DSPA
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ÍNDICE
06 ENTREVISTA: Marcelo Pedroso 12 CENÁRIO: Ilha Porchat 14 ABRINDO O BAÚ: Phantasma do Paquetá 16 #TÁNAPLACA: Roberto Mário Santini 18 SAIR PARA COMER: Ao Mirante 22 UM NOVO OLHAR: Fábrica Aberta
CAPA
Papo
24 CHECK-IN: Zé Caramujo Hostel
de Chef
26 CONCIERGE: Bruno Reis 34 ART&FATO: Santos Jazz Festival
A GASTRONOMIA VAI BEM POR
36 PERSONA: José Luiz Tahan
AQUI
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38 NOVE: Pontos estratégicos para ver a tocha 42 COM A PALAVRA: Denise Covas 44 ROLOU POR AQUI: 75 anos do Sinhores e Fórum MICE 46 CAFÉ DAS NOVE: Diego Brígido 48 NOVE INDICA: Guia de Serviços EXPEDIENTE Editor Chefe: Diego Brígido | MTB: 64283/SP Projeto Gráfico e Design: Agência Celeiro.BMD | Christian Jauch Impressão: Nywgraf Editora Gráfica Distribuição Gratuita e Dirigida Anuncie na Revista Nove Cidades: (13) 99167-8068 anuncie@revistanove.com.br
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Fique por dentro
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EDITORIAL
Turismo, Cultura e Lazer na Costa da Mata Atlântica Falar de comida é sempre bom, não é? Falar de comida com quem entende do assunto, é melhor ainda. E falar de comida, com quem entende do assunto, no meio de uma cozinha, podendo degustar depois, merece matéria de capa. E foi isso que nós fizemos nesta edição: juntamos quatro chefs de gastronomias distintas na Baixada Santista e batemos um bom papo. E umas boas panelas. Na editoria Sair para Comer, visitamos o restaurante Ao Mirante, no Morro da Asa Del-
Diego Brígido
ta, em São Vicente. Mas, como nem só de comida vive o homem, também vamos falar de cultura, com a boa música do Santos Jazz Festival, que está pintando na área e de turismo industrial, com uma visita bem bacana à Unipar Carbocloro, em Cubatão. Os Jogos Olímpicos aparecem em dose dupla nesta edição: tem uma entrevista com o Presidente da Autoridade Pública Olímpica – santista de nascimento e de time – Marcelo Pedroso e um infográfico especial com nove pontos estratégicos para você acompanhar a tocha aqui na região. Também fomos conhecer o inusitado Zé Caramujo Hostel, na editoria Check In, e batemos um papo com o Persona da vez, José Luiz Tahan. Ah, tem estreia da nossa colunista Denise Covas e mais um monte de coisas bacanas.
Bem-vindos à Atlântica Costa da Mata
Editor
A vez do leitor! Se você também conhece um cantinho especial da nossa região e quer vê-lo nas páginas da revista ou em nosso portal, envie-nos uma sugestão de pauta. Ou se você vivenciou uma experiência bacana na Baixada Santista e deseja compartilhá-la com os leitores, envie-nos a sua história. Nós acreditamos que grandes projetos são construídos em conjunto.
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MARCELO PEDROSO PRESIDENTE DA AUTORIDADE PÚBLICA OLÍMPICA POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO DIVULGAÇÃO
E
le é duplamente santista – nascido em Santos e torcedor do Santos Futebol Clube – e já atuou na Baixada
Santista, como Diretor Executivo do Santos e Região Convention & Visitors Bureau, entidade de fomento da economia local, por meio do turismo, e também como Secretário de Turismo de Guarujá. Desde então, já passou pelo Parque Anhembi, em São Paulo, como Gerente de Pesquisa e Captação de Eventos; pela Embratur, em três diretorias diferentes; Ministério da Cultura, como Secretário Executivo e Secretário de Articulação Institucional e agora preside a Autoridade Pública Olímpica (APO). Conheça Marcelo Pedroso e a função da APO na entrevista a seguir.
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ENTREVISTA: MARCELO PEDROSO COMO SE DEU ESTE SALTO ENTRE A PREFEITURA DE GUARUJÁ E A EMBRATUR?
enfim muitas coisas que não sairão nunca da minha mente. Além, claro, a paixão pelo nosso glorioso Santos Futebol Clube.
Fui para a Embratur a convite de um profissional que eu respeito muito e com quem já havia trabalhado na Prefeitura de Santos, Eduardo Sanovicz, que foi presidente da Embratur. Atuar no turismo nacional foi uma grande oportunidade de contribuir para a promoção do nosso país, num período em que as ações foram pautadas por planejamento, referência técnica e profissionalismo, o que me permitiu trabalhar orientado pelas melhores estratégias para o desenvolvimento do turismo internacional no país.
O QUE É A AUTORIDADE PÚBLICA OLÍMPICA E QUAL O SEU PAPEL FRENTE AOS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS RIO 2016?
SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL É PAUTADA NO TURISMO. FOI UMA ESCOLHA OU UM CAMINHO QUE SE DE SEU INVOLUNTARIAMENTE? Minha carreira foi sempre orientada para áreas como o turismo ou a cultura por opção pessoal. Ao longo dos anos, tive a oportunidade de chegar aos grandes eventos, o que me proporcionou um amplo aprendizado e me permite dar uma contribuição relevante na gestão pública nestes setores. VOCÊ SAIU DE SANTOS PARA BRASÍLIA E AGORA MORA NO RIO DE JANEIRO. APESAR DA EXPERIÊNCIA EM DUAS DAS PRINCIPAIS CAPITAIS DO BRASIL, O QUE VOCÊ CARREGA DE SANTOS E REGIÃO COMO DIFERENCIAL?
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O jeito de ser do santista, com nossas características culturais, históricas que muito nos orgulham e que, com certeza, carregamos a qualquer lugar para onde vamos viajar ou morar. A conjugação do porto com as praias, a região metropolitana com cidades como São Vicente, Guarujá e Peruíbe, nos integram na atmosfera praiana, que impregna nossa alma, os morros, a Mata Atlântica, nossos talentos, culturais e esportivos, nossos famosos canais que dividem e integram a cidade,
A Autoridade Pública Olímpica é um consórcio público criado por lei que integra as ações do Governo Federal, do Estado do Rio de Janeiro e do Município do Rio de Janeiro na preparação e realização dos Jogos Rio 2016. Entre suas principais funções está o acompanhamento dos projetos que estão sendo feitos exclusivamente para o evento, ou seja, que não seriam feitos se o Rio de Janeiro não fosse eleita a cidade-sede dos Jogos Rio 2016. Esses projetos foram incluídos na Matriz de Responsabilidades, um documento organizado pela APO que aponta o ente governamental responsável pelos recursos e pela execução de cada obra, e contribui para a transparência do investimento público no evento. COMO SE DÁ A PARTICIPAÇÃO DA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E GOVERNO FEDERAL NA GESTÃO DO EVENTO? Cada ente governamental é responsável pelo investimento e execução de determinados projetos de construção de instalações esportivas e de transformação da cidade que ficará como legado para o Rio de Janeiro. A definição das responsabilidades de cada ente está apontada na Matriz de Responsabilidades e no Plano de Legado, com as políticas públicas que foram antecipadas por causa dos Jogos Rio 2016. O RIO DE JANEIRO FOI DIVIDIDO EM 4 REGIÕES OLÍMPICAS, ONDE ACONTECERÃO AS COMPETIÇÕES. COMO SE DÁ ESTA DIVISÃO?
Serão 834 competições de 65 modalidades esportivas olímpicas e paralímpicas realizadas ao longo de 45 dias e espalhadas em quatro áreas da cidade do Rio de Janeiro: Barra da Tijuca, Deodoro, Copacabana e Maracanã. Na região da Barra, zona oeste da cidade, foi construído o Parque Olímpico da Barra, onde está concentrado o maior número de instalações para a disputa de 16 modalidades olímpicas e 10 paralímpicas. Na região de Deodoro, na zona norte, está localizado o Complexo Esportivo de Deodoro, que recebeu os Jogos Pan-Americanos de 2007 e os Jogos Mundiais Militares de 2011 e, por isso, já tem 60% das áreas de competição permanentes construídas. Em Copacabana, na zona sul, a maior parte das instalações é temporária e receberá provas de vôlei nas areias da praia mundialmente famosa de Copacabana. No Maracanã, na zona norte, com cinco instalações permanentes, está o estádio de abertura e encerramento dos Jogos. COMO ESTÁ A EVOLUÇÃO DAS OBRAS? ENTRE OS SEIS NÍVEIS DE MATURIDADE DEFINIDOS PARA O ANDAMENTO DOS PROJETOS, QUAL O PERCENTUAL ENTRE OS NÍVEIS 5 E 6? Todas as obras estão praticamente prontas e as principais já foram entregues ao Comitê Rio 2016, que faz as adaptações para o período dos Jogos. Foram feitos 42 eventos-teste, que mostraram que estamos no caminho certo para a entrega de um evento com instalações de qualidade e eficientes para os atletas desempenharem seu talento nas pistas. DAS CONSTRUÇÕES ERGUIDAS PARA OS JOGOS, O QUE FICARÁ DE LEGADO PARA O PAÍS, QUE PODERÁ SER UTILIZADO POR ATLETAS OU PARA OUTRA FINALIDADE? O planejamento do legado das instalações esportivas prevê diferentes usos das arenas após os Jogos, incluindo o treinamento de atletas de alto
rendimento do país e de países vizinhos, o que estimulará o esporte na região, como é o caso do Velódromo. As arenas Cariocas 1,2 e 3 são instalações poliesportivas e estão planejadas para receber competições esportivas e outros eventos depois dos Jogos. Há ainda construções que foram erguidas com o conceito de arquitetura nômade, como é o caso da Arena do Futuro, que abrigará competições de handebol e goalball e será desmontada após o evento para ser transformada em quatro escolas municipais em diferentes regiões da cidade.
