Revista Nove Cidades #3

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ÍNDICE

06 ENTREVISTA: Chieko Aoki 12 CENÁRIO: Plataforma de Pesca Amadora 14 ABRINDO O BAÚ: Ruinas do Abarebebê 16 #TÁNAPLACA: Vicente de Carvalho 18 SAIR PARA COMER: Bodegaia 22 UM NOVO OLHAR: Caminhos do Mar

CAPA

Cenário Cultural

24 CHECK-IN: Blue Tree Guarujá 26 CONCIERGE: Bruno Reis

A ARTE NOSSA DE CADA DIA

34 ART&FATO: Encontro de Criadores

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36 PERSONA: Ivan di Ferraz 38 NOVE: Passeios para dias de Chuva 42 VEM AI: Festival Santos Café 44 ROLOU POR AQUI: Torneio Aberto de Golfe e Revista Nove #2 46 CAFÉ DAS NOVE: Diego Brígido 48 NOVE INDICA: Guia de Serviços

EXPEDIENTE Editor Chefe: Diego Brígido | MTB: 64283/SP Projeto Gráfico e Design: Agência Celeiro.BMD | Christian Jauch Impressão: Nywgraf Editora Gráfica Distribuição Gratuita e Dirigida Anuncie na Revista Nove Cidades: (13) 99167-8068 anuncie@revistanove.com.br 4

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EDITORIAL

Turismo, Cultura e Lazer na Costa da Mata Atlântica Uma região que respira cultura e inspira fazedores de cultura em todos os cantos, nos mais diversos segmentos. A Costa da Mata Atlântica é o berço da história do Brasil, pois está aqui a Célula Mater da nação, São Vicente, além de Itanhaém, a segunda cidade mais antiga do país. Mas a cultura também está presente nas mais diversas expressões e eventos que, a cada ano, tomam as ruas, os becos e os espaços da nossa região, com mais força e personalidade.

Diego Brígido

Vamos falar de cultura, é claro, na matéria de capa desta edição. Com gente que entende do assunto. E o tema estará presente em várias outras editorias, como sempre. Mas também vamos falar de um dos roteiros mais encantadores da região, o Caminhos do Mar, e sugerir 9 passeios para os dias de chuva na região. Nossa entrevistada do mês é nada menos que a dama da hotelaria brasileira, Chieko Aoki, e, claro, vamos apresentar o novo Blue Tree Towers Guarujá, na editoria Check In. A Bodegaia, velha conhecida dos santistas e moradores da região, está de cara nova e resolveu botar os dois pés na cozinha nordestina. Você vai acompanhar na editoria Sair para Comer. Tem mais, muito mais, nas páginas da terceira edição da revista que chegou para mostrar uma nova Baixada Santista.

Bem-vindos à Atlântica Costa da Mata

Editor

A vez do leitor! Se você também conhece um cantinho especial da nossa região e quer vê-lo nas páginas da revista ou em nosso portal, envie-nos uma sugestão de pauta. Ou se você vivenciou uma experiência bacana na Baixada Santista e deseja compartilhá-la com os leitores, envie-nos a sua história. Nós acreditamos que grandes projetos são construídos em conjunto.

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CHIEKO AOKI PRESIDENTE DA REDE BLUE TREE HOTELS

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO DIVULGAÇÃO

E

la é considerada a dama da hotelaria brasileira. Com mais de 30 anos de experiência no segmento,

construiu um império que já conta com 25 hotéis e resorts, em 20 cidades no Brasil – a quinta maior rede de hotéis do país por oferta de quartos. Formada em Direito pela USP, com cursos em Administração na Universidade de Sofia, em Tóquio, e de Administração Hoteleira, na Cornell University, nos Estados Unidos, Chieko Aoki trabalhou em diversos lugares do mundo. Foi Diretora de Marketing e de Vendas do Caesar Park São Paulo e presidente da Caesar Park Hotels & Resorts e da mais antiga rede hoteleira dos Estados Unidos, a Westin Hotels & Resorts.

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ENTREVISTA: CHIEKO AOKI Em 1997, a senhora Aoki – como é carinhosamente chamada – fundou a Blue Tree Hotels com a missão de ser a mais conceituada operadora brasileira de hotéis, com reconhecimento pela alta qualidade, elegância e estilo próprio de serviços. Hoje, são mais de cinco mil apartamentos divididos em três submarcas: Blue Tree Park, hotéis e resorts padrão cinco estrelas; Blue Tree Premium, hotéis quatro estrelas com serviços superiores e Blue Tree Towers, hotéis padrão quatro estrelas. ÁRVORE AZUL O compromisso com a qualidade e a atenção aos detalhes para proporcionar aos hóspedes encantamento e experiências únicas foram os grandes pilares da construção da rede. Tanto que a empresária emprestou à marca o seu sobrenome: Aoki, quando traduzido para o português, significa Árvore Azul (Blue Tree). A folha azul, que se incorporou à comunicação da empresa, traduz a forma de atuar da Blue Tree Hotels, que busca sempre inovar e surpreender, para agradar clientes, hóspedes, investidores e colaboradores. Acompanhe a seguir uma entrevista exclusiva com Chieko Aoki, que fala sobre a atuação da Blue Tree Hotels no Brasil e, claro, sobre o novíssimo Blue Tree Towers Guarujá. DESDE QUE A SENHORA COMEÇOU A CARREIRA NA HOTELARIA, EM 1982, QUAIS AS PRINCIPAIS MUDANÇAS PELAS QUAIS PASSOU ESTE SEGMENTO?

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O mercado hoteleiro, apesar de tradicional, é muito dinâmico, uma vez que se trata de uma relação direta com as pessoas. Em primeiro lugar, temos um número bem maior de hóspedes jovens, que apreciam não apenas a excelência em serviços, mas também a decoração, o estilo, o am-

biente. Os tipos de exigências mudaram e até aumentaram, porque o padrão de qualidade de vida das pessoas ficou mais alto. Internet e praticidade, por exemplo, estão na lista das prioridades, o que não eram quando comecei. Outro ponto é o aumento no número de hóspedes mulheres e a quantidade de eventos tanto corporativos como sociais que são cada vez mais realizados nos hotéis. A exigência que não muda é o encantamento do hóspede com atendimento, acolhimento e o conforto personalizados. QUAIS OS PRINCIPAIS MOTIVOS QUE LEVAM A REDE A OPTAR POR INICIAR AS OPERAÇÕES EM DETERMINADO DESTINO? POR QUE A ESCOLHA POR GUARUJÁ? Estamos constantemente analisando o mercado e avaliando o potencial de novos destinos para que nossos clientes possam ter mais opções de hotéis em todas as regiões do Brasil. No Guarujá, consideramos que a região tem grande vocação para o lazer, mas que também oferece espaço para consolidar o destino como a opção preferencial de hospedagem para os executivos que frequentam Santos e Cubatão, sem deixar de considerar, também, o público de eventos. A chegada ao Guarujá faz parte do projeto de expansão da rede, e tem como objetivo levar aos hóspedes um hotel com opções de lazer para a família no litoral paulista. HÁ INTENÇÃO DE OPERAR OUTROS EMPREENDIMENTOS NA BAIXADA SANTISTA? COMO A SENHORA ENXERGA O MERCADO HOTELEIRO NESTA REGIÃO? Avaliamos de forma contínua novos destinos para os quais podemos levar a marca e a credibilidade da rede Blue Tree. No momento, nossos planos de expansão são arrojados: além da recente abertura


no Guarujá, da qual nos orgulhamos muito, iniciamos as operações do Blue Tree Premium Design Rio de Janeiro - que inclusive possui um projeto arquitetônico bastante diferenciado -, temos 14 contratos já assinados, outras duas aberturas previstas para o ano até o momento e, recentemente, anunciamos uma parceria com a Incortel para a administração de 15 hotéis da marca Best Western até 2020. São muitos os planos para curto e médio prazo, e que certamente serão complementados à medida que novas oportunidades forem identificadas. Por enquanto não temos outras novidades para a Baixada Santista, mas se trata de uma região importante para nós, e que por isso mesmo, segue sendo estudada de maneira constante. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDIMENTOS DA REDE, QUE OS DIFEREM DOS DEMAIS HOTÉIS DE OUTRAS BANDEIRAS? Os hotéis da rede Blue Tree possuem em seu DNA os preceitos de serviço e qualidade que são oferecidos aos clientes em qualquer uma das unidades nas quais estejam hospedados, nas 20 cidades onde a rede opera. Procuramos fazer com que os clientes se sintam acolhidos, e tenham suas principais necessidades antecipadas antes mesmo que as identifiquem. No ramo hoteleiro, o fator humano é essencial, pois estamos lidando com os clientes que vão avaliar nosso trabalho continuamente e decidir se vão retornar ou não aos nossos hotéis. Então acredito que a sabedoria em avaliar as situações e o cuidado ao tratar as pessoas são primordiais para nosso negócio. A SENHORA É RECONHECIDA COMO A 'DAMA DA HOTELARIA BRASILEIRA', ALÉM DE JÁ TER SIDO ELEITA A SEGUNDA MULHER DE NEGÓCIOS MAIS

IMPORTANTE DO BRASIL. NA SUA OPINIÃO, QUAIS CARACTERÍSTICAS DA SUA GESTÃO A LEVARAM A ESTE RECONHECIMENTO? Me sinto honrada com este reconhecimento. Acredito que é, sim, fruto de muito trabalho, mas também uma conquista devida a todas as pessoas que se empenharam igualmente para o sucesso da rede e me honraram com sua confiança e respeito à minha forma de trabalhar. Foram elas que me ajudaram a consolidar a Blue Tree no ramo hoteleiro e sem as quais estes títulos não existiriam.

