaria Executiva, a organização reassuma seu papel no Grupo Gestor da rede – o que aconteceu no caso do CECIP. Reuniões periódicas com a equipe da Secretaria Executiva (ANDI);
Reuniões mensais com o Grupo Gestor; Cronograma de atividades Representação em eventos; Elaboração, lançamento e distribuição do Relatório Gestão CECIP (2015/2017) Sistema de avaliação
A avaliação do processo de transição é feita principalmente, nas reuniões de monitoramento e aconselhamento com o Grupo Gestor.
Origem dos recursos
Fundação Bernard van Leer (Holanda), Porticus.
Equipe
1 Secretário Executivo, 1 Coordenador, 1 Jornalista, 1 Articulador, 1 Assistente Administrativo, 1 Assistente de Projeto.
Abrangência territorial
Nacional
Período de realização
De janeiro a dezembro de 2018 - Processo de transição foi realizado com sucesso
Resultados obtidos
- Foram distribuídos os Certificados de participação no Curso EAD Elaboração dos Planos Municipais pela Primeira Infância - Foi finalizado o relatório e distribuída a publicação resultante para todos
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CECIP 2.3 Projeto
Transição da Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância os membros da rede.
Número total de beneficiários atendidos
200 representantes das instituições membros – presentes nas assembleias, seminários e conferências; A RNPI atua em esfera nacional e busca influenciar as políticas públicas para atingir todas as crianças brasileiras com até seis anos de idade. Estima-se que sejam cerca de vinte milhões de crianças de 0 a 6 anos em nosso país.
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CECIP 2.4 Projeto
De Mãos Dadas por uma Creche de Qualidade O Projeto De Mãos Dadas por uma Creche de Qualidade propõe continuar com o trabalho voltado para a formação de gestores e educadores em sete creches do bairro da Rocinha, e uma no Cantagalo, comunidade situada em Copacabana, todas na zona sul do Rio de Janeiro. Em 2017, o Projeto alcançaria o último ano desse ciclo. No entanto, a situação de violência nas comunidades cariocas impossibilitaram que muitas ações previstas para 2017 acontecessem a contento. Assim sendo, a patrocinadora do projeto atendeu ao pedido das gestoras por mais um ano de atividades, para concluir as diversas ações, que descrevemos a seguir: 1. Família e Creche: Pela experiência bem-sucedida de sensibilizar as gestoras para a importância da participação das famílias nos projetos que são realizados nas creches, a equipe considera fundamental que se dê continuidade a esta perspectiva, apoiando-as na elaboração dos projetos institucionais de 2018. Ajudar as creches a pensar em como envolver as famílias nos projetos, nas festas e reuniões, e quem sabe até em momentos de avaliação, como sugere os Indicadores da Qualidade na Educação Infantil é um ponto de referência para o Projeto De Mãos Dadas.
Sumário da Proposta
2. Feedback: As gestoras demonstraram interesse em exercitar ainda mais esta estratégia. Ao longo dos anos de 2016 e 2017, elas experimentaram esta prática e conseguiram identificar a importância desta ferramenta no seu papel de formadora para apoiar o desenvolvimento da sua equipe no aprimoramento de sua prática cotidiana junto às crianças. Contudo, reconhecem que ainda precisam de apoio para realizar melhor o feedback e fazer com que se torne parte da rotina da creche. 3. Prevenção de acidentes, primeiros socorros e inclusão: Na última oficina realizada em 2016, cujo objetivo era a avaliação do ano, as gestoras revelaram interesse em saber mais sobre estes temas. Os temas de saúde são muito apreciados – especialmente aqueles relacionados aos acidentes mais comuns nas creches. Quanto à inclusão, os relatos das gestoras dão conta de que há crianças matriculadas, há procura por novas matriculas e há exigência de que as creches tenham um profissional para orientar a equipe. Mas, de fato, a qualificação destes profissionais não tem dado conta da diversidade das questões pertinentes a este tipo de atendimento. A contribuição do projeto foi convidar especialistas nesses assuntos para esclarecer e apoiar as gestoras e suas respectivas equipes, bem como estimular a articulação das creches com a rede de serviços de saúde e assistência que atendem a comunidade da Rocinha. 4. Sustentabilidade: A sustentabilidade dos resultados do Projeto De Mãos Dadas sempre esteve nas preocupações da equipe, e mais ainda ao chegar ao último ano do Projeto. Houve conquistas que as gestoras valorizam e que vão ser mantidas – como, por exemplo, a realização dos centros de estudos mensais, a mudança de atitude destas gestoras, ao entenderem melhor as suas funções1, buscando sempre fontes de conhecimento que possam
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O tripé gestão financeira, gestão pedagógica, e gestão da rotina da creche.
