Revista Nove Cidades #2

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CASAMENTOS ANIVERSÁRIOS ALMOÇOS E JANTARES DESFILES FORMATURAS EVENTOS CORPORATIVOS CONFRATERNIZAÇÕES

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A tacada certa para seu evento ser um sucesso.



ÍNDICE

06 ENTREVISTA: João Carlos Pollak 12 CENÁRIO: Palácio das Artes 14 ABRINDO O BAÚ: Cruzeiro Quinhentista 16 #TÁNAPLACA: Rod. Padre Manuel da Nóbrega 18 SAIR PARA COMER: Villa di Pasta 22 UM NOVO OLHAR: Guarujá Golf Club

CAPA

Jogos Olimpicos

24 CHECK-IN: SESC Bertioga 26 CONCIERGE: Bruno Reis

O MUNDO DE OLHO NA BAIXADA SANTISTA

34 ART&FATO: Bike it! Pedaladas Gourmets 36 PERSONA: Índia Itamirim

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38 NOVE: Museus que Valem a Visita 42 COM A PALAVRA: Lúcia Maria Teixeira 44 ROLOU POR AQUI: Lançamento Revista Nove Cidades 46 CAFÉ DAS NOVE: Diego Brígido 48 NOVE INDICA: Guia de Serviços EXPEDIENTE Editor Chefe: Diego Brígido | MTB: 64283/SP Projeto Gráfico e Design: Agência Celeiro.BMD | Christian Jauch Impressão: Nywgraf Editora Gráfica Distribuição Gratuita e Dirigida Anuncie na Revista Nove Cidades: (13) 99167-8068 anuncie@revistanove.com.br

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Fique por dentro

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EDITORIAL

Turismo, Cultura e Lazer na Costa da Mata Atlântica Já começou a contagem regressiva para os Jogos Olímpicos Rio 2016. E, assim como foi com a Copa do Mundo de 2014, a Baixada Santista vai vivenciar a maior competição esportiva do universo bem de perto. Isso porque vamos receber delegações estrangeiras na fase de treino e aclimatação e também porque temos atletas da região já selecionados para várias modalidades. Você vai conferir tudo isso na matéria de capa desta edição. Enquanto ficamos na expectativa, aproveita-

mos para curtir todas as possibilidades que a Costa da Mata Atlântica oferece. A edição de maio também traz nove museus que valem a pena ser visitados na região e um destaque para o Palácio das Artes, na Praia Grande, na editoria Cenário. João Carlos Pollak, gerente geral do Sofitel Guarujá Jequitimar e presidente do Guarujá Convention Bureau, conta sobre sua trajetória na hotelaria e fala sobre o turismo na cidade. E você vai descobrir que o Guarujá Golf Club e o SESC Bertioga estão de portas abertas para convidados. Vai conhecer Itamirim, a índia que luta pela causa indígena em Peruíbe e a galera do Bike It, um coletivo de food bikes, em Santos. E, claro, tem boa gastronomia na editoria Sair pra Comer, que apresenta a deliciosa culinária italiana da Cantina Villa di Pasta, na Praia Grande. Você também vai conferir como foi o coquetel de lançamento da Revista Nove Cidades e muito mais.

Diego Brígido Editor

Bem-vindos à Atlântica Costa da Mata

A vez do leitor! Se você também conhece um cantinho especial da nossa região e quer vê-lo nas páginas da revista ou em nosso portal, envie-nos uma sugestão de pauta. Ou se você vivenciou uma experiência bacana na Baixada Santista e deseja compartilhá-la com os leitores, envie-nos a sua história. Nós acreditamos que grandes projetos são construídos em conjunto.

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JOÃO CARLOS POLLAK PRESIDENTE DO GUARUJÁ CONVENTION & VISITORS BUREAU

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO CHRISTIAN JAUCH

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le podia ter se contentado em ser gerente geral do Sofitel Guarujá Jequitimar, cargo de altíssima

responsabilidade no maior empreendimento da rede Accor na região. Mas João Carlos Pollak resolveu abraçar outros desafios em nome do turismo em Guarujá. Com experiência na hotelaria nacional e internacional, Pollak também é presidente do Guarujá Convention & Visitors Bureau, Diretor Financeiro da Associação Brasileira de Resorts e Vice-Presidente da recém-formada União Nacional de CVBx e Entidades de Destinos – Unedestinos. Confira a entrevista nas próximas páginas e leia mais no portal.

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ENTREVISTA

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ENTREVISTA: JOÃO CARLOS POLLAK VOCÊ PASSOU POR CADEIAS HOTELEIRAS NO BRASIL E NA EUROPA E TAMBÉM ATUOU EM IMPORTANTES HOTÉIS INDEPENDENTES NO PAÍS. FALE SOBRE SUA TRAJETÓRIA NA HOTELARIA. Comecei com estudos no Brasil e um primeiro estágio no antigo Le Méridien, no Rio de Janeiro. Em seguida fui para a Suíça, onde me formei em Gestão Hoteleira, com especializações em Gestão Hospitalar e de Catering. Como eu tenho dupla nacionalidade, optei por ficar um tempo no exterior, onde fiz estágios em hotelaria na Suíça e em Portugal e depois fui trabalhar em um hotel em Londres bastante exclusivo, onde os hóspedes precisavam ser indicados para se hospedar. Foi quando eu ingressei na hotelaria de luxo. Passei por outra experiência na França e voltei ao Brasil. Aqui atuei no antigo Rio Palace, no Intercontinental, Sheraton e, por fim, no Copacabana Palace. Logo depois, fiz um contato com a Accor, que me chamou para trabalhar. Estou no grupo há 21 anos e já participei da abertura de algumas unidades do Novotel e Sofitel no Brasil. Aqui, no Guarujá, estou há 10 anos já. FALE SOBRE A INFRAESTRUTURA DO HOTEL. Um resort de praia, pé na areia, com 301 apartamentos, divididos em 3 blocos e uma infraestrutura de lazer completa, com parque aquático, área kids, spa, quadra de tênis e restaurante com cheff renomado, além de um shopping com 60 lojas, complexo gastronômico e casas noturnas. Sem contar a segurança que proporcionamos aos hóspedes e o fato de se estar dentro de um complexo da marca Sofitel, com gastronomia diferenciada. QUEM É O HÓSPEDE DO SOFITEL GUARUJÁ JEQUITIMAR?

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Preponderantemente paulistas, mas também recebemos estrangeiros que vêm para eventos cor-

porativos e outros que encontram o hotel no site da Accor, que indica nossos hotéis nos 5 continentes. Os estrangeiros chegam aqui e ficam maravilhados com a infraestrutura do hotel, a paisagem local e as belezas da cidade. Nesta temporada, por exemplo, recebemos muitos argentinos, além de chilenos e uruguaios, que já vinham. QUAL A DIFERENÇA ENTRE GERIR UM EMPREENDIMENTO HOTELEIRO NO BRASIL E NA EUROPA? A grande diferença são as pessoas, a educação e a cultura que elas carregam. Um hotel sempre vai ser composto de paredes e camas. Uns terão piscina, outros vão ter spa, mas o que faz a diferença entre um hotel e outro, quando falamos em gestão, são as pessoas. Um europeu não pensa como um sul-americano, por exemplo. Quando nós implantamos os nossos hotéis na Costa do Sauípe, na Bahia, precisamos fazer um grande trabalho social e educacional para conseguirmos priorizar a contratação da população local. Precisamos fazer um trabalho para que eles se adequassem à cultura da empresa e ao mesmo tempo não perdessem suas características, que também são um importante atrativo na hotelaria. Precisamos sempre estar de olho no tripé – hóspede – colaborador – investidor – e trabalhar para agradar os três grupos. O colaborador feliz vai entregar um serviço melhor para o nosso cliente, que, uma vez satisfeito, volta e fala bem, gerando lucro para o hotel e, consequentemente, agradando o investidor, que, no nosso caso, é o Grupo Silvio Santos. O grande desafio é saber entender as necessidades do hóspede para entregar a ele um serviço personalizado. É um serviço feito à mão, feito com o coração. Não é o fazer por fazer, automático. Por isso as pessoas é que fazem a diferença das gestões nos diversos lugares do mundo. COM ESSA VALORIZAÇÃO DAS PESSOAS, A ROTATIVIDADE DE FUNCIONÁRIOS NO HOTEL DEVE SER BAIXA.


