(*) Os valores foram cotados em 04/07 com base no menor valor disponível para reservas e estão sujeitos à variação sem prévio aviso e à disponibilidade para novas reservas. (**) Valores de orçamento em dólares, convertido para reais, conforme cotação do câmbio do dia – sujeito à variação até o momento da compra.
DICAS
Dicas de Viagem Você já pode garantir o seu réveillon e aproveitar a oportunidade para celebrar a passagem de ano nos destinos mais diferentes do Brasil e do mundo.
Fogos em Copacabana
Réveillon em New York
Réveillon a bordo do MSC Preziosa
A passagem de ano mais famosa do mundo
Que tal contemplar um dos réveillons mais disputados do mundo com vista privilegiada e ainda visitar o nordeste e as ilhas do sudeste? Um roteiro de 09 dias, com saída em 29/12, em cabine interna para 02 pessoas, custa a partir de R$ 11.819,00, com taxas inclusas. Itinerário: Santos, Ilhabela, Búzios, Copacabana, Salvador, Cabo Frio, Santos.
A Big Apple é uma excelente dica para quem deseja iniciar o novo ano em uma das cidades mais cobiçadas e iluminadas do mundo e curtir a festa de réveillon mais famosa do planeta. Dá pra viver este momento em um pacote de 05 noites, para 02 pessoas, com chegada em 29/12, incluindo passagens aéreas, hotel, traslado e city tour, por a partir de R$ 16.900,00, com taxas inclusas.
Natal Luz em Gramado
Réveillon na Austrália
Réveillon em Gramado, no Rio Grande do Sul
O segundo lugar no mundo a receber o novo ano
Gramado é uma das cidades mais lindas do Brasil para celebrar as festas de final de ano. Toda iluminada e decorada para o Natal, as festas na cidade invadem o mês de janeiro. Um pacote com 05 noites, entrando dia 29/12, para 02 pessoas, com passagens aéreas, hotel com café da manhã, traslados e ingressos para um dia de espetáculo, custa a partir de R$ 4.620,00, com taxas inclusas.
Que tal receber o novo ano antes dos amigos e familiares? A Austrália é um dos primeiros lugares no mundo onde os ponteiros chegam à 00h. São 12 horas de diferença em relação ao Brasil e tem muita festa para celebrar o réveillon, no verão australiano. Tem pacote com 09 noites, chegando dia 28/12, para 02 pessoas, com passagens aéreas e hotel, com valores a partir de R$ 25.500,00, com taxas inclusas.
Passagem de ano no Nordeste Festa de Réveillon Iberostar Praia do Forte
Começar o ano em um resort com sistema All Inclusive, no Nordeste, é o sonho de muita gente. Além das boas energias que pairam nos ares da Bahia, dá pra curtir todo o conforto e as inúmeras atrações do Iberostar Praia do Forte, em um pacote de 07 noites, com chegada em 28/12, para 02 pessoas, incluindo passagens aéreas, hotel com tudo incluso, traslados e festa especial de réveillon, por a partir de R$ 20.500,00, com taxas inclusas.
Para mais informações sobre os pacotes, destinos e formas de pagamento, a Mendes Tur é a nossa parceira de viagens. Faça um contato e Feliz Ano Novo. www.mendestur.com.br (13) 3208.9000 | (13) 3279.9000 Miramar Shopping | Praiamar Shopping
ÍNDICE
6 Komboio Cultural
Entrevista: Cecília Dassi
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Birdwatching em Cubatão
O velho, o novo e o de novo
Pesca Esportiva na Região
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Esta é a Liebee Mochileira, nossa nova mascote, do projeto Mundo Beelieve, que a partir desta edição passeará pelas páginas da revista e pelas nossas redes sociais, apresentando os atrativos da Baixada Santista. Ela adora viajar e conhecer jardins e lugares novos, tudo o que não falta em nossa região, né? Acompanhe a jornada desta abelhinha aventureira por aqui e nas redes do Mundo Beelieve. Conheça: www.mundobeelieve.com.br
EXPEDIENTE Editor Chefe: Diego Brígido | MTB: 64283/SP 4
Projeto Gráfico e Design: Agência celeiro.bmd | Christian Jauch Impressão: Nywgraf Editora Gráfica
Distribuição Gratuita e Dirigida Anuncie na Revista Nove Cidades: (13) 99167-8068 comercial@revistanove.com.br
contato@revistanove.com.br /RevistaNove @RevistaNove www.RevistaNove.com.br
EDITORIAL Chegamos à edição que comemora o primeiro ano da ‘Nove’ – é assim que carinhosamente os já íntimos a chamam. Mas este espaço não será para contar dos desafios desta trajetória, porque deixei um depoimento sobre esta jornada lá no portal, que você consegue ler pelo QR Code ao lado (tá bonitinho, vale a leitura). E, diferentemente dos editoriais anteriores, não falarei sobre o que você vai encontrar nas páginas desta edição, basta dizer que é a mais fotográfica de todas as nove (sim, foram nove edições em um ano, baita coincidência). Está linda e foi feita com muito carinho e empenho, mas esse cuidado nós temos em todas. Vou usar este espaço para agradecer aqueles que fazem este projeto acontecer, que acreditaram desde o embrião e hoje celebram conosco o primeiro ano da Revista Nove Cidades, que tem ajudado, com muito orgulho, turistas e moradores a descobrirem uma Baixada Santista que não conheciam. E é claro que a foto deste editorial, sob os cuidados da competente fotógrafa, Lilian Jolie, haveria de ser na belíssima Pinacoteca Benedicto Calixto, onde fizemos o lançamento da primeira edição da revista.
Diego Brígido Editor
Agradecimentos Chris Jauch, da Celeiro.BMD, diagramador, fotógrafo, entusiasta e meu parceiro de todas as horas, desde o início do projeto; Bruno de Carvalho Reis, o maior baú de boas ideias, entusiasta e primeiro leitor de todas as edições. Ah, nosso colunista também; Odjair Baena, fotógrafo, que já embelezou muitas de nossas páginas e embarcou em várias expedições comigo e Família Teixeira. Os queridos irmãos Lúcia, Silvia e Marcelo, sempre apoiadores e tão carinhosos. Anunciantes que apostaram no projeto desde o início: Sofitel Guarujá Jequitimar, Casa Grande Hotel, Mendes Tur, LATAM Travel, Guarujá Convention Bureau, Unisanta, Novotel Santos, Unimonte. Nossos anunciantes de todas as edições: Aghora Produções, Caiçara Expedições, Nação Ecológica, Na Trilha da Jureia, Pousada Praia do Guaiuba, Valongo Tour, SEHLIPA, Guarujá Golf Club, Villa Di Pasta, Grupo Blanco, Prefeitura de Santos, Bodegaia, Blue Tree Hotels, Croasonho, Cardoso Restaurante, Ao Mirante, Unisantos, ELO Gastronomia, Elemidia, TECSA Construtora, ACEG, Burgman, O Koreano, Mestre Cervejeiro Santos, Cerveja Artesanal Boutique, Empório To Beer, Rio’s Burguer, Bolo da Madre, Porto Gelato, Rudy’s Bar, Tahiti Restaurante, Praticagem São Paulo, Espaço In Comum, Ao Pharmacêutico, Naturalíssimos, Menina Verde, Aiko Sushi, Sinhores, Mundo Beelieve, Marina Dona Rosa e Casa Velha.
Obrigado e vida longa a este e tantos outros projetos que tornam a nossa região ainda mais apaixonante.
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CECÍLIA DASSI PSICOTERAPEUTA, COACH E EX-ATRIZ POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH
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e tem um assunto do qual Cecília Dassi pode falar com propriedade é sobre migração de carreira. Não bastasse ter vivido essa mudança pessoalmente, hoje, em sua nova
profissão, auxilia profissionais que vivem este dilema. Certamente você lembra do rostinho dela, ainda criança, na grade de programação da Rede Globo, onde atuou em nove novelas, além de séries, minisséries e outros programas, como Você Decide e TV Globinho, do qual foi apresentadora aos 15 anos. Cecília também fez dois filmes – A Guerra dos Rocha e Gonzaga, de Pai pra Filho, além de mais de 40 comerciais e peças de teatro, quando pode atuar, inclusive, como assistente de direção. Começou na televisão aos quatro anos e se manteve na TV por 17 anos, carreira que lhe rendeu vários prêmios e indicações. Em 2013, no entanto, após algum tempo sem aparecer nas telinhas e já com o contrato com a emissora encerrado, Cecília anunciou sua retirada da carreira de atriz. Já formada em Psicologia, aos 23 anos, migrou para a nova profissão, que hoje lhe dá muito mais satisfação e significado à vida. E foi sobre essa trajetória que conversamos quando ela esteve na Baixada Santista para uma palestra no TEDx Santos sobre o lado positivo da Ganância.