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ENTREVISTA: CHIEKO AOKI O QUE O HÓSPEDE QUE CONHECE A REDE - E AQUELE QUE AINDA NÃO CONHECE - VAI ENCONTRAR DE DIFERENTE NO BLUE TREE TOWERS GUARUJÁ E O QUE ELE VAI IDENTIFICAR COMO PADRÃO BLUE TREE? Os clientes do Blue Tree Towers Guarujá poderão experimentar o serviço e a qualidade presentes no DNA da rede. O hotel está localizado na badalada Praia da Enseada e sua infraestrutura com 105 modernos apartamentos e suítes e vista privilegiada para o mar - foi cuidadosamente pensada para atender as famílias, oferecendo op-

NA EDITORIA CHECK IN DESTA EDIÇÃO (PÁGINAS 24 E 25) CONHEÇA O BLUE TREE TOWERS GUARUJÁ.

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ções de entretenimento para os hóspedes de todas as idades (como brinquedoteca, piscina adulto e infantil, além de um loungebar panorâmico na cobertura) e também para o público executivo, que visita a região por questões profissionais. Para eles, a unidade apresenta salas de eventos, quartos com estação de trabalho e internet wi-fi cortesia. O hotel oferece uma estrutura completa para diferentes perfis de clientes e, no momento, tenho um projeto de experiência em hospedagem diferenciada que vai despertar o interesse e a vontade de se hospedar no hotel. Aguardem ótimas novidades!

LEIA ESSA MATÉRIA EM NOSSO PORTAL. ACESSE PELO QR CODE OU PELO SITE: WWW.REVISTANOVE.COM.BR



CENÁRIO

Plataforma de

Pesca Amadora

Não há como ela passar despercebida por quem transita – a pé ou de carro – pela orla da praia em Mongaguá: uma estrutura que avança 400 metros mar adentro e forma um ’T’, com mais 86 metros de extensão para cada lado e que é uma das maiores plataformas pesqueiras em estrutura de concreto armado do mundo.

A Plataforma de Pesca Amadora de Mongaguá, além de integrar o belíssimo cenário da cidade, oferece infraestrutura para pescadores amadores e,

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porque não, profissionais. Após oito anos fechada ao público, reabriu em 2011 e, além de resgatar a autoestima do morador da cidade, voltou a atrair turistas para as praias locais. Boa parte do comércio e do turismo de Mongaguá vive em função deste que é o principal atrativo turístico do município. Talvez você não saiba, mas ela é um dos locais mais visitados por praticantes de pesca esportiva do país. Sua estrutura conta com sanitários e local apropriado para lavagem dos pescados e utensílios de pesca.


POR: DIEGO BRÍGIDO • FOTO: DIVULGAÇÃO SRCVB

A PLATAFORMA DE PESCA DE MONGAGUÁ FICA NA AV. GOVERNADOR MÁRIO COVAS JÚNIOR, 10.181, NO BALNEÁRIO PLATAFORMA.

É toda iluminada com lâmpadas de vapor de sódio, o que permite a boa visibilidade à noite, inclusive com nevoeiro. A Plataforma fica aberta 24 horas por dia durante todos os dias da semana. O acesso é controlado e a entrada custa R$ 5,00, mas moradores da cidade credenciados no Departamento de Turismo não pagam. Crianças de 3 a 10 anos pagam R$ 3,00 e idosos, acima de 60 anos, pagam R$ 2,50.

E AS ISCAS? É possível comprar uma variedade de iscas nos quiosques em frente à Plataforma, o que vai garantir que você não fique na mão no melhor da festa, quer dizer, da pesca. Peixes como robalo, corvina, betara, pescada, roncador, espada, bagre, baiacu, pampo e sargo são os que mais costumam das as caras por lá. 13


ABRINDO O BAÚ

Ruinas do Abarebebê A igreja do padre voador resiste, majestosa, em Peruíbe

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POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO CHRISTIAN JAUCH

Bem próximo ao centro de Peruíbe encontram-se os vestígios do que teria sido uma das primeiras igrejas do Brasil. Construída com pedra, areia, conchas e óleo de baleia, pelos jesuítas e franciscanos, no século XVI, a igreja Consagrada Nossa Senhora da Conceição foi erguida para catequisar os índios tupi-guarani que viviam na então aldeia de São João Batista. A igreja ficou conhecida como Igreja do Abarebebê, pois era assim que os índios chamavam Leonardo Nunes, padre português que se estabeleceu no aldeamento para catequisar os indígenas. Abarebebê, em tupi-guarani, significa padre voador: Leonardo Nunes se deslocava muito rapidamente entre os lugares. O monumento foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Artístico e Turístico de São Paulo (Condepha-

at), em 1984, e é considerado o marco histórico da fundação de Peruíbe. Por sua importância histórica, este sítio arqueológico também foi escavado e estudado recentemente pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, além de ter sido retratado em obras de pintores consagrados, como as de Benedicto Calixto.

FECHADA PARA VISITAÇÃO

Por enquanto, as Ruínas do Abarebebê permanecem fechadas à visitação, pois passam por um período de restauro, até que possam voltar a ser um dos principais atrativos turísticos de Peruíbe. Estamos na torcida!


#TÁNAPLACA

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO FRANCISCO ARRAIS

Vicente de Carvalho

O poeta do mar Seu nome está em placas espalhadas em praticamente toda a Baixada Santista, intitulando ruas, avenidas e até um distrito, em Guarujá. Santista de nascença, recebeu algumas homenagens em sua terra natal: o trecho da avenida da orla da praia entre a avenida Ana Costa e o Canal 4, no Boqueirão, recebe o seu nome, e o famoso jardim, no mesmo perímetro, ostenta, desde 1946, uma estátua e uma fonte luminosa em sua homenagem. Muito justo para quem foi considerado o ‘poeta do mar’, ainda que haja uma polêmica na cidade sobre o motivo de o monumento estar atualmente de costas para a praia. Em Guarujá, Vicente de Carvalho é um distrito, com forte vocação comercial, por onde circulam diariamente cerca de 60 mil pessoas. A avenida principal – Tiago Ferreira – concentra mais de 400 estabelecimentos comerciais e diversidade cultural, com maciça presença de nordestinos,

catarinenses e libaneses. Também estão nesta região a estação de barcas e catraias, que fazem a ligação com Santos, a Base Aérea de Santos e alguns dos maiores bairros da cidade. Nas demais cidades da região também é possível cruzar por placas que dão o nome de Vicente de Carvalho a ruas e avenidas.

Mas, afinal, quem foi o poeta do mar? Vicente Augusto de Carvalho nasceu em Santos, em 5 de abril de 1866 e morreu em 22 de abril de 1924. Poeta, apaixonado pelo mar, também acumulava os títulos de jornalista, advogado, político, fazendeiro, deputado, magistrado, contista e abolicionista. Foi colaborador de jornais como A Tribuna e O Estado de São Paulo e fundou, em Santos, o Diário da Manhã. Sua obra de maior destaque na poesia foi Poemas e Canções, publicada em 1908, com prefácio de Euclides da Cunha e com 17 edições. Devemos a ele, em parte, a existência dos jardins da orla e a possibilidade de usufruir da praia, pois, em 1921, denunciou, em carta aberta ao Presidente da República, apropriações ilegais neste trecho.

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SAIR PARA COMER

Caldo de menina moรงa Caldo de mocotรณ

Refresco de cabra macho Mocofava

Dadinhos de tapioca com geleia de pimenta

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POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS CHRISTIAN JAUCH

BODEGAIA

Nova identidade com pezinho no Nordeste As duas unidades da Bodegaia, na Pompeia e no Centro de Santos, já são velhas conhecidas dos santistas, turistas e moradores de outras cidades da Baixada Santista. A primeira completa, em setembro, 10 anos, na esquina das ruas República Argentina e Ceará e a caçula, na rua Quinze de Novembro, completou cinco anos em junho. A unidade da Pompeia é point de encontro dos amigos para o happy hour e, claro, reúne também aqueles que buscam boa gastronomia e as criações exclusivas da casa, todas com o toque do proprietário e chef Manoel Gaia. No Centro, o foco são os trabalhadores daquela região que não abrem mão de uma boa refeição durante a semana, mas também já virou tradição aos sábados, com a famosa feijoada co m música ao vivo, que toma conta da calçada da ‘quinze’ e nos happy hours de quinta e sexta, com a volta do projeto Happy Centro, da Prefeitura de Santos. A novidade é que para comemorar o aniversário das duas casas, as Bodegaias vão ganhar nova roupagem e assumir, de vez, a culinária brasileira com forte tendência nordestina. Quem frequenta qualquer uma das duas sabe que já existe um pezinho no Nordeste em alguns pratos de sucesso dos dois endereços. Mas agora, além de novas receitas no cardápio, os ambientes também ganham um toque arretado, com a temática cordel. A transformação já começou e quem for na unidade do Centro já vai perceber isso.

Gaia garante que houve uma preocupação com as cores utilizadas na decoração e nos utensílios, nos adesivos e na disposição do espaço para que ficasse o mais próximo possível da nova identidade. ‘A té o nosso logotipo vai mudar, além da apresentação dos pratos. Também estamos aperfeiçoando o nosso atendimento, pois a ideia é que tenhamos uma gastronomia brasileira com serviço de qualidade’, afirma o chef.