No setor de serviços, a rotatividade costuma ser maior, especialmente na hotelaria, mas aqui no hotel, dos 420 colaboradores atuais, devemos ter cerca de 60 que estão conosco desde a abertura. Alguns foram promovidos e transferidos para outras unidades da rede. Essa é uma vantagem de se trabalhar em hotéis de cadeia. A Accor vai abrir até 2020 cerca de 10 mil vagas por ano, em aproximadamente 200 novos hotéis, o que proporciona o crescimento e a rotatividade interna dos nossos colaboradores. Mas para trabalhar com hotelaria é preciso estar preparado e abrir mão de algumas regalias. Aqui no Sofitel nós valorizamos muito o convívio familiar, é preciso vestir a camisa da empresa, mas também entendemos que a família é a base de tudo e por isso buscamos trazer os familiares para dentro do hotel, em datas festivas. Isso também ajuda a manter o colaborador conosco, afinal os maridos, esposas e filhos conhecem o ambiente de trabalho daquele familiar e sabem onde ele passa boa parte do seu tempo. Há hotéis que têm até 70% de rotatividade, aqui nós estamos abaixo de 30%. O HÓSPEDE DO SOFITEL JÁ SENTIU OS EFEITOS DA CRISE OU AINDA É UM PÚBLICO QUE PODE SE HOSPEDAR EM RESORTS COM FREQUÊNCIA? Creio que todos os públicos vêm sofrendo de alguma forma com a crise. Guarujá ainda é um destino sazonal e durante o ano, fora do verão, quem vem para a cidade são turistas de negócios, um público corporativo. Este segmento foi bastante impactado, pois as empresas estão enxugando os custos e realizando menos eventos ou adaptando os seus eventos. Mas o público de resorts ainda não foi muito afetado. Como diretor da Associação Brasileira de Resorts, posso dizer que a temporada de verão foi excelente para os resorts. As pessoas deixaram de viajar para o exterior e estão aproveitando os destinos brasileiros. Aqui no Sofitel Guarujá Jequitimar, tivemos uma temporada similar aos anos anteriores, não notamos

queda. Este verão prolongado também está ajudando, nosso hotel tem estado lotado aos finais de semana e feriados. Em abril, fechamos com cerca de 70% de ocupação, o que é um número bom para o período. POR QUE ACEITAR O DESAFIO DE ASSUMIR A PRESIDÊNCIA DO GUARUJÁ CONVENTION & VISITORS BUREAU? A Accor tem como política se envolver no desenvolvimento do turismo nos destinos onde implanta seus empreendimentos. Desta forma, os gerentes gerais do grupo sempre estão envolvidos em associações e entidades que trabalham pelo fomento do turismo local. A empresa acredita muito no associativismo, na união das forças. A ideia do grupo é que o trade turístico possa crescer jun-

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ENTREVISTA to por meio destas parcerias, em benefício de algo comum. E o Convention Bureau é justamente a entidade local responsável pelo desenvolvimento turístico do destino. Nosso trabalho é divulgar Guarujá e as belezas e atrativos da cidade, para que o próprio morador aprenda a valorizar e seja também um promotor do turismo local.

O QUE DIFERENCIA UM HOTEL DO OUTRO SÃO AS PESSOAS JOÃO CARLOS POLLAK

COMO VOCÊ VÊ A OFERTA HOTELEIRA DA CIDADE, NA BAIXA E NA ALTA TEMPORADA? Na baixa temporada, sobram leitos, com certeza, e na alta, faltam leitos. Mas somente a união do trade vai fazer com que consigamos trazer turistas para ocupar durante todo o ano todos os leitos que nós temos. Precisamos, juntos, criar projetos para que, na baixa temporada, não fiquemos dependendo somente dos eventos, do turismo de negócios. Nós temos atrativos culturais riquíssimos, além do ecoturismo, já com trilhas desenvolvidas e esportes de aventura, temos a Praia do Tombo, que é ‘bandeira azul’, sinônimo de acessibilidade, própria para banho durante todos os dias do ano, com excelente infraestrutura, além de uma marina que também é ‘bandeira azul’. Com tudo isso, há, sim, espaço para mais hotéis, desde que façamos um trabalho em conjunto de promoção do destino. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROJETOS DO GUARUJÁ CONVENTION & VISITORS BUREAU PARA 2016?

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Nosso principal projeto é dar continuidade na promoção do destino. Já temos alguns eventos confirmados na Argentina, Peru e Chile, para promover a cidade para este público. Outro grande projeto é a parceria com a Unedestinos, uma entidade recém-criada, formada pelos principais Convention Bureaux do Brasil e entidades de destinos para fortalecer os destinos turísticos brasileiros. A ideia é, juntos, atrairmos turistas para o Brasil e incentiva-los a conhecer os destinos integrantes da associação. Hoje também temos uma

cadeira no Conselho Municipal de Turismo, onde, juntamente com os demais conselheiros, buscamos aplicar a verba recebida via Fundo de Turismo em projetos em prol da cidade, como o Plano Diretor de Turismo. Buscamos parceria com entidades e universidades para capacitação e qualificação profissional, visando formar uma mão-de-obra de qualidade e estamos organizando, também em parceria com a Unedestinos, o primeiro Fórum de Competitividade, que vai trazer grandes nomes para a cidade, com informações relevantes para o turismo local. O EMPRESÁRIO DO SEGMENTO TURÍSTICO DE GUARUJÁ ENTENDE A IMPORTÂNCIA E O PAPEL DO BUREAU NA CIDADE? Acredito que sim. Nosso quadro associativo é formado por empresas de diversos segmentos, como hotéis, bares e restaurantes, receptivo turístico, empresas de eventos, entre outras, o que nos faz entender que o empresário acredita e entende o


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trabalho do Convention Bureau. O que falta é um maior entendimento da população sobre o nosso trabalho, sobre o quanto que o trade turístico gera de empregos diretos e indiretos e renda para a cidade. Talvez precisemos fazer um trabalho maior com este público. GUARUJÁ AINDA É UM DESTINO DE PRAIA AOS OLHOS DO TURISTA OU JÁ HÁ VISITANTES QUE VÊM PARA A CIDADE COM OUTRAS MOTIVAÇÕES? O CONVENTION BUREAU FAZ ALGUM TRABALHO PARA ESTIMULAR A VISITAÇÃO ALÉM DAS PRAIAS? Fazemos um trabalho bastante intenso de divulgação do destino com suas várias possibilidades: cultural, ecoturismo, gastronomia, lazer. Mas a realidade é que Guarujá é a praia dos paulistas, somos inegavelmente um destino praiano. É preciso um forte trabalho de fomento à visitação de pontos turísticos para que os visitantes enxerguem outras possibilidades e nós temos esta preocupação, principalmente na baixa

temporada, quando as pessoas viajam para outros destinos, porque entendem que Guarujá só tem praias. O HÓSPEDE DO SOFITEL JEQUITMAR TEM À DISPOSIÇÃO INFRAESTRUTURA COMPLETA DE LAZER E SERVIÇOS, ALÉM DA PRAIA PRATICAMENTE DENTRO DO HOTEL E UM SHOPPING AO LADO. NA SUA OPINIÃO ISSO NÃO DESESTIMULA O TURISTA A CONHECER A CIDADE? COMO O POLLAK, PRESIDENTE DO BUREAU, ENXERGA ISSO? Pelo contrário, nós fazemos um trabalho grande junto aos nossos hóspedes de incentivo a conhecer a cidade. Nosso departamento de guest relations cuida exclusivamente disso. Inclusive, acabamos de lançar um aplicativo para mobile que é um guia turístico de Guarujá, com os principais atrativos e serviços. Assim que o hóspede faz o login na rede do hotel, aparece para ele a opção de baixar o aplicativo. Desta forma, estamos estimulando nossos hóspedes a serem turistas na cidade e não ficarem restritos ao espaço do resort.

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CENÁRIO

Complexo Cultural

Palácio das Artes 12

O novo e o velho estão em perfeita harmonia neste palácio de seis mil metros quadrados logo na entrada de Praia Grande. Do lado de fora, ao longe se avista uma fachada imponente com ares neoclássicos. Quem entra, encontra um espaço moderno e amplo, que abriga o Museu da Cidade, a Galeria Nilton Zanotti, o Teatro Serafim Gonzalez e o Salão de Eventos, com capacidade para 600 pessoas.

O destaque está no gigante lustre com 12 mil pedras de cristal e 120 lâmpadas, que pesa cerca de 350 quilos e faz alusão ao clássico o Fantasma da Ópera. Um enorme terraço no andar superior abriga esculturas e proporciona uma visão panorâmica da cidade.

A Galeria Nilton Zanotti é um espaço de exposições, com 320 metros quadrados, climatizado e com


POR: DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: ODJAIR BAENA

iluminação adequada para abrigar obras diversas em 40 módulos expositivos, nos padrões exigidos por importantes instituições. O Teatro Serafim Gonzalez comporta 513 pessoas, com acomodações confortáveis, elevador para portadores de necessidades especiais e um aconchegante foyer que divide a atenção do público entre uma vista inusitada da Mata Atlântica e peças de cerâmica marajoara, que homenageiam a professora Gabriela Diaz Sterque, precursora da cena cultural de Praia Grande.

O PALÁCIO DAS ARTES FICA NA AV. PRESIDENTE COSTA E SILVA, 1600, NO BOQUEIRÃO, EM PRAIA GRANDE. O TELEFONE PARA INFORMAÇÕES É (13) 3496.5713.

O MUSEU DA CIDADE VOCÊ VAI CONHECER MELHOR NA MATÉRIA ‘NOVE MUSEUS QUE VALEM A VISITA’, NAS PRÓXIMAS PÁGINAS OU EM NOSSO PORTAL, ACESSANDO PELO QR CODE OU PELO ENDEREÇO WWW.REVISTANOVE.COM.BR.

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ABRINDO O BAÚ

Cruzeiro

a t s i t n e h n i Qu

a d e t r a p a o b , o ã t a b u Em C o iã g e r a d e il s a r B o história d

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POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO DIVULGAÇÃO SRC&VB

Uma cruz, esculpida em blocos de granito natural, revestida com azulejos pintados à mão, é um dos seis monumentos do núcleo Caminhos do Mar, projetados por Victor Dubugras. O Cruzeiro, juntamente com os demais monumentos, foi construído em 1922, a pedido do Presidente do Estado de São Paulo, Washington Luiz de Souza, em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil. O Cruzeiro Quinhentista é a única das obras que se encontra na planície, instalada entre o Caminho do Mar e o antigo Caminho do Padre José de Anchieta. A escultura apresenta no seu centro as datas de 1500 e 1922 e os nomes dos colonizadores jesuítas Tibiriçá, José de Anchieta, Mem de Sá, Manuel da Nóbrega, Leonardo Nunes, Martim Afonso de Sousa e João Ramalho. O Caminho do Mar foi a primeira estrada pavimentada em concreto armado na América Latina e,

durante muito tempo, a principal via de ligação entre o planalto e o litoral. Sucedeu a Calçada do Lorena (mais tarde Estrada da Maioridade), construída a pedido de Bernardo José de Lorena, o conde de Sarzedas – que governou a capitania de 1788 a 1795 – para melhorar o caminho utilizado por viajantes e tropeiros na Serra do Mar. VISITAÇÃO

A visitação ao Parque Estadual da Serra do Mar é aberta de quinta a domingo, das 9h às 16h, mediante agendamento prévio (pelo e-mail ecoturismo@fflorestal.sp.gov.br ou pelo telefone 11 2997.5026, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h). O valor do ingresso é R$ 28,00. Estudantes pagam meia e professores da rede pública, menores de 12 anos e maiores de 60 anos são isentos.