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ENTREVISTA: CECÍLIA DASSI QUANDO A PSICOLOGIA ENTROU NA SUA VIDA? Logo que eu me formei no ensino médio, senti a necessidade de conhecer outras áreas que não tivessem relação com a carreira de atriz. Sempre fui encantada pelo ser humano e pelo poder do autoconhecimento, então escolhi a Psicologia. Comecei a cursar a faculdade em 2007, mas precisei trancar em 2009 para me dedicar à novela Viver a Vida. Voltei em 2011 e concluí em 2013, desde então tenho o meu consultório, onde atuo como psicóloga clínica e coach, com a missão de ajudar as pessoas a serem as melhores versões delas mesmas. VOCÊ DEIXOU UMA CARREIA ALMEJADA POR MUITAS PESSOAS E QUE, NO SENSO COMUM, TRAZ MUITA REALIZAÇÃO, FAMA E DINHEIRO. COMO FOI ESSA DECISÃO? Aos poucos, durante a carreira como atriz, fui descobrindo que não era ali que estava a minha missão, que aquela profissão não preenchia o meu coração. Eu fiquei um bom tempo contratada pela emissora, mas sem trabalhar e não sentia vontade de ir para o Projac em busca de oportunidades. Tanto que me senti muito feliz quando o meu contrato acabou e
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eles não renovaram. Comecei a cursar psicologia por curiosidade, como um ‘plano b’, mas me encontrei ali. Eu me lembro que quando comecei a questionar minha carreira de atriz, por mais que ganhasse um bom dinheiro mesmo sem trabalhar, eu pensava ‘não quero essa vida de escassez’. Conhecer a psicologia foi transformador pra mim. COMO AS PESSOAS QUE ACOMPANHARAM VOCÊ COMO ATRIZ REAGEM AO SABER QUE VOCÊ DEIXOU A CARREIRA? Muitas pessoas me encontram e falam: ‘você tem que voltar a fazer novela, tem que voltar às telinhas’. Eu fico me questionando o porquê, já que sou muito feliz com meu trabalho hoje e me sinto realizada. Imagino que as pessoas pensem que ser ator famoso é o sonho de qualquer pessoa e por isso eu deveria valorizar esta oportunidade, mas o fato é que, assim como qualquer um, tenho o direito de dizer não aquilo que não me satisfaz. O SEU PÚBLICO HOJE, COMO PSICÓLOGA, ACOMPANHOU O SEU TRABALHO COMO ATRIZ? Alguns me acompanham desde novinha e tem muitos que me conhecem porque a mãe conta que me via nas novelas (risos).
QUANDO NEGAMOS NOSSA GANÂNCIA, NÓS TRANCAMOS OS NOSSOS MAIORES SONHOS EM UMA CAIXINHA CECÍLIA DASSI
QUAL SUA PRINCIPAL ATUAÇÃO NA PSICOLOGIA? Minha missão como psicoterapeuta e coach é ajudar as pessoas a desenvolverem seus potenciais para viverem uma vida autêntica, produtiva e plena. Atendo muitas pessoas infelizes com a vida profissional e com medo de migrarem de carreira. Essa migração precisa ser feita aos poucos e exige coragem. Eu sei o quanto é desafiador largar uma carreira já consolidada por algo novo, pois vivenciei isso na pele. Mas as pessoas precisam entender que não são as únicas insatisfeitas com uma vida que supostamente deveria proporcionar prazer e felicidade, mas, ao contrário, traz frustração, crises de pânico e infelicidade. Não dá para colocar os pés pelas mãos e se afobar, mas é possível, sim, aos poucos, mudar e ser feliz. Há pessoas que não podem ou não conseguem migrar de carreira, então nós tentamos ressignificar aquele trabalho e transforma-lo em algo prazeroso. VOCÊ ABRIU MÃO DA SUA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA EM PROL DA CARREIRA. COMO DEVE SER A ATUAÇÃO DOS PAIS JUNTO AOS FILHOS QUE COMEÇAM A TRABALHAR TÃO NOVOS NA TELEVISÃO? Eu também desenvolvo um trabalho com atores
mirins para que eles consigam dar conta dessa responsabilidade. Realmente eu precisei abrir mão de muitas coisas para trabalhar, mas isso não foi um peso pra mim, pois meus pais sempre me apoiaram e estiveram presentes. É fundamental que os pais acompanhem a carreira das crianças e que entendam a importância de um acompanhamento profissional, principalmente para que não cresçam frustrados e se sintam obrigados a permanecer em uma profissão que não lhes dá prazer. VOCÊ TEM UM CANAL NO YOUTUBE, QUE SOMA MAIS DE 6 MIL INSCRITOS. QUAL O PÚBLICO DESTE CANAL, SOBRE O QUE VOCÊ ABORDA NOS VÍDEOS? O canal é para todos os que se interessam por pessoas, um espaço para compartilhar ajuda, incentivar as pessoas a terem mais esperança. Não é um canal sobre psicologia, é um canal sobre o ser humano, sobre superação. Minha ideia é quebrar o estereótipo sobre psicologia e aborda-la de maneira leve, para que chegue a todos. DURANTE SUA PALESTRA NO TEDX SANTOS VOCÊ FALOU SOBRE GANÂNCIA. QUE IMPORTÂNCIA TEVE A GANÂNCIA EM SUA VIDA?
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ENTREVISTA: CECÍLIA DASSI Eu comecei a ganhar dinheiro trabalhando muito cedo, mas me sentia culpada por gastar meu salário. A ideia que eu construí sobre ganhar e gastar dinheiro era de que isso era egoísta, algo de gente mau caráter, sem empatia. Olhar para um mundo de tanta escassez e desejar ter mais parecia ser muito injusto. E quando eu migrei de carreira e passei a fazer aquilo que me dava satisfação, ainda assim eu não me sentia à vontade em ganhar dinheiro. Comecei a entender que eu tinha algum problema na relação com o dinheiro e resolvi investigar quem eu era e o que eu queria de fato. Descobri que eu queria ajudar as pessoas a serem melhores, mas eu não queria apenas ajudar aquelas pessoas que já estavam predispostas a serem ajudadas, eu queria ajudar aquelas que tinham preconceito com a psicologia, que não estavam abertas. Eu queria quebrar barreiras dando palestras, cursos, sendo ouvida pelas pessoas. Foi então que entendi que sim, eu era gananciosa, pois queria mais, não apenas o necessário. Isso me incomodou, pois eu achava que ser gananciosa era ruim. Resolvi pesquisar sobre riqueza, abundância e as
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trocas entre os indivíduos. Foi quando descobri que a ganância está presente na humanidade desde sempre e que foi ela que nos trouxe até aqui. O homem sempre vai querer mais, quer deixar um legado, fazer diferente. A palavra ganância vem do castelhano ‘gana’, que significa desejo, vontade e o verbo ‘ganar’ significa apenas vencer, conquistar. E isso não tem nada de errado, ao contrário, quando nós negamos nossa ganância, nós pegamos nossos maiores sonhos e trancamos em uma caixinha. Transformamos eles em frustração, rancor e vitimização. Isso sim é ruim, pois deixamos de ser os protagonistas das nossas vidas. Aceitar minha ganância foi algo libertador, pois me permitiu correr atrás do meu sonho e poder fazer, hoje, aquilo que me deixa feliz, sem culpa. VOCÊ DIZ QUE HOJE É FELIZ COM SUA CARREIRA. O QUE É FELICIDADE PARA VOCÊ? Felicidade é um caminho que faça sentido, é algo sólido, que fica evidente quando você está trilhando o seu rumo.
MERCADO
SinHoRes
76 anos em plena atividade Trajetória de sucesso A trajetória bem-sucedida do SinHoRes teve início em 1941, com a assinatura da Carta Sindical pelo Ministério do Trabalho e a criação da entidade, cujo objetivo era defender a categoria de hotéis da região. Assim nasceu o Sindicato dos Hotéis e Similares de Santos, que mais tarde se transformaria no Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (SinHoRes). Em 1988, o terreno da Avenida Conselheiro Nébias foi comprado e começaram os projetos e as obras para a nova sede. Por problemas financeiros, apenas em novembro de 2008 o prédio próprio foi inaugurado. Na ocasião, com José Lopez Rodriguez na presidência e Salvador Gonçalves Lopes como vice. Atualmente, no prédio, mais moderno e com uma capacidade maior de acomodação, são realizados cursos, palestras, reuniões e diversos eventos de interesse da categoria. O SinHoRes é, hoje, uma entidade sólida, saudável financeiramente e com reconhecimento notável na região. Sua sede fica na Av. Conselheiro Nébias, 365, em Santos.
CURSOS PARA ACOMPANHAR OS CURSOS OFERECIDOS PELO SINHORES, CURTA A FANPAGE FB.COM/ SINHORES. BAIXADA SANTISTA
FOTO: MARCELO FABIANO
Para celebrar os 76 anos de fundação da entidade, a atuante diretoria do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e Vale do Ribeira entregou à categoria um novo espaço em sua sede. A Escola de Gastronomia e Hotelaria do sindicato ganhou o Espaço Gastronômico Minho, com 138 m², divididos em cozinha, com 72 m² e salão, com 66 m². Muito bem equipado, o novo espaço, que conta com modernos fornos elétricos e fogão industrial em aço inoxidável, foi projetado para a realização de cursos para quem deseja trabalhar em pizzarias e restaurantes da Baixada Santista. De acordo com o presidente do SinHoRes, Salvador Gonçalves Lopes, o Espaço Minho foi concebido para amenizar o principal entrave enfrentado pelo setor na região: a falta de pessoal preparado para o mercado de trabalho, seja nas funções operacionais ou no atendimento ao público. ‘Este projeto era um desejo pessoal e um objetivo conquistado com o apoio da nossa diretoria, colaboradores, associados e toda a equipe, que fizeram com que esse sonho se realizasse e pudéssemos proporcionar um atendimento mais qualificado em nossa região’, comemora o presidente.
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CENÁRIO
Mulheres de Areia A novela que projetou Itanhaém. E o presente que a cidade ganhou Uma das novelas de maior sucesso na teledramaturgia brasileira foi exibida em duas versões, a primeira pela extinta TV Tupi, em 1973 e a segunda, pela Rede Globo, em 1993. O sucesso foi tamanho que a novela foi reprisada mais duas vezes pela Globo, em 1996 e 2011, e uma vez pelo Canal Viva, em 2016. Mas foi a primeira versão que criou uma conexão importante com a Baixada Santista, projetando Itanhaém para todo o Brasil e atraindo turistas para a cidade até os dias de hoje. As cenas do núcleo de pescadores da novela, do qual faziam parte as gêmeas Ruth e Raquel (Eva Wilma), o escultor Tonho da Lua (Gianfrancesco Guarnieri), além de Marcos Assunção (Carlos Zara) e muitos outros personagens, eram gravadas na Praia dos Pescadores, em Itanhaém. As mulheres de areia esculpidas por Tonho da Lua, apaixonado por uma das gêmeas, a ‘Rutinha’, eram,
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TEXTO: DIEGO BRÍGIDO • FOTO: NÍCOLAS SCHUKKEL
na verdade, criadas pelo artista plástico Serafim Gonzalez, que também atuava na novela, como Alemão. As gravações agitaram Itanhaém por quase um ano e mudaram a vida da cidade e a rotina dos moradores, que acolheram a novela e os atores. Muitos pescadores atuavam como figurantes nas cenas em que os barcos saíam para o mar, pois a direção aproveitava a rotina da praia, que, verdadeiramente, era um reduto de pescadores. Ao final das gravações, em 1975, Serafim Gonzalez presenteou a cidade com uma escultura similar às que ele produzia para a novela, mas em concreto, que foi instalada
nas pedras da Praia dos Pescadores, em frente à Ilha das Cabras. Mais tarde, a escultura foi substituída por uma feita em fibra, pelo filho do autor original, Daniel Gonzalez, e em 2014 foi restaurada para coibir a ação degenerativa. Está lá, firme e forte, representando um importante momento na história da cidade, um dos principais atrativos turísticos de Itanhaém.