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CECIP 2.4 Projeto
De Mãos Dadas por uma Creche de Qualidade compartilhar com suas equipes, as ações de feedback e os materiais que foram produzidos a partir de suas experiências. O que a equipe do projeto se propôs a proporcionar nas creches, visando ampliar estes resultados, é a possibilidade de experimentar o apoio de seus pares, por meio de encontros entre creches que participaram do DMD1 e do DMD2. O CECIP acredita na força que tem esta troca de experiências, esta articulação em relação às demandas e compartilhamento de desafios e soluções. Já existe uma Associação de Creches Comunitárias da qual várias creches participam. O projeto vai estimular a participação das creches na associação, no Fórum de Educação Infantil e também fomentar uma comunicação ativa (incluindo visitas, atividades em comum, oficinas, criação de grupo em rede social) entre as creches da Rocinha que já participaram do Projeto. Historicamente, as comunidades da Rocinha e do Cantagalo têm sofrido da falta de serviços públicos para atender a sua população. Na área do atendimento à primeira infância, a situação é dramática. Há uma carência no número de creches públicas. Há creches ilegais, não registradas, em número e qualidade desconhecidos, e há também creches comunitárias, algumas delas conveniadas com a Secretaria Municipal de Educação, que não suprem a demanda. Estas conveniadas lutam por sua sobrevivência.
Contexto do projeto
O convênio com a SME faz diversas exigências – relativas ao ambiente e profissionalização da equipe, visando uma melhor qualidade do atendimento -, mas o que o convênio paga por criança é inferior ao custo de uma criança numa creche pública, e certamente insuficiente para que as creches possam fazer face às despesas com manutenção, melhoria dos espaços e formação de equipe visando a melhoria na qualidade do atendimento às crianças. Pela lei do convênio, as vagas são consideradas vagas públicas e, portanto, não é permitido às creches cobrar mensalidade dos pais para complementar o custo. Na parte pedagógica já houve muito progresso, mas ainda há muito o que melhorar. O CECIP, preocupado com a qualidade do atendimento às crianças na faixa etária até 4 anos, desde 2011 vem ampliando sua atuação nessas comunidades com ações de formação dos gestores e educadores focando o aspecto pedagógico do trabalho realizado nestas creches, fortalecendo uma rede de creches. No ano de 2014, encerramos um Projeto que envolveu 6 creches do território e, a partir de 2015 até 2017, ampliamos esse movimento para atender outras 8 creches, em duas comunidades.
Público-Alvo
Diretamente: Gestoras (diretoras e professores articuladores); pessoal de apoio e educadores nos momentos de formação mensal da equipe (Centros de Estudos). Indiretamente, 721 crianças, e suas famílias
Objetivo
Objetivo geral: Contribuir para a melhoria de qualidade do atendimento nas creches comunitárias (filantrópicas, conveniadas ou não com a SME/RJ).