#TÁNAPLACA

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO KATIA DOENZ

Padre Manuel da Nóbrega

O jesuíta que virou rodovia Você certamente já cruzou a Rodovia SP-55, a Padre Manuel da Nóbrega, para se deslocar na Baixada Santista. Ela parte de Cubatão e vai até Peruíbe, chegando a Miracatu, no Vale do Ribeira. A estrada começou a ser construída em 1951, mas só foi inaugurada dez anos depois, em 1961. De grande importância para o desenvolvimento econômico e turístico da região, facilitou o acesso ao litoral sul – que antes era precário – por carros e linhas de ônibus, que hoje ligam a Baixada Santista à capital paulista e a outros estados. Muitos ainda conhecem a rodovia como Pedro Taques, nome que era dado ao trecho que ia da Via Anchieta, em Cubatão, até a Curva do ‘S’, em Praia Grande. Este trecho, hoje, está sob concessão privada do Sistema Anchieta-Imigrantes, mas também passou a integrar a Manuel da Nóbrega.

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Quem foi Manuel da Nóbrega? Um missionário jesuíta português, que comandou a primeira missão jesuítica na América, quando aqui chegou em 1549, na armada de Tomé de Souza. Catequisou os índios e promoveu campanha contra a antropofagia e a exploração pelo homem branco. Percorreu todo o nosso litoral, ainda antes de José de Anchieta, e foi o responsável por desbravar a Serra do Mar, para subir o planalto de Piratininga e fundar a vila de São Paulo.


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SAIR PARA COMER

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POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO DIVULGAÇÃO

VILLA DI PASTA

Para deixar qualquer Nona com água na boca Pode esquecer aquela ideia de que para comer uma boa pasta é preciso subir a serra. A Baixada Santista ganhou, no final do ano passado, mais uma excelente cantina italiana para deixar a nona mais exigente boquiaberta. A Villa di Pasta abriu na Praia Grande, bem no miolo do Boqueirão, para alegria dos apaixonados pela culinária italiana. A casa inaugurou em novembro, mas a equipe de 12 funcionários, todos com larga experiência em cantinas, já estava contratada quatro meses antes. Isso para que eles pudessem ser treinados, provassem as criações do chef Marcos Rillo e conhecessem bem as expectativas dos sócios – pai e filho – Wilson e Samuel Rocha. O que se vê é um atendimento amistoso e muito competente, do início ao fim. O chef vai às mesas para ouvir os clientes e os garçons são treinados para ajudar na escolha do vinho, apesar de a cantina manter um sommelier. Aconchegante como a casa da vó e profissional como todo bom restaurante deve ser. A ideia, segundo Samuel, era trazer a boa e tradicional culinária italiana com um toque contem-

porâneo e garantir uma comida saborosa e bem apresentada. Outra preocupação era propor opções mais elaboradas, que fugissem do trivial, com ingredientes diferenciados.

Atenção nos detalhes A preocupação com a apresentação dos pratos é tão grande que mesmo as opções para duas pessoas, que chegam em bandejas à mesa, ao serem servidas nos pratos são montadas com a mesma apresentação dos pratos individuais. Cada garçom foi treinado pelo chef para esta execução. Para Samuel, faltam opções de bons restaurantes na Praia Grande e a aposta na culinária italiana se deu pois não havia nenhuma cantina na cidade. ‘Eu não tinha o hábito de comer pasta, mas certa vez visitamos uma cantina em São Paulo e experimentamos uma lasanha verde deliciosa. Quando voltei comecei a pesquisar esta culinária e decidi que abriria uma cantina aqui, principalmente porque seríamos os primeiros e as pessoas costumavam sair da cidade para comer massa’.

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SAIR PARA COMER

Mangia che te fa bene! As especialidades da casa incluem massas com recheio de queijo de cabra ao molho de whisky (acredite, você jamais vai esquecer o sabor deste prato); cordeiro, queijo brie e molho de laranja; gruyere, figo e molho de espumante e muitas outras novidades. Para os mais tradicionais, é claro que tem os clássicos – com massa artesanal, vale dizer – alla carbonara, al pomodoro, al pesto, al frutti di mare e tantos outros. E tem lasanha, rondelli, cannelloni e gnocchi com apresentações exclusivas. Quem não abre mão de uma boa carne para acompanhar a massa vai encontrar opções como um filé mignon recheado com gorgonzola, com molho de vinho tinto (campeão no Trip Advisor), o medalhão de mignon ao molho de pimenta verde e risoto de alho poró, um mignon grelhado com crosta de castanha do Pará e redução de vinho tinto ou ainda o bom e repaginado biffe alla parmegiana, entre muitos outros. Peixes e frutos do mar, como o disputado polvo grelhado com batata e páprica picante também estão no cardápio, além das muitas variedades de risotos – com frutos do mar, camarão flambado no conhaque, vinho branco com gorgonzola e pera e mais três opções. Durante a semana, de terça a sexta, no almoço, há opções de pratos executivos, para atender o público que trabalha na região. Já à noite e aos finais de semana, um bom vinho italiano é uma

excelente companhia, ainda que a carta de vinhos seja bem eclética. As sobremesas também disputam a atenção dos clientes na Villa di Pasta. São opções que vão desde o avassalador Grand Gateau e a delicada Ondata di Cioccolato, passando pelos italianíssimos Tiramisú e Cannoli Siciliano até os tradicionais cheesecake, frutti di bosco (sopa fria de frutas vermelhas) e, claro, os gelatos italianos. Excelente gastronomia, atendimento de primeira e ambiente aconchegante para um jantar romântico, um encontro de amigos, um almoço de negócios e, claro, para uma reunião em família com direito à folga da nona na cozinha. Mangia che te fa bene! *Gnocchi com ragu de costela QUE TAL APRENDER A FAZER UM DOS PRATOS TRADICIONAIS DA CASA? VEJA EM NOSSO SITE A RECEITA. WWW.REVISTANOVE.COM.BR

RUA MOCÓCA, 131 – BOQUEIRÃO, PRAIA GRANDE TELEFONE: (13) 3034.4131 FUNCIONAMENTO: TERÇA A SEXTA, DAS 11H30 ÀS 15H E DAS 19H ÀS 23 SÁBADOS, DAS 12H ÀS 16H E DAS 19H ÀS 24H DOMINGOS, DAS 12H ÀS 16H30 E DAS 19H ÀS 22H30 CARTÕES: TODOS OS CARTÕES DE DÉBITO E CRÉDITO, SODEXO, ALELO E VR. AR CONDICIONADO RESERVAS PARA EVENTOS

*Gnocchi com ragu de costela

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UM NOVO OLHAR

Guarujá Golf Club

DE PORTAS ABERTAS Pode esquecer aquela imagem de esporte para poucos, inalcançável para os bolsos da maioria dos mortais, que você sempre teve sobre o golfe. Se havia pouca divulgação desta categoria esportiva, os Jogos Olímpicos de 2016 ajudarão a popularizar esta prática que está na rotina dos escoceses desde o século XV. E aqui na Baixada Santista quem se encantar por este solitário e reflexivo jogo de tacos, tem para onde correr. Ou melhor, tem para onde caminhar. Elegantemente. Prestes a completar 56 anos de existência, o Guarujá Golf Club é um daqueles locais da Baixada Santista que nos faz esquecer que estamos próximos à área urbana. Emoldurado pela mata atlântica, com árvores nativas, o campo de onze buracos está próximo à Praia de Pernambuco e abriga inúmeros pássaros, como quero-queros, patos selvagens, garças, sabiás, juritis, tucanos, canários da terra, além de outros animais, como caxinguelês, lagartos, capivaras e lontras. Nos lagos espalhados pelo clube, peixes de diversas espécies dão ainda mais vida ao local.

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São 76 sócios que usufruem do campo em partidas que duram cerca de quatro horas para o jogo de 18 buracos, com quatro jogadores em média. Segundo o presidente do clube, o advogado José Rubens Gunther, é muito comum os sócios levarem convidados para desfrutarem de partidas em meio a este paraíso. ‘Temos duas categorias de sócios: os proprietários, que compram um título do clube, e os contribuintes, que apenas pagam a mensalidade, por um ou dois anos’. Em ambos os casos é possível levar acompanhantes não-sócios, desde que sejam adquiridos os green fees, que são convites que permitem a entrada de convidados no clube. ‘Geralmente o sócio adquire um pacote promocional, que dá direito a 10 green fees e vai usufruindo durante o ano’, afirma o presidente. Além do campo, todo plano, o clube dispõe de um restaurante com visão privilegiada, em meio ao cinturão verde que abraça a sede administrativa, e uma quadra de tênis. As casas que margeiam o clube dão um charme especial às partidas e garantem a exclusividade do Guarujá Golf Club.


POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO CHRISTIAN JAUCH

‘O nosso campo é um campo natural, pois foi construído respeitando o meio ambiente e as características locais. Há uma preocupação muito grande com os cuidados ambientais, pois temos árvores que não podem ser cortadas, já que fornecem frutos para algumas espécies de pássaros’, afirma Gunther. O mais bacana é que existe um esforço da atual gestão para desconstruir a imagem elitista que se tem com relação ao golfe. A ideia do presidente é abrir as portas do espaço à sociedade para disseminar a cultura deste jogo e movimentar o clube. ‘O clube não é para ricos, é para todos’, alega. O quadro associativo do Guarujá Golf Club é composto 90% por paulistanos que têm casas de temporada na cidade e que vêm aos finas de semana. Um dos principais projetos do presidente é trazer alunos das escolas locais para conhecerem o clube e este esporte ainda novo no Brasil. ‘A ideia é criarmos clínicas de golfe para, quem sabe, ajudarmos a construir futuros jogadores e campeões que representem a cidade, principalmente agora que o golfe virou um esporte olímpico’, comemora Gunther. Ainda existe uma herança escocesa no golfe, que se revela, principalmente, no que os golfistas chamam de dress code, o código de vestimenta para estar no campo. Por ser considerado um esporte elegante e apesar da política do clube de democratizá-lo, ainda existe uma

convenção quando se fala nos trajes para jogar. Em qualquer clube se espera que os jogadores estejam devidamente trajados, com roupas alinhadas. Camisetas regatas, tops, roupas de praia e chinelos nem pensar. De acordo com o presidente, o golfe é um esporte que gera negócios, pois durante as partidas, os golfistas tendem a conversar sobre trabalho. E por isso o dress code é importante, pois estar bem trajado nas partidas traz credibilidade. O clube está aberto à locação para eventos, para sócios e não-sócios, que podem usufruir do restaurante fechado, com ar-condicionado, e também do campo, um cenário de tirar o fôlego. Vale uma visita despretensiosa para conhecer este paraíso, bem próximo ao Sofitel Guarujá Jequitimar, aberto todos os dias da semana.

"O CLUBE NÃO É PARA RICOS, É PARA TODOS" JOSÉ RUBENS GUNTHER PRESIDENTE DO GUARUJÁ GOLF CLUB

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CHECK IN

Você também pode desfrutar deste paraíso

SESC BERTIOGA

Mais de 400 mil metros quadrados estão à disposição de comerciários e convidados no Centro de Férias SESC Bertioga. São 38 mil metros quadrados de área construída, que contam com um grandioso parque aquático, complexo aquático infantil, ginásio poliesportivo, quadras de tênis e paredão, campos de futebol oficial e minigolfe, bocha, pesca esportiva, spa, sala de ginástica, redário, capela, centro de educação ambiental, viveiro de plantas, casa do caiçara, restaurante, lanchonete, sala de jogos, sala de tecnologia e artes, loja e, claro, um complexo hoteleiro composto de 50 casas e 10 conjuntos de apartamentos com capacidade para mais de 1000 hóspedes. Em cada conjunto há dois

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apartamentos adaptados para pessoas portadoras de necessidades especiais. Você pode estar pensando: ‘grande coisa, não trabalho no comércio e não posso usufruir deste complexo’. Aí é que você se engana, pois há duas formas de curtir este paraíso mesmo que sua empresa não seja contribuinte do Serviço Social do Comércio. A primeira é ser convidado de alguém que tem a carteirinha do SESC – cada comerciário pode levar até dois convidados, além dos dependentes diretos, para curtir um período de hospedagem, que pode ser de duas diárias e meia, quatro diárias e meia ou seis diárias e meia.


POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS CHRISTIAN JAUCH

A segunda opção não inclui hospedagem, mas é aberta para qualquer pessoa se inscrever, sem a necessidade de um comerciário junto – é o Turismo Balneário. Basta adquirir um ingresso em qualquer unidade do SESC no estado de São Paulo e curtir um dia inteiro, usufruindo de todo o complexo de lazer e atividades programadas para o período. No valor do ingresso também estão inclusos alimentação (conforme o pacote adquirido), estacionamento e vestiário. Mas, atenção: devido à grande procura, no caso do Balneário, é preciso adquirir os ingressos com 30 dias de antecedência. Já no caso do pacote de acomodação, o comerciário precisa se inscrever no sorteio para concorrer às vagas, que, normalmente, acontece 5 meses antes do período da hospedagem. O complexo tem programação intensa, que começa às 9h da manhã e vai até as 23h, com shows, peças de teatro, sarais, atividades recrea-

tivas e esportivas, além de passeios externos para fazer trilhas por Bertioga, visitar a aldeia indígena ou vivenciar os atrativos culturais locais. Outro diferencial: o resort está à beira-mar e oferece atividades e infraestrutura na praia também. Inclusive, uma parceria com a Prefeitura de Bertioga permite que cadeirantes possam entrar no mar utilizando cadeiras anfíbias. Em total equilíbrio e harmonia com a natureza, o Centro de Férias SESC Bertioga é um espaço democrático que promove atividades para todos os públicos e também mantem espaços para quem busca o sossego, a meditação e a contemplação dos 995 mil metros de área verde preservada, no Sopé da Serra do Mar.

PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS POLÍTICAS DE RESERVA E HOSPEDAGEM, ACESSE O NOSSO PORTAL PELO QR CODE OU PELO ENDEREÇO WWW.REVISTANOVE.COM.BR

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CONCIERGE

ILUSTRAÇÃO: CHRISTIAN JAUCH

Uma lâmpada maravilhosa,

com um gênio dentro, por favor?! Quem não gostaria de, caminhando por aí, tropeçar em uma lâmpada maravilhosa, com um gênio, capaz de realizar qualquer desejo? Bem, todos nós, quando adquirimos produtos ou ordenamos a prestação de serviços estamos, assim como o Aladdin de Walt Disney, querendo que nossas necessidades e expectativas sejam atendidas. Mas, se as pessoas são diferentes, como as empresas - e os gênios - atenderão a todos e satisfarão, plenamente, pelo menos, a maioria? BRUNO REIS Publicitário, bacharel em turismo, especialista em comunicação organizacional e relações públicas e guia de turismo. Há 13 anos atua no mercado de hospitalidade e comunicação na Baixada Santista e Capital.

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É bom que se tenha em mente uma das boas teorias da comunicação: querer falar com todos é o primeiro passo para não falar com ninguém. Ou seja, discursos padronizados, processos engessados e atendimento automático farão qualquer um desejar ter desviado da lâmpada e ir buscar, em outro gênio - e empreendimento, mais satisfação. Neste último mês, algumas experiências, boas, me mostraram, contudo, que há prestadores de serviços atentos, verdadeiramente, às pessoas e sua multiplicidade e que buscam, durante a experiência, radiografar o cliente e entregar a ele tudo o que deseja. Na Brooksfield, loja de vestuário - bárbara no Praiamar Shopping em Santos, a ‘Jô’, como a vendedora prefere ser chamada, foi e voltou dezenas de vezes do estoque, sorridente, em busca das peças perfeitas. E não parou por aí: durante a medição da barra da calça, não hesitou em ajoelhar-se, literalmente, aos pés de quem a provava, na busca pela altura mais adequada, num gesto de desprendimento e cuidado absolutos.

As altas temperaturas na Costa da Mata Atlântica nos últimos meses também serviram à eficiente abordagem do garçom Márcio do restaurante italiano Villa Di Pasta, em Praia Grande. “Os senhores gostariam de mesa com ou sem ar condicionado?”, perguntou ele, logo após o “Sejam bem-vindos”, nos conduzindo até a deliciosa mesa “abaixo de zero”. Era exatamente o que eu precisava naquele momento. Ele, embora estivesse desde cedo em meio ao clima controlado, não deixou de perceber a realidade pós-porta de entrada. Muitos pontos para ele! Por fim, na “cinquentona” Experimento, agência de intercâmbio também em Santos, a amabilidade e empatia da equipe surpreendeu. Porque ainda que seu atendimento, aos sábados, seja até 13 horas, quando disse à consultora Nathalia que, provavelmente, chegaria depois, ouvi dela o sonoro e acolhedor “perfeitamente”. Ela estaria a minha espera e nada mais importava. Somente eu! E que venha junho, mês que antecede a passagem da Tocha Olímpica Rio 2016 pela região. E, bem ao estilo do revezamento [mão em mão], falarei sobre a propaganda, boa e ruim, boca-a-boca.


GUARUJÁ


CAPA

Jogos Olímpicos O MUNDO DE OLHO NA BAIXADA SANTISTA

MAIS DE 10 MIL ATLETAS DE 206 PAÍSES ESTARÃO REUNIDOS NO BRASIL DE 5 A 21 DE AGOSTO PARA OS JOGOS OLÍMPICOS E OUTROS MAIS DE 4 MIL, VINDOS DE 176 PAÍSES, ESTARÃO POR AQUI PARA OS JOGOS PARALÍMPICOS, DE 7 A 18 DE SETEMBRO. SERÃO, AO TODO, 834 PROVAS DISPUTADAS NESTE QUE É CONSIDERADO O MAIOR EVENTO ESPORTIVO DO PLANETA.