Dê um pulinho lá
Quem quiser visitar o monumento e relembrar as Mulheres de Areia pode ir até a Praia dos Pescadores e tentar descobrir se ela se trata da Rutinha, que era boa, ou da Raquel, que era má.
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ART&FATO
TEXTO: DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: DIVULGAÇÃO
Komboio Cultural Ocupação e arte sobre quatro rodas
Uma Kombi toda estilizada e paramentada tem circulado pelas ruas da Baixada Santista carregando a bordo música, teatro, cinema, circo e muita brincadeira popular. Capitaneado por Ugo Castro Alves e Alan Plocki, o projeto Komboio Cultural reúne artistas de várias linguagens que, juntos, levam às ruas da região as mais diversas experiências, resgatando no público as delícias do brincar e da boa música nos espaços públicos. Os dois, músicos e produtores culturais, trabalharam juntos pela primeira vez em 2013, quando atuaram em um projeto em homenagem ao centenário de Vinicius de Moraes. Ugo fez a direção musical e Alan cuidou da direção cênica do espetáculo, quando se conheceram profissionalmente. No ano seguinte, Ugo convidou Alan (o Plocki) para atuarem juntos em um projeto que une música e circo: o Bloco do ZigZaguiá. Plocki trouxe ao espetáculo a figura do palhaço e desde 2014 eles já animaram várias unidades do Sesc SP durante o carnaval. O Zigzaguiá também virou disco e um show cênico que busca passar a mensagem da importância do resgate do brincar. Desde então, a dupla trabalhou junta em vários projetos culturais, quando em 2016 resolveram comprar a Kombi e estiliza-la. Estrearam o Komboio Cultural no início deste ano, no Projeto Verão da prefeitura de Santos, e já participaram de vários eventos na região e em São Paulo, inclusive na Virada Cultural Paulista. ‘A gente tinha um monte de conteúdo para oferecer e precisávamos de uma plataforma para não depender de espaços privados. A 14
Kombi nos possibilita isso’, conta Ugo. Com o projeto, além de levar cultura àquele público que não tem o hábito de consumir, os artistas também atingem áreas de vulnerabilidade social, onde essas linguagens culturais não chegam. Plocki conta que é muito gratificante estar na rua, pois se está junto do público e o feedback é imediato. ‘Mas eu acho que o artista de rua tem um desafio maior que o artista de palco, que é manter o público, já que ele está ali de passagem e não pagou ingresso, portanto não se vê obrigado a ficar’, explica.
MAIS – Música Autoral e Independente Santista
O Komboio Cultural ajudou a resgatar um projeto iniciado em 2013 por Ugo, em parceria com os também músicos Danilo Nunes e Theo Cancello: o MAIS – Música Autoral e Independente Santista, quando eles reuniram nove músicos da cidade para um show no Teatro Guarany. Ugo resgatou o projeto, que estava adormecido, e fechou uma parceria com a Secretaria de Turismo de Santos, que liberou a apresentação do Komboio Cultural e do MAIS em vários domingos até o final do ano na Rua de Lazer (projeto da prefeitura, que fecha a avenida da praia, entre a Praça das Bandeiras e a Av. Conselheiro Nébias, no sentido Ponta da Praia, para o lazer da população). A cada domingo, a partir das 11h, a kombi apresenta duas bandas convidadas para tocarem o seu som na rua. Durante as apresentações, há intervenções do Palhaço Plocki, que estimula a participação e o apoio
do público aos artistas locais. Neste momento, o músico Plocki também é o palhaço Plocki e o músico Ugo Castro Alves vira cinegrafista. ‘A música me levou ao teatro de rua e o teatro de rua me apresentou ao palhaço’, conta Alan. A ideia da dupla é ocupar os espaços públicos com as várias linguagens artísticas, levando cultura à população, democratizando a arte e dando voz aos artistas locais. ‘Nós acompanhamos muitas iniciativas na cidade, de produtores culturais que estão ocupando os espaços e ficamos muito felizes com isso. Precisamos encher as ruas de arte’, comemora Ugo. Para outubro já estão planejando o ‘Festival MAIS’, quando vão levar música autoral para três praças da cidade. Mas, claro, nós vamos contar tudo mais pra frente. Agora você já sabe, se avistar uma Kombi charmosinha e nada discreta em alguma rua da cidade, pode parar que vem boa música e muita arte por aí. CONHEÇA OS PROJETOS EM:
FB.COM/KOMBOIOCULTURA/ FB.COM/MAIS2013/
VEJA MAIS FOTOS EM NOSSA GALERIA, ACESSANDO PELO QR CODE OU PELO ENDEREÇO WWW. REVISTANOVE. COM.BR
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#TÁNAPLACA
POR DIEGO BRÍGIDO • ILUSTRAÇÃO CHRISTIAN JAUCH
Guarujá, a Ilha do Dragão Talvez você nunca tenha olhado Guarujá do alto ou sequer reparado no mapa do município, mas pode ser que já tenha ouvido alguma menção à cidade como a Ilha do Dragão. Este mapa deixa claro o motivo: a geografia da Ilha de Santo Amaro, o Guarujá, lembra o desenho de um dragão alado. A cidade que já foi conhecida como a Pérola do Atlântico é banhada em toda sua extensão pelo mar, o que garante lindas praias da cabeça ao rabo do dragão.
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Feijoada Novotel. sábados com muito mais sabor.
Traga a sua família para a feijoada do Novotel Santos SP. • Carnes preparadas em panelas separadas; • Buffet de doces inclusos; • Música ao vivo. Conheça também o Bar 365, localizado na cobertura do Novotel Santos, com um cardápio exclusivo, coquetéis, drinks deliciosos e um serviço especial para todas as ocasiões, seja café da manhã, reunião de negócios, happy hour entre amigos ou uma noite a dois.
Bar 365, descubra essa nova experiência.
todos os sábados
Das 12h30 às 16h00 R$
59,00
Av. Dona Ana Costa, 473 • 11060 003 • Santos • Brasil Telefone +55 (13) 3878 9700 • h8649-re@accor.com.br
novotel.com • accorhotels.com
SAIR PARA COMER
Roteiro gastronômico Para nossa edição especial de aniversário, escolhemos três restaurantes em Santos que você precisa conhecer. E se já conhece, deve voltar várias vezes, porque cada opção no cardápio vale o retorno. Alexsander Ferraz
Tasca do Porto No cardápio destacam-se os pratos elaborados com receitas da culinária lusitana, com várias opções à base de carnes, peixes e frutos do mar. Para petiscar, os mais famosos são os bolinhos de bacalhau, as moelas portuguesas, as pataniscas de bacalhau e alheira.
Entre as especialidades da casa, estão o Bacalhau à Lagareiro e o Bacalhau à Casa, além de outras receitas tradicionais, como Bacalhau à Zé do Pipo (foto), Gomes de Sá, Bacalhau com todos, Bacalhau Gratinado, Bifanas, Polvo e opções com linguado e pescada. A casa conta ainda com uma carta de vinhos portugueses, além de bebidas típicas como licores, bagaceira e drinks da casa, como a Caipiroyal, preparada com vinho do porto branco, e o Caipirão, feito com licor Beirão.
No cardápio, estão também os deliciosos doces conventuais portugueses, como os pastéis de Santa Clara, Belém, Coimbra, Cascais, entre outras sobremesas. O casarão centenário que abriga o restaurante foi restaurado para manter as características originais do prédio e a decoração tipicamente portuguesa se destaca em meio ao charmoso Centro Histórico de Santos. Programação musical e Noite do Fado
Aos sábados e domingos, a partir das 13h, tem música ao vivo no almoço, com apresentações de choro, música instrumental e a música típica (R$ 5,00 o couvert artístico). E todo último sábado do mês, a partir das 20h, a casa promove a Noite do Fado (R$ 20,00 o couvert e é preciso fazer reserva). 18
Rua Quinze de Novembro, 112, Centro Histórico de Santos
Telefone: (13) 3219.4280
Horário: de segunda a domingo, das 11h às 16h Ambiente climatizado. Banheiros adaptados
Enoteca Decanter Nada mais convidativo do que um almoço ou jantar em meio a rótulos de vinhos do mundo inteiro. Melhor ainda se for em um ambiente com opções de pratos elaborados e harmonizados com o seu vinho preferido. Com um cardápio que agrada aos mais diferentes e exigentes paladares, a Enoteca Decanter oferece entradas, pratos principais e deliciosas sobremesas, além de uma fina e variada carta de vinhos nacionais e importados.
A Enoteca divide espaço com uma importadora, com uma variada e fina seleção de vinhos de países como França, Itália, Espanha, Portugal, Nova Zelândia, Austrália,
Estados Unidos, África do Sul, Argentina e Chile, além de manter um conceituado restaurante de gastronomia contemporânea.
romântica até uma reunião de amigos ou de negócios.
A casa dispõe de 54 lugares, divididos em dois andares. No piso superior, há uma sala reservada usada para eventos, reuniões, jantares de família ou aniversários.