Além do visual Outra novidade é que entraram no cardápio cervejas artesanais, inclusive do norte e nordeste, e vinhos produzidos no Vale do São Francisco, além de outras marcas de cervejas convencionais, como Heineken e Eisenbahn. ‘Já temos testado algumas variações no cardápio, aos poucos, para nossos clientes irem se habituando com a nova proposta’, confessa Gaia. A manteiga de garrafa e o óleo de coco, por exemplo, já foram introduzidos em alguns dos pratos. Algumas especialidades nordestinas ganham versões individuais para que os comensais possam provar uma maior variedade de pratos e não sejam forçados a comer o mesmo que os demais na mesa. Um chef nordestino foi contratado para uma consultoria e a implantação da nova cultura nas duas casas e Gaia já está planejando uma viagem para o Nordeste para uma imersão na gastronomia das principais capitais da região.

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SAIR PARA COMER ‘Queremos descobrir novos sabores e principalmente novos produtos. Vamos estudar bem a gastronomia regional, pois nossa ideia é produzir algumas coisas aqui na Bodegaia, como carne de sol e carne curada’. A nova proposta também considera quebrar o estereótipo de que a comida nordestina tem que ser pesada. Para o chef é possível criar pratos tradicionais desta culinária, com mais leveza, menos gordura e muita qualidade. ‘Tudo isso vai acontecer sem que a Bodegaia perca a essência de boteco, que nos tornou referência na região. Seremos um boteco nordestino, com opções para beliscar ou para uma refeição completa’, garante Gaia. As casas continuam com música ao vivo, mantendo o samba e o mpb, que já fazem sucesso nas duas unidades, mas devem ganhar novos estilos, como o forró e o sertanejo, na Bodegaia do Centro.

Alguns pratos já estão definidos no novo cardápio. São eles: Caldo de Mocotó, Mocofava (fava, bacon, calabresa, carne seca, costela de porco, cozidos no caldo de mocotó), Bolinho de Baião de Dois e a Polenta de Colher de ragu de rabada, puxada no alho torrado, com redução de cachaça amadeirada.

deirada. Preparada na cachaça ama

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Os tradicionais, que já fazem sucesso na Bodegaia, continuam no cardápio. São eles: Escondidinho de Carne Seca, Atolado das Cabeceiras, Bolinhos de Feijoada, de Carne Seca com Mandioca e Camarão com Mandioca, Carne Seca desfiada e, claro, a Feijoada. Mas até setembro tem muitas outras novidades na cozinha, com comidinhas e bebidinhas exclusivas, visse? QUE TAL APRENDER A FAZER UM DOS PRATOS TRADICIONAIS DA CASA? VEJA EM NOSSO SITE A RECEITA DA CARNE SECA À MODA DO SERTÃO: WWW.REVISTANOVE.COM.BR

BODEGAIA POMPÉIA

O que entra no cardápio

Polenta de ragu de rabada

O que não pode sair do cardápio

R. REPÚBLICA ARGENTINA, 80 - POMPEIA - SANTOS DE TERÇA A SEXTA, DAS 18H ÀS 00H SÁBADOS, DAS 18H À 1H. DOMINGOS, DAS 13H ÀS 18H CARTÕES: MASTER E VISA

BODEGAIA CENTRO

RUA QUINZE DE NOVEMBRO, 26 - CENTRO - SANTOS DE SEGUNDA A SEXTA, DAS 11:30 ÀS 15H QUINTAS E SEXTAS TEM HAPPY HOUR (QUINTA ATÉ AS 21H E SEXTA ATÉ A 1H). SÁBADOS, DAS 12H ÀS 18H CARTÕES: MASTER, VISA, TR, SODEXO, ALELO, PLANVALE E VEROCARD

Carne Seca à moda do Se rtão

Preparada na manteiga de garrafa com cebola roxa e pimenta biquinho, manga grelhada com mel acompanhada de do engenho, farofa esp ecial, arroz e feijão de corda. Ser ve até 4 pessoas.



UM NOVO OLHAR

Caminhos do Mar

AS CURVAS DA ESTRADA DE SANTOS O roteiro começa a 700 metros de altitude, no km 41 da queridinha de Roberto e Erasmo, Estrada Velha de Santos. São nove quilômetros de percurso dentro do Parque Caminhos do Mar, no Parque Estadual da Serra do Mar, desde o início, em São Bernardo do Campo, até a chegada, em Cubatão. O caminho sinuoso abriga um inestimável patrimônio ambiental, histórico e cultural e revela, em cada curva, uma vista privilegiada e panorâmica da Baixada Santista. Um novo e apaixonante olhar sobre esta bela região, de fazer brilhar os olhos de crianças, adultos e idosos. Após longo período fechado à visitação, o parque reabriu e pode ser conhecido a pé, em um roteiro de aproximadamente quatro ou cinco horas (depende do grupo), pela trilha Ecoturismo Caminhos do Mar. Parece muito tempo, mas a estrada é asfaltada e bem larga e o roteiro garante várias paradas para contemplar a belíssima paisagem e conhecer os seis monumentos históricos instalados em 1922, a mando do presidente Washington Luiz, em homenagem ao centenário de independência do Brasil.

SAIBA MAIS SOBRE CADA MONUMENTO DO CAMINHOS DO MAR E COMECE SUA VIAGEM VIRTUAL, PELO GOOGLE STREET VIEW, ACESSANDO O QR CODE OU EM NOSSO PORTAL: 22

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A Estrada Velha é a primeira via pavimentada em concreto da América do Sul, inaugurada em 1908, para substituir a Estrada da Maioridade, de 1844, construída para celebrar a emancipação de Dom Pedro II, que teria viajado por ela dois anos depois. Ela foi uma importante via de ligação entre o planalto e o litoral e teve grande responsabilidade no desenvolvimento de São Paulo e de todo o Brasil, marcando o início da ‘era do automóvel’ no estado. Por suas curvas circularam mulas e cavalos, carregando personalidades históricas como Dom Pedro I e Dom Pedro II; depois carroças, que transportavam o café, produzido no interior de São Paulo e exportado pelo Porto de Santos e, finalmente, os carros, até 1985, quando a via fechou para veículos e abriu para os turistas. Nos dias secos é possível percorrer um trecho da Calçada do Lorena, de 1792, construída em pedras ziguezague, que cruza a estrada Caminhos do Mar em três trechos e por onde Dom Pedro I teria passado na viagem entre Santos até as margens do rio Ipiranga para proclamar a Independência do Brasil.


POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO CHRISTIAN JAUCH

Monumentos no caminho Logo no início do trajeto, após cruzar o reservatório Rio das Pedras, que abastece a Usina Henry Borden, em Cubatão, uma parada na Casa de Visitas do Alto da Serra, construída em 1926, para receber os visitantes que chegavam para conhecer as obras do Alto da Serra e da usina. No local, há uma exposição fixa contando a história da Henry Borden, projetada com técnicas inovadoras para a época. Em seguida, o primeiro dos seis monumentos alusivos ao centenário de independência, o Pouso de Paranapiacaba, homenageia a era automobilística. Da construção, avista-se as cidades de São Vicente e Praia Grande e também é onde muitos acreditavam acontecerem os encontros entre Dom Pedro I e a Marquesa de Santos. Os historiadores, no entanto, contestam a lenda, uma vez que a casa foi erguida após a morte de ambos. Também estão no roteiro as ruínas do que teria sido a casa dos engenheiros que construíram a estrada; o Belvedere Circular, um mirante que marca o primeiro dos três cruzamentos entre a Estrada Velha e a Calçada do Lorena; o Rancho da Maioridade; o Padrão do Lorena, homenagem ao Governador da capitania de São Paulo, Bernardo José Maria de Lorena, que mandou construir a calçada e o Pontilhão da Raiz da Serra, no final da Serra. Já em Cubatão, o Cruzeiro Quinhentista marca o final do percurso histórico. Além da instigante história da estrada, contada pelos monitores ambientais do parque – o roteiro é todo monitorado – a fauna e a flora típicas da Mata Atlântica tornam o passeio inesquecível e nada cansativo. Para quem for cumprir o trajeto completo, tem parada para lanche no Rancho da Maioridade, com direito a uma vista deslumbrante de toda a Baixada Santista, além de duas paradas com banheiros e bebedores de água ao longo do caminho. O roteiro pode ser feito de quinta a domingo e inicia sempre às 9h, com limite máximo de 100 pessoas por dia no Parque.

PARA FAZER O CAMINHOS DO MAR, VOCÊ PODE CONTATAR A CAIÇARA EXPEDIÇÕES. A EMPRESA OPERA TAMBÉM OUTROS ROTEIROS PELA REGIÃO. MAIS INFORMAÇÕES:

(13) 3466.6905

WWW.CAICARAEXPEDICOES.COM

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CHECK IN

A nova aposta da Blue Tree Hotels

BLUE TREE TOWERS GUARUJÁ

VEJA GALERIA DE FOTOS DO HOTEL EM NOSSO PORTAL. ACESSE PELO QR CODE OU PELO SITE: WWW.REVISTANOVE. COM.BR

Com 19 anos de atuação na hotelaria brasileira, a Blue Tree Hotels, rede de hotéis fundada e presidida pela ‘dama da hotelaria brasileira’, Chieko Aoki, inseriu Guarujá no seu ousado plano de expansão em 2016.

mento, marcas registradas da rede, para os 105 moderníssimos apartamentos e suítes, distribuídos em 4 categorias e 11 andares em uma alegre construção com tons de amarelo na badalada Praia da Enseada.