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POR DIEGO BRÍGIDO

Santos já tem atletas de quatro países confirmados – Itália, Japão, Rússia e Eslovênia – e está em negociação com o Egito (*). Os italianos se classificaram para natação e triátlon, assim como os eslovenos; já a Rússia, vem treinar natação e maratona aquática e os japoneses, maratona aquática. Ao todo são 162 pessoas entre atletas, equipes técnicas e acompanhantes, que estarão na cidade entre 20 de julho e 18 de agosto quando partem para o Rio de Janeiro. Conforme explica o Secretário de Esportes de Santos, Alcídio Michael Ferreira de Mello, o Cidão, existe um comitê olímpico atuante desde 2015, presidido pelo Prefeito Paulo Alexandre Barbosa e composto por ele e outros secretários municipais, além da sociedade civil organizada e atletas, como Danielle Zangrando e Paulo Miyashiro, que integram a Fundação Pró-Esporte de Santos (Fupes). ‘Esta não é uma realização da prefeitura, é um evento da cidade. O poder público não tem equipamento esportivo para acolher todas as modalidades, por isso a parceria com a Unisanta, SESC e os clubes da cidade é fundamental', explica Cidão. O trabalho de prospecção de delegações para a cidade vem sendo feito há alguns anos, mas há cerca de um ano e meio a prefeitura tem participado ativamente

de encontros realizados no Rio de Janeiro que dão às cidades interessadas a oportunidade de apresentar sua infraestrutura às delegações olímpicas. ‘No último encontro, chamado Chefes de Missões, apenas cinco cidades do Brasil estavam presentes para conversar com os líderes das delegações e nós estávamos lá, juntamente com Guarujá'. O comitê local criou a página bilíngue Santos Olímpica na internet (www.santos.sp.gov.br/santosolimpica/), que apresenta toda a infraestrutura esportiva e as modalidades possíveis de serem recebidas, além de mostrar a cidade em detalhes, com informações sobre turismo, rede hoteleira, gastronomia, dados climáticos, localização, segurança, qualidade de vida e muito mais. ‘Preparamos também uma carta-convite para enviar às delegações, apresentando nossa candidatura’, explica o secretário. Para garantir a segurança dos atletas e comissões técnicas, o comitê está organizando um esquema logístico em parceria com a CET, guarda municipal, polícia militar e exército, que já foi experimentado durante um evento-teste, em abril, quando a cidade recebeu atletas da ginástica artística e ginástica rítmica da Bélgica, Korea, Canadá, Noruega e Azerbaijão. A ação envolveu polícia militar do estado de SP, polícia rodoviária, secretaria de saúde e aeroporto de Guarulhos. Há também um trabalho em parceria com a Secretaria de Turismo para promover os atrativos da cidade aos atletas e acompanhantes que estarão por aqui no período de treinos.

ESTA NÃO É UMA REALIZAÇÃO DA PREFEITURA, É UM EVENTO DA CIDADE

Foto: Divulgação

Quem não garantiu ingressos para assistir às competições no Rio de Janeiro, poderá vivenciar o clima olímpico no período pré-jogos aqui na região. A exemplo da Copa do Mundo de 2014, quando Santos e Guarujá hospedaram delegações internacionais, para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a Baixada Santista também receberá atletas no período de treinos e aclimatação. As duas cidades integram o hall de mais de 160 locais de treinamento pré-jogos em 18 estados brasileiros.

CIDÃO SECRETÁRIO DE ESPORTES DE SANTOS

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CAPA Marcelo Teixeira já foi integrante do comitê que organizava o Campeonato Mundial de Clubes, na FIFA, e trabalhou bastante, no período pré-Copa, para que a região recebesse delegações. Ele acredita que esta experiência na Copa do Mundo e a projeção que a Baixada Santista teve ajudaram no resultado positivo para os Jogos Olímpicos.

Parque aquático de primeira Todas as delegações confirmadas até o momento utilizarão a estrutura da Unisanta para os treinos. Para o Pró-Reitor administrativo, Marcelo Pirilo Teixeira, a escolha da universidade pelas equipes se deu principalmente em virtude da praticidade do complexo esportivo, que reúne piscinas – uma olímpica aquecida, com teto retrátil e uma semiolímpica aquecida coberta –, academia e salas ambientes específicas, além das clínicas e laboratórios de fisioterapia e fisiologia, que estarão à disposição das delegações. A Unisanta é referência em competições esportivas internacionais – principalmente aquáticas, que projetam a universidade mundialmente. ‘Por isso, muitos atletas que participarão dos Jogos Olímpicos já conhecem o nosso complexo e isso facilitou muito na decisão’, completa. A universidade também faz um trabalho de prospecção de delegações junto aos Comitês Olímpicos Nacional e Internacional, em parceria com a prefeitura. É MOTIVO DE MUITO ORGULHO TER ALUNOS REPRESENTANDO O PAÍS NA PRINCIPAL COMPETIÇÃO ESPORTIVA DO PLANETA MARCELO TEIXEIRA PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO

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Nossos atletas no Rio A Baixada Santista será representada na competição, por enquanto (*), por sete atletas, todos alunos da Unisanta. São seis olímpicos – três na natação, dois na maratona aquática e um no ciclismo – e um paralímpico, no tênis de mesa, além de três técnicos

Foto: Elaine Brazão

Foto: Ivan Storti

O Novotel, hotel da rede Accor, em Santos, irá hospedar a equipe de natação da Eslovênia, mas também já há delegações em negociação com outros hotéis da cidade. Para o gerente geral do Novotel, Alexandre Preto, ‘o esporte está no DNA de Santos, além disso, a cidade tem uma excelente infraestrutura hoteleira, o clima similar ao do Rio de Janeiro e o comitê Santos Olímpica tem feito um excelente trabalho na busca de delegações. Todos estes fatores foram fundamentais para que a cidade e o Novotel pudessem fazer parte da história dos Jogos Olímpicos no Brasil’, comemora.


que acompanharão os esportistas. ‘Para a Unisanta, que sempre fez um trabalho que alia a educação ao esporte, é motivo de muito orgulho ter alunos representando o país na principal competição esportiva do planeta, no Brasil’, comemora Teixeira.

Guarujá está no páreo O Guarujá, que também fez bonito na Copa do Mundo, quando recebeu a delegação da Bósnia e Herzegovina e deu uma aula de hospitalidade ao mundo, faz, desde então, um trabalho de captação de equipes para o Jogos Olímpicos. Capitaneados pela Secretária de Turismo, Maria Eunice Leão Grötzinger, a equipe da Secretaria, juntamente com outros parceiros do poder público e da iniciativa privada preparou um diagnóstico da cidade, para identificar as potencialidades a serem exploradas.

Além de elencar os equipamentos esportivos que poderiam ser ofertados às delegações estrangeiras, a Secretaria de Turismo preparou o ‘Host – Guia de Acomodação de Guarujá’. O guia, trilíngue, apresenta parte da oferta hoteleira da cidade, com informações detalhadas sobre cada meio de hospedagem, para facilitar a decisão das equipes. Maria Eunice conta que a ideia inicial do Host era apresentar as opções de hospedagem para os Jogos Olímpicos, ‘mas a receptividade dos empresários locais foi tão boa, que virou um material-referência na cidade e já estamos lançando a segunda edição, com novos integrantes’. Assim como o comitê de Santos, a equipe da Prefeitura de Guarujá também esteve presente nos encontros promovidos pelo Comitê Olímpico, no Rio de Janeiro, quando pode interagir com quase 200 países, que receberam o material promocional da cidade para os Jogos Olímpicos. ‘Também estivemos na Europa con-

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CAPA Foto: Christian Jauch

DURANTE NOSSAS VIAGENS DE CAPTAÇÃO, FOMOS NOTICIADOS PELA IMPRENSA DE VÁRIOS PAÍSES EUNICE LEÃO GRÖTZINGER SECRETÁRIA DE TURISMO DE GUARUJÁ

versando pessoalmente com as delegações de alguns esportes que identificamos com o perfil de treinarem em nossos equipamentos’, explica a Secretária. Em Guarujá também há uma parceria bastante consolidada com a iniciativa privada, principalmente hotéis, ginásios e o Golf Club para que seja ofertado o maior número de modalidades possível.

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Para Eunice, a candidatura a local de treinamentos já proporciona à cidade mídia espontânea no mundo todo. ‘Durante nossas viagens de captação, fomos noticiados pela imprensa de vários países, o que já nos deu muita visibilidade’. Ela completa que após a Copa, Guarujá recebeu muitos estrangeiros, motivados pela projeção na mídia. ‘Vamos fazer o mesmo com as Olimpíadas, usar este momento para apresentar nossa cidade ao mundo’. Já há tratativas adiantadas com a equipe de vôlei de praia da Holanda para que se hospede em Guarujá, mas é preciso esperar que o time se classifique para os Jogos.

A região tem rede hoteleira que atende às delegações de diversas modalidades, boa infraestrutura de serviços e equipamentos esportivos, clima e altitude semelhantes ao Rio de Janeiro e é reconhecida mundialmente como um celeiro de atletas. Mais uma vez estaremos em destaque mundial, mostrando que temos muito mais que belas praias. Enquanto isso, ficamos todos na torcida para que a Baixada Santista faça bonito nas telinhas do mundo todo.



ART&FATO

BIKE IT!

s t e m r u o G s a Pedalad

Eles se conheceram em um Encontro de Criadores, em Santos, em setembro de 2015. A união se deu por empatia e por enxergarem oportunidades no trabalho em conjunto. Danilo Suzuki, de 33 anos; Alexandre Vicente, de 38 anos; Milena Graziela Silva, de 34 anos e Willy Xavier, de 27 anos já tinham as suas food bikes, cada uma especializada em um segmento.