Destaque para os menus especiais, com seis ou dez etapas, que proporcionam uma viagem ao diversos aromas e sabores do mundo. As escolhas dos chefs Eduardo Lascane e Elisa Canet permitem conhecer melhor o conceito da cozinha do restaurante, sempre disposto a inovar e satisfazer aos mais exigentes paladares. Nos dois casos, o jantar pode ser harmonizado ou não e o cliente diz apenas se tem alguma restrição alimentar. Às terças e quartas-feiras, os dois menus têm desconto.
À frente da cozinha, hoje, está o chef sul-africano Marius Grewe, que cuida pessoalmente para que os pratos sejam especialmente elaborados para harmonizar com a carta de vinhos.
Para os amantes da enologia, a casa também oferece um espaço especial, inteiramente dedicado ao mundo do vinho. O local é usado para a realização de confrarias, cursos, palestras e degustações promovidas por parceiros e importadoras do ELO Gastronomia.
De terça a quinta, o restaurante oferece menus especiais, até as 22h, com valores diferenciados. Nesses dias, todos os pratos também podem ser pedidos à la carte, também com valores inferiores. Divulgação
Rua Goiás 116, Gonzaga, Santos
Rua Mato Grosso, 290, Boqueirão, Santos Telefone: (13) 2104.7555
Horário: de terça a quinta, das 12h às 23h; sextas e sábados, das 12h à meia noite; e aos domingos, das 12h às 17h
Telefone: (13) 3322.7007 (a partir das 18h)
Horário: de terça a quinta, das 19h30 às 23h; de sexta e sábado, das 19h30 à meia noite; e aos domingos, das 13h às 16h Alexsander Ferraz
Serviço de manobrista como cortesia para os clientes
ELO Gastronomia Outro dos restaurantes mais aconchegantes e convidativos de Santos, o ELO Gastronomia une ambiente acolhedor, com excelente gastronomia e atendimento impecável.
O menu, cuidadosamente elaborado, encontra harmonia perfeita em um dos mais de 220 rótulos da adega. São três espaços diferentes, que permitem desde uma refeição
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SAIR PARA BEBER
100 Bares em Santos
Nossa edição especial de aniversário traz uma seleção exclusiva da Revista Nove Cidades com 20 bares selecionados entre os mais de 100 que integram o nosso Guia de Bares em Santos. O guia completo, com bares divididos por região e categorizados, você encontra sempre atualizado em nosso portal. Acesse pelo QR Code abaixo e seja feliz!
ACESSE O GUIA COM 100 BARES PELO QR CODE
SE FOR BEBER, VÁ DE TAXI, UBER, CABIFY, 99POP OU CARONA AMIGA : )
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Bodegaia Pompeia
R. República Argentina, 80 – Pompeia Música ao vivo | Transmite Esportes Cola na Base
R. Alagoas, 06 – Gonzaga Hambúrguer Artesanal | Petfriendly HP Geek Bar ‘n’ Burguer
R. Dr. Luiz de Faria, 116 – Gonzaga Cervejas especiais | Hambúrguer Artesanal Blend Burger
R. Pindorama, 45 – Gonzaga Hambúrguer Artesanal Frutaria do 3
R. Lincoln Feliciano, 117 – Boqueirão Petfriendly Roxy Premium Lounge
Pátio Iporanga – Gonzaga Cervejas especiais | Bar Cultural Bar 365 – Rooftop Novotel
Av. Ana Costa, 473 – Cobertura – Gonzaga Bar com Vista Panorâmica Mestre Cervejeiro
R. Azevedo Sodré, 22 – Gonzaga Cervejas especiais Bujas Garagem Bar
Av. Washington Luiz, 323 – Boqueirão Música ao vivo | Para Dançar | Especiais Cover 472 Lounge & Food
Av. Washington Luiz, 472 – Boqueirão Música ao vivo
Adega Santista
R. Minas Gerais, 66 – Boqueirão Música ao vivo | Cervejas especiais Vinhos | Para Dançar Tiki Bar
Av. Siqueira Campos 654 – Macuco Petfriendly | Temática Polinésia Kawabanga Snack & Bar
Av. Siqueira Campos, 431 – Embaré Música ao vivo | Cervejas especiais Candice Cigar Co
R. Castro Alves, 38 – Embaré Franquia de charutos Para fumantes Australiano
Av. Dr. Epitácio Pessoa, 117 – Embaré Transmite Esportes Mucha Breja
Av. Rei Alberto I, 161 – Ponta da Praia Música ao vivo | Cervejas especiais Boteco Valongo
R. São Bento, 43 – Valongo Música ao vivo Six Sports Bar
Av. Gal. Francisco Glicério, 151 – Gonzaga Para jogar Pôquer Quiosque Burgman
Av. Vicente de Carvalho (em frente C4) – Embaré • Transmite Esportes | Cervejas especiais | Hambúrguer Artesanal | Petfriendly Casa Fórum
R. Primeiro de Maio, 57 – Aparecida Música ao vivo | Vinhos | Bar Cultural 21
COM A PALAVRA
Santos, cidade de alma portuguesa O vento que separa também pode aproximar.
RONALDO jornalista e escritor
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São três as hipóteses consideradas para a escolha do nome da cidade, todas com origens lusitanas: fundação do hospital de Todos os Santos da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, em 1543; o porto santista – localizado no lagamar de Enguaguaçu – seria geograficamente semelhante com o porto de Santos (um dos portos de Lisboa, no rio Tejo); por fim, o navegador português João Dias de Solis, que teria descoberto e batizado em 28 de dezembro de 1515 com o nome de ‘Rio dos Santos Inocentes’ o rio que seria a entrada do porto de Santos (no calendário cristão é o Dia dos Santos Inocentes). Santos é conhecida por ser a ‘Terra da Caridade e Liberdade’, que acolheu pessoas de todos os cantos do mundo (com ênfase para a Santa Casa de Misericórdia) e pela luta dos Irmãos Andradas, nomeadamente José Bonifácio de Andrada e Silva, o ‘Patriarca da Independência’, com intensos laços com Portugal e importante papel para a Independência do Brasil, em 1822.
os tempos, Pelé, que conta com um museu no Centro Histórico em sua homenagem. O primeiro título mundial do time foi em 1962 contra o Benfica de Eusébio, no Estádio da Luz, em Lisboa, com vitória por 5x2. Os bondinhos turísticos nos remetem aos eléctricos portugueses, percorrendo ruas que testemunharam o labor dos imigrantes lusitanos, abençoados por Nossa Senhora de Fátima e por Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira de Santos. Ainda no Centro, é possível bater um papo e colocar a conversa em dia na Bolsa Oficial de Café, admirando a bela arquitetura e painéis do pintor Benedicto Calixto, tomando uma bica de diversos aromas e sabores. As praias santistas são emolduradas pelos belos jardins que convidam a sentir a natureza, esticando o passeio ao Orquidário, abundante em fauna e flora, e ao Aquário, com diversas espécies que nos destina ao mar tão caro aos portugueses, de extensa história na navegação. Lá, como cá, os olhares se cruzam; o Atlântico é o caminho entre os dois povos que se situam mais próximos que a geografia permite, propiciando o encontro dessas nações que, tal um casal de namorados após longa ausência, alegram-se com o saudoso beijo por tantas vezes sonhado.
FOTO: CHRISTIAN JAUCH
Pelo mar chegaram os portugueses: porto de imigrantes provenientes de vários países, Santos desenvolveu com o povo lusitano a ligação mais estreita, elevada à categoria de cidade em 1546 pelas mãos do fidalgo português Braz Cubas, nascido no Porto. O tempo registrou na identidade santista a herança portuguesa, percebida de tal maneira na arquitetura, cultura, gastronomia, história e principalmente em nossa gente, riqueza maior de um país – no caso, de dois.
Santos Futebol Clube: glória onde jogou o melhor jogador de futebol de todos
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UM NOVO OLHAR
TEXTO: DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH
Birdwatching
em Cubatão
Certamente você já ouviu falar – ou, quem sabe, até tenha avistado – o Guará-Vermelho, uma ave típica de manguezal, de coloração estonteantemente vermelha. O pássaro se tornou símbolo da recuperação ambiental de Cubatão, pois voltou a dar as caras na cidade quando a poluição que gerou a má fama do passado deu uma trégua. Hoje, revoadas de guarás podem ser avistadas por lá (cerca de 1000 Guarás-Vermelhos habitam a cidade), mas nem de longe esta é a única ave que sobrevoa o mangue cubatense. Mais de 200 espécies, entre residentes, migratórias e acidentais já foram observadas na região, mas pelo menos 40 são vistas com frequência.
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Para tentar avistar parte delas, fizemos um roteiro de observação de aves pelo manguezal da região. Escolhemos um dia excelente, como você pode ver nas fotos. O birdwatching, como a atividade é conhecida mundialmente, é um segmento do ecoturismo que visa observar aves em seu habitat natural, sem interferir no comportamento das espécies ou no ambiente.
Em meio ao manguezal
Saímos perto das 7h da manhã da Marina Náutica da Ilha, na Ilha Caraguatá, em Cubatão, acompanhados do especialista e diretor da marina, Daniel Ravanelli Losada. O roteiro, de barco, segue pelo Rio Casqueiro, quando passa por uma confluência entre as cidades de Cubatão, Santos e São Vicente e segue pelo Rio Cascalho, Rio Cubatão, Rio Mogi e vai até o Canal de Piaçaguera, trecho todo cercado por mangue (três espécies de mangue são comuns aqui: vermelho, preto e branco). É um passeio contemplativo e pode levar cerca de cinco horas, principalmente quando se trata de um grupo de aficionados. ‘As paradas para fotografar podem levar 15 minutos ou mais, pois em muitos casos é preciso esperar a ave aparecer ou mesmo capturar as melhores imagens’, conta Daniel. De acordo com ele, especialistas no assunto, os chamados ‘birders’, chegam a reproduzir, com o uso de iPods ou Celulares, os sons dos pássaros que querem atrair, método que costuma dar certo. As aves mais comuns, avistadas com frequência no manguezal, além do Guará, são o Colhereiro (Cor Rosa), Garças (Branca e Azul), Maguari (Garça Moura), Socós (Caranguejeiro e Dorminhoco), Jaçanã, Águia Pescadora (ave migratória), Gavião Carcará, Falcão Peregrino, Saracuratrês-potes, Batuíras, Maçaricos, Caraúna, Figuinha-do-mangue (espécie endêmica) e muitas outras.