A marca lançou, paralelamente, em março deste ano, o Blue Tree Premium Design Rio de Janeiro e o Blue Tree Towers Guarujá. Na sequência, em abril, inaugurou o Blue Tree Towers Valinhos, no interior de São Paulo, e, em agosto, apresenta o Blue Tree Premium Ribeirão Preto. Até 2018 serão 14 novos empreendimentos em cidades como Campinas, Penedo, Belo Horizonte e outras.

Entre o 3º e o 12º andares estão os apartamentos superior, luxo e luxo premiere e no 13º andar encontram-se as suítes: três executivas e uma premium (esta com uma vista incrível para o mar que abraça todo o apartamento). É possível, inclusive, relaxar na banheira de hidromassagem tendo a praia como paisagem, revelada quando a cortina – automática – se abre majestosamente.

A unidade do Guarujá traz o arrojo e o acolhi-

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Todos os apartamentos possuem TV led, frigobar, aparelho de DVD, cofre, secador de cabelos


e amenities. Apenas 10 não têm varanda, mas a decoração clean, em tons de cinza e branco, com detalhes em amarelo e as frases inspiradoras nas paredes trazem modernidade e acolhimento a todas as unidades. O hotel dispõe de infraestrutura para atender turistas de lazer ou quem está na cidade a negócios, com piscina adulto e infantil, brinquedoteca, fraldário, academia e restaurante, que serve café da manhã, almoço e jantar, além de estações de trabalho nos apartamentos, internet wi-fi cortesia e duas salas de eventos, que comportam 25 e 80 pessoas em auditório. Chieko Aoki, presidente da rede, garante que ‘os clientes do Blue Tree Towers Guarujá poderão experimentar o serviço e a qualidade presentes no DNA da rede’. Segundo ela, o hotel oferece estrutura completa para diferentes perfis de hóspedes. ‘Tenho um projeto de experiência em hospe-

Foto: Divulgação

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS CHRISTIAN JAUCH

dagem diferenciada que vai despertar o interesse e a vontade de se hospedar no hotel’. E alerta: ‘aguardem ótimas novidades’. Estamos aguardando, Sra. Aoki! "AGUARDEM ÓTIMAS NOVIDADES" CHIEKO AOKI PRESIDENTE DA REDE BLUE TREE HOTELS

QUE TAL CURTIR AS FÉRIAS DE JULHO NO BLUE TREE TOWERS GUARUJÁ? O PACOTE INCLUI:

• Cortesia para uma criança de até 6 anos incompletos • Recreação com monitor das 13h às 21h • Mimos e serviço de praia infantil • Cardápio kids no restaurante • Café da manhã cortesia no restaurante • Livre acesso à área de Lazer e Fitness do Hotel • Welcome drink no check-in. R. FRANÇA PINTO, 553 - PRAIA DA ENSEADA - GUARUJÁ

(13) 3355-8995 • reservas@bluetree.com.br www.bluetree.com.br/hotel/blue-tree-towers-guaruja

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CONCIERGE

ILUSTRAÇÃO: CHRISTIAN JAUCH

Toda fofoca [do bem] será perdoada! No mês em que a Nove exalta expoentes da cultura regional, nenhum título a esta coluna seria mais oportuno do que uma paródia ao notório e notável Nelson Rodrigues. Ao contrário da nudez para ele, para mim, a velha [e boa] propaganda boca a boca tá mais do que absolvida!

BRUNO REIS Publicitário, bacharel em turismo, especialista em comunicação organizacional e relações públicas e guia de turismo. Há 13 anos atua no mercado de hospitalidade e comunicação na Baixada Santista e Capital.

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E está perdoada porque, em um mercado onde a oferta de produtos e serviços é cada vez maior e diversificada, o número de empresas que prestam serviços eficientes e oferecem bens com qualidade não obedece, necessariamente, esta lógica. Nesta conjuntura, o papel do fofoqueiro-do-bem-de-plantão é, ainda, mais importante, praticamente uma profissão [risos]. E tais profissionais [e eu sou um deles aqui] têm prazer em compartilhar - e que compartilhem com ele - boas experiências. E mesmo as más! Assim, valorizar-se-á quem merece e, aos ‘não merecedores’, as críticas servirão como oportunidades de transformar, para melhor [se tiverem humildade e sensibilidade para ouvir], seus negócios. Então tá! Vestindo a carapuça, afinal de contas, como não contar pra todo mundo e para você, leitor, que o Patrick, atendente do Empório Casa Porto, na Ponta da Praia, em Santos, faz qualquer média [lê-se aqui também pão francês, pãozinho, pão de sal...] parecer um croissant? Porque a maneira com que ele manipula os itens que lhe são entregues no check-out - delicada, agrega valor aos alimentos, transformando-os em joias raras. E não para por aqui: ele encanta pelo olhar, cortês e amigável e pela voz, tranquila.

É, de verdade, sempre um prazer ser atendido por ele ou observar, do caixa ao lado, o sortudo que vive tal experiência. Em Guarujá, a Jeanne, da lavanderia Only One, na Praia das Pitangueiras, me dá broncas quando adianto o serviço em casa e quando apareço com peças para serem lavadas e/ ou passadas para o mesmo dia. Mas não é por isso que ela é citada aqui. Lembro dela, na verdade, porque ela transforma a experiência de lavar e passar fora de casa. E por isso tornou-se uma amiga, que presta serviços ilimitados e atemporais de bom humor, cuidado e proatividade. Para encerrar o texto deste mês e, celebrando a existência de mais Patricks e Jeannes por aí [Thanks God!], gostaria de citar a bela e talentosa Bárbara Anderáos, ceramista da Objeto Cerâmico, que funciona no Atelier Oficina 44, no Boqueirão, em Santos. Sua arte feita a mão encanta e, depois da minha primeira visita ao espaço, saí extasiado e envolvido com seu atendimento descompromissado e, em igual medida, impecável. Algumas de suas peças agora figuram, belas como a bela, sobre minha mesa de jantar. Fofocamos mais aqui mês que vem e, pelo email concierge@revistanove.com.br, todos os dias!


GUARUJÁ


CAPA

Cenário Cultural A ARTE NOSSA DE CADA DIA POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO: CHRISTIAN JAUCH

QUANDO SURGIU A IDEIA DESTA PAUTA – E É CLARO QUE ELA SURGIRIA LOGO NAS PRIMEIRAS EDIÇÕES DA REVISTA – VEIO JUNTO A PREOCUPAÇÃO DE SAIR DO LUGAR COMUM. PARTICULARMENTE NO ÚLTIMO MÊS, A CULTURA NO BRASIL FOI DISCUTIDA, DEBATIDA, DEFENDIDA, BRADADA E INCITOU MANIFESTAÇÕES DIVERSAS. MAS A PAUTA JÁ ESTAVA DEFINIDA ANTES DO PINGUE-PONGUE DE DECISÕES DO GOVERNO – SE SAI MINISTÉRIO OU SE FICA MINISTÉRIO –, POIS É SENSO COMUM QUE CULTURA INDEPENDE DE POSIÇÃO POLÍTICA. A CULTURA É E O GOVERNO ESTÁ. E JÁ QUE A IDEIA ERA SAIR DO LUGAR COMUM, REUNIMOS ÍCONES DAS ARTES NA REGIÃO DENTRO DE UM ESPAÇO NADA COMUM – O CAFÉ TEATRO ROLIDEI – E DEIXAMOS QUE ELES FALASSEM SOBRE O CENÁRIO CULTURAL 28

DA BAIXADA SANTISTA. E O DELICIOSO RESULTADO VOCÊ ACOMPANHA NAS PRÓXIMAS PÁGINAS.


Antes de mais nada, é importante apresentarmos nossas personagens, embora todas elas dispensem apresentações.

Amauri Alves é ator, encenador, produtor cultural e professor de artes. Atualmente também é Secretário de Cultura de São Vicente.

Cláudia Alonso é psicóloga, atriz, educadora de dança e coordenadora das atividades do projeto TAM TAM e do Orgone Grupo de Arte.