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O Danilo é o cara do café e a bike dele é a Café Encontro, em alusão à maneira como conheceu a esposa, Jaqueline Suzuki – em uma cafeteria da cidade. O Alexandre tem a Bem Querer Delivery e vende saladas de frutas diferenciadas. A Mile-

na, única menina entre os quatro, pedala a Dona Chita e carrega os já famosos brigadeiros – tradicionais e autorais. E o Willy vende sanduíches naturais na sua Sandubike. Todos enxergaram nas bicicletas uma alternativa criativa para melhorar a renda e ainda por cima ajudar a saúde. A rotina deles é diferente, já que a bike do Danilo, por ser a maior, normalmente só participa de eventos fechados ou está em frente a algum estabelecimento gastronômico de Santos. Aliás, foi durante uma feira de artesanato e moda que batemos um papo com ele sobre a iniciativa. A Milena se divide entre o emprego em Santos – ela


POR DIEGO BRÍGIDO • ARTE: CHRISTIAN JAUCH

SE VOCÊ NÃO QUER ESPERAR PARA ENCONTRA-LOS POR AÍ, SEGUEM OS TELEFONES: CAFÉ ENCONTRO (99692.7668), BEM QUERER DELIVERY (99677.3003), DONA CHITA (99748.9175) E SANDUBIKE (98841.6008).

mora em Guarujá – e as pedaladas gourmets, então, além de participar de eventos com a bike, ela faz delivery com agendamento. O Willy pedala 20 quilômetros por dia e chega a vender 600 sandubas por mês no sistema de delivery. Ele começou a vender os sanduíches – que aprendeu a fazer com a mãe – no emprego. Como fazia sucesso entre os colegas, decidiu investir na bike. E o Alexandre, que tinha um emprego em São Paulo e subia e descia a serra todos os dias, agora também pedala 20 quilômetros diariamente, entregando cerca de 50 potinhos de saladas de frutas. No Encontro de Criadores descobriram que tinham vários pontos em comum: a veia empreendedora, o estilo de vida saudável, pois já eram

adeptos das pedaladas e sacaram que seus produtos se complementavam. Criaram, então, o coletivo de food bikes ‘Bike it – Gastronomia Itinerante’, com o propósito de oferecerem juntos opções gastronômicas com criatividade e praticidade. O projeto ainda está sendo construído e deve ganhar novos adeptos em breve. De acordo com Danilo, ‘a ideia do coletivo é que eles possam participar juntos de eventos e oferecerem uma praça de alimentação sobre rodas, com diversas opções’. Como o coletivo é recente, muitas ações ainda estão sendo implementadas, mas já é possível encontra-los – sozinhos ou juntos, pedalando ou parados – pelas ruas de Santos.

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PERSONA

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO ODJAIR BAENA

Itamirim

‘Eu sou a pedra pequena e este nome me fortalece’ Seu nome, Itamirim, ‘pedra pequena’ em tupi-guarani, não traduz a força de sua atuação junto às aldeias indigenas do litoral sul. Ela é uma espécie de porta-voz da aldeia Tabaçu Reko Ypy, na terra indígena Piaçaguera, na divisa entre Itanhaém e Peruíbe. Seu discurso, firme e convicto, é de quem luta pelos direitos do índio continuar sendo índio, mas também de quem sabe que não dá para viver totalmente à parte do mundo ‘lá fora’. Professora, ela é formada pela USP, tem 37 anos e dissemina a cultura indígena na região falando e cantando sobre a importância de os povos indígenas poderem continuar vivendo como tal. ‘Sem os índios, não vejo como conseguiremos preservar a natureza e manter o equilíbrio com o meio ambiente’, afirma. Além das disciplinas como matemática, ciência e português, Itamirim usa o ambiente natural para ensinar as crianças indígenas a serem índios. ‘Eu ensino a fazer fogo sem isqueiro, beber água sem copo, preparar um abrigo em caso de chuva, colher os frutos e saber quais podem ser comidos. Vivência pura’. A ideia é que as crianças cresçam sabendo se virar no ambiente deles. Itamirim e todos os outros 25 índios das sete famílias que moram na aldeia mantêm, dentro de sua terra, as tradições e o modo de vida do seu povo. Conversam em tupi-guarani entre eles, vestem-se apenas com sungas, andam pintados e chamam-se pelo nome em tupi-guarani, apesar de todos terem o seu nome civil, como são conhecidos pela sociedade. ‘O nosso nome verdadeiro é muito importante, pois é sonhado antes de a criança nascer pelo mais velho da tribo ou pela avó da criança. Tem um significado forte para cada um de nós, por isso só usamos o nome civil fora da aldeia’.

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‘Pedra pequena’ já viveu em cinco das outras aldeias da região e decidiu, junto da mãe e do marido, o cacique da tribo Verá (Relâmpago) criar a própria aldeia para fazer um

trabalho de fortalecimento da raíz indígena tradicional. ‘Muitos líderes querem trazer a cidade para dentro da aldeia, mas nossas raízes indígenas ainda são muito fortes dentro de nós, por isso o nome Tabaçu Reko Ypy, ‘o renascer da grande aldeia’. Não falo da aldeia física, mas da aldeia que habita em nós, nossos costumes, nosso jeito de viver em harmonia com a natureza, de criar as crianças, de compartilhar tudo’. Para Itamirim o modo de vida do homem branco é muito sedutor e isso faz com que muitos líderes indígenas sejam influenciados e esqueçam suas raízes. ‘Mas aqui nós definimos que viveremos com 50% da nossa cultura e 50% da cultura de fora, para que não percamos nossa essência e também não fiquemos perdidos diante do mundo. Infelizmente dependemos da tecnologia e de outras coisas do homem branco pois a nossa mata não oferece mais tudo o que precisamos’, lamenta. Ela acredita que quando um líder indígena permite que a cultura do homem branco invada a sua tribo, ele está ajudando a matar a cultura do índio. ‘Não adianta as aldeias se prepararem para receber turistas, encenando um modo de vida indígena e no dia-a-dia não vivenciarem isso de verdade. Aqui nós somos o que somos todos os dias, o que eu propago é o que eu vivo e o que minha gente vive’. Itamirim lamenta que muitas pessoas questionam ‘por que o índio quer tanta terra se ele não faz nada?’ E rebate: ‘nós fazemos o mais importante, que é preservar essas terras para vocês, homens brancos’. ‘Se notamos algum desmatamento, acionamos a Funai, se percebemos queimadas, também denunciamos. E neste sentido, temos apoio dos órgãos responsáveis’. Por meio da música, ela leva sua cultura à cidade e tenta atrair as crianças indígenas para as suas raízes. ‘Eu faço música que conta a nossa história em ritmos populares para que nossos pequenos não se sintam tão deslocados e não achem chato ser índio’.


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NOVE

9 Museus que Valem a Visita

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH E ODJAIR BAENA

Uma região com fundamental importância no cenário cultural e histórico nacional tinha mesmo que abrigar um rico acervo de obras diversas em equipamentos espalhados em quase todas as cidades. São museus públicos e privados, alguns dentro de fortificações, outros em construções tombadas e até modernizadas. História, natureza, esportes, cultura, arte sacra, pesca, esculturas, ciências naturais e muito mais garantem um roteiro interessantíssimo pela Costa da Mata Atlântica. Nós elencamos nove museus que valem a pena ser visitados. Há muitos outros na região, é claro, mas deixaremos para as próximas edições. Bom passeio!

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1) Forte São João, em Bertioga A localização privilegiada, à beira do Canal de Bertioga, já seria motivo suficiente para você visitar o Forte São João. Foi a primeira fortificação construída no Brasil, em 1532, pelos portugueses, originalmente erguida em paliçada – estacas de madeira ligadas entre si – e batizada inicialmente de Forte São Thiago. Abriga a réplica de uma armadura medieval, espadas, arcabuzes, espingardas, coletes e capacetes de metal e canhões de murada. Também pode ser vista a carta de batismo do Padre José de Anchieta e os votos solenes de Anchieta e Manoel da Nóbrega. Mas, convenhamos, o forte em si, tombado em 1940, pelo Iphan, já é o próprio acervo.

2) Museu Joias da Natureza, em Guarujá O acervo com cerca de duas mil peças, entre rochas de 4 bilhões de anos, fósseis originais de ancestrais humanos e animais, meteoritos, lavas vulcânicas, minerais típicos do Brasil e amostras de areias do mundo todo proporciona uma viagem ao tempo, desde o surgimento da vida no planeta. É possível contemplar ninhos fósseis de dinossauros, sendo um deles o único no Brasil e o outro o único no estado de São Paulo, fragmentos de um dos maiores meteoritos do planeta e muitas outras preciosidades em cinco salões: Túnel do tempo, O céu não é o limite, Elementos da Terra, Riquezas do Subterrâneo e Sala de Fluorescência.


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NOVE geiro, a maior ave marinha do mundo; o peixe-lua, maior peixe ósseo existente; o tubarão-baleia, único em exposição na América do Sul, dentre outros, juntam-se a fósseis, corais, crustáceos, moluscos e répteis. Raias, tartarugas, pinguins e animais marinhos perigosos, como a moreia, o peixe-sapo, o peixe-leão e a raia elétrica também compõem o acervo. O museu tem uma sala para palestras, uma loja de souvenir e oferece curso de mergulho.

5) Museu Marítimo, em Santos

Na esquina do Museu do Mar, o Museu Marítimo conta a história naval, com relíquias resgatadas de navios naufragados na costa brasileira, peças de um navio pirata afundado em 1718, além de cole-

3) Fortaleza da Barra, em Guarujá A Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande abriga outro museu que divide as atenções com a vista que proporciona. Localizado entre a Praia do Góes e a Praia de Santa Cruz dos Navegantes, é o primeiro museu histórico de Guarujá. A Fortaleza, construída em 1584 e reconhecida pelo Iphan como patrimônio histórico nacional, em 1964, é, por si só, um riquíssimo acervo. Além da arquitetura imponente e da belíssima vista da orla de Santos, o museu recebe exposições itinerantes. No interior da capela, a última obra do pintor japonês Manabu Mabe, com 20 m², impressiona os visitantes. Se você der sorte, vai encontrar o monitor Ivan Di Ferraz, que conta toda a história da Fortaleza em cordel.

4) Museu do Mar, em Santos Uma das maiores coleções de espécies marinhas está em exposição no Museu do Mar, com alguns exemplares únicos. Animais taxidermizados, como o albatroz-via-

ções de louças da Marinha do Brasil e da Companhia de Navegação. Réplicas de caravelas, galeões e naus dividem espaço com materiais encontrados em escavações na região, como vidraria, talheres e louças. Destaque para um escafandro com 80 quilos e outros equipamentos antigos de mergulho e para o diário de um tripulante encontrado em um navio alemão que transportava nazistas, em 1939.