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CECIP 2.4 Projeto
De Mãos Dadas por uma Creche de Qualidade Objetivos específicos: Promover a formação das gestoras das creches, abrindo um espaço de discussão e apoio para reflexão e implementação de novas práticas em gestão (incluindo aspectos administrativos, financeiros, educacionais); Atualizar os conhecimentos sobre educação infantil com os profissionais que atendem diretamente as crianças; Ampliar o repertório de práticas dos educadores Promover a articulação da instituição com outros atores; Adequar os espaços de forma a permitir um melhor atendimento; Ampliar e fortalecer a rede entre as creches que participam do Projeto.
Justificativa
Metodologia
As comunidades da Rocinha e do Cantagalo têm sofrido da falta de serviços públicos para atender a sua população. Na área do atendimento à primeira infância, as creches públicas são em número insuficiente, e as creches comunitárias, algumas delas conveniadas, lutam para alcançar e/ou manter a qualidade desse atendimento. O CECIP em parceria com o Instituto Dynamo, preocupado com a qualidade do atendimento às crianças na faixa etária até 4 anos, desde 2011 vem ampliando sua atuação nessas comunidades com ações de formação dos gestores e educadores para melhorar o aspecto pedagógico do trabalho realizado nestas creches, fortalecendo uma rede de creches. A metodologia implementada neste projeto vem sendo construída, desde 1996, e propõe uma forma de atuação que tem como base três princípios de aprendizagem de adultos – construir relações, promover a autonomia e reconhecer a competência do aprendiz. A partir da escuta dos participantes – para conhecer suas realidades, dificuldades e possibilidades – é criada com eles uma visão do futuro. A equipe do Projeto proporciona desafios e dá apoio para que os aprendizes possam se sentir à altura da missão que aceitaram, - melhorar a qualidade do atendimento dado às crianças nas suas creches.
O cronograma do projeto contempla, mensalmente, acompanhamentos nas creches; oficinas com os gestores e centro de estudos com gestores e Cronograma de educadoras; bimestralmente, ações complementares com as educadoras; atividades e, anualmente, um evento-exposição das práticas na creche e um encontro de confraternização. Sistema de avaliação
A avaliação é feita ao longo do ano, através de registro fotográfico, relatos escritos e orais, em conversa com as gestoras e educadoras nas oficinas de trabalho, ou sempre que necessário, de acordo com os objetivos do Projeto.
Origem dos recursos
Instituto Dynamo
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CECIP 2.4 Projeto
De Mãos Dadas por uma Creche de Qualidade
Equipe
1 Coordenadora Executiva, 1 Coordenadora Pedagógica, 1 Consultora de EI, 1 Produtora, 3 facilitadoras e 4 especialistas.
Abrangência territorial
7 Creches nas comunidades da Rocinha e 1 no Morro do Cantagalo, bairros da zona sul do Rio de Janeiro.
Período de realização
Janeiro a Dezembro de 2018 (projeto renovado anualmente) Ação contínua de formação com os gestores das 8 creches – encontros mensais de conteúdo pedagógico. Acompanhamento mensal das facilitadoras nas creches, para planejamento pedagógico e experimentação de novas práticas. Acompanhamento semanal na modalidade a distancia. Participação das facilitadoras nos Centros de Estudos para planejar/acompanhar os processos de mudança. Realização de ações complementares – uma série de oficinas para ampliação de repertórios – Projeto de Sala: a partir da escuta dos desejos das crianças, cria-se um projeto a ser desenvolvido ao longo de 12 encontros.
Resultados obtidos
Participação no evento Creches em Rede – ação que congrega todos os participantes de todas as creches para troca de experiências, comemoração dos resultados e ampliação de repertório, por meio de oficinas de profissionais convidados. O evento foi originalmente idealizado pela equipe do CECIP. EM 2018 ele foi inteiramente planejado e realizado pelas creches, com apoio mínimo do CECIP, testemunhando o nível de autonomia que as creches alcançaram. Como avanços, apontamos a mudança na organização dos espaços, a priorização e entendimento da importância do planejamento pedagógico, a construção dos Projetos Institucionais pela maioria das creches, a introdução do exercício do feedback na rotina das gestoras/educadoras, o aprofundamento da relação com as famílias, a integração e satisfação das equipes durante os passeios culturais e a valorização dos Centros de Estudos, incorporados em todos os calendários.