De acordo com Daniel, há cerca de 10 mil espécies de aves em todo o mundo e o Brasil registra algo em torno de 1900 delas. Os ‘birders’ viajam para realizar o birdwatching e registrar novas espécies. ‘A atividade ainda é incipiente no Brasil; temos cerca de 15 mil birders, enquanto nos Estados Unidos 15% da população pratica a atividade – perto de 48 milhões, se considerarmos uma população próxima dos 320 milhões’, explica o especialista.
O roteiro de birdwatching
A saída para a observação de aves tem que acontecer pela manhã, bem cedo, quando elas acordam e saem para comer nas coroas de marisco e nos bancos de lama da região, facilmente avistados com o uso de embarcação. A partir das 10h, a incidência de pássaros diminui, pois o dia começa a ficar quente e já saciadas, precisam poupar energia. Saídas a noite não são comuns pela dificuldade de avistar as aves. A maioria das espécies não voa a noite e fica empoleirada nos galhos das árvores. Durante o roteiro pelo manguezal de Cubatão, que pode ser acompanhado de um técnico, o grupo receberá informações sobre
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DICA A NÁUTICA DA ILHA OFERECE ROTEIROS DE BIRDWATCHING E ESTÁ COM UMA PROMOÇÃO DE R$ 500,00 PARA GRUPOS DE ATÉ OITO PESSOAS, COM SAÍDAS DA ILHA CARAGUATÁ, NA R. NICOLAU CUQUI, 231. PARA MAIS INFORMAÇÕES, O SITE DA MARINA É WWW.NAUTICADAILHA.COM.BR, O TELEFONE É (13) 3363-2161 E O WHATSAPP (13) 99148.2200.
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BIRDWATCHING EM CUBATÃO A PREFEITURA DE CUBATÃO ESTÁ EM FASE DE IMPLANTAÇÃO DE UM CIRCUITO DE BIRDWATCHING, COM PONTOS DE OBSERVAÇÃO EM VÁRIOS LUGARES DA CIDADE. ALÉM DA REGIÃO DE MANGUEZAL E DO ITUTINGA-PILÕES, OUTROS LOCAIS, COMO O PARQUE NOVO ANILINAS SERÃO INCLUÍDOS NO ROTEIRO, NO PROJETO #TURISTANDO CUBATÃO.
este importante ecossistema e sobre as espécies avistadas. ‘Os ‘birders’, que precisam de informações mais específicas, normalmente vão acompanhados de um ornitólogo – especialista em aves’, explica Daniel. ‘Para aqueles que vão apenas para contemplar, sem necessidade de tanto aprofundamento, conseguimos realizar o passeio em duas horas’, complementa.
Itutinga-Pilões: outro reduto de aves em Cubatão O Núcleo Itutinga-Pilões é uma área dentro da Reserva Estadual da Serra do Mar, sob gestão da Fundação Florestal. Com 43,8 mil hectares, de extensão, abrange os municípios de Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, São Bernardo do Campo, Santo André, São Paulo e Mogi das Cruzes, mas sua sede está em Cubatão. Este paraíso ecológico abriga os rios Passareúva, Pilões e Cubatão, responsáveis pelo abastecimento hídrico de 80% da Baixada Santista e também dos mananciais da represa Billings. Além disso, o núcleo é mais um reduto de birdwatching na cidade. Mais de 70 espécies de aves podem ser avistadas por lá, no percurso por suas trilhas. Além da exuberância da natureza, o Itutinga-Pilões abriga um acervo histórico riquíssimo, o que inclui as ruínas do primeiro hospital da Vila de Itutinga, construído na década de 1920.
Mas, apesar de estar aberto a grupos de visitantes para as atividades de ecoturismo, com visitação gratuita mediante agendamento, o ItutingaPilões só recebe para o birdwatching grupos de técnicos, que precisam estar acompanhados de um guia especialista. O AGENDAMENTO, TANTO PARA AS TRILHAS QUANTO PARA O BIRDWATCHING, PRECISA SER FEITO COM SETE DIAS DE ANTECEDÊNCIA PELO
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EMAIL PESM.ITUTINGAPILOES@FFLORESTAL.SP.GOV.BR OU PELO TELEFONE (13) 3361.8250. O ENDEREÇO É ESTRADA ELIAS ZARZUR, KM 8, ÁGUA FRIA.
FOTOS: FÁBIO CUNHA SANTOS E EQUIPE NIP
FOTO: CHRISTIAN JAUCH
Apenas especialistas
CONCIERGE
ARTE: CHRISTIAN JAUCH
Liberdade, liberdade... ...Abra as asas sobre nós (bis) E que a voz da igualdade Seja sempre a nossa voz... Assim ecoou o samba enredo da carioquíssima Imperatriz Leopoldinense, no carnaval de 1989, que inclusive a consagrou vitoriosa. Mas, se essa tal liberdade inspira até o maior espetáculo cultural do mundo, por que será que a gente tem dificuldade de exercitar, verdadeiramente, a liberdade nossa de cada dia, todos os dias? Porque não somos [é difícil escrever isso, mas é real] livres, de verdade, nenhum dia! Abre aspas: mas podemos ser! Fecha aspas. BRUNO REIS Publicitário, bacharel em turismo, especialista em comunicação organizacional e relações públicas e guia de turismo. Há 14 anos atua no mercado de hospitalidade e comunicação na Baixada Santista e Capital. concierge@revistanove. com.br
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Desde crianças somos ‘convidados’ a não mexer, a não comer – e também a comer, a não berrar, a obedecer, e a descer, a não demorar [no banho], a nos esfregar bem [sim, no banho] e por aí vai. E assim nos aprisionamos. É papel dos pais, sem dúvida, ensinar o que é certo, errado e o momento ‘mais adequado’ das coisas. E é evidente que, quando se vive em comunidade, o respeito à vontade e espaço de outrem sempre cai bem e, por vezes, é em razão dele que eles [os pais] agem assim. Mas mesmo com seu infinito amor, os pais pecam, porque seus avós também pecaram e, cada um de nós, quando e se chegar a hora, também pecará – eta ciclo vicioso difícil de se quebrar! Pecaremos, em um sentido absolutamente não religioso, pela – quase sempre falta de – liberdade. Afinal, só somos verdadeiramente livres quando podemos escolher, sem pressão social – e parental – o que é melhor para nós, ainda que tenhamos poucos anos de vida.
ga? E o churrasco do final de semana? Bem, é inquestionável o favoritismo de muita gente por estes composês; eu mesmo já fui fã. Mas quantos de nós já paramos para pensar no sofrimento – sim – que o consumo de determinados ‘alimentos’ pode causar. E quantos sabem quais nutrientes e em que medida nosso corpo realmente precisa? E o que causa mal ao nosso corpo físico? Felizmente estudos tem apresentado e pessoas tem repercutido novas descobertas alimentares e mais conectadas com o homem, segundo as minhas crenças, em seu estado essencial: herbívoro e compassivo. Estaria havendo, pois, uma volta ao passado? Pouco provavelmente. Está havendo, muito possivelmente, um movimento que eu chamo, neste ensaio sobre a cegueira, de iluminação moral, social, econômica e, sem dúvida, ambiental. Isso sim é liberdade! É interessante que o samba enredo da Imperatriz também fala de igualdade. E isso me faz lembrar a equidade apontada pelos dinamarqueses como valor fundamental para a sua sociedade íntegra e feliz. E, de verdade, é isso. Porque não parece possível haver retidão onde não haja, em medida equivalente, direitos e, acima de tudo, respeito pela diversidade, onde o indivíduo pratica e se beneficia – com justiça – do seu status moral, da sua unicidade e extraordinariedade, sendo livre para ser, quem, simplesmente, é. E feliz.
Arroz, feijão, batata frita, salada de alface e tomate e o ‘meu tão querido’ bife. Oi? Querido? E o café com leite e pão com mantei27 27
CAPA
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TEXTO: DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH
Nós somos apaixonados pelos cenários da Baixada Santista. O contraste entre o azul do mar, o verde das matas e as construções históricas proporciona uma beleza cênica ímpar e ajuda a contar momentos importantes da história das nossas cidades e até do país. Por isso, seria justo [e lindo] que a nossa edição comemorativa de um ano fosse a mais fotográfica de todas, né? Então, além desta matéria, nós decidimos escancarar a beleza dos nossos cenários em outras quatro editorias nesta mesma edição. Tem muitos cliques recheando estas páginas. Aqui escolhemos dois projetos fotográficos da região que unem, cada um do seu jeito, o velho e o novo, enaltecendo os nossos atributos naturais e históricos. Prepare-se para uma volta ao passado por meio dos cenários, figurinos e, inclusive das máquinas fotográficas analógicas, que estão voltando, para a alegria dos saudosistas e dos jovens curiosos. E como a ideia da edição é ser bem visual, desta vez, vamos falar menos e mostrar mais. Boa leitura e boa viagem, direto do túnel do tempo. 29
CAPA
A nova tecnologia que resgata a velha imagem 30
TEXTO: DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH
A região do Valongo foi uma das primeiras áreas habitadas em Santos e a Estação Ferroviária do Valongo foi a responsável por estabelecer a primeira ligação entre o litoral e o interior, levando modernidade ao planalto, que se encontrava isolado devido aos desníveis da Serra do Mar.