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ENTREVISTA: MARCELO PEDROSO ALÉM DA INFRAESTRUTURA FÍSICA, QUAL SERÁ O LEGADO QUE AS OLIMPÍADAS DEIXARÃO PARA O PAÍS? As Olimpíadas mostrarão o Brasil para o mundo. Um país com diversidade natural e cultural, e também com a capacidade de entregar os compromissos assumidos para a realização do maior evento esportivo do mundo. Com certeza, os Jogos serão uma oportunidade para divulgarmos um país criativo, capaz de identificar suas fraquezas e superar adversidades com foco no desenvolvimento de seu povo. SANTOS E GUARUJÁ HOSPEDARÃO ATLETAS DE VÁRIAS MODALIDADES E NACIONALIDADES, NO PERÍODO DE TREINO E ACLIMATAÇÃO. QUAL A IMPORTÂNCIA DESTA OPORTUNIDADE PARA A REGIÃO? O intercâmbio que será promovido entre equipes estrangeiras e brasileiras tem uma dimensão iné-
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dita não apenas para a região, como para o país. Esta é a primeira Olimpíada da América do Sul e o momento de se ter contato com especialistas de várias áreas do esporte. Esse é um legado intangível com impactos de longo prazo na vida da população local. QUATRO CIDADES DA BAIXADA SANTISTA ESTÃO NA ROTA DA TOCHA OLÍMPICA: PRAIA GRANDE, SÃO VICENTE, SANTOS E GUARUJÁ. QUAL O SIMBOLISMO DA TOCHA PARA AS OLIMPÍADAS E POR QUE A POPULAÇÃO DEVE SE SENTIR ORGULHOSA DE RECEBER ESTE SÍMBOLO EM SUAS CIDADES? A tocha olímpica leva o espírito dos Jogos para perto de todos os brasileiros, que é um espírito de paz e união entre os povos. A população das cidades que recebem a tocha tem a oportunidade de se engajar no espírito olímpico ao ajudar a mostrar sua região para o mundo, com sua beleza, cultura e vibração de sua gente.
CENÁRIO
São Vicente
Ilha Porchat
Ela integra um dos cenários mais lindos da Baixada Santista e, embora muitos visitantes acreditem que ela esteja em Santos, a Ilha Porchat pertence a São Vicente e está na altura da Praia dos Milionários.
A Ilha Porchat não é, de fato, uma ilha, mas um promontório (uma elevação), pois está ligada à ilha de São Vicente por uma ponte, construída para facilitar o acesso, quando, no passado, a maré subia. Por sua localização estratégica, na entrada da baía, a ‘ilha’ marcava a entrada da Vila fundada por Martim Afonso de Souza. Mas esta elevação já era conhecida dos navegadores antes da colonização, pois como era constituída de densa mata, escondia as sentinelas, em busca de barcos piratas.
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Há muitas histórias sobre a Ilha Porchat e seus diversos proprietários. Uma das versões diz que no passado ela foi adquirida por um português mudo e, por isso, passou a se chamar Ilha do Mudo. Quando foi vendida a Luiz Antônio de Souza, no final do século XVIII, recebeu da população o apelido de Ilha das Cobras, até que passou às mãos de outro português, no início do século XIX, que iniciou a criação de caprinos na ilha, apelidada, então, de Ilha das Cabras. Em meados de 1800 teria sido vendida à renomada família Porchat, que lhe deu o sobrenome, como é conhecida até hoje, mesmo depois de ter pertencido a outros donos, sendo um deles o comendador
POR: DIEGO BRÍGIDO • FOTO: DIVULGAÇÃO SRCVB
Manuel Alfaya Rodrigues, até ser alienada ao senhor Francisco Fracaroli Sobrinho. Com o passar dos anos, a ocupação imobiliária alterou o cenário da ‘ilha’, que ganhou mansões e construções famosas, como o Cassino da Ilha Porchat, a primeira construção no local, que deu lugar, em 1967, ao tradicional e ainda atuante Ilha Porchat Clube. Em 1964 foi construída a imponente Mansão da Ilha, a terceira construção do promontório, existente até hoje, que já abrigou diversas personalidades históricas.
Além do clube e da famosa mansão, a Ilha Porchat mantem bares e restaurantes tradicionais, com uma privilegiada vista da baía, casa noturna e um dos principais atrativos turísticos de São Vicente: o Monumento dos 500 anos, um mirante projetado por Oscar Niemeyer em comemoração aos 500 anos de descobrimento do Brasil. A obra, além da beleza arquitetônica, que lembra uma ave alçando voo, oferece uma vista panorâmica da cidade e das praias da região. Uma linha imaginária aponta o monumento ao Congresso Nacional, em Brasília.
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ABRINDO O BAÚ
Phantasma do Paquetá Você pode não ter visto, mas já ouviu falar
É bem provável que você acelere os passos ao passar em frente a algum dos cemitérios de nossa região à noite. Lendas de fantasmas povoam o imaginário da população desde os remotos tempos em que a iluminação das ruas era com lampiões, propiciando o clima do sobrenatural. Um fantasma bastante conhecido dos santistas é o Phantasma do Paquetá, que assustou a população no início do século passado, nos idos de 1900. De acordo com o historiador e pesquisador santista Francisco Vazquez Carballa, Maria M., uma jovem beata da alta sociedade santista, teve, no final do século XIX, um caso com um clérigo da velha Igreja Matriz de Santos. Deste relacionamento, nasceu uma criança, que faleceu pouco tempo após o nascimento. O bebê foi enterrado discretamente na ala de crianças do Cemitério
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POR DIEGO BRÍGIDO • ARTE CHRISTIAN JAUCH
do Paquetá, pois Maria havia sido expulsa de casa e era hostilizada pela sociedade da época. Após a morte do filho, Maria M. passou a ir diariamente, vestida de luto, à porta do cemitério, velar pela criança, sempre perto da meia noite, para não ser vista. De acordo com o historiador, a mulher vinha da esquina da rua São Francisco de Paula e seguia pelo gradil do cemitério, na rua Dr. Cocrane, ajoelhava-se no portão, levantava o véu e com um lenço enxugava as lágrimas e acenava para dentro do cemitério. A beata faleceu tempos depois de tristeza e solidão, mas a população da época jura que via o mesmo ritual diariamente. Cansado de ou-
vir os boatos que amedrontavam os moradores, o então chefe da repartição policial, o major Evangelista de Almeida, ordenou que um pelotão de praça da cavalaria fizesse plantão durante a fria noite de 27 de julho de 1900, em frente ao portão do cemitério. O fantasma não apareceu, mas uma plateia de curiosos, que desejava presenciar sua captura, foi expulsa do local a chicotadas, porretadas e golpes de espadas da guarda. No dia seguinte, o fato foi noticiado pelos jornais A Tribuna e Cidade de Santos. Agora você já sabe, se encontrar uma assombração pelos lados do Paquetá, pode ser Maria M.
#TÁNAPLACA
POR LUCAS MARCOS* • FOTO CHRISTIAN JAUCH
Roberto Mário Santini
Um legado e um parque no quebra-mar Um espaço para admirar as praias, praticar atividades físicas, apreciar obras de arte e passear. Projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, no José Menino, em Santos, foi fundado em 26 de janeiro de 2009 e celebra os 463 anos da cidade. O cartão-postal se tornou palco de campeonatos de surfe que revelam atletas da região. À beira-mar, a arquibancada garante uma deslumbrante vista da baía de Santos. Ao lado, a colorida torre de observação de 14 metros é o maior mural de grafite da Baixada Santista, produzido por artistas locais. A pista de skate é o point da tribo das manobras radicais. Os pais podem levar as crianças para se divertir no piso de patinação e no playground; para os bikers tem ciclovia e pista de cooper para os corredores. Na área de 42.766 m² ainda há quadra de malha, academias ao ar livre, Escola de Surfe e heliponto. O destaque é a escultura vermelha em aço com 20 metros de comprimento, 15 de altura e 2 de largura. Alguns supõem que retrata as ondas do mar. O monumento da artista plástica Tomie Ohtake, falecida
aos 101 anos, em 2015, foi inaugurado em junho de 2008 e doado a Santos em homenagem à imigração japonesa.