Número total de beneficiários atendidos
Diretamente: 18 gestoras; 109 educadoras das 8 creches da Rocinha e Cantagalo. Indiretamente: 720 crianças e suas famílias.
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CECIP
III. Público atendido O público atendido, de formas diversas, está detalhado em cada um dos projetos citados acima. O quadro abaixo resume o número de pessoas beneficiadas em 2017 pelos Projetos implementados pelo CECIP, diretamente 6.920 pessoas, indiretamente, aproximadamente 14.620 pessoas. Projeto
Direto
Indireto
Oi Kabum! Lab Laboratório de Cultura Digital
463
400
Criança Pequena em Foco
80
13.500
RNPI (projeto de articulação / 200 instituições participantes)
6.450
~
De Mãos Dadas por uma Creche de Qualidade
127
720
7.120
14.620
TOTAL
IV. Origem dos recursos O CECIP se mantém através dos projetos que realiza, financiados por fundações nacionais e internacionais, autarquias, além de convênios com órgãos públicos, como Organização Social (OS), certificado que obteve em 2011 pela Secretaria de Cultura, e sendo transferido para a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia (2014). A origem dos recursos de cada projeto desenvolvido pela entidade está mencionada em cada um dos projetos citados acima.
V. Infraestrutura Institucional Equipe de Coordenação Claudius S.P. Ceccon – Diretor Executivo Dinah P. Frotté - Diretora Administrativo-Financeira Claudia Ceccon - Coordenação de Projetos Elcimar Oliveira - Coordenação Financeira Elisa Brazil Protasio – Assistente Social Sede O CECIP Centro de Criação de Imagem Popular, inscrito no CNPJ sob nº 29.260.676/0001-04, ocupa uma sede, própria, na Rua da Glória 190, apartamento 202, uma área de 255m2. O CECIP possui os seguintes equipamentos na sede 3 MAC PRO, 15 desktops, 7 notebooks, 4 impressoras, 1 projetor, 1 SmartTV 40”LED, mesas, cadeiras e arquivos. Os projetos Criança Pequena em Foco e a Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) têm a sede do CECIP como base.
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CECIP
Oi Kabum! Lab Laboratórios de Cultura Digital Desenvolvido em parceria com a SMC/RJ, o projeto Oi Kabum Lab funciona no Centro de Artes Calouste Gulbenkian – Rua Benedito Hipólito, 125 – Praça Onze – Rio de Janeiro, RJ. De mãos dadas por uma creche de qualidade A equipe do projeto realiza suas reuniões de planejamento e avaliação na sede do CECIP, e desenvolve as atividades de campo nas seguintes instituições:
CANTAGALO
ROCINHA
Local
Creche
Endereço
Telefone
Centro Social E aí, como é que fica?
Estrada da Gávea, 229 – 01
2422-5066
Grupo Comunitário Maria Maria
Rua Um
3324-5453
Grupo Comunitário Morro da Alegria
Rua Um, 159
2422-0569
ASPA – Ação social Padre Anchieta
Travessa da Luz, 13
3322-4984
União das Mulheres Pró Melhoramentos da Roupa Suja
Travessa Esperança
3204-6647
Creche Nova Jerusalém (Berçário Maria Helena)
Travessa Esperança, 12
Casa Espírita Cristã Maria de Nazareth,
Rua Um Rua Cândido Portinari, 5
Creche Comunitária do Cantagalo
Os projetos, que acontecem fora da sede têm seus recursos materiais de propriedade das instituições financiadoras e/ ou parceiros. Rio de Janeiro, 25 de abril de 2019
Dinah P. Frotté Diretora Administrativo-Financeira
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