Todos a postos, começamos o nosso bate-papo com uma provocação, fomentada pelo calor das discussões daquele momento: Pessoal, é possível fazer Cultura sem o apoio do poder público? A primeira a se manifestar foi Cláudia Alonso, que acredita que a partir do momento em que entendemos a Cultura como base fundamental na pirâmide social para garantir a cidadania plena, somos fazedores culturais. E isso, segundo ela, independe de ajuda do Governo e até mesmo de dinheiro. ‘Aliás, a essência, o verdadeiro papel da Cultura na sociedade se perde quando ela vira apenas um negócio’. Ela lembra que o Projeto TAM TAM, que promove a inclusão por meio da arte, é mantido sem a ajuda do poder público, sem dinheiro. Para Toninho Campos é um grande erro contar com políticas públicas para se fazer Cultura,

Toninho Campos é empresário, diretor do Cine Roxy, com quatro unidades na região: duas em Santos, uma em São Vicente e uma em Cubatão.

já que poucos são os beneficiados dos programas do Governo. Amauri Alves afirma que é possível fazer Cultura sem recursos, mas admite que a figura do poder público é, sim, importante, como fomentador e financiador de programas. ‘O brasileiro é um produtor cultural nato, a toda hora nós produzimos Cultura. Mesmo na crise, tem muita gente produzindo’. Para ele o grande questionamento é outro ‘é possível sobreviver de Cultura’? Amauri ainda afirma que é natural que, na crise, as pessoas cortem aquilo que não é essencial e a Cultura acaba sendo sacrificada. ‘Se a pessoa tem que optar por pagar a conta de luz ou pagar o teatro, é óbvio que ela vai pagar a luz’, conclui. Todos concordam, no entanto, que essa dificuldade não é de agora, não tem relação com a crise e também não é exclusiva do Brasil. Amauri lembra que mesmo na Europa levar público ao teatro

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CAPA não é fácil, a menos que seja um festival ou uma peça com atores renomados. ‘O espetáculo que está fazendo carreira sofre. As pessoas normalmente vão para ver as celebridades e não o espetáculo’. Toninho acrescenta que os norte-americanos, por exemplo, frequentam menos o teatro do que os brasileiros. Também para os três, infelizmente, as pessoas não valorizam a arte da sua região e só frequentam manifestações culturais quando é de graça. ‘Há uma [cultura] de que estão fazendo um favor indo prestigiar um espetáculo", lamenta Claudia Alonso. Toninho complementa dizendo ‘mal sabem que uma peça de teatro ou um filme pode mudar a vida de uma pessoa’. ‘Cultura é hábito’, concluem todos. O teatro e o cinema, segundo nossos convidados, concorrem com o jogo de futebol, o final da novela e a chuva. É uma pena! E o público que consome arte na região é o mesmo para todas as expressões culturais? Ou seja, quem vai ao cinema também vai ao teatro ou a uma exposição? Amauri acha que não. Ele diz e os demais concordam que o cinema é mais democrático e que agrada a públicos mais distintos. ‘É muito difícil você convencer alguém a ir ao teatro’, lamenta Amauri. ‘Eu não gosto de teatro, tem que pensar muito’ é o que a Cláudia afirma ouvir das pessoas.

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Mas Toninho Campos faz uma constatação interessante: ‘Mesmo o cinema tem vários públicos. O perfil de quem vai ao Roxy de Santos é completamente diferente daquele que frequenta São Vicente e Cubatão’. Outra constatação é que a maioria ainda vai ao cinema para assistir os blockbusters e poucos são os que se dedicam a filmes mais artísticos. ‘Já aconteceu muitas vezes de nós projetarmos filmes mais alternativos com as salas vazias’. Segundo o empresário, Santos, principalmente, já teve um público muito melhor para filmes que não são megaproduções. Cláudia, o projeto TAM TAM promove a inclusão social por meio da arte ou é redundância falar em ‘inclusão social por meio da arte’ uma vez que devemos entender que a arte não deve ser exclusiva? ‘É redundância tudo. A palavra inclusão já subentende que é social. Inclusão é um pressuposto básico de sociedade para todos. Nós somos militantes da não-exclusão, a nossa principal ferramenta é o encontro, pois as pessoas perderam o costume de compartilhar momentos, olhar nos olhos, tocarem-se. Não há teatro ou arte inclusiva; a Cultura já é para todos’. Toninho, o que mudou desde 1934, quando o Cine Roxy foi inaugurado, no perfil do público que vai ao cinema? ‘Naquela época ir ao cinema era um grande evento, as


pessoas se produziam. Alguns anos depois, o Gonzaga passou a ser conhecido como Cinelândia, pois haviam vários cinemas, e todos os filmes começavam na mesma hora. Então, as pessoas escolhiam o filme e o cinema na hora. O Roxy começou com 1400 lugares, mas com o tempo a televisão começou a tirar o público do cinema e aqueles quatro ou cinco filmes que mantinham os cinemas o ano todo, não eram mais suficientes. Então, na década de 1990, começam a surgir os multiplex – cinemas com várias salas – e as pessoas voltam a escolher os filmes na hora, mas dentro do mesmo cinema. Outra diferença é que agora as pessoas vão ao cinema para encontrar aqueles da mesma ‘tribo’, que se aproximam pelo gosto’.

de eu fiquei muito mais sensibilizado pelas pessoas do que pelo espetáculo em si. Para muitas delas é a grande aventura da vida. Poder se ver como centro das atenções, dividindo a cena com grandes atores, é realizador para elas. Sem contar que muitos artistas se profissionalizaram a partir das experiências que tiveram durante o processo de criação do espetáculo. A Encenação precisa ser retomada e será, em outro momento, para que resgatemos todo este processo’.

Amauri, a Encenação, em São Vicente, é mais que o maior espetáculo de areia do mundo, é um momento importante para os vicentinos, que saem do anonimato para atuar e se sentem pertencente à história da cidade. A descontinuidade do espetáculo em 2016 fere ainda mais a autoestima da população?

‘As pessoas da região, sim, gostam, frequentam, valorizam e apoiam. Elas gostam de ser tomadas de assombro, pois as criações do Renato (Renato Di Renzo é o diretor do projeto) são sempre assim, para o público e para os atores. Há sempre algo diferente, inusitado, novo. Mas as pessoas precisam ser informadas e nós sentimos falta de um apoio maior dos veículos de comunicação locais. Nós fazemos a nossa parte na divulgação, mas temos limitações, claro’.

‘Eu tenho experiência com teatro comunitário em vários lugares, inclusive fora do país, e o que eu percebo é que as pessoas se apropriam daquele momento. É quando elas se sentem fazendo parte de algo. E esta conexão entre pessoas tão diferentes é o motivo da existência de projetos como este. Eu convivo com a Encenação desde os 16 anos e com esta descontinuida-

Cláudia, o Orgone tem hoje mais de 100 premiações em mostras nacionais e internacionais. O público da região entende, valoriza e, mais, frequenta as apresentações e manifestações do grupo?

Toninho, vivemos em uma época de filmes on demand, streaming, quando se pode assistir o que quiser, a hora que quiser. Você acha que a tecnologia prejudica a Cultura, ou, ao contrário, democratiza o acesso à arte?

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CAPA ‘O problema é que da mesma forma que está mais fácil consumir, está mais fácil produzir. E há muita coisa ruim sendo produzida. Se o mercado começar a valorizar as porcarias, temos um grande problema. Isso tem nos feito ficar mais atentos às mudanças e promover melhorias constantes para concorrer com todas estas novas ferramentas’. Amauri, você também é professor de artes. Deve ser um desafio dobrado ensinar arte em um país que sofre com a educação e que não tem hábito de consumir cultura. ‘Ensinar arte é fácil, não existe resistência. Ensinar matemática é muito mais complicado. A arte desperta a atenção dos alunos de todas as idades, não existe ninguém que não tenha interesse em algum segmento artístico. Nós vivemos arte o tempo todo, ela é inerente à condição humana. O problema é que o ensino da arte no Brasil é mal dimensionado e faltam profissionais qualificados em quantidade para ensinar’. Cláudia, o Café Teatro Rolidei é a balada dos diferentes? ‘O Rolidei é o lugar onde as pessoas podem ser o que elas são. É um espaço que não traz titulação e que promove o encontro. Na verdade, o Rolidei é o nome fantasia do projeto TAM TAM, porque percebemos um preconceito quando falávamos em TAM TAM,

VEJA NO PORTAL O DEPOIMENTO DE RENATO DI RENZO SOBRE ESTE ENCONTRO WWW. REVISTANOVE .COM.BR

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"O verdadeiro papel da Cultura na sociedade se perde quando ela vira apenas um negócio". Cláudia Alonso

como se fosse um lugar para os louquinhos, esquisitinhos. Somos um espaço multifacetado, que aceita todos os tipos de manifestações e que trabalha os acessos socioculturais e educativos todos os dias para pessoas de 7 a 75 anos. É um espaço agregador, que estimula o olhar para a não-exclusão’. Amauri, nós somos o berço da história do Brasil, com duas das cidades mais antigas do país na região. Você acha que nós poderíamos nos apropriar mais deste fato para produzir Cultura? ‘São Vicente, na sua formação era um porto, de onde tudo saía e por onde tudo entrava na região, e, com o tempo, nós perdemos esta característica de porto aberto para o mundo. Inclusive culturalmente. Nós nos transformamos em uma ilha, mas uma ilha voltada para si. Nós precisamos voltar a ser este porto aberto para trocas culturais. Isso muda a forma de se produzir arte. Se você pensar que estamos em uma das regiões mais ricas do estado, o que produzimos de cultura é ínfimo. E isso é uma questão de política pública. Nós temos produtos culturais de qualidade em todos os segmentos, que estão ilhados’. Toninho Campos complementa – e lamenta – concluindo que a região exporta gente e não produto. ‘Infelizmente’, concordam Cláudia e Amauri.

"Mais vale uma merda de filme com um puta final do que um puta filme com um final de merda". Toninho Campos

"Para muitas pessoas, a Encenação é a aventura da vida, é o momento em que ela sabe que existe". Amauri Alves


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ART&FATO

ENCONTRO DE CRIADORES

, e d a d i v i t a i r c e Arte, música sem crise!

A Casa de Frontaria Azulejada virou a queridinha dos movimentos artísticos da região, desde a sua reabertura em 2006. Não é para menos, a construção, de 1865, é uma das mais significativas obras arquitetônicas de Santos, que exibe uma fachada de influência neoclássica com azulejos portugueses em alto relevo.