Um sobrenome conhecido Mais conhecido pelos frequentadores como Emissário Submarino ou Quebra-mar, poucos sabem que o complexo se chama Parque Roberto Mário Santini. Nascido em Santos, em 8 de junho de 1928, Santini presidiu o Sistema A Tribuna de Comunicação entre 1990 e 2007. Iniciou a carreira no jornal A Tribuna em 1948, quando o pai, Giusfredo Santini, dirigia a empresa. Foi assistente de gerência, gerente auxiliar e superintendente, até assumir como diretor-presidente, em 1990. Atuou também na presidência da Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, de 1992 a 2004. O empresário inaugurou a TV Tribuna, o jornal Expresso Popular e a AT Revista. Roberto Mario Santini morreu em 2 de janeiro de 2007, mas deixou seu legado na história do jornalismo e da cultura regional. Colaborador. Aluno do curso de jornalismo da UniSantos.
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SAIR PARA COMER
AO MIRANTE
Boa gastronomia com vista privilegiada Para muitos, comer é um dos grandes prazeres da vida. Quando saímos para comer, buscamos a experiência mais completa possível, que vai além da boa comida. A Baixada Santista tem cenários maravilhosos e quando é possível aliar a boa gastronomia a um destes cenários, a experiência pode ser inesquecível. Com o lema ‘surpreenda seus olhos e seu paladar’, é exatamente assim que acontece no Ao Mirante, o restaurante instalado a 180 metros de altura, no Morro do Voturuá, ou Morro da Asa Delta, em São Vicente. É possível chegar lá de carro, subindo pelo acesso na Praia do Itararé ou de teleférico,
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em um percurso de cerca de 11 minutos. A proposta simples e informal tem tudo a ver com o clima litorâneo e, afinal, quem está ali, além de comer bem, vai se deliciar com a vista panorâmica das praias da região. Um dia ensolarado é um convite para uma tarde inteira no Ao Mirante, literalmente, de pernas para o ar. O restaurante existe há sete anos e é comandado por Cézar Matiussi, que também tem uma casa em São Paulo e traz de lá parte das receitas que fazem sucesso no Ao Mirante. O local comporta até 150 pessoas e abre apenas para o almoço, de terça a domingo.
POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO ODJAIR BAENA
Tudo a ver com o clima A casa trabalha com gastronomia diversificada, com opções de carnes, peixes, risotos e massas, mas alguns pratos combinam perfeitamente com o ambiente. É o caso do Camarão no Coco, uma receita trazida da Praia do Forte, na Bahia, e da Moqueca com Farofa de Banana, puxada no dendê, que também vem da terra do acarajé. Mas para os carnívoros, a casa serve mignon com gorgonzola, churrasco na brasa ou contrafilé com linguiça na brasa. Também tem risoto de alho-poró ou de camarão, espaguete com frutos do mar, bolinhos de bacalhau e outras delícias. Pa-
ra acompanhar, a exclusiva caipirinha de lima da pérsia com gengibre brinda a paisagem. Às quartas e sábados, o Ao Mirante serve a tradicional e disputada feijoada. O restaurante tem um espaço reservado para eventos, que comporta até 80 pessoas, com churrasqueira e vista, é claro, para a orla da praia. Se o tempo estiver propício aos saltos de paraglider e asa-delta, o visual fica ainda mais perfeito, com o céu todo colorido e um movimento bastante animado no morro. Ali ao lado funciona o Clube de Voo Livre do Litoral Paulista, que oferece saltos duplos aos visitantes.
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SAIR PARA COMER
FOTOS ODJAIR BAENA
A novidade é que o restaurante deve ganhar, em breve, um anexo, na Praia do Itararé. Cézar está negociando um quiosque ao lado da subida do teleférico, o Ao Mirante Praia, que oferecerá porções e atividades na praia.
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RESTAURANTE AO MIRANTE
MORRO DA ASA DELTA – SÃO VICENTE DE TERÇA A DOMINGO, DAS 10H ÀS 18H (NO HORÁRIO DE VERÃO, ATÉ ÀS 19H) ACEITA CARTÕES DE DÉBITO E CRÉDITO FAZ RESERVAS PARA EVENTOS
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UM NOVO OLHAR
Fábrica Aberta
UM PASSEIO PELA UNIPAR CARBOCLORO Cubatão carregou, no passado, uma imagem negativa em função da poluição causada pelo polo industrial instalado na cidade. Foi considerada a cidade mais poluída do mundo na década de 1980. Isso não é novidade. E também não é novidade que o município conseguiu reverter esta situação e hoje é símbolo de recuperação ambiental.
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na Unipar Carbocloro, a realidade já era diferente e era preciso mostrar isso’, explica o diretor industrial, Airton Antônio de Andrade. Surgiu, então, o programa Fábrica Aberta, que no ano passado completou 30 anos e já recebeu quase 105 mil visitantes.
Há algo, no entanto, que talvez você não saiba, embora também não seja novidade: além de adequarem todo o processo produtivo, em respeito ao meio ambiente e à sociedade – e à legislação, é claro, algumas indústrias de Cubatão abriram as portas à comunidade com programas de visitação.
Airton explica que o objetivo do projeto era abrir um canal de comunicação com a comunidade e mudar a percepção que a vizinhança tinha da indústria. ‘O Fábrica Aberta, além de melhorar a imagem que as pessoas tinham da indústria, mudou o comportamento dos funcionários, que passaram a cuidar mais da organização e da limpeza, para receber as pessoas’.
A precursora foi a Unipar Carbocloro, que, em 1985, após uma pesquisa de imagem junto à população, identificou a necessidade de melhorar o seu relacionamento com a vizinhança. A indústria já se preocupava com questões ambientais e sociais naquele momento em que as demais pensavam apenas em produzir. O cenário não era favorável para a indústria química no mundo, que carregava uma imagem bastante negativa. ‘Mas,
A Unipar Carbocloro está aberta à visitação todos os dias do ano, 24 horas por dia, desde que seja feito agendamento prévio. A monitoria é feita por funcionários e funcionários aposentados da fábrica, que guiam os visitantes por todo o complexo industrial – uma das mais modernas plantas de cloro-soda do mundo – e também pela área verde adjacente. ‘É uma visita integrada, pois qualquer funcionário está preparado e disposto a acrescentar in-
POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO ODJAIR BAENA
formações durante o percurso pela fábrica. Além disso, foi uma forma que encontramos de manter os antigos trabalhadores ligados à empresa’, explica o diretor.
duz, além de cloro e soda cáustica, ácido clorídrico, dicloroetano (um dos componentes do PVC) e hipoclorito de sódio.
A indústria mantém, desde 1992, uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), e é considerada Mantenedor da Fauna Silvestre, pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. São 650 mil metros quadrados de área verde, quase sete vezes o tamanho da planta industrial, que abrigam animais silvestres, um aquário de peixes ornamentais e lagos com carpas.
Os visitantes podem conhecer todo o processo produtivo de forma segura – com equipamentos de proteção individual (EPI), em um roteiro que dura aproximadamente três horas. Um dos pontos altos da visita é a novíssima Sala Interativa de Eletrólise, inaugurada em dezembro de 2015, que explica de forma didática e interativa o processo de produção.
O aquário, chamado de Carboquarium, é abastecido por um sistema criado por um ex-funcionário, em 1986, e usa a água residual do processo de produção, que é tratada e devolvida ao rio. Uma forma de comprovar a qualidade da água que é despejada no meio ambiente. Desde 1964, quando foi inaugurada, a Unipar Carbocloro aumentou sua capacidade produtiva 22 vezes, sem avançar sobre a área verde. É um complexo inteiramente modernizado, que pro-
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Pioneiro no mundo, o programa Fábrica Aberta integrou o Roteiro Científico e Ambiental da publicação Circuito Turístico Costa da Mata Atlântica, elaborada pelo Sebrae/SP em 2008 e reeditada em 2015. Também recebeu reconhecimentos como o Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental, em 1995; o Prêmio Eco, em 2007 e o 8 º Ranking Benchmarking Brasileiro, em 2010. Além disso, a Unipar Carbocloro foi reconhecida nos três últimos anos como a empresa do ano em Cubatão, em votação promovida pelo CIESP.