A estação foi projetada na Inglaterra e inaugurada em 1867, com traços neoclássicos e inspirada na estação londrina Victoria Station. O prédio é basicamente original, tendo recebido uma reforma em 1895, quando ganhou o segundo andar e poucas outras características. É neste cenário, que já teve grande responsabilidade na economia do país e movimentou a vida social santista por muitas décadas, onde hoje turistas e moradores podem fazer uma volta ao passado por meio da fotografia.
Além de ser ponto de partida do bonde turístico que faz o circuito histórico da cidade e sede da Secretaria de Turismo, a estação abriga, aos finais de semana, a feira de artes e artesanato ‘Centro com Arte’. É lá que estão também os fotógrafos Le Ayres e Lilian Jolie, com o projeto Fotos de Época em Santos.
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CAPA Diante de um cenário convidativo, os interessados são fotografados com vestimentas iguais às usadas no início do século XX. A foto é entregue em poucos minutos em tamanho 10 cm x 15 cm, em tons de sépia, como uma fotografia envelhecida. Uma réplica de uma máquina lambe-lambe, aquelas antigas, feitas com uma caixa de madeira e uma lente, apoiada sobre um tripé, também compõe o cenário. ‘Mas além de cênica, ela pode ser utilizada acoplando uma máquina atual a ela. Nós fazemos este serviço em eventos fechados’, explica Lilian.
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Conforme conta Le Ayres, idealizador do projeto, 75% do público é de turistas, mas os santistas também se encantam quando se caracterizam. ‘É uma volta ao passado e normalmente as pessoas fazem as fotos antes ou após o passeio de bonde, o que torna a experiência ainda mais real’.
Leandro e Lilian também ficam caracterizados com roupas de época, o que faz os curiosos se sentirem mais à vontade e ousarem nas poses. Quem estiver pela região ainda pode visitar o Museu Pelé, que está bem em frente à estação, o Santuário do Valongo, ao lado, e, aos sábados, almoçar no restaurante-escola Estação Bistrô. Bem pertinho ainda estão a Bolsa Oficial do Café, a Casa da Frontaria Azulejada, o Museu de Arte Sacra, a Casa do Trem Bélico e o Pantheon dos Andradas. Dá para garantir muitos outros cliques no charmoso centro histórico de Santos. As fotos que ilustram estas páginas foram registradas com o modelo Canon 5D DSLR com flashes Canon 600Ex, salvas em cartão de memória e impressas na hora, em impressora Epson PictureMate portátil.
VOCÊ VAI ENCONTRA-LOS AOS SÁBADOS E DOMINGOS, DAS 11H ÀS 17H, EM FRENTE À ESTAÇÃO DO VALONGO, NO LARGO MARQUES DE MONTE ALEGRE, S/N. O VALOR DA FOTO É R$ 30, MAS A PARTIR DA SEGUNDA UNIDADE CADA UMA SAI POR R$ 20. TAMBÉM É POSSÍVEL CONTRATA-LOS PARA EVENTOS FECHADOS PELOS TELEFONES (13) 99133.2817 E (13) 99121.0480. FB.COM/FOTODEEPOCAEMSANTOS Foto Divulgação
E a velha fotografia que retrata os novos cenários Os avanços tecnológicos nos possibilitam fazer inúmeros registros fotográficos daquilo que nos chama a atenção – e até do que nem é tão interessante – e depois deletar o que não ficou bom. Possivelmente estas fotografias nem serão impressas, mas saltarão descontroladamente nas timelines mundo afora. De acordo com os fotógrafos Fabiano Ignácio e Luiz Arthur Brito da Silveira, a facilidade tecnológica nos fez perder a noção do que realmente é importante ser registrado e ‘a onda das selfies banalizou a fotografia’.
A falta de automatização das câmeras antigas exige conhecimento das técnicas fotográficas e dos processos mecânicos, físicos e químicos. Fabiano acredita que a fotografia analógica nos ensina a ter paciência desde o momento da escolha do filme. ‘O registro é mais primoroso, afinal são apenas 36 poses. Tem que se escolher o que realmente merece ser registrado e depois aguardar a revelação, pois não dá para checar no display de LCD se a foto ficou boa’, lembra. A volta ao passado começa no garimpo das máquinas, pois não é tão fácil encontrar câmeras analógicas em bom estado e a maioria delas é mais antiga que os próprios donos, logo, têm muita história para contar, a começar pelas que registraram.
FABIANO IGNÁCIO
LUIZ ARTHUR
Com esta afirmação, eles justificam o crescente número de interessados no resgate da fotografia à moda antiga. ‘A geração pós anos 90 não teve contato com as câmeras analógicas, não conhece um filme fotográfico ou uma revelação em quarto escuro’, lamenta Fabiano. E, segundo ele, é este público que vem
engrossando o caldo dos adeptos à fotografia nos velhos moldes, pois encontraram na câmera de filme um novo desafio.
SIMONE ANJOS
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FABIANO IGNACIO
LUIZ ARTHUR
LUIZ ARTHUR
FABIANO IGNACIO
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Luiz conta que existem grupos em redes sociais no Brasil e no mundo todo que trocam experiências e também negociam câmeras, filmes e equipamentos analógicos, reaquecendo este mercado. Ele, que herdou a paixão pela fotografia do pai, voltou a fotografar à moda antiga no início deste ano, incentivado por Fabiano. ‘De
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imediato realizei um velho sonho que era ter uma Rolleiflex igual àquela que meu pai teve, consegui uma velha e respeitável senhora de 65 anos, que ainda faz fotos lindas’, conta. ‘Nesta parceria com o Fabiano, estou cada dia mais reencontrando a satisfação de “queimar filmes” e sentir a emoção de revelar e ver o resultado depois’.
FABIANO IGNACIO LUIZ ARTHUR
Como afirma a dupla, ‘a imagem analógica que
se forma é um presente tão real e físico que nem um monitor jamais conseguirá reproduzir’.
As fotos que ilustram estas páginas foram registradas com os modelos Pentax, Rolleiflex, Canon F-1 e Canon Elan, reveladas em tanque no quarto escuro e os negativos foram escaneados em scanner de alta definição. E, pelo visto, valeu a ansiedade pela espera.
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FABIANO IGNÁCIO
Juntos, eles têm feito lindos registros da nossa região em 15 modelos de câmeras analógicas, garimpados pela dupla na internet e visitando velhos fotógrafos. No acervo, há máquinas alemãs e japonesas e uma curiosa, austríaca, feita com lata de sardinha, todas em funcionamento e charmosíssimas.
COM A PALAVRA
A cidade que nos habita
EDUARDO RICCI
Ver Ti Cidades Esta fotografia faz parte do ensaio cine fotográfico “Verticidades”, Projeto que da mesma forma busca nas esquinas das grandes cidades a multiplicidade das experiências da vida a partir de uma perspectiva mais ou menos unificadora da existência, ou seja, articular o todo no fragmento, o universal no particular, o horizonte no instante. Foi nas esquinas de Buenos Aires que surgiu a luz necessária para o processo criativo do “Verticidades”, cidade porto e capital da Argentina, iniciado em julho de 2008. No mesmo ano em que começou a grande crise da década. Fato que alimentou a expansão do ensaio para esquinas em outras cidades como Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Roma, Paris, Madri, Lisboa, Sidney, Melbourne, Brisbane, entre outras. O ensaio deu origem há muitas ações transmídias, e agora está em fase de edição para transformar-se em uma exposição multimídia, livros e num longa-metragem, que será exibido e editado em tempo real com o material captado. O livro e o filme serão lançados em outubro de 2018.
FOTO: EDUARDO RICCI
Cineasta e Fotojornalista
Pare numa esquina, feche os olhos e escute todos os sons ao redor, logo em seguida abra os olhos e faça um passeio por todos os caminhos possíveis com seu olhar, atente aos detalhes que pedem a eternidade. Escolha um caminho e registre o seu ponto de vista, deste instante grávido do sempre. Não é uma receita, mas uma proposta para você negociar com o efêmero nas esquinas do espaço tempo e nos vértices da cidade que nos habita. Assim nasceu este recorte do Porto de Santos, numa esquina entre a Av. Conselheiro Nébias e a Rua Xavier da Silveira. A fotografia do Porto retratada em contra luz a marca do tempo e das formas, nas silhuetas dos guindastes antigos. Uma memória afetiva de quem viu as transformações deste local à margem de Santos, ou seria a cidade que fica à margem do Porto? Eis uma questão que também esteve presente na busca de sentido de redescobrir um caminhar expandido, uma capacidade de definir o próprio rumo e itinerário. Ser fotógrafo também é essa negociação com suas particularidades, que traz para dentro da vida cotidiana, a capacidade de sentir e de dialogar com os próprios sentimentos, já não tão pontiagudos, como ex-quinas.
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PERSONA
FOTO: ALINE MÜLLER
Agatha Samudio DO GUARUJÁ PARA A BRAZILIAN-AMERICAN CHAMBER OF COMMERCE, EM NOVA IORQUE Ela nasceu em São Paulo, sempre frequentou a Baixada Santista a passeio e morou no Guarujá dos 10 aos 19 anos, quando voltou para a capital para cursar Relações Internacionais. ‘Mas quando me perguntam de onde eu sou, sempre digo que sou da Baixada Santista’, declara Agatha Samudio em entrevista via Skype, quando nos contou como foi parar na Câmara Brasileira-Americana de Comércio, em Nova Iorque.
Durante a faculdade fez um estágio na Bolívia, quando pode estudar mais a fundo as populações indígenas e as relações entre as comunidades latino-americanas. Filha de pai paraguaio, Agatha sempre teve uma forte ligação com a cultura latina, o que a motivou a seguir viajando para a América Latina após o estágio. Em São Paulo esteve profissionalmente envolvida na área de produção cultural, mas sempre teve vontade de viajar e morar no exterior. Quando encerrou o curso de Relações Internacionais, aos 25 anos, decidiu ir para Nova Iorque aperfeiçoar o inglês e experienciar a vida cultural da cidade. A ideia era ficar um ano, mas se apaixonou pelo lugar e ‘foi ficando’.