O prédio já serviu de residência, escritório, hotel, armazém de cargas e depósito de adubos químicos, até que, após o tombamento em nível federal, foi totalmente abandonado e entrou em processo de deterioração. A fachada foi recuperada em 1992, mas o interior ainda guarda muitas das consequências da ação do tempo. E é isso que torna o lugar mais especial. É neste espaço charmoso do Centro Histórico de Santos que acontece, nos dias 16 e 17 de julho, o 3º Encontro de Criadores. Realizado pela Raving, o evento espera reunir cinco mil visitantes e mais de 40 expositores nos dois dias, to-

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dos reunidos em torno do conceito da economia criativa.

‘O Encontro de Criadores é um encontro entre empreendedores, artistas independentes e consumidores, com foco na inovação, manufatura e nas questões sociais e sustentáveis’, explica o produtor do evento Heitor Ramos. O propósito é criar um espaço onde criadores possam apresentar e comercializar os seus produtos, gerando oportunidades e incentivando a construção do novo. O público encontrará produtos e serviços inovadores e poderá interagir diretamente com quem os produz. A gastronomia é um dos pontos fortes, com food trucks, food bikes e o melhor da comida de rua, oferecida, claro, por empreendedores independentes. Exposição de arte, espaço audiovisual, intervenções musicais e artísticas, oficinas e workshops também estão na programação do Encontro. A segunda edição do evento aconteceu no CAIS


POR DIEGO BRÍGIDO • ARTE: CHRISTIAN JAUCH

– Centro de Atividades Integradas de Santos e reuniu mais de três mil pessoas e 200 profissionais. Heitor está satisfeito com a evolução do Encontro e já tem as próximas edições programadas ainda para 2016. ‘É muito bacana poder reunir gerações, fomentar e valorizar o processo criativo, além de oferecer oportunidades para o público e os criadores construírem uma relação mais sólida e prazerosa’.

ENTÃO, VOCÊ JÁ TEM COMPROMISSO PARA O FINAL DE SEMANA DE 16 E 17 DE JULHO. O 3º ENCONTRO DE CRIADORES VAI ACONTECER DAS 14H ÀS 22H, NA CASA DE FRONTARIA AZULEJADA, NA RUA DO COMÉRCIO, 96, NO CENTRO HISTÓRICO DE SANTOS. A ENTRADA É GRATUITA, MAS É BACANA VOCÊ LEVAR UM LIVRO (LITERATURA) OU UM AGASALHO, QUE SERÃO DESTINADOS A AÇÕES SOCIAIS.

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PERSONA

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO CHRISTIAN JAUCH

Ivan di Ferraz

A história de um cordelista apaixonado Nascido no pequeno povoado de Bacabinha, hoje munícpio de Paulo Ramos, no interior do Maranhão, ele cresceu ainda mais afastado da cidade. Seus pais – um morador do povoado e uma índia analfabeta – se separaram assim que ele nasceu, então a mãe e ele foram morar com uma prima dela na fazenda. Aprendeu a ler e escrever sozinho, com romances que a mãe comprava para ele. ‘Na comunidade, havia sempre alguém que sabia ler e escrever melhor e esta pessoa se propunha a ensinar os outros’, conta Ivan, que passou a ler as histórias para os moradores do vilarejo. No início dos anos 1970 voltaram para Paulo Ramos e, próximo de completar 18 anos, como a maioria dos jovens daquela região, ele resolveu tentar a vida fora do Nordeste. Aí começou a saga de Ivan di Ferraz para viver da sua arte. ‘A primeira tentativa foi tão dificil, que fiquei apenas um mês em Brasília e vol-

Assista o vídeo com um dos cordéis de Ivan di Ferraz: www.revistanove.com.br.

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tei pra casa. Mas aí percebi que na minha cidade seria mais difícil ainda e parti de vez’. Ivan ficou entre São Paulo e Brasília, trabalhando na construção civil e em fábricas. Mas o trabalho braçal não animava o jovem, que já pensava na música. ‘No meu povoado, quando tinha festa, eu não queria dançar, queria ficar junto dos músicos para aprender a tocar’. Em Brasília e São Paulo trabalhou em bares e restaurantes, para interagir mais com as pessoas. Foi morar em pensões no centro de São Paulo, onde conheceu outras pessoas que lutavam para viver de arte. No início dos anos 1980 começou a se reunir com músicos na Praça da Sé e ali passou a entender que queria mesmo viver da sua paixão. Porém, em 1983, o sonho foi interrompido com um casamento seguido do nascimento da primeira filha. Neste período ainda conseguiu fazer um curso de cabeleireiro durante o horário de almoço do trabalho. Ficou cinco anos afastado da música e quando o casamento acabou precisou recomeçar a batalha. ‘Foi outro período muito difícil, pois saí da separação apenas com a roupa do corpo’. Em 1989 um primo que morava em


Santos o convidou para ir à cidade e assim Ivan partiu mais uma vez, de mala e viola nas costas. O primeiro emprego no litoral foi em um salão de snooker e foi ali, preparando as bebidas, que ele resolveu fazer um curso de barman e conquistou o seu segundo certificado. No início dos anos 1990 casou-se novamente e nos anos que seguiram fez cursos de canto, violão, teoria musical, teatro e inglês. Também se formou como técnico em turismo e guia regional.

A descoberta da Fortaleza

‘Um dia, vi uma placa que recrutava voluntários como monitores da Fortaleza da Barra Grande’ e, embora estivesse desempregado, Ivan aceitou o estágio não-remunerado. Passou a viver das gorjetas que as pessoas davam ao final das monitorias.

visitantes. Hoje, o cordelista é um grande diferencial do equipamento turístico, que, além da beleza arquitetônica, oferece uma vista deslumbrante da orla da praia santista. De onde vem a inspiração para as letras? – perguntamos. ‘Da minha rotina, do meu percurso entre a Fortaleza e minha casa, na Praia do Góes’. Ivan caminha 15 minutos por uma trilha, na ida e na volta do trabalho, todos os dias, beirando o mar, em meio à mata atlântica. ‘Tem sombra, sol, suor, pedra, ladeira e nascente. Tem tudo no meu caminho’.

Foi contratado pela prefeitura de Guarujá e se mantém até hoje fazendo um duplo e poético trabalho na Fortaleza. Ivan descobriu no equipamento uma maneira de colocar sua paixão em prática e traz um pouco do cordel para contar a história do local aos visitantes. ‘A primeira música que fiz foi o Hino da Fortaleza para um trabalho com as crianças que visitavam o local’. A ideia caiu no gosto dos gestores e passou a atrair mais

EU VOU CONTINUAR TOCANDO, TENTANDO E QUERENDO QUE MEU TRABALHO SEJA RECONHECIDO DE UMA FORMA MAIS AMPLA IVAN DI FERRAZ CORDELISTA E MONITOR NA FORTALEZA DA BARRA GRANDE EM GUARUJÁ

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NOVE

9 Passeios para dias de Chuva POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH

Engana-se quem acha que a Baixada Santista não tem opções de passeios para os dias chuvosos. Nada como um belíssimo dia de sol para nos lembrar de como é lindo o nosso litoral, é verdade. Mas os dias de chuva e frio trazem um charme especial a esta região abraçada pela mata atlântica e cercada de monumentos históricos e equipamentos de lazer. Nós elencamos nove opções para você curtir a região nos dias de chuva. Separe o guarda-chuva e vem com a gente.

1) Forte São João, em Bertioga A primeira fortificação construída no Brasil, pelos portugueses, em 1532, foi originalmente batizada de Forte São Thiago e erguida em paliçada – estacas de madeira ligadas entre si. Tombado em 1940, pelo Iphan, abriga um acervo variado, como a réplica de uma armadura medieval, espadas, arcabuzes, espingardas, coletes e capacetes de metal e canhões de murada, além da carta de batismo do Padre José de Anchieta e os votos solenes de Anchieta e Manoel da Nóbrega. A própria arquitetura da fortificação e a localização, à beira do Canal de Bertioga, já valem e a visita. Todos os dias, das 9h às 17h. Entrada franca. Av. Vicente de Carvalho, s/n – Parque dos Tupiniquins.

2) Acquamundo, em Guarujá

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O maior aquário da América do Sul abriga cerca de 250 espécies, mais de quatro mil animais e 1.400.000 litros de água. Entre os destaques, o lobo marinho Lobinho, que se exibe em um tanque só dele; 20 pinguins de Magalhães, seis

jacarés do Pantanal; uma cobra piton; a esquisita tartaruga mordedora, que sobreviveu à extinção dos dinossauros e um lagarto africano. No tanque Oceano é possível mergulhar para interagir com tubarões, raias, tartarugas e imensos peixes, como robalos, e meros. No setor de toques, o visitante pode tocar em raias, ouriços anêmonas e estrelas. Crianças de 6 a 12 anos podem viver um dia de tratadores, alimentando os animais. Segunda a sexta, das 9h30 às 17h30; sábados, das 10h às 21h e domingos, das 10h às 19h. Com monitoria. R$ 39 | R$ 26 (até 12 anos) | R$ R$ 19 (idosos). Av. Miguel Estéfano, 2001 – Enseada.