6) Casa da Cultura Afro-Brasileira, em São Vicente

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Localizado dentro do Parque Ecológico Voturuá, o museu, reaberto em janeiro de 2015, conta a história da escravidão no Brasil, por meio de obras em argila do escultor Geraldo Albertini. São 132 peças do artista, dispostas em uma construção que simula uma senzala e se apropria das paredes – como faziam os escravos – para também retratar a rotina nos quilombos. Albertini realizou pesquisas sobre


9 Museus que valem a visita

a escravidão no país e se preocupou em destacar anciões e pessoas importantes dos quilombos, além de focar nos cultos religiosos da época. O museu também tem peças de outro artista, discípulo de Albertini, entalhadas em madeira, e é um espaço destinado à cultura afrodescendente.

7) Palácio das Artes, em Praia Grande

Dentro do imponente palácio na entrada da Praia Grande, o Museu da Cidade guarda mais de 40 mil documentos que contam a história do município, doados por moradores. Um painel fotográfico com 49 fotos revela a evolução de Praia Grande e dá as boas-vindas a um espaço clean com 6 mesas documentais, 15 monóculos gigantes com fotos antigas e três TVs com depoimentos de populares sobre a Praia Grande

realiza anualmente, em maio, a tradicional Festa do Divino Espírito Santo. No piso superior, além de uma urna funerária indígena, estão expostas fotografias e recortes de jornais que contam a história da cidade, cartas originais de Benedicto Calixto e obras do artista itanhaense Emídio de Souza. Há, também, um espaço dedicado à novela Mulheres de Areia, que teve sua primeira versão gravada na cidade, entre 1973 e 1974.

9) Museu Histórico e Arqueológico, em Peruíbe

Na antiga estação ferroviária da cidade, este museu reúne peças arqueológicas e material da colonização do Brasil, incluindo louças, cerâmicas, vidros, um machado de pedra polida e urnas funerárias tupi. O espaço também conta a história da ocupação da região e fala sobre os sítios arqueológicos da Jureia, sambaquis, culturas indígena e portuguesa. Um excelente ponto de partida para um roteiro histórico-cultural pela cidade.

antiga e atual. O Complexo Palácio das Artes conta com muitos outros espaços, conforme nossa editoria ‘Cenário’ no início desta edição.

8) Museu Conceição, em Itanhaém

Inaugurado em 22 de abril de 2010, no aniversário da cidade, o museu está em um prédio de dois andares tombado pelo CONDEPHAAT, onde funcionou a Casa de Câmara e Cadeia de Itanhaém. No térreo, onde teria sido a cadeia, uma sala dedicada ao Divino Espírito Santo – a cidade

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COM A PALAVRA

Portas para a criação e a troca de ideias

LÚCIA MARIA TEIXEIRA Mestre e Doutora em Psicologia da Educação. Presidente da Universidade Santa Cecília e Presidente do Conselho Deliberativo do SRC&VB.

Nossa cultura oferece geralmente como portas de entrada, da passagem da vida infantil para a adolescência, a porta do shopping e a do consumo, onde tudo é acessível, com o gozo mostrado na propaganda, imagens de felicidade, bebidas etc. Crianças e jovens são um grande potencial do mercado. Quando pais e educadores oferecem outras portas que os façam sair do individualismo dessa sociedade, podemos lhes dar espaço para a fantasia, a criação, a troca de ideias. Portas como leitura, informação, arte, cultura, política, trabalho social, podem torná-los críticos em relação às facetas dessa sociedade, esse “mundo líquido”, em que nada é feito para durar, para ser sólido. Quem troca pães, volta para casa com um único pão. Quem troca ideias, volta para casa com as duas, lembra Machado de Assis.

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As novas tecnologias podem ser aliados dos pais e educadores. Mas é preciso dar aos jovens elementos que os faça refletir sobre toda essa informação, com a qual lidam de forma impaciente, superficial. Vivência virtual gera urgência, excitação constante.

Sou psicóloga, educadora, escritora. Mas meu filho me tornou autora de livros infanto-juvenis. As crianças e jovens representam poderosa transformação, não somente porque são o futuro, mas porque cobram dos adultos atitudes corretas e responsáveis, se assim forem ensinados. Com eles, aposto na fantasia, que entremeia a realidade e a História. Quis falar sobre esse prazer de ler, mesmo antes da alfabetização, um encontro com a leitura, consigo e o mundo. Leitura que nos faz companhia, mostra a felicidade que é o viver e também o absurdo que às vezes a vida pode ser.



ROLOU POR AQUI

COQUETEL DE LANÇAMENTO DA

Revista Nove Cidades

Uma linda noite de festa reuniu, no dia 7 de abril, autoridades e convidados em um dos belos cenários da nossa região, a Pinacoteca Benedicto Calixto, para o lançamento da Revista Nove Cidades. Ao som da boa música de Maurício Fernandes (sax) e Nei Rocha (guitarra), o editor da revista, Diego Brígido, e o publicitário responsável pelo design gráfico, Christian Jauch, apresentaram a primeira edição da publicação, que já chegou com muitas inovações.

A noite encerrou com um animado sorteio oferecido por parceiros da revista e com o delicioso e exclusivo café da food bike Café Encontro. Com fotos de Vinagre Foto & Vídeo, confiram alguns momentos do evento. Você pode ver a galeria completa de fotos em nosso portal, acessando pelo QR Code ou pelo site www.revistanove.com.br.

Um agradecimento especial aos apoiadores do coquetel: RH em Hospitalidade, Unisanta, Guarujá Convention & Visitors Bureau, Vinagre Foto & Vídeo, Denis Eventos, Aghora Produções, Celeiro.BMD, Sofitel Guarujá Jequitimar, Novotel Santos, Comfort Santos, Club Chique Boutique e Pousada Praia do Guaiúba. 02

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1 - O editor Diego Brígido apresenta a primeira edição aos convidados; 2 - O publicitário Christian Jauch, responsável pelo projeto gráfico, explica os detalhes ao público; 3 - Ex-Delegada Regional de Turismo, Celina Linhares, prestigiou o evento; 4 - Marinilza Monteiro, Diretora da AGEM, ao lado de Ana Paula Souza e Ângela Meirici; 5 - As queridas Cláudia Valério, da TAM Viagens e Carla Zomignani, Editora de Turismo de A Tribuna.


POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS VINAGRE

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6 - O presidente do Guarujá Golf Club, José Rubens Gunther e a esposa Daniella Gunther posaram ao lado de Zé Corneteiro; 7 - Ana Maria Carvalho, Presidente Executiva do Guarujá Bureau, ao receber o seu exemplar; 8 - A Secretária de Turismo de Guarujá, Maria Eunice Grötzinger e sua atuante equipe; 9 - Idealizador e organizador do Sehlipa, Aristides Faria; 10 - Natália Kertes, do Sofitel Guarujá Jequitimar e a Secretária Maria Eunice contemplando seus exemplares; 11 - O Secretário de Turismo de Santos, Luiz Dias Guimarães, foi levar os seus cumprimentos.

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CAFÉ DAS NOVE

Menos glamour, Mais vinho Mania essa que a gente tem de glamourizar aquilo que pode ser simples. As boas coisas da vida estão nos momentos mais despretensiosos e menos protocolares. O que nos afasta destas experiências de deleite é a barreira que nós mesmos criamos inventando cerimônia onde deveria haver apenas entrega. O vinho é destas experiências que adoramos burocratizar. A taça, a rolha, a uva, a harmonização e a safra são obstáculos que a sociedade coloca entre nós e a bebida de Baco, como se nos dissesse: ‘ei, se você não entender disso tudo, sua experiência com o vinho será traumática’. E, na maioria das vezes, é.

DIEGO BRÍGIDO Jornalista e bacharel em turismo, especialista em comunicação, turismo e hospitalidade. Editor da Revista Nove Cidades.

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Assim como acontece com quase todo adolescente, minha vivência com as uvas começou com os vinhos de garrafão. O abridor era improvisado, as taças eram copos descartáveis, a harmonização era com salgadinho de pacote e ninguém imaginava que havia mais de uma espécie de uva e, muito menos, o que significava safra. E era bom. Porque mantinha os amigos reunidos, contando histórias, despertava paixões e, sobretudo, nos fazia dormir como anjos. Muitos anos depois me permiti experimentar os tais vinhos secos, acreditando que era chique ter algo para servir às visitas. Foi difícil acostumar com aquele gosto ‘amargo’ na boca, até finalmente passar a apreciar a tal tanicidade. Então, vieram as aulas na faculdade, o interesse por este apaixonante universo, o curso de vinhos, os amigos que entendem do assunto e as deliciosas conversas sobre uvas, terroir, regiões vinícolas e harmonizações.

O gosto pela gastronomia foi apurando com os anos e trouxe junto oportunidades de provar vinhos em restaurantes, adegas, empórios e vinícolas. O prazer de ter uma taça na mão aumentou no mesmo ritmo em que aprendi que na vida tudo é questão de costume. Meu paladar se acostumou com as cabernets, malbecs, chardonays, tempranillos e tantas outras. Tem espaço para todas elas nas minhas experiências, desde que eu me permita. O prazer que o vinho me proporciona é muito maior que o glamour do ambiente onde eu vou desfruta-lo, porque o próprio vinho é a experiência. E não importa a safra, a uva, se a rolha é de cortiça ou sintética, desde que eu goste, porque o vinho, como todas as coisas boas da vida, é bom quando te dá prazer. Eu tenho um ritual. Às sextas à noite me permito desfrutar de uma garrafa, sentado numa cadeira de praia, no quintal, com meus três pets. Preciso cuidar para que eles não derrubem a garrafa, para que não caia pelo na taça e dividir minha atenção com eles. Puro glamour, hein! E quer saber? Nenhuma experiência com o vinho é tão prazerosa, para mim, como esta.