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CHECK IN
Zé Caramujo Hostel
PARA QUEM PREFERE – OU PRECISA – LEVAR A CASA NAS COSTAS Um começo diferente marca a história deste inusitado meio de hospedagem da região. O casarão de 1954, no Embaré, em Santos, foi totalmente restaurado por cinco amigos, que hoje administram o Zé Caramujo Hostel, inaugurado em outubro de 2014. Tatiana Nunes, uma das sócias, conta que a casa estava em estado de abandono, invadida por moradores de rua, e que levaram quatro meses para que, com a ajuda de vários amigos, dessem uma cara nova para o lugar. ‘Também tivemos a ajuda de dois mochileiros que estavam por Santos e trocaram trabalho pela hospedagem. Acabamos virando amigos’. O lugar foi todo reformado e decorado com material reaproveitado, como madeira de demolição, artigos de brechó, entulhos de construções vizinhas e doações. Muitas cores, grafites e decoração descolada garantem a alegria e a informalidade buscada pelos que optam por se hospedar em hostels.
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Cama, chuveiro e cerveja gelada São seis acomodações, totalizando 67 leitos, divididos em quartos coletivos masculinos, femininos, mistos, familiares e suítes privativas. As diárias variam de R$ 48 a R$ 55 para as acomodações compartilhadas e de R$ 150 a R$ 235 para as privativas. Todas incluem café da manhã e roupa de cama e as suítes ainda contam com toalha de banho, ar condicionado, TV a cabo e banheiro exclusivo. Há armários individuais (lockers) para guardar os pertences, que costumam ser poucos para este tipo de hóspedes. O Zé Caramujo oferece ainda cozinha compartilhada, lavanderia, churrasqueira, sala de TV, bar com snooker e um jardim frontal com mesas, futons e ombrelones para as tardes – ou noites – de boa conversa regada a Baden Baden, Eisenbahn ou Devassa. Frequentado por mochileiros estrangeiros e brasileiros, estudantes e trabalhadores temporários, é o reduto de quem busca uma boa cama, chuveiro e
POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO ODJAIR BAENA
conhecer gente das mais diversas culturas. Durante nossa visita, conhecemos o simpático Adrian, um argentino, de 24 anos, que mora há um ano e meio no Brasil – sete meses no hostel. ‘Este lugar tem vida, fraternidade e me fez crescer muito. Aqui conheci pessoas de vários lugares, mas me apaixonei pela vibe santista’, conta num quase português que, segundo ele mesmo, poderia estar mejor.
O Zé Caramujo Hostel fica na R. Castro Alves, 71, próximo ao canal 4, no Embaré, em Santos. A recepção funciona 24 horas e o bar fica aberto até as 3h da madruga.
O bar do Zé Caramujo é aberto ao público – uma excelente oportunidade para quem quer conhecer este estilo de hospedagem, que é, para muitos, um estilo de vida. Eles também pro-
movem eventos regados a música – DJ ou bandas locais –, moda, arte, gastronomia e, claro, bons drinks. Basta ficar de olho na fanpage /zecaramujo71.
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CONCIERGE
ILUSTRAÇÃO: CHRISTIAN JAUCH
O essencial é invisível aos olhos Muita gente acredita que comer bem, hospedar-se confortavelmente e vestir-se com estilo custa caro. Bem, isso também pode ser verdade. Mas não é determinante. Sendo assim, na Baixada Santista e até mesmo fora daqui é possível comprar produtos ou usufruir de serviços sem que se tenha que pagar, para isso, fortunas. Até porque, como diria uma conhecida bandeira de cartões de crédito, tem coisas que o dinheiro não compra.
BRUNO REIS Publicitário, bacharel em turismo, especialista em comunicação organizacional e relações públicas e guia de turismo. Há 13 anos atua no mercado de hospitalidade e comunicação na Baixada Santista e Capital.
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Ficou confuso? Peraí! Eu explico... Mas antes vamos fazer duas definições: (1) ‘Preço’ é aquilo que está estampado na etiqueta presa aos produtos. (2) ‘Valor’ é quanto eu estou disposto a pagar pelo produto, quer ele custe [em termos financeiros] ou não o que diz o papelzinho pendurado na peça. E o desafio imposto aos empresários, quer produzam produtos ou prestem serviços, é justamente balancear esta matemática que, ao contrário da ciência, não tem nada de exata. Neste sentido, o título desta coluna, máxima carinhosamente pinçada da obra O Pequeno Príncipe, garante - e eu concordo - que o que realmente importa não é passível de toque com as mãos - e, se não se toca, como poderia ser objetivamente precificado? Porque, independentemente de ter ou não dinheiro para consumir algo que me agrada, o que mais conta para mim, me estimula a conhecer um novo empreendimento e/ou me faz retornar a um estabelecimento é aquilo que não está listado no cardápio ou escrito em letreiros, ainda que tais informações sejam importantes. É, na verdade, o sentimento que fica e que muitas vezes não se explica, re-
sultado da experiência vivida e que, inclusive, nos torna consumidores mais exigentes. E sabe quem faz isso muito bem? O Sofitel Guarujá Jequitimar, em seu estonteante Les Épices, restaurante francês no andar térreo do resort, com vista para a piscina e Praia do Pernambuco em Guarujá, quando interessa-se pela opinião dos clientes acerca do trio de sopas - alho, caldo verde e palmito, deliciosas - que seria inserido, se aprovado, no cardápio de inverno. Poder ser responsável pela inclusão de um item no cardápio demonstra que, muito além dos cifrões descritos na conta, o valor da confiança não tem preço. E por falar em inverno [ôh delícia!], na renovada Rua Rio de Janeiro, também em Guarujá, os restaurantes e lanchonetes dão um show de atendimento, sinérgico, quando, quer eu prove a sopa de palmito do Jairo Nobre do Rudy’s Bar ou o veggie burger do Paulo Martinelli do Rios Burger, posso consumir os quitutes em qualquer mesa e cadeira da rua, fazendo desaparecer paredes e promovendo experiências coletivas. Qual o valor disso para você? Conte pra mim pelo email concierge@ re vistano ve. com.br
CAPA
POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO: ODJAIR BAENA
O CENÁRIO GASTRONÔMICO DA BAIXADA SANTISTA É TÃO DIVERSIFICADO QUANTO SURPREENDENTE. A ESQUINA VAZIA DE HOJE DÁ LUGAR A UM NOVO RESTAURANTE OU BAR CHEIO DE ESTILO NA MANHÃ SEGUINTE. AQUI ENTRE NÓS, OS MORADORES DA REGIÃO E OS TURISTAS QUE AQUI FREQUENTAM ESTÃO SEMPRE EM BUSCA DE NOVIDADES NA GASTRONOMIA. ISSO PODE SER BOM – PARA OS NOVOS EMPREENDIMENTOS E PARA OS ANTIGOS QUE INOVAM, MAS TAMBÉM PODE SER BEM RUIM – PARA OS QUE INSISTEM NO TRIVIAL E SE ACOMODAM DIANTE DESTE CENÁRIO TÃO DINÂMICO. É CLARO QUE EXISTEM OS CLIENTES HABITUÉS E QUE, COMO MUITOS RESTAURANTEIROS ACREDITAM, O TRADICIONAL NUNCA MORRE, MAS É CADA VEZ MAIS DIFÍCIL NÃO SE RENDER ÀS NOVIDADES DESTE UNIVERSO MULTISSENSORIAL, DE SABORES, AROMAS E EXPERIÊNCIAS INFINITAS.
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Diante desta realidade, resolvemos juntar chefs de quatro restaurantes da região, com propostas bem diferentes, para descobrir como eles têm se mantido neste universo de tantas ofertas. E para deixar a pauta mais apetitosa, reunimos todos na Cozinha Experimental do curso de Gastronomia da Universidade Católica de Santos (UNISANTOS) e, claro, pedimos que eles cozinhassem para nós. O resultado foi uma tarde de aromas e ideias bem distintas e, ao mesmo tempo, complementares, que vão ajudar você a entender um pouco do cenário gastronômico da Costa da Mata Atlântica.
Os chefs e os pratos Elisa Canet e Diego Ribeiro
Marcos Rillo
Bruno Justo
Manoel Gaia
Elo Gastronomia
Cantina Villa di Pasta
Restaurante-Escola Estação Bistrô
Bodegaia
Fideuá de camarão. Prato típico espanhol, uma variação da paella, que usa macarrão assado ao invés de arroz. Preparado no caldo de camarão e finalizado com aioli, uma espécie de maionese de alho.
Salmão selado com crosta de castanhas, uma base de caldo de maracujá levemente agridoce, puxado na cebola roxa e acompanhado de uma massa artesanal feita com ervas.
Filet Mignon à Estação Bistrô. Medalhão de filet mignon com uma crosta preparada com palmito pupunha, pão e batata, acompanhado de creme de brócolis, mandioquinha na manteiga e finalizado com molho demi-glace. No Estação Bistrô o demi-glace leva cinco dias para ficar pronto.
Escondidinho de carne de panela com massa feita de mandioca e abóbora, puxado na manteiga de garrafa e cebola roxa. Inspirado na culinária do Restaurante Mocotó, do chef Rodrigo Oliveira, em São Paulo.