3) Museu de Arte Sacra, em Santos Na entrada da cidade, ao pé do Morro São Bento, a construção erguida em 1650 para abrigar monges beneditinos, que funcionou até 1940 como Mosteiro de São Bento, abriga o Museu de Arte Sacra de Santos. Um rico acervo sacro e religioso espalha-se em mais de dez salas, tornando o MASS uma das principais instituições museológicas de arte sacra do Brasil. O visitante pode


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NOVE

conhecer as celas dos monges e o claustro, única área externa do mosteiro, que servia para meditação. Imagens e pinturas barrocas de diversos santos, como Nossa Senhora Conceição, primeira arte barroca do Brasil, e adereços religiosos também compõem o rico acervo. A Capela de N. Sra. do Desterro, ao lado, é um atrativo à parte. Terça a domingo, das 10h às 17h. Com monitoria. R$ 5,00 / R$ 2,50 (meia entrada). R. Santa Joana D’arc, 795 – Sopé do Morro São Bento.

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH E DIVULGAÇÃO

5) Casa do Barão, em São Vicente Esta antiga chácara residencial, construída em 1925, foi residência do Barão Kurt Von Pritzelwitz. Tombada pelo CONDEPHAAT em 1988, é sede do Instituto Histórico e Geográfico da cidade desde 1972 e abriga uma área verde de 6500 m². Em suas quatorze salas estão representados os Estados brasileiros, com mapas artísticos, artesanato, exemplares da fauna, costumes indígenas, arqueologia e riquezas minerais. O acervo contém cerca de 1380 peças, algumas raríssimas, como o crucifixo do século XVI, amostras de pedras brasileiras, fósseis e peças do Mestre Vitalino, além de valiosa coleção numismática. O local também abriga atividades teatrais e aulas de pintura, música, fotografia, desenho e yoga. Segunda a sábado, das 9h às 18h. Entrada gratuita. Rua Frei Gaspar, 280 – Centro.

4) Casa do Trem Bélico, em Santos

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A Casa do Trem Bélico é considerada o mais antigo prédio público de Santos. Entre 1910 e 1945, o edifício sediou o Tiro Brasileiro de Santos, nº 11 da Confederação Brasileira de Tiro. As linhas de tiro eram centros patrióticos que treinavam jovens para o cumprimento de seus deveres cívicos, com o objetivo de prepará-los para o caso de guerra. Hoje, abriga uma exposição permanente de armamentos históricos e, com sorte, os visitantes podem encontrar por lá o carismático Zé Corneteiro, figura que já retratamos na primeira edição da revista. Terça a domingo, das 11h às 17h. Com monitoria. Entrada gratuita. R. Tiro Onze, 11 – Centro.

6) Teatro Serafim Gonzalez, em Praia Grande Com capacidade para 513 pessoas, está localizado dentro do Palácio das Artes, na entrada da cidade. Dispõe de elevador para portadores de necessidades especiais e tem um exuberante foyer de


9 passeios para os dias de Chuva onde é possível apreciar através de vitrines instaladas em frente à mata atlântica, diversas espécies nativas animais e vegetais. O ambiente, decorado com peças de cerâmica marajoara presta homenagem à professora Graziela Diaz Sterque, precursora da cena cultural de Praia Grande. A sala de espetáculo foi projetada com os melhores padrões acústicos e, por isso, tem recebido espetáculos teatrais e apresentações artísticas variadas. Fique de olho na programação. Av. Presidente Costa e Silva, 1600 – Boqueirão. grande incêndio em 1833. Desde 1916, a Igreja e as ruínas do Convento Nossa Senhora da Conceição pertencem à Diocese de Santos. Terça a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 17h. R. Cunha Moreira, 27 – Centro. Informações: (13) 3427.7891

7) Centro Cultural Raul Cortez, em Mongaguá O centro da vida cultural da cidade foi inaugurado em 1996 e homenageia o ator Raul Cortez ainda em vida. Além de abrigar o Teatro Municipal Ronaldo Ciambroni, com capacidade para 320 pessoas, com apresentações teatrais e artísticas o ano todo, oferece cursos gratuitos de música, pintura, teclado, violão, violino, hip hop, ballet, jazz, dança de rua, dança do ventre, teatro, dança de salão e coral. Av São Paulo, 3465 – Vera Cruz.

8) Convento Nossa Senhora da Conceição, em Itanhaém O local que hoje abriga o Convento Nossa Senhora da Conceição, o Morro do Itaguaçu, sediou uma das primeiras edificações da história do Brasil, provavelmente no mesmo ano de fundação de ‘Conceição de Itanhaém’, em 1532. Trata-se de uma das primeiras igrejas do país e também o primeiro templo dedicado à Nossa Senhora da Conceição. Entre 1733 e 1734, o local foi ampliado pelo frei Rodrigo dos Anjos, com a construção do Convento Nossa Senhora da Conceição, erguido à frente do edifício da Igreja, do lado direito, onde suas ruínas podem ser vistas atualmente, após um

9) Aquário, em Peruíbe São 24 recintos, entre tanques, terrários, aquários e aquaterrários, com aproximadamente 80 espécies de animais, como invertebrados, peixes, anfíbios e répteis. O grande destaque está no tanque de contato, onde os visitantes podem tocar alguns animais com a orientação de monitores. O espaço abriga um minimuseu com exposição de animais taxidermizados, além de esqueletos e ossos de mamíferos marinhos. No auditório, com capacidade para 40 pessoas, são exibidos documentários a cada hora e desenhos, na sessão especial Infantil. Tem ainda um Núcleo de Educação Ambiental e uma loja temática. Segunda a sexta e domingo, das 10h às 18h e sábados e feriados, das 10h às 19h. R$ 9,00 | R$ 7,00 (crianças até 12 anos, professores e aposentados). Av. Gov. Mario Covas Jr, 204 – Praia do Centro.

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VEM AI...

FESTIVAL SANTOS CAFÉ

Ele voltou. Muito mais encorpado Não importa se você prefere puro ou com leite, espresso ou coado, com canela ou sem açúcar. Desde que você goste de café – e de arte – vai estar em casa na segunda edição do Festival Santos Café, que acontece de 8 a 10 de julho, no Centro Histórico de Santos. A primeira edição, em 2015, reuniu 37 mil pessoas ao longo do final de semana, que circularam pelas ruas do centro inebriadas pelo aroma que escapava pelas portas e janelas das construções históricas da cidade. A versão 2016 do evento promete ser ainda mais encorpada, com três dias de muita música, exposições, oficinas gastronômicas, intervenções artísticas, passeios turísticos, degustações de café e brincadeiras. Neste ano, o Museu do Café será um grande parceiro, promovendo oficinas para crianças, jovens e adultos e visitas noturnas, além de criar o espaço Café Com Leite para o público infantil. Na Casa da Frontaria Azulejada, os amantes de um bom cafezinho poderão degustar as melhores marcas e grãos gratuitamente. E o Museu Pelé receberá as oficinas gastronômicas com presença de experientes profissionais do ramo.

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Música e arte para acompanhar Dois palcos estarão armados para animar os três dias de evento, um na esquina da Rua Quinze de Novembro com a Rua do Comércio, e outro na Praça Mauá. Também na praça, nos dias 9 e 10, será realizada a já tradicional feira de arte, artesanato e antiguidades. Diversos restaurantes do Centro Histórico abrirão para atender o público e os hotéis da cidade estarão com pacotes especiais de hospedagem, com transporte para o evento (shuttle). Os Walking tours – roteiros a pé –, que fizeram sucesso na edição passada, com enfoque na influência do café em Santos, além de intervenções de estátuas vivas e apresentações de dança também fazem parte da programação preparada pela Secretaria de Turismo de Santos.

Acompanhe, por este QR Code, a programação completa do evento. Ou entre em nosso portal: www.revistanove.com.br



ROLOU POR AQUI

LANÇAMENTO DA 2ª EDIÇÃO DA REVISTA NOVE CIDADES E

XXXII Torneio Aberto de Golfe

A segunda edição da Revista Nove Cidades foi apresentada aos parceiros e competidores do XXXII Torneio Aberto de Golfe no belíssimo Guarujá Golf Club, no sábado, 28 de maio. Um final de tarde agradável reuniu os convidados para um coquetel, acompanhado da boa música de Leandro Ramajo e seguido de um caloroso jantar no restaurante do clube. A noite acabou com direito a DJ e flashback para animar a turma.

como ao responsável pelo restaurante, João Cardoso, pela recepção e cuidado com o evento. Com fotos de Diego Marchi e Christian Jauch, acompanhem alguns momentos deste evento e conheçam melhor o Guarujá Golf Club em uma das matérias que fizemos para a edição de maio e que está no portal www.revistanove.com.br. Você pode ver a galeria completa de fotos em nosso portal, acessando pelo QR Code ou pelo site

Nossos mais sinceros agradecimentos ao anfitrião, presidente do Guarujá Golf Club, José Rubens Günther e sua esposa Daniella Prado Günther, bem

www.revistanove.com.br.

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1) O editor da revista, Diego Brígido, apresenta a edição aos convidados, durante o jantar, ao lado do anfitrião. 2)O anfitrião, José Rubens Günther, foi um dos vencedores do torneio. 3) O editor, Diego Brígido, ladeado por Jaqueline Gavioli e Karyn Capua, do Blue Tree Towers Guarujá. 4)O editor apresenta a publicação ao empresário Adilson Jesus e sua equipe.


POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS CHRISTIAN JAUCH E DIEGO MARCHI

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5)A Secretária de Turismo de Guarujá, Eunice Grötzinger e o Secretário-Adjunto, Bruno Reis, juntamente de Adilson Jesus e equipe. 6)Os anfitriões José Rubens e Daniella Günther com o editor, Diego Brígido.7) Evelyn Jordão, da Venus One, e o Secretário-Adjunto de Turismo de Guarujá, Bruno Reis. 8)Também se juntaram ao grupo o publicitário responsável pelo projeto gráfico da revista, Christian Jauch e sua esposa, Daniella Kugler, além de Jaqueline Gavioli, gerente do Blue Tree Towers Guarujá e Walmir Gomes, da Unimonte, com a esposa Silvia Croce. 9)Leandro Ramajo, que abrilhantou o final de tarde deste sábado, com sua boa música. 10) Parte da diretoria da gestão anterior do Guarujá Golf Club reunida com a equipe da Secretaria de Turismo de Guarujá, Adilson Jesus e sua equipe

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CAFÉ DAS NOVE

Mario não gostava de turistas Mario tinha uma doceria em Santos, numa região um pouco afastada da orla da praia. Umas cinco ou seis quadras para dentro. Mario acreditava estar fora da área turística e por isso era veementemente contra esse negócio de turismo. Isso não trazia renda para ele e nem para os outros comerciantes instalados longe da orla. ‘Além do caos que os turistas instauravam na cidade a cada final de semana de sol’. E para piorar, haviam as docerias famosas que, certamente, levavam essa fatia do bolo – os turistas. Mario não gostava de turistas. E ponto! Os fregueses dele eram os munícipes, os moradores das redondezas. Estes eram tratados com toda pompa e circunstância. Afinal, eram eles que mantinham o seu pequeno negócio.

DIEGO BRÍGIDO Jornalista e bacharel em turismo, especialista em comunicação, turismo e hospitalidade. Editor da Revista Nove Cidades.

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Certo dia, o comerciante se deparou com um cliente que nunca havia entrado na doceria. Daniel era um jovem de 23 anos, que acabara de receber seu primeiro salário como recepcionista de uma pousada próxima à orla e se dera ao luxo de gastar alguns reais com uma farta fatia de bolo. Mario sugeriu o de café, novidade da casa, cuja receita havia sido inventada por sua esposa. Daniel gostou tanto do bolo, que virou cliente habitué. Pelo menos três vezes na semana se permitia esse deleite. Vez ou outra, ele experimentava um doce diferente, mas o bolo de café era, sem dúvida, o seu preferido. Ele começou a levar seus colegas de trabalho à doceria e os fazia provar o tal bolo. Certa vez, na pousada, um hóspede lhe perguntou onde poderia provar um doce típico de Santos. O recepcionista lembrou do bolo de café da doceria do Mario, claro, afinal o principal ingrediente – o café – é um ícone da cidade.

E assim foi sempre que um hóspede perguntava sobre um bom lugar para comer doces em Santos. Daniel e os colegas da pousada tornaram-se ‘embaixadores’ da doceria e foram responsáveis por um considerável aumento no faturamento de Mario. Além de clientes fiéis, divulgavam as delicias para os hóspedes, que também propagavam em suas cidades. O comerciante propôs uma parceria à pousada e passou a deixar panfletos na recepção, oferecendo descontos para os hóspedes. Mario começou a entender que não era preciso estar na orla da praia para ganhar com o turismo. Bastava um bom produto, uma boa estratégia e meia dúzia de clientes fiéis. Mario adora os turistas agora. Esta atividade movimenta mais de 50 segmentos e emprega moradores da cidade. Que consomem no comércio local, como a doceria do Mario. O turismo é uma atividade dinâmica, pujante e uma cidade turística, ao se assumir turística, precisa tirar o melhor proveito disso. Então, da próxima vez que você esbravejar que o turista só atrapalha a sua rotina e não traz benefícios ao seu negócio, repense seus critérios. Talvez seu produto ou sua estratégia de venda não estejam convencendo nem os moradores da cidade.


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NOVE INDICA

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Ao Chopp do Gonzaga Av. Ana Costa, 512 – Gonzaga Santos • (13) 3284.0173 fb.com/choppdogonzaga

O Temakinho Sushi Av. Afonso Pena, 55 - Loja 2 (Posto Ipiranga) Santos • (13) 3345-3964 fb.com/OtemakinhoSantos

Kokimbos Pizzas e Picanha Av. dos Bancários, 64 – Ponta da Paia Santos • (13) 3227.9969 fb.com/kokimbos

Fishbar Santos Av. Rei Alberto I, 280 – Ponta da Praia Santos • (13) 3261.1881 fb.com/fishbarsantos

Bodegaia Rua Quinze de Novembro, 26 - CENTRO R. República Argentina, 80 - POMPEIA Santos • (13) 2202-2396 fb.com/Bodegaia

Capim Limão Restaurante Vegetariano R. Prudente de Moraes, 63 – Vila Matias Santos • (13) 3224.1037 fb.com/restaurantecapimlimao

Fornalha Palmares Av. Siqueira Campos, 296 – Macuco Santos • (13) 3222.1551 fb.com/fornalhapalmares

Capitães Gastronomia Av. Almirante Saldanha da Gama, 33 – P. da Praia Santos • (13) 3345.3545 fb.com/capitaesgastronomia

Trecento Pizza Av. Padre Anchieta, 5087 - Bal Stella Maris Peruíbe • (13) 3458.2001 fb.com/trecentopizzaria

Restaurante Beira Mar Av. Gov. Mário Covas Jr, 869 – Centro Peruíbe • (13) 3455.4775 fb.com/restaurantebeiramarperuibe

Villa di Pasta Cantina Italiana R. Mocóca, 131 – Boqueirão Praia Grande • (13) 3034.4131 www.villadipasta.com.br

Restaurante Ti Maria Av. Antônio Rodrigues, 436 – Gonzaguinha São Vicente • (13) 3467.5210 fb.com/TiMariaGourmetEspacoCultural

Deck Praia R. Onze de Junho, 40 – Itararé São Vicente • (13) 3468.2125 fb.com/deckpraiaoficial

Torre Praia R. Onze de Junho, 209 – Itararé São Vicente • (13) 3468.3013 fb.com/torrepraiarestaurante

Magnólia Gourmet Comida Saudável R. Jordano de Paiva, 68 – Jardim Ideal Guarujá • (13) 3304.2730 fb.com/magnoliagourmet

Dalmo Bárbaro Av. Miguel Stéfano, 4751 – Enseada Guarujá • (13) 3351.9298 www.dalmobarbaro.com.br

Kalabalis Pizzaria e Restaurante Av. Joaquim Jorge Peralta, 70 – Jd. Casqueiro Cubatão • (13) 3363.4000 www.kalabalis.com.br

Tasca do Porto R. Quinze de Novembro, 112 - Centro Santos • (13) 3219.4280 www.tascadoporto.com.br


NOVE INDICA Only 1 R. Rio de Janeiro, 203 – Barra Funda Guarujá • (13) 3371.5971

Estilo do corpo Av. Afonso Pena, 493 – Macuco Santos • (13) 3271.4701 fb.com/academiaestilodocorpo

Kascão www.kascao.com.br fb.com/kascao

Mendes Tur Câmbio e Turismo Av. Mal Floriano Peixoto, 44. Lj. 38 – Gonzaga Santos • (13) 3208.9000 fb.com/mendesturturismo

TAM Viagens Santos e Região Av. Afonso Pena, 157 – Macuco Santos • (13) 3202.2111 fb.com/tamviagenssantos

Top Viagens e Turismo Av. Nove de abril, 2068. Cj 21 – Centro Cubatão • (13) 3304.0011 www.topviagens.tur.br

Valongo Tour Av. Ana Costa, 482. Cj 1003 – Gonzaga. Santos • (13) 3307.5254 fb.com/valongotour

Poupafarma (13) 3202.1002 – Alô Saúde www.poupafarma.com.br fb.com/poupafarma

Angiocorpore (13) 3208.0800 - Central de Atendimento Santos • www.angiocorpore.com.br fb.com/institutoangiocorpore

Santos Day Hospital Av. Ana Costa, 120 – Vila Matias Santos • (13) 3221.4244 www.santosday.com.br

Brooksfield Praiamar R. Alexandre Martins, 80 - Aparecida Santos - (13) 3227.2507

Náutica da Ilha R. Nicolau Cuqui, 231 – Ilha Caraguatá. Cubatão • (13) 3363.2161 www.nauticadailha.com.br

Acqua Mundo Av. Miguel Estéfano, 2001 – Enseada. Guarujá • (13) 3379.2708 fb.com/aquarioguaruja

Teleférico de São Vicente Av. Ayrton Senna da Silva, 500 – Itararé São Vicente • (13) 3469.7755 fb.com/TelefericodeSaoVicente

Bondinho do Monte Serrat Praça Correia de Mello, 33 – Centro Santos • (13) 3221.5665 fb.com/monteserratsantosbrasil

Memorial das Conquistas - SFC R. Princesa Isabel, s/n. - Vila Belmiro Santos • (13) 3257-4099 www.memorialdasconquistas.com.br

CONTEÚDO DE QUALIDADE + PÚBLICO DE QUALIDADE

PEDEM PARCEIROS DE QUALIDADE

ANUNCIE NA PUBLICAÇÃO QUE VAI MOSTRAR UMA NOVA BAIXADA SANTISTA (13) 99167-8068 • ANUNCIE@REVISTANOVE.COM.BR 49


Tema central

Competitividade no setor de Viagens e Turismo Hospitalidade e Hostilidade entre players do mercado regional

CubatĂŁo (SP) | 2017 | sehlipa.com

Foto: Agenda Propositiva do Turismo | Baixada Santista




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