ELES APROVARAM Pedimos que algumas personalidades da região nos enviassem as suas considerações sobre a primeira edição da revista. Você também pode nos enviar. Compartilhe conosco a sua opinião pelo e-mail: contato@revistanove.com.br.

A Revista Nove Cidades já é um sucesso em sua primeira edição! Bonita, diagramada com bom gosto, interessante em sua proposta e em conteúdo, leitura agradável. Agrega valor à nossa cidade e propõe-se a maior integração de nossa região. Vislumbra-se à revista trajetória, sem dúvida, exitosa! Parabéns! Cumprimentos também à equipe de colaboradores. Comprovam que para o sucesso prevalece a preparação e o aproveitamento às oportunidades. O turismo, a cultura e o lazer de Santos e região ganham importante ferramenta a seu desenvolvimento. Aguardamos ansiosos a segunda edição!

Celebramos com muita alegria o surgimento da Revista Nove Cidades, que com seu caráter ousado e inovador, vem lançar um olhar desbravador e apurado sobre nossa Costa da Mata Atlântica, estimulando a exploração de suas potencialidades através dos novos horizontes e perspectivas que se abrem para o desenvolvimento de um turismo sustentável, mostrando que temos muito mais atrativos a oferecer aos visitantes além de praias. Parabenizamos a toda a equipe envolvida neste trabalho e desejamos vida longa à Revista Nove Cidades. Itamar Marciano Subsecretário de Turismo de Praia Grande

Eustázio Alves Pereira Filho Vice-Prefeito de Santos

A Revista Nove Cidades é o mais novo presente da Costa da Mata Atlântica. A Revista, de alta qualidade e conteúdo profissional, nos proporciona uma deliciosa viagem na nossa encantadora região, numa verdadeira degustação turística, descobrindo e desfrutando de inúmeras e incríveis experiências. Já nasceu grande e sem dúvida será um importante canal de divulgação de Santos e Região.

Foi com alegria que conhecemos a Revista Nove Cidades, veículo que se propõe a apresentar – e promover – Guarujá e as demais Cidades da região aos turistas e moradores da Costa da Mata Atlântica. Certamente contribuirá com o trabalho da Secretaria de Turismo e, tanto quanto exaltará nossas belíssimas 27 praias, servirá à divulgação das demais atrações culturais, históricas e naturais do Município, além da infraestrutura aos viajantes de todas as idades, o ano todo! Eunice Leão Grötzinger

Secretária de Turismo de Guarujá

Marinilza Monteiro Alves Pereira Diretora Adjunta Administrativa da AGEM-Baixada Santista

Cumprimento o prezado jornalista Diego Brígido e colaboradores pela oportuna Revista Nove Cidades, que veio preencher uma lacuna nos meios jornalísticos da região. A proposta de documentar as cidades da Baixada Santista, integrando-as e mostrando sua riqueza turística, cultural e humana merece nossos calorosos aplausos. A qualidade da edição Ecoturismo – o Lado Verde do Litoral evidencia o quanto é importante ter sensibilidade para retratar tudo o que recebemos da natureza. Como educadora, vejo textos e fotos um belo material de memória regional, que estimula o prazer da leitura e das pesquisas sobre nosso patrimônio natural e cultural. Sílvia Teixeira Penteado Reitora da Unisanta

Um conteúdo direto e de fácil leitura e entendimento. Uma revista moderna e dinâmica que chega até o leitor. Ilustrações e fotos bem montadas. Muito bem elaborada nos mínimos detalhes. A equipe da Revista Nove Cidades está de parabéns. José Rubens Gunther Presidente do Guarujá Golf Club

Com um olhar único, a revista Nove Cidades apresenta a nossa região de forma belíssima. Suas histórias, curiosidades e personagens nos surpreendem a cada página. É uma rica fonte de roteiros e atrações incríveis, muito apreciada por nossos visitantes. Natália Kertes Coordenadora de Marketing Sofitel Guarujá Jequitimar

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NOVE INDICA

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Ao Chopp do Gonzaga Av. Ana Costa, 512 – Gonzaga Santos • (13) 3284.0173 fb.com/choppdogonzaga

O Temakinho Sushi Av. Afonso Pena, 55 - Loja 2 (Posto Ipiranga) Santos • (13) 3345-3964 fb.com/OtemakinhoSantos

Kokimbos Pizzas e Picanha Av. dos Bancários, 64 – Ponta da Paia Santos • (13) 3227.9969 fb.com/kokimbos

Fishbar Santos Av. Rei Alberto I, 280 – Ponta da Praia Santos • (13) 3261.1881 fb.com/fishbarsantos

Bodegaia Rua Quinze de Novembro, 26 - CENTRO R. República Argentina, 80 - POMPEIA Santos • (13) 2202-2396 fb.com/Bodegaia

Capim Limão Restaurante Vegetariano R. Prudente de Moraes, 63 – Vila Matias Santos • (13) 3224.1037 fb.com/restaurantecapimlimao

Fornalha Palmares Av. Siqueira Campos, 296 – Macuco Santos • (13) 3222.1551 fb.com/fornalhapalmares

Capitães Gastronomia Av. Almirante Saldanha da Gama, 33 – P. da Praia Santos • (13) 3345.3545 fb.com/capitaesgastronomia

Trecento Pizza Av. Padre Anchieta, 5087 - Bal Stella Maris Peruíbe • (13) 3458.2001 fb.com/trecentopizzaria

Restaurante Beira Mar Av. Gov. Mário Covas Jr, 869 – Centro Peruíbe • (13) 3455.4775 fb.com/restaurantebeiramarperuibe

Villa di Pasta Cantina Italiana R. Mocóca, 131 – Boqueirão Praia Grande • (13) 3034.4131 www.villadipasta.com.br

Restaurante Ti Maria Av. Antônio Rodrigues, 436 – Gonzaguinha São Vicente • (13) 3467.5210 fb.com/TiMariaGourmetEspacoCultural

Deck Praia R. Onze de Junho, 40 – Itararé São Vicente • (13) 3468.2125 fb.com/deckpraiaoficial

Torre Praia R. Onze de Junho, 209 – Itararé São Vicente • (13) 3468.3013 fb.com/torrepraiarestaurante

Magnólia Gourmet Comida Saudável R. Jordano de Paiva, 68 – Jardim Ideal Guarujá • (13) 3304.2730 fb.com/magnoliagourmet

Dalmo Bárbaro Av. Miguel Stéfano, 4751 – Enseada Guarujá • (13) 3351.9298 www.dalmobarbaro.com.br

Kalabalis Pizzaria e Restaurante Av. Joaquim Jorge Peralta, 70 – Jd. Casqueiro Cubatão • (13) 3363.4000 www.kalabalis.com.br

Tasca do Porto R. Quinze de Novembro, 112 - Centro Santos • (13) 3219.4280 www.tascadoporto.com.br


NOVE INDICA Only 1 R. Rio de Janeiro, 203 – Barra Funda Guarujá • (13) 3371.5971

Estilo do corpo Av. Afonso Pena, 493 – Macuco Santos • (13) 3271.4701 fb.com/academiaestilodocorpo

Kascão www.kascao.com.br fb.com/kascao

Mendes Tur Câmbio e Turismo Av. Mal Floriano Peixoto, 44. Lj. 38 – Gonzaga Santos • (13) 3208.9000 fb.com/mendesturturismo

TAM Viagens Santos e Região Av. Afonso Pena, 157 – Macuco Santos • (13) 3202.2111 fb.com/tamviagenssantos

Top Viagens e Turismo Av. Nove de abril, 2068. Cj 21 – Centro Cubatão • (13) 3304.0011 www.topviagens.tur.br

Valongo Tour Av. Ana Costa, 482. Cj 1003 – Gonzaga. Santos • (13) 3307.5254 fb.com/valongotour

Poupafarma (13) 3202.1002 – Alô Saúde www.poupafarma.com.br fb.com/poupafarma

Angiocorpore (13) 3208.0800 - Central de Atendimento Santos • www.angiocorpore.com.br fb.com/institutoangiocorpore

Santos Day Hospital Av. Ana Costa, 120 – Vila Matias Santos • (13) 3221.4244 www.santosday.com.br

Brooksfield Praiamar R. Alexandre Martins, 80 - Aparecida Santos - (13) 3227.2507

Náutica da Ilha R. Nicolau Cuqui, 231 – Ilha Caraguatá. Cubatão • (13) 3363.2161 www.nauticadailha.com.br

Acqua Mundo Av. Miguel Estéfano, 2001 – Enseada. Guarujá • (13) 3379.2708 fb.com/aquarioguaruja

Teleférico de São Vicente Av. Ayrton Senna da Silva, 500 – Itararé São Vicente • (13) 3469.7755 fb.com/TelefericodeSaoVicente

Bondinho do Monte Serrat Praça Correia de Mello, 33 – Centro Santos • (13) 3221.5665 fb.com/monteserratsantosbrasil

Memorial das Conquistas - SFC R. Princesa Isabel, s/n. - Vila Belmiro Santos • (13) 3257-4099 www.memorialdasconquistas.com.br

CONTEÚDO DE QUALIDADE + PÚBLICO DE QUALIDADE

PEDEM PARCEIROS DE QUALIDADE

ANUNCIE NA PUBLICAÇÃO QUE VAI MOSTRAR UMA NOVA BAIXADA SANTISTA (13) 99167-8068 • ANUNCIE@REVISTANOVE.COM.BR 49


Tema central

Competitividade no setor de Viagens e Turismo Hospitalidade e Hostilidade entre players do mercado regional

Cubat達o (SP) | 2017 | sehlipa.com

Foto: Agenda Propositiva do Turismo | Baixada Santista




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