Por lá também se envolveu com produções: atuou no planejamento do evento do 70º Aniversário da UNICEF, que contou com a apresentação da ‘Orquestra Criança Cidadã’ de Recife, em eventos como o Brazilian Explorative Music Festival e o projeto musical Let it Be Bossa. Decidiu, então, fazer um curso de gerenciamento de projetos culturais e captação de recursos na NYU-School of Continuing and Professional Studies e, na sequência, realizou o sonho de cursar um mestrado em Estudos Internacionais com foco nas Américas, no The City College of New York. ‘Minha vida sempre ficou entre produção de eventos, produção cultural e relações internacionais. Atuava nessas áreas separadamente e, em um dado momento, percebi que poderia conectá-las potencializando a minha atuação profissional. Então, na metade do mestrado conseguiu a vaga na Brazilian-American Chamber of Commerce (Câmara Brasileira-Americana de Comércio) de Nova Iorque, quando passou a unir as três grandes paixões. 38
A Câmara de Comércio é uma organização sem fins
lucrativos com foco em fomentar as relações internacionais entre o Brasil e os Estados Unidos e, neste caso, mais particularmente, com a ‘Big Apple’. Agatha é responsável por um dos maiores eventos brasileiros fora do país, o Person of the Year, que acontece em Nova Iorque, e também atua na produção e realização de outros projetos da Câmara.
A premiação ‘Person Of The Year’ é organizada anualmente desde 1970. O jantar de gala reúne cerca de 1000 líderes da comunidade internacional das áreas de negócios, finanças e diplomáticas e têm o objetivo de estreitar os laços entre as duas nações. A cada ano o prêmio homenageia dois líderes em destaque, sempre um brasileiro e um norte-americano, e tem como intuito arrecadar fundos para oferecer bolsas para estudantes brasileiros que desejam fazer mestrado nas melhores universidades dos Estados Unidos. ‘Eu sempre fui muito ligada a projetos sociais relacionados à área da educação e, por isso, apesar do trabalho que este projeto dá – são mais de 6 meses na organização – tenho grande prazer em realizá-lo’. Aos 30 anos, Agatha acumula experiência nas áreas de produção de eventos, produção cultural, captação de recursos e relações internacionais. ‘Nunca sei direito como definir minha atuação profissional quando vou me apresentar, pois acabei me especializando em várias áreas´, explica.
A experiência profissional começou no Brasil, mas o desejo de estudar as relações entre as nações a levou a outros países da América Latina e a necessidade de aperfeiçoar o inglês a atraiu a uma das principais capitais do mundo.
Na Câmara Brasileira-Americana de Comércio de Nova Iorque, Agatha conduz um evento de grandes proporções, que dá oportunidade a brasileiros realizarem o sonho de cursar um mestrado nas melhores universidades norte-americanas. Este ano, pela primeira vez, sob a tutela da brasileira, o ‘Person of the Year’ aconteceu no Museu de História Natural, com a presença inédita de uma orquestra, que reuniu músicos brasileiros da Santa Marcelina Cultura (Brasil) e da escola de música e artes cênicas Juilliard School (Estados Unidos).
QUANDO ME PERGUNTAM DE ONDE EU SOU, SEMPRE DIGO QUE SOU DA BAIXADA SANTISTA
AGATHA SAMUDIO
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ESPECIAL
TEXTO: DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH
As surpresas da
Pesca Esportiva
na região
Uma história que não é de pescador
Não é papo de pescador, não sinhô. O repórter aqui voltou com um robalo no anzol na primeira vez – na vida – em que lançou uma vara ao mar. O tamanho do peixe não vem ao caso e a foto do feito existe, mas preferimos destacar nestas páginas outras fisgadas de maiores quilates.
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Faltava experiência da minha parte, mas sobrava ao Carlinhos, o guia de pesca que nos acompanhava e que escolheu os melhores pontos na região costeira do Guarujá para a prática da pesca esportiva (ou pesca recreativa, aquela praticada por lazer, da qual não depende a subsistência do pescador).
Carlos Eduardo Munhoz Gonçalves, o Carlinhos Skinão, é guia de pesca da Marina Dona Rosa, em São Vicente, com três anos de experiência como profissional, mas pescador desde criança. Foi ele quem nos conduziu numa quase madrugada do que já prometia ser um dia lindo, para um roteiro de seis horas no mar. Partimos do Japuí perto das sete da matina, munidos de 100 camarões vivos, que seriam nossas iscas; caprichados lanches preparados pela Lirian Marcelle, proprietária da Dona Rosa, a marina que leva o nome da avó, fundadora do negócio, e um cooler com refrigerantes e águas. ‘Dispenso os refrigerantes’, falei pra Lirian. ‘Vai levar sim, porque no mar vai dar vontade de adoçar a boca’, respondeu sabendo do que estava falando. Nunca uma coca-cola foi tão bemvinda.
Todos a bordo
A bordo de um barco robaleiro de sete metros, que comporta confortavelmente quatro pescadores, além do piloto, saímos para tentar a sorte. ‘Vou levar vocês nos melhores pontos de pesca da região’, garantiu Carlinhos. Além das iscas vivas, também tínhamos jig head e
jump jig (iscas artificiais), anzóis de robalo, chumbos de 45g e 50g e, claro, varas (de 17 libras). Com este equipamento estávamos aptos a pescar robalos, corvinas, pescadas-amarelas, xaréus, sarabiguaras, galos, sargos, miraguaias, entre outros comuns na região. De acordo com o guia, desde a marina, no Japuí, em São Vicente, até a Ilha dos Arvoredos, em Guarujá, são inúmeros pontos bons para a pesca. Ponta Grossa, Saco do Major, Guaiuba e Praia do Moisés são alguns deles. ‘A Ilha da Moela é um dos melhores lugares, pois só ao redor dela são quase 30 pontos propícios’, explica Carlinhos. ‘Só não pescamos próximo do Parque Estadual Xixová-Japuí, entre São Vicente e Praia Grande, pois ali é área de preservação ambiental’.
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Todos os peixes pescados foram devolvidos ao mar, mas os pescadores podem embarcar o que pescaram, desde que cumpram as normas da polícia ambiental. Cada pescador pode levar 15 kg de peixe mais um exemplar a escolha dele (por exemplo: caso ele pesque um robalo de 8kg, ele pode escolher esse como sendo o exemplar e embarcar mais 15 kg de outros peixes).
TIA FOTO: CHRIS
N JAUCH
FOTOS: ACERVO PESSOAL - CARLINHOS
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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ESPECIAL É preciso também respeitar o tamanho mínimo das espécies e para isso há uma régua desenhada no barco. O Robalo Peva, por exemplo, só pode ser embarcado com mais de 30 cm e o Robalo Flecha, acima de 50 cm. Encontramos muitos barcos robaleiros pelo caminho e alguns já contabilizavam bons peixes. Uma saída para pesca esportiva da Marina Dona Rosa costuma ir das 7h às 17h, mas o tempo vai depender do grupo. ‘Recebemos muitos estrangeiros e eles gostam de parar nas praias afastadas para fazer churrasco, peixe na brasa e até sashimi. Nós é quem preparamos tudo’, conta o quase sushiman Carlinhos. Mais do que um exercício de paciência, a pesca esportiva (nas águas da nossa região, sobretudo), é uma oportunidade de se reconectar com a natureza, contemplar cenários paradisíacos, navegar por vários tons de azuis e verdes, conhecer praias isoladas – e até grutas (se você estiver bem guiado) e, claro, comemorar cada fisgada de sucesso, torcendo para que não tenha sido um peixinho ladrão de isca. Ao desembarcar de volta na Dona Rosa, por volta das 13h, Lirian nos esperava com a mesma alegria com que nos recebeu às 7h, e um delicioso linguado à Belle Mounière, acompanhado de arroz à grega, batata soutê, camarão na manteiga, champignon e alcaparras. Um prato muitíssimo bem servido e mais que suficiente para três famintos pseudo-pescadores.
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TEXTO: DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH
Marina Dona Rosa A Marina Dona Rosa é pioneira na região, especialista na pesca com guias em São Vicente, Santos e Guarujá. Há 20 anos no Japuí, em São Vicente, também é garagem náutica e oferece pesca com reboque (pesca com isca morta). As pescarias têm plano de saída e são monitoradas, o que garante segurança e conforto. As iscas vivas são adquiridas na própria marina, que comporta até 6 mil camarões em tanques especiais. Destaque para o restaurante, que atende por mar e por terra, com pratos de peixes e frutos do mar frescos ou opções com carnes e frangos. As saídas de pesca esportiva com guia e todo equipamento necessário, incluindo a isca viva, custam a partir de R$ 250,00 por pessoa, em barcos para até quatro pescadores.
AV. TUPINIQUINS, 1410 (ESTRADA EM FRENTE AO CORPUS MOTEL), EM SÃO VICENTE. TODOS OS DIAS, TERÇAS, DAS 6H ÀS 18H. TEL. (13)
DE TERRA NO JAPUÍ, MENOS ÀS
3567.1048.
NA EDIÇÃO ANTERIOR (N.8) DA REVISTA NOVE CIDADES NÓS APRESENTAMOS O GUIA DE CONSUMO RESPONSÁVEL DE PESCADOS, DESENVOLVIDO PELA UNIMONTE. VALE CONHECER AS ESPÉCIES QUE ESTÃO EM EXTINÇÃO OU COM ESTOQUE BAIXO. ACESSE PELO QR CODE. WWW, REVISTANOVE. COM.BR
EDUCAÇÃO
Cuidados com a saúde emocional FALTAM RELAÇÕES INTERPESSOAIS E AFETO
Um mundo cheio de mudanças rápidas vem sendo imposto ao homem, que paga um preço alto para viver todas essas transformações: a moeda tem sido a saúde física e psíquica.