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CAPA
As casas A Bodegaia é um boteco com duas unidades em Santos, uma na Pompeia, que completa 10 anos em setembro e outra no Centro, que acabou de completar 5 anos. Inspirado nos botecos chiques, na moda em São Paulo, no início dos anos 2000, começou servindo escondidinho na telha, um diferencial que mantem até hoje, além das tradicionais comidinhas de boteco. Com o tempo, outros pratos foram criados, todos com o dedo de Gaia, o chef-proprietário, incluindo os famosos bolinhos com recheios inusitados, preparados na casa, como os de feijoada, baião de dois e rabada. Na busca pela inovação e por novas alternativas culinárias, a Bodegaia assume, a partir deste mês, uma identidade completamente nordestina, no sabor e no visual. Gaia explica: ‘A gastronomia nordestina é bastante variada e permite o uso de uma gama bem grande de produtos e experimentações. Vamos fazer uma cozinha nordestina, porém, adaptada, mais leve’. O Estação Bistrô abriu há quatro anos, com uma proposta de servir pratos executivos simples, mas com qualidade. Como é um restaurante-escola, a ideia era ensinar os alunos a fazerem primeiramente o básico. O chef Bruno Justo explica que com o tempo, por estar dentro da antiga Estação do Valongo, no Centro Histórico de Santos, o restaurante passou a ser um equipamento turístico da cidade, frequentado por muitos estrangeiros. ‘Então, vimos a necessidade de adaptar o serviço e começamos a usar insumos locais, focando na culinária caiçara, com algumas criações próprias e preços justos, pois também temos o público de trabalhadores durante a semana’. O Elo Gastronomia é um restaurante de gastronomia contemporânea, instalado há um ano na badalada Goiás, em Santos, com pratos de influências mundiais, que representam a culinária de países como Espanha, Portugal, e Itália, além de algumas opções regionais, com técnicas mais avançadas e
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equipamentos modernos. De acordo com a chef Elisa Canet, a proposta é adaptar as culinárias de cada país, mantendo as características principais, mas trazendo mais personalidade ao prato. ‘Nosso bacalhau, por exemplo, é super suculento, diferentemente do que as pessoas estão acostumadas a comer’. O chef Diego Ribeiro complementa: ‘Nós temos um prato, o steak tartare, que é servido defumado, em uma louça que preserva a fumaça e só a libera quando o cliente abre’. A Cantina Villa di Pasta está na Praia Grande, no Boqueirão, e, como o nome sugere, é uma casa italiana, que preserva a simplicidade da boa pasta, com pratos bem servidos. A cantina mantém as opções tradicionais da culinária do país da bota e também traz pratos mais elaborados. O chef Marcos Rillo explica que Praia Grande ainda tem um público bastante tradicional, mas também recebe muitos visitantes que procuram inovação. ‘Então, nós temos o bom e velho à parmegiana e também temos o capeletti de queijo de cabra com molho de whisky, para atender os dois públicos’. A casa trabalha com massas artesanais e outras sugestões de menus mais elaborados.
Os mais pedidos Todos os restaurantes têm, é claro, os carros-chefes, difícil é eleger um entre as opções dos nossos chefs. Na Bodegaia, as sugestões são o bolinho de carne seca com mandioca e o escondidinho, mas a nova identidade da casa vai trazer carne de sol, linguiça e carne curadas, além de mocotó, mocofava e sarapatel. No Estação Bistrô, a original Meca Santista é a preferida dos turistas, mas o chef também sugere a palmitada, um prato que traz o palmito pupunha em quatro apresentações diferentes, além do cardápio rotativo, que usa ingredientes especiais, como jaca, tamarindo e outros. No Elo Gastronomia, o fideuá e o bacalhau disputam o paladar dos clientes, mas o bife ancho também faz sucesso entre os carnívoros, além do steak tartare.
Já na Villa di Pasta, a burrata é a mais disputada dentre as entradas (mozzarella cremosa, pesto de rúcula e passata de tomate) e, entre os pratos, estão no páreo o filet da casa (rocambole de filet mignon com presunto de parma, mozzarella de búfala e tomate seco), que acompanha um talharim e o filet recheado com patê de gorgonzola, que acompanha risoto de queijo.
menus executivos. Como o Elo e a Bodegaia, sofre com os feriados, pois o público que vem para a região não frequenta a casa e o cliente, que é da cidade, costuma viajar.
O público
Gaia acha que ainda falta um pouco de arrojo do cliente na hora de experimentar novas opções gastronômicas na região. ‘Muitos clientes têm resistência em pedir pratos novos. Quando eu quero lançar um bolinho, por exemplo, eu faço em versão menor e distribuo como cortesia para os clientes provarem’.
Curiosamente existem algumas diferenças entre os públicos dos quatro estabelecimentos, que não tem necessariamente relação com a especialidade de cada casa. A Bodegaia e o Elo Gastronomia são redutos de santistas que buscam pela boa gastronomia e, no caso do boteco nordestino, também estão em busca do clima descontraído e da boa música ao vivo. Exceção se faz à Bodegaia do Centro, que, durante a semana, é frequentada por trabalhadores. Os chefs de ambos os restaurantes lamentam os feriados de casas vazias. No Elo, os clientes também vão para curtir o ambiente, com mais tranquilidade. Os apreciadores de vinho encontram uma bela adega por lá e o restaurante promove constantemente eventos com menus fechados, harmonizados com vinho. Outra coisa curiosa acontece no Estação Bistrô, que, durante a semana, tem um público formado também por trabalhadores do Centro de Santos, entre 11h30 e 13h e por turistas, a partir das 13h30, que chegam a fazer fila na porta mesmo durante a semana. Um desafio para o chef, que precisa atender com agilidade tanto o primeiro público, que precisa voltar ao trabalho, quanto o segundo, que está ansioso por conhecer a cidade. A Villa di Pasta é o lugar para a família praiagrandense, que vai em busca de uma boa pasta italiana e reserva mesa para 10, 15 pessoas. É a casa da nona no Boqueirão. Durante a semana, no almoço, também recebe trabalhadores do bairro, e oferece
Pessoal, precisa subir a Serra para comer bem?
Bruno acredita na capacidade dos restaurantes locais de competir com a gastronomia paulistana. Ele lembra que o chef André Ahn (ex-Guaiaó e Almoço) foi um dos que provou que a cozinha caiçara tem um grande potencial, inclusive para atrair clientes de outros lugares. ‘É importante conseguirmos mostrar que as pessoas podem comer tão bem aqui, quanto em São Paulo e por um valor mais acessível’. Ele acredita que sempre haverá clientes querendo provar o diferente. Elisa lembrou que os reality shows gastronômicos tornaram a alta gastronomia mais acessível e que as pessoas começaram a buscar boas opções aqui na região. ‘O cliente já chega no restaurante procurando por pratos que ele viu na televisão’. Rillo não concorda com os altos preços cobrados por muitos restaurantes da capital, com a justificativa de transforarem a comida em obra de arte. ‘Nós somos cozinheiros e fazemos comida para ser consumida. Temos que cobrar o que é justo pelo prato’. Com esta observação, Gaia lembrou que Santos tem a fama de ser uma das cidades mais caras para comer no Brasil. Assim como ele, todos os demais discordam, alegando que é preciso fazer uma comparação justa, com restaurantes do mesmo nível aqui e em São Paulo, por exemplo. Segundo eles, na capital paga-se muito mais por opções similares às nossas. Todos concordam, no entanto, que alguns fatores impedem a região de ter restaurantes para experi31
CAPA ências inesquecíveis. Um deles é a escassez de muitos insumos, que limita as opções, além de encarecer os pratos, pois, muitas vezes, é preciso ir a São Paulo busca-los. Eles lembram que até peixe fresco é difícil encontrar por aqui. ‘O peixe vai para São Paulo e o que sobra volta pra cá’, lamenta Elisa. Segundo Bruno, há iniciativas na Baixada Santista e no Vale do Ribeira de pequenos produtores locais, com produtos de boa procedência, mas que precisam ser capacitados e ter infraestrutura para atender os restaurantes. ‘Muitas vezes, o insumo é caro para nós, porque também é caro para o produtor produzi-lo’. Mesmo assim, todos os chefs afirmam que priorizam os produtores locais e buscam outros fornecedores apenas quando não encontram os insumos aqui. O papo teria ido longe, afinal trata-se de um universo de infinitas e deliciosas possibilidades, mas os chefs precisavam reassumir suas cozinhas. Fica a pergunta ao leitor: onde você vai jantar no próximo final de semana?
Restaurante-Escola Estação Bistrô
É um projeto social, criado em 2012, fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Santos e a Universidade Católica de Santos, com o objetivo de qualificar mão-de-obra para atuar nos estabelecimentos gastronômicos da região. São recrutados jovens de 18 a 29 anos, cadastrados na prefeitura, em situação de vulnerabilidade pessoal e social, que formam turmas de 20 alunos por semestre. Cada turma recebe 60 horas/aula de capacitação, durante 7 meses, com professores e alunos dos cursos de Gastronomia e Nutrição da UNISANTOS. Os alunos fazem rodízio semanal nos diversos setores do restaurante e são avaliados no final do curso. Além de atuarem na prática no restaurante-escola, saem do projeto aptos a trabalhar em outros restaurantes da região.