Ajuda profissional
A tecnologia, que promove uma pseudo-aproximação tem sido também a responsável por minar as relações interpessoais. ‘As pessoas ainda precisam estar umas com as outras, manifestar e receber afeto. Como seres gregários que somos, nossa construção de identidade se dá sempre com o outro e é influenciada por este outro’, esclarece Denise.
Esse profissional vem sendo requisitado nas empresas para melhorar o ambiente de trabalho e a produção. ‘No mundo corporativo, o psicólogo procura garantir o clima colaborador, favorece a aceitação das diferenças, discute o papel das lideranças, oportuniza a reflexão dos limites e competências de cada um para que as relações interpessoais sejam saudáveis, assim a empresa produz melhor’.
A psicóloga Denise D´Auria Tardeli, coordenadora do curso de Psicologia da Unimonte, diz que as síndromes neuróticas e ansiosas têm se manifestado com frequência ultimamente. Fobias, depressão e crises de ansiedade cada vez mais fazem parte da rotina do ser humano.
O que ela quer dizer é que vivemos a ilusão de fazer parte de um círculo de amigos com mil, duas mil pessoas. ‘Isso não é verdade, aquelas pessoas com quem estamos conectadas virtualmente não podem representar, necessariamente, nosso círculo de amizades’. São relações superficiais, muitas vezes longe de nos fornecer subsídios afetivos verdadeiros.
Saúde emocional As relações interpessoais ainda são a principal ferramenta para amenizar e até resolver esses que são chamados de ‘os males do século’. Segundo a psicóloga, ‘o ambiente familiar, escolar e do trabalho são muito importantes para o bem-estar das pessoas. As relações interpessoais saudáveis, cooperativas, inclusivas e acolhedoras devem ser garantidas para a saúde psíquica de todos’.
Uma coisa, no entanto, é fato: as pessoas que tendem a limitar suas relações às salas de bate-papo virtuais, aplicativos e redes sociais, já estão, de alguma forma, com alguma desestrutura emocional. É importante reforçar que a internet, por si só, não prejudica a saúde emocional das pessoas. ‘Normalmente, a pessoa já está abalada psicologicamente e essa fuga ao mundo virtual potencializa o quadro’, lembra Denise.
Há casos em que melhorar as relações interpessoais não é o bastante e aí é preciso procurar uma ajuda técnica. O profissional da Psicologia vai apontar, problematizar e conscientizar as pessoas do funcionamento do psiquismo humano. ‘Ele pode colaborar na construção da identidade, despertando a reflexão e o autoconhecimento. Não tem receitas prontas, mas pode apontar caminhos a partir dos estudos das teorias e pesquisas da área’, lembra a psicóloga.
Denise explica que é fácil identificar quem está precisando de ajuda, pois, segundo ela, na maioria dos casos, pessoas que estão em depressão, por exemplo, sequer conseguem identificar isso e procurar ajuda. É preciso, então, que alguém o faça por ela. ‘As pessoas em depressão tendem a ficar mais apáticas, pouco participativas, mudam o comportamento, estão sempre desanimadas e evitam se expor’.
Mercado O mercado de Psicologia está em alta até pela variedade de frentes de atuação. O psicólogo atua nas organizações, instituições de todo o tipo, na pesquisa, na clínica e junto às políticas de saúde. A Unimonte está abrindo o curso e tem inscrições disponíveis para Psicologia no Vestibular do 2º semestre 2017. Há turmas de manhã e à noite. Mais informações no www.unimonte.br/vestibular.
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TEXTO: DIEGO BRÍGIDO
RENATO COELHO - SAMSUNG GALAXY J5
NOVE
RODRIGO MONTALDI MORALES - SAMSUNG GALAXY J7
9 fotos da região
feitas com mobile
A TUmobgrafia (TUmob) é um movimento criado em Santos, pelos fotógrafos André Luiz Saleeby e Tom Leal, e o jornalista Maurício Businari, para promover a fotografia produzida em dispositivos móveis e estimular a criatividade e novos olhares sobre fatos, cenas e objetos do cotidiano. O grupo público, criado no Facebook em julho de 2016, já conta com 9 mil membros ativos. Todos os dias, Saleeby e Leal selecionam, entre as dezenas de imagens postadas, a ‘Foto do Dia’, que é repostada com uma edição gráfica especial, divulgando o nome do autor, o local da foto e o aparelho utilizado.
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LILIAN JOLIE - SAMSUNG GALAXY J7
KETHY ALVES – ZENFONE
Entre no grupo e curta a fanpage TUmobgrafia, quem sabe o seu olhar não se destaque por lá também.
TATI ALVES – IPHONE 6
BRUNO MONIN - SAMSUNG GALAXY A7
Pedimos aos curadores do TUmobgrafia que selecionassem nove fotos clicadas com aparelhos celulares em nossa região. Olha que bacana o que o pessoal anda fazendo com os mobiles por aí.
ANA CLAUDIA SZVEIGELT - SAMSUNG GALAXY J5
MARLENE SAGUIR - SAMSUNG GALAXY S6 EDGE
CRISTIANO FREITAS DOS SANTOS - SAMSUNG GALAXY S7
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CHECK-IN
TEXTO: DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: ALEX STARUB / ARIANA GONZAGA
Casa Velha
Mas sempre com novidades O charmoso prédio onde está o Casa Velha – Arte.Comida.Petisco pertence à família desde 1957, onde funcionou por 46 anos o tradicional Magazine New York, bem ali, no movimentado boulevard Othon Feliciano, no Gonzaga, em Santos. Em 2003, Izabel Mello Scapuccin, filha do proprietário, José Montes Soage, assume o negócio da família, com seu marido Paulo Sérgio Scapuccin, e a loja de artigos importados dá lugar ao aconchegante e agitado Casa Velha. Juntamente com as filhas Lívia e Natália Scapuccin, a família resgatou a tradição da comida de boteco, incluindo pitadas de outras culturas no cardápio. A oferta de petiscos e pratos é bastante variada e a cozinha está sob a comando de Natália, que foi estudar gastronomia para assumir os fogões do Casa Velha e que, também, encara o microfone com sua banda vez ou outra.
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A programação cultural fica por conta de Lívia e da cunhada Marina Facundo, produtoras culturais da casa, que trazem músicos da região e projetos diferenciados (como o que você vai conhecer na página ao lado), que dão ainda mais graça e exclusividade ao miolo do bairro mais badalado de Santos. Todos os públicos se encontram por lá e tanto as mesas que ficam no meio do boulevard, quanto as que estão dentro da casa – e agora também lá atrás, no lendário quintal, reúnem boêmios, artistas, famílias, casais, héteros, gays, lésbicas e todos aqueles dispostos ao verdadeiro clima de boteco que respira cultura e diversidade. O CASA VELHA FICA NO BOULEVARD OTHON FELICIANO, 10, NO GONZAGA, EM SANTOS. FUNCIONA TODOS OS DIAS, A PARTIR DAS 9H30. SERVE CAFÉ DA MANHÃ, ALMOÇO, HAPPY HOUR, JANTAR E BOA MÚSICA. PARA CURTIR:
FB.COM/CASAVELHA.ARTE.COMIDA.PETISCO
Cultiva
Cultura Ativa no coração do Gonzaga A turma do Casa Velha – você sabe, aquele queridíssimo e charmosão bar da Boulevard Othon Feliciano, no Gonzaga, em Santos – não para de inventar moda. Família que trabalha unida, inova unida. Lívia Scapuccin, a filha arquiteta do casal de proprietários (aqui na página ao lado você conheceu mais sobre o Casa Velha), sempre buscou destacar o bar na cena cultural santista.
E agora a coisa ficou mais séria: de uma parceria entre a galera do CASA – Coletivo de Arte Santista e o emBAZAR, projeto que a Lívia toca desde 2005, surgiu o CULTIVA – Cultura Ativa. Além dela, integram o projeto, Lincoln Santana, Sarah Antunes e Paula Matta.
A ideia é proporcionar um ambiente de negócios, inspiração, conhecimento e entretenimento, para fortalecer a relação afetiva da população com a cidade e os artistas locais. Para isso, o projeto chega com cinco frentes: loja, mercado, galeria, saleta e armazém.
Loja CULTIVA
Armazém CULTIVA
É uma loja colaborativa, ao lado do Casa Velha, onde pequenos produtores podem alugar um espaço para comercializar a sua marca. A graça do espaço está no mix de produtos e na relação com o consumidor, pois a marca permanece na loja apenas se atingir a meta de vendas, caso contrário, dá espaço para outra.
Um evento mensal que reúne todas as frentes da CULTIVA: loja colaborativa com 25 marcas de pequenos produtores; mercado rotativo com duas marcas de pequenos produtores; galeria com abertura da exposição mensal; saleta, com feira e discotecagem de vinis, além de outras marcas expondo no salão do bar e uma deliciosa área de convivência no quintal, com brechó, sucos, sanduíches, doces e cervejas de pequenos produtores.
Mercado CULTIVA
Um espaço rotativo, na entrada do Casa Velha, onde pequenos produtores, de quitutes e guloseimas, podem comercializar seus produtos por alguns dias da semana. As food bikes pequenas também são bem-vindas.
Galeria CULTIVA
Uma parede-galeria para artistas plásticos e fotógrafos que tenham interesse em comercializar suas artes mensalmente em espaço não convencional, já que a exposição recepciona os clientes do Casa Velha.
Saleta CULTIVA
Um espaço, no quintal do Casa Velha, destinado a palestras, cursos, workshops e encontros para trocas de conhecimento e experiências.
PARA SABER MAIS SOBRE O PROJETO E ACOMPANHAR O CALENDÁRIO, ACESSE: FB.COM/CULTIVA.CULTURAATIVA
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ODJAIR BAENA
CHRISTIAN JAUCH
ODJAIR BAENA
Restrospectiva
1 ano em fotos
CHRISTIAN JAUCH
CHRISTIAN JAUCH
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CHRISTIAN JAUCH
ODJAIR BAENA
CHRISTIAN JAUCH
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