Soltaram o verbo
O público da Baixada Santista não tem o hábito de comer peixe em restaurantes, ao contrário do turista, que sempre opta pelos pescados. 32
Marcos Rillo
A Baixada Santista precisa se profissionalizar no turismo. As minhas casas, por exemplo, ficam vazias nos feriados. Manoel Gaia
Nós vamos testando o limite dos clientes para saber até onde ele vai. E é sempre sucesso na casa.
O problema do fideuá é que as pessoas viraram escravas dele. Uma vez que comem, não trocam mais.
Bruno Justo
Elisa Canet
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ART&FATO
SANTOS JAZZ FESTIVAL
a m l a a a r a p oa música faz bem
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Junto com o friozinho do inverno, o mês de julho trouxe uma rica programação cultural para a Baixada Santista. Um incentivo para ninguém se entregar ao aconchego do trio sofá-edredom-televisão. Festivais e iniciativas artísticas estão agitando todas as cidades da região.
quatro dias de evento, que este ano presta homenagem ao maestro soberano Tom Jobim, que completaria 90 anos em janeiro de 2017. Esta é uma edição festiva, que também comemora cinco anos do festival, 30 anos da Pinacoteca Benedicto Calixto e 70 anos do SESC Santos.
E para encerrar o mês com a alma lavada, a 5ª edição do Santos Jazz Festival vai espalhar boa música por Santos, entre os dias 28 e 31 de julho. As apresentações estão divididas entre o SESC, a Pinacoteca Benedicto Calixto e dois palcos no Centro Histórico, na Praça Mauá e na esquina da Rua Quinze de Novembro com a Rua do Comércio.
Denise Covas, diretora executiva do festival, quer tornar a boa música acessível. "As pessoas não podem não gostar do que não conhecem”, justifica e afirma que Santos tem muita gente que gosta de jazz e também muita gente que gosta de tocar.
Serão 15 shows durante os
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Todas as edições do festival homenagearam grandes nomes da música e contaram com a presença de todos eles: Hermeto Pascoal, em 2012; Egberto Gismonti, em 2013; César Camargo Mariano, em 2014 e João Donato, em 2015. Esta será a primeira homenagem póstuma, mas que contará com o Quarteto Jobim, composto por Paulo Jobim e Daniel Jobim, filho e neto de Tom, no show de abertura no SESC.
POR DIEGO BRÍGIDO • ARTE: CHRISTIAN JAUCH
O que vai rolar A programação também vai contar com Babi Mendes e o grupo Jazzfônico, revelação no mundo do jazz; o francês Nicolas Krassik e trio; a Orleans Street Jazz Band, com um show interativo, metade no palco e metade na rua; Big Chico, com um tributo a B.B King; o guitarrista Mauro Hector; Filó Machado & Cibele Codonho, com o show Tom Brasileiro; Mafalda Minnozzi com o guitarrista norte-americano Paul Ricci; Sambália Trio e Rafaella Laranja, misturando jazz e samba; Patrícia Nóbrega com seu quinteto; BRCombo, com um show instrumental; Dog Joe e Xandra Joplin, revelação da cena blueseira atual; o Quarteto de Cordas Martins Fontes e Kika Willcox, em uma apresentação especial para o festival e o multi-instrumentista Alexandre Birkett.
Além disso, também vão acontecer oficinas musicais gratuitas e, no sábado, paralelamente ao evento, acontece o projeto da prefeitura de Santos, Centro com Arte, uma feira de artesanatos, na Praça Mauá. O SANTOS JAZZ FESTIVAL É UM PROJETO APROVADO PELO MINISTÉRIO DA CULTURA VIA LEI ROUANET E REALIZADO PELA DC REALIZAÇÕES.
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PERSONA
José Luiz Tahan De repente, livreiro
A livraria mais charmosa – e boêmia – de Santos, no coração do Gonzaga, revela entre centenas de títulos, a história de uma paixão pelos livros que começou ‘quase sem querer’. José Luiz Tahan tinha 18 anos quando decidiu procurar emprego para pagar a faculdade de arquitetura. Apaixonado por desenhos, colocou a pasta debaixo do braço e foi mostrar o seu trabalho em vários estabelecimentos comerciais da cidade. Entrou na já extinta Livraria Iporanga e ofereceu os seus serviços: ‘Sei desenhar e gosto de ler, estes são meus desenhos. Estou deixando um telefone de recados, pois não tenho telefone em casa’. Quinze dias depois, a vizinha que recebeu o telefonema o chamou e disse: ‘ligou aqui um tal de Zé Pedro, lhe oferecendo emprego, mas não sei de onde era’. Tahan voltou nos lugares por onde havia passado e todos deram negativas. Por último, entrou na Iporanga e, embora o telefonema também não tivesse partido de lá, Luigi Marnoto lhe ofereceu um emprego. Tahan começou a trabalhar e entrou na faculdade de arquitetura. Trabalhava de manhã e à noite na Iporanga e durante a tarde cursava a faculdade. Após um ano, Marnoto propôs a ele sociedade na livraria, que foi paga, parte com ajuda da mãe e parte trabalhando sem receber durante anos. Quatro anos mais tarde, em uma conversa de botequim, Marnoto revelou a Tahan que no dia em que ele esteve na livraria, procurando emprego, um amigo que estava no balcão ouviu a conversa e decidiu, dias depois, ligar oferecendo um
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emprego em seu bar, ZéPelin, em São Vicente. O recado distorcido da vizinha levou José Luiz Tahan ao mundo dos livros. Atuou na Iporanga de 1990 a 2004, quando, já com outra unidade na UniSantos e com a atual Realejo funcionando, encerraram as atividades. ‘A Iporanga foi a minha escola. Sempre há o que aprender, pois somos muito menores do que tudo aquilo que nos cerca’, resume Tahan sobre a sua história na cinquentenária livraria.
O livreiro Tahan Tahan é um livreiro tradicional, daqueles que gostam da livraria clássica, com cheiro e atendimento de livraria e, sobretudo, um estoque libertário. ‘Eu não gosto de trabalhar apenas com best-sellers; a livraria de rua deve respeitar a literatura como um todo, na sua essência’. Para ele, o livreiro não precisa ser necessariamente um acadêmico, um intelectual, mas deve estar disposto a ouvir e entender o outro. ‘Construí grandes amizades aqui dentro. A Realejo é um ponto de concentração de ideias, de troca, é uma livraria boêmia’. Neste ambiente exclusivo, onde se reúnem leitores, autores e boêmios da região, para um bate-papo com música ao vivo, acompanhado de um bom café e até mesmo de cervejas artesanais,
POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO ODJAIR BAENA
Tahan inaugurou também a editora Realejo, no segundo piso da loja. Já são 100 títulos editados de autores do mundo todo e também publicados no exterior. Um deles é ‘As joias do Rei Pelé’, que está sendo vendido na Finlândia e cujos direitos internacionais pertencem à Realejo. Mergulhado em meio aos livros durante o dia, José Luiz Tahan ainda dedica seu tempo a ler de 12 a 15 obras por ano, além dos originais que recebe para a editora. Também é jurado do Prêmio São Paulo de Literatura e tem que avaliar 200 obras em dois meses. ‘Neste momento, por exemplo, há pilhas de caixas em casa’. Há oito anos Tahan realiza a Tarrafa Literária, um festival de literatura que traz autores consagrados para mesas redondas, bate-papos e oficinas, em Santos. O evento acontece sempre no mês de setembro e tem entrada gratuita. ‘A Tarrafa Literária é o amadurecimento deste relacionamento que construí com os autores na livraria’. Um dos livros de cabeceira é ‘Um, nenhum e cem mil’, de Luigi Pirandello, mas Tahan é do tipo de leitor que tem uma literatura para cada momen-
to, dos romances às crônicas, e também é daqueles que se dá o direito de largar um livro pela metade. Muito justo para quem vive cercado deles.
Fique de olho
A Realejo Livros foi contemplada em um edital do Ministério da Cultura para proporcionar, durante um ano, cursos grátis para autores e leitores. Acompanhe as novidades na fanpage: fb.com/realejo.livros.
A 8ª EDIÇÃO DA TARRAFA LITERÁTRIA ACONTECE DE 21 A 25 DE SETEMBRO.
JOSÉ LUIZ TAHAN
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NOVE
9 Pontos estratégicos para ver a Tocha Olímpica
Um dos grandes símbolos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a Tocha Olímpica, chegará à Baixada Santista no dia 22 de julho. A chama percorrerá 4 cidades da região – Praia Grande, São Vicente, Santos e Guarujá e cerca de 232 condutores carregarão o símbolo em mais de 47 km pelas ruas da Costa da Mata Atlântica. Selecionamos 9 pontos estratégicos por onde a Tocha Olímpica irá passar nas quatro cidades e destacamos aqueles em que ela permanecerá por mais tempo para celebração. Confira no infográfico e acompanhe o percurso completo em nosso portal.
São Vicente Praia Grande A tocha chega de Osasco e inicia o percurso em Praia Grande às 08h08, no Bradesco da Av. Presidente Kennedy, no Bairro Ocian. Cerca de 41 condutores revezarão a chama por 8 km.
1) Espaço Conviver Boqueirão, na Av. Presidente Castelo Branco, s/n. Aqui ela chegará às 9h30 e ficará durante 15 minutos para celebração.
Após sair da Praia Grande, às 9h45, a chama chega a São Vicente às 10h, onde inicia o percurso na Av. Capitão Luiz Pimenta, em frente à escola República de Portugal. Serão 23 condutores que carregarão o símbolo olímpico por 4,5 km.
2) Morro da Asa Delta (José Menino)
A tocha subirá de teleférico, partindo da Praia do Itararé, até o Morro da Asa Delta, de onde descerá em um paramotor até a pista de pouso.
3) Praça de Eventos, no Itararé A trajetória na cidade encerra às 11h15, na Praça de Eventos do Itararé, na Av. Manoel da Nóbrega, onde a chama ficará por cerca de 15 minutos, quando então seguirá para Santos. 38
POR DIEGO BRÍGIDO
Acompanhe a rota completa da Tocha Olímpica em nossa região, acessando o portal pelo QR Code ou pelo www.revistanove.com.br
Santos
Guarujá
Aqui a tocha chegará por volta das 11h30, no Parque Municipal Roberto Mário Santini (Emissário Submarino), onde iniciará o percurso de 25 km, conduzida por 120 pessoas.
A chama atravessará de catraia entre Santos e Guarujá por volta das 13h15, conduzida pelo campeão mundial de surfe, o Mineirinho. O revezamento começa, em solo, perto das 13h45, por 10 km, divididos entre 48 condutores.
4) Aquário Municipal A chama parte da Vila Belmiro, pelo Canal 2, e segue pela orla da praia até o Aquário Municipal, de onde vai para o Guarujá, pela balsa. Após o percurso em Guarujá, ela volta a Santos e vai até o Canal 7.
5) Museu Pelé Ao chegar no Centro, a chama percorre a Praça Mauá, o Museu do Café e chega ao Museu Pelé. De lá, parte pela Avenida Perimetral (Portuária) até o Canal 3 e, sem seguida, Av. Ana Costa.
6) Praça das Bandeiras, no Gonzaga A Tocha Olímpica encerra o percurso na Praça das Bandeiras, onde fica por 15 minutos para celebração. Santos é uma das 83 cidades do Brasil em que a tocha irá pernoitar, para, então, no dia seguinte, continuar o percurso.
7) Praça Horácio Lafer O símbolo olímpico, ao sair da balsa, segue pela Av. Puglisi, até chegar à Av. Marechal Deodoro da Fonseca (Praia das Pitangueiras), segue até a Av. Miguel Stéfano, quando chega, próximo das 15h, na Praça Horário Lafer, onde fica por 15 minutos para a celebração
8) Casa Grande Hotel Continua a trajetória e passa em frente ao Casa Grande Hotel Resort & Spa, na Av. Miguel Stéfano, na Praia da Enseada.
9) Acquamundo Na sequência, a tocha segue pela Av. Miguel Stéfano, até o Acquamundo, quando entra na Rua Bolívia e percorre sentido Av. Dom Pedro I.
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NOVE
POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO DIVULGAÇÃO
Vinho Olímpico A passagem da Tocha Olímpica pela Baixada Santista merece ser comemorada. Nada mais justo do que celebrar com os vinhos oficiais das Olimpíadas Rio 2016.
O Elo Gastronomia, em parceria com a Lídio Carraro Vinícola Boutique, traz com exclusividade a coleção de vinhos e espumantes olímpicos. Conheça a Linha Faces Rio 2016, o lote exclusivo da linha Coletânea, safra 2008, uma homenagem às modalidades olímpicas e a superação de limites do homem e o Top Premium Lidio Carraro PAX, com apenas 2016 garrafas produzidas.
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GUARUJÁ
COM A PALAVRA
Pensar fora da caixa Em dezembro do ano passado, o município de Santos foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO, como "Cidade Criativa na categoria Filme". Somente mais sete cidades do mundo detém este Selo na mesma categoria: Roma, na Itália e Sidney, na Austrália são duas delas. No Brasil, outras quatro cidades brasileiras estão certificadas em outras categorias: Salvador(BA), na categoria Música, Belém(PA) e Florianópolis(SC), em Gastronomia e Curitiba(PR), em Design.
DENISE COVAS Relações Públicas com MBA em Marketing. Cursos de especialidade em Cultura, Gestão, Economia Criativa e Terceiro Setor. Diretora Executiva do Santos Jazz Festival e Colunista do jornal Boqnews.
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Um título muito valioso para a nossa cidade que caminha para a tendência mundial da economia criativa. Para tanto, projeta a região do Mercado Municipal para o audiovisual, revitalizando a área que há tantos anos luta por soluções em relação a sua degradação, com previsão de inaugurar uma escola de cinema até 2018, em parceria com o Instituto Querô, Ong responsável por profissionalizar jovens em situação de risco, em várias áreas do audiovisual. As cidades têm várias vocações, porém elencar uma ou poucas, por bairros ou regiões e segmentos, tende a ter um melhor resultado. Assim como a região do Mercado Municipal, outros bairros também podem ter suas vocações desenhadas e trabalhadas. Santos tem nas artes plásticas, na fotografia e na música nomes reconhecidos internacionalmente, assim como no segmento de games e animação, ligados a tecnologia com criatividade. Oferecer o ambiente e a infraestrutura visando o desenvolvimento desses setores é um papel importante do poder público, como criar incentivos públicos para moradia a baixo custo, tributos diferenciados,capacitação, condições de mobilidade criando conexão entre as regiões da cidade, ambiente digital,etc..
Todavia, habilitar uma cidade como criativa requer parcerias entre o público,o privado, com as instituições, como o sistema S e com a comunidade - como fez o grupo do evento Lab. irinto, finalizado em junho,com várias ações no Museu Pelé e encerramento no teatro do Sesc. Eles estão mapeando as iniciativas criativas da cidade, trouxeram palestras de inovação e economia colaborativa, numa excelente iniciativa. Aproximar cidadão e cidade por meio dos setores da criatividade, da cultura e tecnologia faz com que se crie um sentimento de pertencimento ao local que se vive, fortalecendo a vontade de ficar nele, além de atrair novos talentos. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável adotada pela comunidade internacional ligada a Unesco, em setembro de 2015, apontou a cultura e a criatividade como fatores-chave para o desenvolvimento urbano sustentável. Santos tem talentos. Temos tudo para tornarmos esse projeto, Santos Cidade Criativa, uma política pública do governo municipal consistente, geradora de emprego, renda e inclusão social.
ROLOU POR AQUI
75 ANOS DO SINHORES E
Fórum MICE Competitividade No mês de junho, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sinhores) completou 75 anos e comemorou com um belíssimo coquetel na sede do sindicato. Estiveram presentes autoridades e empresários do trade turístico da região. Também em junho, o Sofitel Guarujá Jequitimar sediou o 1º Fórum MICE Competitividade, com realização do Guarujá Convention Bureau e uma
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rica programação técnica para os empresários e poder público local. Acompanhe alguns cliques dos dois momentos, com fotos de Vinagre Foto & Vídeo. Você pode ver a galeria completa de fotos em nosso portal, acessando pelo QR Code ou pelo site www.revistanove.com.br.
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1) Diretor de Desenvolvimento e Promoção Turística de Guarujá, Bruno Reis e o editor da Revista Nove Cidades. Diego Brígido, ao lado do Vice-Prefeito de Santos, Eustázio Alves Pereira. 2) Os anfitriões Salvador Gonçalves Lopes, presidente do Sinhores e José Lopez Rodriguez, o Pepe, Vice-Presidente, ao lado do Secretário de Cultura de Santos, Fábio Nunes, o Fabião. 3) O anfitrião Salvador Gonçalves Lopes e Nery Ambrósio, da Chácara do Mosteiro. 4) Salvador Gonçalves Lopes com a Secretária de Turismo de Santos, Miriam Guedes e o Presidente da Fenactur, Michel Tuma Ness. 5) O anfitrião em sua fala de agradecimento.
POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS VINAGRE FOTO & VÍDEO
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6) Luis Grottera, em sua palestra no MICE, falando sobre Place Branding. 7) O deputado federal Herculano Passos falando sobre a legalização dos cassinos no Brasil. 8) Toni Sando, Presidente Executivo do SPCVB, Rogerio Sachs, Presidente ACEG, João Carlos Pollak, Presidente do GCVB, Deputado Herculano Passos, Prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito e a Secretária de Turismo da cidade, Eunice Leão Grötzinger. 9)Ana Maria Carvalho, Presidente Executiva do GCVB, Rose de Almeida, da MICE Business e a equipe da Secretaria de Turismo de Guarujá. 10) Tiemi Yamashita em extraordinária palestra sobre o conceito Mottainai. 11)Mesa redonda com profissionais do segmento Mice - Meeting, Incentive, Conference e Exhibition
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CAFÉ DAS NOVE
O ócio criativo O ócio é algo que sempre me incomodou. Na verdade, até hoje não temos uma relação das mais saudáveis. O ócio e eu. Mas estamos aprendendo a conviver. Ausência de ocupação – uma das definições que se encontra para ócio nos dicionários – é algo que me causa uma culpa incômoda. E por isso, devo confessar que tenho certa admiração por quem se permite entregar ao dolce far niente sem culpa nenhuma. No sofá, na banheira, na praia, no banco da praça. Ou numa casinha de sapê. Já tentei.Meditação,yoga,transe.Nada funciona. Ou funciona por cinco minutos, até eu lembrar que podia estar lendo um novo livro, escrevendo um novo texto ou estudando algum assunto que desconheço. A minha mente precisa estar ocupada durante todo o tempo em que meu corpo estiver acordado. Triste realidade. O não fazer nada não tem espaço na minha vida. O mais triste é que tem muita gente por aí usando a minha cota de não fazer nada. O dia inteiro.
DIEGO BRÍGIDO Jornalista e bacharel em turismo, especialista em comunicação, turismo e hospitalidade. Editor da Revista Nove Cidades.
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Mas a boa notícia chegou dia desses, num encontro que venho adiando desde a época da faculdade com o livro do italiano Domenico de Masi, ‘O ócio criativo’. Num surto de mente desocupada, corri para a prateleira de livros em busca de alguma preciosidade. E encontrei. A obra é de 2000, mas superatualizada, para uma sociedade pós-industrial, que vive cada vez menos do trabalho físico e mais do mental. De Masi defende que nós exercitamos atividades
cada vez mais intelectuais, que implicam o cansaço da mente. E para o cansaço mental, a recompensa é justamente o ócio. Mas o ócio criativo, ‘aquela trabalheira mental que acontece até quando estamos fisicamente parados, ou mesmo dormindo’. Para ele, ociar não significa não pensar, mas não pensar regras, não ser assediado pelo cronômetro e não obedecer aos percursos da racionalidade. O ócio criativo deve sim ser estimulado e é extremamente benéfico, pois é alimento da ideação e o cérebro precisa dele para continuar trabalhando. O autor ainda diz que da mesma forma que educamos jovens para trabalhar, devemos educá-los para o ócio. Definitivamente, eu não tive essas aulas. Desligar-se dos compromissos faz com que o cérebro seja oxigenado com ideias novas e se entregue à interdisciplinaridade, pois as intuições surgem exatamente da hibridação dos mundos diversos. A rotina inibe o surgimento de ideias novas. É claro, como nunca pensei nisso? O ócio alienante, aquele que nos faz sentir inúteis, vazios, continua não me interessando. Mas o ócio criativo, que nos faz sentir fecundos e felizes, esse ganhou espaço cativo na minha mente. Afinal, como muitas das grandes obras de prestígio internacional surgiram de um estalo num momento de ‘contemplação do nada’, um bom texto também pode surgir nesta circunstância. Ócios do ofício!
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NOVE INDICA
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Ao Chopp do Gonzaga Av. Ana Costa, 512 – Gonzaga Santos • (13) 3284.0173 fb.com/choppdogonzaga
O Temakinho Sushi Av. Afonso Pena, 55 - Loja 2 (Posto Ipiranga) Santos • (13) 3345-3964 fb.com/OtemakinhoSantos
Kokimbos Pizzas e Picanha Av. dos Bancários, 64 – Ponta da Paia Santos • (13) 3227.9969 fb.com/kokimbos
Fishbar Santos Av. Rei Alberto I, 280 – Ponta da Praia Santos • (13) 3261.1881 fb.com/fishbarsantos
Bodegaia Rua Quinze de Novembro, 26 - CENTRO R. República Argentina, 80 - POMPEIA Santos • (13) 2202-2396 fb.com/Bodegaia
Capim Limão Restaurante Vegetariano R. Prudente de Moraes, 63 – Vila Matias Santos • (13) 3224.1037 fb.com/restaurantecapimlimao
Fornalha Palmares Av. Siqueira Campos, 296 – Macuco Santos • (13) 3222.1551 fb.com/fornalhapalmares
Restaurante Bambuzal R. Cavalheiro Nami Jafet, 145 – Centro Guarujá – (13) 3387.2853 www.bambuzalrestaurante.com.br
Alcides Restaurante e Pizzaria Av. Dom Pedro I, 398 – Praia da Enseada Guarujá - (13) 3387.6323 fb.com/alcidespizzaria
Restaurante Beira Mar Av. Gov. Mário Covas Jr, 869 – Centro Peruíbe • (13) 3455.4775 fb.com/restaurantebeiramarperuibe
Villa di Pasta Cantina Italiana R. Mocóca, 131 – Boqueirão Praia Grande • (13) 3034.4131 www.villadipasta.com.br
Restaurante Ti Maria Av. Antônio Rodrigues, 436 – Gonzaguinha São Vicente • (13) 3467.5210 fb.com/TiMariaGourmetEspacoCultural
Restaurante Tahiti Av. Mal. Deodoro da Fonseca, 367 – Pitangueiras Guarujá – (13) 3387.2272 fb.com/tahitirestaurante
Tasca do Porto R. Quinze de Novembro, 112 - Centro Santos • (13) 3219.4280 www.tascadoporto.com.br
Magnólia Gourmet Comida Saudável R. Jordano de Paiva, 68 – Jardim Ideal Guarujá • (13) 3304.2730 fb.com/magnoliagourmet
Casa Grande Hotel Resort & Spa Av. Miguel Stéfano, 1001 – Praia da Enseada Guarujá - 0800 11 6562 fb.com/CGHGuaruja
Kalabalis Pizzaria e Restaurante Av. Joaquim Jorge Peralta, 70 – Jd. Casqueiro Cubatão • (13) 3363.4000 www.kalabalis.com.br
Mira Maré Praia Hotel Av. Miguel Estéfano, 4479 - Praia da Enseada Guarujá - (13) 3351.5051 www.hotelmiramare.com.br
NOVE INDICA CHARME HOTEL RUA PERU, 60 - PRAIA ENSEADA Guarujá - (13) 3387.1000 FB.COM/CHARMEHOTEL
Estilo do corpo Av. Afonso Pena, 493 – Macuco Santos • (13) 3271.4701 fb.com/academiaestilodocorpo
Hotel Rio R. Rio de Janeiro, 131 - P. das Pitangueiras Guarujá – (13) 3355.9281 www.hotelrioguaruja.com
Mendes Tur Câmbio e Turismo Av. Mal Floriano Peixoto, 44. Lj. 38 – Gonzaga Santos • (13) 3208.9000 fb.com/mendesturturismo
TAM Viagens Santos e Região Av. Afonso Pena, 157 – Macuco Santos • (13) 3202.2111 fb.com/tamviagenssantos
Top Viagens e Turismo Av. Nove de abril, 2068. Cj 21 – Centro Cubatão • (13) 3304.0011 www.topviagens.tur.br
Valongo Tour Av. Ana Costa, 482. Cj 1003 – Gonzaga. Santos • (13) 3307.5254 fb.com/valongotour
Poupafarma (13) 3202.1002 – Alô Saúde www.poupafarma.com.br fb.com/poupafarma
Angiocorpore (13) 3208.0800 - Central de Atendimento Santos • www.angiocorpore.com.br fb.com/institutoangiocorpore
Santos Day Hospital Av. Ana Costa, 120 – Vila Matias Santos • (13) 3221.4244 www.santosday.com.br
Brooksfield Praiamar R. Alexandre Martins, 80 - Aparecida Santos - (13) 3227.2507
Náutica da Ilha R. Nicolau Cuqui, 231 – Ilha Caraguatá. Cubatão • (13) 3363.2161 www.nauticadailha.com.br
Acqua Mundo Av. Miguel Estéfano, 2001 – Enseada. Guarujá • (13) 3379.2708 fb.com/aquarioguaruja
Teleférico de São Vicente Av. Ayrton Senna da Silva, 500 – Itararé São Vicente • (13) 3469.7755 fb.com/TelefericodeSaoVicente
Bondinho do Monte Serrat Praça Correia de Mello, 33 – Centro Santos • (13) 3221.5665 fb.com/monteserratsantosbrasil
Memorial das Conquistas - SFC R. Princesa Isabel, s/n. - Vila Belmiro Santos • (13) 3257-4099 www.memorialdasconquistas.com.br
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